UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Educação Financeira como geradora
de qualidade de vida e bem estar pessoal
Por: Adilson da Silva Marques
Orientadora
Prof. Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Educação Financeira como geradora
de qualidade de vida e bem estar pessoal
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau Pós-
Graduação em Finanças e Gestão Corporativa..
Por: Adilson da Silva Marques
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos meus pais,
Waldemar Marques e Arlete da Silva
Marques, que mesmo com toda a
dificuldade financeira e educacional
souberam que a melhor a herança a se
deixar na vida de uma pessoa são a
educação e o caráter.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta obra aos meus filhos,
Rodrigo, Rafael e Ana Clara, que são
as pessoas que me fazem buscar o
que tenho de melhor dentro mim, me
motivando a alcançar os meus e
objetivos profissionais e pessoais.
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RESUMO
O presente trabalho concentra-se em apresentar de forma simples o
que é educação financeira, formas de investimentos, planejamento financeiro,
obstáculos a ação de guardar, mostrando que um dos maiores problema de
ser ter um futuro tranqüilo não é o quanto se ganha, mas o quanto se guarda
e como se gasta.
Desta forma, esse trabalho visa conscientizar a importância de ter o
hábito de poupar (guardar) para ter um futuro tranqüilo em relação às
questões financeiras e não esperar que o governo nos proporcione condições
favoráveis na aposentadoria.
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METODOLOGIA
Segundo Vergara (2005, p. 47), “Pesquisa metodológica é o estudo que
se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está,
portanto, associada à caminhos, formas, maneiras e procedimentos para
atingir determinado fim”. Portanto, essa pesquisa se dá através da captação
de informações em fontes teóricas e práticas do contexto acadêmico e da
realidade social em que vivemos.
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliográfica e documental, tendo
como objetivo principal fundamentar conceitos relacionados ao tema. Desta
forma, há criação da base primária para os esclarecimentos futuros.
Quanto aos fins, foi de natureza explicativa e descritiva. Explicativa e
descritiva porque visa esclarecer os conceitos e suas aplicações através de
exemplos e descrição de fatores que influenciam a ocorrência das questões
estudadas. .
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SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................... 08
Capítulo l – Educação Financeira ..................................................................... 09
Capítulo Il – Obstáculos a ação de poupar ....................................................... 15
Capitulo III – Formas de Investimentos ............................................................. 18
Capitulo IV – Planejamento Financeiro ............................................................ 23
Conclusão ......................................................................................................... 34
Bibliografia ........................................................................................................ 35
Índice ................................................................................................................ 36
Folha de Avaliação............................................................................................ 38
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INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo principal apresentar informações,
conceitos e motivar aos leitores a cultura da poupança (ganhar, cuidar e
investir), visto que crise financeira, demissões e desemprego não são palavras
novas e muito menos a forma como a maioria da população mundial sofre as
conseqüências desses eventos. As conseqüências são geralmente danosas,
pois não estamos acostumados a nos preparar para infortúnios financeiros.
O maior problema para nós, não é a crise em si mesma, mas a forma
como tratamos os recursos financeiros que recebemos. Esse tratamento “Mal
Educado” que damos ao dinheiro é que nos torna vulneráveis às crises
econômicas.
A educação financeira deve ser abordada como um assunto prioritário
desde os primeiros anos de vida para que o futuro cidadão busque a felicidade
e a realização de seus desejos.
Um ponto que dificilmente é abordado é qual ou quais os fatores
emocionais que levam uma pessoa a usar o dinheiro de forma inadequada,
portanto, a psicologia pode nos ajudar a entender quais as influências
emocionais que nos fazem utilizar o dinheiro em um determinado momento.
Portanto, esse trabalho visa apresentar mecanismos para que o
indivíduo possa acumular recursos financeiros para o futuro e ter uma vida
mais tranqüila independente de eventos externos como crises, baixa
aposentadoria e até mesmo desemprego.
A proposta é mostrar a importância de ter uma disciplina para poupar e
em nenhum momento ensinar a ser tornar um investidor ou rico.
Palavras-chave: Educação Financeira, Investimentos, Planejamento.
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CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
A maior dificuldade para pensar em educação financeira é reconhecer
que vamos envelhecer. Aos vinte ou trinta anos de idade, a maioria das
pessoas só pensa no dia seguinte, em comprar, gastar, viver, ter e curtir a vida.
Não quer dizer que essas pessoas estejam erradas, mas jamais pensam que
vão envelhecer e que suas contas irão aumentar, que precisarão de mais
dinheiro e se quer pensam nos infortúnios financeiros que poderão vir ao longo
da vida. Quando pensam em velhice, pensam em aposentadoria e que o
governo será o responsável por todos.
Quando se fala em governo, é importante refletir sobre três frases já
ditas por pessoas importantes no mundo:
• O estado é o mais frios de todos os monstros frios (filósofo Nietzsche)
• O governo é o problema, não a solução (ex-presidente dos EUA, Ronald
Reagan).
• Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você
pode fazer por seu país. (ex-presidente do EUA, John F. Kennedy)
Analisando as três frases em relação à Educação Financeira, logo se
concluí que aqueles que trabalham em empresas privadas, os funcionários
públicos que não possuem salários exorbitantes não poderão e nem deverão
contar com o governo.
Portanto, a Educação Financeira é uma das bases da qualidade de vida
qualquer cidadão, pois envelhecer bem e tranqüilo é uma questão de atitude.
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1.1 O que é Educação Financeira
Para conceituar Educação Financeira vamos entender cada palavra
isoladamente sem nos ater a qualquer dicionário então, Educação é a forma
adequada e também inteligente de nos portarmos às diversas situações e
Financeira é tudo aquilo que se relaciona à finanças, dinheiro. Portanto
Educação financeira pode ser entendida com a forma adequada e inteligente
de utilizar os recursos financeiros que recebemos, entendendo
adequadamente e inteligente como o equilíbrio entre as receitas, os
investimentos e as despesas.
A partir desse entendimento, podem existir outras conceituações como:
É a consciência da dificuldade de se ganhar dinheiro e da facilidade de
se gastar, questionando a real necessidade de um consumo.
É saber que os recursos financeiros devem servir para um bem estar
mental, físico e material. Não é entrar paranóia de somente investir ou
guardar, é necessário gastar também, mas sempre refletindo sobre o
equilíbrio e bem estar.
Resumindo, Educação Financeira é o equilíbrio entre receitas,
investimentos e despesas com o objetivo de ter no futuro um bem estar mental,
físico e material.
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1.2 Por que ter uma Educação Financeira?
A resposta a essa pergunta deve ser respondida inicialmente com
algumas outras perguntas.
1. Haverá empregos para todos?
2. Por quanto tempo terei emprego?
3. Devo esperar alguma coisa do Governo?
4. A aposentadoria será suficiente?
5. Como devo administrar o meu dinheiro, se sou autônomo?
6. Como guardar dinheiro e ainda pagar minhas contas?
7. Quando precisar de empréstimo, uso cartão de crédito, cheque
especial ou empréstimo pessoal?
É muito difícil responder as essas perguntas com exatidão, mas é
importante perceber se o individuo começar a guardar dinheiro desde o inicio
de sua vida produtiva, aos vinte, vinte cinco ou trinta anos, será bem provável
que passará pelos infortúnios econômicos e financeiros com mais tranqüilidade
que aqueles que não possuem o hábito de poupar. Também aquele terá muito
mais possibilidade de adquirir bens matérias com mais facilidade, pois
acumulará dinheiro muito mais cedo.
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1.3 O Ciclo Ideal para um o futuro
Falta de conhecimento sobre educação financeira dos pais e pouco
tempo com os filhos falando da “importância” do dinheiro, logo pensamos que
a escola ensinará tudo que é importante para o futuro. Falamos sobre futebol,
corridas, jogos, lazer e outras assuntos. Não que esses assuntos não sejam
importantes, mas nunca falamos sobre a nossa conta corrente, sobre as
nossos contas e da dificuldade de mantê-las em dias.
Atualmente são nove anos de ensino fundamental e mais três anos de
ensino médio. Muitos colégios já falam de educação sexual e prevenção contra
DST, mas nunca durante esses doze anos a escola não fala sobre educação
financeira, dinheiro e a forma de como utilizá-lo. Por isso, quase todos entram
em ciclo padrão que é estudar, trabalhar, comprar, comprar e comprar,não
sobrando nada para guradar.
O ciclo padrão é o que a grande parte das pessoas fazem com o
dinheiro que recebem, não importando a classe social ou o nível cultural, pois
para cada classe só mudará a proporção da dívida em relação a sua classe
social.
Em oposição ao ciclo padrão há o ciclo ideal que é saber utilizar o tempo
cronológico da vida em relação ao dinheiro, ou seja, devemos continuar
estudando, trabalhando, porém, no inicio dessa etapa, trabalho, devemos
primeiro pensar em investir e depois comprar. Agir dessa forma é
extremamente difícil, pois foi uma longa estrada até o primeiro emprego e ao
invés de comprar aquilo que sonhamos por um longo período, ainda temos que
esperar um pouco mais ?!?!?!. Sim, é isso mesmo. Esperar um pouco, ter
paciência e saber olhar não só a estrada (presente), mas o que pode vir depois
da curva (futuro).
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O que vem depois da curva é a armadilha. Olhamos para o nosso
colega que começou a trabalhar junto conosco e já está com um carro, ai nos
perguntamos.
– Por que eu não posso também? Cada um tem a sua própria resposta
e cada um terá que enfrentar as suas dificuldades depois da curva, ou seja,
facilidade de pagar as contas, tranqüilidade mental, paz de espírito ou
necessidade de pegar um empréstimo, devolução de bens e venda de bens
com valor inferior.
Portanto, o Ciclo Ideal seria
Estudar à Trabalhar à Investir à Comprar
à Investir
à Comprar
à Investir
em contraponto ao Ciclo Padrão
Estudar à Trabalhar à Comprar à “Não sobra”
à “Corrida do Rato”
O termo Corrida do Rato foi extraído do livro "Pai Rico Pai Pobre" - Robert
Kyiosaki, Sharon Lechter e nesse mesmo livro encontra-se uma estória para
explicar o que significa a Corrida do Rato em nossas vidas :
Você já observou um rato dentro de uma daquelas gaiolas que giram enquanto ele corre dentro dela?
Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que estava determinado: procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranqüila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.
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Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os jovens, conhece alguém, namora , às vezes, casa. A vida é então maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma benção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos. O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começam a trabalhar ainda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda, o imposto predial da casa maior, as contribuições para a Seguridade Social e outros impostos também crescem. Eles olham para aquele contracheque alto e se perguntam para onde todo esse dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos! mútuos e pagam cinco ou seis anos e é necessário poupar não só para os aumentos das mensalidades escolares, mas também para a velhice. O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da Corrida dos Ratos pelo resto de seus dias.
Eles trabalham para os donos da empresa, para o governo, quando pagam os impostos, e para o banco, quando pagam cartões e hipoteca.
Você já notou que há uma porção de contadores que não ficam ricos? E gerentes de banco, e advogados, e corretores de valores e corretores imobiliários? Eles sabem muita coisa, e em geral são inteligentes, mas a maioria não é rica. E como nossa escolas não ensinam o que os ricos conhecem, seguimos os conselhos dessas pessoas. Mas um dia, você esta dirigindo na estrada, preso no engarrafamento enquanto tenta chegar ao escritório e olha para o lado e vê seu contador preso no mesmo engarrafamento. Você olha o outro lado e vê seu gerente de banco. Isso deveria dizer-lhe alguma coisa.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram em habilidades acadêmicas e profissionais mas não nas habilidades financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas financeiros durante toda a vida."
Observando o texto descrito acima, é fácil identificar a maioria da
população brasileira, independente classe social ou nível cultural.
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CAPÍTULO II
OBSTÁCULOS A AÇÃO DE POUPAR
As propagandas de TVs, as mídias de massa, os modelos parentais em
lidar com o dinheiro e modelos culturais influenciam psicologicamente os
individuais a se distanciarem do hábito de poupar.
Através das influências desses canais de disseminação, tanto externo,
como interno (modelos parentais), cada individuo começa a criar um padrão de
comportamento para o hábito de consumo e poupança. Infelizmente, a maioria
cria um padrão de consumo acima de suas possibilidades, tornando quase
tudo que vêem como algo necessário ao seu viver.
Com a passar do tempo, as pessoas não conseguem mais distinguir o
que é algo necessário do que é desejado e a partir de então começam a entrar
na Corrida do Rato conforme descrito anteriormente.
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2.1 Propagandas
As propagandas sempre foram e serão formas importantes das
empresas apresentarem, disseminarem e influenciarem as compras de seus
produtos aos consumidores. Essa mesma propaganda serve como obstáculos
a criação de poupança, uma vez que incentiva o consumo exagerado, fazendo
o consumidor pensar que a satisfação e a felicidade pessoal estão em ter cada
vez mais bens materiais.
O país precisa que haja consumo para mover a economia, porém o
problema é que muitas pessoas, influenciadas pela propaganda, acabam
comprometendo toda a renda e esquecem que há uma restrição orçamentária
para a grande maioria das pessoas. Restrição orçamentária conjugada com as
palavras necessito ou desejo deveriam servir de base para qualquer análise
de compra. Desta forma, o consumo poderá ser avaliado se está dentro das
possibilidades de compra e se está ocorrendo por necessidade ou impulso.
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2.2 Modelos Parentais e Culturais
Os modelos parentais são as formas que pais tratam e que vão
passando de pai para filhos, é a educação financeira ou falta da mesma que
influencia os filhos no decorrer de sua vida. Não é comum ter famílias que dão
mesadas e ensinam aos filhos que a mesada é similar ao salário, ou seja, pode
acabar antes do final do mês. Os modelos parentais vão determinando e
influenciando psicologicamente a forma com que os filhos utilizarão o dinheiro.
Como foi afirmando acima, é difícil ter famílias com conhecimento de
educação financeira, mostrando o porquê de guardar dinheiro, pois a grande
maioria dessas famílias utilizam modelos culturais de consumo que são mitos e
valores dados às posses de bens matérias em uma sociedade e que
geralmente são determinados pela propaganda de consumo.
Só para exemplificar uma cultura dos brasileiros de classe média, que é
comum ver cinemas, bares e outros pontos de lazer cheios aos finais de
semana e que em média cada pessoa gasta em torno de R$ 50,00 (cinqüenta
reais), mas dificilmente dessas pessoas pensam em sacrificar um final de
semana e guardar esse pequeno valor mensal.
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CAPÍTULO III
INVESTIMENTOS E EMPRÉSTIMOS
Há no mercado financeiro vários tipos de investimentos, alguns para
pessoas especializadas e outros mais simples que podem ser acessível à
maior parte da população. Só serão abordados alguns de simples utilização e
sem questões técnicas, apenas como uma visão geral para entendimento.
Uma questão a desmistificar é que para poder investir/guadar é preciso
entender de matemática financeira, se assim fosse, praticamente só os
matemática e economista saberiam guardar dinheiro. Ao contrário, há vários
matemáticos, economistas, engenheiros entre outros profissionais que estão
em grandes dificuldades financeiras, mesmo conhecendo profundamente os
cálculos de juros simples, composto e todas as siglas como COPOM, SELIC,
IPC-A entre outras. O fator principal de se acumular recurso é ter disciplina de
guardar e objetivo de curto, médio ou longo prazo.
De maneira geral, os investimentos mais simples e acessíveis são a
Caderneta de Poupança, Fundo de Renda Fixa, Fundo de Ações e Previdência
Privada, sendo este último muito incentivado através das mídias devido a uma
preocupação que as pessoas estão tendo sobre a aposentadoria do governo.
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3.1 Caderneta de Poupança
A poupança é um dos investimentos mais populares do país devido à
simplicidade, ao baixo risco e por ser direcionado principalmente ao pequeno
investidor.
A poupança é um depósito remunerado, sem data de vencimento, com
rendimento mensal pós-fixado (TR = 0,5 % ao mês). Essa remuneração é
regulada pelo Governo Federal e padronizada em todas as instituições
financeira, variando apenas o depósito inicial. Além disso, o investidor possui
uma garantia de R$ 50.000,00 por CPF e por Instituição pelo Fundo Garantidor
de Crédito caso a instituição quebre.
3.2 Fundos de Renda Fixa
Para falar de Fundo de renda fixa, primeiro é importante saber que há
vários tipos de fundos. Fundos de Renda Fixa, de Ações, Referenciado,
Cambial, de Dívida externa, Multimercado entre outros e todos são fundo de
investimentos. Um fundo de investimento é uma aplicação financeira formanda
pela junção de várias pessoas, investidores ou cotistas, para a realização de
um investimento sob a custódia, responsabilidade ou guarda, de uma pessoa
jurídica, parecida com um condomínio, visando um determinado retorno
financeiro. Os investidores dividem as receitas geradas e as despesas
necessárias para o empreendimento proporcionalmente número de cotas.
Os fundos de renda fixa podem ser Pré e Pós-Fixados os quais
possuem a maior parte de seus valores investida em títulos públicos,
rendimentos atrelados a variação do CDI/Selic e a ativos com baixo risco de
crédito. Também há uma grande concentração de investidores devido a grande
oferta das instituições financeiras e principalmente também ao baixo risco.
Geralmente o rendimento gira em torno de 0,8 % à 1% ao mês, sendo
que no primeiro mês, caso haja resgate há incidência de IOF e há incidência
de imposto de renda sobre o ganho (juros).
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Outro fator importante é que os fundos de renda fixa podem cobrar uma
taxa de administração.
3.3 Fundo de Ações
Tomando como base o conceito de fundo de investimento e fundo de
renda fixa, os fundos de ações são fundos de investimento em que a maior
parte do capital deve ser aplicada em ações de empresas de capital aberto
através de um gestor, pessoa jurídica responsável pela compra e venda das
ações do fundo.
3.4 Previdência Privada
Como hoje não há mais dúvidas de que não se pode esperar que o
governo cuide de cada cidadão em suas aposentadorias, a Previdência
Privada surgiu como forma de investimento e/ou complementação de renda na
aposentadoria.
Em um conceito amplo e sem entrar em questões técnicas, Previdência
Privada é um sistema de investimentos, geralmente gerido por seguradoras,
que visa acumular recursos que garantam uma renda mensal no futuro.
Num primeiro momento, era vista como uma forma de uma poupança
extra, além da previdência oficial, mas como o benefício do governo tende a
ficar cada vez menor, muitos adquirem um plano como forma de garantir uma
renda razoável ao fim de sua carreira profissional (aposentadoria).
Como é um investimento, há várias possibilidade de aplicações em
ações, renda fixa ou em ambos. Há também várias possbilidades de resgates
e benefícios, sendo que as opções dependem de renda e de como se deseja
planejar o futuro.
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3.5 Empréstimos
Após ter sido enumerado alguns investimentos, é importante falar sobre
alguns empréstimos, pois hoje há no mercado uma grande variedade e
facilidade de se conseguir um em qualquer instituição financeiras.
Durante a vida, é muito difícil não precisar de um empréstimo e para
poder poupar, é necessário também saber pedir um empréstimo ao banco,
pois quanto mais fácil de obtê-lo, mais alta a taxa de juros.
Dentre os mais comuns, há o Empréstimo Pessoal, o Pré-aprovado na
Internet e Cheque Especial. Na hora de adquirir o empréstimo, sempre deve-se
observar a taxa de juros que cada uma dessas modalidades cobra e verifica-se
que o mais rápido e fácil é utilizar o valor do cheque especial
conseqüentemente com uma taxa de juros mais alta. O segundo mais fácil é
utilizar o valor pré-aprovado na internet, sendo também possui a segunda
maior taxa dentre os três enumerados. Por último, há o empréstimo pessoal,
mais trabalhoso, pois há necessidade de conversar com o gerente, assinar um
contrato e por isso muitas pessoas optam por outra forma mais cara
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Segue abaixo uma tabela para entender como os bancos influenciam os
clientes a optarem por empréstimos através de uma escala que varia de 1 a 3,
sendo 1 melhor e 3 pior para a escolha do cliente:
Tipos de Empréstimo Ação do Cliente Facilidade Taxa
Cheque Especial Apenas a emitir o cheque 1 3
Pré-Aprovado na Internet Entrar na internet
Solicitar o empréstimo 2 2
Empréstimo Pessoal
Entrar em contato com o banco
Solicitar o empréstimo
Assinar o contrato ou
Para alguns clientes apenas
gravar a conversa
3 1
Portanto, sempre que for necessário solicitar um empréstimo, deve-se
optar por um Empréstimo Pessoal, ou seja, sempre o de menor taxa, pois os
juros dos bancos giram em torno de 10% a 15% a.m. Em contrapartida, os
investimentos giram em torno de 0,5% à 1,2% a.m.
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CAPÍTULO IV
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Já foi visto que para poupar não precisa entender de matemática
financeira e sim de disciplina, , porém só isso não basta, pois o que fazer com
dinheiro guardado.
Como dito em um capítulo anterior, não se deve entrar na paranóia de
apenas guardar. É importante ter um objetivo de curto, médio ou longo prazo
para ter um bem estar material, físico e mental. É nesse ponto que devemos
utilizar um instrumento de apoio para chegar onde se deseja no futuro o qual
denominamos de Planejamento Financeiro.
As grandes empresas utilizam vários instrumentos como Planejamento
Estratégico, Orçamento, Indicadores de Desempenho, Planejamento
Tributário, Benchmarking entre outros com o objetivo de atingirem as mentas
de curto, médio e longo prazo, que em outras palavras, são instrumentos para
guiar a empresas para os próximos anos.
Fazendo uma analogia com as empresas, a pessoa física pode tomar
por base o Planejamento Estratégico e o Orçamento e criar um Planejamento
Financeiro Familiar. Portanto, Planejamento Financeiro Familiar é um conjunto
simples de metas e ações que visam direcionar a vida financeira ao longo dos
anos. As metas devem ser realistas e com prazos definidos e as ações
possíveis de serem executadas pensando que tudo deve ser feito,
principalmente, para um bem estar presente e futuro.
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4.1 Ativo Bom e Ativo Ruim
Dentro de um planejamento financeiro, é importante entender o conceito
de ativo bom ou ruim em relação ao fluxo de caixa e para isso, esquecer os
conceitos de contabilidade em relação ao ativo como bens, direitos e
obrigações.
Segundo Martins (2004, p.32), “Um ativo é bom em relação ao fluxo de
caixa quando ele põe dinheiro na sua conta bancária”. A partir desse conceito,
é fácil entender que a simples posse de ativos pode causar problemas
financeiros, pois ter ativo que gera despesas como carro e imóveis não
alugados não são investimentos inteligentes.
Seguindo essa mesma linha, quem vivia chamando a atenção em
relação para o conceito de ativos bons e ruins, era o economista Roberto
Campos, ex-ministro do Planejamento do Brasil, que em 1995 publicou um
artigo com o título de Triste Tropique, no qual discutia a privatização de
empresas e que dizia: ‘Não há político que não tenha orgasmos verbais
pretendendo ser defensor do patrimônio público. Mas que é patrimônio
público? Patrimônio é que dá retorno. “Nesse sentido, as empresas não são
patrimônios e sim encargos públicos”.
Portanto, ao se investir em ativo, que não seja para conforto ou bem
estar pessoal, deve-se tentar investir em algo que gere renda e não despesa.
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4.2 Orçamento Familiar
O orçamento familiar é uma forma de entender como se administra os
recursos financeiros que entram (receitas) e saem (despesas).
Criando um controle de pagamento mensal para todo o ano com
receitas, despesas e investimentos pode-se descobrir a trajetória financeira
para os próximos anos. Essa trajetória financeira determina o perfil de uma
pessoa ou família em relação ao dinheiro e através de uma análise das
receitas e despesas pode-se tentar mudar o futuro financeiro para melhor.
Segue abaixo um exemplo resumido de orçamento familiar para se
entender as possíveis trajetórias financeiras de diferentes famílias.
Os fluxos das famílias 1 e 2 dificilmente existem, mas os demais são
facilmente identificados. As Famílias 3 e 4 terão vários problemas financeiros
no futuro se não mudarem o modo de como administram o dinheiro. As
famílias 5 e 6 administram o dinheiro de forma adequada, mas a família 5 não
investe parte do dinheiro, agindo de uma maneira menos inteligente em
relação ao futuro.
De maneira geral, não há muitas formas de melhorar o fluxo de caixa e
para isso devemos alinhar vontade, paciência, persistência e disciplina a uma
ou mais das situações abaixo:
• Aumento de receitas
• Redução de despesas
• Venda de ativos para pagar dívidas
• Empréstimos com taxas menores
Família 1 Família 2 Família 3 Família 4 Família 5 Família 6 Receitas 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 Investimentos (200,00) 0,00 0,00 (100,00) 0,00 (100,00) Despesas (800,00) (1000,00) (1.200,00) (1.200,00) (800,00) (800,00) Fluxo de Caixa 0,00 0,00 (200,00) (300,00) 200,00 100,00
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4.3 Tipos de Despesas
Como informado no item anterior, é muito importante efetuar uma
análise do orçamento familiar e entender o que pode ser feito com as
despesas. Para isso deve entender quais os tipos de despesas e quais as
ações possíveis para cada uma delas.
As despesas podem ser classificadas em quatro grupos:
• Obrigatórias Fixas (OF) = são as despesas que a familia não pode
eliminar e nem reduzir.
• Obrigatórias Variáveis (OV) = são as despesas que a família não
pode eliminar, mas pode reduzir,.
• Não Obrigatórias Fixas (NOF) = são as despesas que a familia pode
eliminar, mas não pode reduzir.
• Não Obrigatórios Variáveis (NOV) = são as despesas que a família
pode eliminar e pode reduzir.
Essa classificação é importante como ferramenta para o gerenciamento
do orçamento familiar.
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Segue abaixo uma tabela com alguns exemplos de despesas de forma a
facilitar o entendimento:
Tipo Exemplo Tipo Exemplo
OF
Aluguel
Financiamento Imob.
Condomínio
Transporte
IPTU
IPVA
NOF
Empregada
Plano de Saúde
Seguro do Carro
Seguro de Vida
TV a Cabo
Assinatura de Jornais e Revistas
Mensalidade Escolar
Remédios
Combustível
Manutenção de Carros
OV
Alimentação
Vestuário
Higiene e Limpeza
Energia
Água
Telefone
Mensalidade Escolar
Remédios
Combustível
Manutenção de Carros
NOV
Celular
Livros
Discos
Presentes
Cinema e Teatro
Produto e serviços de beleza
Viagens
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4.4 Controle de Pagamento Mensal
A maneira mais fácil “perder” ou “jogar” dinheiro fora é pagar juros aos
bancos ou à empresas prestadores de serviços simplesmente por falta de
controle de data de pagamento. Para evitar ou minimizar ao máximo o
pagamento de juros, criar-se um Controle de Pagamente Mensal que é uma
planilha com o orçamento de todas as receitas, despesas, investimentos para
todo o ano. Através dessa planilha, é possível verificar a trajetória financeira,
evitar o pagamento de juros, excluir ou ajustar as despesas de acordo com a
necessidade. Portanto, o Controle de Pagamento Mensal nada mais é que
uma ferramenta que auxilia a criação e o controle do Orçamento Familiar, pois
independente de ser empresa ou família, há necessidade de ter uma visão
geral de todos os gastos para melhor controle. Se não se sabe o que se gasta,
não tem como saber o que melhorar.
Nessa planilha devem constar as receitas, as despesas, investimentos e
os dias de vencimento de cada uma delas, assim, pode efetuar o desembolso
nos dias determinados. Outra forma de evitar o esquecimento é deixar tudo
que for possível em débito automático e para as outras contas, agendar os
pagamentos pela internet no banco. Com o controle de pagamento, débito
automático e agendamento de pagamento, dificilmente vai haver pagamento
de juros por esquecimento.
Como forma de melhor esclarecimento segue no Anexo 1 um exemplo
de planilha de Controle de Pagamento Mensal.
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4.5 Regra dos 80
Há uma dúvida muito grande em relação a como distribuir os
investimentos em renda variável (ações) e renda fixa. Cada pessoa tem um
perfil de investidor podendo ser conservador, moderado ou agressivo, ou seja,
uma menor ou maior aceitação ao risco. Não há regra para distribuir entre
aplicações. Cada pessoa pressupõe o que deve investir, apenas sabendo que
as aplicações em ações devem ser sempre consideradas como investimentos
de longo prazo.
Independente do perfil de cada um, é sempre bom ter uma aplicação de
curto prazo, menor risco, para eventuais infortúnios da vida.
A regra dos 80 é uma maneira simples recomendada por especialistas
norte-americanos para distribuir os investimentos que é apenas a subtração da
idade do investidor de 80. Assim, o investidor que tiver 30 anos deve subtrair
30 de 80, resultando em 50. Sendo 50 o percentual que deverá estar
aplicado/investido em renda variável. Essa regra se deve à expectativa de vida
útil e cronológica que em outras palavras quer dizer que quanto mais jovem for
o investidor, maior deve ser a participação em investimentos de maior risco,
pois ainda terá mais tempo para observar os altos e baixos do mercado e terá
mais oportunidade, tempo de vida, para ver o patrimônio deslanchar.
Segue abaixo uma visão para algumas idades da Regra dos 80.
Idade Regra Percentual
20 80 – 20 = 60 60 % em Renda Variável
40 % em Renda Fixa
30 80 – 30 = 50 50 % em Renda Variável
50 % em Renda Fixa
40 80 – 40 = 40 40 % em Renda Variável
60 % em Renda Fixa
50 80 – 50 = 30 30 % em Renda Variável
70 % em Renda Fixa
30
4.6 Planejamento Financeiro
Dentro do que foi visto até agora, nada foi informado a respeito do que
fazer com o dinheiro guardado. Dá impressão que o único objetivo é guardar,
guardar e guardar. Planejamento Financeiro é justamente o contrário de
guardar e guardar.
Planejamento Financeiro é instrumento para guiar a vida financeira de
forma organizada e equilibrada entre receitas, despesas e investimento com o
objetivo de atingir metas pessoas (bem estar físico, mental e material) e
profissionais (novos cursos, especialização e mestrados), pois para esses
objetivos dificilmente não haverá a necessidade de dinheiro.
É através do Planejamento Financeiro que se pode ter uma visão mais
clara do rumo tomado em relação ao futuro e fazer os ajustes necessários ao
longo do tempo para atingir as metas de curto, médio ou longo prazo.
Mas como deve ser um Planejamento Financeiro? Já foi visto a
ferramenta de Controle de Pagamento Mensal, na qual há os depósitos em
aplicações que devem ser programados durante um período ou mais. Tudo
depende das metas desejadas. Aqui começa o planejamento, pois não adianta
guardar se não tiver metas para a utilização do dinheiro guardado.
Para começar, existe um conceito denominado SMART que deve ser
seguido para criar uma meta. Cada letra da palavra SMART representa uma
palavra em inglês e é um item de avaliação da correta criação da meta.
Portanto, a meta deve ser SMART:
S – Specific = Específica (Clara e específica)
M – Mensurable = Mensurável (tempo de duração ou espaço para
concretizar, curto, médio ou longo prazo)
A – Achievable = Atingível (realizável, possível)
R – Realistic = Revelante
T – Time-bound = Tangível (concretas)
31
Ao criar uma meta, essa deve estar dentro do conceito SMART e como
exemplo prático, segue a carro.
S – Específico: Carro da marca xxxxx e ano yyyy
M – Tempo: dentro de 1 ano
A – Atingível: esse carro deve estar dentro do padrão familiar,
pois não adianta alguém que ganha R$ 5.000,00 planejar a
compra de uma Ferrari.
R - Relevante: de alguma forma o carro deve ser importante,
podendo ser para bem estar ou trabalho,
T – Tangível: o carro é algo concreto para qualquer ser humano.
Dentro do Planejamento Financeiro o conceito SMART apenas
determina “O QUÊ” se deseja ou precisa, mas ainda falta a parte mais difícil,
“O COMO” conseguir atingir a meta.
O tempo de atingir a meta pode ser de curto, médio ou longo prazo.
Não há um consenso entre curto, médio ou longo prazo, mas como diretriz de
considera-se curto prazo até dois anos, médio prazo de dois anos até cinco
anos e longo prazo acima de cinco anos.
Depois da determinação do prazo, deve-se efetuar o valor que deverá
ser depositado mensalmente a fim de alcançar a meta. Nesse momento
aparece uma questão emocional muito importante. Por que esperar um ou dois
anos se posso comprar a prazo.
A reposta é simples, toda compra a prazo carrega juros altos e como
exemplo, caso seja comprando um carro em 36 meses, geralmente paga um
carro e meio e ao final do período esse mesmo carro vale a metade do preço
de um novo. O maior problema entre comprar à vista ou a prazo não está
necessariamente em saber o disso, mas sim em questões de desejos
imediatos, realmente não poder esperar. ou não ter disciplina para guardar.
Como forma ilustrativa, segue abaixo um comparativo entre a meta de
comprar um carro de R$ 25.000,00 ao final de cinco anos ou financiá-lo sem
entrada no mesmo período.
32
• Carro: R$ 25.000,00
• Prazo da meta ou financiamento = 5 anos (60 meses)
• Taxa de Financiamento: 2% a.m
• Taxa de Investimento em Renda Fixa: 7% a.a
Opções Desembolso
Mensal
Valor ao final
de 5 anos
Diferença
Paga
Provável
Valor de
Mercado
Financiamento R$ 719,20 R$ 43.152,00 R$ 18.152,00 R$ 15.000,00
Investimento R$ 719,20 R$ 51.489,61 \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\ \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\
Conclusões:
1. Ao final do financiamento, foram pagos R$18.152,00 de juros.
2. Considerando o carro com um valor provável de R$ 15.000,00 ao
final dos 5 anos, a perda financeira foi de:
R$43.152,00 – R$15.000,00 = R$28.152,00
3. Se comparar o valor final do investimento ao longo dos 5 anos
com valor provável do carro, a perda financeira foi de:
R$51.489,61 – R$15.000,00 = R$36.489,61
4. Se colocar o IPVA e seguro anual a perda aumenta
consideravelmente.
Portanto, optar por um financiamento é sempre um perda financeira
extremamente nociva ao futuro familiar, pois não é dado importância, mesmo
que os investimentos tenham taxa pequenas de remuneração, o saber esperar
junto com o hábito de poupar pode trazer boas surpresas e evitar grandes
dificuldade financeiras.
No Anexo 2, segue uma tabela com alguns exemplos de investimentos
programados.
33
É muito comum que quando temos acontece algum problema no
Planejamento Financeiro e precisamos cortar algo, o primeiro corte é efetuado
nos investimentos. Logo não é mais depositado o valor planejado antes
mesmo de qualquer análise de despesas. Para vitar esse corte nos depósitos,
segue abaixo algumas dicas:
• Cuidado com os gastos com miudezas
• Criar metas inspiradoras
• Imóvel é uma boa razão para poupar
• Casais ficam mais tempo junto quando não tem problemas
financeiros
• Educação Financeira é equilíbrio entre ganhar, gastar e poupar
• Evitar gastar por impulso, avaliar o que está sentido ( Mereço x
Preciso)
• Pesquise antes de comprar
• Cuidado aos gastar com produtos de grifes
• Não tenha vergonha de perguntar o preço
• Pechinche ou negocie, é a mesma coisa
• Não precisa começar “GRANDE” para poupar
34
CONCLUSÃO
Todos os anos, próximo ao Natal, aparecem reportagens sobre o alto
grau de endividamento das pessoas e ao mesmo tempo um novo recorde de
vendas. Em uma análise fria, significa dizer que as pessoas novamente criarão
dívidas de um ano para outro ao em vês de quitar e guardar parte do que
receberam
A Educação Financeira tem justamente esse objetivo, ajudar a criar
pessoas mais conscientes em relação ao valor do dinheiro no tempo. É de
extrema importância ter consciência que todos terão, em algum momento,
dificuldades, seja de saúde, mental ou financeira e que em todos os casos
necessitarão de dinheiro.
Não é fácil deixar de comprar hoje e esperar para comprar no futuro,
mas essa maturidade financeira que torna a vida de algumas pessoas mais
tranqüila e menos frustrante ao longo da vida.
Mais uma vez é importante enfatizar que não é entrar na paranóia de
apenas guardar e sim equilibrar as despesas dentro do orçamento familiar. Por
isso a Educação Financeira em conjunto com o Planejamento Financeiro se
tornam uma excelente ferramenta para criar um futuro tranqüilo de bem estar
pessoal, mental e financeiro, passando pelos infortúnios da vida com mais
tranqüilidade.
35
BIBLIOGRAFIA
MARTINS, José Pio. Educação Financeira ao Alcance de Todos. São Paulo:
Fundamento Educacional, 2004.
FRANKEBERG, Louis. Seu Futuro Financeiro. 5ª ed. Rio de Janeiro: Campus,
1999
CEBARSI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. Rio de Janeiro: Thomas
Nelson Brasil, 2008.
Kiyosaki, Robert T.; LECHTER, Sharon L.. Pai Rico Pai Pobre. 66. ed. São
Paulo: Campus, 2000.
ZAREMBA, Victor. Ganhar, Cuidar & Investir. São Paulo: Saraiva, 2008.
36
ÍNDICE
Capa ................................................................................................................... 1
Folha de Rosto .................................................................................................... 2
Agradecimentos .................................................................................................. 3
Dedicatória ......................................................................................................... 4
Resumo .............................................................................................................. 5
Metodologia ....................................................................................................... 6
Sumário ............................................................................................................... 7
Introdução ........................................................................................................... 8
Capítulo I – Educação Financeira.... ................................................................... 9
1.1 – O que é Educação Financeira................ .................................................. 10
1.2 - Por que ter uma Educação Financeira .................................................... 11
1.3 - O Ciclo Ideal para um futuro.. ................................................................... 12
Capítulo II – OBSTACULOS A AÇÂO DE POUPAR... ...................................... 15
2.1 – Propaganda ....................................... ..................................................... 16
2.2 – Modelos Parentais e Culturais............ ..................................................... 17
Capítulo III – INVESTIMENTOS E EMPRÉSTIMOS......................................... 18
3.1 – Caderneta de Poupança ......................... ................................................ 19
3.2 – Fundo de Renda Fixa .............................................................................. 19
3.3 – Fundo de Ações ........................................... ........................................... 20
3.4 – Previdência Privada ........................................... ..................................... 20
3.5 – Empréstimos ............................................................................................ 21
Capítulo IV – PLANEJAMENTO FINANCEEIRO .............................................. 23
4.1 – Ativo Bom e Ativo Ruim......................... .................................................. 24
4.2 – Orçamento Familiar.................................................................................. 25
4.3 – Tipos de Despesas.............................. .................................................... 26
4.4 – Controle de Pagamento Mensal................................... ............................ 28
37
4.5 – Regras do 80 ........................................................................................... 29
4.6 – Planejamento Financeiro ......................................................................... 30
Conclusão ......................................................................................................... 34
Bibliografia ........................................................................................................ 35
Índice ................................................................................................................ 36
Folha de Avaliação............................................................................................ 38
38
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - INSTITUTO A
VEZ DO MESTRE
Título da Monografia: Educação Financeira como geradora de qualidade
de vida e bem estar pessoal
Autor: Adilson da Silva Marques
Data da entrega: 15/01/2011
Avaliado por: Ana Claudia Morrissy
Conceito:
ANEXO 1
Controle de Pagam
ento Mensal
Dt.
Receitas
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
15 Receita 1
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00 24.000,00
30 Receita 2
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00
2.000,00 24.000,00
Total R
eceita
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00
4.000,00 48.000,00
Dt.
Despesas
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
01 Poupança
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
200,00
2.400,00
01 Telefone
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
80,00
960,00
03 Empréstim
os
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
250,00
3.000,00
05 Luz
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
4.200,00
05 Água
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
112,00
1.344,00
07 TV a cabo
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
300,00
3.600,00
08 Celular
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
1.920,00
10 Condomínio
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
350,00
4.200,00
14 Carro
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
4.800,00
19 Cartão de Crédito
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
400,00
4.800,00
Total D
espesas
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00
2.602,00 31.224,00
Fluxo de Caixa
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00
1.398,00 16.776,00
Saldo em CC
0,00
1.398,00
2.796,00
4.194,00
5.592,00
6.990,00
8.388,00
9.786,00 11.184,00 12.582,00 13.980,00 15.378,00
Saldo Final em CC
1.398,00
2.796,00
4.194,00
5.592,00
6.990,00
8.388,00
9.786,00 11.184,00 12.582,00 13.980,00 15.378,00 16.776,00
Legenda:
Dt. = Data de
Ven
cimen
to
Nota: A pou
pança ou
qua
lque
r ou
tro investimen
to entra com
o na
planilha como de
spesas para se criar um
disciplina de
depó
sito.
ANEXO 2
Investimentos Programados a uma taxa em aplicação de 7% a.a
Depósito Mensal Anos Valor Acum. Depósito Mensal Anos Valor Acum.
R$ 100,00
5 7.159,29
R$ 600,00
5 42.955,74 10 17.308,48 10 103.850,88 15 31.696,23 15 190.177,38 20 52.092,67 20 312.556,00 25 81.007,17 25 486.043,02
R$ 200,00
5 14.318,58
R$ 700,00
5 50.115,03 10 34.616,96 10 121.159,37 15 63.392,46 15 221.873,61 20 104.185,33 20 364.648,66 25 162.014,34 25 567.050,19
R$ 300,00
5 21.477,87
R$ 800,00
5 57.274,32 10 51.925,44 10 138.467,85 15 95.088,69 15 253.569,84 20 156.278,00 20 416.741,33 25 243.021,51 25 648.057,35
R$ 400,00
5 28.637,16
R$ 900,00
5 64.433,61 10 69.233,92 10 155.776,33 15 126.784,92 15 285.266,07 20 208.370,66 20 468.833,99 25 324.028,68 25 729.064,52
R$ 500,00
5 35.796,45
R$ 1.000,00
5 71.592,90 10 86.542,40 10 173.084,81 15 158.481,15 15 316.962,30 20 260.463,33 20 520.926,66 25 405.035,85 25 810.071,69
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