Post on 04-Jul-2015
Avaliação de Investimentos Societários
Contabilidade Avançada
Prof. Ricardo Biali Ribeiro
2
Investimentos - Legislação
� Para o ATIVO, o art. 179 trata que “As contas serão classificadas do seguinte modo:� [...]
� III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;”
Fonte: lei 6.404/76
2
3
Investimentos temporários e permanentes
� Investimentos voluntários;� Participações em coligadas ou controladas;
� Investimentos com incentivos fiscais;� Exemplos:
� Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR);
� Fundo de Investimentos da Amazônia (FINAM);
� Fundo de Reestruturação do Espírito Santos (FUNRES).
Fonte: Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)
3
4
Modelo do Plano de Contas
� Ativo Não Circulante (art. 178, II, lei 6.404/76)� Realizável a Longo Prazo
� Investimentos temporários� Títulos e valores mobiliários
� Depósitos para Investimentos com Incentivos
� FINOR
� FINAM
� FUNRES
� Participações em Fundos de Investimentos
� FINOR
� FINAM
� FUNRES
� Provisão para perdas (conta credora)
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)
4
5
Modelo do Plano de Contas
� Ativo Não Circulante (art. 178, II, lei 6.404/76)� Investimentos
� Participações Permanentes em outras Sociedades� Avaliadas pelo método da equivalência patrimonial
� Em sociedades controladas (conta por empresa)� Em sociedades coligadas (conta por empresa)� Ágio ou deságio dos investimentos (conta por empresa)� Provisão para perdas (conta credora)
� Avaliadas pelo método do custo� Em sociedades (conta por empresa)� Participações em fundos de investimentos (ex. FINOR,
FINAM, FUNRES)� Provisão para perdas (conta credora)
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)5
6
Modelo do Plano de Contas
� Ativo Não Circulante (art. 178, II, lei 6.404/76)� Investimentos
� Outros investimentos permanentes� Obras de arte
� Terrenos e imóveis para futura utilização
� Provisão para perdas (conta credora)
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)
6
7
Métodos de avaliação dos investimentos permanentes
� Método do custo (art. 183, III, lei 6.404/76)� Quando não houver coligação ou controle
� Método da Equivalência Patrimonial (art. 248, lei 6.404/76)� Quando houver coligação ou controle
� Qual a definição de coligação e controle?
7
8
Definição de Coligadas
� Segundo a Lei 6.404/76:
� ANTES: Art. 243, § 1º “São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.”
� AGORA: Art. 243, § 1º “São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)”
8
9
� A influência significativa pode ocorrer:� representatividade do conselho diretor;
� participação no processo político da Cia.;
� transações de materiais entre as Cia.’s;
� integração de pessoal de gestão;
� dependência tecnológica;
� o percentual que o investidor possui em relação a outras holdings.
(SCHROEDER, 2009, p. 324, tradução livre).
9
Definição de Coligadas: Influência Significativa
10
� Segundo Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006) o Controle ocorre “quando a empresa investidora possui o controle acionário representado por mais de 50% do capital votante de outra sociedade.”
� Lei 6.404/76, art. 243, § 2º: � “Considera-se controlada a sociedade na qual a
controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.”
10
Definição de Controle
11
Investimentos Societários
11
Fonte: adaptado de Schroeder et al (2009, p. 330), tradução livre.
- Consolidação- Equivalência Patrimonial
- Método do Custo
Métodos de Contabilização
10050200Percentual do
proprietário
Ações Ordinárias
Contabilidade para investimentos em valores mobiliários
� Obs.: O art. 247, da lei 6.404/76 prevê que as notas explicativas dos investimentos devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações com a companhia.
12
� Os investimentos são registrados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas.
� O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação por subscrição relativa a aumento de capital, ou ainda pela compra de ações de terceiros, quando a base do custo é o preço total pago.� Obs.: segundo a legislação do imposto sobre a renda em
vigor (RIR/99), nenhuma provisão para perdas éconsiderada dedutível. Como não é dedutível, tal provisão aparecerá como ajuste no LALUR.
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)12
Método de Custo
13
� Ex.: a empresa A adquire, a vista, 10% das ações da empresa B, por $ 5.000, e acorda em não exercer qualquer influência significativa:
� Contabilização:� D – AñC; Investimentos; Avaliados p/ Método de Custo; <nome da
sociedade>� C – Disponibilidades..................................................... $ 5.000
� As receitas dos investimentos são reconhecidas pelos dividendos.Tal receita é considerada operacional. � D – Dividendos a receber (AC)� C – Outras receitas ou despesas operacionais (DRE)
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)
13
Método de Custo
14
Método da Equivalência Patrimonial
� O conceito é baseado no fato de que os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos no momento de sua geração, independentemente de serem distribuídos.
� Diferenças:� Método de Custo = atos formais;
� Método de Equivalência Patrimonial = aspectos econômicos (conjuntura);
Fonte: adaptado de Iudícibus, Martins, Gelbcke (2006)
14
15
MEP: Conceitos� Registros são efetuados no investidor para classificar ganhos ou
perdas no resultado da investida, tendo como base o percentual de participação daquele investidor. O método, anglo-saxônico, é uma simplificação do método de consolidação.
� Quanto aos dividendos, são tratados como distribuição de lucros contábeis acumulados onde, quando da cumulação dos lucros aumenta a conta de investimentos, e a distribuição dos dividendos a deduz.
� Para Hendriksen; Van Breda (1999, p. 401) uma vantagem importante do método de equivalência patrimonial é a de que, no nível estrutural, ele proporciona alguma coerência entre a divulgação de subsidiárias consolidadas e a divulgação de investimentos que não são incluídos na consolidação, mas que possuem algumas das características de participações em subsidiárias.
15
16
MEP: Normas norte-americanas
� O método da equivalência patrimonial teve descrição preliminar no Accounting Research Bulletins – ARB’s nº. 51, de agosto de 1959, quando pesquisas trataram do Consolidated Financial Statements, declarando que a metodologia preferida para contabilizar as subsidiárias não consolidadas, era o tal método da eqüidade.
� Em março de 1971, o Accounting Principles Board – APB relatou suasconclusões emitindo o ABP Opinion nº. 18, “The equity method of accounting for investments in common stock.”
� Para o SFAS nº. 115/1993, o método do valor justo pode ser utilizado não sendo sujeito ao método da equivalência do APB nº. 18. Posteriormente foi emitido o SFAS nº. 159 em fevereiro de 2007, que trata da opção do valor justo para ativos e passivos financeiros, algumas regras e escopos de ativos e passivos são alteradas.
16
17
MEP: Normas Internacionais
� A IAS 28 aplica-se a todos os investimentos em que um investidor tem influência significativa mas não o controle ou controle conjunto;
� No que se refere à avaliação dos investimentos em coligadas, a Norma Brasileira já está convertida com as normas internacionais que determinam o aspecto fundamental para a aplicação do método de equivalência patrimonial como sendo o conceito de influência significativa
17
18
Representação gráfica - Coligadas e Controladas
Fonte: adaptado de FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7a. ed. São Paulo, 2007.
INVESTIDORA
Controladas ColigadasEquiparadas às
ColigadasOutras
> 50 % do Capital Votante
≤ 50%≥ 20%
do Capital
≥ 20% do Capital (com
influência significativa)
Quando não houver
influência significativa
18
19
Controle direto ou indireto
�Controle acionário pode ser direto ou indireto, ou seja por meio de outras controladas.
100%90%
100%
90%
19
20
Controle direto ou indireto
Fonte: FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7a. ed. São Paulo, 2007.
EmpresaA
EmpresaC
Terceiros
EmpresaB
70%
40%
20%40%
20
21
Controle direto ou indireto
Fonte: FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7a. ed. São Paulo, 2007.
Empresa B
Empresa E
Empresa F
Empresa H
Empresa G
Empresa C
Empresa A
Empresa D
70%
80%
30%
90%
51% 49%
40%
30%
30%
30%
21
22
Controle direto ou indireto
� - Empresa B é controlada, pois A tem diretamente 90%.� - Empresa C é controlada, pois A tem diretamente 70%.� - Empresa D é controlada, pois A tem diretamente 30%, mais de
controle mais sobre outros 40% de seu capital votante indiretamente (por meio de C).
� - Empresa E é controlada indireta, pois B, controlada de A, tem diretamente 80% de E.
� - Empresa F não é controlada, pois A tem indiretamente controle somente de 30% dela por intermédio de B.
� - Empresa G é controlada, pois A tem indiretamente 60% (30% por intermédio da controlada B e 30% pela controlada D).
� - Empresa H não é controlada de A, pois A tem, indiretamente, controle de apenas 49% por meio de G (já que F não é controlada de A). H é “equiparada a coligada”.
22
23
Controle direto ou indireto
Fonte: FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7a. ed. São Paulo, 2007.
EmpresaB
EmpresaA
EmpresaD
EmpresaE
EmpresaC
55%
60%
40%60%
45%
23
24
Controle direto ou indireto
� - Empresa B é controlada direta de A.� - Empresa E é controlada indireta de A, pois é controlada por B.� - Empresa C não é controlada de A, apenas coligada.� - Empresa D não é controlada de A (nem coligada), pois é
controlada de C que não é controlada de A. Se A for companhia aberta, D será por equiparação, sua coligada indireta.
� - Nota: a) A detém 51% da participação de D (45% de 60% = 27%, por meio de C e 60% de 40% = 24% por intermédio de B), mas não a controla.
� b) A detém 33% de E (60% de 55% por intermédio de B), mas esta é sua controlada.
24
25
Técnica do Método da Eq. Patrimonial� O Valor do Investimento é determinado no final do exercício
mediante aplicação, sobre o valor do PL da Coligada e Controlada, da
percentagem de participação em seu CAPITAL.
Fonte: FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7a. ed. São Paulo, 2007.
Patrimônio Líquido
% de Participação
no Capital
Equivalência Patrimonial
Valor Contábil
Ajuste Aumento / Diminuição
Empresa B 2.625.438 15% 393.816 250.000 143.816
Empresa C 4.682.927 25% 1.170.732 820.000 350.732
Empresa D 1.427.850 40% 571.140 640.00 (68.860)
Empresa E 560.920 90% 504.828 380.000 124.828
Total 2.640.516 2.090.000 550.516
25
26
Contabilização
Resultado da Eq. Patrimonial Dividendos Distribuídos
D – InvestimentosPart Societ Aval p/ Eq. Patrimonial
C – Outras Receitas operacionaisResultado de Eq. Patrimonial
D – Outras Despesas OperacionaisResultado de Eq. Patrimonial
C – InvestimentosPart Societ Aval p/ Eq. Patrimonial
D – Disponível/Dividendos Propostos a ReceberC – Investimentos ParticipaçõesSocietárias Avaliadas p/ Eq. Patrimonial
Integralização de Capital
D – Investimentos ParticipaçõesSocietárias Avaliadas p/ Eq. PatrimonialC – Disponibilidades
26
27
Variação na Porcentagem de Participação
27
28
Variação no métodoExemplo:
� A empresa ABC S.A., participa com 40% do capital de uma coligadaXYZ S.A. (PL = $ 160.000), até 31/12/X0, vinha sendo registrado pelo método de custo, cujo saldo nesta data constava $ 38.000. A ABC S.A., constatou que o investimento proporciona influência e deve realizar a Equiv.Patrimonial a partir de X1.
28
PL da XYZ em 31/12/X0 .............. 160.000Participação da ABC .................. 40%Vr. da Eq. Patrimonial .............. 64.000Vr. Contabilizado do Investimentoem 31/12/X0 ............................ (38.000)Parc a contabilizar em X1 com ba-se no saldo de 31/12/X0 .............. 26.000
D – Investimentos (Ajust Exec Anter)C – Reservas de Lucros
Ref mudança de critério ...... 26.000
Cias Abertas – Inst CVM 247/96, art. 38D – InvestimentosC – Resultado não Operac. .......... 26.000
29
Patrimônio Líquido das Coligadas e Controladas
1 – Critérios Contábeis- Adotar critérios contábeis uniformes em relação aos da empresa investidora;
- Balanços ajustados;
- Plano de contas e critérios padronizados (Controladas);
- Caso haja diferença de critérios (Coligadas) cabe a investidora apurar a influência dessas eventuais diferenças de critérios e ajustá-los nos Balanços recebidos das Coligadas e Controladas, para então apurar o valor da Equivalência Patrimonial dos investimentos respectivos.
29
30
Patrimônio Líquido das Coligadas e Controladas
2 – Defasagem na data de encerramento da Coligada ou Controlada
- A legislação permite até dois meses de defasagem (anteriores da Cia. investidora);
- Adotar datas coincidentes (ideal);
- Indicar nas Notas Explicativas dos investimentos os saldos das contas de Créditos e as Obrigações entre a Investidora e suas Coligadas e Controladas, bem como o montante de Receitas e Despesas de operações entre elas, na data do encerramento da Investidora;
- Dividendos distribuídos e não contabilizados na data do Balanço dessas Investidas, devem ser creditadas a conta de Investimento na Investidora;
- Aumento de Capital no período de defasagem – adicionar o valor na Investidora;
- Outros eventos no período da defasagem – Ajustar o PL da Investida.
30
31
Resultados não Realizados de Operações Intercompanhias
1 – Significado e Objetivo
O inciso I do art. 248 da Lei 6.404/76 estabelece que o valor do Patrimônio da Coligada e Controlada:
“não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas àcompanhia, ou por ela controlada”.
31
32
Resultados não Realizados de Operações Intercompanhias
Deve-se conhecer o lucro nas operações com terceiros.
� Se uma Empresa B é Controlada de uma Investidora A e vende mercadorias a A com lucro, ocorrerá que tais mercadorias serão registradas pela Investidora A como estoque ao preço de compra (que é de venda de B).
� A Controlada B contabilizou o lucro no momento da venda, seu PL está incluindo tal resultado.
� Todavia enquanto aquelas mercadorias permanecerem nos estoques da Investidora A, considera-se o lucro registrado pela Controlada Bcomo não realizado com terceiros, para efeito do método da Eq. Patrimonial.
� Se a Investidora A registrar a Eq. Patrimonial sobre o lucro de B, ocorrerá que a Investidora A estará reconhecendo um lucro de uma mercadoria que está em seu próprio estoque.
32
33
Eliminação dos Resultados não Realizados
33
Investido ra
A
C on trolada B
C olig ada C
C ontro la da D
Con trolada
E Co liga da
F
= P artic ip ação Acionária = V endas de /p ara F on te: F IPE C AF I, Ma nua l d e Con ta bilid ade d as Soc ieda des p or Aç õe s, 7a. ed . Sã o P a ulo, 2 007.
34
Determinação do Valor da Eq. Patrimonial do Investimento
� A Lei 6.404/76 (art. 248, inciso I) determina que o valor do Lucros não Realizados é deduzido do PL da Controlada ou Coligada e sobre este valor aplica-se a porcentagem de participação.
� A Instrução CVM 247/96 – aplica-se a porcentagem de participação e depois elimina os Lucros não Realizados.
34
35
Ex: Uma Controladora A detém 90% de uma Controlada B, e que no Balanço dessa Controlada indique um PL de $ 1.000, mas que
inclui $ 100 de lucros não realizados.
35
Lei 6.404/76 Instrução CVM 247/96
PL da Controlada B Menos: Lucros não Realizado nas
operações intercompanhias Patrimônio Líquido Ajustado Porcentagem de Participação Valor da Eq. Patrimonial do
Investimento
$ 1.000
$ (100) $ 900 90%
$ 810
PL da Controlada B Porcentagem de Participação Participação no PL de B Menos: Lucros não Realizado nas
operações intercompanhias Valor da Eq. Patrimonial do Investimento
$ 1.000 90% $ 900
$ (100)
$ 800
36
Como Apurar o Valor dos Resultados não Realizados
� Nas vendas de bens pelo valor de custos não háLucros não Realizados.
� Quando o preço de venda for maior que o valor de custos há a necessidade da eliminação dos Lucros não Realizados, as transações mais comuns envolvem Estoques, Bens do Imobilizado, Investimentos e outros Ativos.
� Caso venha a ocorrer Prejuízos não Realizados não há a necessidade da eliminação, atendendo o Princípio da Prudência (Instrução CVM 247/96).
36
37
LUCRO NOS ESTOQUES
� Ex: A Controlada B vendeu a Controladora A, por $ 140.000, mercadorias que custaram $ 100.000, a Investidora A vendeu a terceiros metade das mercadorias ao preço de $ 80.000, calcular o lucro no Estoque.
37
1 – Cálculo da Margem de Lucro 2 – Cálculo do Lucro no Estoque
Preço de Venda pela B ........... $ 140.000Custos das Vendas na B ......... ($ 100.000)
Lucro Bruto ................. $ 40.000Margem de Lucro(Lucro Bruto / Preço de Venda) ........... 28,57%
Estoque total de A adq. de B ..... $ 140.000(-) Custo d vendas a Terceiros .. ($ 70.000)= Sdo no Estoque no Balanço .... $ 70.000 Lucro interno contido no Estoque
Cálculo a Margem 28,57% .. ($ 20.000)Estoque sem Lucro ou a Preço
de Custo do Grupo .............. $ 50.000
38
LUCRO OU PREJUÍZO EM INVESTIMENTOS
� Venda para outra empresa do Grupo de participação acionária numa terceira empresa, e há lucro nessa transação, tal resultado deverá ser eliminado, pois não representa Lucro efetivo realizado com terceiros.
� Todavia, toda a transação deverá ser cuidadosamente analisada, para determinar como fazer a eliminação. Verificar método de contabilização (Custos ou Eq. Patrimonial).
38
39
� Ex: Controlada B participa com 30% da Coligada C (70% das ações pertencem a terceiros fora do grupo), a Controlada B vende essa participação para a Controladora A por $ 6.000.000, tendo realizado um Lucro de $ 2.000.000
39
Contabilização na Controladora A Contabilização na Controlada B
D – Investimentos Coligada C...4.000.000D – Ágio....................................2.000.000C – Disponibilidades.................6.000.000
D – Disponib. ............................6.000.000C – Investimentos Coligada C ..4.000.000C – Receita não Operacional Lucro venda d Investº.....................................2.000.000
40
LUCRO OU PREJUÍZO EM ATIVO IMOBILIZADO
� O Lucro está incorporado ao valor de custo do bem adquirido na empresa adquirente e passa a ser Depreciado, gerando necessidade de controles específicos.
� Ex: A Controlada B vendeu um terreno a Controladora A por $ 10.000.000. Esse terreno estava registrado na Controlada B, pelo custo de $ 6.600.000.
� Como terrenos não sofre depreciação o ajuste ao PL da Controlada seria pelo valor total do Lucro não realizado de $ 3.400.000.
40
Contabilização na Controlada B Contabilização na Controladora AD – Disponib.............................10.000.000C – Terrenos................................6.600.000C – Lucro venda de Imob............3.400.000
D – Terrenos..............................10.000.000C – Disponib..............................10.000.000
41
ÁGIO/DESÁGIO
� Diferença entre o valor pago e valor patrimonial das ações, e ocorre quando adotado o MEP.
� Ágio → Preço de custo das ações for maior que seu valor patrimonial.
� Deságio → Preço de custo das ações for menor que seu valor patrimonial.
41
- Preço de custo – 1.000.000 ações- Valor patrimonial do investimento
1.000.000 de ações a $ 2,00- Ágio/Deságio
$ 2.500.000
$ 2.000.000$ 500.000
$ 1.500.000
$ 2.000.000($ 500.000)
42
DETERMINAÇÃO DO VALOR DO ÁGIO OU DESÁGIO
� É necessário, na data de aquisição das ações, que se determine o valor da Eq. Patrimonial do Investimento.
� A data base da concretização da compra é a efetiva transmissão dos direitos de tais ações aos novos acionistas.
� Ex. A Empresa A iniciou entendimento em julho de X0 com os acionistas da Empresa B, para compra de 80% de sua ações. As discussões preliminares foram feitas até fins de agosto com base em Balanço de abril da Empresa B; em setembro formalizou-se que a base de preço de compra e venda dessas ações seria estabelecida como a do valor patrimonial contábil das ações em 30-8-X0, acrescido ou diminuído pela diferença entre o valor de mercado de bens do ativo imobilizado e seu valor líquido contábil e acrescido de $ 100.000.000 de ágio, pelo valor intangível da empresa.
42
43
� O Balanço da Empresa B de 30-8-X0 foi encerrado no final de setembro, em outubro podem ter sido concluídas as negociações, com determinação do seguinte preço de venda das ações:
43
Valor do Patrimônio Líquido contábil da Empresa B, em 30-08-X0 $ 343.678.000
Mais: Diferença para mais entre o Vr. de Mercado e o Valor Contábil 162.426.000
Patrimônio Ajustado 506.104.000
Vr. Patrimonial ajustado das ações negociadas (80% das ações) 404.883.200
Mais: Expectativa de rentabilidade futura 100.000.000
Preço total das ações compradas 504.883.200
44
� As negociações finais e a formalização da compra ocorreram em outubro/x0.
� O valor total de custos das ações na Empresa A seria entre o valor da Eq. Patrimonial e o ágio:
7/2/2011 Avaliação de Investimentos Societários 44
Vr. da Eq. Patrimonial (PL deB = $ 343.678.000 x 80%)......274.942.400
Vr. da Ágio – p/ diferença.....229.940.800Difer. de Vr. de Mercado.........129.940.800Expect. de Rentab. Futura........100.000.000Total pago...............................504.883.200
D – Investimentos Eq. Patrim – Emp B..........274.942.400
D – Eq. Patrim – Ágio Dif. Vr. de Mercado..........129.940.800Expec Rentab Futura.........100.000.000
C – Disponibilidades................504.883.200
45
Fundamento e Natureza do Ágio ou Deságio
� A Instrução 247/96, art. 14 da CVM – seja contabilizado com fundamento econômico que o determinou.
� Diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de ativos da investida;
� Diferença entre o valor pago e o valor de mercado dos ativos da investida;
� Expectativa de resultado futuro;
� Direito de exploração, concessão ou permissão delegados pelo poder público.
� A Lei fiscal prevê ainda a existência de um terceiro tipo de ágio, o decorrente de fundo de comércio, intangível e outras razões econômicas.
45
46
Referências� APB – Accounting Principles Board. Opinion No. 18. The Equity Method of
Accounting for Investments in Common Stock. New York: AICPA, 1971.� BRASIL. Lei nº 6.404. Brasília: Senado Federal, 1976.� CAP – Committee on Accounting Procedure. Accounting Research Bulletin
No. 51. Consolidated Financial Statements. New York: AICPA, 1959.
� COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM nº 247/1996. Dispõe sobre a avaliação de investimentos em sociedades coligadas e controladas. Brasília, 1996.
� FASB – Financial Accounting Standards Board. Interpretation No. 35. Criteria for Applying the Equity Method of Accounting for Investments in Common Stock. Stamford, CT: FASB, 1981).
� _________. Statements of Financial Accounting Standards No. 115. Accounting for Certain Investments in Debt and Equity Securities. Stamford, CT: FASB, 1993).
� _________. Statements of Financial Accounting Standards No. 159. The Fair Value Option for Financial Assets and Financial Liabilities. Stamford, CT: FASB, 2007).
27/04/2009 Avaliação de Investimentos Societários 46
47
Referências� IFRS. IAS 28 – Investimentos em Associadas � FIPECAFI; Ernst & Young. Manual de normas internacionais de
contabilidade: IFRS versus normas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2009.� HENDRIKSEN, Eldon S. VAN BREDA, Michael F. Teoria da
Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.� IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens.
Manual de contabilidade das sociedades anônimas. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2007.
� PEREZ JÚNIOR, José Hernandez e OLIVEIRA, Luís Martins. Contabilidade Avançada – livro de exercícios. São Paulo: Atlas, 2000.
� SCHROEDER, Richard G. CLARK, Myrtle W. CATHEY, Jack M. Financial Ac-counting Theory and Analysis: text and cases. 9. ed. NewJersey: John Wiley and Sons, 2009.
� WYATT, Arthur R. A critical study of accounting for business combinations. pp. 1-5. New York: AICPA, 1963.