Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PRINCIPAIS SINTOMAS DE ESTRESSE PRÉ-COMPETITIVO DE ATLETAS INFANTO-JUVENIL DE
JUDÔ NO NORTE DO ESTADO DO PARANÁ
Bruno Gonçalves Sasada
LONDRINA PARANÁ
2012
i
DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus, por ter me guiado até aqui.
Aos meus pais, por toda confiança, apoio e amor.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força, pela garra de me manter sempre na luta por alcançar
meus objetivos e por todas as coisas boas que teve a me oferecer.
A toda a minha família que sempre esteve me educando, ensinando e motivando.
Principalmente aos meus pais que investiram em minha educação e que apesar de
tudo não me deixaram desistir.
Aos Meus amigos que sempre estiveram comigo em todos os momentos, pelas
conversas, parcerias, alegrias, momentos inesquecíveis e também ensinamentos,
amizades essas que espero levar para o resto de minha vida, pois sei que todos por
mais que sejam diferentes tem suas qualidades.
Aos meus professores de graduação por ter passado da melhor maneira que
puderam os seus conhecimentos para que eu venha a crescer na área, e em
especial ao Professor (sensei) Marcelo Seiji Missaka por ter me acolhido e me
ajudado a completar essa etapa da minha formação.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
iii
EPÍGRAFE
Praticar judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o
corpo obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da
precisão com que se usa a inteligência.
Jigoro Kano
iv
SASADA, Bruno Gonçalves. Principais sintomas de estresse pré-competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do Paraná. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2012.
RESUMO
O Judô hoje em dia tornou-se um dos esportes Olímpicos mais disputado obtendo
um grande número de praticantes. A dedicação, esforço, sacrifício e preparo do
atleta são fatores muito exigidos, além de muita cobrança de seus técnicos, pais e
de si próprio a alcançarem os melhores resultados e isso pode levá-los ao estresse.
Portanto, o presente estudo tem como objetivo identificar os principais sintomas de
estresse pré-competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do
Paraná dentro de um período de 24 (vinte e quatro) horas antes da competição.
Fizeram parte da amostra crianças de ambos os sexos da faixa etária de 10 e 12
anos de idade, da categoria infanto-juvenil praticantes de judô da região norte do
estado do Paraná. Para determinar a freqüência de ocorrência de sintomas de stress pré-competitivo foi utilizado o questionário Lista de Sintomas de Stress Pré-
Competitivo Infanto-Juvenil (LSSPCI) onde contem 31 questões. Para a análise dos
resultados foram tabulados os valores da Moda e valores percentuais utilizando o
programa Microsoft Office Excel. Foi possível verificar que alguns sintomas como
-
foram respondidos pela maioria dos sujeitos. Conclui-se que os
sintomas de estresse pré-competitivo que mais apareceram nas respostas dos
atletas foram às situações relacionadas com a responsabilidade e os que
proporcionam elevados níveis de ansiedade. Palavras-chave: Judô; pré-competitivo; infanto-juvenil; estresse.
v
ABSTRACT
Judo today became one of the most disputed Olympic sports getting a large number
of practitioners. The dedication, effort, sacrifice and preparation of the athlete is very
demanding factors, besides collecting a lot of their coaches, parents and himself to
achieve the best results and this can lead you to stress. Therefore, this study aims to
identify the main symptoms of stress pre-competitive athletes juvenile judo northern
Paraná state within a period of 24 (twenty four) hours prior to competition. The
sample of children of both sexes aged between 10 and 12 years of age, the juvenile
category of judo practitioners in the northern region of the state of Paraná. To
determine the frequency of symptoms of stress precompetitive will use the
questionnaire List of Stress Symptoms Pre-Competitive Children and Youth
(LSSPCI) which contains 31 questions. For analysis of the results will be tabulated
values Fashion and percentages using Microsoft Office Excel. We noticed that some
symptoms such as "I'm looking forward (to)," "I feel more responsible" and "I'm afraid
of making mistakes in the competition" were answered by most subjects. We
conclude that the pre-stress symptoms appeared more competitive than in the
athletes' responses to situations were related to responsibility and providing high
levels of anxiety.
Key Words: Judo, pre-competitive, the juvenile; stress.
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Frequência de queixas dos sintomas de "stress" pré-
competitivo dos atletas infanto-juvenil de judô do norte do
estado do Paraná (n= 47). Descrita em valores Percentuais.
10
Tabela 2 - Frequência de queixas dos sintomas de "stress" pré-
competitivo dos atletas infanto-juvenil de judô do norte do
estado do Paraná (n = 47). Moda das respostas que mais se
repetiram.
11
vii
LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS
LSSPCI - Lista de Sintomas de Stress Pré-Competitivo Infanto-Juvenil 08
SUMÁRIO
RESUMO iv
ABSTRACT v
LISTA DE TABELAS vi
LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS vii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01
1.2 Objetivo...................................................................................................... 02
2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 03
2.1 Histórico do Judô....................................................................................... 03
2.2 Competição esportiva................................................................................ 04
2.3 Estresse Competitivo................................................................................. 05
3 METODOLOGIA........................................................................................ 08
3.1 Caracterização do Estudo.......................................................................... 08
3.2 Amostra...................................................................................................... 08
3.3 Instrumento e Tarefa.................................................................................. 08
3.4 Análise Estatística...................................................................................... 09
4 RESULTADOS........................................................................................... 10
5 DISCUSSÃO.............................................................................................. 13
6 CONCLUSÃO............................................................................................ 16
7 REFERÊNCIAS 17
ANEXO I 20
ANEXO II 21
1 INTRODUÇÃO
O Judô é uma arte marcial conhecida como caminho suave. Um de seus
principais objetivos quando criado era para fortalecer o físico, a mente e o espírito de
forma integrada, além de servir como técnicas de defesa pessoal. A partir da
execução de golpes perfeitos para a derrota rápida de seus adversários, essa arte
teve uma grande aceitação em todo o mundo. Hoje em dia o Judô tornou-se um dos
esportes Olímpicos mais disputados obtendo um grande número de praticantes, o
que deixa as competições ainda mais acirradas.
E é através de competições que se avaliam quem são os melhores e mais
bem preparados atletas de cada modalidade esportiva. Para cada modalidade
existem diferentes técnicas, táticas, modos de preparação, demandas físicas e
psicológicas, mas todas têm como referencial a competição. Os atletas que
competem não vêem limites para alcançar os melhores e mais desejados resultados.
Mas para isso exige muito esforço, sacrifício, preparo e dedicação e muita cobrança
de seus técnicos e de si mesmo, o que pode acarretar muito estresse ao atleta.
O estresse independentemente do nível do atleta é um dos fatores
psicológicos mais freqüentes no esporte competitivo (DE ROSE JR, 1999). E a
intensidade das respostas emocionais ocorre pela maneira com que o atleta
interpreta a situação. Essas respostas podem ser positivas podendo ajudar o atleta a
alcançar seus objetivos. Mas geralmente será negativa, juntamente com cobranças
internas e externas, fazendo com que a situação se torne uma ameaça ao seu bem
estar e auto-estima.
A competição esportiva, nem sempre representa uma fonte de estresse para o
atleta. Para alguns atletas as competições podem ser motivadoras e desafiadoras,
já para outros, pode representar ameaça a seu bem estar psicológico, físico e social
(STEFANELLO, 2007). E com essa pressão emocional excessiva e o estresse
imposto pelos pais e técnicos, na participação esportiva da criança, objetivando o
sucesso merece uma análise mais aprofundada e científica.
2
1.2 Objetivo
O objetivo deste estudo foi identificar os principais sintomas de estresse pré-
competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do Paraná dentro de
um período de 24 (vinte e quatro) horas antes da competição.
3
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Histórico do Judô
derivação do Jiu-jitsu. Esse esporte foi criado pelo mestre Jigoro Kano, nascido em
28 de outubro de 1860, em Mikage, distrito de Hyogo, filho de Jirosaku Maresiba
-Jitsu com dezessete anos com o
Mestre Fukuda da Escola Coração do Salgueiro, também treinou com mestre Likugo,
e Iso. Treinou também em outras escolas buscando o conhecimento que permitia
formar um conjunto de regras, técnicas e princípios que vieram a constituir o Judô
(VIRGÍLIO,1986).
Kano se preocupa com a falta de moral e ética do Jiu-jitsu e também com a
inexistência de princípios científicos e pedagógicos e com os perigos que essas
técnicas representavam. Assim com alguns alunos, foram para o tempo budista de
Eishosi onde analisou e estudou as técnicas evidenciadas na época, separando o
que havia de bom, criando-se assim novas quando necessário e surgindo então, um
método novo para fusão de técnicas do antigo Jiu-Jitsu e dos princípios morais,
éticos e pedagógicos, criando assim o instituto Kodokan, que existe até os dias de
hoje, em fevereiro de 1882 (KODOKAN, 1955).
O Judô Kodokan então era destinado à formação do homem através da luta
corporal e do aperfeiçoamento moral, baseada nos princípios filosóficos e
valorização do caráter, que era a essência do espírito marcial dos samurais, o
"Budo". Segundo Santos (2009) a nova arte marcial foi sintetizada em três princípios:
Ju, suavidade; Seiryoku-Zen-Yo, máxima eficiência com mínimo esforço; Jita-Kyoei,
bem estar e benefícios mútuos; que com eles, Kano preconizava o desenvolvimento
integral do ser humano, unindo arte e filosofia.
Suzuki (1986) afirma que a divulgação do Judô ganha proporções mundiais
pelo próprio Kano, que era por meio de explanações, demonstrações práticas da
arte marcial para a elite ocidental que residia ou visitava o Japão. Segundo Virgílio
(1986), em 1889 a 1891, ele percorreu a Europa, realizando conferências e
demonstrações, e em 1902 e 1905, esteve na China.
Alguns trabalhos (SOARES, 1977; GARCIA, 1995; AMORIM, 1997.)
relacionam o pioneirismo de Mitsuyo Maeda na divulgação, demonstração e
4
introdução do Judô no Brasil. Já Hunger et al. (1
escassez da bibliografia sobre o assunto, onde apenas em 1922, surge no país o
nome de Maeda.
O Judô como prática corporal oriental, vem se tornando durante as últimas
décadas uma potência como modalidade esportiva, surgindo a federação de âmbito
internacional, estabelecendo as regras e padronizando as técnicas (HUNGER et al.,
1995).
2.2 Competição esportiva
No esporte aspectos como confronto, disputa, resultado, avaliação e seleção
são alguns dos fatores destacados, além de outros que são inevitáveis em uma
competição como a busca pela vitória, a derrota, as pressões, a alegria e a
frustração. O ser humano compete pela sobrevivência desde o nascimento até a
morte em tudo que atua: família, escola e trabalho, mas isso fica mais evidente no
cada vez mais enraizado no cotidiano das pessoas tem o significado de desafio e
(CAILLOIS, 1988).
-se à ocasião na qual o atleta tem a
oportunidade de demonstrar suas qualidades (físicas, técnicas, táticas e
psicológicas), seja em um jogo, uma prova ou um confronto entre dois ou mais
competidores em busca de um mesmo objetivo, a vitória.
As categorias competitivas geralmente são formadas de jovens com intervalos
de dois anos na faixa etária; na maioria das vezes, as crianç
tenham melhor desempenho. Somado a isto, o estágio maturacional intensifica as
diferenças, pois é notório que as crianças com desenvolvimento físico precoce são
privilegiadas (RÉ et al., 2003). Outro fator muito freqüente é a constante avaliação
social, cobrança por vitórias e especialização do treinamento, fatores que podem
levar á possíveis riscos de falha deste modelo competitivo. Fatores como esses
5
fazem com que muitas crianças tenham poucas oportunidades de vitória tanto em
competições como nos treinamentos, o que pode provocar estresse e frustração.
Poderia ser dito desaconselhável para crianças as competições se forem
analisar todos os riscos envolvidos. Porém não se deve partir deste pressuposto, e
sim considerar como parte integrante do processo de formação esportiva, tendo o
cuidado de averiguar qual o impacto psicológico provocado na criança. Assim
partindo desse entendimento, a estrutura competitiva pode ser mais bem formulada,
atendendo às reais necessidades das crianças nesta etapa que pode ser
considerada determinante para o sucesso (RÉ; DE ROSE JR; BÖHME, 2004).
fundamentais para a obtenção do sucesso desejado e, que, muitas vezes pode levá-
lo a vivenciar situações provocadoras de estresse que poderão afetar
DE ROSE JR, 2002).
2.3 Estresse Competitivo
O fenômeno estresse foi pela primeira vez explicado cientificamente por Selye
(1956), ele definiu-o como uma síndrome, onde consiste em todas as mudanças não
especificas do sistema biológico. Tempos depois Lazarus (1966) mudou e ampliou
este conceito de Selye, interpretando-o como um estimulo que provoca um agente
chamado estressor, onde desencadeia uma reação emocional especifica de acordo
com a percepção do indivíduo à situação e de sua capacidade de lidar com este
agente estressor.
Coelho (1998) define o stress como sendo um desequilíbrio psicossomático,
proveniente de uma situação específica de ameaça a integridade física e mental do
indivíduo. Os mesmos autores também propõem um modelo onde o stress é um
efeito resultante de causas de ameaças psicológicas e físicas. Este fato ocorre
devido à percepção que o indivíduo tem da situação e não da situação em si. Isto
significa que a situação por si só não leva o indivíduo ao stress, mas sim a
percepção que ele tem da situação específica e dela ser ou não ameaçadora.
Scanlan (1982), demonstrou que para a criança o estresse em atividades
esportivas ocorre quando a criança atleta sente-se incapaz de atender com sucesso
à demanda da performance em uma situação competitiva. Isso resulta num
sentimento de incompetência e de falha que ameaça a auto-estima da criança.
6
Magill, Ash e Smoll (1982), para explicar o fenômeno estresse apresentou um
modelo de quatro estágios. O modelo sugere que o stress no primeiro estágio
começa quando o individuo confronta-se com uma situação que apresenta algum
tipo de limitação, ou oportunidade. Pelos autores essa situação é vista como sendo
um estimulo imediato externo ou interno tais como pensamentos, imagens e
memórias. Este estimulo é usado como condição que implica na necessidade para
algum tipo de ação ou ajustamento.
A interpretação da situação pelo indivíduo é caracterizada como segundo
estágio, onde a natureza da demanda, sua importância, e a capacidade do individual
(habilidade, tempo, motivação) são avaliados. Essa interpretação sobre a situação
leva-o a gerar uma resposta emocional a qual representa o próximo estágio. Alguns
estados emocionais desconfortáveis tais como ansiedade, raiva e culpa constituem
as principais causas do stress e são vistos neste modelo como tendo componentes
fisiológicos e cognitivos.
E o último estágio representa as conseqüências emocionais,
comportamentais e psicológicas. Conseqüências comportamentais essas, originárias
ou advindas da competição desportiva que influem na auto-avaliação da
performance, levando a criança atleta a continuar ou não na atividade, avaliando as
interações com os colegas, técnico ou pais. Essas conseqüências psicológicas
passadas, afetarão futuras atitudes e sentimentos de satisfação sobre sua
experiência de participação.
Algumas pessoas defendem a importância do esporte na vida de uma criança,
e dizem que o esporte organizado é um bom instrumento de socialização, que
promove a amizade entre os participantes, ensinado-as a competirem e cooperarem,
ajudando também no desenvolvimento da auto-identidade, dando-as oportunidades
de aperfeiçoar suas potencialidades físicas, emocionais e intelectuais e a quebrar as
barreiras sociais. (FELLER, 1978).
Thomas (1978), diz que pelo fato da criança vencer faz com que ela veja a si
própria como tendo grande habilidade, enquanto o fato de perder resulta na
percepção de incompetência e de pouca habilidade, assim acarretando a ela uma
baixa auto-estima e assim um alto nível de stress.
Harris (1973), concluiu em um estudo sobre o stress em jogadores de ligas
infantis de basebol que as crianças que são eliminadas quando estão na posição de
rebatida, em frente a uma torcida composta pelos pais, amigos e outros,
7
experimentam um grande stress, principalmente pela sensação de ridículo, a qual
não estão acostumados a lidar.
Como vemos muitos fatores podem levar as crianças praticantes de esporte
ao stress. Muitos psicologistas desportivos dizem que a pressão de vencer a
qualquer custo imposta às crianças pelos pais, técnicos e professores, leva-as a
irem além de suas potencialidades físicas e emocionais, aumentando em muito as
chances de contundirem-se. Confirmando esse fato um estudo feito por Torg,
Pollack e Sweterlitsch (1972) mostram que crianças sob pressão psicológica estão
mais expostas a lesões, e essas com mais gravidade do que outras que não estão
sob esta pressão.
Cobra (2003) diz que o estresse costuma ser um grande vilão gerando uma
grande pressão na vida das pessoas, mas ele também pode ser altamente positivo.
Este tipo de estresse quando exigidos nos coloca no melhor de nosso desempenho,
sendo um fator que é natural do organismo. Assim quando temos que agir em
determinada situação enchem nossa corrente sanguínea com estimulantes e essa
descarga de hormônios estimulantes é capaz de nos deixar eufóricos e de não
sentirmos dor em uma hora de risco, vindo a ser uma fator muito positivo para
determinadas situações.
8
3 MÉTODOS 3.1 Caracterização do Estudo Nesse estudo foi feito à coleta dos dados em um único momento,
delineamento transversal, e utiliza a metodologia descritiva para identificar os
principais sintomas de estresse pré-competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do
norte do estado do Paraná. A pesquisa descritiva é um tipo de pesquisa que se
preocupa com o status e seu valor está baseado na análise e descrição objetivas e
completas (THOMAS; NELSON, 2002).
3.2 Amostra
Fizeram parte da amostra 47 crianças de ambos os sexos da faixa etária de 10
a 12 anos de idade, da categoria infanto-juvenil praticantes de judô da região norte
do estado do Paraná, que participaram do campeonato Torneio Paranaense de
Judô Região Norte, realizado em Ibiporã, Paraná. Tanto as crianças como seus
pais ou responsáveis foram informados a respeito dos objetivos e procedimentos da
pesquisa. Assim, os pais que concordaram com a participação, assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a participação no estudo.
Consta em Anexo 01 o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
3.3 Instrumento e Tarefa
Para a coleta dos dados, foi utilizado o questionário Lista de Sintomas de
Stress Pré-Competitivo Infanto-Juvenil (LSSPCI), que é um instrumento específico
para determinar a freqüência de ocorrência de sintomas de stress pré-competitivo
em atletas a partir de 10 anos de idade, que competem em eventos oficiais de nível
municipal, regional, estadual, nacional e internacional. O instrumento apresenta 31
sintomas de stress, onde o avaliado deve escolher, dentre uma escala de 1 a 5 (um
a cinco), com que freqüência determinado sintoma acontece com ele durante as 24
horas que antecedem a competição (DE ROSE JR). O questionário foi entregue aos
atletas minutos antes da entrada para o combate.
9
O pesquisador se manteve a todo o momento presente na aplicação dos
questionários, assim como para esclarecimento de qualquer dúvida em relação às
questões.
Consta em Anexo 02 o questionário Lista de Sintomas de Stress Pré-
Competitivo Infanto-Juvenil.
3.4 Análise Estatística
Os resultados obtidos do questionário foram analisados e tabulados os valores
da Moda e valores percentuais utilizando o programa Microsoft Office Excel, os
quais estão expostos no trabalho, seqüencialmente, conforme as perguntas foram
elaboradas.
10
4 RESULTADOS
Após a coleta de dados foi feita a tabulação dos dados, que na Tabela 1
apresentam os valores percentuais de queixas dos sintomas de "stress" pré-
competitivo dos atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do Paraná.
Tabela 1: Frequência de queixas dos sintomas de "stress" pré-competitivo dos atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do Paraná (n= 47). Descrita em valores Percentuais. Sintomas
Respostas/ Freqüência Nunca Poucas Algumas Muitas Sempre Vezes Vezes Vezes % % % % %
1. Meu coração bate mais rápido que o normal 34,0 42,6 10,6 8,5 4,3 2. Suo bastante 17,0 36,2 29,8 8,5 8,5 3. Fico agitado (a) 23,4 48,9 14,9 6,4 6,4 4. Fico preocupado (a) com críticas das pessoas 53,2 25,5 12,8 4,3 4,3 5. Sinto muita vontade de fazer xixi 57,4 29,8 6,4 2,1 4,3 6. Fico preocupado (a) com meus adversários 25,5 42,6 12,8 12,8 6,4 7. Bebo muita água 23,4 31,9 25,5 6,4 12,8 8. Roo (como) as unhas 63,8 10,6 10,6 8,5 6,4 9. Fico empolgado (a) 25,5 25,5 23,4 8,5 17,0 10. Fico aflito (a) 44,7 42,6 8,5 4,3 0 11. Tenho medo de competir mal 48,9 17,0 8,5 8,5 17,0 12. Demoro muito para dormir 44,7 17,0 23,4 2,1 12,8 13. Tenho dúvidas sobre minha capacidade de competir 42,6 31,9 8,5 6,4 10,6 14. Sonho com a competição 51,1 27,7 4,3 0 17,0 15. Fico nervoso (a) 23,4
34,0
19,1
6,4
17,0
16. Fico preocupado (a) com o resultado da competição 14,9 36,2 10,6 12,8 25,5 17. Minha boca fica seca 42,6 36,2 4,3 8,5 8,5 18. Sinto muito cansaço ao final do treino 25,5 31,9 23,4 4,3 14,9 19. A presença de meus pais na competição me preocupa 66,0 14,9 0 4,3 14,9 20. Falo muito sobre a competição 38,3 19,1 12,8 10,6 19,1 21. Tenho medo de perder 42,6 23,4 6,4 2,1 25,5 22. Fico impaciente 48,9 25,5 10,6 2,1 12,8 23. Não penso em outra coisa a não ser na competição 40,4 19,1 14,9 6,4 19,1 24. Não vejo a hora de competir 19,1 36,2 8,5 17,0 19,1 25. Fico emocionado (a) 31,9 31,9 8,5 8,5 19,1 26. Fico ansioso (a) 19,1 25,5 14,9 12,8 27,7 27. No dia da competição acordo mais cedo que o normal 48,9 14,9 10,6 10,6 14,9 28. Tenho medo de decepcionar as pessoas 48,9 12,8 10,6 6,4 21,3 29. Sinto-me mais responsável 12,8 29,8 14,9 10,6 31,9 30. Sinto que as pessoas exigem muito de mim 31. Tenho medo de cometer erros na competição
51,1 17,0 8,5 8,5 14,9
17,0 29,8 17,0 4,3 31,9
As respostas que mais se repetiram (Moda) estão descritas na Tabela 2.
11
Tabela 2. Frequência de queixas dos sintomas de "stress" pré-competitivo dos atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado do Paraná (n = 47). Moda das respostas que mais se repetiram. Sintomas
Moda das Respostas do
Questionário LSSPCI
1. Meu coração bate mais rápido que o normal Poucas Vezes 2. Suo bastante Poucas Vezes 3. Fico agitado (a) Poucas Vezes 4. Fico preocupado (a) com críticas das pessoas Nunca 5. Sinto muita vontade de fazer xixi Nunca 6. Fico preocupado (a) com meus adversários Poucas Vezes 7. Bebo muita água Poucas Vezes 8. Roo (como) as unhas Nunca 9. Fico empolgado (a) Nunca/ Poucas vezes* 10. Fico aflito (a) Nunca 11. Tenho medo de competir mal Nunca 12. Demoro muito para dormir Nunca 13. Tenho dúvidas sobre minha capacidade de competir Nunca 14. Sonho com a competição Nunca 15. Fico nervoso (a) Poucas Vezes 16. Fico preocupado (a) com o resultado da competição Poucas Vezes 17. Minha boca fica seca Nunca 18. Sinto muito cansaço ao final do treino Poucas Vezes 19. A presença de meus pais na competição me preocupa Nunca 20. Falo muito sobre a competição Nunca 21. Tenho medo de perder Nunca 22. Fico impaciente Nunca 23. Não penso em outra coisa a não ser na competição Nunca 24. Não vejo a hora de competir Poucas Vezes 25. Fico emocionado (a) Nunca/ Poucas vezes* 26. Fico ansioso (a) Sempre 27. No dia da competição acordo mais cedo que o normal Nunca 28. Tenho medo de decepcionar as pessoas Nunca 29. Sinto-me mais responsável Sempre 30. Sinto que as pessoas exigem muito de mim 31. Tenho medo de cometer erros na competição
Nunca Sempre
* Não foi observada somente uma moda. A resposta "Nunca", quanto "Poucas Vezes" foram citadas por 25,5% dos sujeitos no sintoma 9 e por 31,9% dos sujeitos no sintoma 25.
A partir da análise dos dados foi possível verificar que, conforme dados da
Fico ansioso
-
foi respondido por 31,9% dos sujeitos (sempre).
Outros sintomas de estresse que são encontrados poucas vezes mais nem
preocupado (a) com meus a
12
(36,2%).
13
5 DISCUSSÃO
Considerando que o estresse pré-competitivo pode ser um fator
influenciador no desempenho dos atletas em competições e até mesmo um fator que
pode vir a gerar a desistência da modalidade pelo atleta, o objetivo do estudo foi
identificar os principais sintomas de estresse pré-competitivo de atletas infanto-
juvenil de judô do norte do estado do Paraná dentro de um período de 24 (vinte e
quatro) horas antes da competição.
representada pela maioria dos atletas que participaram da pesquisa. A ansiedade
como é mostrada em dicionários tem o significado de comoção aflitiva do espírito
que receia que uma coisa suceda ou não; sofrimento de quem espera o que é certo
vir; impaciência. Já em aspectos técnicos, pode-se entender a ansiedade como uma
manifestação animal que pode vir a nos beneficiar ou prejudicar. A intensidade de
ansiedade vivenciada pelo atleta depende de sua personalidade e de seu modo de
encarar diversas situações como também de seu preparo psicológico. Um nível
elevado de ansiedade pode causar preocupação, agitação do corpo e nervosismo,
que pode vir a prejudicar a performance dos atletas se não for controlado
(WEINBERG & GOULD, 2001).
Costa, Ruffoni e Dutra em um estudo que visa identificar os principais
sintomas de estresse pré-competitivo infanto-juvenil da equipe Ruffoni de judô
também obtiveram
ção bate mais rápido que o
neste estudo.
Outras questões que também apresentaram os números percentuais mais
elevados foram a 29, onde os atletas sentem-se mais responsáveis e a questão 31,
onde os jovens têm medo de cometer erros na competição. Filho e Zaballa (2009)
em um estudo que se avaliou o nível de estresse pré-competitivo em alunas de
equipes escolares de voleibol feminino encontraram resultados semelhantes, e
diziam que estas questões estão ligadas diretamente com as conseqüências
14
comportamentais e psicológicas do estresse, fatores esses que são intrínsecos
podendo variar de pessoa para pessoa, mas que ocorrem provavelmente por fatores
extrínsecos como a cobrança dos colegas, treinador e ou dos pais e provavelmente
esta responsabilidade seja leva até durante o jogo.
Em outro estudo Oliveira, Siqueira e Götze que buscavam identificar e
comparar os sintomas mais freqüentes de estresse pré-competitivo em atletas
universitárias que atuam no handebol e no voleibol feminino, com idades entre 17 e
28 anos, mostram que na modalidade do handebol as questões mais valorizadas se
cometer erros na c -me mais
preocupado (a) com o resultado da -
pensamento do atleta.
A ansiedade cognitiva se resume em dificuldade de concentração e atenção,
são pensamentos negativos e preocupações sobre o desempenho (MARTENS,
1990). Algumas atividades como, por exemplo, golfe, tiro ao alvo, dança e o judô,
necessitam de uma maior concentração, estratégia e agilidade psicomotora fina, e
com este tipo de ansiedade aumentada pode resultar em efeitos negativos. Bocchini
(2008), afirma que a ansiedade cognitiva pode gerar algumas reações como medo,
desinteresse, apatia e apreensão, assim quando este tipo de ansiedade é elevada,
pode causar efeitos negativos no contexto esportivo, como uma diminuição da
concentração e da agilidade psicomotora fina.
Alguns sintomas de estresse que foram relatados como se os atletas tiveram
isiológicas colocando o
organismo como um todo em estado de alerta, tendo como resultados o aumento
dos níveis de adrenalina e cortisol. Martens (1990) ressalta que é essencial para
atividades desportivas que requerem velocidade, resistência e força um elevado
nível de ativação através da ansiedade somática. Porem esse nível de ansiedade
somática elevado seria prejudicial para habilidades complexas que exigem
15
motricidade fina, coordenação, equilíbrio e concentração. Deste modo o autor afirma
que a ansiedade somática deverá influenciar o desempenho inicial do atleta que
estão se sentindo nervosos e tensos, e ter o mínimo de impacto no desempenho
posterior.
16
6 CONCLUSÃO
Foi possível verificar neste estudo com base na analise dos resultados,
que apesar de suas limitações, se assemelham também aos encontrados na
literatura, que os sintomas de estresse pré-competitivo que mais apareceram nas
respostas dos atletas foram às situações relacionadas com a responsabilidade.
Outros sintomas que também apareceram foram os que proporcionam elevados
níveis de ansiedade, fatores estes que são vistos como os que mais podem interferir
no desempenho esportivo de atletas.
A forma com que o estresse afeta cada indivíduo é personalizado, por isso
deve ser um ponto de preocupação, pois uns podem apresentar maiores níveis de
estresse que os demais ou apresentar alguns sintomas mais que os outros,
principalmente quando ocorre cobrança social principalmente dos treinadores e dos
pais.
A participação da criança e do jovem no esporte competitivo necessita de
muitos cuidados que devem ser tomados e dependem de informações que possam
ser disponibilizado para os responsáveis por esses treinamentos e da sua boa
vontade de utilizá-las corretamente em seu trabalho.
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7 REFERÊNCIAS AMORIM, A.R. Perfil fisiológico e psicológico na performance de atletas adolescentes judocas: implicações da especialização precoce. Rio Claro: UNESP, Instituto de Biociências, Departamento de Educação Física, 1997. BOCCHINI, D.; MORIMOTO, L.; REZENDE, D.; CAVINATO, G.; LUZ, L. M. R. Analise dos tipos de ansiedade entre jogadores titulares e reservas de futsal. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v.6, ed. especial, p. 522-532, jul. 2008. CAILLOIS, R. The structure and classification of games. In W.J. Morgan and K.V. Meier (eds), Philosophic inquiry in sport. Champaign (Ill), Human Kinetics, p.7- 15, 1988. COBRA, Nuno. A semente da vitória. 47. Ed. São Paulo: editora Senac, 2003. COELHO, R. W. A influência da experiência, do sexo e da característica do esporte no nível de stress do técnico desportivo frente a situação competitiva. Treinamento Desportivo, 3 (2), p 19-26, 1998.
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ANEXO 01 - TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO Titulo da pesquisa:
-competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do norte Pesquisador responsável: Bruno Gonçalves Sasada Orientador: Prof. Marcelo Seiji Missaka Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa estresse pré-competitivo de atletas infanto-juvenil de judô do norte do estado
realizado no Torneio Paranaense de Judô Região Norte. O objetivo da pesquisa é -competitivo de atletas infanto- A sua participação é muito importante e ela se daria da seguinte forma (Os dados serão coletados mediante um questionário onde identificará com que freqüências ocorrem os sintomas de estresse pré-competitivo). Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratados com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade. Os benefícios esperados são trazer contribuições positivas aos estudos na área da saúde e esportiva para uma melhora no rendimento de seus atletas. Informamos que o senhor não pagará nem será remunerado por sua participação. Londrina, ___ de ___________ de 2012. _____________________________ Pesquisador: Bruno Gonçalves Sasada _________________________________________(nome por extenso do sujeito de pesquisa), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima. Assinatura : _____________________________________ Data: ______________________
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ANEXO 02 QUESTIONÁRIO
-COMPETITIVO INFANTO-JUVENIL (LSSPCI). Caro atleta:
Estamos interessados em conhecer algumas coisas relacionadas à
competição. Tente se lembrar de tudo que acontece com você no período de 24
horas antes de uma competição e marque com um X o espaço equivalente a
resposta da sua escolha, de acordo com a classificação apresentada abaixo. Não há
respostas certas ou erradas. Não deixe nenhuma resposta em branco.
Sintomas
Nunca
Poucas Vezes
Algumas Vezes
Muitas Vezes
Sempre
1- Meu coração bate mais rápido que o normal. 1 2 3 4 5 2- Suo bastante. 1 2 3 4 5 3- Fico agitado (a). 1 2 3 4 5 4- Fico preocupado (a) com críticas das pessoas. 1 2 3 4 5 5- Sinto muita vontade de fazer xixi. 1 2 3 4 5 6- Fico preocupado (a) com meus adversários. 1 2 3 4 5 7- Bebo muita água. 1 2 3 4 5 8- Roo (como) as unhas. 1 2 3 4 5 9- Fico empolgado (a). 1 2 3 4 5 10- Fico aflito (a). 1 2 3 4 5 11- Tenho medo de competir mal. 1 2 3 4 5 12- Demoro muito para dormir. 1 2 3 4 5 13- Tenho dúvidas sobre minha capacidade de competir.
1 2 3 4 5
14- Sonho com a competição. 1 2 3 4 5 15- Fico nervoso (a). 1 2 3 4 5
16- Fico preocupado (a) com o resultado da competição.
1 2 3 4 5
17- Minha boca fica seca. 1 2 3 4 5
18- Sinto muito cansaço ao final do treino. 1 2 3 4 5 19- A presença de meus pais na competição me preocupa.
1 2 3 4 5
20- Falo muito sobre a competição. 1 2 3 4 5 21- Tenho medo de perder. 1 2 3 4 5 22- Fico impaciente. 1 2 3 4 5
23- Não penso em outra coisa a não ser na competição.
1 2 3 4 5
24- Não vejo a hora de competir. 1 2 3 4 5 25- Fico emocionado (a). 1 2 3 4 5 26- Fico ansioso (a). 1 2 3 4 5 27- No dia da competição acordo mais cedo que o normal.
1 2 3 4 5
22
28- Tenho medo de decepcionar as pessoas. 1 2 3 4 5 29- Sinto-me mais responsável. 1 2 3 4 5
30- Sinto que as pessoas exigem muito de mim. 1 2 3 4 5 31- Tenho medo de cometer erros na competição. 1 2 3 4 5
OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO.
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