5/11/2018 Trabalho Dos Racios Final - slidepdf.com
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objectivo a análise financeira da empresa “LUSAME, LDA”
A análise financeira de uma empresa, tem como suporte base um conjunto de
conhecimentos sobre a situação de evolução económica e financeira da empresa, tendo como
objectivo dentro de um determinado tempo antecipar-se ao seu comportamento futuro.
Perante várias perspectivas e com base na actividade produtiva da empresa
“LUSAME,LDA” iremos relatar o seu desenvolvimento em termos produtivos em análise
financeira.
Todo o estudo perante a empresa, tem como finalidade sabermos até que ponto a empresa
dispõe de meios financeiros adequados às suas necessidades e a fim de garantir a sua
sobrevivência e independência. Para todo este processo iremos efectuar uma comparação de
balanços em valores absolutos e em percentagens. Para além dos principais agregados
económicos que se obtêm da Demonstração de resultados e da classificação do Balanço em
termos financeiros, a técnica mais utilizada para a Análise Financeira é a técnica da Análise
dos Rácios.
Rácios de Liquidez
Rácios de Solvabilidade
Rácios Económicos.
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Activo não Corrente
O peso do activo não corrente no balanço aumentou de 62,12% em 2009 para 66,51% em
2010, representam uma variação de 2,64% em 2009 face a 2010. Para este aumento contribuiu
nomeadamente os activos tangíveis que por sua vez apresentaram um peso de 56,47% em
2009, em 2010 aumentaram o seu peso no balanço total para 61,44%. Esta rubrica apresentou
uma variação de 43,01% em 2010 face a 2009. As propriedades investimento aumentaram o
seu peso no balanço total de 2,43% em 2009 para 2,98% em 2010. Estes apresentam uma
variação de 17,50% em 2010 face a 2009.
Activo Corrente
O activo corrente diminuiu o seu peso no balanço total, isto é, em 2009 apresentou 37,88%
e em 2010 apresenta 33,49% para este facto contribuíram as matérias-primas, estas
diminuíram o seu peso no balanço total de 27,33% em 2009 para 20,91% em 2010. As
matérias-primas tiveram uma variação negativa de 0,27% em 2010 face a 2009.
O total do activo apresentou uma variação negativa de 0,04% em 2010 face em 2009. Estavariação negativa deu-se principalmente ao activo corrente.
Capital Próprio
O capital próprio diminuiu o seu peso no balanço total, em 2009 apresentava 36,02% em
2010 apresentou 33,27%, no entanto este apresentou uma variação negativa de 0,11% em
2010 face a 2009.
Para esta variação negativa contribuiu o resultado liquido período, diminuiu o seu peso no
balanço total de 10,47% em 2009 para 4,28% em 2010. Correspondendo a uma variação
negativa de 0,61% em 2010 face a 2009.
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Passivo não Corrente e Passivo Corrente
O passivo não apresenta alteração significativa no seu peso do balanço total, no entanto
apresenta uma variação de 1% em 2010 face a 2009.
Para esta variação do passivo, contribuiu o passivo não corrente (financiamentos obtidos).
Este apresentou uma variação de 0.08% em 2010 face a 2009. Sendo que 2009 apresentava
um peso de 39,47% do balanço total e em 2010 apresenta um peso de 44,34% do balanço
total.
Após a análise da empresa LUSAME, LDA, no ano de 2010, classificamo-la da seguinte forma:
Liquidez Geral = 528800 = 1,50%353600
Neste caso, podemos concluir que a empresa dispõe de activos circulantes para pagar
as dívidas a curto prazo, uma vez que a sua liquidez geral é> 1.
Liquidez Reduzida = 528800-330000 =0,56%353600
Neste caso a empresa não dispõe de disponibilidades e dívidas de terceiros suficientespara pagar as suas dívidas a curto prazo porque a sua liquidez reduzida encontra-se <1.
Liquidez Imediata = 99800 = 0,28%353600
Considera-se que a empresa não se encontra com uma boa gestão de tesouraria, a fim
de satisfazer as suas dívidas a curto prazo, uma vez que o seu valor é superior a 0,9.
Solvabilidade Total = 525200 = 0,50%1053600
O passivo é superior ao património, ou seja a sua solvabilidade total é <1, sendo assim,
a empresa representa uma situação critica de dependência perante terceiros.
Autonomia Financeira = 525200 = 0,99%528800
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A empresa representa uma baixa dependência perante os seus credores.
Rendibilidade das Vendas = 67600 x 100 = 5,21%1.298435
Apresenta um bom contributo das vendas para a empresa.
Rendibilidade do Capital Próprio = 67600 x 100 = 12,87%525200
A empresa representa uma rendibilidade do Capital Próprio de 12,87%.
Rendibilidade do Activo Total = 67600 x 100 = 4.28 %1578800
A empresa representa uma rendibilidade do Activo Total de 4.28 %.
RÁCIOS
A análise de rácios é uma das técnicas mais utilizadas em análise financeira. Os rácios são
uma razão entre duas grandezas e permitem:
Quantificar factos / caracterizar a empresa;
Detectar anomalias;
Fazer comparações no tempo e no espaço.
Principais rácios financeiros são:
Solvabilidade total - Expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos
com terceiros, à medida que se vão vencendo.
Um valor superior a 1 significa que o valor do património é suficiente para cobrir todas as
dívidas da empresa. Um valor inferior a 1 significa que a empresa está impossibilitada de
satisfazer todos os seus compromissos com meios próprios.
Solvabilidade Total = Capital PróprioPassivo Total
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Autonomia financeira – Expressa a participação do capital próprio no financiamento da
empresa.
A Autonomia Financeira, permite avaliar o risco da empresa, quanto maior o valor, maior
será a independência face aos credores.
Autonomia Financeira = Capitais PrópriosActivo
Liquidez geral - expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas obrigações a curto
prazo. Um valor superior a 1, significa que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagaras dívidas a curto prazo. Um valor inferior a 1, significa que a empresa tem dificuldades de
tesouraria.
Liquidez Geral = Activo CorrentePassivo Corrente
Liquidez reduzida - A liquidez Reduzida, mede a capacidade da empresa pagar as suas
dívidas a curto prazo recorrendo às disponibilidades e dívidas de terceiros.
Consideram-se bons os valores entre 0,9 e 1,1. Se houver uma diferença muito grande
entre a liquidez geral e a liquidez reduzida, significa que existem stocks "mortos", com elevados
custos para a empresa.
Liquidez Reduzida = Activo Corrente – InventáriosPassivo Corrente
Liquidez imediata -Expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas dívidas a curto
prazo, apenas com as disponibilidades. Um valor superior a 0,9 poderá ser demasiado elevado
e significar uma má aplicação dos fundos de tesouraria.
Liquidez Imediata = Meios Financeiros LíquidosDébitos Curto Prazo
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Principais rácios económicos
Rendibilidade do capital próprio - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com
o capital próprio da empresa.
Rendibilidade do Capital Próprio = Resultado Liquido do Exercício x 100Capitais Próprios
Rendibilidade do activo total - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o
activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada investimento, ou seja, a
rendibilidade do investimento realizado.
Rendibilidade do Activo Total = Resultado Liquido do Exercício x 100Activo Total
Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o
valor das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada contributo das
vendas.
Rendibilidade das Vendas = Resultado Liquido do Exercício x 100
Vendas
Necessidade DE FUNDO DE MANEIO·· Designa-se por Fundo de maneio a parte
excedente do activo circulante que cobre o passivo circulante, ou seja, a parte dos activos
fáceis de liquidar que cobre os passivos que exigem liquidação a curto prazo.
É necessária a existência de um fundo de maneio, uma margem de segurança, para evitar
rupturas de tesouraria.
As empresas deverão ter uma reserva de segurança de tesouraria, no qual representa o
volume mínimo de disponibilidades necessário para a empresa enfrentar, sem dificuldades,
eventuais atrasos nos recebimentos de clientes e/ou eventuais antecipações não previstas dos
pagamentos aos fornecedores.
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Assim, a empresa poderá necessitar de possuir em permanência uma determinada reserva
de disponibilidades para evitar potenciais rupturas de tesouraria no decorrer da sua actividade.
Naturalmente que a reserva de tesouraria dependerá da política de gestão financeira da
empresa. Assim, a previsão das necessidades de fundo de maneio torna-se importante pelo
facto de qualquer empresa na sua actividade poderem ocorrer lapsos de tempo entre a venda
dos seus produtos e a correspondente entrada de dinheiro.
Estes aspectos são fundamentais na maioria das empresas, na medida em que está em
causa a sua solvabilidade, ou seja, a sua capacidade de fazer face aos compromissos normais
à medida que vão surgindo. Essa gestão deve nomeadamente garantir que a transformação
dos seus stocks de existências e as suas dívidas de terceiros se transformam em meios
líquidos de tal forma que a empresa tenha sempre meios para satisfazer as dívidas entretanto
contraídas à medida que estas se vão vencendo.
É importante que o grau de liquidez do activo, seja adequado ao grau de exigência do seu
passivo.
As necessidades em fundo de maneio (NFM) estão relacionadas às necessidades de
financiamento do ciclo de exploração, sendo que estas últimas exigem vários meios financeiros
para executar os pagamentos das despesas operacionais, antes de se obter os recebimentosdos clientes: pagamento a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e outros materiais,
pagamento ao pessoal e pagamento de fornecimentos e serviços externos.
FUNDO DE MANEIO
Fundo Maneio = (Capital Próprio + Passivo não Corrente) – Activo não Corrente
(2009)
Fundo Maneio = (593.100 + 650.000) – 1023000 = 220100€
A empresa está equilibrada financeiramente. O activo não corrente é completamente
financiado pelos capitais permanentes, isto é, a empresa não necessita de recorrer ao
passivo corrente para financiar o activo não corrente.
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(2010)
Fundo Maneio = ( 525200 + 700000) – 1050000 = 175.200€
A empresa está equilibrada financeiramente. O activo não corrente é completamente
financiado pelos capitais permanentes, isto é, a empresa não necessita de recorrer ao
passivo corrente para financiar o activo não corrente. A empresa apresenta margem de
segurança.
Variação de Fundo de Maneio = 2010 – 2009 X 1002009
Variação de Fundo de Maneio = 175200-220100 x 100 = (20,40%)
A empresa está equilibrada financeiramente nos dois anos. Os capitais permanentes
financiam o activo não corrente na sua totalidade e uma parte do activo corrente. A
empresa apresenta uma boa margem de segurança.
O fundo de maneio apresenta uma variação negativa de 20,40% de 2010 face a 2009,devido ao aumento do activo não corrente (apresenta uma variação positivo de 2,64% de
2010 face a 2009), no entanto, os capitais permanentes continuam a financiar o activo não
corrente na totalidade.
TESOURARIA LIQUIDA
Tesouraria Liquida = Total do Activo – Total do Passivo
(2009) Tesouraria Liquida = 86200 – 65000 = 21200
(2010) Tesouraria Liquida = 99800 – 43300 = 56500
Variação Tesouraria = 2010 – 2009 X 1002009
Variação Tesouraria = 56500 – 21200 x 100 = 166,51%21200
A empresa tem excedentes de tesouraria nos 2 anos.
Apresenta uma variação positiva de 166,51% de 2010 face a 2009.
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NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO
Necessidades Fundo Maneio = Necessidades Cíclicas – Recursos Cíclicas
(2009) Necessidades Fundo Maneio = 537600 – 338700 = 198900€
(2010) Necessidades Fundo Maneio = 429000 – 310300 = 118700
Variação das Necessidades de Fundo de Maneio = 2010 – 2009 x 1002010
Variação das Necessidades de Fundo de Maneio = 118700 – 198900 x 100 = (40, 32%)198900
Nos 2 anos, o ciclo operacional da empresa gera liquidez suficiente para fazer face aos
compromissos de curto prazo.
Isto sucede-se porque a empresa tem grandes valores nos inventários, nomeadamente, nas
matérias-primas. (Apresenta uma variação negativa de 40,32% de 2009 face a 2010 devido á
diminuição dos inventários).
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CONCLUSÃO
Este trabalho foi solicitado na UFCD de Métodos e Técnicas de Análise Económica e
Financeira, leccionada pelo formador Rogério Nicolau.
Todo o trabalho foi realizado em grupo, em que foi repartido pelos três elementos tarefas
afim de atingirmos o objectivo solicitado. Este trabalho teve como objectivo analisarmos a
empresa LUSAME, LDA, afim de sabermos até que ponto a empresa disponha de meios
financeiros adequados ás suas necessidades.
Foi então efectuado uma análise a empresa LUSAME, LDA, com dados fornecidos pelo
formador. Este trabalho foi de um modo geral interessante, uma vez que foi possível aplicar o
já aprendido em contexto sala de aula. Foi encontradas algumas dificuldades para um dos
elemento do grupo, que de algum modo as tentou ultrapassar, para os restantes elementos não
existiu qualquer entrave na realização do trabalho.
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BIBLIOGRAFIA
Fichas auxiliares de apontamentos, fornecidas pelo formador
Análise de Rácios Financeiros de (Jorge Ribeiro Barbosa Farinha)
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