UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
IONARA PIZETTA
JULIANA DE ALMEIDA CAES
ANÁLISE DE COMPOSIÇÕES DE BDI ELABORADOS POR DUAS
EMPRESAS DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA EXECUÇÃO
DE OBRA NO SETOR INDUSTRIAL
CURITIBA
2015
1
IONARA PIZETTA
JULIANA DE ALMEIDA CAES
ANÁLISE DE COMPOSIÇÕES DE BDI ELABORADOS POR DUAS
EMPRESAS DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA EXECUÇÃO
DE OBRA NO SETOR INDUSTRIAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientador: Msc. Geni Portela Radoll
CURITIBA
2015
2
AGRADECIMENTOS
Nossos sinceros agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma doaram um
pouco de si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível:
Primeiramente а Deus, qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse.
A esta Universidade e todos os professores do curso, que foram tão importantes em
nossa vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho.
Aos amigos e colegas, pelo encorajamento constante.
À Profª. Msc. Geni Portela Radoll, pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas
suas correções е incentivos.
Aos familiares, pelo amor, compreensão e apoio incondicional.
3
RESUMO
Aborda a comparação de planilhas de custos, para uma determinada obra, de duas
empresas atuantes no ramo da construção civil que possuem portes econômicos
distintos uma da outra. O estudo surgiu com o intuito de averiguar, em especial, as
planilhas de Benefícios e Despesas Indiretas, e encontrar as diferenças entre suas
composições. Pretende-se mostrar se a estrutura organizacional da empresa
influencia nos resultados e se a mesma apresenta vantagens perante as
concorrentes. Foram solicitados os projetos arquitetônicos e as composições em
planilhas de ambas as empresas para então fazer uma análise minuciosa de seus
componentes de modo a destacar as diferenças. Como resultado observou-se que,
além de uma formação de preço correta, o que define o valor final de um orçamento
é também a sua estrutura, seu corpo técnico, e o momento em que ela vive no
mercado.
Palavras-chave: Benefícios e Despesas Indiretas. Engenharia de custos.
Orçamento. Planejamento de obras.
4
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – ATIVIDADES INICIAIS PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO ......... 34
FIGURA 2 – CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO JUNHO – 2013 ................... 52
5
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – ESTÁGIO DE MATURIDADE ORGANIZACIONAL, MODELO DE
GREINER 1998 ........................................................................................................... 21
GRÁFICO 2 – RELACIONAMENTO ENTRE CUSTO E POSSIBILIDADE DE
INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE PROJETO ............................................................ 30
GRÁFICO 3 – CURVA ABC DOS SERVIÇOS ............................................................ 49
6
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – DIVISÃO DE CUSTOS RELACIONADOS À OBRA ............................. 50
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DE UM MODELO DE EMPRESA ......................... 24
TABELA 2 – TABELA DE ENCARGOS SOCIAIS (FOLHA DE SALÁIOS) ................. 37
TABELA 3 – PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇO UNITÁRIO ......................... 47
TABELA 4 – RELAÇÃO DE SERVIÇOS ORÇADOS .................................................. 48
TABELA 5 – TABELA DE REFERÊNCIAS DA CURVA ABC ...................................... 49
TABELA 6 – COMPOSIÇÃO DO AÇO ........................................................................ 51
TABELA 7 – PREVISÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO AÇO EM 2013 ......................... 52
TABELA 8 – COMPARAÇÃO PLANILHA REAL X PLANILHA SIMULADA ................ 53
TABELA 9 – TABELA COMPARATIVA DE CORPO TÉCNICO ADOTADO ............... 54
8
LISTA DE ABREVIARURAS
ADM Administração
Aux Auxiliar
c/ Com
cm Centímetro
COEF. Coeficiente
diâm Diâmetro
Enc Encarregado
Engº Engenheiro
eqptos Equipamentos
escrit Escritório
Etc Etecetera
func Funcionários
gb Global
h Hora
Kg Quilograma
Km Quilômetro
m Metro
M.O. Mão de Obra
m² Metro quadrado
m³ Metro cúbico
MAT. Material
ml Mililitro
mm Milímetro
Mpa Megapascal
No. Número
p/ Para
PARTIC Participação
pç Peça
Qtde Quantidade
ref Refeição
Sal Salário
10
LISTA DE SIGLAS
ABPMP
Associação Internacional de Profissionais de Processos de
Negócios
GSM Global para Comunicações Móveis
APQC Centro Americano de Produtividade e Qualidade
BDI Benefícios e Despesas Indiretas
CA-50 Resistência do aço de 500Mpa
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
DER Departamento de Estradas de Rodagem
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EPI Equipamentos de Proteção Individual
ERP Enterprise Resource Planning
Fck Resistência Característica do Concreto à Compressão
FDE Fundação para o Desenvolvimento da Educação
FGTS Fundo de Garantia do Termo de Serviço
IBRACON Instituto Brasileiro do Concreto
IML Instituto Médico-Legal
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IPI Impostos Sobre Produtos Industrializados
IPMF Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira
IR Imposto de Renda
ISS Imposto Sobre Serviço
ITC Inteligência Empresarial da Construção
MASP Museu de Arte de São Paulo
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
NPC Norma e Procedimento de Contabilidade
Pasep Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público
PCMAT
Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na
Indústria da Construção
11
PIS Programa de Integração Social
PMEs Pequenas e Médias Empresas
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PR Paraná
PVC Policloreto de Vinila
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SECONCI Serviço Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESI Serviço Social da Indústria
SICRO Sistema de Custos Referenciais de Obras
SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção Civil
SOA Arquitetura Orientada a Serviços
TCPO Tabela de Composição de Preços para Orçamentos
TCU Tribunal de Contas da União
TI Tecnologia da Informação
PIT Testador de Integridade de Estacas
12
LISTA DE SÍMBOLOS
% Porcentagem
D Diâmetro
e Espessura
E Fator de eficiência
h Altura
K Coeficiente de majoração
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 15
1.1 GENERALIDADES ....................................................................................... 17
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 17
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 18
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................... 18
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 19
2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................................................. 19
2.2 GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS ............................................... 19
2.3 MATURIDADE ORGANIZACIONAL ............................................................. 20
2.4 MODELO DE EMPRESA .............................................................................. 22
2.5 O SURGIMENTO DA ENGENHARIA DE CUSTOS ...................................... 27
2.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM EMPREENDIMENTO ........ 28
2.6.1 Elaboração do projeto ................................................................................... 29
2.6.2 O planejamento ............................................................................................ 30
2.6.3 Formação do preço de uma obra.................................................................. 31
2.7 ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO .............. 32
2.7.1 Levantamento quantitativo ............................................................................ 33
2.7.2 Composição de preço unitário ...................................................................... 34
2.7.2.1 Produtividade da Mão de Obra ..................................................................... 35
2.7.2.2 Consumo de Materiais .................................................................................. 35
2.7.2.3 Produtividade de Equipamentos ................................................................... 36
2.7.3 Encargos sociais........................................................................................... 36
2.8 CÁLCULO DO BDI – BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS ..................... 39
2.8.1 Constituição do Custo Indireto ...................................................................... 39
2.8.1.1 Despesas administrativas ............................................................................. 40
2.8.1.2 Despesas Financeiras .................................................................................. 40
2.8.1.3 Despesas Tributárias .................................................................................... 41
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 42
3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA A ........................................................ 43
3.2 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA B ........................................................ 43
14
4 RESULTADOS E DISCUSSÔES.................................................................. 45
4.1 EMPRESA A ................................................................................................ 46
4.2 EMPRESA B ................................................................................................ 47
4.3 CURVA ABC DE SERVIÇOS ....................................................................... 48
4.4 PLANILHAS DE DBI ..................................................................................... 50
4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS ........................................... 51
4.6 ANÁLISE COMPARATIVA DE PLANILHAS DE BDI ..................................... 53
5 CONCLUSÔES............................................................................................. 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 58
ANEXOS ................................................................................................................... 64
APÊNDICES .............................................................................................................. 72
15
1 INTRODUÇÃO
Percebe-se que o mundo está passando por transformações econômicas,
sociais e culturais, oriundas principalmente pelas consequências da globalização,
das redefinições geopolíticas e da evolução da ciência. Em virtude deste cenário,
não seria possível apresentar outro resultado, a não ser o crescimento acentuado da
concorrência do meio empresarial. Neste contexto tão competitivo as organizações
buscam o fortalecimento dos seus sistemas de gestão como forma de se adaptar a
ela (MELO, 2010).
A gestão da organização está sendo uma das principais preocupações dos
consultores, dos gestores de empresas e dos pesquisadores. Para tanto,
ferramentas de gestão estão sendo disponibilizadas às empresas como recursos
para auxiliar o sucesso de gerenciamento. Para Iarozinski et al. (2011), o modelo de
gestão com foco nos processos vem se destacando entre as organizações. Por
exemplo, nos Estados Unidos da América, tem o American Productivity & Quality
Center (APQC – Centro Americano de Produtividade e Qualidade) que desenvolve e
atualiza modelos de gestão de processos para empresas de diversos setores, com
base em pesquisas de benchmarking.
Uma organização é formada por um conjunto de processos de negócios com o
intuito de agregar valor, satisfazer os desejos dos clientes e gerar lucros. Identificar,
entender e mapear os processos internos é uma atitude que permite que as
organizações alcancem melhores resultados tornando-se mais competitivas
(SANTOS, 2006).
A gestão dos processos de negócios e a otimização de operações das
empresas requerem notação para modelagem, formalismo, métodos e ferramentas
para representar os diversos elementos de uma organização empresarial. Os
processos podem ser representados por modelo de empresa (VERNADAT, 2001).
Todo trabalho realizado nas organizações faz parte de algum processo. Não há um
produto ou serviço oferecido por uma organização sem um processo empresarial
(SALDANHA, 2008). Nos últimos anos o termo processo está presente nos textos e
nas discussões sobre administração de empresas. Tornou-se impossível evitar
temas como redesenho de processos, organização por processos e gestão de
processos (SALDANHA, 2008; GONÇALVES, 2000).
16
Analisando a historia da construção civil, notamos que nos dias atuais não
contamos mais com a abundância de recursos e políticas econômicas propícias
como há anos existiam, sendo assim, chegou-se à conclusão de que as estratégias
antes utilizadas não têm mais espaço nos planejamentos atuais.
Segundo Melo (2010), em épocas passadas ou até mesmo em datas recentes
o administrador de empresas de construção civil não contava com recursos que
facilitasse prever o que estava por acontecer, ou ainda, determinar relações mais
precisas entre as diversas fases do processo. Com o aumento da complexidade de
gerenciar os negócios, ocasionado, principalmente pelo fato das mudanças
tecnológicas foi preciso elaborar planos, gerenciar os serviços e controlar a
produção. Os cronogramas de execução dos processos não funcionavam de forma
correta e a precisão acabava sendo comprometida sempre que a complexidade dos
processos aumentava.
De acordo com Campos (2006) e Cameira (1999), uma preocupação no projeto
e controle de empresas é encontrar uma maneira de gerenciar complexidades do
seu ambiente. As diversidades e complexidades de novos produtos necessitam de
um melhor gerenciamento dos processos de negócios para que sejam exercidos de
forma colaborativa, exigindo coordenação e integração.
Juntamente com os avanços tecnológicos e a variação dos meios de
gerenciamento dos negócios, houve mudanças significativas em relação aos termos
econômicos, o que acarretou na transformação dos portes das empresas e
aumentou a competitividade entre as mesmas, ocasionando reduções nas margens
de lucros.
Considerando que a construção civil é um ramo rentável, como explicar o que
está acontecendo com a lucratividade desta atividade? Segundo Silva (2002) a ideia
do preço justo, aquele que inclui um prêmio adequado aos que se dispõem a
enfrentar – e efetivamente conseguem – os riscos relacionados à execução de
obras, contempla simultaneamente todos os custos e despesas indiretas
necessários para a implantação de qualquer sistema construtivo.
Para existir um controle sobre o lucro pretendido pela organização, fez se
necessário o desenvolvimento de ferramentas que orientem na tomada de decisões.
Ferramentas que proporcionam uma melhor visão sobre faturamento, gasto e ganho.
17
Diante do exposto, pretende-se responder a seguinte pergunta: Como
identificar qual ou quais foram os itens que influenciaram no custo apresentado para
a construção da obra averiguada?
1.1 GENERALIDADES
O método habitual utilizado para a composição de orçamentos consiste em
determinar os custos diretamente envolvidos na realização dos serviços necessários
às obras e no percentual acrescido para cobrir os demais custos e despesas não
discriminados. Dentre os diversos recursos utilizados para determinar o preço de
venda de uma obra, encontramos a taxa do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas),
que será o enfoque do estudo a ser realizado na sequência.
Segundo Tavares Júnior e Lima (2006), um fator importante e relevante na
determinação de preços de serviços é a composição do BDI, que influi bastante no
preço final pela composição fundamentada em despesas administrativas,
financeiras, tributos, custos de comercialização, risco do empreendimento e o lucro.
Sabendo que BDI se encarrega de incluir os itens que apresentam certas
dificuldades em serem especificados, itens que não temos a intenção de discriminar,
tributos e o risco do empreendimento, ele é apresentado em forma de porcentagem
e pode estar presente nos preços unitários do orçamento, inserida ao final deste, ou
de ambos os modos.
Mesmo sendo uma taxa destinada ao cobrimento de despesas indiretas,
comumente observamos que também estão inclusas despesas diretas, tais como a
mão de obra de engenheiros, arquitetos, entre outros, assim como dispêndios com
aluguéis de diversas procedências.
O cálculo realizado geralmente é diferente de uma empresa para outra,
pressupondo que cada uma possua diferentes considerações a serem feitas e
estrutura interna divergentes. Com relação às obras, também é possível encontrar
diferenças, já que levamos em consideração a posição geográfica, a disponibilidade
de recursos, condições climáticas e políticas de cada região.
1.2 OBJETIVOS
18
1.2.1 Objetivo geral
O intuito deste trabalho de conclusão de curso é analisar minuciosamente as
planilhas de BDI disponibilizadas por duas empresas do ramo de construção civil,
que possuem estrutura organizacional e portes distintos uma da outra, bem como
possíveis fragilidades, e que participaram de uma concorrência para uma obra de
199.944,00m² situada na cidade de Paranaguá - PR.
1.2.2 Objetivos específicos
I. Formulação do problema de pesquisa;
II. Pesquisa bibliográfica sobre o tema a ser pesquisado;
III. Contatar duas empresas do ramo de construção civil, e verificar a
possibilidade de fornecimento de suas planilhas de custos;
IV. Coletar as primeiras informações das empresas em estudo para fazer o
mapeamento dos principais processos de negócios;
V. Definir os portes das empresas;
VI. Esclarecer o tipo da obra;
VII. Descrever localização e características especiais da obra;
VIII. Definição do prazo de execução da obra;
IX. Discriminar o modo de avaliação das planilhas de custos;
X. Elaborar a Curva ABC de serviços;
XI. Aplicar as informações para avaliar os custos das empresas;
XII. Verificar quais foram os itens que influenciaram no orçamento final
apresentado.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL
A indústria da construção civil em geral está limitada à produção de apenas
um único produto final, o que diferencia de outras indústrias manufatureiras que
fabricam um grande número de produtos. Isto é típico da produção em massa, bem
como, a produção em lote que fabrica um número limitado de unidades similares
para um cliente específico. A produção em massa e a produção em lote não são
características da indústria de construção. Assim, a produção da indústria de
construção é realizada dentro de um quadro especifico de projeto, isto é, cujos
métodos, projetos e planejamentos são únicos (HALPIN e WOODHEAD, 2004).
Romano (2006) constata que a grande maioria das construtoras não estão
preparadas para o gerenciamento de seus processos de negócios e conduzem suas
atividades construtivas sem uma estrutura organizacional adequada. Para Lantelme
(1994) os produtos da construção civil são complexos e variáveis, o processo de
produção envolve um elevado número de intervenientes e uma grande diversidade
de insumos. Segundo Gehbauer et al. (2002) para ter sucesso na execução da obra
é necessário uma divisão clara entre as atribuições do responsável.
Segundo Lima Jr. (1990), o processo de tomada de decisões nas
organizações apoia os processos de negócios, portanto as decisões devem ser
tomadas por gestores que cumprem funções dentro do sistema organizacional. Vale
ressaltar que, tanto o sistema de gerenciamento ou o sistema de outra hierarquia,
não estão desenhados para decidir, mas sim para fornecer as informações
necessárias ao processo de decisão com velocidade e qualidade. Lantelme (1994)
relata em seu trabalho que a tomada de decisão é um conjunto de planejamento,
controle, melhoria, motivação em diferentes necessidades de informação e solução
de problemas.
2.2 GESTÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS
A gestão de processos de negócio trata-se de uma abordagem disciplinada
para poder identificar, mapear, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e
melhorar os processos de negócios sejam eles automatizados ou não, com objetivo
20
de alcançar os resultados consistentes e alinhados com as metas da organização
(ABPMP, 2009).
Por processo de negócio entende-se qualquer atividade ou conjunto de
atividades que envolvem pessoas, recursos, procedimentos e tecnologia, estando
diretamente relacionado com o objetivo principal da organização, que é entregar um
produto ou serviço a um cliente ou mercado específico (HAUBMANN, 2008;
GONÇALVES, 2000).
Processos de negócios é um conjunto de atividades interdependentes,
ordenadas no tempo e no espaço de forma integrada, e que possuem um objetivo,
início, fim, entradas e saídas bem determinados, consomem recursos na sua
execução, como tempo, dinheiro e materiais. Um processo deve começar e terminar
em outro processo (PAVANI Jr. e SCUCUGLIA, 2011).
O processo de gestão dos processos de negócio não agrega diretamente valor
aos clientes, porém são necessários a fim de assegurar que a organização opere de
maneira efetiva e eficiente (ABPMP, 2009).
2.3 MATURIDADE ORGANIZACIONAL
Todas as organizações almejam atingir a maturidade e excelência. Porém é
fundamental entender que as organizações atravessam seus próprios processos de
maturidade, e que se trata de um processo que precisa preceder a excelência
(KERZNER, 2006). Para tanto, a maturidade em gestão é o desenvolvimento de
sistemas e processos repetitivos que garantem uma alta probabilidade e que cada
um seja um sucesso. Contudo, apesar de aumentar a probabilidade, os sistemas e
os processos repetitivos não são a garantia de sucesso. Quando uma organização
cria processos e sistemas maduros, ela tem dois benefícios: primeiro o trabalho é
realizado com o mínimo de mudanças no seu objetivo, segundo, os processos são
determinados de maneira a não causar problemas para o negócio principal da
organização. (KERZNER, 2006).
O conceito de maturidade do processo propõe que um processo tem um ciclo
de vida que é avaliado pela extensão em que o processo é explicitamente definido,
gerenciado, medido e controlado. O modelo de maturidade assume que o progresso
de evolução acontece em etapas (LOCKAMY e CORMACK, 2004). Nenhuma
organização torna-se gigante do dia para noite, os administradores precisam adotar
21
conscientemente uma estratégia para o desenvolvimento e crescimento da
organização (ROBBINS, 2005).
Para tanto foram elaborados modelos de maturidade com estágios distintos e
sucessivos de evolução aplicados as organizações. Estes modelos têm como
característica fundamental a maturidade, que se refere ao desenvolvimento
completo ou condição perfeita de algum processo ou atividade, baseiam-se na
premissa de que as organizações, processos, atividades, áreas funcionais e
pessoas evoluem em direção a uma maturidade mais avançada, atravessando por
diferentes estágios (SILVEIRA, 2009; ROCHA e VASCONCELOS, 2004).
De modo geral os estágios são sequenciais por natureza, caracterizado por
um período de evolução, ocorre em sequência hierárquica, seguindo um período de
crescimento constante e estável, envolvendo um grande número de meios da
organização, tipicamente associados com o seu sistema de informação, terminando
com um período de agitação e mudança organizacional (GOUVEIA, RANITO, 2004;
ROCHA e VASCONCELOS, 2004).
Rocha e Vasconcelos (2004) mostram em seu trabalho o modelo de Greiner
que se aplica em organizações baseadas em serviços e conhecimentos, bem como,
organizações industriais. Observa-se no Gráfico 1 os estágios de maturidade
organizacional.
GRÁFICO 1 – ESTÁGIO DE MATURIDADE ORGANIZACIONAL, MODELO DE GREINER 1998
Fonte: Rocha e Vasconcelos, (2004).
22
Yuki (2011) menciona em seu trabalho que a maturidade organizacional é
uma forma de adquirir experiência ao longo do tempo. Devido às mudanças do
sistema de gestão a maturidade pode ser influenciada diretamente pelos erros
cometidos, por exigência de mercado, por novas formas de gestão, ou seja, há um
processo de amadurecimento das empresas para conduzir os negócios. Para tais
mudanças, ocorridas através de um determinado período de tempo, dá-se o nome
de estágios de maturidade. Os estágios de maturidade são baseados nos pré-
requisitos de que a empresa, capital humano, processos e funcionalidades se
desenvolvem, atravessando um número determinado de estágios diferentes.
Yuki (2011) destaca diversos modelos de maturidade os quais foram
propostos ao longo do tempo, quer para a evolução geral das organizações, ou para
a evolução particular da função de Sistemas de Informação. Apresentando a visão
geral dos modelos e os estágios de crescimento da organização, bem como, uma
visão abrangente do comportamento dos estágios de maturidade, suas principais
semelhanças e suas divergências.
Lockamy e Cormack (2004) relataram em sua pesquisa que como uma
organização aumenta sua maturidade do processo, a institucionalização ocorre por
meio de políticas, normas e estruturas organizacionais. Nas últimas décadas uma
série de pesquisas relacionadas à modelagem de empresa e ferramentas de
melhorias de gerenciamento tem sido publicada. (GARCIA, 2009).
2.4 MODELO DE EMPRESA
Tornar fácil a troca de informações entre os diversos setores de uma
organização é necessário à integração e à administração de empresa. A integração
visa facilitar o fluxo de informação, o fluxo de material e o controle do fluxo de
trabalho, com o propósito de melhorar a comunicação, cooperação e coordenação
dentro de um processo integrado de produção (CAMPOS, 2006).
A empresa integrada precisa operar como um todo, melhorando a sua
produtividade, capacidade de gerenciamento de mudanças e sua flexibilidade. As
entidades da empresa a serem integradas são sistemas de informação, pessoas,
aplicativos e equipamentos (VERNADAT, 1996).
23
Vernadat (1996) classifica três tipos de integração em empresas, integração
de sistemas físicos, integração de aplicativos e integração dos negócios. Portanto,
para uma integração completa é preciso:
i. Uma infraestrutura de integração, onde a tecnologia de informação (TI)
disponibilize hardware e software para integração física e integração de
aplicativos;
ii. Um modelo de gestão empresarial provendo a coordenação e integração dos
processos de negócios das empresas (CAMPOS, 2006; VERNADAT, 1996).
Os processos de negócios possuem elementos como custo, prazos,
qualidade de produção e satisfação dos clientes. Os processos são a estrutura pela
qual uma empresa faz o necessário para produzir valor para seus clientes (MACEDO
e SCHMITZ, 2000).
Para que haja integração de empresa é necessário que os recursos que a
compõe, tais como, sistemas computacionais, hardware, software, ou ainda recursos
mais complexos desenvolvidos por homens e máquinas, sejam capazes de trocar
informação entre si. Para tal, é preciso que os agentes que fazem parte de uma
organização entendam as informações transmitidas. É neste contexto que insere o
modelo de empresa, que proporciona uma representação computacional da
estrutura da organização (AMARAL, 2002).
Um modelo de empresa é definido por um tipo específico de modelo formado
por um conjunto de modelos devidamente consistentes e complementares que
representam as diversas visões da empresa, além de, descrever os aspectos de
uma organização, com o objetivo de auxiliar um ou mais usuários de uma empresa
em algum propósito (VERNADAT, 1996). Modelagem de empresa é essencial para o
desenvolvimento de um sistema de informação empresarial (SHEN et al., 2004). Um
modelo de empresa é uma representação computacional da estrutura, atividades,
processos, informação, recursos, pessoas, comportamento, objetivos e limitações de
um negócio. A função de um modelo de empresa é obter um modelo para o design,
análise e operação da empresa (FOX e GRUNINGER, 1998).
Os modelos de empresas são ferramentas úteis para a operação de
empresas em termos de apoio às atividades, avaliação de diferentes soluções,
tomada de decisões, monitoramento e controle de processos. O processo de
modelagem depende também do ciclo de vida da empresa, sendo que esses
modelos facilitam a entender as empresas e suas interações. Além disso, segundo a
24
literatura que trata sobre o tema, não existe um modelo de empresas que seja
completo e estável ao mesmo tempo (CACIATORI Jr., 2006). O autor ainda
menciona em seu trabalho, que a modelagem é composta por um conjunto de
atividades ou processos, os quais são utilizados para desenvolver um modelo de
empresa.
Os principais objetivos do modelo de empresas são compreender e analisar a
estrutura e o comportamento do domínio da empresa, bem como, avaliar o
comportamento e desempenho dos processos de negócios antes de sua
implementação, escolher a melhor solução entre várias alternativas de
implementação, avaliar os riscos e custos da implementação, promover a
reengenharia parcial da empresa, otimizar a gestão e a seleção de recursos e apoiar
os processo de melhoria contínua (BERIO e VERNADAT, 2001). Modelos devem ser
objetivos, claros e fáceis de entender (PAVANI Jr. e SCUCUGLIA, 2011).
Apesar de os retornos da construção e implementação de novo modelo de
empresa ser significante, Bernus (2003) diz que o modelo pode tornar-se oneroso
para grande parte das empresas, principalmente as pequenas e médias empresas
(PMEs). Esse custo cria a necessidade de compartilhar e reutilizar modelos
produzidos anteriormente por outras empresas (CACIATORI Jr., 2006).
Caciatori Jr, (2006) destaca em seu trabalho as principais características de
um modelo de empresa, conforme mostra a Tabela 1.
TABELA 1 - CARACTERÍSTICAS DE UM MODELO DE EMPRESA
Características Pontos principais
Um modelo de empresa é um / uma
Representação computacional
Representação gráfica ou simbólica
Descrição concisa
Descrição estrutural
Roteiro de procedimentos da empresa
Modelo construído através de um meta modelo estático
Modelo dinâmico
Representação da percepção de uma empresa
Representação do que uma empresa busca atingir
Um modelo em empresa é composto
de / inclui
Estrutura, atividades, processos, informação, recursos, pessoas, comportamento, metas e restrições de negócios, governos ou de uma empresa
25
Representação de fatos, objetos e relações que ocorrem com a empresa
Visões estáticas e dinâmicas de uma empresa
Funções, processos ou atividades fundamentais de uma empresa
Principais processos de uma empresa
Modelos de produto, recursos, atividade, informação, organização, economia, otimização e tomada de decisão
Quatro divisões principais da empresa denominadas produtos e serviços, organização e pessoas, processos e trabalho, sistemas e ferramentas
O objetivo do modelo de empresa é
Obter um modelo para a elaboração do projeto, análise e operação da empresa
Representar e analisar as estruturas de atividades e interações
Identificar os elementos básicos de uma empresa e de sua decomposição em um grau desejado
Especificar os requisitos de informação dos elementos identificados
Fornecer uma visão ampla de uma empresa e também isolar setores de interesse específicos
Revelar a estrutura básica de uma empresa
Diagnosticar o desempenho de uma empresa
Predizer o comportamento futuro
Testar as implicações de teorias sobre uma empresa e decisões estratégicas de apoio aos negócios
O modelo de empresa é
representado na forma de
Séries de representações gráficas
Descrição textual estruturada
Séries de diagramas
Coleção de tabelas e matrizes
Seqüência de declarações em uma linguagem estruturada ou estilizada
Fonte: Caciatori Jr., (2006).
Uma organização é um sistema complexo, formado por elementos de
diferentes características, como por exemplo, pessoas, computadores, softwares,
equipamentos, informações, documentos, entre outros, que permanecem em
constante interação entre si. Assim sendo, dificulta-se ou até mesmo, impede-se o
desenvolvimento de um formalismo que represente todo o sistema da empresa.
Tornando-se necessário trabalhar com diferentes visões sobre aspectos específicos
26
que, com modelos consistentes e complementares possam em conjunto prover uma
abstração real de toda a empresa (AMARAL, 2002).
A complexidade de uma organização exige que se encontrem maneiras de
identificarem-se possíveis consequências das decisões e planos antes de qualquer
ação. Uma das possibilidades de fazer isto é utilizar uma abordagem baseada em
modelos que capturem algumas situações (HAUBMANN, 2008).
Haubmann (2008) menciona em seu trabalho que é possível encontrar no
mercado ferramentas de modelagem que possuirem seus próprios formalismos de
representação. Tais ferramentas apresentam diferentes visões de negócios que
auxiliam os gestores na obtenção da visão holística da organização, bem como,
possibilitam que os modelos de um elevado grau de abstração sejam detalhados,
permitindo a elaboração de sistemas computacionais que suportam determinadas
atividades do negócio.
A evolução dos modelos de gestão proporciona à capacidade de simular o
comportamento da empresa, sua estrutura e seu mercado (VALLE e OLIVEIRA,
2009). Frameworks e arquiteturas de modelagem favorecem para o melhor
entendimento da complexidade da empresa (GARCIA, 2009).
Para Valle e Oliveira (2009), modelagem visa entender e repensar a empresa,
além disso, há diversos pontos de vista de onde se pode olhar para uma
organização, mais especificamente para:
Melhorar a qualidade e produtividade dos produtos, visando à racionalização dos
processos;
Compreender o negócio através do comportamento dos processos, permitindo a
identificação de seus requisitos, gargalos, retrabalhos, ineficiência;
Avaliar oportunidades de melhorias e monitoramento dos processos por
simulações de seu funcionamento e reengenharia dos mesmos;
Por em práticas soluções estruturadas com base em tecnologias (software), por
exemplo, ERP, Gestão de Processos, SOA e sistemas de workflow entre outros;
Conceitos padronizados, sistematizar o conhecimento, unificar a linguagem entre
equipes de processos, área de Tecnologia de Informação, usuários e demais
profissionais que fazem parte do projeto.
Facilitar a identificação e a solução dos problemas, com o uso de metodologias,
como, método análise e soluções de problemas (MASP).
27
Entende-se por modelagem um processo de criação e descrição, que envolve
um determinado grau de abstração, que acarreta numa série de simplificação sobre
o funcionamento do sistema real da organização. Usualmente a descrição toma a
forma de relações lógicas ou matemáticas que, constituem um conjunto que se
denomina de modelos (FREITAS FILHO, 2008).
2.5 O SURGIMENTO DA ENGENHARIA DE CUSTOS
De acordo com Ferreira (1986) “Engenharia é a arte de aplicar conhecimentos
científicos e empíricos e certas habilitações específicas à criação de estruturas,
dispositivos e processos que se utilizam para converter recursos naturais em formas
adequadas ao atendimento das necessidades humanas.”
Diante desta definição é possível perceber que o início da prática da
engenharia deu-se no momento em que o homem, mesmo que primitivamente,
adaptou os recursos naturais disponíveis em seu entorno para suprir suas maiores
necessidade.
Porém, segundo Telles (1994) “A engenharia quando considerada como arte
de construir é evidentemente tão antiga quanto o homem, mas, quando considerada
como um conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicada à
construção em geral é relativamente recente, podendo-se dizer que data do início do
século XVIII.”
Essa afirmação é constatada se analisarmos os fatos históricos onde foram
diversos os acontecimentos que levaram ao aprimoramento das técnicas utilizadas
para o aprovisionamento de suprimentos básicos à sobrevivência humana.
Pode-se dizer que Leonardo da Vinci e Galileu foram os grandes precursores
da Engenharia Científica quando perceberam que tudo aquilo que se fazia em bases
empíricas e intuitivas, era na realidade regido por leis físicas e matemáticas, que
importava descobrir e estudar. (TELLES, 1994)
No século XVIII a revolução industrial veio para tornar a engenharia, que
antes era tida como científica, em moderna, e realizar uma série de mudanças,
aprimoramentos e desenvolvimento tecnológico que a tornaram sinônimo de
desenvolvimento. Com o avanço dos estudos e a intensidade do seu crescimento,
surge a necessidade da implantação da engenharia de custos como ferramenta
primordial para o êxito das grandes construções. O crescimento acelerado da
28
economia ampliou ainda mais os trabalhos e tornou esta nova modalidade da
engenharia aplicada à execução de obras, peça chave para o mercado (DIAS,
2004).
Segundo Dias (2004), a “engenharia de custos é a área da engenharia onde
princípios, normas, critérios e experiência são utilizados para a resolução de
problemas de estimativa de custos, avaliação econômica, de planejamento e de
gerência e controle de empreendimentos.”
Compreende cuidadosa e minuciosamente a elaboração do orçamento, mas
não somente isso. É ela a responsável pela concepção do empreendimento,
analisando a viabilidade da sua implantação, definindo o seu prazo factível,
realizando diagnóstico e prognóstico juntamente com os demais ramos da
engenharia e a necessária síntese para converter apropriadamente orçamento bem
preparado em gasto bem realizado e o consequente êxito na implantação do
requerido projeto.
“É de grande reponsabilidade profissional a preparação correta de um
orçamento, uma vez que quanto mais competitiva se torna a área da engenharia civil
[...] mais importante se torna a aplicação consciente dos princípios da engenharia de
custo.” (DIAS, 2011).
Analisando o mercado atual percebe-se que com a redução da aceleração
econômica, a experiência adquirida pelos contratantes na apropriação dos custos e
a elaboração de uma base consolidada de orçamentos, torna ainda mais relevante
que se saiba, além de elaborar um orçamento correto, fazê-lo em um período
reduzido, através de métodos disponíveis para que seja possível chegar a um preço
mínimo competitivo.
Para satisfazer as necessidades dos clientes, as empresas precisam
apresentar as soluções mais apropriadas, com maior eficácia e que sejam as mais
economicamente viáveis possíveis. A maneira de se organizar e a estrutura que as
empresas possuem tem grande influência nos itens supracitados e em tantos outros.
No caso de haver concorrência entre empresas para uma determinada obra, a
contratante é quem vai determinar a empresa mais apta para o caso, e será levada
em consideração as qualificações e especialidades das mesmas.
2.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM EMPREENDIMENTO
29
2.6.1 Elaboração do projeto
O processo de desenvolvimento do produto imobiliário pode ser definido como
o conjunto de atividades necessárias para o projeto de um produto, da identificação
de uma oportunidade de mercado até a entrega do produto ao cliente final
(Tzortzopoulos et al., 1998). Desta forma, pode-se entender que o projeto de um
empreendimento visa compatibilizar de maneira eficaz todos os requisitos exigidos
pelo cliente com as condições disponíveis no momento, sejam elas da natureza ou
econômicas.
O projeto é composto por um conjunto de documentos, formalizados em
desenhos e textos, que descreve a obra, permitindo a contratação e execução. Pela
complexidade e quantidade de informação envolvida, e também pela tradicional
fragmentação (existem diversos projetistas, cada um responsável por uma parte do
projeto), em geral o projeto é dividido em documentos gráficos (tais como plantas
arquitetônicas, estruturais, hidrossanitárias, elétricas, lógicas e outras) e documentos
escritos (orçamento, memoriais, especificações técnicas, cronograma, contratos e
outros). (GONZÁLEZ, 2008).
Por ser a fase inicial do desenvolvimento do empreendimento, ele define a
configuração final da solução requerida, considerando todos os elementos que o
influenciam direta ou indiretamente. Por este motivo, a elaboração do projeto é uma
atividade complexa e importante, por sua natureza pode ser visto como um processo
no qual problemas e soluções emergem simultaneamente, requerendo essa
identificação e ponderação imediata.
A compatibilização das diversas áreas do projeto é de crucial importância
para a eficiência do mesmo. Ainda que sejam feitos por profissionais distintos, é
importante que haja uma interação entre eles para que a tomada de decisões seja
feita de modo a atingir o melhor custo benefício do empreendimento e garantir a
satisfação total do cliente (GONZÁLEZ, 2008).
No Gráfico 2 observa-se claramente a influência e o custo que uma alteração
de projeto pode causar durante cada fase de concepção de um empreendimento.
Quanto mais avançado está o processo, maiores serão os gastos despendidos nas
alterações de projeto, isso mostra a importância da correta definição e
compatibilização no período inicial, para garantir que o tempo e o custo de execução
não ultrapassem o valor estimado.
30
GRÁFICO 2 - RELACIONAMENTO ENTRE CUSTO E POSSIBILIDADE DE
INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE PROJETO.
Fonte: González (2008)
2.6.2 O planejamento
Para Laufer e Tucker (1987 apud SANTOS; MENDES, 2001, p.2),
planejamento pode ser definido como processo de tomada de decisão realizado para
antecipar uma desejada ação futura, utilizando meios eficazes para concretizá-la.
Entende-se por planejar como a antecipação de todos os fatores que concorrem à
transformação intencional de insumos em produtos, assim como das consequências
deste projeto.
O planejamento é uma função de apoio à coordenação das várias atividades
de acordo com os planos de execuções, de modo que os programas
preestabelecidos possam ser atendidos com economia e eficiência. É a definição do
momento em que cada atividade deve ser concluída e o desenvolvimento de um
plano de produção que mostre as entregas das atividades conforme necessidade e
ordem de execução. O planejamento é responsável em demonstrar o tipo de
atividade a ser executada, quando executar, os sistemas construtivos e os recursos
utilizados (CARDOSO; ERDMANN, 2001).
31
De acordo com González (2008) o planejamento de longo prazo é mais geral,
com baixo grau de detalhamento, considerando as grandes definições, tais como
emprego de mão de obra própria ou terceirizada, nível de mecanização, organização
do canteiro de obra, prazo de entrega, forma de contratação (preço de custo ou
empreitada), e relacionamento com o cliente. O plano inicial tem pequeno nível de
detalhamento, em geral indicando macro itens, tais como “fundações”, “estrutura”,
“alvenaria” e assim por diante. Em uma obra de dois a três anos, o plano da obra é
definido em semestres, por exemplo. Esse nível é utilizado para a compreensão da
obra e tomada de decisões de nível organizacional (gerência da empresa).
A principal ferramenta para o correto planejamento de uma obra é o
cronograma, que consiste em estabelecer o início e a duração de todas as tarefas
necessárias ao processo de execução de uma obra, bem como os recursos a serem
utilizados para tal.
O cronograma de barras é uma das ferramentas de planejamento mais
utilizadas em projetos, principalmente pela fácil visualização que oferece, é o mais
simples método de planejamento e ainda o mais utilizado na construção civil tanto
para planejamento quanto para controle. Ele pode ser elaborado no Software Excel
ou pelo Software Microsoft Project, este ultimo é composto por duas partes: uma
tabela com as definições das atividades e uma área gráfica com barras indicando o
início e o término das atividades (NOCÊRA, 2000).
2.6.3 Formação do preço de uma obra
O orçamento das construções ou dos serviços de engenharia civil é igual à
soma do custo direto, do custo indireto e do resultado estimado do contrato (lucro
previsto). Temos, ainda, que a soma do custo indireto e do resultado geram o
percentual de BDI – Benefício e Despesas Indiretas (este termo originou-se do
inglês Budget Diference Income), quando se divide esta adição pelo custo total
direto da obra. (DIAS, 2011).
Para a correta orçamentação de um empreendimento se faz necessário que
todos os possíveis custos presentes sejam considerados. Segundo Rossignolo
(2005), o interesse do empresário é atingir o menor custo possível sobre todos os
custos envolvidos no projeto, sendo igualmente importante estimar todos os custos,
32
seja de capital ou aqueles correspondentes à operação e a manutenção a ocorrer no
ciclo de vida do projeto.
Todo serviço de engenharia terá seu custo variando em função das
características de cada obra, de seu projeto e respectivas especificações técnicas. A
especificidade também está relacionada com condições locais da obra tais como
clima, relevo, diferenças tributárias, solo, características urbanas etc. Um único
projeto de edificação, se executado em regiões distintas, vai ter um orçamento
diferente para cada localidade. (TCU, 2014)
A formação do preço de um determinado empreendimento passa por algumas
fases cruciais para que seja garantida a correta definição do seu valor. Tais fases
dependem do tipo de obra em questão e do tipo de contrato. Segundo Tisaka
(2006), qualquer que seja o tipo de empreitada, de mão-de-obra, preços unitários,
global ou integral, o orçamento deve partir da discriminação minuciosa dos serviços
a serem realizados, levantamento dos quantitativos de cada um desses serviços,
definição dos custos unitários obtidos através da composição dos consumos dos
insumos, mais os gastos com a infraestrutura necessária para a execução.
2.7 ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A FORMAÇÃO DO PREÇO
Do ponto de vista técnico, para que seja possível elaborar um orçamento
efetivamente viável é necessário conhecer com profundidade a obra em questão,
além de consumo de materiais e mão de obra para execução dos serviços em
questão. Ademais, informações de encargos sociais, leis trabalhistas, tributação
sobre materiais e mão de obra, tempo e uso de equipamentos também se fazem
fundamentais da elaboração do preço final.
De acordo com Souza (2012) os elementos necessários para a elaboração de
um orçamento são chamados de Especificações Técnicas, as quais contemplam as
informações relativas ao empreendimento que se pretende desenvolver, procurando
fazer com que o que vai ser previsto em termos de custos fique o mais próximo da
realidade.
As especificações técnicas são formadas dos seguintes documentos:
a) Projetos: Arquitetônico e Complementares;
b) Memorial Descritivo;
33
c) Visita técnica e imagens do local (quando necessário).
Na Engenharia de Custos nenhuma das variáveis utilizadas em um orçamento
podem ser previamente fixadas, dependem exclusivamente de informações quanto
ao projeto, localização do serviço ou das exigências do Edital de Licitações ou do
Memorial Descritivo do Empreendimento.
Variáveis anteriormente citadas são as seguintes:
a) BDI;
b) Encargos Sociais;
c) Tributos Sobre o Preço de Venda;
d) Composições de Custo Unitário de Serviços.
2.7.1 Levantamento quantitativo
Esta etapa da elaboração do orçamento consiste em levantar todos os
serviços necessários para execução da obra. Estas informações são obtidas nos
projetos, bem como no memorial descritivo, e ainda, na visita técnica realizada ao
local que pode apontar a necessidade de alguns serviços que não podem ser
identificados nos documentos disponíveis.
As especificações técnicas devem indicar a aplicação dos tipos de serviços e
materiais de maneira correta, devem ainda indicar as normas para verificação de
desempenho dos materiais, elementos, instalações e equipamentos. Enfim, deve-se
evitar a generalização para que o processo de orçamentação seja o mais próximo
possível daquilo que será efetivamente realizado. (AVILA, et al. 2003)
É importante também definir a unidade de mensuração dos serviços. Ela é
quem define o consumo dos materiais, mão de obra e equipamentos necessários
para a sua correta execução. As unidades podem variar dependendo dos trabalhos
a serem executados, segundo Souza (2012), as mais comuns para os serviços
usuais são: metro - m (estacas, calhas, tubos); metro quadrado – m² (alvenaria,
formas, revestimentos); metro cúbico – m³ (concreto, argamassa, reaterro);
kilograma - kg (cimento, armadura); milheiro – mil (tijolos, telhas); unidades – ud ou
peças – pç (portas, caixas, pontos de luz); verba – vb ou global – gb (instalações,
projetos).
34
A Figura 1 indica passo a passo a sequência de procedimentos iniciais para o
cálculo do orçamento de uma determinada obra.
FIGURA 1 - ATIVIDADES INICIAIS PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO
Fonte: Orçamento na Construção Civil, Tisaka (2006)
2.7.2 Composição de preço unitário
A composição de preço unitário pode ser entendida como o somatório das
despesas efetuadas e calculadas pelo construtor para a sua execução, distribuídas
pelos diferentes elementos constituintes, por unidade de produção, obedecendo às
especificações estabelecidas para os serviços no projeto e/ou especificações.
(DIAS, 2011)
Não existem normas técnicas que definam modelos de composição de custo,
por isso esta responsabilidade é assumida pelo contratante quando da emissão de
Editais, Cartas Convite, dentre outros documentos.
Existem no mercado atual algumas empresas que comercializam softwares
especializados em análise e composição de serviços. De maneira geral estas
empresas possuem bancos de dados atualizados com os preços dos insumos
35
básicos de cada região do país, bem como o índice de materiais, mão de obra e
equipamentos necessários à execução de uma parcela de cada serviço.
Um exemplo disso é a TCPO - Tabela de Composições de Preços Unitários,
desenvolvida e mantida pela empresa PINI Serviços de Engenharia. Esta tabela é
comercializada e muitas empresas do ramo da construção civil adquirem a
assinatura da mesma e a utilizam como banco de dados para elaboração de seus
orçamentos.
2.7.2.1 Produtividade da Mão de Obra
É definida, como sendo uma variável que mede a eficiência em transformar
insumos materiais, por meio de ferramentas e equipamentos leves, em produtos,
com o emprego da mão-de-obra.
A mensuração da produtividade pode ser feita com um indicador que
relacione a quantidade de recursos demandados à quantidade de produto obtido.
(Carvalho, et al). A produtividade da mão de obra não é uma constante, ela varia de
forma expressiva de acordo com fatores internos e externos, nomeadamente clima,
espaço físico, disponibilidade de materiais e equipamentos.
De acordo com o determinado pelo SINDUSCON – PR, o custo horário da
mão de obra leva em conta os valores estabelecidos pelos sindicatos locais, bem
como valores relativos aos benefícios que a lei trabalhista prevê e encargos sociais
incidentes, que serão abordados posteriormente.
2.7.2.2 Consumo de Materiais
O consumo unitário dos materiais pode ser considerado, como sendo a soma
de uma quantidade teoricamente necessária, com outra quantidade, denominada
perda normalmente associada aos processos de execução. Semelhante ao que se
observa para a mão-de-obra há fatores que fazem o consumo ser maior ou menor
em cada situação (Carvalho, et al).
Além do índice de consumo, faz parte da elaboração do orçamento a
pesquisa de mercado regional. Nesta fase, o profissional responsável pelo
orçamento deve consultar pelo menos três fornecedores para definição do preço dos
materiais necessários.
36
Conforme Dias (2011) é importante, ao se elaborar a pesquisa, que se
disponha das quantidades e das especificações corretas dos materiais a serem
adquiridos de modo a se obter proveito na negociação de preços. Alguns materiais
se adquiridos em grande escala, podem ter seu valor modificado, ou então podem
não estarem disponíveis na região, ampliando a pesquisa para outros centros
urbanos.
2.7.2.3 Produtividade de Equipamentos
Além de materiais e mão de obra, são necessários uma série de
equipamentos para a correta execução dos serviços relacionados à construção civil.
Uma vez selecionado o equipamento e estabelecidas as premissas técnicas,
uma das variáveis que impactam o custo são os fatores de Eficiência (eficiência
operacional ou fator de trabalho). O fator E é representado por parâmetros que
medem, para um determinado equipamento, a eficiência real, em relação à eficiência
esperada, e o tempo de trabalho efetivo, em relação a 1h de funcionamento. Esses
valores podem ser apropriados, tratados estatisticamente e ajustados, levando-se
em consideração a habilidade do operador, as características da máquina e as
condições locais de trabalho (Carvalho, et al).
2.7.3 Encargos sociais
São encargos obrigatórios exigidos pelas leis trabalhistas e previdenciárias ou
resultantes de acordos sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores.
A depender do tipo de empresa e do seu respectivo código CNAE (
Classificação Nacional de Atividades Econômicas), os encargos sociais dividem-se
em três níveis:
a) Encargos Sociais Básicos e Obrigatórios: aqueles constantes na
legislação trabalhista em vigor.
b) Encargos Incidentes e Reincidentes: oriundos de incidência ou
reincidência dos encargos sociais básicos sobre outros, em
conformidade com as obrigações legais.
37
c) Encargos Complementares: benefícios concedidos aos trabalhadores,
provenientes da legislação ou de acordos com o sindicato da região.
Para a obtenção do custo de mão de obra operacional na elaboração do
orçamento, o percentual total das “Leis Sociais” é aplicado sobre os coeficientes de
produção média de mão de obra operacional que consta da composição de custos
unitários, multiplicado pelo seu salário hora correspondente. (Tasaka, et al., 2011).
A taxa de leis sociais deve ser calculada de acordo com o regime de
contratação do profissional. Aqui consideraremos a contratação mensalista para os
profissionais envolvidos nos serviços.
A Tabela 2 a seguir demonstra a tabela de encargos sociais sobre a folha
salarial considerando a desoneração do INSS para construtoras, emitida pelo
SINDUSCON – PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do
Paraná).
TABELA 2 - TABELA DE ENCARGOS SOCIAIS (FOLHA DE SALÁRIOS)
Grupo I
INSS 0,00%
FGTS 8,00%
Salário Educação 2,50%
SESI 1,50%
SENAI 1,00%
SEBRAE 0,60%
INCRA 0,20%
Seguro Acidente 3,00%
SECONCI 1,00%
Total Grupo I 17,80%
Grupo II - encargos com incidência do Grupo I
Repouso semanal remunerado 17,76%
38
Férias + bonificação de 1/3 14,80%
Feriados 4,07%
Auxilio enfermidade e faltas justificadas 1,85%
Acidente de trabalho 0,15%
Licença Paternidade 0,04%
13º Salário 11,10%
Adicional noturno 0,54%
Total Grupo II 50,30%
Incidência do GRUPO I sobre o GRUPO II 8,95%
Grupo III
Aviso prévio 18,16%
Demissão sem justa causa 5,06%
Indenização adicional 1,43%
Incidência do GRUPO I no aviso prévio (sem FGTS e SECONCI) 1,60%
Total Grupo III 26,24%
Grupo IV
EPI - Equipamentos de Proteção Individual 3,27%
Seguro de vida 0,67%
Vale transporte 4,32%
Vale compras 25,23%
Café da manhã 5,96%
Total Grupo IV 39,44%
SUBTOTAL 142,73%
39
Grupo V
ISS e COFINS 8,70%
Total Grupo V 8,70%
TOTAL 155,14%
FONTE: SINDUSCON – PR Convenção Coletiva de Trabalho - Julho/2015
2.8 CÁLCULO DO BDI – BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS
Por definição BDI é uma taxa que se adiciona ao custo de uma obra para
cobrir as despesas indiretas, mais o risco do empreendimento, as despesas
financeiras incorridas, os tributos incidentes na operação, eventuais despesas de
comercialização, o lucro do empreendedor e o seu resultado é fruto de uma
operação matemática baseados em dados objetivos envolvidos em cada obra
(TISAKA, 2009).
A NPC -17 de NPC - Normas e Procedimentos de Contabilidade do IBRACON
- Instituto Brasileiro de Contabilidade considera como custos de produção todos
aqueles gastos incluídos no processo de obtenção de bens e serviços nos contratos
por empreitada. Segundo Mattos (2006) em termos práticos, o BDI é o percentual
que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha da obra para se
chegar ao preço de venda.
Como pode ser observado por Dias (2011) a sigla BDI é composta por duas
parcelas distintas: B - denominado BENEFÍCIO, que corresponde ao resultado
estimado do contrato e DI - abreviação de DESPESAS INDIRETAS, que
corresponde aos custos considerados indiretos, cuja constituição é apresentada a
seguir.
2.8.1 Constituição do Custo Indireto
O custo indireto decorre da estrutura da obra e da empresa e não pode ser
definido baseado em apenas um serviço, mas sim em conjunto com uma série de
fatores.
40
Podem ser considerados fatores determinantes para obtenção do custo
indireto o local de execução dos serviços, impostos, exigências do contratante. Os
custos que mais afetam o valor final da obra serão listados a seguir.
2.8.1.1 Despesas administrativas
1) Rateios para a administração central:
a) remuneração dos sócios-proprietários (acionistas, diretores etc.) – são os
dividendos e/ou pro-labore pagos aos dirigentes (sócios) da construtora;
b) indenização de despesas diversas – pagas por determinação judicial ou da
assembleia (diretoria);
c) fundos ou provisões vários – para constituição de fundo para aquisição de
equipamentos ou pagamentos de prêmios (abonos);
2) Amortização ou depreciação:
a) instalações de apoio – usadas em várias obras ou de capital empregado na
compra de escritórios paletizados, banheiros etc;
b) equipamentos – elevadores, gruas, betoneiras etc;
c) acessórios e suprimentos;
d) mobilização e desmobilização;
3) Rateios por obra:
a) gerenciamento – administração, produção e controle das obras;
b) desgaste de ferramentas, móveis e utensílios;
c) transporte e veículos;
d) terceiros (aluguéis, energia, água, telefone etc.);
e) publicidade;
f) manutenção (abastecimento, lubrificação, oficina etc.);
g) perdas diversas (ações trabalhistas, dias de chuva, acidentes etc.).
2.8.1.2 Despesas Financeiras
a) gastos com financiamentos – empréstimos bancários, atrasos e
inadimplência de clientes etc.;
b) cauções e retenções contratuais;
c) multas devidas por atraso e outros motivos estabelecidos em contrato.
41
2.8.1.3 Despesas Tributárias
a) impostos e taxas (ISS, IPI, IR, IPMF, CPMF etc.);
b) Cofins, PIS, Pasep etc.
42
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar este estudo inicialmente foram selecionadas duas empresas,
aqui denominadas EMPRESAS A e B que se dispuseram a conceder as planilhas de
custos de uma obra de execução de um armazém de fertilizantes para avaliação e
comparação. Após esta seleção foi feita uma entrevista em cada empresa buscando
identificar: tempo de atuação e experiência na obra orçada, estrutura administrativa
e técnica, dentre outros itens.
A obra que permitiu este estudo está localizada em Paranaguá – PR. O
projeto consiste na construção de uma unidade para manuseio de fertilizantes que
será instalada em uma zona de desenvolvimento econômico caracterizada pela
reunião de 3 lotes, localizados junto à margem direita do rio Emboguaçu Mirim.
Incluindo as vias de circulação, a edificação tem uma área total é de 199.944,00 m².
Devido ao grau de agressividade do material armazenado a requisição do
contratante para as empresas aqui estudadas foi que a obra deveria ser orçada em
concreto armado revestido com pintura epóxi, para proteção das armaduras. Além
de cobertura metálica com estruturação em madeira.
Conforme projetos arquitetônicos fornecidos para as concorrentes pela
contratante, o armazém de fertilizantes é constituído por: Moega Rodoviária
destinada ao descarregamento da matéria prima; Boxes destinados ao
armazenamento de fertilizantes; Depósitos de sacarias, combustível e
micronutrientes; Unidades de mistura e carregamento; Centro de operações e área
técnica. A contratante também determinou o prazo máximo para execução da obra
de 18 meses.
Para o estudo pretendido, reuniu-se com as Empresas A e B separadamente,
a fim de obter informações sobre a obra pesquisada. As mesmas forneceram suas
planilhas orçamentárias (APÊNDICES 2 e 4) e de BDI (APÊNDICES 3 e 5) da obra
em questão, juntamente com o projeto arquitetônico (APÊNDICE 1).
Para elaboração da Curva ABC de serviços serão analisados os serviços com
maior valor orçado para ambas as planilhas e com base nas informações coletadas
será elaborado um gráfico que represente o montante final de cada serviço em
comparação com a obra como um todo.
43
3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA A
Com 18 anos no mercado da construção civil, a empresa possui sede em
Curitiba – PR, e conta com aproximadamente 50 obras executadas, situadas nos
estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Seus clientes podem
contar com a realização desde o estudo de viabilidade técnico-econômica do
empreendimento, passando por todos os trâmites legais de aprovação do projeto,
até a entrega final da obra. Conta com uma equipe interna de aproximadamente 153
funcionários, distribuídos entre engenheiros civis, diretores, orçamentistas,
encarregados de obras, projetistas, encarregados de compras, recursos humanos, e
demais colaboradores.
Dentre os ramos de atuação está presente nos setores rodoviário
(recuperação de estradas, construção de pontes, praças de pedágios, postos de
Polícia Federal), habitacional (residências de alto padrão em condomínios fechados
e residências populares), comercial (obras para o setor público, por meio de
licitações, tais como escolas, centros esportivos, IML, postos de saúde, e para o
setor privado no ramo hoteleiro) e industrial, sendo o que mais interessa para a obra
em questão.
No setor industrial é onde possui maior experiência, principalmente em
projetos para armazéns de mistura de fertilizantes, contando com equipes
experientes na fabricação e montagem no canteiro de obras e pré-moldados de
concreto de grande porte.
3.2 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA B
Com 35 anos no mercado, foi fundada na cidade de Curitiba – PR, com o
objetivo de suprir a demanda de elaboração de projetos e execução de obras
comerciais e industriais no Paraná. Atualmente é conhecida como uma das líderes
em seu setor na região sul do Brasil, atuando em mais de 20 cidades, fato que
possibilitou sua expansão para demais regiões do país. Esta empresa está entre as
100 maiores construtoras do Brasil em 2014, segundo o Ranking ITC.
Sua equipe possui 363 contratados e 262 subcontratados. São eles
engenheiros, arquitetos, coordenadores, supervisores e mestres de obras, técnicos
de planejamento, qualidade, segurança e meio ambiente, dentre outros.
44
A empresa já desenvolveu e executou mais de 3 milhões de metros
quadrados de construções como: indústrias automobilísticas, petroquímicas, de
gases, alimentícia, de bebidas, madeiras, papel e celulose, supermercados, centros
de distribuição, educação e saúde, e, além de apenas executar, também presta
consultorias de obras que abrangem todas as etapas das mesmas.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÔES
Constatou-se que na construção civil o processo laboral apresenta
características que dificultam o seu acompanhamento correto. Por se tratarem de
unidades de produção temporárias e migrantes, com operários móveis em torno de
um serviço fixo e produtos únicos, que são dificilmente substituíveis, a avaliação de
todos os custos a serem incorridos torna-se mais difícil.
Verificou-se que a primeira providência a ser tomada para a elaboração de
um orçamento é conhecer o local das obras, bem como as ofertas de suprimentos e
mão de obra, e a legislação que se aplica.
As empresas A e B realizam o levantamento básico de alguns itens para
facilitar o orçamento dentre os itens destacam-se:
Terreno: dimensões, qualidade do subsolo;
Condições técnicas das edificações ou propriedades lindeiras e a
interferências que o novo empreendimento pode causar nestas;
Disponibilidade de mão de obra local;
Disponibilidade de fornecedores de materiais e equipamentos;
Serviços públicos: abastecimento de água, energia, telefonia, entre outros;
Condições dos acessos;
Legislações trabalhistas e ambientais locais;
De posse destas informações inicia-se o levantamento de quantidades de
materiais e serviços coerentes com o proposto no projeto e nas informações sobre a
obra, fornecidos pelo contratante.
O levantamento das quantidades de serviços é feito através da análise dos
elementos gráficos que compõem o projeto, neles são fornecidas as dimensões de
todos os ambientes que estabelecem o empreendimento em sua totalidade e tornam
possível definir quais são as atividades necessárias para a execução de cada tarefa.
Em algumas concorrências, a fim de garantir a equalização das propostas
para facilitar a análise da empresa vencedora, a própria contratante fornece uma
planilha orçamentária com quantidades previamente levantadas.
Foi relatado que caso a empresa participante do pleito não concorde com
alguma consideração feita em tal planilha, pode questionar o responsável pela
mesma através de perguntas formais feitas via endereço eletrônico, ou ainda, caso
46
identifique a necessidade de inclusão de alguns itens não presentes no orçamento,
pode fazê-lo utilizando um subitem da planilha orçamentária denominado Itens
Omissos.
Com a relação de todos os serviços e materiais concluída, as empresas
pesquisadas efetuam um levantamento de preços de mercado. Nesta fase são
definidos os valores bases de cada insumo para a composição de preço final para a
efetivação de cada etapa da obra. Tais serviços podem variar de maneira expressiva
quando aplicados em regiões geográficas diferentes, isso acontece devido à
variabilidade dos preços dos insumos e de mão de obra que pode ser encontrada
em cada região.
Concluída a análise das planilhas orçamentárias, parte-se para a análise das
planilhas de BDI, onde são feitas as considerações de custos indiretos da obra.
Custos indiretos são os vinculados à administração da obra e as despesas
decorrentes da administração da empresa
Verificou-se nesta pesquisa que a produtividade da mão de obra, dos
equipamentos e a utilização de cada insumo define o custo final para a execução de
cada unidade de serviço levantado.
4.1 EMPRESA A
Foi possível constatar na Empresa A, através da planilha, que se trata de um
orçamento discriminado, uma vez que é composto por uma listagem de serviços
necessários à execução da obra, com suas respectivas quantidades e preços. Nas
composições destes custos já estão considerados todos os materiais e
equipamentos necessários, bem como a mão de obra, com preços que levam em
conta transporte, leis sociais e outros acréscimos.
O primeiro item observado nesta empresa é que a mesma não possui planilha
própria para a composição de serviços, porém, foi revelado que tem como bases as
composições feitas pelo DER-PR, SICRO (DNIT) e FDE.
Também verificou-se que a planilha de custos indiretos é elaborada
separadamente, e nela constam os itens referentes à administração da empresa,
como remuneração, despesas com aluguéis, meios de locomoção e gastos
relacionados com mantimentos dos funcionários. Acrescentando-se ainda os
impostos locais e a margem de lucro pretendida pela empresa.
47
A princípio as planilhas aparentam ser de fácil compreensão, mas necessitam
de uma averiguação mais cuidadosa para apurar se tais valores estão coerentes
com o que foi estudado sobre formatação de BDI.
4.2 EMPRESA B
As planilhas da Empresa B se mostram mais bem elaboradas em relação à
Empresa A. O orçamento discriminativo engloba todos os serviços que serão
executados, juntamente com seus custos e quantitativos.
A Tabela 3 demonstra um exemplo de planilha de custos verificado na
empresa pesquisada. Nota-se nesta planilha um exemplo de composição de um
custo unitário para aplicação de concreto para estacas hélice contínua. Esta tabela
representa uma fase do serviço previsto no orçamento de execução.
TABELA 3 - PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇO UNITÁRIO
SERVIÇO UN MAT. M.O. TOTAL
Concreto 20 MPa com brita 0 para estacas Helice continua m³ 403,20 21,15 424,35
INSUMOS COEF. UN MAT. M.O. TOTAL
Concreto 20 MPa Slump 22+-2 para estaca helice continua 1,4000 m³ 253,00 354,20
Taxa de bombeamento
1,4000 m³ 35,00 49,00
Oficial especializado com leis sociais 0,5000 h 18,38 9,19
Servente com leis sociais 1,0000 h 11,96 11,96
Fonte: Adaptada da planilha de custos da empresa B.
Já em outra planilha bem detalhada, observaram-se os demais custos que
influenciam na taxa final do BDI, tais como remuneração de funcionários,
equipamentos e materiais utilizados para fins administrativos, despesas em
canteiros de obras, mobilização de pessoal, aluguéis, entre outros. E ainda os
impostos, margem de lucros e imprevistos.
48
4.3 CURVA ABC DE SERVIÇOS
Com a finalidade de demonstrar de maneira mais clara quais os serviços mais
significativos e que podem definir o custo final da obra, elaborou-se a Curva ABC
dos serviços considerados na obra.
Por se tratar de uma planilha mais bem elaborada, adotou-se o orçamento
fornecido pela Empresa B para elaboração da Curva ABC.
A Tabela 3 demonstra de maneira resumida quais os serviços com maior valor
acumulado.
TABELA 4 - RELAÇÃO DE SERVIÇOS ORÇADOS
Item Serviço Valor % Acumulado
01 Armadura 4.486.249,51 27,63% 27,63%
02 Concreto 3.673.141,89 22,62% 50,25%
03
Piso em concreto armado FCK=35MPa, tela Q196, barras de transferência, espaçador
treliçado, barras de ligação, selante e desempenado mecanicamente
2.524.291,17 15,55% 65,80%
04 Formas 1.226.068,17 7,55% 73,35%
05 Estaca hélice contínua 802.353,00 4,94% 78,29%
06 Máquinas, equipamentos, guindaste, carretas 756.000,00 4,66% 82,95%
07 Pintura epóxi 2 demãos 697.591,63 4,30% 87,25%
08 Caminhão basculante 252.000,00 1,55% 88,80%
09 Estrutura metáliza para lanternin 221.883,00 1,37% 90,17%
10 Cobertura em telhas de fibrocimento e=8mm 188.486,93 1,16% 91,33%
11 Canteiro de obras 180.214,17 1,11% 92,44%
12 Escavação manual e mecânica 173.489,74 1,07% 93,51%
13 Caminhão munk 144.000,00 0,89% 94,40%
14 Retroescavadeira 144.000,00 0,89% 95,29%
15 Alvenaria de bloco de concreto aparente
14x19x39cm 128.485,30 0,79% 96,08%
16 Calhas e rufos em chapa de alumínio 81.183,44 0,50% 96,58%
17 Estrutura de madeira cambará 76.292,34 0,47% 97,05%
18 Vigas de madeira cambará 58.125,62 0,36% 97,41%
19 Telha de fibrocimento 46.342,00 0,29% 97,70%
20 Instalação de perfis longitudinais 40.297,14 0,25% 97,95%
21 Portas em aço galvanizado 38.201,76 0,24% 98,19%
22 Calçadas em concreto e=10cm 36.347,50 0,22% 98,41%
23 Laje alveolar h=12cm 34.579,60 0,21% 98,62%
24 Grauteamento 33.752,59 0,21% 98,83%
25 Instalação de tábuas nos perfis longitudinais 32.187,37 0,20% 99,03%
26 Impermeabilização com manta 30.920,96 0,19% 99,22%
27 Arrasamento das estacas 26.770,24 0,16% 99,38%
28 Instalação de perfis transversais 20.148,54 0,12% 99,50%
29 Cerâmica 18.173,91 0,11% 99,61%
30 Argamassa de proteção mecânica 16.440,84 0,10% 99,71%
31 Louças e metais 11.318,00 0,07% 99,78%
49
32 Instalações hidráulicas 10.700,00 0,07% 99,85%
33 Reaterro 7.949,49 0,05% 99,90%
34 Locação de Obra 7.112,00 0,04% 99,94%
35 Cumeeira de fibrocimento 6.962,50 0,04% 99,98%
36 Ensaio PIT 3.400,00 0,02% 100,00%
37 Mobilização / Demobilização de equipamento 2.000,00 0,01% 100,01%
38 Remoção da terra excedente com Retro +
Caminhão 1.040,00 0,01% 100,02%
TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO R$ 16.238.500,35 100%
Fonte: Próprios Autores
Com base nas informações coletadas da tabela anterior, é possível traçar a
Curva ABC (Gráfico 3) para a visualização de quais os serviços representam o maior
valor, e portanto quais são os pontos mais críticos na execução da obra.
GRÁFICO 3 - CURVA ABC DOS SERVIÇOS
Fonte: Próprios Autores
TABELA 5 - TABELA DE REFERÊNCIAS DA CURVA ABC
TABELA DE REFERÊNCIAS
CLASSE DE PRODUTOS
PRODUTOS % CUSTOS
TOTAIS % PRODUTOS
TOTAIS
A 4,00 70,00 11%
B 8,00 20,00 21%
C 26,00 10,00 68%
Fonte: Próprios Autores
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
100,00%
01 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37
50
Analisando as informações obtidas, percebe-se que apenas 4 itens do
orçamento representam 70% do custo final da obra. Dentre os itens mais
significativos, estão os serviços de armadura, concreto, piso em concreto e formas.
Estes são, portanto, os itens que mais impactam no preço final da obra, e
também os que exigem maior atenção no momento do orçamento.
4.4 PLANILHAS DE DBI
Verificou-se que a maior variabilidade entre os orçamentos das empresas
encontra-se na definição dos custos indiretos da obra e das despesas da empresa,
uma vez que estes valores são definidos de acordo com a sua estrutura interna. Por
este motivo, a análise da planilha do BDI é o principal fator determinante para este
estudo.
Constatou-se nas empresas que depois de concluída a análise das planilhas
orçamentárias, parte-se para a análise das planilhas de BDI, onde são feitas as
considerações de custos indiretos da obra. São custos indiretos os vinculados à
administração da obra e as despesas decorrentes da administração da empresa.
Conforme descrito no Quadro 1, foram consultados alguns custos
relacionados à obra e suas definições, quanto à origem direta ou indireta da obra e
do escritório.
QUADRO 1 - DIVISÃO DOS CUSTOS RELACIONADOS À OBRA
DESPESAS DA OBRA DESPESAS DA EMPRESA
Diretas Indiretas Marketing
Pedreiro Taxas e documentos Retirada de diretores
Carpinteiro Engenheiros e mestres de obra Salário de funcionário do escritório
Servente Benefícios sobre a mão de obra Aluguel e impostos do escritório
Encargos sociais Impostos Despesas bancárias
Materiais Aluguéis Conservação das instalações
Equipamentos Alimentação do pessoal
Despesas com material de expediente, energia, água e telefone
Projetos Despesas de almoxarifado Serviços terceirizados Despesas de energia, água e telefone
Despesas com material de expediente
Manutenção de máquinas e equipamentos do escritório
Combustíveis
Manutenção de máquinas e equipamentos
Fonte: Adaptada da divisão dos custos da empresa B.
51
4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS
Com a análise criteriosa das planilhas foi possível perceber uma diferença
significativa no valor final do aço. A unidade utilizada para mensuração deste
material é o Kg (quilograma). O valor apresentado pela Empresa A foi
aproximadamente 36% maior que o valor apresentado pela Empresa B, levando-se
em consideração que trata-se de uma obra pesada, onde a quantidade de aço e
concreto é extremamente alta, qualquer diferença mínima pode causar uma grande
discrepância no valor final do orçamento.
Levando-se em consideração a Curva ABC apresentada, o aço é justamente
um dos itens que possui maior representatividade no valor final do orçamento, e
portanto é um item que exige uma analise mais criteriosa.
Ao examinar a composição elaborada pelo SINAPI (Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) nota-se quais os materiais e
índices utilizados para execução deste serviço, conforme pode ser visto na Tabela 4.
TABELA 6 - COMPOSIÇÃO DO AÇO
Código: 74254/2
Unidade de medida: Kg
Descrição Básica
ARMACAO ACO CA-50, D=6,3 (1/4) À 12,5MM(1/2) -FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO.
Composição
Descrição básica Unidade Coeficiente Custo total
Aço CA-50 10,0mm, vergalhão Kg 1,10 R$ 3,08
Ajudante de armador com encargos complementares h 0,10 R$ 16,39
Arame recozido 18 bwg 1,25mm (0,01 kg/m)
kg 0,03 R$ 7,20
Armador com encargos complementares
h 0,10 R$ 20,30
Fonte: SINAPI.
Para se determinar os valores praticados em 2013 foram realizadas
pesquisas de valores de mercado na época. Primeiramente realizou-se pesquisa
junto ao SINDUSCON – PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do
52
Paraná) para verificar o valor da convenção coletiva de trabalho no mês de Junho-
2013. A Figura 2 a seguir apresenta os valores salariais dos trabalhadores para o
estado do Paraná.
FIGURA 2 - CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO JUNHO-2013
Fonte: SINDUSCON – PR
Considerando que o preço do aço sofre um reajuste médio de 7% ao ano,
seu valor aproximado em 2013 girava em torno de R$ 2,65 /Kg. Ao substituir estes
valores na planilha de composição disponibilizada pelo SINAPI chega-se ao valor
apresentado na Tabela 5.
TABELA 7 - PREVISÃO DO CUSTO UNITÁRIO DO AÇO EM 2013
Código: 74254/2
Unidade de medida: Kg
Descrição Básica
ARMACAO ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4) À 12,5MM(1/2) -FORNECIMENTO/ CORTE(PERDA DE 10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO.
Composição
Descrição básica Unid. Coef. Custo unit. Custo tot.
Aço CA-50 10,0mm, vergalhão Kg 1,10 R$ 2,65 R$ 2,92
Ajudante de armador com encargos complementares h 0,10 R$ 8,40 R$ 0,84
Arame recozido 18 bwg 1,25mm (0,01 kg/m)
kg 0,03 R$ 6,19 R$ 0,19
Armador com encargos complementares
h 0,10 R$ 11,84 R$ 1,18
Custo unitário total R$ 5,12
53
Fonte: Próprios autores
Pode-se observar que o valor unitário do aço apresentado pela empresa B
está mais próximo do estabelecido pelo SINAPI, enquanto que a Empresa A
apresentou um valor significativamente maior.
Para melhor visualização deste contexto, fez-se uma simulação de orçamento
para a empresa A adotando o valor de R$ 5,12 /Kg conforme está indicado no
Apêndice 1 deste trabalho. É possível perceber que a redução no valor final de custo
é de aproximadamente 15%. Como houve redução no custo consequentemente há
redução no valor do BDI, esta alteração pode ser vista no Apêndice 2. É possível
notar que ainda assim o valor de venda da Empresa A permanece maior, para
descobrir o motivo desta diferença é necessária a análise da Planilha de BDI, objeto
dos itens a seguir.
A Tabela 6 demonstra de maneira mais clara o impacto causado pela
alteração no valor unitário do aço para a Empresa A.
TABELA 8 - COMPARAÇÃO PLANILHA REAL x PLANILHA SIMULADA
Empresa Valor Custo BDI Valor Venda
EMPRESA A
(Real) R$ 18.163.243,90 53% R$ 27.738.906,08
EMPRESA A
(Simulada) R$ 16.022.678,10 56% R$ 24.987.366,50
Fonte: Próprios autores
Além disso, a Empresa A considerou em Itens Omissos a elaboração de
projetos. Em entrevista realizada junto à empresa contatou-se que este item foi
considerado por ser a Empresa A autora de todos os projetos referentes a este
empreendimento.
4.6 ANÁLISE COMPARATIVA DE PLANILHAS DE BDI
54
Analisando as planilhas apresentadas, observa-se que o corpo técnico
considerado pela Empresa A é significativamente maior que o disponibilizado pela
Empresa B, a tabela 5 pode demonstrar esta diferença É importante ressaltar que
ambas atendem ao mínimo necessário, porém a diferença é considerável e motivo
de análise.
TABELA 9 - TABELA COMPARATIVA DE CORPO TÉCNICO ADOTADO
Corpo técnico Empresa A Empresa B
Engenheiro Residente 1 1
Engenheiro Planejamento 1 0
Engenheiro Produção 1 1
Encarregado geral 1 0
contra/Mestre 2 3
Técnico de Segurança 1 1
Topógrafo 1 0
Apontador 1 0
Vigia 3 1
administrativo 1 0
Aux. Administrativo 1 0
Almoxarife 1 1
Comprador 1 0
Recursos Humanos 0 0
Aux. Recursos Humanos 1 0 Fonte: Próprios autores
Ao elaborar uma planilha de BDI, a empresa leva em conta, além de todos os
fatores já citados neste trabalho, o valor necessário para suprir as despesas do
escritório central e do seu corpo técnico. Ou seja, o valor total destas despesas deve
ser rateado, através do BDI, entre todas as obras que estão ocorrendo
paralelamente durante um determinado período.
Se existe um grande número de obras ocorrendo simultaneamente,
consequentemente o valor aplicado em cada obra para suprir as despesas do
escritório central e do corpo técnico é menor. Porém quando o número de obras está
abaixo do esperando, o valor a ser considerado no BDI aumenta e pode ser fator
determinante na definição do preço de venda de uma obra.
55
Ao analisar-se a planilha de simulação elaborada para a Empresa A,
diminuindo o valor do aço, vemos que, mesmo com a redução de quase 15% do
valor de custo da obra, o seu valor final, após aplicado o BDI continua maior ao ser
comparado com a Empresa B (Apêndice 2).
56
5 CONCLUSÔES
A principal finalidade deste trabalho foi detectar quais são os fatores
determinantes na formação do preço de venda de uma obra, levando-se em
consideração o porte da empresa.
Após contato com duas empresas participantes de uma concorrência,
obtiveram-se as planilhas de orçamento, além disso, foi possível analisar e definir
que a Empresa A tem porte menor que a Empresa B.
Trata-se de uma obra industrial de grande porte, em concreto armado e
cobertura metálica com estrutura de madeira, que compreende a execução de um
armazém de fertilizantes na cidade de Paranaguá em um prazo de 18 meses.
O processo de análise das planilhas consistiu primeiramente na comparação
dos custos diretos, com enfoque principal no preço unitário adotado. A segunda
etapa compreendeu a análise das planilhas de BDI, no que se refere a corpo técnico
adotado, impostos e percentual de lucro.
Como primeiro resultado, pôde-se verificar que houve uma grande diferença
no preço de custo das empresas devido a uma diferença significativa no valor
unitário do aço adotado. Ao analisar a planilha simulada elaborada, é possível
constatar que esta diferença foi capaz de definir o maior custo da Empresa A.
Porém este não foi o fator determinante na definição do menor preço de
venda. A análise das planilhas de BDI permitiu apurar que o coeficiente de
majoração adotado pela Empresa B foi consideravelmente menor, o que elucidou o
menor preço de venda entre as empresas. O motivo é o corpo técnico adotado,
enquanto uma considerou poucos profissionais, a outra levou em consideração um
grande número de profissionais envolvidos no processo de execução do
empreendimento, o que tornou seu BDI maior e elevou o preço final da obra.
Diante de todos estes fatos algumas hipóteses podem ser admitidas. A
Empresa A encontrava-se em um período de obras abaixo do esperado, motivo pelo
qual considerou todo o seu corpo técnico alocado em apenas uma obra, elevando
seu custo indireto. Outro motivo possível é fato de que não havia um interesse real
pela Empresa A em executar esta obra, mas considerou necessária sua participação
no pleito e por isso elevou seu custo indireto no intuito de não ter o menor preço
entre as empresas concorrentes.
57
Além disso, é possível concluir ainda, que a análise criteriosa dos preços
unitários adotados no momento da composição do serviço é crucial para evitar
qualquer superfaturamento no preço final de um empreendimento, fato este capaz
de definir a empresa vencedora em uma possível concorrência para execução de
uma obra.
Ademais, após todas estas conclusões, é possível observar que além de
apresentar um menor preço de venda, o lucro final previsto pela Empresa B é 8
pontos percentuais mais alto que o previsto pela Empresa A.
Pode-se perceber ao final deste estudo, que todos os detalhes são
importantes na elaboração de um orçamento, a mensuração correta do preço, além
da justa alocação de profissionais, influencia diretamente na obtenção de lucro de
uma empresa, seja ela de grande ou pequeno porte.
58
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65
ANEXO 1 – SIMULAÇÃO DE PLANILHA DE CUSTO EMPRESA A
PLANILHA DE QUANTIDADES ITEM
DESCRIÇÃO UN. QTDE PREÇO
UNITÁRIO TOTAL
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 112.792,50
1.1 Serviços Iniciais 112.792,50
1.1.1 Canteiro de Obras vb 1,00 105.273,00 105.273,00
1.1.2 Locação de Obra vb 1,00 7.519,50 7.519,50
2. FUNDAÇÕES DO ARMAZÉM 4.211.625,32
2.1 ESTACA TIPO HÉLICE CONTÍNUA 1.012.753,34
2.1.1 Mobilzação vb 1,00 30.078,00 30.078,00
2.1.2 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 300mm 3,00m
m 72,00 60,01 4.320,40
2.1.3 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 300mm 7,00m
m 868,00 60,01 52.084,86
2.1.4 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 400mm 7,00m
m 1.148,00 72,41 83.129,87
2.1.5 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 400mm 9,00m
m 432,00 72,41 31.282,32
2.1.6 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 500mm 10,00m
m 960,00 88,40 84.863,27
2.1.7 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 600mm 10,00m
m 960,00 104,10 99.935,95
2.1.8 Aço CA50 kg 32.553,44 5,12 166.673,61
2.1.9 Concreto Bombeável fck=25MPa m³ 911,19 505,26 460.385,06
2.2 BLOCOS 3.075.216,16
2.2.1 Escavação mecanizada m³ 3.233,95 41,64 134.671,50
2.2.2 Forma para fundação m² 4.686,36 87,96 412.226,80
2.2.3 Aço CA50 kg
220.496,85
5,12 1.128.943,87
2.2.4 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 2.939,96 475,98 1.399.373,99
2.3 Escavação Moega 123.655,82 2.3.1 Escavação mecanizada m³ 954,60 41,64 39.752,40
2.3.2 Instalação de perfis longitudinais kg 6.716,19 5,12 34.386,89
2.3.3 Instalação de tábuas nos perfis longitudinais m² 493,52 64,01 31.588,19
2.3.4 Instalação de perfis transversais - estroncas kg 3.358,09 5,34 17.928,34
3. SUPERESTRUTURA DO ARMAZÉM 4.445.345,70
3.1 PILARES 2.144.810,52
3.1.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 1.258,49 101,03 127.147,76
3.1.2 Aço CA-50 kg
238.423,67
5,12 1.220.729,21
3.1.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 1.644,30 475,98 782.661,63
3.1.4 Grout m³ 19,80 720,80 14.271,92
66
3.2 VIGAS DE TRAVAMENTO LONGITUDINAIS 1.047.811,98
3.2.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.238,06 101,03 226.115,68
3.2.2 Aço CA-50 kg 86.257,38 5,12 441.637,78
3.2.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 784,16 475,98 373.246,93
3.2.4 Grout m³ 9,45 720,80 6.811,59
3.3 VIGAS DE TRAVAMENTO TRANSVERSAIS 993.679,39
3.3.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.459,40 101,03 248.477,89
3.3.2 Aço CA-50 kg 78.967,40 5,12 404.313,09
3.3.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 703,34 475,98 334.778,83
3.3.4 Grout m³ 8,48 720,80 6.109,57
3.4 PISO CONCRETO ARMADO – MOEGA 117.849,86
3.4.1 Argamassa de Proteção Mecânica m² 159,10 24,30 3.866,61
3.4.2 Forma para fundação m² 22,31 57,08 1.273,44
3.4.3 Aço CA50 kg 8.074,32 5,12 41.340,52
3.4.4 Laje Inferior Concreto fck=30Mpa m³ 55,68 500,98 27.894,55
3.4.5 Impermeabilização com manta asfáltia e=5mm m² 365,00 119,11 43.474,74
3.5 Fechamento Moega - Parede concreto armado 141.193,95
3.5.1 Argamassa de Proteção Mecânica m² 341,33 24,30 8.295,35
3.5.2 Forma para fundação m² 189,00 87,96 16.625,03
3.5.3 Aço CA50 kg 8.780,40 5,12 44.955,65
3.5.4 Concreto Convencional fck=30Mpa m³ 65,04 500,98 32.583,71
3.5.5 Impermeabilização com manta asfáltia e=5mm m² 325,20 119,11 38.734,21
4 PLACAS PRÉMOLDADAS DE CONCRETO PARA PAREDES DIVISÓRIAS
1.199.895,42
4.1 Placas de Concreto Armado 1.199.895,42
4.1.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.554,80 101,03 258.116,55
4.1.2 Aço CA-50 kg 95.282,95 5,12 487.848,70
4.1.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 936,59 475,98 445.800,94
4.1.4 Grout m³ 11,28 720,80 8.129,23
5 MURETAS E BASES DE PROTEÇÃO DO ARMAZÉM
79.397,42
5.1 MURETA CARREGAMENTO 3.001,93
5.1.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39 – Carregamento
m² 36,00 83,39 3.001,93
5.2 MURETA DESCARGA 7.338,06
5.2.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39 m² 88,00 83,39 7.338,06
5.2 MURETA CIRCULAÇÃO 24.765,96
5.2.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39 m² 297,00 83,39 24.765,96
5.3 BASES DE PROTEÇÃO DAS PAREDES DIVISÓRIAS
44.291,47
67
5.2.1 Forma de madeirit plastificada e=12mm para pré-moldado
m² 285,10 59,99 17.103,28
5.2.2 Aço CA50 kg 1.209,60 5,12 6.193,15
5.2.3 Concreto Ciclópico m³ 80,64 260,36 20.995,04
6 FECHAMENTO DO ARMAZÉM 190.165,18
6.1 Fechamento Lateral do Armazém 190.165,18
6.1.1 Estrutura em madeira para estrutura de fechamento, pranchão de cambará 2"x7", inclusive materiais e instalação.
m 1.084,36 74,40 80.673,93
6.1.2 Telhas em fibrocimento 6mm, inclusive fixação m² 1.598,00 68,52 109.491,25
7 PISO DO ARMAZÉM EM CONCRETO ARMADO 2.683.245,56
7.1 Piso Industrial 2.683.245,56
7.1.1 Piso em concreto armado FCK=35MPa, tela Q196, barras de transferência, espaçador treliçado, barras de ligação, selante e desempenado mecanicamente
m² 14.062,12 190,81 2.683.245,56
8 COBERTURA DO ARMAZÉM 345.404,62
8.1 Cobertura em Telhas de Fibrocimento 345.404,62
8.1.1 Telhas em fibrocimento 8mm, inclusive fixação e terças de madeira.
m² 2.683,47 122,18 327.857,87
8.1.2 Cumeeira de fibrocimento m 250,00 70,19 17.546,75
9 CALHA 98.791,77
9.1 Calha de Fibra de Vidro 98.791,77
9.1.1 Tubo de PVC de 150mm m
39,00
122,17 4.764,65
9.1.2 Curva PVC de 150mm un
18,00
49,56 892,15
9.1.3 Calha em Fibra de Vidro m²
258,75
263,18 68.098,47
9.1.4 Viga Calha "U" em tábuas de madeira m²
284,63
87,96 25.036,50
10 LANTERNIN 218.065,50
7.1 Estrutura Metálica para Lanternin 218.065,50
7.1.1 Fornecimento e Instalação de Estrutura Metálica Galvanizada com Base Epoxi
vb 1,00 218.065,50 218.065,50
11 VIGAS TRANSVERSAIS APOIO CORRÊIA TRANSPORTADORA
55.351,33
11.1 Vigas de Madeira 55.351,33
11.1.1
Fornecimento e Instalação de Viga Cambará 2X7" m 1.562,19 35,43 55.351,33
12 ESTRUTURA CIVIL INTERNA 226.727,14
12.1 Execução de Laje para Mezanino 31.619,49
68
12.1.1
Laje Alveolar h=12 - incluso escada m² 145,00 218,07 31.619,49
12.2 Execução de Salas 113.897,09
12.2.1
Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39 m² 1.365,88 83,39 113.897,09
12.3 Banheiro 45.116,96
12.3.1
Banheiro completo - 2 mictórios, 2 bacias sanitárias, 1 pia, cerâmica em toda área
un 2,00 22.558,48 45.116,96
12.4 Portas em Aço Galvanizadas 36.093,60
12.4.1
Portas em Aço Galvanizadas un 16,00 2.255,85 36.093,60
13 CALÇAMENTO 32.359,65
13.1 Calçada em concreto 32.359,65
13.1.1
Calçada em concreto FCK=15 MPa e=10cm - Todo Perímetro do Armazém
m² 668,65 48,40 32.359,65
14 PINTURA DE ESTRUTURAS PARA PROTEÇÃO - NÃO INCLUSO DO ORÇAMENTO
713.649,35
14.1 Pintura Epoxi 713.649,35
14.1.1
Execução de Pintura Epoxi - Fundo e 2 demãos m² 17.014,43 41,94 713.649,35
15 ITENS OMISSOS 1.409.861,64
15.1 Lançamento de Estruturas - Máquinas e equipamentos
1.334.861,64
15.1.1 Retroescavadeira
mês 9,00 22.558,50
203.026,50
15.1.2 Caminhão
mês 2,00 27.070,20
54.140,40
15.1.3 Escavadeira Hidráulica
mês 2,00 43.312,32
86.624,64
15.1.4 Caminhão Munk
mês 9,00 25.566,30
230.096,70
15.1.5 Guindaste MD 30
mês 8,00 42.109,20
336.873,60
15.1.6 Carreta
mês 9,00 27.070,20
243.631,80
15.1.7 Manipulador
mês 10,00 18.046,80
180.468,00
15.2 Serviços Iniciais 75.000,00
15.2.1
Projetos vb 1,00 75.000,00 75.000,00
TOTAL R$ 16.022.678,10
69
ANEXO 2 – SIMULAÇÃO DE PLANILHA DE BDI EMPRESA A
CUSTO INDIRETO
custo
armazém 15/10/2013
ITENS QTDE MESES UNITÁRIO PARCIAIS
1 ADMINISTRAÇÃO LOCAL
1.1 Engenheiro Residente
1 18 17.840,00
321.120,00
Engenheiro Planejamento
1 9 17.840,00
160.560,00
Engenheiro Produção
1 9 17.840,00
160.560,00
1.2 Encarregado geral 1 18 12.720,00
228.960,00
1.3 contra/Mestre 2 18 7.420,00
267.120,00
1.4 Técnico de Segurança 1 18 6.360,00
114.480,00
1.5 Topógrafo 1 6 6.360,00
38.160,00
1.6 Apontador 1 18 2.968,00
53.424,00
1.7 Vigia 3 18 3.500,00
189.000,00
1.8 administrativo 1 9 7.000,00
63.000,00
1.9 Aux. Administrativo 1 9 2.300,00
20.700,00
1.10 Almoxarife 1 18 2.800,00
50.400,00
1.11 Comprador 1 18 8.586,00
154.548,00
1.12 Recursos Humanos 0 0 -
-
1.13 Aux. Recursos Humanos 1 18 2.438,00
43.884,00
sub total 1.865.916,00
2 VEÍCULOS
2.1 Gol/Strada 3 18 1.200,00
64.800,00
2.2 Combustível 4 18 520,00
37.440,00
2.3 Manutenção 4 18 300,00
21.600,00
Journey 1 7 1.200,00
8.400,00
2.4 Onibus 3,5 18 3.500,00
220.500,00
-
sub-total 352.740,00
3 ALUGUÉIS
3.1
Casa func./Enc.Gerale Engº
1 18 4.500,00
81.000,00
70
3.2 barracão c/ reformas
16.000,00 -
ref./agua/luz/zelador 1 18
12.000,00 216.000,00
sub-total 297.000,00
4 VIAGENS
4.1 Supervisão 3 18 250,00
13.500,00
4.2 Encarregado 1 18 400,00
7.200,00
4.3 Técnico de Seg. 1 18 250,00
4.500,00
4.4. Pessoal 20 9 185,00
33.300,00
sub-total
58.500,00
4.5. REFEIÇÕES
funcionarios
147 18
20,00 52.920,00
Engenheiro - Profissionais
3 18
1.500,00 297.000,00
encarregados
6 18
1.300,00 140.400,00
sub-total 590.320,00
6 DIVERSOS
6.1 Vale Transporte
6.2 Seguro 147 18 15,00
39.690,00
6.3 Ferramental 30.000,00
6.4 Epis/uniformes 147 4 167,00
98.196,00
6.5 Mobilização equiptos 20.000,00
6.6 telefone 1 18 4.000,00
72.000,00
6.7 Mat.escrit./cópias 1 18 400,00
7.200,00
6.8 Taxas 1 18 400,00
7.200,00
sub-total 274.286,00
7 Projeto 1,00 -
8 Controle Tecnologico 15,00 4.000,00
60.000,00
9 Canteiro de obras 220,00
TOTAL
INDIRETO
3.410.982,00
71
TOTAL DIRETO
R$ 16.022.678,1
0
CUSTO DIRETO
16.022.678,10
CUSTO INDIRETO
3.410.982,00
CUSTO TOTAL . . . . . . . . . . . . .
19.433660,10
ADM. CENTRAL . . . . . . . . . . . . 1,58%
IMPOSTOS . . . . . . . . . . . . . . . . 10,65%
IMPREVISTOS . . . . . . . . . . . . .
LUCRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,00%
IMPOSTOS
PARTIC . . . . . . . . . . . . . . . 0,00%
PIS =
0,65%
TOTAL DAS TAXAS . . . . . . . . 22,23%
COFINS =
3,00%
k = 1,2858
CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL = 1,50%
I.R =
1,50%
Preço =
24.987.366,50
ISS =
4,00%
10,65%
B D I = 1,5595
74
APÊNDICE 2 – PLANILHA ORÇAMENTO DE CUSTO EMPRESA A
PLANILHA DE QUANTIDADES ITEM DESCRIÇÃO UN QTDE PREÇO
UNITÁRIO TOTAL
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 112.792,50
1.1 Serviços Iniciais 112.792,50
1.1.1 Canteiro de Obras vb 1,00 105.273,00 105.273,00
1.1.2 Locação de Obra vb 1,00 7.519,50 7.519,50
2. FUNDAÇÕES DO ARMAZÉM 4.868.413,39
2.1 ESTACA TIPO HÉLICE CONTÍNUA 1.036.191,81
2.1.1 Mobilzação vb 1,00 30.078,00 30.078,00
2.1.2 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 300mm 3,00m
m 72,00 60,01 4.320,40
2.1.3 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 300mm 7,00m
m 868,00 60,01 52.084,86
2.1.4 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 400mm 7,00m
m 1.148,0
0
72,41 83.129,87
2.1.5 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 400mm 9,00m
m 432,00 72,41 31.282,32
2.1.6 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 500mm 10,00m
m 960,00 88,40 84.863,27
2.1.7 Estacas escavadas tipo hélice contínua diâm. 600mm 10,00m
m 960,00 104,10 99.935,95
2.1.8 Aço CA50 kg 32.553,
44
5,84 190.112,08
2.1.9 Concreto Bombeável fck=25MPa m³ 911,19 505,26 460.385,06
2.2 BLOCOS 3.707.095,96
2.2.1 Escavação mecanizada m³ 3.233,9
5
41,64 134.671,50
2.2.2 Forma para fundação m² 4.686,3
6
87,96 412.226,80
2.2.3 Aço CA50 kg 220.496
,85
7,99 1.760.823,67
2.2.4 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 2.939,9
6
475,98 1.399.373,99
2.3 Escavação Moega 125.125,62 2.3.1 Escavação mecanizada m³ 954,60 41,64 39.752,40
2.3.2 Instalação de perfis longitudinais kg 6.716,1
9
5,34 35.856,69
2.3.3 Instalação de tábuas nos perfis longitudinais m² 493,52 64,01 31.588,19
2.3.4 Instalação de perfis transversais - estroncas kg 3.358,0
5,34 17.928,34
75
9
3. SUPERESTRUTURA DO ARMAZÉM 5.652.189,81
3.1 PILARES 2.829.086,46
3.1.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 1.258,4
9
101,03 127.147,76
3.1.2 Aço CA-50 kg 238.423
,67
7,99 1.905.005,15
3.1.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 1.644,3
0
475,98 782.661,63
3.1.4 Grout m³ 19,80 720,80 14.271,92
3.2 VIGAS DE TRAVAMENTO LONGITUDINAIS 1.295.370,66
3.2.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.238,0
6
101,03 226.115,68
3.2.2 Aço CA-50 kg 86.257,
38
7,99 689.196,46
3.2.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 784,16 475,98 373.246,93
3.2.4 Grout m³ 9,45 720,80 6.811,59
3.3 VIGAS DE TRAVAMENTO TRANSVERSAIS 1.220.315,83
3.3.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.459,4
0
101,03 248.477,89
3.3.2 Aço CA-50 kg 78.967,
40
7,99 630.949,53
3.3.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 703,34 475,98 334.778,83
3.3.4 Grout m³ 8,48 720,80 6.109,57
3.4 PISO CONCRETO ARMADO - MOEGA 141.023,16
3.4.1 Argamassa de Proteção Mecânica m² 159,10 24,30 3.866,61
3.4.2 Forma para fundação m² 22,31 57,08 1.273,44
3.4.3 Aço CA50 kg 8.074,3
2
7,99 64.513,82
3.4.4 Laje Inferior Concreto fck=30Mpa m³ 55,68 500,98 27.894,55
3.4.5 Impermeabilização com manta asfáltia e=5mm m² 365,00 119,11 43.474,74
3.5 Fechamento Moega - Parede concreto armado
166.393,70
3.5.1 Argamassa de Proteção Mecânica m² 341,33 24,30 8.295,35
3.5.2 Forma para fundação m² 189,00 87,96 16.625,03
3.5.3 Aço CA50 kg 8.780,4
0
7,99 70.155,40
3.5.4 Concreto Convencional fck=30Mpa m³ 65,04 500,98 32.583,71
3.5.5 Impermeabilização com manta asfáltia e=5mm m² 325,20 119,11 38.734,21
76
4 PLACAS PRÉMOLDADAS DE CONCRETO PARA PAREDES DIVISÓRIAS
1.473.357,49
4.1 Placas de Concreto Armado 1.473.357,49
4.1.1 Forma de madeirit plastificada e=18mm para pré-moldado
m² 2.554,8
0
101,03 258.116,55
4.1.2 Aço CA-50 kg 95.282,
95
7,99 761.310,77
4.1.3 Concreto Convencional Fck=30Mpa m³ 936,59 475,98 445.800,94
4.1.4 Grout m³ 11,28 720,80 8.129,23
5 MURETAS E BASES DE PROTEÇÃO DO ARMAZÉM
82.868,97
5.1 MURETA CARREGAMENTO 3.001,93
5.1.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39 – Carregamento
m² 36,00 83,39 3.001,93
5.2 MURETA DESCARGA 7.338,06
5.2.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39
m² 88,00 83,39 7.338,06
5.2 MURETA CIRCULAÇÃO 24.765,96
5.2.1 Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39
m² 297,00 83,39 24.765,96
5.3 BASES DE PROTEÇÃO DAS PAREDES DIVISÓRIAS
47.763,02
5.2.1 Forma de madeirit plastificada e=12mm para pré-moldado
m² 285,10 59,99 17.103,28
5.2.2 Aço CA50 kg 1.209,6
0
7,99 9.664,70
5.2.3 Concreto Ciclópico m³ 80,64 260,36 20.995,04
6 FECHAMENTO DO ARMAZÉM 190.165,18
6.1 Fechamento Lateral do Armazém 190.165,18
6.1.1 Estrutura em madeira para estrutura de fechamento, pranchão de cambará 2"x7", inclusive materiais e instalação.
m 1.084,3
6
74,40 80.673,93
6.1.2 Telhas em fibrocimento 6mm, inclusive fixação m² 1.598,0
0
68,52 109.491,25
7 PISO DO ARMAZÉM EM CONCRETO ARMADO
2.683.245,56
7.1 Piso Industrial 2.683.245,56
7.1.1 Piso em concreto armado FCK=35MPa, tela Q196, barras de transferência, espaçador treliçado, barras de ligação, selante e desempenado mecanicamente
m² 14.062,
12
190,81 2.683.245,56
77
8 COBERTURA DO ARMAZÉM 345.404,62
8.1 Cobertura em Telhas de Fibrocimento 345.404,62
8.1.1 Telhas em fibrocimento 8mm, inclusive fixação e terças de madeira.
m² 2.683,4
7
122,18 327.857,87
8.1.2 Cumeeira de fibrocimento m 250,00 70,19 17.546,75
9 CALHA 98.791,77
9.1 Calha de Fibra de Vidro 98.791,77
9.1.1 Tubo de PVC de 150mm m 39,00
122,17 4.764,65
9.1.2 Curva PVC de 150mm un 18,00
49,56 892,15
9.1.3 Calha em Fibra de Vidro m² 258,75
263,18 68.098,47
9.1.4 Viga Calha "U" em tábuas de madeira m² 284,63
87,96 25.036,50
10 LANTERNIN 218.065,50
7.1 Estrutura Metálica para Lanternin 218.065,50
7.1.1 Fornecimento e Instalação de Estrutura Metálica Galvanizada com Base Epoxi
vb 1,00 218.065,50 218.065,50
11 VIGAS TRANSVERSAIS APOIO CORRÊIA TRANSPORTADORA
55.351,33
11.1 Vigas de Madeira 55.351,33
11.1.1
Fornecimento e Instalação de Viga Cambará 2X7"
m 1.562,1
9
35,43 55.351,33
12 ESTRUTURA CIVIL INTERNA 226.727,14
12.1 Execução de Laje para Mezanino 31.619,49
12.1.1
Laje Alveolar h=12 - incluso escada m² 145,00 218,07 31.619,49
12.2 Execução de Salas 113.897,09
12.2.1
Alvenaria em blocos de concreto estrutural 14x19x39
m² 1.365,8
8
83,39 113.897,09
12.3 Banheiro 45.116,96
12.3.1
Banheiro completo - 2 mictórios, 2 bacias sanitárias, 1 pia, cerâmica em toda área
un 2,00 22.558,48 45.116,96
12.4 Portas em Aço Galvanizadas 36.093,60
12.4.1
Portas em Aço Galvanizadas un 16,00 2.255,85 36.093,60
13 CALÇAMENTO 32.359,65
78
13.1 Calçada em concreto 32.359,65
13.1.1
Calçada em concreto FCK=15 MPa e=10cm - Todo Perímetro do Armazém
m² 668,65 48,40 32.359,65
14 PINTURA DE ESTRUTURAS PARA PROTEÇÃO - NÃO INCLUSO DO ORÇAMENTO
713.649,35
14.1 Pintura Epoxi 713.649,35
14.1.1
Execução de Pintura Epoxi - Fundo e 2 demãos
m² 17.014,
43
41,94 713.649,35
15 Máquinas e Equipamentos 1.409.861,64
15.1 Lançamento de Estruturas 1.334.861,64
15.1.1
Retroescavadeira mês
9,00 22.558,50 203.026,50
15.1.2
Caminhão mês
2,00 27.070,20 54.140,40
15.1.3
Escavadeira Hidráulica mês
2,00 43.312,32 86.624,64
15.1.4
Caminhão Munk mês
9,00 25.566,30 230.096,70
15.1.5
Guindaste MD 30 mês
8,00 42.109,20 336.873,60
15.1.6
Carreta mês
9,00 27.070,20 243.631,80
15.1.7
Manipulador mês
10,00 18.046,80 180.468,00
15.2 Serviços Iniciais 75.000,00
15.2.1
Canteiro de Obras vb 1,00 75.000,00 75.000,00
TOTAL R$ 18.163.243,90
79
APÊNDICE 3 – PLANILHA DE ORÇAMENTO CUSTO EMPRESA B
Item Descrição
Qtde
Un Un MAT UN MO V MAT V MO TOTAL
ARMAZÉM FERTILIZANTES
1 Serviços Gerais
1.1 Serviços Iniciais
1.1.1 Canteiro de obras
1,00 vb
180.214,17
-
180.214,17
-
180.214,17
1.1.2 Locação de Obra
800,00 m
3,55
5,34
2.840,00
4.272,00
7.112,00
2 Fundações
2.1 Estacas Hélice Contínua
2.1.1
Mobilização / Demobilização de equipamento
0,20 vb
10.000,00
-
2.000,00
-
2.000,00
2.1.2 Estaca hélice contínua
-
-
-
-
-
-
Estaca hélice contínua D=30 cm
940,00 m
46,11
12,71
43.343,40
11.947,40
55.290,80
Estaca Helice Continua D=40 cm
1.580,00 ml
55,81
12,52
88.179,80
19.781,60
107.961,40
Estaca Helice continua D=50 cm
960,00 ml
263,70
15,98
253.152,00
15.340,80
268.492,80
Estaca Helice continua D=60 cm
960,00 ml
365,92
20,13
351.283,20
19.324,80
370.608,00
Arrasamento das estacas
532,00 ud
-
50,32
-
26.770,24
26.770,24
Remoção da terra excedente com Retro + Caminhão
1,00
dia
1.040,00
-
1.040,00
-
1.040,00
Ensaio PIT 1,00
campanha
3.400,00
-
3.400,00
-
3.400,00
2.1.3 Armadura para estacas
32.553,44 kg
4,63
2,25
150.722,43
73.245,24
223.967,67
2.1.4 Concreto para estacas
911,19
M³ 403,20
100,52
367.391,81
91.592,82
458.984,63
2.1 Blocos
2.1.2 Escavação manual e mecânica
3.233,95
M³
15,00
26,42
48.509,25
85.440,96
133.950,21
2.1.3 Formas
4.686,36
M²
18,62
69,07
87.260,02
323.686,89
410.946,91
2.1.4 Armadura
220.496,85
Kg
3,84
2,00
846.707,90
440.993,70
1.287.701,60
2.1.5
Concreto Fck 30 Mpa convencional
2.939,96
M³
262,50
195,96
771.739,50
576.114,56
1.347.854,06
2.1.6 Reaterro
293,99
M³
1,88
25,16
552,70
7.396,79
7.949,49
80
2.2 Escavação Moega
2.2.1 Escavação manual e mecânica
954,60
M³
15,00
26,42
14.319,00
25.220,53
39.539,53
2.2.2 Instalação de tábuas nos perfis longitudinais
493,52
M²
11,25
53,97
5.552,10
26.635,27
32.187,37
2.2.3 Instalação de perfis longitudinais
6.716,19 kg
6,00
-
40.297,14
-
40.297,14
2.2.4 Instalação de perfis transversais
3.358,09 kg
6,00
-
20.148,54
-
20.148,54
3 Estrutura de concreto
3.1 Pilares
3.1.1 Formas
1.258,49
M²
29,64
69,07
37.301,64
86.923,90
124.225,54
3.1.2 Armadura
238.423,67
Kg
3,84
2,00
915.546,89
476.847,34
1.392.394,23
3.1.3 Concreto Fck 30 Mpa
1.644,30
M³
301,35
150,72
495.509,81
247.828,90
743.338,71
3.1.4 Grauteamento
19,80
M³ 426,30
289,10
8.440,74
5.724,18
14.164,92
3.2 Vigas de travamento transversais
3.1.2 Formas
2.459,40
M²
29,64
69,07
72.896,62
169.870,76
242.767,38
3.1.3 Armadura
78.967,40
Kg
3,84
2,00
303.234,82
157.934,80
461.169,62
3.1.4 Concreto Fck 30 Mpa
703,34
M³ 301,35
150,72
211.951,51
106.007,40
317.958,91
3.1.5 Grauteamento
8,48
M³ 426,30
289,10
3.615,02
2.451,57
6.066,59
3.3 Vigas de travamento longitudinais
3.3.1 Formas
2.238,06
M²
18,62
69,07
41.672,68
154.582,80
196.255,48
3.3.2 Armadura
86.257,38
Kg
3,84
2,00
331.228,34
172.514,76
503.743,10
3.3.3 Concreto Fck 30 Mpa
784,16
M³ 301,35
150,72
236.306,62
118.188,60
354.495,22
3.3.4 Grauteamento
9,45
M³ 426,30
289,10
4.028,54
2.732,00
6.760,54
3.4 Vigas de cobertura
3.4.1 Formas
137,84
M²
18,62
69,07
2.566,58
9.520,61
12.087,19
3.4.2 Armadura
1.375,7
Kg
3,84
2,00
5.283,00
2.751,56
8.034,56
81
8
3.4.3 Concreto Fck 30 Mpa
11,03
M³ 301,35
150,72
3.323,89
1.662,44
4.986,33
3.5 Piso Concreto Armado
3.5.1 Formas 22,31
M²
18,62
69,07
415,41
1.540,95
1.956,36
3.5.2 Armadura
8.074,3
2
Kg 3,84
2,00
31.005,39
16.148,64
47.154,03
3.5.3 Concreto Fck 30 Mpa 55,68
M³ 301,35
150,72
16.779,17
8.392,09
25.171,26
3.5.4 Impermeabilização com manta
365,00
M²
44,80
-
16.352,00
-
16.352,00
3.5.5 Argamassa de proteção mecânica
159,00
M²
6,49
26,37
1.031,91
4.192,83
5.224,74
3.4 Fechamento moega
3.4.1 Formas
189,00
M²
18,62
69,07
3.519,18
13.054,23
16.573,41
3.4.2 Armadura
8.780,40
Kg
3,84
2,00
33.716,74
17.560,80
51.277,54
3.4.3 Concreto Fck 30 Mpa
65,04
M³ 301,35
150,72
19.599,80
9.802,83
29.402,63
3.4.4 Impermeabilização com manta
325,20
M²
44,80
-
14.568,96
-
14.568,96
3.4.5 Argamassa de proteção mecânica
341,33
M²
6,49
26,37
2.215,23
9.000,87
11.216,10
4 Placas divisórias de concreto pré moldado
4.1 Placas de concreto armado
4.1.1 Formas
2.238,06
M²
18,62
69,07
41.672,68
154.582,80
196.255,48
4.1.2 Armadura
86.257,38
Kg
3,84
2,00
331.228,34
172.514,76
503.743,10
4.1.3 Concreto Fck 30 Mpa
784,16
M³ 301,35
150,72
236.306,62
118.188,60
354.495,22
4.1.4 Grauteamento
9,45
M³ 426,30
289,10
4.028,54
2.732,00
6.760,54
5 Muretas e Bases de Proteção
5.1 Mureta carregamento
5.1.1 Alvenaria de bloco de concreto aparente 14x19x39cm
36,00
M²
30,16
41,74
1.085,76
1.502,64
2.588,40
5.2 Mureta descarga
5.2.1 Alvenaria de bloco de concreto aparente 14x19x39cm
88,00
M²
30,16
41,74
2.654,08
3.673,12
6.327,20
5.3 Mureta circulação
5.3.1 Alvenaria de bloco de concreto aparente 14x19x39cm
297,00
M²
30,16
41,74
8.957,52
12.396,78
21.354,30
5.4 Bases de proteção das divisórias
82
5.4.1 Formas
285,10
M²
18,62
69,07
5.308,56
19.691,86
25.000,42
5.4.2 Armadura
1.209,60
Kg
3,84
2,00
4.644,86
2.419,20
7.064,06
5.4.3 Concreto ciclópico
80,64
M³ 301,35
150,72
24.300,86
12.154,06
36.454,92
6 Fechamento do armazém
6.1 Fechamento lateral do armazém
6.1.1 Estrutura de madeira cambará
1.084,16 m
31,18
39,19
33.804,11
42.488,23
76.292,34
6.1.2 Telha de fibrocimento
1.598,00
M²
25,00
4,00
39.950,00
6.392,00
46.342,00
7 Piso Industrial
7.1 Piso de concreto armado do armazém
7.1.1
Piso em concreto armado FCK=35MPa, tela Q196, barras de transferência, espaçador treliçado, barras de ligação, selante e desempenado mecanicamente
14.062,12
M³
145,88
33,63
2.051.382,07
472.909,10
2.524.291,17
8 Cobertura do Armazém
8.1 Cobertura em telhas de fibrocimento
8.1.1
Cobertura em telhas de fibrocimento e=8mm
2.683,47
M²
37,58
32,66
100.844,80
87.642,13
188.486,93
8.1.2 Cumeeira de fibrocimento
250,00 m
20,85
7,00
5.212,50
1.750,00
6.962,50
8.2 Calha em fibra de vidro
8.2.1 Calhas e rufos em chapa de alumínio
646,88 m
125,50
-
81.183,44
-
81.183,44
8.3 Lanternin
8.3.1 Estrutura metáliza para lanternin
1,00 vb
221.883,00
-
221.883,00
-
221.883,00
8.4 Estrutura madeira de apoio à correia transportadora
8.4.1 Vigas de madeira cambará
826,00
M²
31,18
39,19
25.754,68
32.370,94
58.125,62
9 Estrutura civil interna
9.1 Laje do mezanino
9.1.2 Laje alveolar h=12cm
145,00
M²
215,46
23,02
31.241,70
3.337,90
34.579,60
9.3 Salas de apoio
9.3.1
Alvenaria de bloco de concreto aparente 14x19x39cm
1.366,00
M²
30,16
41,74
41.198,56
57.016,84
98.215,40
9.4 Sanitários
9.4.1 Cerâmica piso
56,04
M²
61,35
37,24
3.438,05
2.086,93
5.524,98
9.4.2 Cerâmica Paredes
182,34
M²
39,20
30,17
7.147,73
5.501,20
12.648,93
83
9.4.3 Louças e metais
1,00 vb 1.818,00
9.500,00
1.818,00
9.500,00
11.318,00
9.4.4 Instalações hidráulicas
1,00
Vb
10.700,00
-
10.700,00
-
10.700,00
10 Esquadrias
10.1 Portas em aço
10.1.1 Portas em aço galvanizado
16,00 un 2.277,87
109,74
36.445,92
1.755,84
38.201,76
11 Áreas Externas
11.1 Calçadas
11.1.1 Calçadas em concreto e=10cm
670,00
M²
27,35
26,90
18.324,50
18.023,00
36.347,50
11.2 Pintura epoxi
11.2.1 Pintura epóxi 2 demãos
17.014,43
M²
41,00
-
697.591,63
-
697.591,63
12 Itens Omissos
12.1 Retroescavadeira
18,00
mês
8.000,00
-
144.000,00
-
144.000,00
12.2 Caminhão basculante
18,00
mês
14.000,00
-
252.000,00
-
252.000,00
12.3 Caminhão munk
18,00
mês
8.000,00
-
144.000,00
-
144.000,00
12.4
Máquinas, equipamentos, guindaste, carretas
18,00
mês
42.000,00
-
756.000,00
-
756.000,00
TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO R$
11.454.871,96
R$ 4.783.628,
39
R$ 16.238.500,
35
84
APÊNDICE 4 – PLANILHA BDI EMPRESA A
CUSTO INDIRETO
custo armazé
m 15/10/2013
ITENS
QUANT
MESE
S UNITÁRIO PARCIAIS
1 ADMINISTRAÇÃO LOCAL
1.1 Engenheiro Residente
1 18 17.840,00
321.120,00
Engenheiro Planejamento
1 9 17.840,00
160.560,00
Engenheiro Produção
1 9 17.840,00
160.560,00
1.2 Encarregado geral 1 18 12.720,00
228.960,00
1.3 contra/Mestre 2 18 7.420,00
267.120,00
1.4 Técnico de Segurança 1 18 6.360,00
114.480,00
1.5 Topógrafo 1 6 6.360,00
38.160,00
1.6 Apontador 1 18 2.968,00
53.424,00
1.7 Vigia 3 18 3.500,00
189.000,00
1.8 administrativo 1 9 7.000,00
63.000,00
1.9 Aux. Administrativo 1 9 2.300,00
20.700,00
1.10 Almoxarife 1 18 2.800,00
50.400,00
1.11 Comprador 1 18 8.586,00
154.548,00
1.12 Recursos Humanos 0 0 -
-
1.13 Aux. Recursos Humanos 1 18 2.438,00
43.884,00
sub total 1.865.916,00
2 VEÍCULOS
2.1 Gol/Strada 3 18 1.200,00
64.800,00
2.2 Combustível 4 18 520,00
37.440,00
2.3 Manutenção 4 18 300,00
21.600,00
Journey 1 7 1.200,00
8.400,00
2.4 Onibus 3,5 18 3.500,00
220.500,00
-
sub-total 352.740,00
3 ALUGUÉIS
85
3.1 Casa func./Enc.Gerale Engº 1 18 4.500,00
81.000,00
3.2 barracão c/ reformas
16.000,00 -
ref./agua/luz/zelador 1 18
12.000,00 216.000,00
sub-total 297.000,00
4 VIAGENS
4.1 Supervisão 3 18 250,00
13.500,00
4.2 Encarregado 1 18 400,00
7.200,00
4.3 Técnico de Seg. 1 18 250,00
4.500,00
4.4. Pessoal 20 9 185,00
33.300,00
sub-total 58.500,00
4.5. REFEIÇÕES
funcionarios 147 18
20,00 52.920,00
Engenheiro - Profissionais
11 18
1.500,00 297.000,00
encarregados
6 18
1.300,00 140.400,00
sub-total 490.320,00
6 DIVERSOS
6.1 Vale Transporte
6.2 Seguro 147 18 15,00
39.690,00
6.3 Ferramental 30.000,00
6.4 Epis/uniformes 147 4 167,00
98.196,00
6.5 Mobilização equiptos 20.000,00
6.6 telefone 1 18 4.000,00
72.000,00
6.7 Mat.escrit./cópias 1 18 400,00
7.200,00
6.8 Taxas 1 18 400,00
7.200,00
sub-total
274.286,00
7 Projeto 1,00
-
8 Controle Tecnologico 15,00
4.000,00
60.000,00
9 Canteiro de obras
220,00
TOTAL
3.410.982,00
86
INDIRETO
TOTAL DIRETO
R$ 18.163.243,90
CUSTO DIRETO
18.163.243,90
CUSTO INDIRETO
3.410.982,00
CUSTO TOTAL . . . . . . . . . . . . .
21.574.225,90
ADM. CENTRAL . . . . . . . . . . . .
1,58%
IMPOSTOS . . . . . . . . . . . . . . . .
10,65%
IMPREVISTOS . . . . . . . . . . . . .
LUCRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10,00%
IMPOSTOS
PARTIC . . . . . . . . . . . . . . .
0,00%
PIS = 0,65%
TOTAL DAS TAXAS . . . . . . . .
22,23%
COFINS = 3,00%
k = 1,2858
CONTRIBUIÇÃ
O SOCIAL = 1,50%
I.R = 1,50%
Preço
=
27.738.906,08
ISS = 4,00%
10,65%
B D I = 1,5272
87
APÊNDICE 5 – PLANILHA BDI EMPRESA B
ITEM DISCRIMINAÇÃO UN quant
materiais mão-de-obra
Total
1. ADMINISTRACAO DA OBRA
1.1 Coordenador de contrato mês 25.617,58
0,00
1.2 Engenheiro G mês 18.074,95
0,00
1.3 Engenheiro F mês 16.228,20
0,00
1.4 Engenheiro E mês 18 15.261,15
274.700,70
1.5 Engenheiro D mês 14.234,72
0,00
1.6 Engenheiro C mês 12.812,28
0,00
1.7 Engenheiro de campo Terceirizado mês 12.772,03
0,00
1.8 Engenheiro B mês 11.207,52
0,00
1.9 Engenheiro A / Trainee mês 7.471,68
0,00
1.10 Engenheiro de Segurança mês 12.811,57
0,00
1.11 Engenheiro de Qualidade mês 9 14.231,76
128.085,84
1.12 Técnico de Edificações mês 9.127,49
0,00
1.13 Técnico de Qualidade mês 12.228,93
0,00
1.14 Técnico de Documentação mês 6.570,90
0,00
1.15 Técnico de Planejamento mês 9.130,91
0,00
1.16 Assistente administrativo B mês 9.130,91
0,00
1.17 Assistente administrativo E mês 4.824,54
0,00
1.18 Assistente técnico mês 12.773,39
0,00
1.19 Técnico de Segurança A mês 4.380,63
0,00
1.20 Técnico de Segurança A1 mês 4.214,46
0,00
1.21 Técnico de Segurança B mês 4.751,78
0,00
1.22 Técnico de Segurança C mês 5.935,86
0,00
1.23 Técnico de Segurança D mês 18 6.570,90
118.276,20
1.24 Técnico de Segurança E mês 7.852,01
0,00
1.25 Técnico de Segurança H mês 8.395,76
0,00
1.26 Supervisor Técnico de segurança mês 11.880,54
0,00
1.27 Supervisor de Construção Civil mês 14.596,35
0,00
88
1.28 Almoxarife mês 18 3.139,57
56.512,26
1.29 Supervisor de Obras A mês 11.880,54
0,00
1.30 Mestre geral especial mês 7.862,50
0,00
1.31 Mestre Especial mês 5.433,12
0,00
1.32 Mestre geral mês 6.011,36
0,00
1.33 Mestre comum mês 18 4.998,47
89.972,46
1.34 Contra Mestre mês 36 3.605,26
129.789,36
1.35 Porteiro/Vigia (1) mês 18 3.089,12
55.604,16
SUB-TOTAL 1. 0,00 852.940,98
852.940,98
2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS P/ ADMINISTRAÇÃO
2.1 Computador mês 100,00 0,00
2.2 Conta telefonica do canteiro mês 18 200,00 3.600,00
2.3 Telefone celular por unidade mês 120,00 0,00
2.4 Internet 3G mês 18 60,00 1.080,00
2.5 Aparelho de Radio comunicação Aluguel
ud/mês
110,00 0,00
2.6 Aparelho de Radio comunicação Compra
par 500,00 0,00
2.7 Xerox mês 6 200,00 1.200,00
2.8 Aluguel mensal de relogio ponto GSM mês 110,00 0,00
2.9 Instalação e programação do relógio ponto
un 70,00 0,00
2.10 Aluguel mensal de Equipamentos pequeno porte
mês 18 3.000,00 54.000,00
2.11 Materiais de expediente mês 18 500,00 9.000,00
2.12 Materiais de segurança (EPC) mês 18 500,00 9.000,00
2.13 Automóvel - Veiculo Proprio KM 40000
0,40 16.000,00
2.14 Automóvel - Veiculo Locado KM 0,20 0,00
2.15 Automóvel - Aluguel Mensal de Locação mês 1.050,00 0,00
2.16 Automóvel Utilitário com Motorista mês 5.800,00 0,00
2.17 Onibus para transporte de pessoal mês 12.500,00 0,00
2.18 Kombi Veiculo locado sem Motorista mês 2.350,00 0,00
2.19 Saveiro Veículo locado sem Motorista mês 1.300,00 0,00
2.20 Pick-up leve Veiculo Proprio KM 18 0,50 9,00
2.21 Pick-up leve Veiculo Locado KM 0,25 0,00
2.22 Kombi KM 0,50 0,00
2.23 Caminhão KM 0,60 0,00
SUB-TOTAL 2. 93.889,00 0,00 93.889,00
3. CANTEIRO DE OBRAS
3.1 Barraco para Escritório m² Incluso na planilha
3.2 Barraco para Sanitários m² Incluso na planilha
89
3.3 Barraco para vestiários m² Incluso na planilha
3.4 Barraco para refeitório m² Incluso na planilha
3.5 Telheiros para carpintaria e armação m² Incluso na planilha
3.6 Container para sanitário un.mês
Incluso na planilha
3.7 Container para sanitário padrão Petrobras
un.mês
Incluso na planilha
3.8 Container para escritório com sanitário un.mês
Incluso na planilha
3.9 Container para almoxarifado e vestiários un.mês
Incluso na planilha
3.10 Cobertura para Containers p/ obras na Petrobras
m² Incluso na planilha
3.11 Transporte para containeres Simples (ida e volta)
un Incluso na planilha
3.12 Transporte containeres duplo acoplado (ida e volta)
un Incluso na planilha
3.13 Saibro para vias de acesso m³ Incluso na planilha
3.14 Placa de obra m² Incluso na planilha
3.15 Consumo de água mês Incluso na planilha
3.16 Consumo de energia elétrica mês Incluso na planilha
3.17 Cercas e tapumes m² Incluso na planilha
3.18 Instalações de energia elétrica (alimentação e distribuição)
vb Incluso na planilha
3.19 Instalações de água vb Incluso na planilha
3.20 Instalações de esgoto (rede e fossas) vb Incluso na planilha
3.21 Caçamba para resíduos especiais (alimento)
un Incluso na planilha
3.22 Limpeza do canteiro mês
SUB-TOTAL 3. 0,00 0,00 0,00
4. DIVERSOS
4.1 Caminhão Basculante 12 M³ mês 10 12.000,00 120.000,00
4.2 Manitou alcance da lança 17 m c/ Operador+Diesel
mês 7 17.500,00 122.500,00
4.3 Manitou alcance da lança 25 m c/ Operador+Diesel
mês 28.000,00 0,00
4.4 Retroescavadeira própria mês 8 8.500,00 68.000,00
4.5 Caminhão Munck próprio mês 8 8.000,00 64.000,00
4.6 Equipe de Topografia mês 2 8.500,00 17.000,00
4.7 Andaimes m² 11,44 3,62
0,00
4.8 Elevador para materiais e pessoal H=15m
mês 10 5.000,00 50.000,00
4.9 Operador do Elevador – Servente mês 146,08 0,00
4.10 Aluguel de Escada metálica para acesso à obra
mês 1.500,00 0,00
4.11 Fretes na cidade da obra un 350,00 0,00
90
4.12 Pedagios un 18 60,00 1.080,00
4.13 Controle tecnológico m³ Incluso na planilha
4.14 Exames médicos cobrados pelo convenio (Obras com alturas elevadas)
un Incluso nas leis socias
#VALOR!
4.15 Plano de Saúde un Incluso nas leis socias
4.16 Despesas de ambulatório mês Incluso nas leis socias
4.17 Seguros de obra e de adiantamento vb 0,00
4.18 PCMAT e PPRA un Incluso na planilha
4.19 Plano de Separação Residuos un Incluso na planilha
4.20 Inflação Sobre Materiais 0,3 % Ao Mês mês - 0,00
4.21 Inflação Sobre Materiais com BDI diferenciado 0,3 % Ao Mês
mês - 0,00
4.22 Previsão Aumento Salarial mês
4.23 Horas Extras (sal médio = R$ 16,85) No. Pessoas
hrs 8,43
0,00
SUB-TOTAL 4. 442.580,00 0,00 442.580,00
5. MOBILIZAÇÃO
5.1 Refeição Para Administração (xx) un 100 12,00 1.200,00
5.2 Refeição Para Pessoal De Obra (xx) un 2700 10,67 28.809,00
5.3 Refeição Janta Pessoal Alojado ou Transferido(xx)
un 200 15,00 3.000,00
5.4 Fretes depósito – obra un 350,00 0,00
5.5 Aluguel casa para administração com luz e agua
mês 2.500,00 0,00
5.6 Aluguel casa para pessoal de obra com luz e agua
mês 18 2.500,00 45.000,00
5.7 Mobiliário para casa alugada ud 10.000,00 0,00
5.8 Adicional de 25% para pessoal transferido
vb 0,00
5.9 Alojamento/Aluguel para pessoal de obra
mês 500,00 0,00
5.10 Viagens pessoal de obra 1vez/mês (Onibus)
un 900 30,00 27.000,00
5.11 Viagens da diretoria un 3 200,00 600,00
5.12 Transporte do Engenheiro (viagens periódicas)
KM 0,40 0,00
SUB-TOTAL 5. 105.609,00 0,00 105.609,00
CUSTO DIRETO DA OBRA
MATERIAIS GB 1,00 11.454.871,96 11.454.871,96
MÃO-DE OBRA GB 1,00 4.783.628,39
4.783.628,39
TOTAL DO CUSTO DIRETO R$ 16.238.500,35
TOTAL DO D.I. GB 642.078,00 852.940,98
1.495.018,98
91
IMPREVISTOS % 2,00 12.096.949,96 5.636.569,37
354.670,39
ADMINISTRAÇÃO % 6,00 18.088.189,72
1.085.291,38
LUCRO % 15,0 19.173.481,10
2.876.022,17
IMPOSTOS
CSSL (Contribuição Social sobre Lucro) % 9,00 2.876.022,17
258.842,00
PIS 0,65 % S/ TOTAL -> 0,654 % 0,654 11.454.871,96 10.853.473,31
145.896,58
COFINS 3,1% SOBRE TOTAL % 3,00 11.454.871,96 10.999.369,89
673.627,26
IMPOSTO I.S.S. S/ MATERIAIS % 4,00 12.096.949,96 483.878,00
IMPOSTO I.S.S. S/ EMPRESA % 2,04 11.514.797,15
234.901,86
PREVIDENCIA SOCIAL % 1,50 11.454.871,96 12.391.777,01
357.699,73
TOTAL GERAL DA VENDA CALCULADO
24.204.348,70
TOTAL DO B.D.I. CALCULADO 1,49
B.D.I. ADOTADO 1,49
TOTAL GERAL DA VENDA
24.195.365,52
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