Post on 11-Feb-2018
A CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO:
PRESENTE, PASSADO E
FUTURO
Mario J A Saad
FCM-UNICAMP
IMPORTANCIA SOCIAL
CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO
SEGURANÇA ALIMENTARALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
XINDÚSTRIA DA ALIMENTAÇÃO
HISTÓRIA DO ENSAIO CLÍNICO
1747 – James LindMédico da marinha Britânica Formado pela University of Edinburgh
Realizou o primeiro ensaio clínico controlado – CIENCIA DA NUTRIÇÃO
-Comparação - duas ou mais intervenções -Controladas pelos pesquisadores -Aplicadas de forma aleatória em um grupo de participantes.
• O que é ensaio clínico controlado
12 marinheiros- Mesmo estágio clínico de escorbuto;- Mesma dieta básica;- Acomodadas no mesmo compartimento
do navio.
- Divididos em 6 grupos
HISTÓRIA DO ENSAIO CLÍNICO
• manifestações hemorrágicaspetéquias, equimoses, sangramento das gengivas
• edema nas articulações, fadiga, lassidão, tonteiras, anorexia,
• infecções e morte
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C
Prolina OH-Prolina Colágeno
Prolina hidroxilase
Vitamina C
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C
• ¼ suco de maça• 25 gotas elixir vitrio 3x/dia• 2 colheres vinagre 3xx/dia• 30 ml água do mar• Mistura de noz moscada + mostarda +
alho 3xx/dia• 2 laranjas e 1 limão/dia
SEIS GRUPOS DE LIND
“O melhor e mais rápido efeito foiobservado nos marinheiros queusaram laranjas e limão. Após 6 diasde tratamento um deles estava prontopara reassumir o cargo, e outro era oque estava em melhor condiçãoclínica, comparado aos outros dez, eestá evoluindo muito bem”
HISTÓRIA DO ENSAIO CLÍNICO
• Ensaio clínico de Lind- Reversão do escorbuto;- Lind - o pai dos ensaios clínicos;Cuidado na seleção- condições clínicas;- dieta básica;- ambiente
HISTÓRIA DO ENSAIO CLÍNICO
LACTOSE GLICOSE+GALACTOSE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
LACTASE
LACTOSE GLICOSE+GALACTOSE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
LACTASEA expressão é muito reduzidaapós os primeiros anos de vida
LACTOSE GLICOSE+GALACTOSE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
LACTASE –Norte da Europa Mutação na região promotora do gene PERSISTÊNCIA DE EXPRESSÃO DA ENZIMA MESMO EM ADULTOS
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
LACTOSE GLICOSE+GALACTOSE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
LACTASE AFRICA
3 Mutações independentes e diferentes da encontrada no norte da Europa PERSISTÊNCIA DE EXPRESSÃO DA ENZIMA MESMO EM ADULTOS
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
DEFICIÊNCIA DE LACTASE
HUMANOS AINDA EM EVOLUÇÃO
PORCENTAGEM DE CRIANÇAS OBESAS E COM SOBREPESO
RESISTÊNCIA À INSULINA
Cálculo de vesícula
AlteraçõesCognitivas
Esteato-hepatite
AcanthosisNigricans
HipertrofiaMiocárdica
Hipert. Arterial e Pulmonar
Osteoartrite
Hemostasia e Coagulação
Dislipidemia
Aterosclerose
CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA À INSULINA
Cancer
Ovário Policístico
1 2 34
56
789
1011
12
GENÓTIPO ECONÔMICO
Escassez de alimentos
Doenças infecciosas
GENÓTIPO ECONÔMICO/INFLAMATÓRIO
Índios Pima - México
Índios Pima: EUA-Arizona
México – 1519: 22.000.000 de nativos
1600: 1.000.000 de nativos
Peru – 1520: 9.000.000 de nativos
1620: 600.000 de nativos
Evolução da População Indígena na América nos Séculos XVI e XVII
Genótipo que predispõe a resistência à insulina
associado a ampla resposta a citocinas pode ter
sido vantajoso em condições históricas de jejum
prolongado e doenças infecciosas, mas
desvantajoso em situações de plenitude alimentar.
VANTAGEM EVOLUTIVA DOGENÓTIPO ECONÔMICO/INFLAMATÓRIO
Curvas de Sobrevida
*
Após exposição ao jejum
Balb-c Swiss
Sobr
eviv
ênci
a ac
umul
ada
Após administração (i.p.) LPS
Balb-c
Swiss
Peso
(gra
mas
)
Início 15 50 60
Tempo de tratamento (dias)
Efeito da dieta hiperlipídica
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Swiss hiperlipídico
Swiss controle
Balb-c controle
Balb-c hiperlipídico
GENÉTICA E EVOLUÇÃO DA OBESIDADE
PRESENÇA DE PREDADORES
PESO CORPORAL
GENÓTIPO ECONÔMICOMenor gasto energético
Melhor resposta inflamatóriaCapacidade fecundativa
GENÉTICA E EVOLUÇÃO DA OBESIDADE
AUSÊNCIA DE PREDADORES
PESO CORPORAL
GENÓTIPO ECONÔMICOMenor gasto energético
Melhor resposta inflamatóriaCapacidade fecundativa
INTERAÇÃO ENTRE SISTEMA IMUNE INATO E RESISTÊNCIA À INSULINA
DIETA E PATÓGENOS
SISTEMA IMUNE INATO
RESISTÊNCIA À INSULINA
INTERAÇÃO ENTRE SISTEMA IMUNE INATO E RESISTÊNCIA À INSULINA
DIETA E PATÓGENOS
SISTEMA IMUNE INATO
RESISTÊNCIA À INSULINA
AGLLPS
TLR1 TLR2TLR6
TLR2 TLR5 TLR7 TLR9 TLR3 TLR4
Lipoproteinatriacilada
Lipoproteinadiacilada flagelina IMZQ CpG DNA dsRNA
RECEPTORES TOLL-LIKE (TLR) E SEUS LIGANTES
LPS - ÁCIDO GRAXO SATURADO
MYD88MAL/TIRAP
IRAKTRAF6TAK1
JNK IKK / IκB / NFκB
TNFα IL-6 iNOS
TLR4
TRANSMISSÃO DO SINAL DE LPS – TLR4
TRANSMISSÃO DO SINAL DE LPS – TLR4
LPS
MYD88MAL/TIRAP
IRAKTRAF6TAK1
JNK IKK / IκB / NFκB
TNFα IL-6 iNOS
TLR4
PARÂMETROS METABÓLICOS EM ANIMAIS COM MTLR4
20
25
30
35
0 2 4 6 8
40
Semanas
Peso
cor
pora
l (g)
Controle HLMTLR4 HLMTLR4 - ControleControle
0
1
2
5
% m
in-1
C HL
3 *
4
HL CMTLR4
Controle HL
Controle
MTLR4 HLMTLR4 - Controle
TEMPO
§
0 30 60 90 120
400
600
500
300
200
100
0
TEMPO
0 30 60 90 120
456789
3210
GLICOSE
Glic
ose
(mg/
dl)
Controle HL
Controle
MTLR4 HLMTLR4 - Controle
INSULINA
Insu
lina
(ng/
ml)
PARÂMETROS METABÓLICOS EM ANIMAIS COM MTLR4
Monócito/Macrófago Tecido adiposo
IL-1, IL-6, TNFα
DrosophilaCorpo gorduroso:• tecido adiposo• sistema linfohematopoiético
ADIPÓCITO E MACRÓFAGO TEM ORIGEM COMUM
Macrófago
Respostainflamatória Resposta
metabólica
Receptores Nucleares: LXR, PPAR
Citocinas: TNF-α, IL-6
Adipócito
SIMILARIDADE ENTRE ADIPÓCITO E MACRÓFAGO
VIA CAP/Cbl
GENE
COMPLEXIDADE DA OBESIDADE
GENE
GENE AMBIENTE
OUTROS FATORES
Duodeno101-103 cfu/ml
Estômago101-103 cfu/ml
Jejuno/Ileo104-107 cfu/ml
Cólon1011-1012 cfu/ml
cfu=unidade formadora de colônia
CONCENTRAÇÃO RELATIVA DE BACTÉRIAS NO TGI
Outra bactéria
Firmicutes
Firmicutes
Bacteroidetes
Bacteroidetes
MAGRO
Outra bactéria
OBESO
PROPORÇÃO RELATIVA DE FIRMICUTES E BACTEROIDETES EM CAMUNDONGOS MAGROS E OBESOS
Indivíduo obeso
FloraComensal
↑ Retirada de energia de alimentos não digeríveisEpitélio Intestinal
Fígado Tec. Adiposo Hipotál Músculo
MECANISMOS QUE LIGAM FLORA INTESTINAL E RESISTÊNCIA À INSULINA – OBESIDADE
LPS LPS
Indivíduo obeso
FloraComensal
↑ Retirada de energia de alimentos não digeríveis
Fígado Tec. Adiposo
Indivíduo obeso
FloraComensal
↑ Retirada de energia de alimentos não digeríveis
Fígado
0
50
100
150
200
250
300
C HL
INFLUÊNCIA DA FLORA INTESTINAL NO PESO, NOS NÍVEIS DE LPS E NA GLICEMIA DE RATOS EM DHL
0
5
10
15
20
25
C HL
Glic
emia
mg/
dlU
nida
de a
rbitr
ária
Niveis de LPS
Glicose plasmática
Bacter
óides
65%
Bifidobactérias20%
Fusobacterias
12%Clostrídios 3%
0
20
40
60
80
100
C HL
Peso
(g)
5m Dieta Hiperlipídica
LPS
0
0,5
1,0
2,5
1,5
2,0
Antibióticos
(EU
/mL)
Pair-fed
*
NÍVEIS CIRCULANTE DE LPS EM ANIMAIS OBESOS TRATADOS COM ANTIBIÓTICOS (MTNDZ-AMP-NEOM)
Controle
6 sem
PESO
0
5
10
15
20
25
30TFO
g
TFO C TFO C
14 sem
600
400
200
00 40 80 120
Tempo (min)
Glic
emia
mg
dl-1
)
Cont
TTG
CARACTERÍSTICAS METABÓLICAS DE CAMUNDONGOS MAGROS SUBMETIDOS À TRANSPLANTE COM FLORA DE OBESOS
*
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DE PREVALÊNCIA DE OBESIDADE
1. Preço dos alimentos
2. Quantidade ingerida
3. Tamanho das porções
4. Densidade energética
5. Restaurantes e Fast-food
6. Síndrome da ingestão noturna
7. Frequencia da ingestão
8. Colas e líquidos doces
9. Dieta rica em gordura
10. Redução da atividade física
11. Redução do sono
12. Medicações que induzem ganho de peso
c.1155, British library, London
1464-8, collegiate church of saint peter Leuven
1508-11, Museo dell´opera del duomo, Siena
1560-70, Prado, Madrid
Late 1620s, Brera, Milan