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thau 2 diciplina do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufes. Clara Miranda

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Séculos XVII-XVIII

aula2-3

Profa.Clara Miranda DAUUFES- 2011

1

Transformações culturais e territoriais na Europa;

Enciclopédia, a nova consciência da natureza;

vida, critica e conhecimento;

Pinturesco e sublime;

Os jardins ingleses e franceses, paisagismo

(conceito).

2

O século XVIII

• O século XVIII apresenta um esforço de fazer uma síntese entre

“opostos”: Razão e emoção, objetividade e relatividade, unidade e

multiplicidade. Tenta-se abrigar estas oposições como partes

integrantes de um todo explicativo.

• Os enciclopedistas dizem que importa se não conhecemos as leis

que uniriam todas as coisas entre si (STAROBINSKI, 1994, p. 135),

mesmo assim, eles organizam uma “árvore enciclopédica.

D’Alembert diz “uma espécie de labirinto de caminho tortuoso em

que o espirito se embrenha sem conhecer muito bem a estrada que

deve seguir”.

• Esta árvore propõe uma divisão geral dos conhecimentos segundo

três faculdades: memória, razão e imaginação, que divide o mundo

literário em eruditos, filósofos e criadores.

• STAROBINSKI, Jean. A Invenção da Liberdade. São Paulo: EdUNESP. 1994.3

4

5

6

• No cap. Visão Fiel do livro A INVENÇÃO

DA LIBERDADE, Jean Starobinski diz que

quem quer ter razão no século XVIII,

invoca a natureza e se coloca ao seu lado.

E se perguntava: O que é natureza? O

que é imitar?

• O século XVIII tem uma nova consciência

da natureza.

7

Viajantes/ gabinetes de

história natural

8

9

D’Alembert diz que “as propriedades dos

corpos da natureza possuem um lado

puramente intelectual que abrem o campo

para especulação do espirito” é por aí que se

desenvolve toda a prática de Lineu que

nomeia, classifica, hierarquize: espécies,

usos, atributos e somente por ultimo coloca a

litteraria memória/história (toda linguagem

depositada pelo tempo sobre as coisas) -

Lineu - Nome, teoria, gênero, espécie,

atributos, usos, literatura

No século XVIII - A história natural dirige um

olhar minuncioso sobre as coisas e

transcreve. Não há intermediários,

documentos arquivos, mas espaços claros. O

gabinete de história e o jardim expõe as

coisas em quadro. SENTIDO: A VISÃO

10

A natureza é objeto de grandes debates, no

século, que dividiram a opinião e a paixão

dos homens, assim como seu raciocínio.

Oposição entre a valorização ética da

natureza (viagens, lugares, animais exóticos)

e investimento, exploração, lucro. Oposição

entre os que crêem na imobilidade da

natureza e os que pressentem a grande

potência criadora da vida, seu inesgotável

poder de transformação.

11

O espaço humano no

Século XVIII

"La Declaration de l'Amour," by J.F. de Troy, 1731, French, 18th Century

Grace Before a Meal

Chardin, French, 18th Century 12

Chardin 18th Century

13

14

Antoine Watteau (1684-1721)

L'Enseigne de Gersaint, 1720Pintor francês do (movimento rococó) que

se destacou pelos temas galantes e

pastorais inspirados na Commedia

dell'Arte. As suas paisagens

campestres bucólicas são palco de

festas, encontros e representações

teatrais onde a sua pincelada liberta

representa os prazeres quotidianos da

sociedade burguesa associados a uma

grande variedade de trajes que fizeram

moda.

15

• Francuska Comedia - 1714 17

• Antoine Watteau20

• Jean-Baptiste Greuze

• 1725-1805

21

• Jacques-Louis David 22

• Jacques-Louis David 23

• Jacques-Louis David 24

• Jacottet, J. 1835 Biarritz

25

Giambattista Tiepolo (1696-1770)

26

• Tiepolo, O novo mundo

27

William Hogarth

(1697-1764)28

29

30

31

• Francisco (José) de Goya (y Lucientes), (1746-1828) 32

33

• Série Caprichos- O sonho da razão produz monstros 34

• Kaspar David Friedrich. Sublime

35

• Na obra do pintor romântico alemão Caspar David Friedrich (1774 - 1840). a natureza aparece como algo que se apodera da alma humana, tomando as figuras impotentes e dominadas num misto de medo e contemplação. A idéia do sublime se configura então através de paisagens grandiosas e místicas.

• O elemento central nos quadros de Friedrich é a contemplação estética da natureza. Ele a relaciona com uma nova linguagem pictórica. Seus personagens solitários tem como principal característica a “distância” em relação ao mundo, uma distância reflexiva. 36

Mapa da zona entre Paris e Versalhes na metade do século XVIII

• FRANÇA – PARIS TRANSFORMAÇÕES TERRITORIAIS

Morris, 1998

37

Figura In Benévolo

38

Morris, 1998 39

França – Paris Transformações urbanas Morris, 199840

Ponte nova (esq.)

Praça Deuphine na Ilha Cité

Abaixo antes da intervenção

Morris, 199841

Morris, 199842

Fragmento do Plano de Turgot 1734-39

Na parte superior estão o Louvre e o Palácio

da Tulheries alinhado com aponte Royal

abaixo está a Praça da Tulheries que conduz

aos Champs Elysées, situada na lateral onde

será construído a Praça Luis VX ou

Concorde. Ver Morris, 1998

43

Paris - Jardim das Tulheries – Projeto do pai de Le Notre

http://3.bp.blogspot.com/_-

ARbPHGxSQA/Sf6SqkPQggI/AAA

AAAAAAAw/AnHr3vH5oQc/s400/8

00px-Louvre_Paris_from_top.jpg

44

• Louvre - Square Court (Cour Carrée) (see also 1667, Le Vau), Paris, begun 1546 (Lescot, Pierre).

45

• Louvre - 1546 (Lescot, Pierre). Square Court (Cour Carrée) (1667, Le Vau), 1667-70 (Le Vau, Louis; Charles Le Brun; Claude Perrault).

46

• Louvre – 1546 Square Court (Cour Carrée) 1667-70 (Le Vau, Louis; Charles Le Brun; Claude Perrault).

47

Claude Perrault

48

• Louvre –Square Court (Cour Carrée)

http://chrisbuckphotography.com/wp-content/uploads/2011/01/The-Louvre-CourtYard-AM-LQ.jpg

49

• Louvre - Square Court (Cour Carrée) 50

Praça da Concórdia – projetos em homenagem ao rei Luis XV

situadas sobre o plano da cidade de 1765

Concurso vencido por Jacques-ange Gabriel 51

Bois de Boulogne

traçado original (roind-points)

Projeto de 1852

estilo inglês pintoresco

Jellicoe & Jellicoe

52

• Praça Luis XV

53

54

Território França

Neuf Brissach cidade

com função militar

cerca 1698

Contraste entre a

ocupação/

crescimento orgânico

das parcelas agrícolas

e das aldeias do

entorno em relação à

praça forte

(Vauban- Eng. Militar)

Morris, 1998

55

La Roche-sur-Yonne,

oeste da França

Foi destruída pelas tropas

republicanas e reconstruída

por Napoleão cerca de

1804.

“Uma retícula geométrica

superposta a uma

paisagem medieval é

simbólica de um

imperalismo”, se sobrepõe

também à propriedade

privada parcialmente.

O código napoleônico

sobrevive a Waterloo

contribuindo para o

“desenvolvimento da

civilização européia”

Morris, 1998 56

• O Código Napoleônico (originalmente chamado de Code Civil des

Français, ou código civil dos franceses) foi o código civil francês

outorgado por Napoleão I e que entrou em vigor em março de 1804.

• Todavia, o Código Napoleônico não foi o primeiro código legal a ser

estabelecido numa nação européia, tendo sido precedido pelo Codex

Maximilianeus bavaricus civilis (Baviera, 1756), pelo Allgemeines

Landrecht (Prússia, 1792) e pelo Código Galiciano Ocidental (Galícia,

à época parte da Áustria, 1797). Embora não tenha sido o primeiro a

ser criado, é considerado o primeiro a obter êxito irrefutável e a

influenciar os sistemas legais de diversos outros países.

• O Código Napoleônico propriamente dito aborda somente questões de

direito civil, como o registro civil ou a propriedade; outros códigos

foram posteriormente publicados abordando direito penal, direito

processual penal e direito comercial. O Código Napoleônico também

não tratava como leis e normas deveriam ser elaboradas, o que é

matéria para uma Constituição.

• Este Código, propositalmente acessível a um público mais amplo, foi

um passo importante para estabelecer o domínio da lei.

• http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Napole%C3%B4nico57

• O Código Napoleônico baseou-se em leis francesas anteriores e

também no Direito Romano e seguiu o Código Justiniano (Corpus

Juris Civilis) dividindo o direito civil em:

• a pessoa/ a propriedade/ a aquisição da propriedade

• A intenção por trás do Código Napoleônico era reformar o sistema

legal francês de acordo com os princípios da Revolução Francesa.

Antes do Código, a França não tinha um único corpo de leis, que

dependiam de costumes locais, havendo frequentemente isenções

e privilégios dados por reis ou senhores feudais. Durante a

Revolução os vestígios do feudalismo foram abolidos e os vários

sistemas legais tinham de dar lugar a um único código. Entretanto,

devido às agitações revolucionárias a situação não caminhou até a

era napoleônica.

• Na estrutura do código a questão da propriedade se situa:

• Livro Segundo: Dos bens e das diferentes modificações da

propriedade (artigos 516 a 710) e Livro Terceiro: Dos diferentes

modos de adquirir a propriedade (artigo 711 a 2302).

• http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Napole%C3%B4nico58

• Grande parte do código reservou-se à razão de ser do burguês na terra; a

propriedade.

• O Código libertou-a das teias feudais e protegeu-a do estado, dizendo-a

anterior a este. Entendeu-a em suas múltiplas formas facilitando-lhe a

posse e a venda.

• O cidadão era o indivíduo e seus bens.

• A sociedade das obrigações feudais (do vassalo para com o suserano, do

servo para com o senhor) foi definitivamente substituída pela moderna

sociedade do contrato (estabelecido entre indivíduos livres, dotados de

autonomia).

• A velha ordem estamental baseada na herança e nos direitos de sangue foi

definitivamente suplantada pela sociedade de classes afirmada no mérito e

no talento individual.

• A exacerbação do individualismo existe no Código deve-se à necessidade

de afirmar sua total independência frente aos poderes que o prendiam ao

passado, quando ele submetia-se à vontade do nobre, do padre, e da

corporação ou grêmio profissional a que pertencia.

• Bibliografia: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2004/11/26/000.htm

• http://buenoecostanze.adv.br/index.php?option=com_content&task=view&id=177&Itemid=44 59

60

• TERRA E PROPRIEDADE

• A propriedade da terra tal como a conhecemos teve sua origem na Revolução

Francesa (1789) (é um avanço em relação a vassalagem).

• Na Declaração dos Direitos do Homem (1789), preâmbulo da constituição

francesa, a propriedade é tratada como direito natural imprescritível do homem.

• Na constituição americana (1776) a propriedade privada é um dos direitos

essenciais e inalienáveis

• A inspiração do direito a propriedade privada da sociedade burguesa é

inspirada no direito romano, que garante o direito de usus, abusus- direito

individual do proprietário usar, explorar e inclusive destruir.

• No período medieval não havia direito individual mas mediado pela religião,

regras ditadas por autoridades ou pela coletividade.

• A absolutização da propriedade decorre do Código de Napoleão, esta se torna

a alma de toda legislação.

• O socialismo e o anarquismo declaram a propriedade da terra um roubo

• O Manifesto Comunista (1848) a propriedade privada dos meios de produção é

que considerada exploração e por isso deve ser abolida.

• Auguste Comte propõe restrição ao direito de propriedade privada a noção de

função social relativiza o direito absoluto, inalienável.• MARICATO, Ermínia. Habitação e Cidade. São Paulo: Ed. Atual, 1997.

61

Toulon Plano de 1837. Morris, 1998

Cidades Francesas início do Século XIX

62

Cidade e Porto de Havre 1838. Morris, 1998 63

A escola francesa da paisagem

• André Le Nôtre (1613-1700) utiliza a geometria

tridimensional, refletindo os estudos de matemática de

Pascal e Descartes, além do aprendizado com seu pai

jardineiro.

Os castelos, como Vaux-le-Vincomte, organizam um

entorno que é um vigoroso cenário e expressa elegância

e dignidade. O conceito de planificação dos jardins e

cidade de Versalhes (Luis XIV) leva ao campo o impacto

da urbanização.

• O jardim tratado como uma extensão visível captado de

uma visada (vista). A diversidade das partes devia ser

subordinada ao conjunto de escala monumental. 64

André Le Nôtre (1613-1700) utiliza a marcação dos

pontos de vista que é feita com blocos de vegetação

laterais, que se constituíam em jardins secundários com

experiências visuais alternativas de escala menor, mais

íntima.

O precedente geométrico no paisagismo vem do

trabalho do pai de Le Nôtre, jardineiro que compôs com

radiais os Jardins dos Campos Eliseus e das Tulherias.

E serve de referência para o plano de Washington

(EUA) de Charles L’Enfant, 1792.

65

Jellicoe & Jellicoe

66

Castelo Vaux le Vimconte 1641-1656

Paisagista: Andre Le Nôtre

Arquiteto: Le Vau 67

Materiais de composição:

Água, vegetação, céu,

estatuária, arquitetura

Tratamentos da vegetação:

Bosques,

Panterres

Poda topiária

68

69

Jellicoe & Jellicoe

70

Jellicoe & Jellicoe

71

72

73

74

75

76

v

v

Paris

Versalhes

Jellicoe & Jellicoe

77

78

79

80

81

• Castelo Versalhes. Arquitetos Le Vau, Mansard, 82

• Castelo Versalhes.

• Plano 83

84

85

86

87

88

• André Le Nôtre propõe um espaço de ordem

globalizada, de geometria tridimensional, sólida

articulado com o plano do solo bidimensional

em eixos radiais no terreno em declive.

O jardim não é um receptáculo de objetos

(esculturas) e edifícios, ele constitui uma

unidade com eles. O produto articula

plasticamente vegetação, céu, terra e água.

Le Nôtre é o principal representante da escola

francesa de paisagismo.

89

• Petit Trianon Ange-Jacques Gabriel (1698-1782 )90

91

https://lh5.googleusercontent.com/-

Nnun1GbSILA/TW7iZIxy5UI/AAAAAAAADOs/Yd5budfd2DM/s1600/petit+trianon+ma+movie.jpg

92

Jardim e Situação do Petit Trianon 93

http://i.ytimg.com/vi/xojrariqiCM/0.jpg

http://farm3.static.flickr.com/2660/3819432

582_d87d58ac24_z.jpg

94

Castelo de Chantilly

AndreLe Nôtre

95

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/db/Chantilly-Le-Nostre.jpg

The Chateau de Chantilly and the gardens designed by Andre le Notre 1613-1700

96

http://www.tropheedesrois.com/chantilly%20air.jpg97

http://parisalacarte.files.wordpress.com/2010/02/chantilly6.jpg98

Situação anterior a intervenção

Plano do Castelo de Chantilly

Andre Le Nôtre

In jelllicoe & Jellicoe99

Evolução da casa X lote urbano Paris

Idade média – (Dir.) Hôtel Carnavalet (ancien) Localisation de l'oeuvre :Ile-

de-France . Paris 03 1676 à 1696100

Hôtel Libéral Bruant, actuel musée Bricart ou musée de la serrurerie

Localisation de l'oeuvre :Ile-de-France . Paris 03. Século XVII

http://images.patrimoine-de-

france.com/1/1fe2e7d36b8c2f33e7a727470297fd0b.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo

ns/thumb/0/00/Paris_hotel_liberal_bruant.jpg

/800px-Paris_hotel_liberal_bruant.jpg101

D'après Jean-François Blondel

Plan des cours et jardins de l'hôtel Biron,

ap. 1752

Jean-François Blondel (1683-1756)

Elévation de la façade de la maison de

Madame de Moras du côté jardin

Coupe et profil de la maison de Madame de

Moras pris sur la largeur du bâtiment. Paris,

1752

102

Claude-Nicolas Ledoux :

Hôtel d'Hallwyl - Rue Michel Le Comte - Le Marais – 1766-1770

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQa1A

U8Wj8BGaCNP1CceL6bn2YDFTKybJXxm2w3Dz

mhke2AkPPY

http://images.patrimoine-de-

france.com/7/7c93155c0a372d07cc07cc7bbdb

0ec3a.jpg

103

Hotel de Thelusson

Ledoux 104

Ancien hôtel de Bonneval Localisation de l'oeuvre :Ile-de-France.Paris 03. 18e

siècle

http://imagesus.holiday-

rentals.co.uk/vd2/files/WVR/400x300/s5/304002

7/252648_1249497571146.jpg

http://images.patrimoine-de-

france.com/f/fefe79a416b66661b1987891e8d23

289.jpg

105

Copyright : (c) Ministère de la culture ; (c)

Région Picardie - Inventaire général

Fonte deste slide e do seguinte

Picardie, França

106

Picardie, França

107

Etiene-Louis Boullé - 1728-1799

Imagens de Boulée in Biblioteca Nacional da França108

Quando Boullé diz que arquitetura não é arte de

construir, porém a arte de conceber imagens, de

desenvolver formas que sintetizam idéias, para

ele estas não provém da simples vontade, mas do

embate com as forças que agem no problema.

Concebe-se as imagens mediante a pesquisa,

busca-se um esquema genérico comum entre

objetos comparados - o tipo.

O raciocínio analítico funciona por meio da comparação ou

síntese. A busca do tipo não se estabelece por normas, mas no

processo de análise das idéias. O elemento mais simples é o

mais perfeito, o corpo puro é o mais perfeito.

109

Para Boullé a arte é símbolo, a arquitetura deve

falar, daí a definição de arquitetura parlante.

Para Boullé, a arquitetura não é relativa ao

espaço em que se situa, é uma forma do

pensamento sobre uma natureza informe e

irracional. O pensamento que se manifesta na

forma é social e político, é humano, por isso deve

ser geométrico e regular, a natureza está repleta

de coisas informes. A regularidade geométrica

fala, enquanto o disforme é mudo.

110

A regularidade adquire um novo sentido

em Boullé:“Tive que reconhecer que somente a

regularidade poderia dar as pessoas idéias

nítidas acerca da figura dos corpos e determinar

sua denominação (...) Composta por uma

multitude de caras, todas diferentes, a figura dos

corpos irregulares (...) escapa a nosso

entendimento”.

111

Le projet en rotonde pour l'Opéra de Paris en hommage aux femmes élégantes, s'inspire du

temple de Cnide dédié dans l'Antiquité à Vénus 112

113

114

115

Cenotáfio de Newton 116

117

118

119

Versalhes implantação e

proposta de Boullé

120

121

Claude-Nicolas Ledoux

122

•A cidade das salinas de Chaux é um projeto em que propõe a

dissolução da unidade barroca, os diferentes edifícios

aparecem desligados.

•Utiliza os sistema dos pavilhões, o edifícios são dispostos

segundo pontos de vista prático.

•O centro da cidade, localizado no centro do desenho, não é

pensado do ponto de vista plástico espacial, ergue um edifício

no centro.

•Um espaço barroco tentaria envolver o vazio em muros.

Ledoux exalta o volume em detrimento do espaço.

De acordo com Antonhy Vidler

123

La Saline d'Arc-et-Senans de Claude-Nicolas Ledoux124

125

126

127

128

129

130

131

132

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138

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140

141

142

143

144

Imagens de obras de Ledoux In Vidler

145

A cidade das salinas de Chaux é um projeto em que propõe a dissolução da

unidade barroca, os diferentes edifícios aparecem desligados. Utiliza os sistema

dos pavilhões, o edifícios são dispostos segundo pontos de vista prático. O

centro da cidade, localizado no centro do desenho, é a organização da fábrica.146

Hôtel d'Hallwyl- residência urbana147

Barreiras alfandegárias

La Villette

148

149

150

Plano de Paris (1787)

151

Casa dos Guardas agrícolas em Manpertuis

152

A representação dos projetos de Ledoux é

analítica. A perspectiva (axonométrica)

encontra-se sobre uma decomposição

analítica do objeto em planta, seção e

elevação.

153

Casa dos Guardas, Loue

154

Revolução Francesa

155

156

Inglaterra Evolução Urbana

157

http://www.antiqueprints.com/images/ag4/g4327.jpg 158

159

• "A New and Correct map of the Countries upwards of Twenty Miles

around London ..." anonymous engraver, published in Thornton's

New and Complete History and Survey of London and Westminster,

about 1780. 1 imagem Londres

• 2 imagem

• An Exact Survey of the Citys of London, Westminster, ye Borough of

Southwark, and the Country near Ten Miles round begun in 1741 &

ended in 1745 by John Rocque Land Surveyor & Engrau'd by

Richard Parr.' published first 1746

• http://ogimages.bl.uk/images/007/007ZZZ000000019U00018000%5BSVC2%5D.jpg

160

http://vrcoll.fa.pitt.edu/medart/image/England/london/Maps-of-

London/se075lon-s.jpg 161

• A cidade de Londres nasce da junção entre a city (centro comercial)

e Westminster (centro político desde 1060).

• Em 1580, a legislação Elisabethiniana incentiva a desconcetração a

fim de evitar o “congestionamento urbano”, causado em parte pela

imposição de uma casa por família que gera longas-consequências.

• Não foi até Charles II, em 1660, que o desenvolvimento da cidade

prosperou, induzida pelo mercado e com vantagem de aprovação

real.

• Esta prática de planejamento urbano inglês como descrito por

[Rasmussen], instaura as raízes de distribuição da propriedade da

terra em Londres (como resultado do regime feudal) e o comitê

econômico 'racionalização' [para evitar o termo 'exploração'] das

condições sociais.

• (relação entre medidas medievais e divisão de lote e tipologias

daqui a pouco).

• Google UrbanismTM.

162

http://www.cecos.co.uk/images/map2.JPG

163

http://www.mediaarchitecture.at/architekturtheorie/unique_city/co

ntent/london_horwood_1799_hollar_1666_800.jpg 164

Morris, 1998 165

Morris, op. cit 166

Desde o Rio Tamisa a

vista da Catedral de St.

Paul- Sec. XVIII

Hospital de Greenwich

Jellicoe & Jellicoe167

Project by John Gwynn, London and

Westminster improved, London 1766

http://www.library.ethz.ch/exhibit/stadt/images/rar1051_132taf.jpg

168

Plano para reconstrução de Londres 1749

http://www.microcolour.com/uk006.jpg169

http://ogimages.bl.uk/images/007/007000000000017U00007000%5BSVC2%5D.jpg

170

http://www.ancestryimages.com/products.php?cat=54&

pg=4 171

Morris, 1998 172

Morris, 1998 173

Morris, 1998 174

Morris, 1998 175

Jellicoe& Jellicoe : Diagrama 1813 Nash – G. Regent’s Park- F Crescent Park

E- Oxford St.176

Regent st. Proposta em 1756 Figuras In Morris, 1998177

Setor Primrose Hill do

Regent’s Park

John Nash 178

O residencial Royal Crescent é uma strip de 30 casas, situado na cidade de

Bath, Inglaterra. Projetado pelo arquiteto John Wood, o jovem, e construído

entre 1767 e 1774.

É um das maiores exemplos de arquitetura georgiana do Reino Unido.

Serviu de moradia para várias pessoas notáveis durante mais de 200 anos.

179

Terraço no residencial Royal Crescent In Jellicoe& Jellicoe

180

Jelli

coe&

Jelli

coe

181

Vista área da seqüência

de espaços de Bath.

O terreno tem um

declive acentuado do

topo da foto para baixo.

A- Queen Square;

B- Kings Circus;

C- Royal Crescent e D-

Lansdown Crescent.

In Morris

182

http://4.bp.blogspot.com/_ZW59DlfzvFI/S7KRUJ1ThxI/AAAAAAAABNQ/pbjcE37jDgo/s1600/bath_ro

yal_crescent.gif 183

http://fr.academic.ru/pictures/frwiki/82/Royal.crescent.a

erial.bath.arp.jpg184

http://en.wikivisual.com/images/e/e0/BathRoyalCrescentAirial.morecontrast.jpg

185

• Terraces Londres (dir.)

• J. Nash 186

Rasmussen identifica as

'velhas medidas inglesas '

como realmente precondição

para organização espacial de

Londres. Assim como explica

também o conceito terraces

(Século XVXIII- Nash).

http://www.mediaarchitecture.at/architekturtheo

rie/unique_city/2009_google_urbanism_en.sht

ml

187

http://www.antiqueprints.com/images/an/e7662.jpg

Terrace, Bramshill, Hampshire" tinted lithograph after Joseph Nash, published

in his Mansions of England in the Olden Time, about 1839.

188

• Cumberland Terrace by Thomas Hosmer Shepherd 1827-28. 189

Royal Pavilion (exterior view)

Brighton, England,

John Nash, 1815-1819.

190

http://www.brightonsarchitecture.com/palace.html191

Desconcentração urbanaLondres

192

Figuras In, Morris193

O Iluminismo Inglês

Arquitetura e Paisagem

194

• Iluminismo na Inglaterra Enlightenment

• Chiswick House, Middlesex, England, begun 1725 (gardens, 1736) (Boyle, Richard (Lord Burlington) (gardens: Kent, William). 195

196

197

198

• Chiswick House, Middlesex, England, begun 1725 (gardens, 1736) (Boyle, Richard (Lord Burlington) (gardens: Kent, William). 199

• Chiswick House, Middlesex, England, begun 1725 (gardens, 1736) (Boyle, Richard (Lord Burlington) (gardens: Kent, William). 200

• Chiswick House, Middlesex, England, begun 1725 (gardens, 1736) (Boyle, Richard (Lord Burlington) (gardens: Kent, William). 201

Woodstock Park e Jardins do Palácio Blenhein

202

203

• Queen’ house Inigo Jones

Chatsworth HouseThe formal garden was altered once again in the latter half of the 18th century this time by Lancelot ("Capability") Brown in accordance with the taste for the natural, romantic and sublime. 204

Harewood In. STEENBERGEN &REH

206

Harewood

Projeto Capability Brown

In. STEENBERGEN &REH

207

A escola inglesa

Escola inglesa tem como seu principal representante Lancelot

Capability Brown (1716-83) que fez o paisagismo do Palácio Blenhein

e Harewood.

Na escola Inglesa a influência é da física de Newton e do Empirismo

inglês, aliada ao desenvolvimento do pinturesco e de um gosto pessoal

pelo campo.

Os jardins tornavam-se parques coesos de fácil execução e

manutenção, assegurando a individualidade da arquitetura em relação

à paisagem.

208

A arquitetura que se colocava nos jardins ingleses era uma reunião de

estilos de diversas origens. A paisagem resultante era da natureza expressa

em sua individualidade, a bela natureza, com a qual os pintores rivalizavam

e discutiam, a maioria deles ignorava as razões econômicas que levavam a

aristocracia permanecer no campo e as tensões sociais causadas.

A mesmo tempo o cultivo de árvores satisfazia interesse econômicos de

valorização de propriedades e atendia anseios estéticos de mitificação da

vida no campo.

O paisagismo correspondia na arte a ideologia do progresso, melhoramento

e embelezamento dos lugares habitados a investigação científica da

natureza e ainda, incentivo das modalidades de percepção. O homem

produzia sua própria natureza, por meios físicos: terraplanagem drenagem,

irrigação, bombeamento de água, utilizando novo maquinário; pelo domínio

da representação: compreensão das leis da física, da luz, cor, das

perspectivas, pontos de vista, ainda do conhecimento das espécies de

vegetação. (SEGAWA).

As paisagens distinguiam os lugares utilitários, de caráter produtivo, técnico

e racionalizador dos lugares para fruição estética, de feição contemplativa e

para o passeio, onde se manipulava as duras condições de vida no campo e

se escondia as referências produtivas do olhar. (SEGAWA).

209

Stourhead, Século XVIII. In Gombrich 210

Stourhead, Século XVIII 211

• - Pontos de vista• criar paisagens e aumentar a extensão da linha de

visada - é a busca dos pontos de vistas no exterior do

jardim, criando paisagens e aumentando-se assim, as

divisas do terreno onde o mesmo se instalará.

• Escolhida a paisagem a ser enquadrada, deve-se

colocar nos primeiros planos, árvores altas e para os

planos sucessivos, árvores cada vez mais com menor

altura. Assim para a linha de vista, aparecerá um

grande vasto, onde a mesma caminhará.

• Este engenhoso procedimento poderá ser inútil, se for

escolhido o ponto de vista, perto do limite do jardim,

deixando-se uma paisagem natural de fora, como por

exemplo: um barranco arborizado, uma ilha etc.

212

Stourhead, Século XVIII

213

Stourhead, Século XVIII

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215

216

Stourhead, Século XVIII

217

Stourhead, Século XVIII. In. STEENBERGEN &REH

218

Concepção dos eixos e visadas In. STEENBERGEN &REH

1

219

• - A posição dos pontos de vista

• - os pontos de vista estão no interior do

jardim ou fora dele. Nos pequenos jardins

das cidades, não se deve ter as vistas fora

deles, ou ainda, ter o cuidado de mascarar

uma falsa impressão, se ela existir.

220

• - A entrada do parque: formada por uma alameda reta,

com árvores plantadas ao longo da mesma, alinhadas e

em grupos simétricos .

• Para se chegar na edificação (prédio principal), tem-se

sempre dois caminhos.

• Nunca a entrada fica defronte à edificação, mas se não

houver outra alternativa, deve-se por motivo de

segurança, implantar um maciço arbóreo na frente do

portão de entrada, para que o observador que passa

defronte ao parque, não tenha visão para o seu interior

do parque e ainda, deve-se deixar à vista, as laterais

desse maciço, para que, a segurança da edificação em

destaque que está sendo valorizado, tenha controle de

quem adentra o recinto Bellair & Bellair (1939) apud.

221

Stowe

222

Stowe In. STEENBERGEN &REH

223

Stowe In. STEENBERGEN &REH224

as vistas: há uma estreita ligação

entre as árvores e as vistas.

Uma vista, é uma superfície

enquadrada, onde, ao fundo existe

um objeto (monumento, colina, um

grupo de árvores formando um

ponto de vista, uma árvore isolada

etc).

Assim, deve-se considerar três

fatores: o ponto de vista, o espaço

livre até onde o olho do

observador está e o quadro.

225

Stowe In. STEENBERGEN &REH

226

227

Stowe In. Europe Lanscape228

- árvores isoladas - são geralmente árvores especiais, nativas ou exóticas,

que possuam beleza extraordinária. São plantadas em pontos de visada

especiais.

Stowe In. Europe Lanscape229

• - as árvores: são elementos essenciais na decoração de um jardim

paisagista. Podem estar presentes no parque nas seguintes formas:

• - florestas e bosques - no Estilo Francês, plantam-se as árvores

agrupadas e bastante adensadas formando um bosque e as recorta

simetricamente com caminhos.

• Em outros estilos, deixa se uma abertura no bosque para

visualização da edificação. Nesse caso, para dar um ar mais

pitoresco, é recomendável que se mexa nas cotas do terreno. Outra

alternativa, é deixar a borda do maciço recortada, com árvores

plantadas fora de alinhamento, próximas ao maciço adensado, para

dar um ar mais pitoresco, ou manter um alinhamento de plantio

segundo uma forma arredondada, para ficar mais tradicional Bellair

& Bellair (1939) apud.

230

Stowe In. Europe Lanscape231

• Os gramados devem dar a sensação ao visitante do parque de

estar pisando em um tapete. Por isso, a espécie de grama deve ser

escolhida de acordo com o solo, clima e condições de irrigação e

drenagem, do local.

• - os gramados apresentam quatro características importantes:

• - extensão - não depende somente das proporções do parque, mas

também dos outros elementos (maciços, rochas, ruas, bosques...).

É importante reservar uma superfície grande para traçar as visadas

e principalmente a visada principal que é a que parte da edificação.

Os gramados devem ser longos e largos para dar aspecto de calma

e conforto.

• - forma - têm estreita relação com a direção das alamedas. São as

alamedas que determinam os contornos dos gramados. Geralmente

o gramado da frente do prédio têm formato oval, elíptico ou

triangulares curvilíneos, nunca trapezoidais.

• Bellair & Bellair (1939) apud.

232

• - os gramados apresentam quatro características (continuação):

• - relevo - a extensão e contorno do gramado, indicam a maneira

com que o terreno decliva ou acliva, e ainda com a presença de

pedras ou não. Portanto são dois elementos os que causam

desnível desejado: rochas e pequenos vales. As saliências devem

ficar fora da linha das visadas para não encobri-las ou então, se

adaptarem a elas.

• - ondulações - apresentam 4 fatores:

• - não diferenciar exageradamente do relevo natural do solo;

• - rebaixar o meio do gramado formando rampas convergentes

(Figura 9);

• - plantar árvores e arbustos longe dos fundos dos vales, perto dos

locais onde foi colocado solo para formar elevações;

• - entre dois maciços, entre dois canteiros de flores, entre um

canteiro e um maciço, estabelecer pequenos vales que alcancem o

vale principal que é no gramado principal.

• Bellair & Bellair (1939) apud.

233

• - As águas: em um local pouco acidentado, é possível criar um

jardim com os objetos normais (árvores, arbustos, gramados, flores

etc) e mais de 50% dos jardins não comportam outros objetos.

Quando o relevo é acentuado, com barrancos e concavidades,

pode-se optar por outros elementos: como a água e as rochas.

• Na natureza, as águas ficam dormente, caem, correm, brotam etc e,

sendo o Estilo Paisagístico Inglês) de jardim, uma imitação da

natureza, deve-se, ao máximo, tentar deixar o rio, lago, corredeira,

etc, com aspecto natural, modificando-se o relevo onde o mesmo

vai ser implantado.

• As águas dormentes (lagos), dão a impressão de descanso, as

correntes (cascatas), dão impressão de agitação, de movimento.

• No geral, as águas paradas devem ser usadas em grandes

espaços, como em parques públicos, por exemplo e as águas

correntes, em pequenas propriedades privadas.

235

Estrutura metálica

(estufas) na Inglaterra

Birkehead. J. Paxton

O parque precisa ainda, de

área destinada à construção de

estufas e casas de vegetação,

para produção de floríferas

vivazes e anuais para reposição

nos canteiros, a fim de manter,

tanto o embelezamento do

parque propriamente dito,

quanto da edificação.

236

Jellicoe &

Jellicoe237

The Great Exhibition of the Works of Industry of all Nations

Hyde Park – 1851- Joseph Paxton

238

239

240

241

Edimburgo, Escócia, na primeira metade do Século XVIII, antes da adição

da new town de Craig. In Morris242

Edimburgo

In Morris243

Edimburgo

In Morris244

• Bibliografia

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Agricole, 1939. 348p

• SEGAWA, H. (1996). Ao amor do público, jardins no Brasil. São Paulo.

FAPESP; Studio Nobel

• STAROBINSKI, J. (1994). A Invenção da Liberdade. São Paulo.

Companhia das Letras.

• JELLICOE, G & JELLICOE, S. (1995). El paisage del hombre, la

conformación del entorno. Barcelona. GG.

• D’AGOSTINO, Mário. A Linha do Horizonte: reflexões sobre a crítica da

simetria clássica. revista Óculum n. 3, Campinas, p. 53-62, 1993

• STEENBERGEN Clemens e REH, Wouter. Arquitectura e paysage.

Barcelona: Gustavo Gili

• VIDLER, A. (1994) Ledoux, Ediciones Akal, S.A., Madrid

• MORRIS, A. E, J. (1979). História de la forma urbana. Barcelona: Gustavo

Gili

• BARBIN, Henrique Sundfeld. O Estilo Inglês. ESALQ/USP por In:

http://www.esalq.usp.br/parque/ingles.htm

• Wikipédia

245