UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DO
CURSO DE ODONTOLOGIA
Organizadores
Prof. Ms José Eduardo de Oliveira Pereira
Profa. Mestranda Carla Donadio Maccaferri Escalona
Profa. Dra. Débora Cristina Silva Popov
Prof. Dr. Newton José Giachetti
Prof. Dr. José Antonio Silveira Neves
Prof. Ms. Luis Fernando Guimaraes Motta
São Paulo 2018
ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho
CFO - Conselho Federal de Odontologia
CIPA - Comissão de Prevenção de Acidentes
CME – Central de Material Esterilizado
CNE – Conselho Nacional de Energia
CONAMA – Conselho Nacional do meio Ambiente
EPI – Equipamento de Proteção Individual
HBV – Vírus da Hepatite B
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
PGRSS - Programa de Gerenciamento de Resíduos
PVPI – Iodopovidona ou Povidine
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RSS – Resíduo de Serviços de Saúde
SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente
SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Ambiental
SOBECC – Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Mapa de Risco na Clínica Azul .............................................................. 9
Figura 2 - Mapa de Risco na Clinica Verde a ...................................................... 10
Figura 3 -Mapa de Risco na Clínica Verde b ....................................................... 10
Figura 4 - Mapa de Risco na Clínica de Especialização ..................................... 11
Figura 5 - Mapa de Risco nos Laboratórios......................................................... 11
Figura 6 - Mapa de Risco na Recepção Clínica .................................................. 12
Figura 7 - Mapa de Risco na Radiologia ............................................................. 12
Figura 8 - Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT .................................... 15
Figura 9 - Posição correta do gorro ..................................................................... 20
Figura 10 - Modelos de máscaras descartáveis .................................................. 21
Figura 11 - Modelos de óculos de proteção ........................................................ 22
Figura 12 - Escudo Facial.................................................................................... 22
Figura 13 - Luva grossa de borracha para limpeza .......................................... 23
Figura 14 - Sobre luva de vinil em posição ......................................................... 24
Figura 15 - Luva de látex (branca) e Luva de nitrila (azul) .................................. 24
Figura 16 - Modelo de luva de látex esterilizada ................................................. 25
Figura 17 - Sequência de colocação de luvas de procedimento. ........................ 25
Figura 18 - Abertura do pacote de luva estéril – note a dupla embalagem ......... 26
Figura 19 - Embalagem interna da luva estéril - note as dobras internas do papel
............................................................................................................................ 26
Figura 20 - Colocação da primeira luva segurando na parte dobrada. ................ 26
Figura 21 - Calçando a segunda luva estéril ....................................................... 27
Figura 22 - Colocar a segunda luva sem se preocupar com o ajuste dos dedos
neste momento. ................................................................................................... 27
Figura 23 - Ajuste dos punhos da luva sobre o avental. ...................................... 27
Figura 24 - Luvas calçadas com sucesso. .......................................................... 28
Figura 25 - Técnica de higienização das mãos para procedimentos clínicos ...... 30
Figura 26 - Esfregar mãos, dedos e antebraço. .................................................. 31
Figura 27- Enxaguar as mãos e antebraço e secar com papel toalha; em seguida,
calçe a luva de procedimento. ............................................................................. 31
Figura 28 - Sequência de higienização das mãos para procedimentos cirúrgicos
............................................................................................................................ 32
Figura 29 - Para procedimentos cirúrgicos, secar as mãos com compressas
estéreis e calçar luvas cirúrgicas. ........................................................................ 32
Figura 30 - Desinfecção de superfícies ............................................................... 36
Figura 31- Superfícies recebendo barreira mecânica .......................................... 37
Figura 32 - Indicadores Químico Tipo I nas embalagens e fitas adesivas......... 40
Figura 33 - Indicador Químico Tipo V antes e depois de autoclavados .............. 41
Figura 34 - Testes biológicos .............................................................................. 41
Figura 35 - Técnica de empacotamento para uso com papel crepado ou SMS
(Tecido não tecido) .............................................................................................. 46
Figura 36 - Armário para armazenamento de material estéril ............................. 48
Figura 37 – Fluxograma do material que será lavado no expurgo da CME. ....... 48
Figura 38 - Fluxograma de entrega de material no CME .................................... 49
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Representação gráfica dos tipos de riscos ocupacionais .................... 9
Quadro 2- Classificação dos materiais reciclaveis .............................................. 17
Quadro 3 - Espectro antimicrobiano e características de agentes anti-sépticos
utilizados para higienização das mãos. .............................................................. 29
Quadro 4 - Principais desinfetantes químicos utilizados em artigos odontológicos.
............................................................................................................................ 35
Quadro 5 - Tempos mínimos de exposição em autoclave .................................. 39
Quadro 6 - Tipos de embalagem utilizadas na autoclave .................................... 46
SUMÁRIO
1. CONCEITOS GERAIS ...................................................................................... 7
1.1. BIOSSEGURANÇA ........................................................................................... 7
1.2. RISCOS OCUPACIONAIS ............................................................................... 7
1.2.1. RISCO BIOLÓGICO ....................................................................... 7
1.2.2. RISCOS FÍSICOS ........................................................................... 8
1.2.3. RISCOS QUÍMICOS ....................................................................... 8
1.2.4. RISCOS ERGONÔMICOS ............................................................. 8
1.2.5. MAPAS DE RISCO ......................................................................... 8
1.3. ACIDENTES OCUPACIONAIS ...................................................................... 13
1.3.1. CONDUTAS FRENTE A ACIDENTES OCUPACIONAIS ............. 13
1.4.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................ 15
1.4.2. DESCARTE DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) . 18
1.5. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO ....................................................... 19
2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .................................... 19
2.1. AVENTAL CLÍNICO ........................................................................................ 19
2.2. GORRO ............................................................................................................ 20
2.3. MÁSCARA ....................................................................................................... 20
2.4. ÓCULOS DE PROTEÇÃO ........................................................................... 21
2.5. ESCUDO FACIAL ............................................................................................ 22
2.6. LUVAS ................................................................................................................ 22
2.6.1. TIPOS DE LUVAS ........................................................................ 23
2.6.2. COMO CALÇAR LUVAS DE PROCEDIMENTO .......................... 25
2.6.3. COMO CALÇAR LUVAS CIRÚRGICAS ....................................... 25
2.7. CALÇAS COMPRIDAS ................................................................................... 28
2.8. SAPATO ............................................................................................................. 28
3. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .......................................................................... 28
3.1. TIPOS DE MICROBIOTA ................................................................................ 29
3.2. HIGIENIZAÇÃO PARA PROCEDIMENTOS DE ROTINA ........................ 30
3.3. HIGIENIZAÇÃO PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ..................... 31
4. IMUNIZAÇÃO DA EQUIPE ............................................................................. 32
5. PROCESSO DE DESINFEÇÃO E ESTERILIZAÇÃO..................................... 33
5.1. CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS .................................................................. 33
5.2. TÉCNICA DE DESINFECÇÃO ....................................................................... 34
5.2.1. CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES QUANTO AO NÍVEL DE
DESINFECÇÃO ...................................................................................... 34
5.2.2. DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES ............................................. 35
5.2.3. DESINFECÇÃO DE MOLDES ...................................................... 36
5.3. BARREIRAS MECÂNICAS ............................................................................ 37
5.4. TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL ......................... 38
5.4.1. ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA ......................................................... 38
5.4.2. ESTERILIZAÇÃO FÍSICA ............................................................. 38
5.4.3. TESTES PARA CONTROLE DOS PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇAO ................................................................................... 39
6. PROCESSAMENTO E FLUXO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE DE USO
ODONTOLÓGICO .............................................................................................. 42
6.1. LIMPEZA OU DESCONTAMINAÇÃO .......................................................... 43
6.2. LAVAGEM E ENXÁGUE ................................................................................. 43
6.3. SECAGEM ......................................................................................................... 44
6.4. EMPACOTAMENTO ........................................................................................ 45
6.5. SELAGEM ......................................................................................................... 46
6.6. ESTERILIZAÇÃO ............................................................................................. 47
6.7. ESTOCAGEM ................................................................................................... 47
6.8. FLUXO DE ARTIGOS ...................................................................................... 48
7. SEQUÊNCIA PARA PROCEDIMENTOS CLÍNICOS ..................................... 49
7.1. PROCEDIMENTOS PRÉ-ATENDIMENTO .................................................. 50
7.3. PROCEDIMENTOS TRANS-ATENDIMENTOS .......................................... 50
7.4. PROCEDIMENTOS PÓS-ATENDIMENTO .................................................. 51
7.5. PROCEDIMENTOS ENTRE PACIENTES ................................................... 52
8. SEQUÊNCIA PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS................................ 53
9. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 54
1. CONCEITOS GERAIS
1.1. BIOSSEGURANÇA
A Biossegurança, segundo a ANVISA, é “um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar e
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal
e vegetal e o meio ambiente.” ¹
[...] normas de biossegurança englobam todas as medidas que visam evitar riscos físicos (radiação
ou temperatura), ergonômicos (posturais), químicos (substâncias tóxicas), biológicos (agentes
infecciosos) e psicológicos, (como o estresse). No ambiente hospitalar e odontológico
encontram-se exemplos de todos estes tipos de riscos ocupacionais para o trabalhador de saúde
(p. ex., radiações, alguns medicamentos etc.). ²
O cirurgião dentista tem a obrigação moral, ética e legal, não só de proporcionar atendimento
odontológico, mas também de impedir a infecção cruzada. De acordo com o art. 90, inciso VII do
Código de Ética Odontológica, aprovado pela Resolução CFO-118/2012, constitui um dos deveres
profissionais “zelar pela saúde e dignidade do paciente.” ³
1.2. RISCOS OCUPACIONAIS
Os Riscos Ocupacionais, segundo a ANVISA, implicam a probabilidade de ocorrência, durante o
exercício profissional, de acidentes ou doenças provocadas pelo exercício profissional ou por ocupação
que o trabalhador exerça. E os classifica em riscos biológicos, físicos, químicos e ergonômicos. ¹
1.2.1. RISCO BIOLÓGICO
Risco causado pela penetração de microrganismos que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças; seu controle garante a segurança dos pacientes e da equipe de
saúde bucal.
- Bactérias e Bacilos.
- Vírus.
- Fungos, Parasitas e Protozoários.
Formas de Transmissão:
• contato direto com lesões infectadas.
• materiais contaminados (resíduos e perfurocortantes).
• respingos de sangue, saliva ou secreções sobre a pele ou mucosa.
• inalação de microorganismos em suspensão.
Como evitá-lo: Normas de Biossegurança
- Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGRSS).
- Utilização de EPI(s).
- Métodos de desinfecção e esterilização de instrumental.
- Utilização de Barreiras Mecânicas.
- Imunizações.
1.2.2. RISCOS FÍSICOS
Riscos causados pela exposição de maneira inadequada à:
- Ruído.
- Radiações ionizantes: Raio-X.
- Radiações não ionizantes: Radiação luminosa do aparelho fotopolimerizador e Laser.
Como evitá-lo:
Manter os equipamentos em boas condições de funcionamento.
Instalação do compressor fora do ambiente clínico.
Utilização de biombos e aventais plumblíferos.
Utilização de óculos especiais.
1.2.3. RISCOS QUÍMICOS
Riscos causados pela manipulação de produtos e resíduos químicos que podem resultar em danos
físicos ou prejudicar a saúde, como mercúrio (amalgamadores), materiais odontológicos,
detergente enzimático, ácido peracético, glutaraldeído e gases medicinais (óxido nitroso).
Como evitá-los:
• Utilização dos EPI(s).
• Utilizar amalgamadores de cápsulas.
• Acondicionar resíduos de amálgama em recipientes fechados contendo água e
encaminhá-los para a coleta especial de resíduos contaminados.
• Fazer manutenção preventiva de equipamentos que manipulem produtos químicos.
1.2.4. RISCOS ERGONÔMICOS
Riscos causados pela-não observação das normas ergonômicas que podem afetar a integridade
física ou mental do trabalhador, produzindo desconforto ou doença.
Como evitá-los:
- Postura adequada de trabalho
- Apreensão digital correta do instrumental.
- Evitar movimentos repetitivos.
- Realizar exercícios laborais entre as sessões.
- Importância do pessoal auxiliar.
1.2.5. MAPAS DE RISCO
De acordo com o art. 15.6 da Norma Regulamentadora N-5, todo estabelecimento com mais de 20
funcionários deverá criar uma Comissão de Prevenção de Acidentes (CIPA), que terá entre outras
atribuições, a confecção dos chamados Mapas de Riscos a partir de uma planta baixa de cada seção
do serviço de saúde, onde serão levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por tipo e
grau de perigo. 4
Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm;
médio, com diâmetro de 5 cm e grande, com diâmetro de 10 cm, conforme sua gravidade e em
cores, conforme o tipo de risco, relacionados no Quadro1. 4
Risco Ambiental Cor Representativa
Agente Físico Verde
Agente Químico Vermelho
Agente Biológico Marrom
Agente Ergonômico Amarelo
Agente Mecânico Azul
Riscos Locais Laranja
Riscos Operacionais Preto
Quadro 1 - Representação gráfica dos tipos de riscos ocupacionais
Os mapas de risco dos locais de atendimento a pacientes serão afixados em local de fácil
visualização, sempre na entrada dos ambientes, para que os usuários dos referidos ambientes
utilizem os EPI(s) adequados quando adentrarem no mesmo. Na Faculdade de Odontologia da
UNISA, haverá mapas de riscos afixados nas portas da Clínica azul (Fig. 1), Clínica verde (Fig.2 e
3), Clínica de Especialização (Fig.4), Laboratórios (Fig. 5), Recepção clínica (Fig. 6) e no o raioX -
clínica (Fig.7).
Figura 1- Mapa de Risco na Clínica Azul
Figura 2 - Mapa de Risco na Clinica Verde a
Figura 3 -Mapa de Risco na Clínica Verde b
Figura 4 - Mapa de Risco na Clínica de Especialização
Figura 5 - Mapa de Risco nos Laboratórios
Figura 6 - Mapa de Risco na Recepção Clínica
Figura 7 - Mapa de Risco na Radiologia
1.3. ACIDENTES OCUPACIONAIS
A Lei nº 8.213/91 no art. 19 classifica como Acidente do trabalho, … “todo acidente que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho
dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 5
Segundo a ANVISA 6, os Acidentes Ocupacionais podem ser ocasionados por:
- Agulhas ou objetos perfurocortantes.
- Contato prolongado com mucosa ou pele não-intacta.
- Contato com áreas extensas cobertas com sangue, tecidos ou outros fluidos que possam estar
contaminados.
Determina alguns fatores envolvidos e relacionados para que ocorra a infecção:
- Tipo de agente etiológico.
- Volume de material envolvido.
- Carga viral.
- Forma de exposição.
- Suscetibilidade do indivíduo.
Na odontologia, é praticamente impossível para o cirurgião dentista saber, com certeza, se o
paciente é portador de algum patógeno possível de transmissão, já que a anamnese e o
exame clínico nem sempre permitem tal identificação. No que se refere ao vírus da hepatite B,
a probabilidade de infecção após exposição percutânea é significativamente maior do que
aquela produzida pelo HIV, podendo chegar a 40%. Para o vírus da hepatite C, o risco médio
varia de 1% a 10%. Seguir as Medidas de Precaução Padrão é de fundamental importância
para minimizer esses riscos.7
1.3.1. CONDUTAS FRENTE A ACIDENTES OCUPACIONAIS
A ANVISA determina condutas padronizadas frente aos Acidentes Ocupacionais. Esses
procedimentos incluem cuidados locais na área exposta, notificação do acidente,
recomendações específicas para imunização contra tétano, e medidas de quimioprofilaxia e
acompanhamento sorológico para hepatite B, C e AIDS.7
CUIDADOS LOCAIS
Após a exposição com material biológico, cuidados locais com a área devem ser
imediatamente iniciados. Recomenda-se lavagem rigorosa com água e sabão, em caso de
exposição percutânea. O uso de solução antisséptica degermante (PVPI – iodo ou
clorexidina) também pode ser recomendado. Após exposição em mucosas, é recomendada
a lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica. Procedimentos que aumentam a área
exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou
glutaraldeído, são contra-indicados.7
NOTIFICAÇÃO DO ACIDENTE
A Lei nº 8.213/91 em seu Art. 22. determina: (…) A empresa ou o empregador doméstico deverão
comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável
entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 150, de 2015). 5
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) - Fig.8: É um documento emitido para
reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional, e
deve conter dados gerais referentes ao acidente, como:
a) Dados gerais do acidente: data e hora da ocorrência, tipo de exposição, área corporal
atingida no acidente, material biológico envolvido na exposição e utilização ou não de EPI pelo
profissional de saúde no momento do acidente.
b) Avaliação do acidente: avaliação do risco – gravidade da lesão provocada, causa e
descrição do acidente.
c) Dados do paciente – fonte: identificação, dados sorológicos e/ou virológicos e dados clínicos.
d) Dados do profissional de saúde: identificação, ocupação e idade.
e) Aconselhamento: a recusa do profissional para a realização do teste sorológico ou para uso
das quimioprofilaxias específicas deve ser registrada e atestada pelo profissional.
f) Tratamento e acompanhamento do profissional de saúde em risco de adquirir qualquer
infecção: datas de coleta e os resultados dos exames laboratoriais; uso ou não de medicamentos
anti - retrovirais; reações adversas ocorridas com a utilização de anti-retrovirais; uso ou não de
gamaglobulina hiperimune e vacina para hepatite B e uso de medicação imunossupressora ou
história de doença imunossupressora.
1.4. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
A grande produção de RESÍDUOS e a falta de tratamento e disposição adequadas é hoje
uma das principais formas de contaminação do solo e das águas, tornando-se um dos
principais problemas ambientais na atualidade, além de ser a maior fonte de acidentes
ocupacionais de pessoal auxiliar.
O processamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) é regulamentado pela
Resolução RDC Nº 222, de 28 de março de 2018, que dispõe sobre as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. 8
Essa resolução estabelece que todo gerador de Resíduos de Serviço de Saúde deve elaborar e
executar um PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde), baseado
nas características e classificação dos resíduos gerados, estabelecendo as diretrizes de manejo
adequado dos mesmos.
A implantação do PGRSS não é voluntária: é obrigatória a todos os estabelecimentos que, de
alguma forma. gerem resíduos de saúde: hospitais, clínicas, consultórios etc.
1.4.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Segundo a Resolução RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 8 os RSS podem ser classificados
em:
- Grupo A: Risco biológico
- Grupo B: Substâncias Químicas
- Grupo C: Rejeitos radioativos
- Grupo D: Rejeitos comuns (domésticos)
- Grupo E: Materiais perfurocortantes
GRUPO A Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à
presença de agentes biológicos. Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e
hemoderivados; animais usados em experimentação, bem como os materiais que tenham
Figura 8 - Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT
entrado em contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de
cultura; tecidos; órgãos; fetos e peças anatômicas; fios de gaze aspirados da área
contaminada ; resíduos advindos de área de isolamento, restos alimentares de unidade de
isolamento; resíduos de laboratórios de análises clínicas; resíduos de unidades de
atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de internação e de enfermaria.
Também devem ser incluidos nesse grupo gazes, algodões, sugadores, campos, barreiras,
aventais, luvas, enfim, todo instrumental proveniente de procedimentos cirúrgicos ou clínicos.
Como Descartar:
• Baseados na RDC Nº 222 8 e na NBR 9191- ABNT9, esse lixo deve ser desprezado como
resíduo hospitalar em saco branco, leitoso, com identificação internacional de resíduo
infectante.
GRUPO B
Resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas
características químicas. Enquadram-se neste grupo, dentre outros:
a) drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados.
b) resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não
utilizados).
c) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da ABNT NBR-10004
(tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).10
d) reveladores, anestésicos, fixadores, soluções desinfetantes e restos de amálgama.
Como Descartar: a RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 8 determina:
• Os resíduos químicos devem ser coletados em recipientes plásticos e tratados antes de
serem descartados no esgoto.
• Restos de amálgama devem ser desprezados em recipientes fechados contendo água no
interior para evitar a emissão de gases do mercúrio, e recolhidos pela coleta especial da
prefeitura para recuperação.
• As soluções fixadoras usadas também devem ser acondicionadas nas embalagens
originais para serem encaminhadas para processo de recuperação da prata.
• As soluções reveladoras podem ser neutralizadas no próprio consultório através da
mistura
- 1litro de revelador.
- 10 litros de água.
- 100 ml de vinagre comum.
GRUPO C
Rejeitos radioativos: Enquadram-se neste grupo os materiais radioativos ou contaminados
com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina
nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN 167/14.11
GRUPO D Resíduos comuns que não se enquadram nos outros grupos como embalagens, papel,
papel toalha e lixo administrativo, conforme classificação do quadro 2.
Como Descartar:
• Deve ser dispensado em sacos pretos e ter recolhimento doméstico.
GRUPO E
São os resíduos que podem acarretar risco potencial à saúde e ao meio ambiente, devido à
presença de agentes biológicos. A diferença entre este grupo e o grupo A, é que os materiais
incluídos no grupo E são perfurocortantes ou escarificantes, como agulhas, ampolas de vidro,
lâminas de bisturi, espátulas, brocas e limas endodônticas.
Como descartar:
• acondicionados em recipiente rígido estanque, vedado e identificado pela simbologia de
Quadro 2- Classificação dos materiais reciclaveis
substância infectante e perfurocortante. Este recipiente deve ser colocado lacrado dentro de
outra embalagem plástica, branca leitosa, com símbolo de infectante, de acordo com as
normas da ABNT. 9
1.4.2. DESCARTE DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)
Segundo a Resolução RDC Nº 222, de 28 de março de 2018 8, o manejo dos RSS é a ação de
gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra-estabelecimento, desde a geração até
a disposição final, devendo ser dividido nas seguintes etapas:
- Geração: Procedimentos clínicos e cirúrgicos.
- Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua
geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico
e os riscos envolvidos.
- Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos
ou recipientes adequados, conforme sua classificação, que evitem vazamentos e resistam
às ações de punctura e ruptura.
- Identificação: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos
resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações para o correto manejo
dos RSS.
- Armazenamento interno ou temporário: Consiste na guarda temporária dos resíduos
já acondicionados, em local próximo à sua geração, visando agilizar a coleta dentro do
estabelecimento e otimizar o deslocamento até a coleta externa. Não poderá ser feito com a
disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento (lixeiras) em sinalizadas como "ABRIGO TEMPORÁRIO DE
RESÍDUOS".
- Transporte interno: Da geração ao armazenamento temporário, deve ser feito
separadamente, de acordo com o grupo de resíduos, e em recipientes específicos a cada
grupo de resíduos. Devem ser transportados tampados, por coletores de roda ou carros de
coleta.
- Transporte externo: Do armazenamento temporário até a coleta externa, os RSS
devem permanecer em ambiente exclusivo, com acesso facilitado e dentro das lixeiras, até
sua coleta final. A coleta e o transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem
ser realizados por empresas especializadas, cadastradas nos órgãos de fiscalização.
- Destinação ou tratamento final: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo
que modifique as características dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de
contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Os sistemas de
tratamento de resíduos dos serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental,
de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 12., sendo passíveis de fiscalização e de
controle pelos órgãos do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e Sistema
Nacional do meio ambiente (SISNAMA).
1.5. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO Representa o conjunto de medidas de prevenção que devem ser aplicadas no atendimento a todos
os pacientes, na presença de risco de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e
excreções (exceção: suor), pele com solução de continuidade e mucosas, com o objetivo de
minimizar, prevenir ou reduzir o risco ocupacional e de transmissão de agentes infecciosos nos
serviços de saúde¹.
As seguintes medidas devem ser adotadas nos serviços de Saúde:
- Equipamentos de Proteção Individual – Item 2.
- Higienização das mãos – Item 3.
- Imunização da equipe – Item 4.
- Processos de Desinfeção de superfícies – Item 5.2.2.
- Barreiras Mecânicas – Item 5.3.
- Processamento e esterilização do instrumental – Item 5.
- Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – Item 1.4.
2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Segundo a Anvisa¹, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) refere-se a todo dispositivo ou
produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, com o intuito de protege-lo contra os riscos
capazes de ameaçar a sua segurança e saúde.
A Norma Regulamentadora - NR6 do Ministério da saúde (2017), afirma que a empresa é obrigada
a fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI a dequado ao risco que o funcionário corre,
em perfeito estado de conservação e funcionamento.13
Na área da saúde, os EPI (s) têm a finalidade de impedir que microrganismos provenientes dos
pacientes, através de sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções, contaminem o
profissional e sua equipe.
2.1. AVENTAL CLÍNICO O avental clínico, de pano, deve ser branco, de preferência, com o nome bordado no bolso
do lado esquerdo , na altura do peito e com o logotipo da Universidade no ombro;
preferencialmente, deve ter a gola alta do tipo “gola de padre”, com mangas longas, com
punhos em elástico ou botão de camisa, e o comprimento deve se estender até a altura dos
joelhos (7/8). Os aventais com golas tradicionais em “v” devem conter um botão para
fechamento do decote.
Deve ser trocado diariamente ou quando apresentar contaminação visível por sangue ou
outros fluidos corpóreos. Após o dia de trabalho, o avental deve ser removido e acondicionado
em saco plástico para roupa suja e encaminhado para lavagem. É de responsabilidade do
aluno providenciar a correta lavagem do seu avental.
Quando ocorrer contaminação do avental com sangue ou saliva, deve-se submetê-lo à
temperatura de 70°C por 15-30 minutos, ou mergulhá-lo em solução aquosa de hipoclorito de
sódio (água sanitária diluída em 4 partes de água), por 30 minutos. A seguir , proceder à
lavagem habitual, separadamente das roupas da família.14
2.2. GORRO
Segundo a ANVISA¹, o gorro proporciona uma barreira contra gotículas de saliva, aerossóis
e sangue contaminado. O gorro é de uso obrigatório para os professores, acadêmicos, pessoal
auxiliar, pacientes e acompanhantes, durante a permanência na clínica.
RECOMENDAÇÕES:
- Prender o cabelo sem deixar mechas pendentes.
- Colocar o gorro recobrindo todo o cabelo e orelhas (Fig.9).
- Gorros de pano só devem ser utilizados caso cubram completamente o cabeça. Podem
ser colocados também sobre gorro descartável.
- Ao retirar o gorro, puxe-o pela parte superior central e descarte-o no lixo contaminado.
- O gorro deve ser descartado ao final do atendimento clínico do período, ou na presença
de sujidades.
2.3. MÁSCARA A máscara representa uma importante medida de proteção das vias aéreas superiores contra
os microrganismos presentes nas partículas de aerossóis, produzidas durante os
procedimentos clínicos ou durante um acesso de tosse, espirro, ou mesmo durante a fala (Fig.
10). Esses aerossóis são considerados uma fonte de infecção potencial de doenças
respiratórias crônicas ou aguda , como o resfriado comum, gripe A (vírus H1N1), tuberculose,
parotidites, coqueluche e outras. ¹
Figura 9 - Posição correta do gorro
EFICIÊNCIA DE FILTRAÇÃO DAS MÁSCARAS
Ao comprar máscara, o profissional deve considerar as características da máscara ideal, que
são: ser confortável; ter boa adaptação aos contornos faciais; não tocar lábios e ponta do
nariz; não irritar a pele; não provocar embaçamento dos óculos; não ter odor; ser descartável,
e avaliar a sua capacidade de filtrar partículas de aerossóis. As máscaras são confeccionadas
com diferentes tipos de materia, e cada um deles apresenta uma capacidade de filtração
diferente. As máscaras de tecido pano, espuma e papel, embora confortáveis, têm baixa
capacidade de filtração dos aerossóis bacterianos, portanto, não recomendamos seu uso. ¹
RECOMENDAÇÕES
- Solicitar ao fabricante ou vendedor o potencial de filtração da máscara.
- Diminuir a produção de aerossóis e respingos durante os procedimentos, empregando uma
sucção efetiva (bomba de sucção de alta potência) e uso de isolamento absoluto.
- Certificar-se, antes do início dos trabalhos, que a máscara está bem adaptada.
- Não puxar a máscara para a região do pescoço (a máscara é considerada material
contaminado).
- Não reutilizar as máscaras descartáveis.
- Trocar a máscara quando esta ficar úmida, e no intervalo de cada paciente. As máscaras
molhadas perdem o poder de filtração, o que facilita a penetração dos aerossóis bacterianos.
- Não tocar na máscara após sua colocação.
- Retirar a máscara somente após a retirada das luvas e lavagem das mãos.
- Jogar a máscara em saco plástico para lixo contaminado ou saco plástico para roupa suja. ¹
2.4. ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Os óculos protegem os olhos das secreções, aerossóis e produtos químicos utilizados durante os
procedimentos odontológicos e na limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes.
Desta forma, protegem os olhos contra o impacto de partículas volantes, contra a luminosidade
intensa, radiação ultravioleta e respingos de produtos químicos e material biológico. ¹
Os óculos devem possuir as laterais largas, ser confortáveis, com boa vedação lateral, e totalmente
Figura 10 - Modelos de máscaras descartáveis
transparentes, permitir a lavagem com água e sabão, desinfecção quando indicada, sendo
guardados em local limpo, secos e embalados (Fig. 11). É obrigatório o uso de óculos de
proteção para o professor, aluno, aluno assistente e pacientes. ¹
RECOMENDAÇÕES
- Quando os óculos de proteção apresentarem sujidades sem a presença de secreções
orgânicas, devem ser lavados com solução detergente ou enzimática.
- O profissional e/ou a pessoa auxiliar devem ter mais de dois pares de óculos de proteção para
as suas atividades diárias.
- Os profissionais que utilizam óculos de grau também devem utilizar óculos de proteção
projetados para este fim. ¹
2.5. ESCUDO FACIAL
Dispositivo de acetato que protege a face em sua totalidade (Fig.12). Muito utilizado na
odontopediatria já que possibilita a visualização do rosto do profissional na sua totalidade. ¹
2.6. LUVAS
As luvas constituem uma barreira física eficaz que previne a infecção cruzada e a
contaminação do profissional de saúde e reduz os riscos de acidentes. Atuam na proteção
das mãos contra: agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, choques
elétricos, agentes térmicos, agentes biológicos e agentes químicos. Seu uso é obrigatório
durante os procedimentos de desinfecção, procedimentos clínicos e cirúrgicos. ¹
Figura 11 - Modelos de óculos de proteção
Figura 12 - Escudo Facial
O Ministério da Saúde ¹ preconiza os seguintes lembretes técnicos sobre o uso de luvas na prática
odontológica:
a) enquanto estiver de luvas, não manipular objetos fora do campo de trabalho (canetas, fichas
de pacientes, maçanetas, etc).
b) retirar as luvas imediatamente após o término do tratamento do paciente.
c) não tocar na parte externa das luvas ao removê-las.
d) lavar as mãos assim que retirar as luvas.
e) as luvas não protegem contra perfurações de agulhas, mas está comprovado que elas podem
diminuir a penetração de sangue em até 50% de seu volume.
f) o uso de dois pares de luvas é formalmente indicado em procedimentos cirúrgicos de longa
duração ou com sangramento profuso, conferindo proteção adicional contra a contaminação.
2.6.1. TIPOS DE LUVAS LUVAS PARA LIMPEZA E DESINFECÇÃO
São luvas de látex, grossas, com tamanhos pequeno, médio e grande, em várias cores,
comercializadas em supermercados ou lojas de departamentos (Fig. 13). Devem ser usadas
pelo profissional ou pessoal auxiliar quando manipularem material e instrumental
contaminado e durante os procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório. Os
profissionais devem empregar um par de luvas de cor diferente para cada procedimento
acima citado. Na aquisição destas luvas, o dentista dá preferência às luvas forradas, por
serem mais resistentes aos danos físicos. 15
Obrigatoriamente a remoção das barreiras de proteção deverá ser realizada com luva para
limpeza ou sobreluva.
RECOMENDAÇÕES:
1) Lavar as mãos com água e sabão, de acordo com a técnica descrita no Item 3 deste manual.
2) As luvas empregadas para manipulação de material e instrumental contaminado, devem ser
destinadas somente para este fim. Após o uso elas devem ser desinfetadas com hipoclorito
de sódio a 1% e guardadas em saco plástico ou recipiente plástico, com tampa.
3) Para facilitar a identificação das luvas para limpeza e para desinfecção, devem ser adotadas
luvas de cores diferentes ou nome na parte interna da luva. 15
Figura 13 - Luva grossa de borracha
para limpeza
LUVAS DE VINIL As luvas de plástico ou vinil são descartáveis, de baixo custo, e encontradas em casas de
artigos médico-hospitalares. Estas luvas são usadas na odontologia como uma “sobreluva”,
para evitar a contaminação da luva principal quando do uso de equipamentos como, por
exemplo, o aparelho fotopolimerizador ou o aparelho de raios X durante o atendimento clínico
(Fig.14). Após o procedimento, descarte-as no lixo contaminado. 15
LUVAS PARA EXAME CLÍNICO As luvas utilizadas para a realização de exame clínico e procedimentos simples são as luvas
de latex ou as luvas de nitrila, ambidestras, de tamanhos pequeno, médio e grande,
destinadas somente à realização de procedimentos semicríticos, não podendo ser
reutilizadas (Fig. 15). Estas luvas não devem ser de punho curto e ter má adaptação às
mãos. Geralmente são vendidas em caixas com 100 unidades. 15
RECOMENDAÇÕES:
- Lavar as mãos com água e sabão antes de calçar as luvas de procedimento.
- Após o uso, descarte-as no lixo contaminado.
- Lavar as mãos novamente após o uso.
LUVAS CIRÚRGICAS ESTÉREIS
Figura 14 - Sobre luva de vinil em posição
Figura 15 - Luva de látex (branca) e Luva de nitrila (azul)
São luvas de látex esterilizadas por meio de óxido de etileno ou raios gama - cobalto 60 com
período de validade de esterilização variados (Fig. 16). As luvas estéreis são embaladas
individualmente (mão direita e esquerda), em envelopes duplos, e apresentam tamanhos que
variam de 5,5 a 9,0, dependendo do fabricante. Seu uso é indicado para todos os
procedimentos críticos (todos aqueles em que haja invasão do sistema vascular ), como
cirurgias buco-maxilo-facial, exodontias, biópsia, cirurgias periodontais, implantodontia,
raspagem periodontal e demais procedimentos que incluam sangue, pus ou qualquer outra
secreção corpórea. 15
RECOMENDAÇÕES:
1) Trocar após 3 horas de uso.
2) Utilizar 2 pares de luvas em procedimentos cirúrgicos de longa duração ou com sangramento
abundante.
2.6.2. COMO CALÇAR LUVAS DE PROCEDIMENTO Após a higienização das mãos conforme a técnica descrita no ítem 3.2 deste Manual, proceder à
colocação das luvas de procedimento conforme o esquema da Fig. 17.
2.6.3. COMO CALÇAR LUVAS CIRÚRGICAS
Figura 16 - Modelo de luva de látex esterilizada
Figura 17 - Sequência de colocação de luvas de procedimento.
O procedimento de calçar um par de luvas estéril, requer técnica correta, para evitar a
contaminação da luva.
Após realizar a lavagem das mãos com a técnica adequada descrita no ítem 3.3 deste Manual,
abra o pacote de luvas sobre uma superfície limpa, expondo o conteúdo interno do pacote
(Fig.18).
Existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas para facilitar a abertura do papel, sem
tocar nas luvas. Segurar nas abas e abrir os dois lados que revestem as luvas, conforme a Fig.
19.
Para calçar a luva, segure-a apenas pela face onde a luva irá entrar em contato com a pele,
ou seja, a face interna (Fig.20).
Figura 18 - Abertura do pacote de luva estéril – note a dupla embalagem
Figura 19 - Embalagem interna da luva estéril - note as dobras internas do papel
Figura 20 - Colocação da primeira luva segurando na parte dobrada.
Com a primeira mão enluvada, segure a outra luva pela face externa (por dentro da dobra) e calce os
dedos da mesma forma que na primeira luva (Fig. 21).
Os dedos não devem ser ajustar neste momento, mesmo que não fiquem na posição perfeita.
Continue com o procedimento sem tentar ajustá-los, para evitar risco de contaminação.
Ajustar o punho da primeira mão sempre pelo lado interno da luva e então ajustar os dedos
(Fig.22).
Sobreponha o punho da luva ao avental cirúrgico estéril. Os dedos devem ficar sem folga
nas luvas, e o punho deve cobrir o punho do avental (Fig23 e 24).
.
Figura 21 - Calçando a segunda luva estéril
Figura 22 - Colocar a segunda luva sem se preocupar com o ajuste dos dedos neste momento.
Figura 23 - Ajuste dos punhos da luva sobre o avental.
2.7. CALÇAS COMPRIDAS
O profissional da saúde deve utilizar calças compridas durante o atendimento. As calças
devem ser de tecido grosso, íntegro, sem a presença de recortes ou rasgos. Devem ser
trocadas diariamente ou quando contaminadas, e, quando possível, devem ter seu uso
exclusivo no consultório. ¹
2.8. SAPATO
Devem ser fechados, de material impermeável e com solado antiderrapante. Atuam na segurança
para a proteção dos pés contra o impacto de quedas de objetos, choques elétricos, agentes
térmicos, agentes cortantes e escoriantes, umidade proveniente de operações com uso de água e
respingos de produtos químicos. ¹
3. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Segundo a definição da ANVISA, a higienização das mãos é a medida individual mais simples e
menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.
Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à
maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização
antiséptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos. 16
As mãos podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico.
A higienização das mãos com água e sabão deve ser escolhida sempre que houver umidade ou
sujidade visível nas mãos. As soluções alcoólicas só devem ser aplicadas quando as mãos
estiverem livres de sujidade ou umidade visível. Os anti-sépticos associam detergentes com anti-
sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das mãos e degermação da pele. 16
SOLUÇÕES PARA HIGIENIZAÇÃO
Entre os principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos, destacam-se: Álcoois,
Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. As características dos principais anti-
sépticos utilizados para a higienização das mãos estão descritas no Quadro 3. 16
Figura 24 - Luvas calçadas com sucesso.
3.1. TIPOS DE MICROBIOTA
Devido à sua localização e extensa superfície, a pele está constantemente exposta a vários tipos
de microrganismos do ambiente. O papel das mãos na transmissão de microorganismos por
contato é baseado na capacidade da pele em abrigá-los e transferi-los de uma superfície para
outra, direta ou indiretamente. Desta forma, segundo a ANVISA¹, a microbiota da pele pode ser
classificada em:
. Microbiota Transitória – composta por microrganismos que se depositam na superfície da pele,
provenientes de fontes externas, colonizando temporariamente as camadas mais superficiais.
. Microbiota Residente – presente nas camadas mais internas, necessita da ação de agentes
químicos para a sua remoção.
. Microbiota Infectante – presente nas patologias dérmicas e que não podem ser removidas por
ação mecânica.
Quadro 3 - Espectro antimicrobiano e características de agentes anti-sépticos utilizados para higienização das mãos. 16
TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A escolha entre os diferentes métodos para a higienização das mãos depende do processo de
trabalho adotado e do tipo de procedimento realizado, que determinam o tipo e a persistência da
contaminação nas mãos, e, portanto, o tipo de microbiota que se pretende atacar.
- Higienização para Procedimentos de Rotina – Microbiota Transitória.
- Higienização para Procedimentos Cirúrgicos – Microbiota Residente. ¹
RECOMENDAÇÕES PRELIMINARES:
• Ferimentos pré-existentes nas mãos devem ser protegidos com curativos impermeáveis,
antes da lavagem das mãos. Nestes casos, o melhor é o profissional não trabalhar
enquanto o ferimento não cicatrizar.
• Manter as unhas curtas e limpas.
• Ao término das atividades clínicas do dia, usar um creme para evitar o ressecamento da
pele e rachaduras. Estes danos à pele possibilitam a adesão de microrganismos e
dificultam a sua remoção.
• Utilizar sempre sabonete líquido.
3.2. HIGIENIZAÇÃO PARA PROCEDIMENTOS DE ROTINA
A técnica básica de higienização das mãos é realizada com o emprego de sabão comum na
forma líquida, e visa reduzir os microrganismos transitórios e alguns residentes, como
também células descamativas, pelos, sujidades e oleosidade. Esta técnica deve ser
realizada antes e após os procedimentos semi-críticos. ¹
- Colocar máscara antes de iniciar a higienização das mãos.
- Retirar anéis, relógios e pulseiras, das mãos e antebraço.
- Ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna.
- Não tocar na pia com o corpo.
- Acionar a torneira pressionando o comando de pé ou colocar as mãos sob a torneira
sob o sensor elétrico que a aciona.
- Umedecer as mãos em água corrente com a temperatura em torno de 24ºC.
- Colocar 3 ml de sabão comum líquido na palma da mão e espalhar pelas duas mãos e
antebraços. Fig. 25
- Friccionar as palmas das mãos uma contra a outra e o dorso das mãos. Figura 25 - Técnica de higienização das mãos para procedimentos
clínicos
- Abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais, primeiro de uma mão e, em seguida,
a outra mão.
- Friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta.
- Dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão oposta.
- Friccionar a região lateral da mão contra a palma da mão oposta.
- Friccionar o polegar e sua região interdigital.
- E finalmente, friccionar o antebraço. Fig. 26
- Enxaguar as mãos em água corrente, e repetir o procedimento.
- Enxugar as mãos com papel-toalha descartável, compressa ou toalha de pano de uso
individual.
- Fechar a torneira soltando o comando de pé. Fig. 27
3.3. HIGIENIZAÇÃO PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS A finalidade da higienização nos procedimentos cirúrgicos é o de promover a remoção de sujidades
e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico. A
técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos,
substituindo-se o sabão por um anti-séptico. 16
- Retirar anéis, relógios e pulseiras.
- Use sabão antisséptico e escovas com cerdas macias.
- Escove, nesta ordem: unhas, dedos, palmas das mãos e antebraços, até cotovelo.
- Enxágüe em água corrente abundante. Fig. 28
Figura 26 - Esfregar mãos, dedos e antebraço.
Figura 27- Enxaguar as mãos e antebraço e secar com papel toalha; em seguida, calçe a luva de procedimento.
- Secar com compressas estéreis.
- Passar anti-séptico de escolha, deixando secar.
- Calçar as luvas estéreis e terminar a paramentação pessoal. Fig. 29
4. IMUNIZAÇÃO DA EQUIPE Segundo a ANVISA ¹, os profissionais da área da saúde, por estarem mais expostos, possuem um risco
elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados. As imunizações
reduzem o risco de infecções, protegendo a saúde dos componentes da equipe, bem como dos
pacientes e seus familiares.
Para o atendimento clínico nas dependências da Clínica Odontológica da UNISA, os alunos
deverão apresentar a carteira pessoal de vacinação, com todas as vacinas em dia.
Figura 28 - Sequência de higienização das mãos para procedimentos cirúrgicos
Figura 29 - Para procedimentos cirúrgicos, secar as mãos com compressas estéreis e calçar luvas cirúrgicas.
Vacinas disponíveis nos serviços de saúde:
- Dupla Adulto (DT) Difteria e Tétano - (reforço a cada 10 anos).
- Varicela.
- Tuberculose (BCG-ID).
- Tríplice Viral SRC (Rubéola, Sarampo e Caxumba).
- Influenza (anual).
- Pneumonia (reforço a cada 5 anos).
- Febre Amarela (reforça a cada 10 anos).
- Hepatite A (recomendável).
- Hepatite B: Deve ser feita em três doses, em períodos de zero, um e seis meses de intervalo;
dois meses após o esquema vacinal completo, recomenda-se a realização de testes sorológicos
para verificar a soroconversão das pessoas vacinadas. Os indivíduos que não responderem ao
primeiro esquema vacinal deverão ser submetidos à revacinação com as três doses da vacina. ¹
5. PROCESSO DE DESINFEÇÃO E ESTERILIZAÇÃO Desinfecção: Destruição dos microrganismos patogênicos, sem que haja, necessariamente a
destruição de todos os microrganismos (ex: esporos)
Esterilização: Destruição ou remoção de todas as formas de vida de um determinado material
(bactérias, vírus, fungos e esporos).
A escolha do método utilizado para limpeza de cada material está diretamente ligada ao grau de
contaminação do mesmo, baseada na classificação de artigos, segundo Spaulding.
5.1. CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS Segundo a classificação de Spaulding, publicada pela ANVISA 18, os instrumentos e artigos podem
ser classificados em:
- Críticos: são aqueles em que há penetração no sistema vascular. Ex: cirurgias em tecidos moles
e duros, cirurgias periodontais, exodontias, raspagens subgengivais, ou curetagens periodontais
etc. Nestes procedimentos, os cuidados com a esterilização, desinfecção do instrumental,
desinfecção do consultório e no preparo do paciente e equipe odontológica devem ser máximos.
- Semicríticos: são aqueles que entram em contato com as secreções orgânicas (saliva), e/ou
mucosa íntegra, sem invadir o sistema vascular. Ex: aplicação de material restaurador, terapia
endodôntica conservadora, colocação de aparelho ortodôntico, etc. O instrumental deve estar
previamente esterilizado e o consultório desinfetado para evitar infecções cruzadas pela presença
das secreções orgânicas sobre os instrumentais e pela produção de aerosóis durante os
procedimentos.
- Não-Críticos: são aqueles quando não há penetração no sistema vascular e não entram em
contato com as secreções orgânicas ou as mucosas. Podem ser apenas desinfetados.
5.2. TÉCNICA DE DESINFECÇÃO
Desinfecção: Destruição dos micro-organismos patogênicos, sem que haja, necessariamente, a
destruição de todos os micro-organismos (ex:esporos). Utilizada apenas nos artigos semicríticos
e não-críticos, ex: artigos termossensíveis incompatíveis com a esterilização por processos
térmicos, mobiliário odontológico, modelos de gesso e moldagens em geral.
5.2.1. CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES QUANTO AO NÍVEL DE DESINFECÇÃO
Existem diversos produtos para desinfecção que devem possuir registro junto ao Ministério da
Saúde e necessitam ser avaliados com relação ao custo-benefício, à eficácia e ao artigo a ser
processado.
A escolha da potência do agente desinfetante deve estar de acordo com o artigo a ser tratado. E
só deve ser utilizada nos artigos semicríticos e não-críticos e termossensíveis incompatíveis com
esterilização por processos térmicos. 18
Alto Grau: resistem apenas a alguns tipos de esporos bacterianos mais resistentes e os vírus
lentos.
- Ácido Peracético: tempo de exposição maior ou igual a 20 minutos
- Solução de glutaraldeído a 2% *
Médio Grau: além dos microorganismos destruídos na desinfecção de baixo nível, são atingidos
o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV) e a maioria dos fungos.
- Álcool 70° e 90° (gel e líquido) e Soluções Iodadas 30-50%
- Clorexidina a 1%
- Solução de hipoclorito 1% - solução de Milton
Baixo Grau: destrói as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos - o vírus da
Hepatite B (HBV) sobrevive.
- Hipoclorito a 0,5%
- Solução de Dakin - tempo de exposição: 10 minutos
O Quadro 4 relaciona os principais desinfetantes químicos utilizados em artigos odontológicos
ressaltando as vantagens e desvantagens de cada substância. O Glutaraldeído foi excluido por
conta das restrições municipais. 18
* A Secretaria de Saúde do Estado S. Paulo restringiu sua utilização na odontologia - Resolução SS - 27, de
28-2-2007.
Produto
Concentra
ção
Modo de
Aplicação
Nível
Espectro
Vantagens
Desvantagens
Álcool
Ótima ação
germicida a
70%.
Fricção, em
três etapas
intercaladas
pelo tempo
de secagem
natural,
totalizando
10 minutos.
Médio
Tuberculici
da,
bactericida
, fungicida
e
viruscida;
não é
esporicida.
Fácil
aplicação,
ação
rápida,
compatível
com artigos
metálicos,
superfícies e
tubetes
anestésicos.
Volátil, inativado
por
matéria orgânica,
inflamável, opacifica
acrílico,
resseca plásticos e
pode
danificar o cimento
das
lentes dos
equipamen-
tos ópticos; deve ser
armazenado em
áreas
ventiladas.
Hipoclorito
de
sódio
1%
Imersão,
durante 30
minutos.
Superfícies
com
matéria
orgânica,
aplicar por
2 a 5
minutos e
proceder à
limpeza.
Médio
Bactericida
, fungicida,
viruscida e
esporicida.
Ação rápida,
indicado para
superfícies e
artigos não
metálicos
e materiais
termossen-
síveis.
Instável, corrosivo,
inativado na
presença de
matéria orgânica.
Ácido Pera-
cético
0,001 a
0,2%
Imersão,
durante 10
minutos.
Alto
Bactericida
, fungicida,
viruscida e
esporicida.
Não forma
resíduos
tóxicos,
efetivo na
presença de
matéria
orgânica,
rápida ação
em baixa
temperatura.
Instável quando
diluído.
Corrosivo para
alguns
tipos de metais,
ação que pode ser
reduzida pela
modificação do pH.
Quadro 4 - Principais desinfetantes químicos utilizados em artigos odontológicos. ¹
5.2.2. DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Esse processo só deve ser utilizado na impossibilidade de submeter o material/superfície ao
processo de esterilização.
NÃO SE DEVE DESINFETAR AQUILO QUE SE PODE ESTERILIZAR.
A desinfecção das superfícies planas da sala de atendimento deve ser realizada após cada
atendimento pela fricção de solução desinfetante com auxílio de papel-toalha, que deverá ser
descartado no lixo contaminado. Lembre-se que para a desinfecção do ambiente, o profissional
permanece completamente paramentado, evitando os riscos de contaminação pessoal. (Fig. 30)
*A utilização de luvas de borracha grossa é recomendada para a realização desta tarefa.
É vedada a utilização de glutaraldeído para desinfecção de superfícies, mobiliários, pisos e
paredes ou para desinfecção de artigos e equipamentos através de fricção. Resolução SS- 27,
de 28-2-2007.
Utilizar:
• Álcool Etílico a 70°.
• Ácido Peracético.
• Solução Antiséptica para cuspideira (Puriform).
5.2.3. DESINFECÇÃO DE MOLDES
Na especialidade de Prótese Dentária, a maioria dos laboratórios e Cirurgiões-dentistas não adota
políticas de controle de infecção, fato que aumenta o risco de contaminação cruzada causada
pelos moldes e modelos contaminados.19
RECOMENDAÇÕES:
• As impressões devem ser lavadas e secas antes da desinfecção para remover depósitos
de saliva e sangue e, posterior a ela, para eliminar o desinfetante residual.
• Polissulfetos e Silicona de Condensação devem ser imersos em hipoclorito de sódio a 1%
por dez minutos ou em glutaraldeído a 2% por 30 minutos.
• Poliéteres devem ser aspergidos com spray de hipoclorito de sódio a 1% por dez minutos.
Após a aplicação do spray, o molde deve ser selado dentro de uma embalagem
impermeável.
• Hidrocolóides Reversível e Irreversível devem ser aspergidos com spray de hipoclorito de
sódio a 1% e, subsequentemente, armazenamento dos moldes em embalagens plásticas
hermeticamente fechadas, por dez minutos.
• Siliconas de Adição devem ser imersos em glutaraldeído a 2% por 30 minutos ou
hipoclorito de sódio a 1% por dez minutos.
• Pastas de Óxido de Zinco e Eugenol devem ser imersas em glutaraldeído a 2% por 30
Figura 30 - Desinfecção de superfícies
minutos.
• Godivas devem ser imersas em hipoclorito de sódio a 1% por dez minutos ou em
glutaraldeído a 2% por 30 minutos.
5.3. BARREIRAS MECÂNICAS
São coberturas impermeáveis colocadas sobre todas as superfícies passíveis de contaminação,
após o processo de desinfecção de superfície. Pode-se utilizar como barreiras, filmes de PVC
(Doctor Film-Goodyear®; Magipack®, Rolopack® ou similar) e capas plásticas ou descartáveis. 20
As Barreiras aumentam a eficiência do controle de infecções, uma vez que protegem superfícies
passíveis de contaminação e, ao mesmo tempo, de difícil descontaminação. ¹,20.
Essas barreiras devem ser trocadas ao final de cada atendimento. Toda a troca de barreira deverá
ser feita com a utilização de EPI(s) pois se trata de material contaminado. Devem ser descartadas
como resíduo da Classe A, em saco branco, leitoso.
Devem receber barreiras mecânicas todas as superfícies próximas ao atendimento com risco de
contaminação (cerca de 1 metro de diâmetro a partir da boca do paciente), como encostos de
cabeça e da cadeira, braços laterais da cadeira, mangueiras e pontas dos sugadores, braços
laterais e bandeja do equipo, alças e interruptor do refletor, seringa tríplice e porta-resíduo, assim
como os periféricos, como pontas do aparelho de laser, tubo, alça e disparador do aparelho de
RX, filme radiográfico, pontas de alta e baixa rotação, ponta do fotopolimerizador e ponta do
aparelho do aparelho de ultra-som.20
Figura 31- Superfícies recebendo barreira mecânica
5.4. TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL
Esterilização: Destruição ou remoção de todas as formas de vida (bactérias, vírus, esporos).
Pode ser conseguida através:
. Processos Químicos: - Líquidos
- Gases
. Processos Físicos: - Calor Úmido
5.4.1. ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA
Líquidos Esterilizantes:
- Ácido Peracético a 0,2% - STERILIFE® imersão:
TÉCNICA:
• Imergir o artigo na solução adequada, utilizando EPI e garantindo farta ventilação do
local; preencher o interior das tubulações e reentrâncias com auxílio de seringa, se
necessário, evitando a formação de bolhas de ar; observar e respeitar o tempo de
exposição indicado, mantendo o recipiente tampado – cerca de 1 hora.
• Enxaguar os artigos submetidos, inclusive o interior das tubulações, com água
esterilizada e técnica asséptica. Recomendam-se múltiplos enxágues para eliminar os
resíduos do produto utilizado. Usar todo o conteúdo do recipiente de água estéril, de uma
só vez. Evitar recipientes para múltiplo uso.
• Secar externamente os artigos, com técnica asséptica e compressa estéril.
Gases Esterilizantes:
• Óxido de Etileno (ETO).
• Vapor com Formaldeído - MATACHANA®.
• Plasma de Peróxido de Hidrogênio - STERRAD®.
5.4.2. ESTERILIZAÇÃO FÍSICA
Por calor úmido: vapor saturado sob pressão conseguido pela AUTOCLAVE.
INDICAÇÃO DE USO:
• Para esterilização de todos os artigos críticos termorresistentes (método mais seguro).
• Alguns artigos semi-críticos, termorresistentes, pela facilidade operacional e ganho de
tempo.
VANTAGENS DA AUTOCLAVE:
• rápido aquecimento e rápida penetração em artigos têxteis ou tecidos de algodão.
• destruição dos esporos microbianos em curto período de exposição.
• fácil controle de qualidade e letalidade.
• Não deixa resíduos tóxicos nos materiais submetidos a este processo e ser econômico.
CICLOS DE AUTOCLAVE
Segundo a ANVISA ¹, para se conseguir um ciclo eficiente nas esterilizações por calor úmido,
devemos nos ater ao tipo de ciclo utilizado e o material a ser esterilizado. O quadro 5 mostra com
detalhes os tipos de ciclos de autoclavagem e os tempos mínimos necessários.
Tempos mínimos de exposição (em minutos) para esterilização de materiais, pela
autoclave, segundo a temperatura e o tipo de material
Processo de
Esterilização Autoclave
Material Gravidade
121º
Gravidade
132º
Alto
Vácuo
132º
Observações
Material de borracha
(luvas, drenos,
catéteres)
15’ 10’ 4’
Embrulhados individualmente em
campo de tecido, papel kraft, ou grau
cirúrgico.
Instrumentos
metálicos 30’ 15’ 4’
Acondicionados em caixa metálica
perfurada ou embrulhados em campo
de tecido, papel kraft ou grau
cirúrgico.
Agulhas de sutura 30’ 15’ 4’
Montadas em gaze e embrulhadas em
campo de tecido, papel kraft ou grau
cirúrgico.
Seringa de vidro 30’ 15’ 4’
Desmontadas e embrulhadas
individualmente em campo de tecido,
papel kraft ou grau cirúrgico.
Instrumentos de
corte 30’ 15’ 4’
Embrulhados individualmente em
campo de tecido ou papel kraft
acondicionados em caixas
perfuradas.
Frascos, balões de
vidro, tubos de
ensaio
30’ 15’ 4’
Tampados com bucha de algodão
hidrófilo e embrulhados em campo
de tecido, papel kraft.
Placas de Petri 30’ 15’ 4’ Montadas e embrulhadas em papel
kraft ou grau cirúrgico.
Fonte: ABO/GO (adaptado do Ministério da Saúde)
Quadro 5 - Tempos mínimos de exposição em autoclave
5.4.3. TESTES PARA CONTROLE DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇAO
Segundo a ANVISA ¹ e a SOBECC 21, para se garantir a eficiência dos processos de esterilização
devemos avaliar e controlar todas as fases da esterilização através deos chamados testes de
monitoramento.
- TESTES DE VALIDAÇÃO DA MÁQUINA: Autoclave 21
• Estão relacionados ao controle das manutenções dos equipamentos de esterilização.
• Deverão ser feitos registros das manutenções corretivas e preventivas, em impresso
próprio ou livro de registro de intercorrências da CME, junto com a documentação deixada
pela empresa contratada.
• A manutenção preventiva deverá ser realizada uma vez por ano, e a corretiva, sempre
que necessário.
- TESTE FÍSICO: – a cada ciclo de esterilização 21
• Monitoramento dos parâmetros do processo de esterilização – tempo, temperatura e
pressão a cada ciclo realizado pelo CME.
• Observação e registro em impresso próprio dos parâmetros de funcionamento do
equipamento.
• Deverá ser feito registro do tempo, temperatura e pressão durante todo o ciclo de
esterilização, em impresso próprio, pelo responsável pela esterilização, com especial
atenção à fase de esterilização propriamente dita.
• Qualquer falha ou dúvida quanto aos parâmetros do processo deve ser comunicado
imediatamente ao responsável pela clínica e responsável técnico do setor, para
providências imediatas de manutenção ou interdição da máquina de esterilização.
- TESTE QUÍMICO:
INDICADORES DE PROCESSO TIPO I – todas as embalagens devem conter esse indicador
químico externamente. (Fig. 31)
• São tintas monocrômicas impregnadas em fitas adesivas, contidas nos sistemas de
barreira estéril, como por exemplo no papel grau cirúrgico, que tem o objetivo de identificar
e diferenciar os produtos que foram expostos ao agente esterilizante daqueles que não
foram expostos. 21
• Devem ser fixados externamente, junto à identificação do material.
• Todos os pacotes ou caixas devem ser identificados com esse tipo de indicador, o qual
deve ser rigorosamente examinado antes da abertura da embalagem.
Figura 32 - Indicadores Químico Tipo I nas embalagens
e fitas adesivas.
INDICADOR QUÍMICO TIPO V – Fig. 32
É um Indicador integrador, destinado a reagir com todos os parâmetros críticos de um
ciclo de esterilização, monitorando, além da temperatura, o tempo mínimo de
exposição e a qualidade do vapor, entre outros parâmetros essenciais ao processo.
21
• Esse indicador deve ser colocado nos locais de maior desafio da autoclave, ou
campos cirúrgicos, ou mesmo nas caixas de maior peso ou interior de lumens.
• TODOS OS REGISTROS DEVEM SER GUARDADOS PARA FINS DE
COMPROVAÇAO E FISCALIZAÇAO POR ÓRGAOS COMPETENTES.
- TESTE BIOLÓGICO: Diário
• São testes preparados e padronizados com esporos bacterianos, colocados em tubos de
polipropileno com tampa permeável ao vapor, comprovadamente resistentes ao método a
que se propõe monitorar, contendo em torno de 106 UFC (unidades formadoras de
colônias) por unidade de papel filtro. 21
• A cultura negativa destes tubos após ciclo de esterilização determina a eficiência do
processo.
• A ampola esterilizada deve ser colocada na incubadora apropriada, e no prazo entre 3
horas, 24 - 48hs, dependendo do teste a ser adquirido e da incubadora de leitura dos
mesmos. Devemos observar se houve crescimento de algum microrganismo através da
mudança de cor do conteúdo do teste (de arroxeado para amarelo, conforme o teste-piloto
obrigatório). Fig. 33
Figura 33 - Indicador Químico Tipo V antes e depois de autoclavados
Ampola sem esterilização com crescimento
Ampola esterilizada sem crescimento
Figura 34 - Testes biológicos
6. PROCESSAMENTO E FLUXO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE DE USO ODONTOLÓGICO
Segundo a ANVISA ¹, o cuidado com o produto para a saúde começa durante o atendimento,
quando mantemos todos os instrumentais limpos mesmo durante o cuidado ao paciente / cliente.
A limpeza do material clínico e cirúrgico deve ser realizado após cada atendimento, portanto, não
se deve levar o material sujo para o expurgo, pois isso dificulta o procedimento de limpeza, uma
vez que a sujidade resseca e impregna o material.
Todo o material utilizado deve ser levado coberto para a sala de expurgo, sendo considerado
material contaminado e não mais estéril, pois já foi aberto no atendimento, mesmo que não tenha
entrado em contato direto com o paciente/ cliente.
Sob hipótese alguma o material já aberto deve ser reutilizado, sem que tenha passado
devidamente pelo processo de limpeza e esterilização, mesmo que não tenha sido utilizado
no paciente/ cliente. 23
Independentemente do processo a ser submetido, todo artigo deverá ser considerado como
“contaminado”, sem levar em consideração o grau de sujidade presente. ¹, 23.
O manuseio de artigos requer que cada procedimento seja realizado com o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) específico: avental impermeável, luvas grossas de punho longo,
confeccionadas em borracha antiderrapante, sapatos fechados e impermeáveis, máscaras,
gorro e óculos de proteção. ¹
Todo processamento de artigos deve ser centralizado, por motivos de custo, eficiência de
operacionalização, facilidade de manutenção do padrão de qualidade e aumento do tempo de vida
útil dos mesmos. 22
Lembre-se: Todo material a ser usado na clínica de odontologia da UNISA, deverá ser
esterilizado nesse serviço. Não serão aceitos materiais trazidos já estéreis de outros serviços
de esterilização.
SEQUÊNCIA DO PROCESSAMENTO
• Limpeza ou Descontaminação.
• Lavagem e Enxágue.
• Secagem.
• Empacotamento com embalagem própria.
• Selagem.
• Esterilização.
• Estocagem.
6.1. LIMPEZA OU DESCONTAMINAÇÃO
A limpeza e/ou descontaminação de artigos NÃO DEVE ser realizada no mesmo lavatório para
lavagem de mãos. 22
A limpeza de artigos poderá ser feita por qualquer das seguintes alternativas:
• fricção mecânica com detergentes enzimáticos/desincrostantes auxiliada por escovas próprias
para essa finalidade (padronizar pia ou recipiente para este fim).
• máquina de limpeza com jatos de água quente e/ou detergente enzimático.
• máquinas de ultrassom com detergentes enzimáticos/desincrostantes.
O objetivo desta etapa é remover os resíduos orgânicos pelo contato com detergentes enzimáticos.
Os detergentes enzimáticos podem identificar, dissolver e digerir sujeiras específicas, dispensando
a limpeza mecânica destes instrumentos. Independente do processo (manual ou automático), a
imersão em detergente enzimático deve ser realizada por período estipulado pelo fabricante do
produto utilizado (em média 6-10 min). ¹
PROTOCOLO NA CLÍNICA
• A limpeza PRÉVIA poderá ter início na bancada de atendimento da clínica de odontologia,
ou ser realizada diretamente na área de expurgo do CME.
• O profissional deverá contar com cuba plástica com tampa, com detergente enzimático já
diluído: submergir os artigos no detergente enzimático logo após o seu uso, não
esquecendo de monitorar o tempo de processo (6 minutos de submersão). Levar o material
contaminado tampado. O detergente enzimático será disponibilizado pela Central de
Materiais na clínica de odontologia, e já está diluído e pronto para o uso. Deve ser utilizado
rigorosamente no tempo estipulado, evitando acumulo de proteínas e biofilme nos
instrumentos.
• Injetar a solução dentro dos lumens com uma seringa de 20ml no caso de materiais
canulados. Reservar esse material em local adequado, longe da bancada de apoio dos
materiais estéreis. Nesse período, deverá ser realizada a limpeza e troca dos acessórios
e EPI do box de atendimento. Dirigir-se à área de expurgo, aonde será realizada a limpeza
manual, com uso de escovas, nas cubas dessa área.
• A limpeza MANUAL somente deve ser realizada na área do expurgo; não deve ser
realizada no box de atendimento em nenhuma circunstância.
6.2. LAVAGEM E ENXÁGUE
A lavagem manual ou mecânica deve ser realizada utilizando-se EPI(s) e escovas adequadas para
a limpeza dos instrumentos. As luvas de borracha usadas nestes procedimentos deverão ser
desinfetadas com hipoclorito de sódio 1% e guardadas em saco plástico ou recipiente plástico com
tampa.
No caso de lavadoras automáticas ou de ultrassom, os processos de imersão e lavagem serão
realizados pelo equipamento. O material deverá ser colocado na lavadora e mergulhado em
detergente enzimático diluído, por 10 - 30 minutos, durante os quais serão realizadas todas as
duas etapas (descontaminação e lavagem).
O enxágue do instrumental deve ser feito em água corrente em abundância, independentemente
do método de lavagem (manual ou automático).
PROTOCOLO NA CLÍNICA
• EPI(s) OBRIGATÓRIOS para limpeza manual: avental impermeável, luvas grossas de
punho longo, confeccionadas em borracha antiderrapante, sapatos fechados e
impermeáveis, máscaras, gorro e óculos de proteção. O procedimento de limpeza
manual somente deve ser iniciado após a colocação dos EPIs.
• A clínica de Odontologia da UNISA não conta com lavadoras automáticas ou de ultrassom.
Portanto, toda limpeza deve ser realizada de forma manual, instrumental por instrumental,
friccionando as partes das pinças e instrumentais que entram em contato direto com o
paciente/ cliente.
• O material deve ser minuciosamente lavado com solução enzimática, manualmente, em
cuba de pia funda e com a ajuda de escovas. Friccionar a superfície externa de cada
instrumento, com uma escova macia, no mínimo 5 vezes, do sentido proximal para o
distal. Friccionar a superfície interna de cada lúmen com uma escova macia, para
lúmen, no mínimo 5 vezes, no sentido de proximal para distal.
• Enxaguar as peças abundantemente com água, até remover a sujidade e o
detergente. Enxaguar a superfície interna dos lúmens injetando água sob pressão,
pelo menos 5 vezes.
• O detergente enzimático não faz muita espuma, porem requer enxague abundante
para garantir a retirada total do produto no instrumental, sob pena de oxidação.
6.3. SECAGEM ¹,22,23.
A secagem do instrumental deve ser feita através:
. Papel-toalha.
. Secadora de ar quente/frio.
. Ar comprimido medicinal.
PROTOCOLO NA CLÍNICA
• A secagem deverá ser realizada na área final do expurgo, com auxílio de papel-toalha.
Secar cada instrumento externa e internamente com ar sob pressão.
• Após o processo de limpeza e secagem, os artigos devem ser inspecionados para a
verificação da limpeza e de seu funcionamento ANTES DO EMPACOTAMENTO.
• O controle pode ser feito a olho nu ou com uso de lupas, inspecionando cremalheiras,
ranhuras, articulações, encaixes e travas das pinças. 21 Verificar a presença de
sujidades antes de empacotar.
• Se o material apresentar sujidades visíveis nesse processo, devem ser novamente
submetidos ao processo de limpeza até a sua limpeza completa.
6.4. EMPACOTAMENTO
Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e transportado, deverá ser acondicionado em
embalagem criteriosamente selecionada, para a segurança do processo”. 22
A embalagem deve permitir a penetração do agente esterilizante e proteger os artigos de modo a
assegurar a esterilidade até a sua abertura. Os invólucros utilizados para o empacotamento dos
instrumentais devem observar o tipo de material que será esterilizado.
Não devemos misturar tipos diferentes de materiais no interior do invólucro (ex: instrumental e
tecidos). O pacote deve estar bem vedado (selado ou fechado com fitas e em alguns casos
adesivos próprios), mas sem apertar o conteúdo impedindo a devida circulação do vapor em seu
interior.
Ao realizar a confecção da embalagem, utilizar avental limpo de tecido, e touca protegendo todo
o cabelo, evitando que cabelos caiam dentro das embalagens, comprometendo o processo de
limpeza.
PROTOCOLO DA CLÍNICA
• As embalagens padronizadas para a clínica de odontologia da UNISA são: papel grau
cirúrgico, papel crepado e tecido não tecido - SMS. (Quadro 6)
- O papel grau cirúrgico deve conter filme em uma das faces, e deve ser
impregnado com indicador químico de exposição. Gramaturas entre 60 e 70
mg/m2.
-
As embalagens** são de USO ÚNICO,
e deverão ser descartadas após a utilização do instrumental nelas contidos, ou passados os
14 dias de validade, pois perdem suas características de barreira de microorganismos.
• A embalagem deve ser fechada a termo-selagem para o fechamento adeuadequado
da mesma.
• Utilizar embalagem dupla em artigos pontiagudos. Sempre que indicado, utilize
protetores de silicone nas pontas de instrumental cortante.
• Não fazer anotações na embalagem, em especial no espaço onde o material está
localizado. Dar preferência a etiquetas padronizadas.
(**) A aquisição de embalagens será de responsabilidade do aluno, sendo padronizado, para
esterilização de materiais em caixas, o uso do papel crepado, papel grau cirúrgico ou tecido
não tecido - SMS, e, para materiais avulsos, o papel grau cirúrgico no tamanho adequado.
Utilizar embalagens regulamentadas pela ANVISA. 22.
• Utilizar técnica adequada de empacotamento para a utilização de papel crepado ou
SMS (Fig.34)
6.5. SELAGEM
Embalagem Autoclave a vapor
Campo de algodão cru, duplo Sim
Papel grau cirúrgico Sim
Caixa de alumínio ou inox perfurada e envolvida com papel grau cirúrgico ou
tecido de algodão duplo Sim
Tecido não tecido - SMS Sim
Papel crepado: 100% celulose Sim
Quadro 6 - Tipos de embalagem utilizadas na autoclave
Figura 35 - Técnica de empacotamento para uso com papel crepado ou SMS (Tecido não tecido)
Processo pelo qual as embalagens são hermeticamente fechadas, garantindo a sua esterilidade
desde o momento da esterilização até o momento do uso”. ¹
PROTOCOLO DA CLÍNICA
• Devemos deixar cerca de 2cm da embalagem sem selar para facilitar a abertura do
pacote.
• A faixa de selamento deve ter cerca de 5 cm de espessura.
• Todos os pacotes devem conter indicador químico Classe I no exterior, dispositivo que
comprova que o material passou por processo de esterilização a vapor. (teste químico).
Recomendamos também que dentro da embalagem, em especial nas caixas de
instrumentais, também haja um indicador químico tipo 5 ou 6, garantindo que o processo
foi eficaz.
• As embalagens devem ser identificadas antes da esterilização com nome do responsável
pela lavagem e confecção da embalagem, lote e data do processo de esterilização,
validade do processo, além do número do box do aluno onde seu material será
armazenado.
6.6. ESTERILIZAÇÃO
• Acondicionar os artigos em invólucros de grau cirúrgico e outros para este fim, adequados
ao tipo de processamento escolhido.
• Submeter os artigos à máquina esterilizadora conforme o ítem 5.4. deste Manual.
• Observar e registrar temperatura e/ou pressão e monitorar o tempo de exposição,
conforme as orientações do ítem 5.4.3. deste manual.
• Validar e monitorizar o processo conforme indicado em cada alternativa.
6.7. ESTOCAGEM
• Os materiais esterilizados devem ser armazenados em local exclusivo, separado dos
demais, em armários fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e a uma distância
mínima de 20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede. (Fig. 35)
• O prazo de validade do processo é de 14 dias; depois disso, o instrumental deverá ser
submetido a novo processo de esterilização incluindo a troca de embalagens, indicadores
de esterilização e processo. 22
6.8. FLUXO DE ARTIGOS
O profissional da CME deverá receber o material limpo do aluno, através do guichê localizado
no final da sala de limpeza dos materiais, realizando a inspeção da integridade e a limpeza do
instrumental a ser recebido, e anotando o material que está sendo entregue em impresso
próprio da CME, arquivando-o. (Fig. 36)
Só é permitido o recebimento de material limpo na área do expurgo, através do guichê que
está localizado na área final do expurgo.
Os materiais que serão recebidos, já limpos e secos, deverão ser entregues no guichê,
localizado no final do expurgo, em recipiente adequado e exclusivo para essa finalidade,
fechado, evitando o cruzamento de materiais.
Se o aluno realizar a limpeza e não entregar o material para a esterilização, deverá secá-lo e
Figura 36 - Armário para armazenamento de material estéril
Figura 37 – Fluxograma do material que será lavado no expurgo da CME.
acondicioná-lo em recipiente adequado, evitando que esse material seja misturado com
comidas, materiais sujos, etc. O aluno deve procurar esterilizar somente os materiais que
utilizará durante as clínicas da semana, pois quanto mais material for esterilizado mais chance
de a data de validade ficar ultrapassada e o material necessitar de novo processo de
esterilização sem ter sido utilizado. Quando o aluno for entregar esse material à CME deverá
seguir o Fluxograma contido na Fig. 37.
Se houver dúvidas quanto à limpeza, realizá-la novamente antes de entregar o artigo para a
esterilização, seguindo o processo de limpeza na área de expurgo.
O aluno deve especificar a data em que o material será usado, ao entregá-lo para a
esterilização, para que a CME possa então estabelecer as prioridades no processo de
esterilização. (Procurar entregar artigos que serão usados durante a semana em andamento,
evitando acúmulo de material desnecessário).
Quando o aluno for retirar o instrumental esterilizado, deverá assinar um campo impresso,
confirmando a retirada do material. A clínica guardará o material no guichê do aluno por até
72 horas, sendo que depois desse período o aluno deve retirar o material devidamente estéril
do setor responsável.
A responsabilidade de guardar o material após a sua retirada na clínica será exclusivamente
do aluno, que deve zelar pelo adequado armazenamento e transporte, em caixas limpas e
fechadas, evitando que os materiais sejam danificados, assim como as suas respectivas
embalagens.
7. SEQUÊNCIA PARA PROCEDIMENTOS CLÍNICOS
*Nota: para inspeção e visualização dos materiais em caixas perfuradas, a tampa deverá estar aberta.
Figura 38 - Fluxograma de entrega de material no CME
Ao chegar para atendimento, os acadêmicos trajando calças compridas (íntegra – sem rasgos
ou aberturas) e sapatos de couro fechado no peito do pé, deverão se dirigir à sala de
paramentação e colocar os seus EPI(s) - avental, gorro e máscara para adentrar ao ambiente
da clínica.
É expressamente proibida a circulação de acadêmicos e professores na clínica sem os EPI(s)
descritos acima.
É proibida a entrada com malas, bolsas ou pertences não relacionados ao atendimento nos
boxs de atendimentos. Eles devem ser deixados nos armários da sala de paramentação e
mantidos trancados com cadeado do próprio aluno.
7.1. PROCEDIMENTOS PRÉ-ATENDIMENTO 1 SEMANA ANTES:
• Processamento e esterilização do instrumental – Item 6. ANTES DA CHEGADA DO PACIENTE NO BOX:
• Colocação dos EPI(s) faltantes.
• Desinfecção das Superfícies do box de atendimento – Item 5.2.2.
• Colocação de barreiras de proteção de PVC nos equipamentos e bancadas – Item 5.3.
• Separar todo o equipamento e material necessários para o atendimento, conforme o
planejamento prévio.
• Preparar o recipiente com tampa contendo a solução enzimática – Item 6.1.
• Lubrificar e colocar as pontas (canetas de alta e baixa rotação) no equipo, acionando o
sistema por 30 segundos para substituir a água parada nas mangueiras, muitas vezes
contaminada.
• Colocar barreiras plásticas nas pontas.
• Colocar o pacote do instrumental esterilizado na bancada.
7.2. PREPARO DO PACIENTE
EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DO PACIENTE:
• Ao chamar o paciente, leve consigo o gorro descartável – ele deve ser colocado pelo
paciente antes de entrar nas clínicas.
• Utilizar óculos de proteção e campos limpos para proteção das vestes dos pacientes.
7.3. PROCEDIMENTOS TRANS-ATENDIMENTOS (durante o atendimento)
EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DO ALUNO
• Usar gorro, máscara, óculos de proteção e avental.
• Lavar as mãos antes de colocar as luvas de procedimento ou cirúrgicas, conforme o
procedimento.
• Abrir e arrumar na bandeja o pacote do instrumental esterilizado de forma organizada,
de acordo com o procedimento a ser realizado.
• Colocar a sobreluva todas as vezes que você sair do campo operatório para pegar ou
tocar em algo sem barreiras.
Nunca se dirija à central de materiais, box de radiologia ou recepção usando luvas de
procedimento; caso necessite sair do box sem retirá-las, utilize sobreluvas de plástico
(uso único).
• Ao término do procedimento, retirar a máscara (não deixar pendurada no pescoço) pelos
cordéis e descartar no lixo contaminado, assim como retirar e descartar as luvas no lixo
contaminado e lavar as mãos.
• O uso de aparelhos celulares na clínica está restrito ao temporizador para técnicas que
requeiram cronometragem. Nunca manipular aparelhos celulares com luvas de
procedimento.
7.4. PROCEDIMENTOS PÓS-ATENDIMENTO
• MANTER EPI(s) e colocar sobre luva.
• Separar o lixo comum dos resíduo e equipamento contaminado.
• Dispensar em lixeira com saco branco, leitoso, todos os resíduos contaminados do
porta-resíduo (resíduos do grupo A).
• Acondicionar todo o equipamento utilizado em recipiente (caixas plásticas com tampa) com
detergente enzimático diluído, para transporte para o expurgo. Mantenha-o separado no
box de atendimento.
• Remoção de Barreiras contaminadas.
• Remover a máscara pela alça, e o gorro, pela parte superior, dispensando nas lixeiras
com saco branco-leitoso (resíduos do grupo A).
• Remover luvas e sobreluvas de acordo com o protocolo, e dispensar nas lixeiras com saco
branco-leitoso (resíduos do grupo A).
• Lavar as mãos.
• Levar a caixa com o equipamento contaminado para o expurgo para proceder a limpeza,
empacotamento e esterilização do equipamento.
• Lubrificar as canetas não-estéreis e enviar para a sala de esterilização.
Outros Cuidados:
• Limpeza e desinfeccão, no fim do dia, de todas as áreas protegidas por barreiras ao longo
do dia.
• Limpeza e desinfecção do piso no fim do dia.
• Limpeza e desinfecção semanais do piso, paredes e janelas.
• Monitoração semanal da autoclave.
7.5. PROCEDIMENTOS ENTRE PACIENTES
(quando ocorrer atendimento de mais de um paciente no mesmo dia)
• Colocar a luva de borracha (látex), os óculos de proteção e o avental.
• Enxaguar e desinfetar moldes, mordidas em cera e próteses, antes de enviá-los ao
laboratório ou realizar seu vazamento.
• Eliminar os dispositivos perfurocortantes (agulha, lâmina de bisturi) no recipiente de
paredes duras. (Descarpack®)
• Imergir os instrumentais usados na solução enzimática, fechando o recipiente.
• Remover as barreiras do equipo, descartando-as no lixo contaminado.
• Limpar e desinfetar superfícies do box com álcool a 70%, e colocar novas barreiras.
• Acionar a caneta de alta-rotação por 20 segundos, para eliminar possíveis
contaminações.
• Remover e desinfetar as peças de mão, obedecendo às instruções do fabricante
(procedimentos cirúrgicos) ou colocar novas barreiras
• Separar o novo material conforme planejamento
• Chamar o 2° paciente
8. SEQUÊNCIA PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PREPARO DO PACIENTE
• Ao chamar o paciente, leve consigo o gorro descartável – ele deve ser colocado pelo
paciente antes de entrar nas clínicas.
• Obrigatório o uso de óculos de segurança e campos cirúrgicos longos, estéreis.
• Realizar ANTISSEPSIA no paciente: bochecho e/ou embrocação com uma solução
antisséptica de digluconato de clorexidina 0,12% por, no mínimo 30 segundos.
• Utilizar KIT CIRÚRGICO ESTÉRIL: deve ser de material descartável esterilizado por
óxido de etileno ou radiação gama, confeccionado em TNT, de gramatura igual ou
superior a 40g. Deve conter avental estéril (longo e largo o suficiente), campo grande
para equipo, mínimo 70X70, campo para o paciente 1,60X70, protetores de sugadores
e refletores. O avental deverá ser vestido após o profissional ter realizado a
degermação cirúrgica das mãos.
COMO VESTIR O AVENTAL CIRÚRGICO
• Segurar o avental pela parte superior de tal modo que este se desdobre pela ação da
gravidade tendo o lado interno voltado para quem o veste.
• A seguir, deve-se introduzir o braço na manga do lado correspondente. Evite contato
com a face externa do avental. Quando houver necessidade de ajuste faça-o com a
outra mão coberta com a manga do avental.
• Após o ajuste das mangas, as tiras do pescoço devem ser amarradas com ou sem
auxílio de assistente.
• As bordas do avental são unidas através do ajuste do avental ao corpo e amarram-se
as tiras da cintura.
• Calçar as luvas somente após o ajuste total do avental.
Observações: Colocar o avental somente na sala clínica ou cirúrgica. Efetuar a degermação
das mãos antes de vesti-lo. A secagem das mesmas deverá ser com toalha adequada para essa
finalidade.
COMO RETIRAR O AVENTAL CIRÚRGICO
• Descartar as luvas cirúrgicas no lixo contaminado, lavar as mãos e retirar a máscara
e óculos de proteção.
• Em seguida, soltar as alças (tiras) do pescoço e da cintura, tendo-se o cuidado de não
tocar a face externa do avental.
• O avental deve deslizar pelo corpo, sendo seguro pela parte interna.
• Depositá-lo no lixo contaminado. juntamente com os campos, protetores de cadeira,
de mangueiras e outros.
PROCEDIMENTO PÓS CIRURGICOS
• Seguir procedimentos do item 7.4.
9. REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Glossário. In: Serviços
odontológicos: prevenção e controle de riscos. Brasília: Editora Anvisa, 2006. p. 69 - 86. Disponível
em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf>. Acesso em: 30 abril
2018.
2. CAVALCANTE, N. J. F.; MONTEIRO, A. L. C.; BARBIERI, D. D. Biossegurança: atualidades em DST. 2. ed.
São Paulo: Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, 2003. 80 p. Disponível em:
<http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd49/Bioseguranca.pdf>. Acesso em: 30 abril. 2018.
3. Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. In: _________________________ CÓDIGO
DE ÉTICA ODONTOLÓGICA. Aprovado pela Resolução CFO-118/2012. 13 p. Disponível
<http://www.crosp.org.br/crosp_v4/uploads/etica/2b1ef1e3329d8f7902ce0f52e536a89c.pdf>.
Acesso em: 30 abril 2018.
4. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. In: NR 5 - Comissão interna de prevenção de
acidentes. Atualizado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011. Brasília. Disponível
em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 30 abril
2018.
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dos Regimes de Previdência no Serviço Público. Lei de Benefícios da Previdência Social
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