4º trimestre 2015 lição 12 adultos

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MODELO

VERDADE PRÁTICA“...A promessa divina, ainda que pareça tardia, sempre nos sorri no momento certo e na estação apropriada...”

LEITURA DIÁRIASegunda — Gn 18.10• Deus promete a Abraão um herdeiroTerça — Gn 21.1,2• Deus é fiel, nasce o filho da promessaQuarta — Gn 24.58-67• Uma esposa para Isaque, o filho da promessaQuinta — Gn 25.21• Os filhos de Isaque, herdeiros da promessa Sexta — Gn 27.1-46• Isaque, o filho da promessa, abençoa seus filhos Sábado — Gn 27,26• Isaque, o filho bendito do Senhor

OBJETIVO GERAL

Saber que Deus é fiel e que Ele nos “sorri” e cumpre o que prometeu no momento certo e na estação própria.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• I. Conhecer a promessa de Deus a Abraão;• II. Saber que Isaque era o bem mais precioso de Abraão;• III. Mostrar como se deu o casamento de Isaque com Rebeca;• IV. Compreender que Isaque era o filho bendito que o Senhor havia prometido.

ESBOÇO DA LIÇÃOI. ISAQUE, O SORRISO TÃO ESPERADO

1.O nascimento do “riso”.2.Isaque e Ismael.

II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO1.A provação das provações. 2.O encontro de Isaque com Deus.

III. O CASAMENTO DE ISAQUE1.Uma esposa para Isaque. 2.O casamento de Isaque. 3.Os filhos que não vinham.

IV. ISAQUE, O BENDITO DO SENHOR1.Príncipe de Deus. 2.Profeta de Deus.

PONTO CENTRAL

O nascimento de Isaque foi o cumprimento de uma promessa a Abraão.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 21.1-8.

1 — E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito; e fez o SENHOR a Sara como tinha falado.

2 — E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha dito.

3 — E chamou Abraão o nome de seu filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, Isaque.

• 4 — E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado.

• 5 — E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho.

• 6 — E disse Sara: Deus me tem feito riso; e todo aquele que o ouvir se rirá comigo.

• 7 — Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?

• 8 — E cresceu o menino e foi desmamado; então, Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.

TEXTO ÁUREO“E disse Sara: Deus me tem feito riso; e todo aquele que o ouvir se rirá comigo” (Gn 21.6).

COMENTÁRIOINTRODUÇÃO

• Já haviam se passado 24 anos desde que Abraão saíra de Ur dos Caldeus.

• E, apesar da promessa que o Senhor lhe fizera quanto à posse das terras de Canaã, o patriarca continuava sem herdeiros.

• Ele já estava com 99 anos e Sara beirando à casa dos 90.

• Numa idade tão avançada, teriam eles ainda o prazer de embalar o próprio filho?

• Para Deus nada é impossível. ???• (O que esse texto está fazendo aqui).• O Senhor prometeu ao patriarca que um filho haveria de

nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. • Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. • ela veria que apesar de seu riso, o Senhor cumpriria sua

promessa. • Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.

• “Sabemos, pelas palavras de Estêvão, de fato, que Deus chamou (Obs: 1) Abrão enquanto ele ainda morava em Ur (Obs: 2) dos caldeus, na Mesopotâmia, antes que ele viesse a Harã (At 7.2,3).

• Com 75 anos de idade (*Calendário lunar), Abraão deixa Harã e segue para Canaã levando consigo a Sarai, sua esposa e meia-irmã, e seu sobrinho, Ló, e no coração, a fé na promessa de Deus.

• Hoje, com esta idade, há muito já estaríamos aposentados e sem esperar mais das promessas do Senhor.

• * Calendário lunar.• https://sites.google.com/site/expositivocombr9/origem-do

s-calendarios

• Na atualidade existem aproximadamente 40 Calendários em uso no mundo, que podem ser classificados em três tipos.

• 1- Solares: Baseados no movimento da Terra em torno do Sol; os meses não têm conexão com o movimento da Lua. (exemplo: Calendário Cristão)

• 2- Lunares: Baseados no movimento da Lua; o ano não tem conexão com o movimento da Terra em torno do Sol. (exemplo: Calendário Islâmico/hebraico). Um dia para o Sol e um dia para a Lua 06:00 = primeira hora/06:00 = décima segunda hora, durante o decorre do dia.

• Durante a noite procede um processo de três vigília com quatro horas (no romano eram 4 vigílias de 3 horas).

• Note que os meses de um Calendário Lunar, como o Islâmico, sistematicamente vão se afastando dos meses de um Calendário Solar, como o nosso.

• 3- Lunisolares: Os anos estão relacionados com o movimento da Terra em torno do Sol e os meses com o movimento da Lua em torno da Terra. (exemplo: Calendário Hitita/chinês).

• O Calendário Hebreu possui uma sequência de meses baseada nas fases da Lua mas de tempos em tempos um mês inteiro é intercalado para o Calendário se manter em fase com o ano tropical.

• Com base nesse calendário, atuante na época; Abraão estava aproximadamente com 38 anos em nosso calendário.

• 75 anos no calendário Lunar, próprio dos beduínos.

• Para uma melhor compreensão referentes aos dias da Criação visite o site abaixo.

• http://estudosexpositivos.blogspot.com.br/p/curiosidades.html

• Há alguns estudiosos que afirmam que ele estava errado em levar Ló consigo, já que lhe foi dito para deixar sua família. Observe Gênesis 13.14-15. No capítulo 12 de Gênesis, Deus chama Abraão, faz com ele aliança e promete-lhe que ele seria pai de uma multidão de nações.

• Passar-se-iam muitos anos antes que Abrão entendesse inteiramente que este herdeiro que Deus prometera viria da união dele com Sarai.

• Em Gênesis 17.1, treze anos após o nascimento de Ismael e vinte e quatro anos depois da promessa original, Deus renova suas promessas.

• “...Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos”;

• Isaque (que significa ele riu, em alusão aos risos de incredulidade de Abraão (Gn 17.17), de Sara (Gn 18.12-15), e de alegria pelo nascimento do filho (Gn 21.5-7).

(Obs: 1) • Embora pareça, por uma leitura superficial de

Gênesis (11:31-12:1), que Deus chamou Abrão quando este estava em Harã, pelo relato contraditório de Estêvão, Deus o chamou na Mesopotâmia, antes dele viver em Harã; os dois relatos podem ser harmonizados ao se notar que Gn. 11:27-32 é um parêntese da geração de Terá, introduzido por um waw disjuntivo, e que Gn. 12:1, introduzido por um waw consecutivo, continua a narrativa principal que foi interrompida em Gn. 11:26.”

• Bruce Waltke, Unpublished Class Notes, Dallas Theological Seminary, pp. 14-15.

(Obs: 2) • “A cidade de Ur, no baixo Eufrates, foi um grande centro

populacional, e rendeu extensas informações das tumbas reais que foram escavadas sob a direção de Sir Leonard Wooley e o patrocínio do Museu Britânico e do Museu da Universidade da Pensilvânia.

• Embora nenhuma evidência direta da residência de Abraão esteja disponível, o importante é que a cidade de Ur reflete a longa história anterior à época de Abrão, possuindo um elaborado sistema de escrita, instalações educacionais, cálculos matemáticos, registros religiosos, de negócios e de arte.

• Isto demonstra o fato de que Ur possa ter sido uma das maiores e mais abastadas cidades na área do Tigre-Eufrates quando Abraão emigrou da região norte para Harã.

II. ISAQUE, O SORRISO TÃO ESPERADO

• 1. O nascimento do “riso”.• 2. Isaque e Ismael.

Da promessa ao nascimento de Isaque, passou-se um ano (Gn 18.10). Para quem já havia esperado tanto tempo, aqueles meses correram rapidamente.

• No tempo apontado pelo Senhor, eis que Sara dá à luz o seu unigênito.

• Na tenda do patriarca, ouve-se agora o choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o próprio Cristo (Mt 1.1,2).

• Ao embalar o filhinho, Sara comenta: • “Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a

filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.7).

1- O nascimento do “riso”.

• Embora Abraão tenha tido um filho com a serva Agar (Ismael), encontramos em Gn 22.15-16 uma alusão a um único filho, assim como, também, o autor do livro de Hebreus se refere a Isaque como o filho unigênito, que significa único filho gerado por seus pais (Hb 11.17).

• Embora não tenha sido tão proeminente quanto seu pai e seu filho na narrativa de Gênesis, Isaque foi fundamental no desenvolvimento da nação de Israel e no cumprimento da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes.

• É através desse patriarca que se desenha o plano redentor do Senhor: Isaque foi oferecido como sacrifício voluntário; é um tipo de Cristo em sua morte: ele carregou em sues ombros a lenha para o holocausto até o Monte Moriá; Cristo carregou a sua cruz ao Calvário, local próximo a Moriá.

• Orígenes comentou que levar a lenha para o holocausto era dever do sacerdote.

Os quatro elementos da promessa feita a Abraão (12.1-3) começam a cumprir-se em Isaque: • 1) terra - ele permanece em Canaã após a morte de seu

pai aprofundando ali as raízes familiares em obediência a Deus;

• 2) descendentes – continua a linhagem através de Jacó, após o qual a multiplicação de descendentes acelerou;

• 3) relacionamento especial com Deus - foi temente a Deus e por ele grandemente abençoado; de bênção às nações – durante o tempo que Isaque morou em Gerar, já aparecem pequenos sinais de bênção para as nações.

• Se Isaque era o filho da promessa, Ismael estava ali na conta do filho da desesperança e do arranjo carnal.

• Por isso, o filho de Abraão com Agar, sentindo-se enciumado com a chegada do meio-irmão, põe-se a zombar dele.

• A situação ficou tão insustentável que, quando do desmame de Isaque, Sara diz ao esposo: “Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque” (Gn 21.10).

2- Isaque e Ismael.

• Embora a palavra de Sara fosse-lhe dura, Abraão, orientado por Deus, despede a escrava e seu filho.

• O Senhor, no entanto, já tinha um plano para Agar e Ismael.

• Afinal, aquele menino também era descendência do patriarca (Gn 21.15-21).

• Uma pergunta deve ser feita aqui: • Por que Sara ofereceu sua serva Agar para que Abraão

deitasse com ela? • E por que o patriarca consentiu? Sara entrega sua serva

egípcia Agar para coabitar com seu marido.• Isso é escandaloso em nossa maneira ocidental

moderna de pensar, mas era uma coisa comum naquela região do oriente, quando um homem podia ter muitas esposas e concubinas.

• A ideia era fazer Agar conceber de Abraão, numa espécie de “barriga de aluguel” antiga, e assim suscitar descendência à sua casa, já que pelo costume da época, um filho concebido por uma serva era considerado filho de sua senhora.

• Foi um passo errado, indicando uma falta de confiança em Deus e Sara foi a primeira a colher os frutos amargos de seu plano.

• O nome Ismael significa Deus ouve e significa que Deus viu o modo injusto de Abrão e Sarai tratarem Agar, e que também agiu a respeito disso.

• Aqui está a origem belicosa entre árabes e judeus, ambos descendem de Abraão, e o fato da belicosidade árabe reside nesta passagem bíblica:

• “Contudo ele será como um jumento selvagem do deserto; ele lutará contra todos e todos guerrearão contra ele. Ele viverá em hostilidade contra todos os seus parentes!” (Gn 16.12 BKJ).

• Abraão e seus descendentes, Isaque, Jacó, deram origem aos Hebreus de onde vieram os judeus.

• Ismael e a sua descendência, Nebaiot, Cedar, Abdiel, Mabsão, deram origem aos árabes.

• O teu único filho• A intenção de Deus não era de que Abraão sacrificasse

seu filho. • A ordem de oferecer Isaque serviu para provar o quanto

ele confiava no Senhor. Contudo, tratava-se também de uma história profética.

• Deus, que foi tão generoso em permitir que Abraão sacrificasse seu filho, estava desejoso de entregar seu único filho, a quem amava, para garantir a nossa salvação”. ??? - Isso é. Condicional ?

• https://sites.google.com/site/expositivocombr21/seguranca-da-salvacao

II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO

1. A provação das provações. 2. O encontro de Isaque com Deus.

Em Moriá, o Senhor não somente provou a fidelidade de Abraão, como também introduziu Isaque na dimensão da fé confessada por seu pai.

• Certa noite, o Senhor ordenou a Abraão: • “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a

quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2).

• Na manhã seguinte, ainda de madrugada, o patriarca conduziu o filho amado ao sacrifício supremo.

1. A provação das provações.

• O patriarca, todavia, tinha absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos ordenou claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).

• Os críticos atribuem o relato à fonte E. Quanto à teoria das fontes múltiplas do Pentateuco. Esta narrativa foi contada com graça excepcional, sendo um dos mais belos e comoventes episódios do Antigo Testamento.

• Ao mesmo tempo, tem servido de consternação para muitos intérpretes, por causa de seu sacrifício humano, que, embora não se tivesse concretizado, alegadamente foi ordenado pelo próprio Deus (vs. 2).

• Intérpretes como Orígenes pensavam tratar-se de uma alegoria (o que também pensavam sobre outras passagens difíceis), extraindo daí lições morais e espirituais, mas negando, peremptória e absolutamente, que Deus tivesse ordenado (como fato histórico) um sacrifício humano.

• HÁ AQUI GRANDE DRAMA HUMANO:• O amado filho prometido, Isaque, que tanto demorara a

chegar, e que vinha sendo aguardado fazia tanto tempo, agora, de súbito, precisava ser sacrificado, e pelo seu próprio pai.

• Os registros mostram que sacrifícios humanos eram coisa comum em Ur e cercanias nos dias de Abraão, e que, sem dúvida, esse teria sido um fator do pano de fundo histórico do relato.

• Alguns eruditos consideram o episódio uma lenda que foi adicionada a Gênesis a fim de demonstrar a grande dedicação de Abraão a Yahweh, não Lhe negando nem mesmo a vida de seu filho, Isaque.

• A lição moral perene do relato é que não pode haver limite à dedicação espiritual e à obediência do homem, que deve incluir até o sacrifício.

• ???

• Outros estudiosos crêem na autenticidade histórica do relato, mas dizem que Abraão, em sua dedicação total, pensou que Yahweh tinha ordenado o sacrifício, sem perceber que o impulso vinha dele mesmo, e não de Deus.

• Era comum, ao perceber-se, que algo não ia-se bem, ou não se estava em comum modo, ofereciam-se sacrifícios humanos às suas divindades.

• Prisioneiros de guerras como sacrifício pela nação.

• Escravos por suas terras.• Filhos e ou parentes em

apreço pessoal.

• Por outra parte, não podemos perder de vista o fato de que o autor de Gênesis compreendia que a questão tivera origem na ordem divina.

• E assim vai rolando a controvérsia. • Mas esta não nos deveria cegar para as grandes lições

morais e espirituais da narrativa. • Ver no fim do vs. 14 um sumário de idéias sobre o

problema do sacrifício humano, no que tange à história de Abraão.

• O propósito de Deus foi provar a fé de Abraão, com o pedido de que entregasse completamente aquele seu único filho a Deus.

• O anjo do Senhor declarou que era a disposição de Abraão de entregar o seu filho, e não o ato de realmente matá-lo que satisfez as expectativas de Deus com respeito a Abraão.

• Deus disse explicitamente: • “Não estendas a mão sobre o rapaz… pois agora sei

que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (Gn 22.12).

• Não há dúvida de que o Senhor queria provar a fé do patriarca.

• Todavia, era sua intenção também levar o jovem Isaque a um encontro pessoal e fortemente experimental com o Deus de seu pai.

2. O encontro de Isaque com Deus.

• A primeira lição que Isaque aprende é que Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8).

• Por isso, deita-se e deixa-se amarrar pelo pai ao altar do holocausto (Gn 22.9).

• No momento certo, o Senhor haveria de intervir, como de fato interveio.

• Deus tinha planos para Isaque, e mostraria ao jovem que Ele cumpre suas promessas.

• O Deus de Abraão seria também o Deus de Isaque.

• No caminho para Moriá, Isaque pergunta: • Meu pai, eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o

cordeiro para o holocausto? • Abraão responde-lhe: “Deus proverá”.

• Chegaram ao local determinado e prepararam o altar, então Abraão contou a Isaque todas as coisas e o amarrou para ser sacrificado e ao levantar o cutelo para imolá-lo, Deus impediu Abraão de sacrificar Isaque e providenciou um cordeiro para isso.

• Isaque, o filho da promessa, agiu em obediência ao seu pai em se tornar o sacrifício (v.9); Jesus orou:

• “Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.37) –

• Isaque é “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo” de Cristo - o padrão do sacrifício de Isaque por Abraão prefigura muitos eventos que espelham a morte e a ressurreição de Jesus.

• Um carneiro preso pelos chifres.• Eis aí o substituto previsto (vs. 8). • Esse animal, como todos os animais sacrificados no

Antigo Testamento, era tipo do Cordeiro de Deus.

• Em face dessa substituição, a vida de Isaque foi poupada.

• É devido a Cristo, nosso Substituto, que todas as almas podem ser liberadas.

• A provisão de Deus foi adequada no caso de Isaque, e outro tanto quanto à missão remidora de Cristo, no que nos diz respeito.

• Talvez o carneiro tivesse quatro chifres, um animal que ainda é comum no Oriente Médio.

• Devemos pensar em um animal selvagem, e não domesticado.

• Não foi por acaso que o animal estava ali.

III. O CASAMENTO DE ISAQUE

• 1. Uma esposa para Isaque. • 2. O casamento de Isaque. • 3. Os filhos que não vinham.

Se Isaque quisesse, poderia ter se casado com uma das jovens daquela terra. Entretanto, ele sabia que as cananeias eram idólatras e dadas ao pecado. Por isso, resolveu confiar no Deus que tudo provê.

• Sabendo que Isaque era um homem espiritual e seletivo, Abraão encarregou seu mais antigo servo para buscar uma esposa na Mesopotâmia para seu filho (Gn 24.1-7).

1- Uma esposa para Isaque.

• Na cidade de Naor, o mordomo orou ao Eterno:

• “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14).

• A moça que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade, gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho.

• Eis que aparece Rebeca, bela e formosa virgem, preenchendo todos esses requisitos.

• Os camelos podem tomar cerca de 200 litros de água de uma só vez. “... Bebe, e também darei de beber aos teus camelos,..” Ela encheu o equivalente a: duas caixa de mil litros.

• OBS: A ÁGUA TEM QUE ESTAR LIMPA.

• Nos dias do Antigo Testamento, o casamento era negociado pelos pais dos noivos.

• O homem que desejasse uma esposa tinha de comprá-Ia, e o preço estabelecido, de acordo com o que se lê na Bíblia (Dt 22.29), era de cinquenta siclos de prata, cujo pagamento poderia ser feito em camelos, ovelhas ou em dinheiro.

• Se o casamento fosse pacífico, não era tratado diretamente pelo noivo nem pela noiva.

• Os intermediários no trato do consórcio eram os amigos do noivo.

• O contato dos intermediários com a família da noiva exigia que estes "levassem presentes para a noiva e não podiam ir de mãos vazias.

• A noiva não tinha a menor interferência nas negociações de seu casamento com o noivo.

• Não tinha o direito de recusar o homem que lhe escolhessem para marido.

• [...]No contrato de casamento não estava a ação de qualquer mulher, nem mesmo da mãe da noiva.

• Tendo consultado sua família e recebido o consentimento desta, Rebeca acompanha Eliezer até chegarem onde Isaque morava.

• O encontro de Isaque com Rebeca foi singular e romântico.

• Ele saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem na feliz comitiva.

• Depois de ouvir o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe e a toma por esposa (Gn 24.67).

• Assim Isaque foi consolado da perda de sua mãe, Sara.

2. O casamento de Isaque.

• Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade patriarcal, os pais consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas para seus filhos (Gn 24.3; 38.6). Normalmente, a noiva em perspectiva, assim como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos de acordo com os interesses da família e da lealdade à tribo.

• O casamento com mulheres estrangeiras era desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27 .46; 8.8) e mais tarde foi totalmente proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11) pelo perigo de uma volta à prática da idolatria das demais nações.

• Casamentos mistos eram tolerados apenas no caso dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45; Moisés, Ex 2.21) e dos reis apenas por razões políticas.

• Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos baseados no namoro.

• O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). Por exemplo, Mical se apaixonou por Davi (1 Sm 18.20).

• Na época do AT as mulheres não eram mantidas como reclusas, como nos países muçulmanos, e podiam sair às ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13).

• Elas cuidavam das ovelhas (Gn 29.6; Ex 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1 Sm 9.11), colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares (Gn 34.1).

• Dessa maneira., os jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos. [...]

• A essência da cerimônia do casamento ou das festividades era o ato de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa do noivo ou de seu pai.

• O servo-procurador foi, “...orando para que Deus mostrasse quem seria a esposa para Isaque...” (Gn 24.12-14). A direção de Deus, mostrou-se na dedicação aos serviços d’aquela moça, em dar de beber aos camelos.

• A família era composta da mãe e do irmão Labão, que era o patriarca da família (o pai havia morrido), o que naquela época significava aquele que fazia o papel do líder religioso e civil.

• É só verificar o episódio mais adiante, em que ela casa as suas duas filhas, Lia e Raquel, com Jacó (Gn 29).

• Voltando ao relato... Diante da mãe e do irmão de Rebeca, o servo-procurador fez a proposta de casamento, repetindo a missão que lhe fora dada: achar uma esposa para Isaque (Gn 24.28-49).

• Houve a permissão da mãe e do irmão (Gn 24.50-51) e em seguida perguntaram a Rebeca:

• “queres ir com este homem?”, ao que ela respondeu “irei” (Gn 24.57-58) – algo bastante parecido com “você aceita este homem como seu legítimo esposo?” – “sim, aceito”.

• E não faltou nem bênção: Labão, como patriarca da família, abençoou Rebeca na saída (Gn 24.60 – a frase “és nossa irmã” sugere que foi Labão quem deu esta bênção).

• Rebeca também era estéril. Isaque, todavia, ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo, como haviam feito seus pais, foi buscar a ajuda de Deus. Ele orou insistentemente ao Senhor por sua mulher (Gn 25.21).

• Isaque se casou com Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai aos sessenta anos (Gn 25.26).

3. Os filhos que não vinham.

• Pela Palavra de Deus, entendemos que Isaque orou por vinte anos, até ter sua oração respondida.

• Ele era um homem de oração, e não se deixou abater pelo passar do tempo, pois tinha uma promessa de Deus para sua família.

• E Deus lhe deu dois filhos: Esaú e Jacó.

• O casamento de Isaque e Rebeca continuava sendo dirigido por Deus.

• Diante da esterilidade de Rebeca, que era um obstáculo ao desenvolvimento da família da aliança, Isaque se colocou diante de Deus em oração por sua esposa.

• Essa atitude não apenas demonstra sua fé em Deus, como também seu amor por sua esposa (Gn 25.21).

• O resultado disto foi que Deus os abençoou, ouvindo e atendendo essa oração.

• Rebeca, então, concebeu.

• Era preciso exercitar a fé na promessa e a ferramenta utilizada por Deus para isso foi mais uma vez a esterilidade! Rebeca foi estéril por cerca de vinte anos.

• Isso deu a Isaque a oportunidade de mostrar a sua fé na promessa de Deus a Abraão, de abençoar todas as famílias da terra por meio de um descendente seu que ainda não havia nascido (Gn 12.3).

IV. ISAQUE, O BENDITO DO SENHOR

• 1. Príncipe de Deus. • 2. Profeta de Deus.

Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus.

• Embora não fosse rei, Isaque tornou-se tão grande que chegou a incomodar até mesmo o poderoso Abimeleque, rei de Gerar (Gn 26.16).

• Este, vendo que o patriarca já lhe era superior em bens e força, pediu-lhe uma aliança chamando-o de “bendito do Senhor” (Gn 26.29).

• Naquela época, tal título equivalia a ser chamado de príncipe de Deus.

1.Príncipe de Deus.

• As Bênçãos de Deus são tão evidentes sobre Isaque, o sucessor escolhido para as promessas de Deus, como fora sobre seu pai Abraão (Gn 21.22), assim, tornou-se muito rico (poderoso): “Isaque semeou naquela terra, e no mesmo ano colheu o cêntuplo; e o Senhor o abençoou.

• Ao fixar-se naquela terra e por ser um homem abençoado por Deus, agraciado com muitos animais e com muita gente de serviço;

• Isaque despertou grande inveja nos filisteus, que se voltariam contra ele em forma de retaliação.

• Seus inimigos começaram a entulhar os poços de água, anteriormente construídos pelo seu pai Abraão.

• Diante daquela situação conflituosa, o Rei dos filisteus, Abimeleque, pediu que Isaque saísse do meio deles, pois achava que o centro da contenda fosse Isaque e sua gente.

• Que lição maravilhosa para nós. • Não o fato de ter enriquecido, mas o fato de ser, Isaque,

um pacificador! Mateus 5.9: • “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles

serão chamados filhos de Deus”.

• É verdade que há situações onde a pacificação não depende somente de nós.

• Podemos ser "agraciados" com um inimigo gratuito, que nos odeia sem causa! Porém, o apóstolo Paulo é claro: "... se depender de vós, tende paz..." (Rm 12.18).

• A bênção de Isaque impetrada sobre os gêmeos, antecipa profeticamente o destino de cada um deles. Mesmo Jacó havendo-o enganado, fingindo ser Esaú a fim de roubar a primogenitura do irmão, o patriarca não pôde anulá-la, pois suas palavras eram, na verdade, de Deus. Por isso, diante dos rogos de Esaú, foi categórico: “Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn 27.37).

2.Profeta de Deus.

• Naquele momento, Isaque profetizou não acerca de Jacó e Esaú, mas dos povos que estes representavam.

• A primogenitura era ritual e estatuto em Israel, o filho mais velho recebia herança em dobro dos bens de seu pai, além de ser o herdeiro do título do pai e, o mais importante, o sucessor do pai no sacerdócio familiar.

• Isto incluiu a herança da terra, assim como a autoridade para seguir com as bênçãos Divinas.

• O primogênito dos rebanhos e de famílias humanas era considerado como pertencendo ao Senhor, e esperado que lhe fosse dedicado.

• Esaú perdeu seu direito de primogenitura para seu irmão Jacó por causa de uma refeição de lentilhas, isso aponta para o caráter dele, note que somente em dois lugares nas Escrituras um homem é chamado um caçador, (Tzayid): o primeiro homem intitulado como caçador, para identificar o seu caráter foi Nimrode; o outro é Esaú; quando a Bíblia o usa a palavra Tzayid é sempre em sentido negativo.

• Note, ainda, o seguinte: • A palavra Hebraica para a

benção (brachah – lê-se brarrá) carrega a mesma raiz Hebraica da palavra que significa primogenitura e primogênito (bekorah).

• assim, de fato, Jacó não roubou a bênção que cabia ao seu irmão mais velho.

• Deus usou seus servos, geralmente profetas, no passado, para transmitir sua mensagem de bênção ou maldição; o Senhor separou a tribo de Levi para abençoar em Seu nome (Dt 10.8) e deu-lhes as palavras exatas, que consistem em desejar que o Senhor lhes seja propício (Nm 6.23-27).

• A bênção de Isaque, neste caso, só teria valor se procedesse de Deus.

• Mesmo no caso de seu pai Abraão, Deus prometeu: "abençoarei os que te abençoarem (te desejarem o bem) e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem (te desejarem o mal) ..." (Gn 12.3): nunca "abençoarei os que abençoares".

CONCLUSÃO

• A história de Isaque não é uma simples biografia. • É um relato de fé e de superações no campo

pessoal, doméstico e nacional. • Do monte Moriá, onde se encontrou pessoal e

experimentalmente com Deus, até a sua morte, ele viveu como um príncipe de Deus.

• Portanto, não se deixe abater pelas provações. Exerça a sua fé no campo das impossibilidades.

• A seguir, como conclusão desta lição e para ser honesto com o conteúdo bíblico, isto é, não falando apenas dos acertos, mas mostrando também os erros, transcrevo um artigo de autoria do Pr Paulo Rogério Petrizi, Líder da Igreja Batista Vida Nova, na cidade de Campinas-SP, publicado no site Prega a Palavra:

• “E Isaque cometeu pelo menos três erros em relação a sua esposa e família que estão registrados na Palavra para nos servirem de alerta”.

• Em Gênesis 26.1-11, houve um período de seca e fome em toda Canaã.

• Eis aqui uma lição para nós: o melhor lugar para estarmos com nossos familiares é onde o Senhor nos coloca e abençoa. Nenhum lugar da Terra é mais seguro do que sob a bênção de Deus.

• Em Gerar, território filisteu, Isaque buscou abrigo junto ao rei Abimeleque. Foi ali que cometeu pelo menos três erros:

1º. O pecado de não confiar em Deus. • Foi tão clara a promessa do Senhor: Estarei com você e

o abençoarei. • Teve medo de morrer assassinado em face de sua

esposa ser uma mulher muito bonita. • Daí, mandou que ela mentisse e dissesse que era sua

irmã. • Honramos ao nosso Deus e Pai quando nEle confiamos. • Como marido, cabeça de sua família, mantenha uma fé

fervorosa em Deus. • Confie nEle sempre.

2º. O pecado de mentir.

• Isaque mentiu vergonhosamente, algo que um homem de Deus jamais deveria consentir-se fazer.

• E sua mentira lhe custou muita vergonha quando foi desmascarado pelo rei filisteu.

• Aliás, até hoje o patriarca é lembrado pela mentira que contou.

• Foi o Senhor Jesus quem afirmou que o Diabo é "pai da mentira".

• Aliás, a mentira é o único "filho" do Diabo.

3º. O pecado do egoísmo. • O rei de Gerar, Abimeleque, ao confrontar Isaque com

seu pecado, advertiu-o das consequências que Rebeca poderia ter sofrido. Ou seja, Isaque pensou mais nele do que na esposa e com a finalidade de proteger-se, expôs sua mulher a ser cortejada por ímpios.

• O amor que aprendemos com Jesus é sacrificial, conforme expôs Paulo em Efésios 5.25. Como marido, ame sua esposa e seus filhos e demonstre este amor com honra, afeto, zelo, atenção, dedicação, esforço e paciência.