O Brasil dentro de seu processo de de-
senvolvimento vem passando por inúmeras
transformações nestas últimas cinco décadas,
que nem sempre são percebidas e/ou compre-
endidas e interpretadas de forma adequada por
todos nós.
Gostaria de emitir comentários sobre
algumas destas mudanças que impactam sobre-
maneira a vida profissional da categoria médica
brasileira.
O IBGE publicou recentemente dados
estatísticos demonstrando que, aproximada-
mente, apenas 20% da população brasileira mo-
ram na zona rural; que a sobrevida dos brasilei-
ros saiu de 49 anos para 72 anos; a cada dia mais
parcelas das classes sociais C e D são incorpora-
das ao mercado consu-
midor.
O processo de
urbanização do País é
acompanhado pela
“interiorização” do pro-
gresso sócio-econômi-
co, tecnológico e indus-
trial, bem como da
modernização do agro-
negócio nos seus mais
diversos setores. Esta “interiorização” se faz no
sentido Sul/Sudeste para o Centro-Oeste/Norte/
Nordeste e dentro destas regiões das cidades
pólos, capitais dos Estados ou não, para as ci-
dades mais periféricas. Em Goiás, apenas 18%
da população residem na zona dita rural.
Estas e outras mudanças têm exigido um
repensar das instituições públicas e especialmen-
te privadas de seus modelos organizacionais e
operacionais para atender novas e velhas deman-
das do setor saúde no País.
O processo de urbanização, de desenvol-
vimento sócio-econômico, de envelhecimento
da população, dentre outros, a exemplo da re-
volução industrial do século XVIII, geram novas
demandas e ampliam muitas das já existentes.
A população brasileira aproxima-se de
190 milhões de cidadãos e cidadãs e temos hoje
330.000 médicos em atividade no País. O nú-
mero de formados (as) em medicina vem cres-
cendo tanto nas escolas médicas nacionais como
fora do País.
Há mais de 25 anos, acompanho de for-
ma ativa, através das diversas entidades médi-
cas nas quais ocupei e ocupo cargos diretivos e
do meu trabalho na Universidade, a evolução do
mercado de trabalho e da medicina nos Estados
de Goiás e Tocantins. Pude constatar in loco a
grande evolução da medicina em Goiânia, em
Palmas e nas cidades do interior destes dois
Estados. Apesar das dificuldades e problemas,
que prefiro considerar como desafios, os avan-
ços foram enormes. Tomo como exemplo o de-
senvolvimento do Sistema Unimed na nossa re-
gião.
Hoje, já não se questiona a liderança e a
qualidade da Medicina praticada em Goiânia no
contexto médico nacional. Mas gostaria de cha-
mar a atenção para o que vem acontecendo no
interior destes dois Es-
tados.
Vários centros
de excelência médica
vêm aos poucos se fir-
mando em diversas ci-
dades pólos. O núme-
ro de clientes Unimed
das cidades do interior
e de Palmas já soma
mais de duas vezes o da
Unimed Goiânia, a mais antiga de todas elas.
Começa a se discutir e implementar pro-
cessos de regionalização e hierarquização dos
serviços com melhoria da sua resolutividade e
efetividade, não só através da incorporação ra-
cional da tecnologia médica moderna, mas so-
bretudo através da adoção de modelos de aten-
ção que valorizem a promoção de saúde e pre-
venção das doenças sem se descuidar das ações
assistenciais curativas e de reabilitação das pes-
soas já doentes.
Estamos convencidos de que se estrei-
tarmos as nossas relações com o setor público
e nos estruturarmos para atender as camadas
sociais mais desfavorecidas daremos uma gran-
de contribuição na melhoria das condições de
saúde da população por nós assistida nestes dois
Estados irmãos e abriremos um grande número
de oportunidades de trabalho não só para nós
médicos (as), mas também para os demais pro-
fissionais da área de saúde.
Dr. José Abel Ximenes
Presidente da Unimed CerradoEDITORIAL
2. MARÇO/MAIO/2007
A força dointerior
José Abel Ximenes
Presidente da Unimed Cerrado
Í N D I C E
Auditoria Médica:
curso...............................4
Novo Conselho
Fiscal...............................7
AINDA NESTA EDIÇÃO
Prevenção. Segundo o assessor Jurídico da
Unimed Cerrado esse é o caminho mais curto
para as operadoras evitarem os conflitos com
usuários dos planos de saúde e,
conseqüentemente, prestar um bom serviço.
Página 8
”Se estreitarmos as nossas relações
com o setor público e nos
estruturarmos para atender as
camadas sociais mais desfavorecidas
daremos uma grande contribuição
na melhoria das condições de saúde
da população”
Prevenção: omelhor caminho
Investindo noesporte
Ciente da importância da prática esportiva
para a saúde, lazer e qualidade de vida da
população, a Unimed Cerrado co-patrocina
Torneio de Tênis, fortalecendo seu
compromisso de apóio ao esporte.
Página 6
As dificuldades no cenário
econômico da saúde suplementar,
que afetam o funcionamento de
algumas empresas do setor em
todo o País, passaram longe da
Unimed Cerrado e de suas Singu-
lares em 2006. Confirmando o
equilíbrio nas finanças e o cresci-
mento da entidade como opera-
dora - já anunciado pela Direto-
ria de Mercado na última edição
do informativo Unimed Cerrado
em Foco -, o balanço financeiro
da Federação, mais uma vez, teve
um saldo positivo.
Apresentado e aprovado na
Assembléia Geral Ordinária da
Unimed Cerrado, realizada no dia
30 de março, o balanço mostrou
que a Federação fechou o ano pas-
sado com uma sobra de mais de
BALANÇO 2006
R$ 250 mil em caixa. Por decisão
da Assembléia Geral Ordinária, os
R$ 253.841,24 de saldo positivo
em 2006 foram incorporados ao
capital social da Unimed Cerrado.
A incorporação deu-se
proporcionalmente à participação
de cada Singular na Câmara de
Compensação Regional, aumen-
tando a participação das coope-
rativas no capital social da Fede-
ração. No ano passado, a Unimed
Cerrado, segundo o supervisor de
Controladoria, Eurivan Teles de
Souza, também apresentou um
crescimento em seu patrimônio.
Com as medidas já em prática e
os planos da diretoria da Federa-
ção para 2007, a expectativa é que
as sobras deste ano superem as
de 2006.
3. MARÇO/MAIO/2007
Saldo positivoda FederaçãoMais uma vez, a Unimed Cerrado fecha o ano com um balanço positivo e as sobras
ampliam a participação das Singulares no capital social da Federação
Dar seqüência ao processo
de crescimento da Federação e de
suporte às Singulares. Assim po-
dem ser resumidas as principais
metas da Unimed Cerrado para
2007. Neste contexto, a ampliação
das atividades da Federação como
operadora de planos de saúde tem
um destaque especial. A Unimed
Cerrado vai intensificar a atenção
pós-venda dispensada aos seus usu-
ários.
Projetos de marketing estão
sendo desenvolvidos visando à atu-
ação mais intensa da Federação no
mercado de planos de saúde. A Fe-
deração vai trabalhar para o aumen-
to de sua carteira
de usuários e as
das suas Singula-
res.
“ Va m o s
desenvolver um
trabalho junto às
empresas do Nor-
te Goiano, procu-
rando trazer no-
vos usuários e
ainda contribuir
para o desenvol-
vimento desta região de grande
potencial econômico”, exemplifica
o diretor de Mercado, Jonas
Ubirajara Husni. Também foram es-
tabelecidos parâmetros para o con-
trole rigoroso da sinistralidade dos
planos, com dados extraídos, prin-
cipalmente, do Infomed IN.
Entre os projetos de apoio
às Singulares estão ainda ações na
área de intercâmbio, a implantação
do SAW (Sistema de Atendimento
Web) e a elaboração de pacotes de
procedimentos de alto custo, que
estão sendo negociados diretamen-
te com os prestadores de Goiânia,
cidade que recebe um grande flu-
xo de usuários do interior.
A Federação também nego-
ciou com a empresa Strategy - es-
Principais metas e atividadesda Unimed Cerrado para 2007
pecializada na área de planos de
saúde e que já atende um terço do
Sistema Unimed - pacotes de valo-
res para o atendimento às Unimeds
federadas para consultoria junto a
ANS, atuarial e gestão de risco. O
custo dos pacotes é proporcional
ao número de usuários das Singu-
lares.
Visando o aprimoramento e
a atualização profissional dos au-
ditores das federadas, terão se-
qüência os cursos de Auditoria (leia
matéria na página 4). Estuda-se tam-
bém a criação de um Comitê de
Auditoria com a participação das
Singulares.
Na área
de tecnologia da
informação, de
acordo com o di-
retor de Merca-
do, já foram de-
senvolvidos e im-
plantados sites na
internet para Sin-
gulares de menor
porte. Outros es-
tão em fase de
desenvolvimen-
to. Outro projeto em fase de estu-
do prevê a implantação do Progra-
ma de Qualificação da Saúde Com-
plementar, para o necessário supor-
te às Singulares.
Paralelamente ao desenvol-
vimento desses projetos, a Unimed
Cerrado está trabalhando na im-
plantação do padrão TISS, procu-
rando dar o suporte necessário às
Singulares que venham a necessi-
tar. “Está sendo um trabalho em
conjunto com a implantação do
SAW”, explica o diretor de Merca-
do, acrescentando que os projetos
da Federação não param por aí.
“Outros estão em fase de estudos
e elaboração e devem ser
viabilizados à medida que forem
sendo formatados”, declara.
“Projetos de
marketing estão
sendo desenvolvidos
visando à atuação
mais intensa da
Federação no
mercado de
planos de saúde”
○
○
○
○
○
○
○
○
○
○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Principais metas e atividadesda Unimed Cerrado para 2007
Visando a difusão de estratégias e informações para
promover o crescimento da venda de produtos e serviços das
cooperativas, a Unimed Cerrado vai promover, nos dias 27 e
28 de julho, seu 1º Seminário de Mercado. Por meio de
palestras, conferências, debates e apresentações de cases, a
Federação vai abordar temas relacionados a todos os setores
da área de mercado, como vendas, marketing, atuarial e pós-
vendas.
O seminário é aberto a promotores de vendas, gerentes
comerciais, dirigentes e representantes de outros setores das
Singulares interessados em participar. O secretário Estadual
de Indústria e Comércio, Ridoval Chiareloto, fará a palestra de
abertura enfocando as perspectivas do desenvolvimento sócio-
econômico no Estado. Os riscos, oportunidades e desafios do
Mercado de Medicina Suplementar, marketing de resultados,
agregação de valores, planos populares e inadimplência são
outros temas a serem discutidos.
Seminário vai abordaro mercado de planosde saúde
As vagas são limitadas e as inscrições já podem ser feitas
com Marta Fernandes pelos telefones (62) 3221-5100 ou
3224-4951 ou e-mail [email protected]
Unimed Cerrado promovesegundo curso deauditoria médica
O curso promovido, em
março, pela Federação levou
informações sobre áreas
específicas aos alunos
4. MARÇO/MAIO/2007
ATUALIZAÇÃO
o contrário dos pedi-
atras, ortopedistas,
psiquiatras e outros
médicos especialis-
tas, que atuam em
áreas específicas da
medicina, o médico auditor, em seu
trabalho diário, se depara com ca-
sos relacionados a todas as especi-
alidades. Pela auditoria passam pe-
didos de autorização de diversos
procedimentos, desde os mais sim-
ples às novidades de alta comple-
xidade, o que exige do auditor uma
atualização e a ampliação constan-
te de seus conhecimentos.
Foi pensando na importân-
cia da boa formação profissional
dos auditores e buscando ofere-
cer esse apoio educacional às Sin-
gulares que a Unimed Cerrado
criou o curso de auditoria médi-
ca, cuja segunda turma foi minis-
trada em março. Cerca de 25 mé-
dicos de Goiás e Tocantins parti-
ciparam do workshop, realizado
na sede da Federação e que abor-
dou procedimentos de alta com-
plexidade em áreas, como
cardiologia, angiologia, cirurgia
vascular e otorrinolaringologia.
Segundo o coordenador
do curso, José Alberto
Alvarenga, esses procedimentos
têm um alto impacto financeiro
nos planos de saúde e nem to-
dos os auditores estão prepara-
dos para lidar com eles. “Por
isso, buscamos profissionais
que atuam nessas áreas especí-
ficas para orientar e esclarecer
dúvidas dos alunos sobre os
procedimentos de alta comple-
xidade”, diz Alvarenga, que con-
vidou para ministrar as pales-
tras os médicos João Ribeiro de
Moura, Elias Fouad Rabahi,
Malan Cavalcanti Lima e Sérgio
Gabriel Rassi. Alvarenga tam-
José Alberto Alvarenga: novos cursos em 2007 Elias Rabahi: orientações aos alunos sobre materiais
bém ministrou uma palestra,
enfocando as propostas para a
autorização de ressonância
magnética.
Sérgio Rassi falou sobre os
procedimentos eletrofisiológicos,
diagnósticos e terapêuticos em
eletrofisiologia cardíaca. Malan
Cavalcanti abordou as indicações
de implantes de marcapasso. Du-
rante a palestra, ele elogiou a ini-
ciativa da Unimed Cerrado ao pro-
mover o curso e levar informações
sobre várias especialidades médi-
cas aos auditores.
Elias Rabahi enfocou as in-
dicações de procedimentos de
altíssima tecnologia em neurorra-
diologia intervencionista e apre-
sentou aos alunos alguns materi-
ais usados, detalhando o funcio-
namento de cada um. João Ribei-
ro de Moura falou sobre os pro-
cedimentos de auditoria em
otorrinolaringologia e ressaltou a
necessidade do auditor ser sem-
pre ético.
“Se tiver alguma dúvida,
procure esclarecê-la antes de to-
mar uma decisão. Se preciso, con-
sulte os colegas”, aconselhou. De
acordo com Alvarenga, outros
dois cursos de auditoria devem
ser promovidos ainda neste ano
pela Unimed Cerrado para orien-
tar os médicos auditores.
A palavra dos participantes...
“O curso
abordou
temas
muito
interessantes,
como os
relacionados
à
neurorradiologia,
uma área que gera muitas
dúvidas. Sou ortopedista e
como auditor preciso entender
não só dessa especialidade, mas
de todas. Por isso, que cursos
como esse são importantes. Eles
nos ajudam a compreender
melhor outras áreas e a
esclarecer dúvidas do dia-a-dia”
Ademar Francisco Ferreira
Cintra – auditor Unimed
Regional Sul
“Sou
ginecologista,
auditor há
12 anos e
pós-
graduado
em
auditoria e
sei que nessa
área não podemos parar de
estudar. Já participei de vários
cursos de auditoria e sempre
estou em busca de novas
informações e esse curso da
Unimed Cerrado trouxe novidades,
abordadas de forma clara e
explicativa. Mesmo já tendo
estudado alguns temas enfocados,
valeu a pena participar”
Roberto Luiz de Oliveira – auditor
Unimed Anápolis
“Participei
dos dois
cursos de
auditoria
promovidos
pela
Federação
e quero
participar de
todos, pois essa abordagem de
temas relacionados a áreas
específicas da medicina contribui
muito para melhorar o trabalho
do auditor. Lido muito com
procedimentos na área de
otorrinolaringologia, por
exemplo, e ainda não há um
consenso sobre muitos deles,
por isso precisamos estar sempre
bem informados”
Roseana Borges Campos Silva –
auditora Unimed Vale do São
Patrício
5. MARÇO/MAIO/2007
PRÉ-ENEM
Goiânia sediou, nos dias 27 e28 de abril, o XI Encontro Nacionaldas Entidades Médicas (Pré-Enem)do Norte e Centro-Oeste, que reuniurepresentantes dos Conselhos Regi-onais de Medicina, Associações eSindicatos dos Médicos das duas re-giões e debateu os principais temasrelacionados ao exercício da medici-na na atualidade. A convite do Sindi-cato dos Médicos do Estado de Goiás(Simego), uma das entidades promo-toras do evento ao lado do ConselhoRegional de Medicina do Estado deGoiás (Cremego) e da AssociaçãoMédica de Goiás (AMG), o presiden-te da Unimed Cerrado, José AbelXimenes, foi um dos palestrantes doPré-Enem.
Na tarde do dia 27, ele parti-cipou da mesa redonda Mercado deTrabalho e Remuneração Médica,abordando o tema Cooperativismo deSaúde e Saúde Suplementar no Bra-sil. Com quase 30 anos de atuação naárea médica, Ximenes ressaltou já terparticipado de várias etapas da orga-nização da categoria e assegurou sero cooperativismo uma das melhoresformas dos médicos se organizareme enfrentarem os desafios do merca-do de trabalho.
“Os médicos não podem teruma visão catastrófica do mercado detrabalho e achar que vão sensibilizaras pessoas com suas queixas”, disse,acrescentando que problemas, comoa má remuneração dos serviços pres-tados, devem ser encarados comodesafios a serem vencidos. “E ocooperativismo pode nos ajudar avencer”, afirmou.
Ele explicou que ocooperativismo está presente em 13ramos da economia brasileira, respon-de por 6% do Produto Interno Bruto
Ximenes participa deencontro de entidadesmédicas O presidente da Unimed Cerrado defendeu o
cooperativismo como uma das formas de organização
dos médicos no XI Encontro das Entidades Médicas das
Regiões Norte e Centro-Oeste
(PIB) e deve ser visto em suas dimen-sões empresarial, política, educativa,associativa e social. “O coopera-tivismo organiza a categoria e levaatendimento a várias camadas da po-pulação”, exemplificou Ximenes, res-saltando que o cooperativismo tam-bém pode contribuir para ainteriorização do trabalho médico,outro tema debatido no Pré-Enem.
O sucesso da Unimed, deacordo com Ximenes, comprova a efi-cácia do cooperativismo médico. “NoBrasil, só existem hoje dois SistemasNacionais de Saúde: o Sistema Úni-co de Saúde (SUS) e o Sistema Naci-
onal Unimed”, disse. O coopera-tivismo médico voltou a ser enfocadona última mesa redonda do encontro,que abordou a terceirização do tra-balho médico.
O presidente da UnimedGoiânia, Sizenando da Silva CamposJúnior, afirmou que é possívelterceirizar os serviços médicos pormeio de cooperativas, desde que es-sas organizações não sejam usadaspara burlar a legislação trabalhista eprejudicar o profissional.
O Pré-Enem debateu aindatemas, como a proposta de criação daOrdem dos Médicos do Brasil, a for-mação e a residência médica, a polê-mica revalidação de diplomas de es-tudantes formados no exterior, acontratação e a remuneração dos mé-dicos que atuam no Programa de Saú-de da Família (PSF) e a contratua-lização proposta aos hospitais filan-trópicos pelo SUS. As propostasaprovadas no XI Pré-Enem serão de-batidas em Brasília, entre os dias 6 e8 de junho, por representantes de todoo País no XI Enem.
Ximenes:
desafios a
serem vencidos
“No Brasil, só
existem dois
Sistemas Nacionais
de Saúde: o SUS e
o Sistema Nacional
Unimed”
Secretário destaca importância das cooperativas
Os novos conselhos administra-
tivos da Organização das Cooperativas
Brasileiras do Estado de Goiás (OCB-GO)
e Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo no Estado de Goiás
(Sescoop/GO), integrantes do Sistema
OCB/Sescoop-GO, que tem na presidên-
cia-geral Antônio Chavaglia, foram
empossados no dia 2 de maio. O presi-
dente da Unimed Cerrado, José Abel
Ximenes, faz parte do conselho admi-
nistrativo da OCB-GO, eleito no último
dia 30 de março para o mandato 2007/
2011.
Para Ximenes, que participa pela
primeira vez desse conselho, a presen-
ça da Unimed Cerrado na entidade for-
talece a Federação, que muito poderá
contribuir com a OCB-GO. Ele ressalta
que pretende dar todo apoio ao impor-
tante trabalho que Chavaglia vem de-
senvolvendo à frente da OCB-GO, bem
como contribuir para o fortalecimento
de todos os ramos do cooperativismo
no Estado e, em especial, o da saúde
no qual está inserido o sistema Unimed.
“Vou colocar a serviço da OCB-
GO toda minha experiência adquirida
em mais de 25 anos de estudo e
de dedicação às causas do coopera-
tivismo em Goiás e no País”, declarou
o presidente. No conselho, Ximenes
também pretende dar seqüência ao seu
trabalho em defesa da intercoo-
peração.
Durante a posse, o presidente
do Sistema OCB/Sescoop-GO disse que
os novos conselheiros espelham uma
integração cada vez mais desejada en-
tre todos os ramos do cooperativismo.
“Buscamos formar uma diretoria com
pessoas realmente comprometidas com
os seus ramos e isso contribuirá para
termos uma visão mais próxima das
reais demandas de cada segmento”,
declarou Chavaglia.
PPPPPosse daosse daosse daosse daosse daUnimedUnimedUnimedUnimedUnimedCerrado naCerrado naCerrado naCerrado naCerrado naOCB-OCB-OCB-OCB-OCB-GOGOGOGOGO
Ximenes (detalhe):
reunião de posse
dos conselhos
O presidente José Abel
Ximenes, o diretor de Mercado da Fe-
deração, Jonas Ubirajara Husni, o pre-sidente da Unimed Anápolis, Danúbio
Antônio de Oliveira, o presidente daUnicred Norte-Goiano, Arnaldo de
Souza Teixeira Júnior, e o presidentedas Cooperativas de Crédito do Bra-
sil Central, Dejan Rodrigues Nonato,reuniram-se, no início de abril, com
o secretário Estadual da Indústria e
Comércio, Ridoval Chiareloto. Asperspectivas para o desenvolvimen-
to econômico do Estado nos próxi-mos anos e o papel das cooperativas
nesse cenário foram o tema principal
do encontro, definido como muito
positivo pelo presidente da UnimedCerrado.
O secretário avaliou que sãoinegáveis as perspectivas de cresci-
mento econômico de Goiás nos pró-ximos dez anos, fruto, segundo ele,
de um trabalho sério e agressivo ini-ciado no Governo Marconi Perillo e
que mantém seu ritmo no atual go-
verno de Alcides Rodrigues.De acordo com Chiareloto,
a Secretaria de Indústria e Comér-cio é um ótimo termômetro destas
ações positi-
vas, pois o rit-
mo de traba-lho por ela
empreendidonão deixa dú-
vidas sobre asprojeções de
crescimento do Estado. “E o papeldas cooperativas nesse desenvolvi-
mento é de suma importância, pela
força enorme dessa malha de pro-dução e renda associada e distri-
buída em suas regiões de origem”,disse Chiareloto.
NORMALIDADE
Unimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionanormalmentenormalmentenormalmentenormalmentenormalmente
6. MARÇO/MAIO/2007
Unimed Brasília funcionanormalmente
Após ser surpreendida no
final de abril com uma Resolução
Operacional (RO) da Agência Naci-
onal de Saúde Suplementar (ANS),
que determinava a alienação de sua
carteira e o início de sua liquida-
ção judicial, a Unimed Brasília já
retomou sua rotina normal. De-
monstrando equilíbrio financeiro,
estabilidade administrativa e plenas
condições de atendimento a seus
cerca de 10 mil usuários, a
coopertativa recorreu à Justiça e,
poucos dias após a publicação da
RO 452, obteve uma liminar que
suspendeu a decisão da ANS. A re-
vogação dessa decisão foi confir-
mada pela ANS em outra resolução,
a 453, aprovada no dia 16 de maio.
”Estamos trabalhando regu-
larmente”, afirma o presidente da
Unimed Brasília, Antônio Carlos
Miletto, ressaltan-
do que além do
atendimento aos
integrantes de
sua carteira pró-
pria, a Unimed
Brasília mantém o
intercâmbio com
Unimeds de todo
o País, de acordo
com as normas do
manual nacional
do sistema. A
Unimed Brasília conta hoje com
288 cooperados e dois hospitais
próprios à disposição de seus usu-
ários.
Em agosto de 2005, em de-
licada situação econômico-financei-
ra, a Unimed Brasília passou a ser
gerenciada por uma
diretoria fiscal ins-
taurada pela ANS.
Na época, a agência
considerou que a si-
tuação econômico-
financeira e adminis-
trativa da cooperati-
va colocava em ris-
co a continuidade
do atendimento à
saúde aos seus usu-
ários, que chegavam
a quase 80 mil. Sob o Regime de
Direção Fiscal, a Unimed Brasília
teve uma redução em sua carteira,
mas alcançou um equilíbrio econô-
mico-financeiro e fechou 2006 com
Uma liminar da Justiça suspendeu a decisão da ANS, que
determinava a liquidação da cooperativa
Quem visitar Itumbiara, no
Sul do Estado, bem na divisa com
Minas Gerais, não pode deixar de
dar um passeio na Avenida Beira
Rio, às margens do grande Rio
Paranaíba, nem de visitar o lago
da usina de Furnas e aproveitar
para um bom descanso na praia ou
para arriscar uma pescaria. As di-
cas são de Luiz Mário de Paula,
encarregado do CPD da Unimed Regional Sul e um itumbiarense orgulhoso
da cidade natal.
Casado com Maria Aparecida Gomes de Paula e pai de Michelly
Cristina, de 13 anos, Luiz Mário aproveita os momentos de folga para curtir
a natureza à beira do lago de Furnas, de onde também sempre procura fisgar
alguns peixes. Se for ao som de uma boa música popular ou de grandes
sucessos sertanejos, melhor ainda.
Mas, quando o assunto é trabalho, o itumbiarense de 47 anos não
brinca e prova porque já está há 15 anos na Singular. Formado em Adminis-
tração de Empresas, Luiz Mário não poupa dedicação ao serviço e sempre
procura fazer o melhor. Tem sido assim desde que ingressou na cooperativa
como encarregado de faturamento.
E engana-se quem pensa que ele já se dá por realizado profissional-
mente. Luiz Mário quer mais e sempre busca crescer na profissão. “Procuro
me aperfeiçoar na minha área de trabalho, que é a informática, em busca de
benefícios próprios e para a empresa”, conta Luiz Mário, que elogia o
companheirismo dos colegas de trabalho. “Em 15 anos de trabalho, só fiz
amigos”, diz, ressaltando considerar muito positivo trabalhar em uma em-
presa sólida e bem estruturada. Ah, outra dica dele para quem visita Itumbiara
é conhecer a Ponte Afonso Penna, construída em 1908 e um dos monumen-
tos históricos goianos.
A Unimed Cerrado foi
uma das entidades co-patroci-
nadoras do Festival de Tênis
do Rio Quente Resorts, que
incluiu a realização do IX
Tennis Classic Rio Quente
Resorts e o lançamento do
Torneio Nacional de Vets. O
paulista Caio Zampieri foi o
grande vencedor do IX Tennis
Classic, realizado entre os dias
12 e 19 de maio e que distri-
bui US$ 15 mil em prêmios e
pontos para o ranking mundi-
al. Zampieri faturou o título de
simples e de duplas do torneio
masculino e levou para casa
um cheque no valor de US$
4.178,32, além de 18 pontos.
Com a participação de
atletas com idade igual ou su-
perior a 35 anos, nas catego-
“Estamos
trabalhando
regularmente e em
intercâmbio com
Unimeds de todo o
País”
uma sobra de aproximadamente R$
2,8 milhões.
Ao término do Regime de
Direção Fiscal, em agosto de 2006,
a diretoria recomendou à ANS que
continuasse acompanhando a
Unimed Brasília por seis meses.
“Mas, a ANS não se manifestou nes-
se período”, diz Miletto, acrescen-
tando que a manifestação da agên-
cia só veio em abril passado com a
aprovação da RO 452. “Foi uma sur-
presa para todos nós”, declara o
presidente, que espera que a deci-
são final da Justiça confirme a
liminar. A Unimed Cerrado apóia as
decisões da Unimed Brasília, que já
recebeu também o apoio da
Unimed Brasil e da Unimed Centro-
Oeste e Tocantins.
PERSONAGEM
Luiz Mário: orgulhoso deItumbiara e da solidez daUnimed Regional Sul
Luiz Mário: só amizades
em 15 anos de trabalho
Unimed Cerradoco-patrocina Festivalde Tênis
INCENTIVOAO ESPORTEINCENTIVOAO ESPORTE
rias masculino e feminino, o I
Torneio Nacional de Vets acon-
teceu entre os dias 21 e 26 de
maio. A competição, realizada
em quadras rápidas, reuniu
tenistas de 11 Federações de
Estados, como Goiás, São Pau-
lo, Minas Gerais e Santa
Catarina. O torneio conta pon-
tos para o ranking da Confe-
deração Brasileira de Tênis.
Semifinalista de
Roland Garros por duas ve-
zes, o destaque do tênis ar-
gentino Pablo Albano minis-
trou clínica aos convidados
do IX Tennis Classic Rio
Quente Resorts. O co-patro-
cínio do Festival de Tênis
marca o fortalecimento do
compromisso da Unimed Cer-
rado de apoio ao esporte.
7. MARÇO/MAIO/2007
INFORMAÇÕES
Para orientar os colaborado-
res das Singulares e seus prestadores
de serviços de saúde sobre o funcio-
namento do novo padrão de Troca de
Informações em Saúde Suplementar
(TISS), criado pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), a
Unimed Cerrado elaborou um guia e
promoveu uma série de treinamen-
tos no interior do Estado. Nesses trei-
namentos, Acássia de Borja, Inácio de
Aquino Neto e Lucijane Maria Costa,
colaboradores da Federação, esclare-
ceram dúvidas de faturistas, secretá-
rias e atendentes de consultórios,
hospitais e laboratórios sobre o pre-
enchimento dos formulários do TISS
e sobre o Sistema de Atendimento
Web (SAW).
Os treinamentos foram re-
alizados entre os dias 21 e 25 de
maio em Goianésia, Niquelândia,
Minaçu, Porangatu e Ceres e con-
taram com a participação de 295
alunos, que também puderam co-
nhecer o guia sobre o TISS elabo-
rado pela Unimed Cerrado com o
Manual orienta sobre o TISSUnimed Cerrado elaborou um guia e promoveu
treinamentos para orientar Singulares sobre o novo
padrão de troca de informações
Treinamentos sobre
o TISS: 295 alunos
Treinamentos sobre
o TISS: 295 alunos
apoio das Unimeds Paulistana,
Anápolis, Goiânia, Confederação
Centro-Oeste/Tocantins e CTS. O
guia apresenta modelos de formu-
lários adotados para a troca de in-
formações e traz orientações so-
bre o preenchimento de cada um.
O manual está disponível no site:
www.unimedcerrado.com.br
Mar y Christina Faria,
faturista do Hospital Nossa Senho-
ra Santana, de Uruaçu, aprovou a
iniciativa da Unimed Cerrado. “Par-
ticipei de várias palestras sobre o
TISS, mas ainda tinha muitas dúvi-
das, que só foram sanadas pelo
treinamento promovido pela
Unimed Cerrado, a única operado-
ra que realizou um curso como
esse em Uruaçu”, disse Mary, que
após receber as orientações da Fe-
deração se considerou apta e mais
tranqüila para cumprir as exigên-
cias do TISS.
O prazo para os hospitais
gerais e especializados, hospitais/
dia-isolado, pronto-socorro espe-
cializado e pronto-socorro geral se
adaptarem ao TISS venceu no dia
31 de maio. As operadoras que dei-
xarem de encaminhar à ANS, no pra-
zo estabelecido, as informações
previstas no TISS sofrerão advertên-
cia e, em caso de reincidência, mul-
Presidentes e diretores da
Unimed Cerrado e das Singulares de
Goiás e Tocantins puderam conhecer
mais sobre o trabalho da Fundação
Unimed, uma instituição sem fins lucra-
tivos criada em 1995 pela Unimed do
Brasil para contribuir para o fortaleci-
mento corporativo, desenvolver a ges-
tão do conhecimento e promover a res-
ponsabilidade social no sistema
Unimed. Em visita à Unimed Cerrado,
no dia 26 de maio, Luiz Carlos Lopes
Moreira, executivo Administrativo e Fi-
nanceiro da Fundação, falou sobre o
trabalho desenvolvido pela entidade.
“A Fundação Unimed propõe
uma transformação através da educa-
ção continuada, responsabilidade soci-
al e do serviço de assessoria de gestão”,
A Assembléia Geral Extraordinária da Unimed Cerrado, realizada no dia
25 de maio, elegeu os novos integrantes do Conselho Fiscal da Federação. Os
membros da comissão eleitoral, Renato Silvano Martins, da Unimed Caldas
Novas, e Renato Martins Bessal, da Unimed Morrinhos, conduziram os traba-
lhos. A chapa Seriedade foi eleita com 12 votos – houve cinco abstenções. De
acordo com o Estatuto Social da Federação, os membros efetivos e suplentes
serão escolhidos pelos conselheiros na primeira reunião do novo Conselho.
Confira quem são os novos conselheiros: Astride Rodrigues Linhares Silva
(Unimed Morrinhos), Mário Tadeu Kroeff de Souza (Unimed Gurupi), Roberto
Bismarck Costa Wanderley (Unimed Caldas Novas), Jorge Guilherme Emerick
(Unimed Jataí), Orsine Passos Guterres (Unimed Palmas) e Dieb Abdon Afiune
(Unimed Anápolis). Eles foram eleitos para o período 2007/2008.
Federação tem novoConselho Fiscal
A Unimed Cerrado recebeu, no
dia 26 de maio, a visita do diretor de
Desenvolvimento da Federação das
Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp),
Luiz Roberto Dib Mathias Duarte, e do
gerente de Tecnologia da Informação,
Nelson Dias dos Santos, que
apresentaram a diretores e presidentes
da Federação e das Singulares as
funcionalidades e recursos disponíveis
às cooperativas no portal da Federação
paulista. Entre os serviços apresentados
o que mais chamou a atenção foi o
Intercâmbio com Biometria, uma solução
tecnológica que melhora e agiliza o
processo de solicitação de autorização
de procedimentos entre Unimed
prestadora e Unimed de origem.
Segundo o diretor de
Diretores conhecemIntercâmbio com Biometria
Desenvolvimento da Fesp, o objetivo
dessa ferramenta de trabalho é
promover a melhora na qualidade dos
serviços e a redução de seus custos.
Esse intercâmbio vem sendo
mundialmente utilizado para
assegurar a identificação e
autenticação de registros de pessoas,
reduzindo a chance de fraudes. O
usuário é identificado pela impressão
digital, o que dispensa o uso de
cartões ou senhas.
Algumas Singulares paulistas
já implantaram o sistema. Em outras,
ele está em fase de implantação. A
Unimed Cerrado está avaliando a
implantação de um projeto piloto na
Unimed Norte-Goiano.
ta de R$ 25 mil, de acordo com o
artigo 34 da Resolução Normativa
número 124/06. As operadoras que
não cumprirem as normas
estabelecidas pelo Padrão TISS,
além de advertência, poderão ser
multadas em até R$ 35 mil.
Uma Fundação em prol dodesenvolvimento
disse, ressaltando que serviços, como
cursos de pós-graduação, assessoria na
elaboração de planejamento estratégi-
co, recrutamento e seleção de pessoal
e diagnóstico da área comercial e de
recursos humanos, palestras, cursos e
assessoria especializada em responsa-
bilidade social, estão à disposição das
cooperativas.
Luiz Carlos Lopes também fa-
lou sobre a criação do Grupo Estraté-
gico dos Núcleos de Desenvolvimento
Humano (GENDH), que visa a estimu-
lar os dirigentes, educadores e gestores
das Unimeds a transformarem o conhe-
cimento em desenvolvimento. A
Unimed Cerrado é representada no
GENDH pelo presidente José Abel
Ximenes.
A localização, os endereços eletrônicos, os
telefones de contato, o número de cooperados e as áreas
de abrangência de todas as Singulares da Unimed
Cerrado. E mais: cada uma delas identificada pela foto
de sua sede. Informações como essas podem ser
encontradas no Perfil Institucional da Unimed Cerrado.
Com um layout moderno e uma impressão de
primeira qualidade, o catálogo traz também um resumo
completo do Sistema Unimed e da Unimed Cerrado. Em suas 12 páginas, o leitor
encontra ainda um pouco da história da Federação, sua estrutura organizacional,
missão e valores.
Catálogo apresentao perfil da federação
8. MARÇO/MAIO2007
“Desde uma
ligação telefônica,
até o atendimento
direto realizado em
uma clínica ao usuário,
é crucial agir com a
devida atenção”
ARTIGO JURÍDICO - Daniel Rodrigues Faria
Prevenção! Interessante
como devemos sempre nos lem-
brar desta palavra, ainda mais quan-
do falamos em operadoras de pla-
nos de saúde, que são atores im-
portantes no cenário do mercado
de saúde brasileiro.
De pronto, nem maiores di-
gressões são necessárias para afir-
mar que a prevenção de moléstias
é a grande busca das operadoras
de planos de saúde.
Este pequeno intróito ser-
viu para demonstrar a importância
da palavra prevenção, quando fala-
mos em saúde, mas o desiderato
do presente é outro: é lembrar que
este vocábulo deve soar em
todos os momentos e
cantos de uma opera-
dora de planos de
saúde.
Pois bem, o
enfoque principal a
ser delineado nes-
te breve texto é
justamente a pre-
venção de discussões
de qualquer espécie,
até mesmo, processos
administrativos ou judiciais, de-
monstrando que todos possuem
um papel importante, sejam os se-
tores internos da operadora, sejam
os colaboradores que laboram jun-
to aos consultórios, clínicas e hos-
pitais.
Como é cediço, o relaciona-
mento entre operadoras e usuári-
os é regido pelo Código de Defesa
do Consumidor, além de normas
protecionistas também estarem
inseridas junto à Lei nº 9.656/98.
Dentre estes aspectos, lembro que
existe uma obrigatoriedade em
atender estes preceitos legais, me-
recendo destaque aqueles previs-
Prevenção: obrigatoriedadee não mera faculdade!
tos no art. 6º do Código de Defesa
do Consumidor, que demonstram
uma série de normas de estrutura
que precisam estar sempre presen-
tes em todo o relacionamento com
os usuários. Ou seja, desde uma li-
gação telefônica, até o atendimen-
to direto realizado em uma clínica
ao usuário, é crucial agir com a de-
vida atenção, procurando, de for-
ma diligente, atender ao anseio do
usuário, ou mesmo, explicar o mo-
tivo de uma negativa.
Aos ilustres colegas asses-
sores jurídicos, relembro da deno-
minada advocacia preventiva, ou
seja, a realização de antecipações
de possíveis lides e a realiza-
ção de soluções. Em
trabalho realizado em
Portugal, foi identi-
ficado que a advo-
cacia preventiva
tende a evitar 88%
de brigas judiciais.
Sem dúvi-
da, trata-se de um
árduo trabalho, às
vezes não reconheci-
do como uma brilhante vi-
tória judicial, mas não se pode de-
sanimar. Uma forma de começar
ou mesmo continuar esta atuação
é conhecendo as principais recla-
mações realizadas pelos usuários.
Neste contexto, em recen-
te publicação, o Instituto Brasilei-
ro de Defesa do Consumidor (IDEC)
formulou uma cartilha destinada
aos consumidores - “Seu plano de
saúde: conheça os abusos e arma-
dilhas” -, que pode ser encontrada
no próprio site do Instituto
(www.idec.org.br). Aos mais aten-
tos, é fácil identificar que este do-
cumento não é importante somen-
te aos usuários, mas também aos
1 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados
por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados
perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos
e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas
contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa
e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão
do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Direitos do Consumidor
FIQUE DE OLHO:
próprios médicos, assessores jurí-
dicos e operadoras de planos de
saúde.
Ou seja, uma análise do re-
ferido documento, identificando
falhas e corrigindo-as, já é uma óti-
ma forma de evitar possíveis lides
com os usuários, que, não é por
* Daniel Rodrigues Faria é assessor
jurídico da Unimed Cerrado
demais lembrar, são peças essen-
ciais ao correto funcionamento
das engrenagens em operadoras
de planos de saúde.
Mãos à obra! Prevenir dei-
xou de ser uma mera faculdade,
mas deve ser encarada como uma
obrigatoriedade!
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