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Código: 15550
Título: A DEPRESSÃO NO IDOSO E SUA RELAÇÃO COM A FUNCIONALIDADE Autores: Maria Emilia Marcondes Barbosa; Maria Cristina Umpierrez; Evani Marques Pereira; Juliana
Sartori Bonini; Calíope Pilger;
Resumo:
Introdução: A depressão é um dos transtornos mais comuns entre as pessoas com
mais de 60 anos e frequentemente está associada a maior comprometimento físico,
social e funcional, afetando a sua qualidade de vida Objetivo: Determinar os fatores
associados à depressão leve e severa e seu impacto nas Atividades Instrumentais da
Vida Diária (AIVD) em idosos portadores de hipertensão e ou diabetes. Método: Estudo
quantitativo exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um questionário e
aplicadas a escala de Lawton, que permite a avaliação das AIVD e a Escala de
Depressão Geriátrica Abreviada (GDS), instrumentos preconizados pelo Ministério da
Saúde. Para a análise de dados foi utilizado o programa Statistic 10.0 Resultados:
Foram avaliados 251 idosos, portadores de hipertensão e/ou diabetes, sendo 182 (72,6
%) do sexo feminino e 69 (27,4 %) do sexo masculino. Verificou-se que 66,2% do total
da amostra apresentavam sinais clínicos de depressão. Entre os homens, 39,1 % não
apresentavam depressão; 36,2% depressão leve e 24,6% depressão severa. Entre as
mulheres 31,8% não apresentava depressão; 37,4% depressão leve e 30,8% depressão
severa. A capacidade funcional foi altamente afetada nos idosos deprimidos na medida
em que avançam as faixas etárias, principalmente após os 80 anos de idade. No sexo
masculino, entre os portadores de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos,
33,3% apresentaram dependência parcial para AIVDs; na faixa de 70 a 79 anos, 50%
apresentaram dependência parcial e 25% dependência total. Com 80 ou mais anos
66,6% eram dependentes parciais e 33,4% dependentes totais. Entre as mulheres
portadoras de depressão severa, na faixa etária de 60 a 69 anos, 26,0% apresentaram
dependência parcial e 8,7% dependência total. Na faixa etária de 70 a 79 anos, 28,5%
apresentaram dependência parcial e 4,7% dependência total. Com mais de 80 anos
25% manifestaram dependência parcial e 25% dependência total. Constatou-se que as
mulheres eram afetadas por maior numero de comorbidades associadas à depressão
com o passar dos anos, no entanto após os 80 anos somente 50% eram dependentes,
já, na mesma faixa etária, 100% dos homens mostraram-se dependentes, mesmo com
um índice menor de comorbidades. Conclusão: Concluiu-se que a presença de
depressão influencia no desempenho das AIVDs. O sexo masculino apresentou maior
índice de dependência e menor comorbidade associado a depressão, enquanto nas
mulheres houve maior comorbidade e menor dependência.
Código: 15412
Título: A INFLUÊNCIA DA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA NA CAPACIDADE DE
LOCOMOÇÃO EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos
Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: Sintomas depressivos têm sido relacionado a pior desempenho em teste
de caminhada em idosos, prejudicando diretamente a qualidade de vida e atividades
habituais desses indivíduos. Objetivo: Verificar a relação entre sintomas depressivos e
o desempenho no teste de caminhada em idosos residentes na comunidade. Métodos:
Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com delineamento seccional.
Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do
município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio
da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para testar a
velocidade de caminhada foi utilizado um percurso de 2,44 m, no qual o participante
foi instruído a andar de uma extremidade a outra em sua velocidade habitual, como se
estivesse andando pela rua. Os participantes poderiam usar dispositivos de apoio, se
necessário, e realizou-se o trajeto duas vezes, com o tempo sendo registrado em
segundos. O menor tempo foi considerado nas análises. O indivíduo foi considerado
capaz de realizar o teste, quando conseguia concluí-lo em ≤ 60 s. Para avaliar o
desempenho no teste de caminhada foi adotada uma pontuação de acordo com a
distribuição do tempo em Percentil: incapaz ou não concluiu = escore 0 (incapaz); >
P75 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A
associação entre a pontuação na GDS e o escore do teste de caminhada foi avaliada
por meio da Correlação de Spearman. Utilizou-se do teste do qui-quadrado para
comparar a prevalência de limitação nos testes de caminhada em indivíduos com e
sem sintomas depressivos. Em todas as análises o nível de significância adotado foi de
5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e
142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,8. A
prevalência de depressão encontrada foi de 20%. Idosos com sintomatologia
depressiva apresentam 43,4% de limitação nos testes de caminhada, enquanto que,
idosos assintomáticos apenas 16,7% (p = 0, 008). Observou-se que a pontuação na GDS
está negativamente correlacionada ao desempenho no teste de caminhada (R= -0,32).
Conclusão: Os resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos
prejudica a capacidade de deslocamento em indivíduos idosos residentes em
comunidade.
Código: 15450
Título: A QUESTÃO DO TRABALHO, APOSENTADORIA E PERTENCIMENTO SOCIAL:
ESTUDO COM UM GRUPO DE IDOSOS VESTIBULOPATAS Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;
Resumo:
Introdução: Segundo estudos realizados, o evento da aposentadoria se associa à
ruptura de rotinas realizadas pelo indivíduo durante anos e à perda do status
profissional que contribuía para a sua constituição identitária. A impossibilidade do
desempenho de novos papéis em uma sociedade que supervaloriza a produtividade e
a inserção no mundo do trabalho faz com que a aposentadoria seja vivenciada como a
perda do próprio sentido da vida e fator de exclusão social, concorrendo para o
surgimento de comportamentos depressivos ou socialmente negativos, agravados por
outros distúrbios próprios do envelhecimento, como as vestibulopatias. Objetivo:
Investigar a relação que idosos vestibulopatas estabelecem com o trabalho e a
aposentadoria e as suas influências sobre o sentido de pertencimento social. Método:
Foi realizado um estudo exploratório e descritivo com 62 idosos vestibulopatas, de 60
a 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis de escolaridade. As informações
foram obtidas por meio de um questionário específico e de entrevistas individuais com
duração aproximada de uma hora e meia cada uma. Todos os participantes assinaram
previamente o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Dos
participantes, 79% eram aposentados, enquanto 18% foram excluídos da
aposentadoria por terem trabalhado sem vínculos legais e 3% somente
desempenharam atividades domésticas; 18% continuavam a trabalhar e 76%
gostariam de voltar ao mercado de trabalho; 79% consideraram que as vestibulopatias
e as limitações físicas e intelectuais próprias do envelhecimento não interferem no
retorno ao trabalho; 70% verbalizaram sentimentos de baixa autoestima devido ao não
desempenho de um trabalho produtivo; 35% gostariam de exercer um trabalho não
remunerado; 30% utilizavam farmacoterapia antidepressiva, tendo iniciado entre 6
meses e um ano após a aposentadoria, e 90% dos entrevistados afirmaram que o
exercício do trabalho era importante para eles e que sentiam a falta da convivência
diária com os parceiros e dos rituais relacionados ao trabalho, chegando a chorar no
relato das experiências. Conclusão: Em idosos vestibulopatas, o evento da
aposentadoria e o não exercício de uma atividade produtiva trazem uma carga
negativa e um sentimento de não pertencimento social que, associados às
manifestações clínicas de distúrbios do equilíbrio corporal, podem interferir na sua
saúde física e mental. Medidas que reduzam esses impactos devem ser fomentadas
nesta população.
Código: 15347
Título: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NA REABILITAÇÃO DE DEFICTS
NEUROLÓGICOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): UM RELATO DE CASO Autores: Letícia Y Castro; Sibelle de Almeida Tierno; Melissa Lampert; Marcelo Salame; Simone Almeida
Tierno;
Resumo:
Introdução A demência vascular é, após a Doença de Alzheimer, a segunda principal
causa de demência nos países ocidentais. É importante origem de déficits cognitivos,
motores e implicações psicossociais. O modelo de assistência multidisciplinar é a
proposta que mais se encaixa às necessidades multifatoriais deste indivíduo.
Apresentamos um caso de reabilitação de um paciente com seqüelas de AVC que
recebeu esse tipo de assistência. Objetivos Demonstrar, através de um caso de
demência vascular, um modelo de trabalho em equipe multidisciplinar no cuidado e
reabilitação do paciente. Métodos Análise dos dados do prontuário do paciente e
revisão de literatura. Resultados Paciente A.A.D.,masculino, 68 anos, com história
prévia de etilismo e tabagismo, chegou ao pronto atendimento com hemiparesia à
direita, fala disártrica, lúcido, porém desorientado. Em TC de crânio evidenciou-se
hipodensidade subcortical em lobo frontal direito. A arteriografia de carótidas mostrou
oclusão de artéria carótida esquerda distal por evento embólico. O paciente
apresentou boa evolução clínica, porém após a arteriografia, apresentou novo evento
isquêmico. Teve alta hospitalar hemiplégico à direita e afásico, restrito ao leito,
incontinente, em uso de sonda vesical de demora e com dieta por sonda nasoenteral.
Após, foi assistido pela equipe serviço de internação domiciliar, composta por
assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga, médica e nutricionista.
Foram feitas visitas periódicas e as decisões tomadas pela equipe priorizavam um
plano de reabilitação que otimizasse a capacidade funcional e autonomia do paciente.
Foi submetido a exercícios de reabilitação fono e fisioterápicos, cuidados com
prevenção de escaras, manejo das comorbidades clínicas e houve também
treinamento com os cuidadores. Hoje o paciente deambula com auxílio, apresenta fala
discretamente disártrica, continência fecal e urinária e independência para a maioria
das atividades diárias. Está vinculado ao ambulatório de Geriatria e em
acompanhamento com a mesma equipe responsável por sua reabilitação. Conclusão O
plano de trabalho da equipe multidisciplinar, baseado na visão integral do paciente foi
fundamental na reabilitação física e funcional do doente. É de extrema importância
que se expanda esta abordagem para que um número cada vez maior de pacientes
crônicos seja beneficiado.
Código: 15549
Título: ACESSIBILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS EM
HOSPITAIS DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL Autores: Vanessa Medeiros Pinto; Aline Ponte; Daniela Tonús; Giulia Rodrigues; Laura Pacheco;
Resumo:
Atualmente a inclusão vem sendo apontada como um fator importante, privilegiando a
promoção da saúde em diversos ambientes. A ausência de acessibilidade pode
eliminar ou restringir a independência de indivíduos com deficiência e/ou mobilidade
reduzida. Nesse âmbito realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo, avaliando as
condições arquitetônicas de acesso de pessoas com deficiência física e/ou mobilidade
reduzida a um hospital público e um hospital privado de Santa Maria/RS. A partir das
análises dos ambientes observou-se que os espaços hospitalares não estão totalmente
adaptados para receber pessoas com deficiências físicas e/ou mobilidade reduzida,
pois apresentam instalações inadequadas, não seguindo as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para facilitar o deslocamento de pessoas com
tais dificuldades poderiam ser adotadas medidas públicas organizacionais destinadas a
lhes garantir o direito de ir e vir livremente e, ao mesmo tempo, eliminar barreiras
físicas que as impeçam de alcançar seus objetivos.
Código: 15430
Título: ANÁLISE DA IDADE SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES FISICAMENTE
ATIVAS Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Igor Conterato; Denise Rodrigues Bueno; Camila Buonani da Silva;
Ismael F. Freitas Júnior; Jair Sindra Virtuoso Júnior;
Resumo:
Introdução: Diante das transformações demográficas, a qualidade de vida e o
envelhecimento são aspectos importantes para a longevidade ativa, sendo que,
dependem do equilíbrio entre o declínio natural das capacidades individuais, mentais,
físicas e dos hábitos de vida, ou seja, dos comportamentos extrínsecos que o indivíduo
tem ao longo da vida. Objetivo: Verificar a partir de qual idade a qualidade de vida
começa a ser mais afetada. Métodos: A amostra foi constituida por 210 mulheres
fisicamente ativas, com idade entre 30 a 85 anos (56 ± 11 anos), participantes do
programa “Ginástica Orientada” da cidade de Uberaba/ MG, que realizam atividade
física orientada duas vezes por semana. Para análise do efeito da idade sobre a
qualidade de vida as mulheres foram divididas em cinco diferentes grupos de acordo
com décadas vividas, sendo o primeiro grupo (1) com idade compreendida entre 30 a
40 anos, e o quinto grupo (5) com idade acima de 70 anos. Para a análise subjetiva de
qualidade de vida foi aplicado a versão curta do questionário proposto pela World
Health Organization’s Quality Of Life- WHOQOL-BREF que consta de 26 questões,
sendo duas questões gerais e as demais 24 abordando os quatro domínios específicos
avaliados pelo referido questionário (físico, relação social ambiental e psicológico). A
comparação entre as idades foi realizada utilizando-se a ANOVA One-Way, com teste
Post Hoc Least Significant Difference – LSD e a correlação de Person para verificar a
associação entre idade e domínio físico. Todas as análises foram realizadas utilizando o
programa SPSS (versão 13.0) e o nível de significância foi previamente estabelecido em
5%. Resultados: O único dos domínios que apresentou diferença estatística foi o
domínio físico, uma vez que, as mulheres do grupo 1 (16,00) e 2 (15,66) apresentaram
resultados significativamente maiores que as dos grupos 3 (14,85), 4(14,86) e 5 (14,15)
com o P<0,03, ocorreu também correlação negativa da idade com o domínio físico (-
0,21) com o P<0,002. Considerações: De acordo com os resultados apresentados
podemos concluir que na amostra do presente estudo a qualidade de vida começa a
ser mais afetada, no que diz respeito ao domínio físico, a partir dos 50 anos.
Código: 15434
Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE QUEDA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM
COMUNIDADE NO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos; Carlos Alencar Souza
Alves Junior; José Carlos Candido Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: A queda constitui-se como evento multifatorial decorrente de alterações
fisiológicas do envelhecimento, enfermidades, circunstâncias sociais e ambientais.
Evidências sugerem que a depressão pode fazer parte da rede causal da queda.
Objetivo: Verificar a associação entre queda e depressão em idosos residentes em
comunidade no interior do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo epidemiológico de
base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos os
sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A prevalência
de quedas foi avaliada por meio de resposta dicotômica (sim ou não) a seguinte
pergunta: “O Sr.(a) teve alguma queda nos últimos 12 meses?”. Os sintomas
depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6
pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo
(presença de sintomas depressivos). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a
associação entre queda e depressão nos idosos. O nível de significância adotado foi de
5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e 142
homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 (DP). As
prevalências de queda e depressão foram 26% e 20%, respectivamente. A ocorrência
de queda foi significativamente maior (p = 0, 005) nos idosos com presença de
sintomas depressivos (41%) do que naqueles com ausência (22,1%). Conclusão: Os
resultados mostraram que a ocorrência de quedas está associada à presença de
sintomas depressivos em idosos, sugerindo o desenvolvimento de ações que visem à
promoção da saúde dos idosos deprimidos para prevenção de quedas.
Código: 15410
Título: ASSOCIAÇÕES ENTRE MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA E PREJUÍZOS NA MEMÓRIA
DE TRABALHO, NA MEMÓRIA VERBAL E NO FUNCIONAMENTO EXECUTIVO DE IDOSOS Autores: Tatiana De Nardi Dias da Costa; Breno Sanvicente Vieira; Rodrigo Grassi de Oliveira;
Resumo:
Introdução: A Traumatologia Desenvolvimental investiga uma rede de interações entre
genética, experiências ambientais, períodos de vulnerabilidade e características de
resiliência, buscando entender o impacto biopsicossocial de eventos adversos no
desenvolvimento humano. Nesta perspectiva, evidências associam maus-tratos
infantis, como negligência e abuso, a prejuízos no funcionamento psicossocial
adaptativo na velhice e à incidência de transtornos psiquiátricos, alterações
neurofuncionais, neuroestruturais e a déficits cognitivos na vida adulta. Contudo, esse
estudo é pioneiro na investigação da relação entre negligência e abuso na infância e o
funcionamento cognitivo de idosos. Objetivo: investigou-se a associação entre maus-
tratos na infância e o desempenho de idosos em tarefas de Memória de Trabalho
(MT), Memória Verbal (MV) e Funções Executivas (FE). Método: Em uma amostra de
61 idosos (M=69,9 anos) foram aplicados os instrumentos: MEEM, MINI plus para fins
de exclusão de indivíduos com demência e psicopatologias. Para avaliação de maus-
tratos foi utilizado Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI), versão brasileira
do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Este avalia traumas infantis nas áreas:
abuso físico, abuso sexual, abuso emocional, negligência física e negligência
emocional. Estes testes foram intercalados com uma bateria de tarefas
neuropsicológicas. Resultados: A partir da análise regressão linear, a negligência na
infância associou-se de forma significativa a prejuízos em tarefas de MT, nos
componentes Executivo Central (Tarefa N-back auditiva: β= -0,367; p=0,031)e Buffer
Episódico (Memória Lógica Imediata –WMS-R: β= -0,420; p=0,012) e de MV tardia
(Memória Lógica Tardia- WMS-R= β= -0,434; p=0,006). Ademais, a exposição a abuso
físico na infância apresentou-se como fator de impacto nas FE de idosos,
especialmente na tarefa Cubos (WAIS-III) de organização visuoespacial (β= -0,375;
p=0,027). Conclusão: Os achados inferem que a negligência na infância, isoladamente,
configura um fator robusto associado com prejuízos na MT e MV de idosos. Por outro
lado, o abuso físico parece associar-se com dificuldades de FE. Conclui-se que maus-
tratos infantis, por si só, devem ser investigados como fatores de risco para
desenvolvimento de problemas biopsicossociais e cognitivos com impactos a médio e
longo prazo.
Código: 15530
Título: ATENÇÃO A SAÚE DO IDOSO: AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR E
DEPRESSÃO EM IDOSOS Autores: EVANI MARQUES PEREIRA; Jhoni Carlos Almeida Rodrigues; Vanessa Fernanda Goes; Marcus
Peikriszwili Tartaruga; Maria Cristina Umpiérrez Vieira; Juliana Sartori Bonini.;
Resumo:
O tema em foco foi a avaliação da funcionalidade familiar e depressão em idosos. Teve
como objetivo: Avaliar o nível de funcionalidade familiar em idosos e a sua correlação
com a depressão. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem
quantitativa. A população alvo deste trabalho foram idosos residentes no município de
Guarapuava – Paraná, pertencentes a quatro Unidades Básicas de Saúde (USB). Como
critério de inclusão considerou-se idosos a partir de 60 anos de idade, usuários do
Sistema Único de Saúde que estão cadastrados Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). A coleta de dados foi
realizada através do instrumento de avaliação de funcionalidade familiar (APGAR da
família), foi realizada no período do mês de novembro á dezembro de 2009. Teve início
somente após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do
Centro-Oeste – UNICENTRO, FR nº 296561, sob o oficio nº 172/2009. Utilizamos o
instrumento APGAR de Família. Os dados obtidos foram tabulados em planilha do
Microsoft Office Excel, com dupla digitação, e em seguida quantificado. Foi realizada
uma análise de correlação não paramétrica (Spearman), com índice de significância de
0,05.Dos 256 idosos avaliados, a idade média foi de 72 ± 8,43 anos. Na avaliação da
depressão, o número de idosos com suspeita desta chegou a 63 idosos, totalizando
24,60% da amostra. quanto a funcionalidade familiar, 88,67% (n=227) dos idosos
possuíam boa funcionalidade familiar, 5,46% (n=14) tiveram um moderada disfunção
familiar e 5,85% (n=15) apresentaram elevada disfunção familiar. Não houve
correlação entre depressão e funcionalidade familiar (r=-0,27). Não houve também
correlação entre estas variáveis de acordo com os gêneros, feminino (r=-0,29) e
masculino (r= -0,23). Os resultados demonstram a necessidade do serviço de saúde
promover ações de prevenção de intervenção nas famílias, a fim de que os idosos
continuem com o apoio em seus lares, e conseqüentemente uma melhor qualidade de
vida. Faz parte do papel da enfermagem desenvolver um trabalho que minimize esses
sintomas, mostrando ao idoso as características desta fase de vida, evidenciando que
eles podem viver bem com prazer e qualidade. O enfermeiro deve promover a
valorização da auto-estima do idoso, estimulando-o ao auto cuidado, autonomia,
utilidade e independência. Descritores: Idoso Fragilizado, Transtornos de Adaptação,
Idoso.
Código: 15435
Título: ATIVIDADE FÍSICA E DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Bruno Morbeck de Queiroz;
Venícius Dantas da Silva; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: A depressão constitui doença mental freqüente no idoso e está associada
a um impacto negativo em seu estado de saúde e qualidade de vida. A atividade física
é uma das estratégias utilizadas na prevenção e tratamento de deprimidos. Objetivo:
Averiguar a associação entre a prática de atividade física e a presença da
sintomatologia depressiva em idosos residentes no município de Lafaiete Coutinho-BA.
Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional, transversal e domiciliar. Foram
analisados 316 idosos, de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de
Lafaiete Coutinho-BA. A atividade física dos idosos foi avaliada pelo IPAQ e os
indivíduos foram classificados como insuficientemente ativos (< 150 min./semana) e
ativos (≥ 150 min./semana). Os sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de
Depressão Geriátrica (GDS) com escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas
depressivos) e ≥ 6 pontos = positivo (presença de sintomas depressivos). O teste qui-
quadrado foi utilizado para verificar a associação entre atividade física e depressão nos
idosos. O nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi
composto por 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%), com idade variando de 60
a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP). A prevalência de idosos sedentários foi de
47,7% e de sintomas depressivos positivos de 20%. A prevalência de sintomas
depressivos positivos foi significativamente maior (p = 0, 004) nos idosos menos ativos
(28,2%) do que nos ativos (13,7%). Conclusão: Os resultados mostraram forte
associação entre sintomas depressivos e nível de atividade física insuficiente,
ressaltando a importância da atividade física na prevenção e promoção da saúde do
idoso.
Código: 15504
Título: AUTONOMIA: A VALORIZAÇÃO DO SUJEITO NO FIM DA VIDA Autores: Rejimara Alves Fernandes; Isabelle Schmidt da Silva; Vanessa C. Bacelo Scheunemann; Milene
Oliveira Tavares; Nina Rosa D’Ávila Paixão;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Segundo Segre e Cohen (1995), a bioética é o ramo da ética que enfoca
questões relativas à vida e à morte; como prolongamento da vida com qualidade.
Desta forma, faz-se necessário discutir a abordagem e o manejo de pacientes que
encontram-se em situação de morte próxima decorrente dos agravos da doença. O
impacto desta discussão é gerada devido à magnitude que tem a morte e a polêmica
que cerca o fato de que supostamente o ser humano detém o poder de decisão sobre
a vida ou morte de outro. A autonomia se refere ao respeito, à vontade e ao direito de
autogovernar-se. Conforme Fabbro (1999), só se fala no exercício de autonomia
quando há troca de conhecimento e informação entre equipe de saúde e o paciente,
oferecendo dados importantes, em linguagem acessível, para que sua decisão possa
ser tomada, garantindo a competência de todos os membros envolvidos na
situação.OBJETIVO: Promover a reflexão e discussão sobre a autonomia e o cuidado à
pacientes sem possibilidade de cura assim como o resgate da relação equipe de saúde-
paciente-família.MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo baseado nas
experiências de psicólogas residentes.RESULTADOS: Na prática clínica observa-se que
as situações de vida e morte envolvem vários personagens (paciente, familiares e
equipe de saúde); por vezes a equipe de saúde age unilateralmente, justificando-se
com a idéia de que sabe o que é melhor para o paciente, considerando que este não
possui preparo para saber o que é o melhor para si, facilitando o exercício do
paternalismo e da superproteção. O olhar da psicologia também focou-se além da
percepção desta problemática, possibilitando captar os sentimentos envolvidos com
decisões tomadas frente à morte, ou na iminência desta. Observou-se que alguns
pacientes com diagnóstico de câncer nos estágios finais reforçavam a vontade de não
mais viver ou de desistir do tratamento, por vezes muito sacrificante, porém raros
casos foram ouvidos de forma empática pela equipe e familiares.CONCLUSÕES:
Portanto é imprescindível respeitar a autonomia, oferecer informações que
possibilitam escolhas quanto aos procedimentos. Salientando como viés a
vulnerabilidade inerente ao paciente hospitalizado muitas vezes senil ou debilitado.
Para isto cabe ainda, fortalecer abordagens como o esclarecimento da patologia,
opções terapêuticas e medidas de conforto, avaliando exatamente de forma ética a
capacidade do paciente em tomar decisões acerca de sua própria vida.
Código: 15407
Título: AVALIAÇÃO COGNITIVA E FUNCIONAL DE IDOSOS DE COMUNIDADE
QUILOMBOLA DO NORDESTE DO ESTADO DE GOIÁS Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;
Resumo:
INTRODUÇÃO: As principais alterações observadas em idosos com demência se
referem aos aspectos cognitivos e funcionais os quais apresentam forte correlação. As
alterações cognitivas, somadas à depressão, instabilidade, incontinência são
considerados os gigantes da geriatria e estão diretamente associados com o grau de
dependência desta população, sendo necessária maior atenção para prevenção,
detecção e tratamento destas condições. Estudos sobre o envelhecimento, demência e
alterações no âmbito cognitivo e funcional em idosos são escassos no Estado de Goiás,
sobretudo envolvendo uma população com características peculiares, como a Kalunga,
que se diferencia principalmente pelos aspectos sócio-demográficos, étnicos e
culturais. OBJETIVO: Estimar a prevalência de alterações cognitivas e funcionais em
idosos da comunidade quilombola Kalunga no município de Cavalcante-GO. MÉTODOS:
Estudo transversal das alterações cognitivas e funcionais de idosos, com idade igual ou
maior que 60 anos. Foram coletados e analisados dados de identificação, sócio-
demográficos, culturais e de morbidades prévias. Os dados de avaliação cognitiva e
funcional foram obtidos por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental
(MEEM) e do Questionário de Atividades de Vida Diária (QAVD). RESULTADOS: No total
foram avaliados 65 idosos. A maioria dos indivíduos era do gênero masculino (52,3%),
casada (58,5%) e com idade média de 71,58 anos. O índice de analfabetismo entre os
indivíduos avaliados correspondeu a 93,8%. A prevalência de indivíduos com alteração
cognitiva e funcional foi de 9,2% (n=6), sendo que a alteração funcional (18,5%) foi
mais prevalente que a cognitiva (12,3%). CONCLUSÕES: A população em estudo não
apresentou prevalência equivalente de alterações cognitivas e funcionais em relação a
outros estudos realizados no Brasil e em outros países com população negra.
Código: 15532
Título: AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E BIOQUÍMICA DE ANIMAIS EXPOSTOS
CRONICAMENTE A FUMAÇA DE CIGARRO DURANTE O PERÍODO PRÉ-NATAL:
IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA Autores: Renata D‘altoé De Luca; Daiane Bittencourt Fraga; Fernando Viana Ghedim; Pedro F Deroza;
Alexandre Silverio; Andreza L Cipriano; João Luciano Quevedo; Ricardo A Pinho; Alexandra Ioppi Zugno;
Resumo:
Introdução: A esquizofrenia é uma doença heterogênea e extremamente debilitante e
pode ser causada por dois fatores: a hereditariedade e as influências ambientais.
Estudos mostram que a alterações na enzima acetilcolinesterase (AChE) no período
pré-natal estão associadas a déficits no desenvolvimento neuronal de serotonina e
dopamina e podem resultar em anormalidades comportamentais a longo prazo.
Objetivo: O objetivo do nosso trabalho foi avaliar parâmetros comportamentais e
bioquímicos de ratos adultos expostos cronicamente a fumaça de cigarro durante o
período pré-natal. Materiais e métodos: Ratas Wistar gestantes foram expostas a 12
cigarros por dia, durante toda a gestação. Nós avaliamos a atividade da enzima AChE e
a atividade locomotora de ratos machos adultos desta prole, submetidos ao modelo
animal de esquizofrenia por indução de doses agudas de cetamina (5 mg/kg, 15 mg/kg
e 25 mg/kg). A atividade da enzima AChE foi determinada pelo método de Ellman et al.
(1961). A atividade locomotora foi avaliada no campo aberto. Resultados: Nós
observamos que a administração de doses agudas de cetamina aumentou
significativamente a atividade da enzima AChE em todas as estruturas estudadas (CPF,
amígdala, estriado e soro) em ambos os grupos, em ratos expostos e não expostos a
fumaça de cigarro durante o período pré-natal comparado com os que receberam
somente salina. Os resultados também mostraram que a atividade locomotora
aumentou significativamente no grupo que recebeu dose aguda de 25 mg/kg de
cetamina e não foram expostos a fumaça de cigarro e nas doses de 5mg/kg, 15 mg/kg
e 25 mg/kg nos grupos que foram expostos a fumaça de cigarro comparado ao grupo
controle. Conclusão: A exposição da fumaça de cigarro no período pré-natal causa
alterações na atividade da enzima AChE e alterações comportamentais, em idade
adulta, podendo contribuir para o desenvolvimento da esquizofrenia.
Código: 15417
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana
Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;
Resumo:
Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar
características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50),
divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho
da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective
Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste.
Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos
saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de
Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar
alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado
International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo
de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e
do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis
estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença
significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os
escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros
(reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento
de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho
do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória
emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em
relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos
do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença
estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros.
Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
Código: 15418
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA EMOCIONAL EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Gabriela Pereyra Tizeli; Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana
Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;
Resumo:
Introdução: O presente trabalho consiste de um estudo cujo propósito fora o de avaliar
características da memória emocional em uma população de idosos saudáveis (n=50),
divididos por gênero, com idades a partir dos 60 anos. Objetivo: Avaliar o desempenho
da memória emocional em indivíduos idosos com o teste IAPS (International Affective
Picture System) e relacionar a variável gênero com os resultados do teste.
Metodologia: Estudo transversal com amostra por conveniência, realizado em sujeitos
saudáveis que frequentaram Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de
Neuropsicologia. Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista para descartar
alfabetização mínima. Para a estimulação da memória emocional foi utilizado
International Affective Picture System (IAPS). Resultados: A média de idade do grupo
de idosos do sexo masculino foi de 70, 2 ±16,17 (mínino de 65 anos e máximo de 79) e
do grupo feminino foi de 72,1 ±8,03 (mínino de 65 anos e máximo de 82). As variáveis
estudadas apontam resultados com escores onde se verifica que existe diferença
significativa entre os escores IAPS para todas as comparações realizadas, sendo os
escores positivos (reconhecimento de estímulos positivos) superiores aos neutros
(reconhecimento de estímulos neutros), enquanto que os negativos (reconhecimento
de estímulos negativos), superiores aos positivos e neutros. Conclusão: O desempenho
do IAPS mostrou que idosos saudáveis apresentam bom desempenho de memória
emocional, tanto para estímulos positivos, quanto para estímulos negativos. Em
relação ao gênero, o sexo masculino apresenta maior retenção de estímulos negativos
do que positivos e neutros, diferindo do sexo feminino, que não apresentou diferença
estatística na retenção de estímulos, tanto positivos quanto negativos e neutros.
Descritores: Memória emocional; idosos saudáveis; IAPS.
Código: 15416
Título: AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA IMPLÍCITA EM IDOSOS SAUDÁVEIS Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Gabriela Pereyra Tizeli; Adriana
Machado Vasques; Renata Busin do Amaral;
Resumo:
Introdução: Nos últimos anos, os processos de consolidação de memória vêm sendo
alvo de muitas pesquisas, visando o entendimento das bases biológicas do
comportamento. Nesse estudo, buscou-se verificar se a memória implícita altera seu
desempenho em idosos saudáveis na faixa dos 60-70 anos. Objetivo: Avaliar a
aquisição e persistência da memória implícita e comparar seu desempenho entre dois
grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70 anos), com gênero, escolaridade, classe
socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos. Metodologia: Estudo transversal
controlado, realizado em Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de
Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e funcionários de
Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de medicação
psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da memória implícita foi utilizado
Hooper Visual Organization Test (VOT). Resultados: Houve uma diferença significativa
(p<0,001) entre os grupos, demonstrando que o grupo 2 apresenta pior desempenho
da memória implícita quando comparado ao grupo 1. Conclusão: A avaliação com VOT
mostrou que o grupo 1 apresenta um desempenho da memória implícita
significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas de ansiedade não interferem
em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os gêneros e classe
socioeconômica. Descritores: Memória implícita, aprendizagem, envelhecimento,
ansiedade, depressão.
Código: 15461
Título: AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Ana Rita Rodrigues Lira; Felipe de Magalhães
Leão Luz; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Louise Mendes Trigueiro; Jonas Jardim de
Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Flávia Lanna de Moraes; F
Resumo:
Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) é o declínio de funções
cognitivas acima do esperado para a idade, mas que não prejudica a funcionalidade.
Esta enfermidade tem sido muito estudada, pois estes pacientes apresentam risco
elevado de desenvolver demência. Objetivos: Avaliar presença de CCL e associações
com outras patologias em idosos atendidos pelo Programa Mais Vida-uma parceria
entre a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde
de Belo Horizonte e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram
coletados dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados no Programa
Mais Vida, no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise
estatística utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos
prontuários de 131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de
escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Dos 131
pacientes, treze (9,9%) apresentavam quadro clínico sugestivo de CCL. Entre os
pacientes com CCL, 53,8% apresentaram depressão, mas não houve associação
significativa entre estas variáveis (p=0,931, OR: 1,05 – IC95% - 0,33-3,32). Também não
houve associação entre CCL e tabagismo (p=0,497, OR:1,54 - IC95% 0,44-5,37), entre
CCL e diabetes mellitus tipo 2 (p=0,338, OR:1,79 - IC95% 0,54-5,90), entre CCL e
dislipidemia (p=0,098, OR: 2,74 – IC95% 0,80-9,39) ou correlação com sexo do paciente
(p=0,112 OR:0,40 - IC95% 0,12-1,28). Quanto à presença de hipertensão arterial,
observamos que 92,3% dos idosos com CCL são hipertensos. Todavia não houve
significância estatística (p=0,183, OR:4,47 – IC95%0,56-35,74). Com relação aos
quadros metabólicos, não constatamos associação com deficiência de vitamina B12
(p=0,21 OR: 0,21 - IC95% 0,03-1,70) e nem com hipotireoidismo (p=0,451, OR: 1,60
IC95% 0,40-6,44). Conclusão: A prevalência de CCL neste estudo foi elevada (9,9%)
quando comparado aos dados da literatura (em torno de 5% da população geral.
Provavelmente, relacionada às características da população atendida em um centro de
atenção secundária em geriatria. Apesar da alta prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis nestes pacientes, estas patologias não representaram fator de risco para
desenvolver CCL na população em estudo.
Código: 15455
Título: AVALIAÇÃO DO DISTÚRBIO DE DEPRESSÃO MAIOR ENTRE OS IDOSOS
ATENDIDOS NO CENTRO MAIS VIDA DE BELO HORIZONTE/MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Felipe de Magalhães Leão Luz; Louise
Mendes Trigueiro; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Ana Rita Rodrigues Lira; Flávia Lanna
de Moraes; Luiz Armando Cunha de Marco; Débora Marques de Mirand
Resumo:
Introdução: A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais frequente do idoso, afetando
sua funcionalidade e consequentemente sua qualidade de vida. Cursa, na maioria das
vezes, com sintomatologia não usual quando comparados aos adultos, predominando
os sintomas somáticos como perda ou ganho ponderal, alteração do sono,
irritabilidade e lentificação do pensamento. Devido à sintomatologia atípica é
frequentemente subdiagnosticada e subtratada. As consequências para os idosos são
relevantes: prejuízo cognitivo e funcional, dificuldade maior na recuperação e
reabilitação de doenças, risco de quedas e acidentes, além da maior incidência de
suicídio entre a população idosa. Objetivos: investigar a prevalência de depressão em
idosos atendidos pelo Programa Mais Vida (PMV), uma parceria entre a Secretaria
Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
e o Hospital das Clínicas da UFMG. Também objetiva estudar as associações com dados
demográficos. Material e métodos: Foram coletados dados obtidos de prontuários dos
atendimentos realizados no Programa Mais Vida, no período de janeiro a maio de
2011. Após, foi realizada análise estatística utilizando os programas SPSS 12.0 e EPI-
Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de 131 pacientes, com média de idade de
75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo 72,5% dos indivíduos pertencentes ao
sexo feminino. A prevalência de depressão maior, utilizando critérios DSM IV para
diagnóstico foi de 51,9%. Não houve associação entre o diagnóstico de depressão
maior e o gênero (p=0,993, OR: 1,00 – IC95% 0,46-2,15), idade (p=0,091), tabagismo
(p=0,89) e etilismo (p=0,645). Também não observamos associação com histórico de
acidente vascular encefálico (p=0,421) ou com diagnóstico de demência (p=0,119, OR:
0,56 – IC95% 0,26-1,17). Conclusão: Observa-se elevada prevalência de depressão
entre os idosos atendidos no PMV em Belo Horizonte, contrastando com as taxas
citadas pela literatura médica, que varia entre cinco a 18% dos idosos na comunidade,
provavelmente por se tratar de um centro de referência em atenção secundária em
geriatria. Na amostra avaliada não se observou associação entre depressão e demência
ou histórico de acidente vascular encefálico.
Código: 15433
Título: BILINGUISMO COMO RESERVA COGNITIVA Autores: Ana Beatriz Areas da Luz Fontes; Johanna Dagort Billig; Ingrid Finger;
Resumo:
Introdução: Estudos têm revelado um efeito positivo do bilinguismo no controle
inibitório e têm sugerido que indivíduos que fazem uso contínuo de duas ou mais
línguas ao longo da vida demonstram retardo no início das manifestações clínicas de
demências. Objetivos: O presente estudo buscou investigar em que medida o
bilinguismo, operacionalizado como uso diário de duas línguas no decorrer da vida,
contribui para o desenvolvimento de uma reserva cognitiva, através da manutenção da
eficiência do controle inibitório no envelhecimento. Método: Participaram do estudo
42 adultos (20 monolíngues, 20 bilíngues) e 49 idosos (23 monolíngues, 26 bilíngues)
saudáveis de diferentes níveis de escolaridade. Os critérios de inclusão foram: escore
acima do ponto de corte no Mini Exame do Estado Mental (em função do nível de
escolaridade) e escore abaixo do ponto de corte na Escala de Depressão Geriátrica.
Para avaliar o desempenho dos indivíduos em termos de controle inibitório, analisou-
se o tempo de reação e a acurácia dos mesmos na tarefa Simon de Flechas (estímulo
não-linguístico) e no teste Stroop (estímulo linguístico). Resultados: A análise do Efeito
Simon (tempo de reação na presença do estímulo incongruente – tempo de reação na
presença do estímulo congruente) revelou um efeito conjunto de experiência de
linguagem e de idade, demonstrando uma diferença entre a magnitude do Efeito
Simon entre monolingues e bilíngues adultos, mas não idosos. Além disso, o nível de
escolaridade influenciou o tempo de reação dos participantes. Com relação ao
desempenho dos participantes no Teste Stroop, apenas um efeito de congruência foi
encontrado e revelou que os participantes foram significativamente mais rápidos na
presença de estímulos congruentes. Conclusão: Os resultados encontrados não
parecem corroborar evidência anterior de que o bilinguismo contribui para
manutenção do controle inibitório. Esta divergência entre o resultado encontrado e
resultados de pesquisas anteriores pode ser ao menos parcialmente atribuída ao uso
mais eficiente de controles no estudo presente.
Código: 15424
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM IDOSOS RESIDENTES EM
COMUNIDADE Autores: Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro; Roberta Souza Freitas; Wanderley
Matos Reis Júnior; Moema Santos Souza; Venicius Dantas da Silva;
Resumo:
Introdução: A capacidade funcional, quando utilizada como base da avaliação
geriátrica, engloba as várias dimensões de saúde que afetam a vida da população
idosa. Objetivo: Analisar a associação entre comprometimento da capacidade
funcional e condições de saúde em idosos residentes em comunidade. Métodos:
Estudo transversal de base populacional e domiciliar. Participaram do estudo 316
(89%) idosos residentes na cidade de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade funcional foi
avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das Atividades
Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em independentes
(quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando necessitavam de
ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de incapacidade
funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes, dependentes nas
AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram: auto-percepção
de saúde (positiva e negativa); queda nos últimos 12 meses (sim e não); número de
doenças crônicas (0, 1 e 2 ou mais); hospitalização nos últimos 12 meses (nenhuma e 1
ou mais); uso de medicamentos (0, 1 e 2 ou mais); sintomas depressivos, avaliado pela
GDS-15 (<6 pontos = sem sintomas e ≥6 pontos = com sintomas); estado cognitivo,
avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (comprometido e não comprometido);
IMC (<22 kg/m² = peso insuficiente, 22 a 27 kg/m² = adequado e >27 kg/m² =
sobrepeso). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística
multinomial, ajustada por sexo, idade e as condições de saúde. Resultados: A
população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A
idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de
dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência
nas AIVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 3,78; IC95% = 1,89-
7,55) e ao uso de 2 ou mais medicamentos (OR = 2,67; IC95% = 1,08-6,59). A
dependência nas ABVDs foi associada ao estado cognitivo comprometido (OR = 4,05;
IC95% = 1,54-10,65), uma ou mais hospitalizações (OR = 3,77; IC95% = 1,39-10,23) e ao
IMC (OR = 4,34; IC95% = 1,31-14,48, para baixo peso; OR = 7,19; IC95% = 2,10-24,57,
para sobrepeso). Conclusão: Os resultados mostram que comprometimento do estado
cognitivo, polifarmácia, hospitalização, baixo peso e sobrepeso são importantes
determinantes da capacidade funcional em idosos residentes em comunidade.
Código: 15425
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS
RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Adriano Rodrigues Brandão Correia;
Mateus Carmo Santos; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;
Resumo:
Introdução: Os fatores comportamentais exercem influência na capacidade funcional
do idoso, atuando positivamente quando o indivíduo está sujeito a hábitos de vida
saudáveis. Esses fatores podem auxiliar na adaptação desse grupo à incapacidade, que
tende a ocorrer concomitantemente a idade. Objetivo: Analisar a associação entre
comprometimento da capacidade funcional e fatores comportamentais em idosos
residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e
domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%) idosos
residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A capacidade
funcional foi avaliada através das atividades básicas da vida diária (ABVDs) e das
atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), classificando os idosos em
independentes, quando não relatavam necessidade de ajuda para realizar nenhuma
atividade, e dependentes, quando relatavam necessidade de ajuda em pelo menos
uma das atividades. Uma escala de incapacidade funcional hierárquica foi construída
distinguindo três categorias: independentes, dependentes nas AIVDs e dependentes
nas ABVDs. As variáveis independentes foram os fatores comportamentais: atividade
física (<150 min/sem = insuficientemente ativo; ≥150 min/sem = ativo), avaliada pelo
IPAQ, versão longa; alcoolismo (bebe ≤1 dia/sem; bebe >1 dia/sem); tabagismo
(fumante, ex-fumante e nunca fumou). Para verificar a associação foi utilizada a
técnica de regressão logística multinomial, ajustada por sexo, idade e os fatores
comportamentais. Resultados: A população do estudo consistiu de 174 mulheres
(55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ±
9,7 anos. As prevalências de dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%,
respectivamente. Apenas a atividade física foi associada a capacidade funcional, com
os indivíduos insuficientemente ativos sendo mais dependentes (OR = 3,40; IC95% =
1,62-7,14, para ABVDs; OR = 1,91; IC95%=1,09-3,36, para AIVDs). Conclusão: Os
resultados apontam a atividade física, dentre os fatores comportamentais, como um
forte preditor da capacidade funcional. Observa-se a necessidade do incentivo a
prática de atividade física nesse grupo etário, para que haja aumento da qualidade de
vida e dos anos vividos sem incapacidade.
Código: 15426
Título: CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS
RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Roberta Souza Freitas; Wanderley Matos Reis Júnior; Raiana Souza Ferreira; Adriano Rodrigues
Brandão Correia; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;
Resumo:
Introdução: A avaliação da capacidade funcional deve abranger os aspectos da
interação entre o indivíduo e os fatores contextuais. Objetivo: Analisar a associação
entre comprometimento da capacidade funcional e fatores sócio-demográficos em
idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base
populacional e domiciliar e delineamento seccional. Participaram do estudo 316 (89%)
idosos residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. O município
estudado possui baixos indicadores sócio-demográficos e educacionais. A capacidade
funcional foi avaliada através das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs) e das
Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), classificando os idosos em
independentes (quando realizavam as atividades sem ajuda) e dependentes (quando
necessitavam de ajuda em pelo menos uma das atividades). Utilizou-se uma escala de
incapacidade funcional hierárquica dividida em três categorias: independentes,
dependentes nas AIVDs e dependentes nas ABVDs. As variáveis independentes foram
as características sócio-demográficas: sexo; grupos etários (60-69, 70-79 e ≥80 anos);
raça/cor auto referida (branco e não branco); sabe ler e escrever um recado (sim e
não); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas (sim e
não). Para verificar a associação foi utilizada a técnica de regressão logística
multinomial múltipla, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A
população do estudo consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A
idade variou de 60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de
dependência nas AIVDs e ABVDs foram 41% e 16,6%, respectivamente. A dependência
nas AIVDs foi associada ao grupo etário ≥80 anos (OR = 4,46; IC95% = 2,13-9,36),
raça/cor não branca (OR = 2,32; IC95% = 1,12-4,80) e não saber ler ou escrever (OR =
3,51; IC95% = 1,90-6,47). A dependência nas ABVDs foi associada ao grupo etário ≥80
anos (OR = 6,43; IC95% = 2,49-16,58) e não participação em atividades religiosas (OR =
8,57; IC95% = 2,42-30,30). Conclusão: O declínio na capacidade funcional está
associado ao aumento na idade, não participação em atividades religiosas, raça não
branca e não saber ler ou escrever. Sugere-se priorizar esses grupos mais vulneráveis
em ações com foco na saúde funcional.
Código: 15439
Título: CUIDADORES SIGNIFICANTES :ATENÇÃO DIFERENCIADA A POSSÍVEL
SOBRECARGA FÍSICA E EMOCIONAL Autores: Daniela Tonús; KAREN SEEGER; VANESSA MEDEIROS PINTO;
Resumo:
Introdução: A hospitalização é uma circunstância de grande desamparo para o
paciente e seus familiares, onde muitas vezes não existem orientações claras que
possam direcioná-los e auxiliá-los quanto à rotina e suas modificações em virtude
desse evento. Assim, pode causar sobrecarga, não só ao paciente que está acometido
de cuidados, mas também para seu cuidador. A qualidade de vida dos cuidadores
merece uma atenção especial por parte dos profissionais da saúde, visto que, estes por
vezes adoecem em função dos fatores estressores causados pela situação a qual estão
expostos. Objetivo: analisar se existe sobrecarga física e emocional em cuidadores
significantes de pacientes neurológicos. Além disso, investigar quais os fatores que
levam a esta sobrecarga e verificar o momento de maior angustia e fragilidade.
Metodologia: Este trabalho é caracterizado por uma pesquisa qualitativa, com
abordagem em grupo focal, podendo dessa forma basear-se na tendência humana de
formar opiniões e atitudes na interação com os outros indivíduos. A pesquisa foi
realizada em um hospital geral na cidade de Santa Maria-RS durante o primeiro
semestre de 2011. Os sujeitos da pesquisa foram cuidadores de pacientes neurológicos
hospitalizados e utilizou um roteiro temático composto por quatro questões
norteadoras. Resultados e conclusão: Os resultados comprovam que os cuidadores
significantes sofrem de sobrecarga física assim como emocional, necessitando,
portanto de atenção e cuidado por parte dos profissionais da saúde, inclusive dos
terapeutas ocupacionais. Este artigo aponta que, os cuidadores de pacientes
neurológicos apresentam sobrecarga emocional mais exacerbada que a sobrecarga
física, comprometendo sua vida e suas rotinas diárias. Percebe-se o quanto à
hospitalização causa estresse, angustia, e cansaço físico, emocional aos cuidadores,
sendo possível detectar que, esse processo de hospitalização desde o inicio acarreta
em prejuízos para todas as pessoas envolvidas. Durante a análise, foi possível observar
que o fator gerador de maior desgaste durante o período de hospitalização além do
emocional se caracteriza pelo tempo que estes cuidadores estão acompanhando os
doentes, assim como a patologia do qual foram acometidos. Ainda, percebeu-se que,
durante a internação os cuidadores sofrem maior desgaste justamente por ser um
momento em que estes afastam-se da sua rotina e também pelas inquietações que
essa situação provoca.
Código: 15377
Título: DEMENCIA EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Silvana de Moura; Daiana Netto Paz;
Resumo:
Introdução: a velhice é um período normal, caracterizado por mudanças físicas,
mentais e psicológicas. A demência é um comprometimento cognitivo geralmente
progressivo e irreversível, na qual funções anteriormente adquiridas são gradualmente
perdidas. Acomete em 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta
progressivamente com o aumento da idade. Objetivo: descrever principais
características da demência em idosos. Metodologia: estudo através da revisão de
literatura a cerca do tema. Consultado as bases de dados medline e pubmed.
Discussão: demência é uma patologia significativa em pacientes idosos. Os sintomas
incluem alterações na memória, linguagem e orientação; perturbações
comportamentais como agitação, inquietação, raiva, violência, gritos, desinibição
sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações.
Dentre os fatores de risco estão: idade avançada, história familiar de demência e sexo
feminino. Entre as causas estão: tumores cerebrais, uso de medicamentos e álcool,
doenças pulmonares, infecções e doenças inflamatórias. Doenças degenerativas do
sistema nervoso central são as principais causas na maioria desses pacientes. A
demência do tipo Alzheimer é o subtipo mais comum presente em 50 a 60% dos
pacientes com demência. Neste a memória é a função mais afetada e a pessoa mostra
incapacidade para aprender e elaborar novas informações. Conclusão: pacientes
idosos devem ser, regularmente, acompanhados pelo seu médico, esse deve ter
cuidadosa avaliação e fornecer orientações precisas a esses pacientes. Dessa forma
muitos transtornos mentais podem ser evitados ou controlados.
Código: 15379
Título: DEMENCIA VASCULAR EM IDOSOS Autores: Karen Dal Lago Miotto; Daiana Netto Paz; Silvana de Moura;
Resumo:
Introdução: a demência do tipo vascular é o segundo tipo mais comum de demência,
apresenta caracteristicas clinicas semelhante a demência tipo Alzheimer mas com um
início mais abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Sua frequência é
diretamente relacionada com a idade, estando em 30% dos idosos acima de 85 anos.
Objetivo: descrever manifestações clínicas e fatores relacionados com demência tipo
vascular. Metodologia: estudo através da revisão de literatura a cerca do tema.
Consultado as bases de dados medline e pubmed. Discussão: hipertensão arterial
sistêmica (HAS), diabete melito (DM), tabagismo, alcoolismo, doença cardíaca,
aterosclerose, dislipidemia, obesidade, sexo masculino, raça negra e baixo nível
socioeconômico, são fatores de risco para desenvolver demência vascular. Seu
diagnóstico é realizado através de anamnese e exame físico com escalas especificas
(por ex: escala de hachinski) e exames de imagem. O quadro clínico é caracterizado
com início abrupto relacionado, muitas vezes, a um acidente vascular cerebral ou a um
ataque isquêmico transitório, podendo haver estabilidade, melhora ou piora
progressivas. A HAS é considerada por diversos estudos o fator de risco de maior
importância. Autores afirmam que 20% dos pacientes não apresentam alterações em
exames neurológicos. Seu tratamento consiste em terapia cognitiva comportamental e
medicações inibidoras da colinesterase. Estudos viram que a associação com
antidepressivos em longo prazo em pacientes sem história de depressão, diminui as
taxas de demência e minimiza as perdas cognitivas. Já antidepressivos, a curto prazo,
geram mais prejuízos as funções cognitivas em pessoas com demências. Conclusão: A
demência vascular é considerada uma doença secundária a acometimento
cerebrovascular, dessa forma é passível de prevenção primária e secundária. O
diagnóstico precoce e a identificação dos principais fatores de risco permitem a
elaboração de estratégias preventivas, que podem retardar ou melhorar a evolução do
paciente.
Código: 15513
Título: DEMÊNCIA EM INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique
Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto; Márcio
Galvão Oliveira;
Resumo:
Introdução: A demência é o preditor mais importante de institucionalização e,
reciprocamente, a prevalência de demência é maior entre os idosos
institucionalizados. Objetivos: Avaliar a prevalência de demência em indivíduos de uma
instituição de longa permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte
transversal em 26 indivíduos residentes em uma ILP que foram submetidos a
anamnese, exame clínico geral, exame neurológico, Diagnostic and Statistical Mannual
Disorders (DSM-IV), Clinical Dementia Rating (CDR) e Atividades Básicas de Vida Diária
(AVDs) de Katz. Os dados coletados foram tabulados no Excel e analisados no SPSS V.
11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a idade variou de 56 a
106 anos, com média de 77 +/- 10 anos e 50% eram solteiros. Em relação à
escolaridade, 65% eram analfabetos. A prevalência de demência nesses indivíduos foi
de 63,6%, sendo que 57% tinham CDR=2 e 14% CDR=3. Nenhum destes indivíduos
tinham diagnóstico prévio e nem recebiam medicamentos para demência. 46% eram
independentes para as AVDs. Conclusão: Embora demência e institucionalização
tenham uma forte associação recíproca, a demência mantém-se subdiagnosticada e
subtratada nos indivíduos institucionalizados analisados, compromentendo sua
funcionalidade e qualidade de vida.
Código: 15540
Título: DEMÊNCIA SECUNDÁRIA AO USO DE DIAZEPAM E SEU MANEJO
AMBULATORIAL: Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Renato Gorga Bandeira de Mello;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos
associa-se a efeitos adversos e interações potencialmente perigosas. Alterações
fisiológicas, reações atípicas a fármacos, polifarmácia e esquemas terapêuticos
inadequados estão associados a esses problemas. OBJETIVO: descrever caso clínico de
alteração cognitiva associada ao uso de Diazepam em paciente acompanhado em um
serviço de geriatria. RELATO DE CASO: paciente masculino, 69 anos, encaminhado para
avaliação cognitiva ao ambulatório de Geriatria da PUCRS, Porto Alegre. Familiar
relatava esquecimento progressivo há um ano e funcionalidade preservada. História de
depressão há 30 anos, em tratamento com Diazepam 10mg e Fluoxetina 20mg há 3
anos. Escalas na 1ª consulta: AVD 6/6 ,AIVD 7/8, MEEM: 25/30, GDS: 7/15. Solicitados
exames laboratoriais para investigação, mas nenhum apontou alterações. Orientado
suspensão gradativa do Diazepam. Após 10 meses, familiar refere piora do quadro
cognitivo. Apresentava-se desorientado, com alterações comportamentais, linguagem
comprometida e perda de funcionalidade. Escalas: MEEM: 17/30, AVD: 4/6, AIVD: 3/8,
GDS: não aplicável. Permanecia em uso de Diazepam. Foi sugerido novamente
suspensão do mesmo. Um mês após suspensão, obteve significativa melhora dos
sintomas comportamentais e cognitivos. Escalas: AVD: 6/6, AIVD: 7/8, MEEM 27/30,
GDS: 0/15. DISCUSSÃO: O Diazepam é um fármaco benzodiazepínico considerado
potencialmente inapropriado em idosos por sua meia-vida longa (até 90 horas) e
importantes efeitos adversos como alterações cognitivas, risco de quedas e depressão.
Tais alterações estão associadas a morbidades e diminuição da qualidade de vida.
CONCLUSÃO: Na avaliação do paciente idoso, um novo sintoma deve sempre ser
atribuído a efeito adverso até se prove ao contrário. Em vista disso, é necessária
cautela ao prescrever um novo medicamento, sendo essencial que o médico leve em
consideração o risco-benefício e transmita essa informação ao paciente. Cabe ao
médico também a revisão freqüente dos medicamentos e da resposta terapêutica, a
descontinuação de terapias desnecessárias, a redução da dose quando possível e a
substituição por alternativas mais seguras para que se possa reduzir a morbidade
desses pacientes. Deve-se prestar especial atenção à prescrição de fármacos com ação
sedativa e com efeitos anticolinérgicos.
Código: 15508
Título: DEPRESSÃO: IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS E USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM
IDOSOS DE UMA INSTUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Autores: Mariana Ferreira Borges Estrela; Letícia Farias Gerlack; Ângelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
Introdução: Fatores verificados em residentes de Instituições de Longa Permanência
para Idosos (ILPI) como isolamento, ociosidade, acomodação e perda de aptidões
físicas e sociais geram uma maior probabilidade de desenvolvimento de doenças como
a depressão. Um aspecto relevante é a subdiagnosticação devido a dificuldade de
percepção dos sintomas, uma vez que alguns deles podem ser cofundidos com
mudanças advindas do próprio envelhecer. A Escala de Depressão Geriátrica (GDS) é
um instrumento de rastreio utilizado por pesquisadores e clínicos, na identificação de
sintomas depressivos ou vulnerabilidade à depressão no idoso. Objetivos: Identificar a
prevalência de sintomas depressivos de moradores de uma ILPI utilizando o GDS, assim
como o uso de psicotrópicos e diagnósticos de depressão. Métodos: Foi realizada uma
entrevista, com 39 idosos, residentes de ILPI de Porto Alegre, no período de abril a
junho de 2011. Dados de medicamentos utilizados e doenças foram acessados através
dos respectivos prontuários. Para análise do GDS, foi utilizado o ponto de corte >4, em
que as pontuações de 0 a 4 corresponde a ausência de depressão, 5-10 provável
depressão leve a moderada e >10 provável depressão grave. Resultados: Dos idosos
entrevistados, 61,5% eram mulheres, com idade média de 81,5 anos. 20,5% possuem
diagnóstico de depressão e destes todos fazem uso de psicotrópicos. De acordo com
os resultados do GDS, 38,5% dos idosos obtiveram a pontuação entre 5-10 e 7,7% a
pontuação >10, destes 30,8% fazem uso de psicotrópicos. Entre os idosos que
possuem diagnóstico de depressão, 37,5% obtiveram a pontuação entre 5-10 e 12,5%
a pontuação >10. Dos pacientes com GDS >10, todos fazem uso de antidepressivo, mas
somente 33,3% (1) possuem diagnóstico de depressão. Conclusão: Observou-se que
todos os residentes com diagnóstico e a maioria com sintomas de provável depressão
estavam fazendo uso de algum antidepressivo. Isto representa uma elevada proporção
de idosos com acesso ao tratamento na ILPI, por outro lado não há associação de
psicoterapia, tampouco avaliação da qualidade do uso dos fármacos. Interessante
observar que entre os idosos identificados com GDS>10, todos utilizavam
antidepressivos, porém, somente 1 caso apresentava diagnóstico médico. Esses dados
reforçam a importância do trabalho multidisciplinar, entre médico, psicólogo e
farmacêutico, otimizando o diagnóstico e o tratamento da doença, bem como
avaliando aspectos relacionados ao uso de antidepressivos.
Código: 15514
Título: DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS NO MINI-EXAME DO
ESTADO MENTAL Autores: Welma Wildes Amorim; Igor Aloísio Zamilute; Fernanda Santana Correia; Paulo Henrique
Santiago; Vinícius Ribeiro Silva; Itana Souza Pereira; Karoline Moreira Rios; Priscilla Nunes Porto;
Resumo:
Introdução: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é a escala mais utilizada para
rastreamento do comprometimento cognitivo. Compõem o MEEM questões que se
correlacionam em cinco dimensões, quais sejam: concentração, linguagem/práxis,
orientação, memória e atenção, com um escore máximo de 30 pontos. Objetivo:
Avaliar o desempenho no MEEM de indivíduos residentes em uma Instituição de Longa
Permanência (ILP). Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal em 26
indivíduos residentes em uma ILP avaliando o seu desempenho no MEEM de Folstein,
seguindo as sugestões para sua utilização no Brasil de Brucki. Os dados coletados
foram tabulados no Excel e analisados por estatística descritiva e distribuição de
frequência no SPSS V. 11.0. Resultados: 69% dos indivíduos eram do sexo feminino, a
idade variou de 56 a 106 anos, com média de 77 +/- 10 anos. Em relação à
escolaridade, 65% eram analfabetos, 7% tinham menos de 1 ano e 15% entre 1 e 4
anos. O tempo de institucionalização variou de 6 meses a 20 anos, com média de 8
anos. Não foi possível realizar o MEEM em 01 indivíduo devido a quadro de Delirium.
Apenas 11,5% dos residentes tiveram desempenho no MEEM esperado de acordo com
sua escolaridade. A mediana do escore do MEEM entre os participantes do estudo foi
igual a 13,5. 28% tiveram valores abaixo de 10 pontos. Dentre as dimensões do MEEM
analisadas, destacam-se o baixo desempenho quanto a orientação, apenas 19%
estavam completamente orientados quanto ao tempo e 27% quanto ao espaço.
Conclusão: Os indivíduos institucionalizados avaliados apresentaram baixo
desempenho no MEEM. Este fato pode ser atribuído a um associação de vários fatores,
como baixa escolaridade, idade avançada, alta prevalência de declínio cognitivo,
ausência de atividades ocupacionais, tempo de institucionalização e isolamento social.
Código: 15436
Título: DETERMINANTES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM
IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Geisa Albertino Ferreira Santos; Tássia D’El-Rei Oliveira Passos; Vanessa Thamyris Carvalho dos
Santos; Carlos Alencar Souza Alves Junior; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: Problemas de saúde mental, condições físicas e situação sócio-econômica
estão intrinsecamente ligadas. Alguns fatores socioeconômicos propiciam a incidência
e prevalência de depressão, a qual acarreta angústia psicológica e prejuízo funcional.
Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e fatores sócio-
demográficos em idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico
de base populacional, transversal e domiciliar. Foram analisados 316 idosos, de ambos
os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os
sintomas depressivos foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com
escore < 6 pontos = negativo (ausência de sintomas depressivos) e ≥ 6 pontos =
positivo (presença de sintomas depressivos). As variáveis independentes foram:
características sócio-demográficas: sexo, grupo etário (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos),
raça/cor (branca e não branca), saber ler e escrever um recado (sim e não), renda
familiar per capita (1º tercil, 2º tercil e 3º tercil), estado civil (com união e sem união),
participação em atividades religiosas (sim e não). Para verificar a associação foi
realizada a técnica de regressão logística multinomial. O nível de significância adotado
foi de 5% (α = 0,05). Resultados: O estudo foi composto por 174 mulheres (55,1%) e
142 homens (44,9%), com idade variando de 60 a 105 anos e média de 74,2 ± 9,7 (DP).
Sintomas depressivos foi presente em 20% dos idosos e estavam associados a raça/cor,
sexo e estado civil. Idosos do sexo feminino (OR = 1,09; IC95% = 1,01-1,18), não-
brancos (OR = 1,10; IC95% = 1,02-1,19) e que não possuem companheiro (a) (OR =
1,14; IC95% = 1,05-1,23;) apresentaram maior probabilidade de ter sintomas
depressivos. Conclusão: O estudo aponta que sexo, raça/cor e estado civil são
importantes preditores de sintomas depressivos. Desse modo, os grupos mais
vulneráveis [mulheres, não brancos e sem companheiro(a)] devem ser priorizados em
estratégias que visem prevenir a depressão em idosos.
Código: 15442
Título: DIREITO A SAUDE NA VELHICE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICIPIO DE SÃO
DOMINGOS DO SUL Autores: Rosane Lorenzeti; Janaina Rigo Santin; Marilene Rodrigues Portella;
Resumo:
O envelhecimento crescente da população brasileira se traduz em preocupações de
ordem econômica, social e educacional, entre outras. A longevidade emerge num
cenário de profunda desigualdade social, violação dos direitos humanos, desemprego,
falência dos sistemas de saúde e de educação. Partindo do pressuposto de que os
direitos dos idosos nem sempre são respeitados, este estudo objetivou avaliar como se
dá a aplicabilidade do direito dos idosos na atenção básica de saúde, bem como
elucidar o impacto da legislação vigente na efetivação dos direitos a saúde no
município de São Domingos do Sul-RS. Trata-se de um estudo de caso com abordagem
qualitativa, proposto por Yin (2005). Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas
para a abordagem aos idosos, seus familiares, profissionais de saúde e elementos-
chave, ainda utilizou-se a análise documental e técnica da discussão grupal, com vistas
a subsidiar propostas para ações e projetos relacionados à saúde do idoso. Os dados
apontam que a aplicabilidade dos direitos dos idosos no município estudado se efetiva
por meio dos seguintes instrumentos: Política Municipal de Saúde com o plano
Municipal de Saúde, Conferências Municipais de Saúde, Assistência a Saúde e Conselho
municipal de Saúde; de Assistência Social com a Política Municipal de Assistência
Social, Conferências Municipais de Assistência Social e Conselho Municipal de
Assistência Social e do Idoso com a Política Municipal do Idoso e Conferência
Municipal do Idoso. Verificando acerca de sua efetividade e importância junto à
referida parcela da polução traz o entendimento de que a problemática acerca dos
direitos do idoso na gestão básica de saúde apresenta em alguns aspectos um hiato
entre a previsão legal e a efetividade dos referidos direitos. Outros aspectos, tais como
garantias sociais, que correspondem como determinantes do envelhecimento ativo
preconizado pela Organização Mundial da Saúde encontra-se em plena execução sob a
forma de programas e ações; no que confere a participação e o controle social, os
dados acusam que este exercício vem ocorrendo de forma organizada com a
participação expressiva dos idosos, todavia, os dados revelam que muitos idosos não
têm conhecimento pleno de seus direitos, o que denota a necessidade do uso de
estratégias educativas apropriadas ao idoso. A educação para o exercício dos direitos
deve ser vista como um compromisso emergente para o segmento longevo.
Código: 15511
Título: DISFAGIA OROFARÍNGEA EM PACIENTES COM MIASTENIA GRAVIS Autores: KARINE DA ROSA PEREIRA; ALINE JULIANE ROMANN;
Resumo:
A Miastenia Gravis (MG) é uma desordem autoimune da junção neuromuscular
causada pela falha na transmissão dos impulsos dos nervos para os músculos. Tal
doença caracteriza-se por fadiga e fraqueza muscular oscilante e associação com
outras doenças autoimunes. A prevalência da MG é estimada de 5 a 15/100.000 casos
e a incidência de 1/100.000 casos na população geral. Em termos de idade, a maior
incidência da doença é nos homens de 50 a 60 anos e nas mulheres de 20 a 30 anos. A
disfagia orofaríngea é um distúrbio de deglutição que ocorre na passagem do bolo
alimentar da boca até o estômago, dificultando a ingesta segura, confortável e
eficiente do alimento, podendo levar à broncoespasmo, obstrução das vias aéreas,
desnutrição, desidratação, aspiração pulmonar com consequências, pneumonia e
morte. Entre os portadores, a disfagia acomete em torno de 15% a 40% e em uma
faixa de 6% a 15%, a disfagia se apresenta como primeiro sintoma da doença. Nos
pacientes com MG leve à moderada, a aspiração ocorre em 35% e a principal
dificuldade é comumente elocalizada na fase faríngea da deglutição. A disfagia pode
ser o principal agente desencadeante de uma crise miastênica em mais de 50% dos
pacientes. Aspiração silenciosa, definida pela entrada do alimento na traquéia sem
presença de tosse, ocorre em crise miastênica e pode levar à pneumonia. A disfagia
nessa doença continua a ser uma fonte significativa de morbidade e mortalidade.
Desta maneira, identificar a disfunção faríngea é fundamental na prevenção da
aspiração e de pneumonia subsequentes, tornando importante detectá-la, para que
co-morbidades como desnutrição, desidratação e pneumonias aspirativas sejam
evitadas.
Código: 15466
Título: ESTADO NUTRICIONAL E FATORES SÓCIO-DEMOGRÁFICOS EM IDOSOS
RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;
Moema Santos Souza; João de Souza Leal Neto;
Resumo:
Introdução: Com o envelhecimento são verificadas alterações no estado nutricional
dos indivíduos que podem ter influência dos fatores sócio-demográficos. Objetivo:
Verificar a associação entre fatores sócio-demográficos e o estado nutricional de
idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com
delineamento transversal, de base populacional e comunitária. A população foi
composta por idosos (≥60 anos) de ambos os sexos, não institucionalizados e
residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. A coleta dos dados
foi realizada no domicilio de cada idoso no mês de janeiro de 2011. O estado
nutricional foi avaliado através do índice de massa corporal (IMC) utilizando-se a
seguinte classificação: baixo peso (<23 kg/m2), peso normal (23≤IMC≤28 kg/m2) e
obesidade (≥28 kg/m2). Entre os fatores sociodemográficos foram utilizados: sexo;
faixa etária (60-69, 70-79 e ≥ 80 anos); raça/cor (branca e não branca); saber ler e
escrever um recado (sim e não); renda familiar per capita (em tercil: ≤ R$255, ≤ R$510
e > R$510); estado civil (em união e sem união); participação em atividades religiosas
(sim e não). A análise dos dados foi realizada através do teste Qui-quadrado,
adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A população do estudo consistiu
em 316 idosos, sendo 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A idade variou de
60 a 105 anos, com média de 74,2 ± 9,7 anos. As prevalências de baixo peso, peso
normal e obesidade foram 40,7%, 43,7% e 15,7%, respectivamente. Houve associação
entre o baixo peso e a faixa etária ≥ 80 anos (p=0,04), entre sobrepeso e o sexo
feminino (p=0,08), sobrepeso e união estável (p=0,000). Conclusão: Os resultados
mostraram que existe associação entre o comprometimento do EN e fatores sócio-
demográficos. De modo que no processo de avaliação nutricional de idosos devem-se
considerar possíveis alterações decorrentes dos fatores sócio-demográficos.
Código: 15497
Título: ESTRATÉGIAS DE REGULAÇÃO EMOCIONAL: RELAÇÕES COM MEDIDAS
AFETIVAS ENTRE IDOSOS Autores: Samila Sathler Tavares Batistoni; Tiago Nascimento Ordonez; Thais Bento Lima da Silva;
Prisicilla Pascarelli Pedrico Nascimento; Meire Cachioni;
Resumo:
Mudanças desenvolvimentais no âmbito das habilidades e estratégias de regulação
emocional tem sido observadas entre idosos enquanto recurso adaptativo frente às
mudanças no processo de envelhecimento. Uma vez que diferentes estratégias de
regulação emocional geram variabilidade em medidas de adaptação, bem-estar e
saúde torna-se relevante investigar o uso sistemático de diferentes estratégias de
regulação emocional em idosos e suas relações com indicadores de funcionamento
afetivo. Objetivos: Baseando-se nesse contexto visou-se identificar relações entre as
estratégias de regulação emocional (reavaliação cognitiva e supressão emocional) e
medidas de experiência afetiva, satisfação com a vida e depressão entre idosos.
Método: Cento e cinqüenta e três idosos (M= 66,8 anos; DP=5.20, 71,2% feminino) de
uma Universidade Aberta à Terceira Idade responderam ao Questionário de Regulação
Emocional, ao Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e à escala de depressão
GDS. Resultados: Os idosos pontuaram mais alto nas estratégias de regulação
emocional do tipo Reavaliação Cognitiva (M=5,53; DP=0.89) do que nas do tipo
Supressão Emocional (M=4.40; 1.36). Análises de correlação indicaram relações
positivas de Reavaliação cognitiva com satisfação com a vida e afetos positivos (r=0,37;
r=0,25) e relações negativas com depressão e afetos negativos (r= -0,22; r=-0,34).
Discussão: Os dados corroboram a concepção de que o maior uso da Reavaliação
Cognitiva se relaciona com melhor saúde emocional e possa assim ser considerado,
por exemplo, um fator protetor contra sintomas depressivos na velhice. Por outro
lado, as relações de Supresão Emocional com indicadores afetivos entre idosos não se
comportaram como nos estudos com amostras mais jovens. Conclusões: O construto
de Regulação Emocional não se trata de um traço psicológico imutável, mas sensível ao
processo de desenvolvimento e envelhecimento. Consistente com as teorias atuais
sobre o envelhecimento emocional, os idosos relataram uma vida emocional
predominantemente positiva e a capacidade preservada de regular as emoções de
forma adaptativa. Palavras-chave: Regulação emocional, satisfação com a vida,
depressão.
Código: 15457
Título: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO, COMPROMETIMENTO COGNITIVO
LEVE E DEMÊNCIA EM IDOSOS ATENDIDOS PELO CENTRO MAIS VIDA DE BH-MG Autores: Jemima Sant‘anna; Marco Túlio Gualberto Cintra; Louise Mendes Trigueiro; Felipe de
Magalhães Leão Luz; Ana Rita Rodrigues; Camila Saltini Müller; Camila Oliveira Alcântara; Flávia Lanna
de Moraes; Jonas Jardim de Paula; Lafaiete Moreira dos Santos; Leandr
Resumo:
Introdução: Com o envelhecimento populacional tem-se observado o aumento de
condições que implicam no comprometimento da independência e da autonomia do
idoso. Dentre estas condições, podemos citar o comprometimento cognitivo leve
(CCL), definido pela presença de declínio cognitivo mais acentuado do que o esperado
para idade e nível educacional, mas insuficiente para limitar a execução das atividades
de vida diária (AVD). É uma entidade de difícil diagnóstico, pois tanto o paciente
quanto à família deixam de valorizar os sintomas, retardando a visita ao médico e
determinando diagnósticos tardios. A depressão, distúrbio também frequente entre os
idosos, é comumente subdiagnosticada devido à sintomatologia atípica. Objetivos:
Avaliar a prevalência de comprometimentos nas atividades de vida diária, de CCL, de
transtorno depressivo maior e de demência e sua etiologia e gravidade em idosos
atendidos pelo Programa Mais Vida-parceria entre a SES-MG, a Secretaria Municipal de
Saúde de BH e o Hospital das Clínicas da UFMG. Material e métodos: Foram coletados
dados obtidos de prontuários dos atendimentos realizados pelo Programa Mais Vida,
no período de janeiro a maio de 2011. Posteriormente, foi realizada análise estatística
utilizando o programa SPSS 12.0 e EPI-Info 6.0. Resultados: Avaliamos prontuários de
131 pacientes, com média de idade de 75,6 anos, 3,5 anos de escolaridade e, sendo
72,5% dos indivíduos pertencentes ao sexo feminino. Observou-se acometimento de
AVD’s instrumentais em 55% dos pacientes e de AVD’s básicas em 16%. O diagnóstico
de CCL foi observado em 9,9% dos idosos, enquanto o de depressão em 51,9%.
Demência foi detectada em 32,8% dos pacientes, sendo a de Alzheimer (DA) a mais
prevalente (51,2%), seguida pela demência mista (25,6%) e a vascular (9,5%). Na
análise da gravidade da demência pelo CDR, observamos que 42,1% dos pacientes
portadores de demência encontravam-se em CDR 3 , 39,5% em CDR 1 e, 18,4%.em
CDR 2. Conclusão: Uma parcela significativa dos pacientes apresentava prejuízo nas
AVDs. Destaca-se a alta prevalência de depressão na população estudada, acima do
observado em inquéritos epidemiológicos. Demência figurou entre as principais causas
deste comprometimento. Concordante com os dados existentes na literatura, DA foi a
principal causa de demência seguida pela demência mista. No momento do
diagnóstico, muitos desses idosos já estão em fase avançada de demência.
Código: 15319
Título: FUNÇÃO EXECUTIVA E MEMÓRIA CONTEXTUAL INCIDENTAL EM PACIENTES
DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de
Almeida Fleck; Irani Argimoni; Elke Bromberg;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Alguns estudos tem sugerido uma relação entre depressão, déficits
cognitivos e demência em fases mais tardias da vida. Como as alterações cognitivas
relacionadas à depressão já estão presentes em pacientes jovens, torna-se importante
avaliar se os déficits dos mesmos podem ser revertidos com estratégias de reabilitação
cognitiva, de forma a estabelecer programas preventivos de disfunções adicionais.
OBJETIVOS: Analisar a função executiva e a memória contextual de pacientes
depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS: Participantes:
17 indivíduos com depressão maior unipolar (idade: 32,52 ± 1,83 anos; 14 mulheres e
3 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini Entrevista Neuropsiquiátrica
Internacional (MINI) e 22 controles (idade: 29,77 ± 1,00 anos; 19 mulheres e 3 homens;
BDI: 4,45 ± 0,67) pareados quanto a escolaridade. Critérios de exclusão: escore no Mini
Exame do Estado Mental (MEEM) compatível com demência; déficit sensorial;
alteração neurológica ou medicação que comprometesse a atividade do SNC. Os
voluntários foram submetidos ao Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST)
para avaliar a função executiva e a tarefa de memória contextual incidental para
reconhecimento de objeto e contexto. Essa última foi apresentada em duas versões:
uma com estratégia facilitadora, que fornecia uma instrução direta para o
estabelecimento do vínculo entre objeto e ambiente, e outra sem estratégia
facilitadora, que não fornecia pista. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste
post-hoc de Tukey. O nível de significância foi p<0.05. RESULTADOS: Os depressivos
obtiveram performance mais baixa no WCST para categorias completadas (p=0.001).
Na tarefa de memória, não houve diferença significativa entre os grupos para
reconhecimento do objeto. No entanto, os pacientes apresentaram um desempenho
mais baixo que os controles no reconhecimento do contexto (p=0.000), quando a
tarefa de reconhecimento foi realizada sem estratégia facilitadora. Porém, a
introdução da estratégia facilitadora reverteu este quadro, equiparando o
desempenho de depressivos e controles (p=0.55). CONCLUSÃO: Os resultados indicam
que a depressão pode afetar tanto a função executiva quanto a memória contextual.
Adicionalmente, observa-se que os déficits de memória contextual podem ser
revertidos pelo uso de estratégias de codificação, indicando que a reserva cognitiva
destes pacientes pode ser utilizada em programas de reabilitação cognitiva.
Código: 15431
Título: GINÁSTICA ORIENTADA: EXPERIÊNCIA DE FORTALECIMENTO DA PROMOÇÃO DE
SAÚDE E ENVELHECIMENTO NA SAÚDE DA FAMÍLIA- UBERABA/MG Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Cristiane Alves Martins; Sheilla Tribbess; Jair Sindra Virtuoso Junior;
Resumo:
Introdução: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da
humanidade e também um dos nossos grandes desafios. A Estratégia Saúde da Família
(ESF) apresenta-se no cenário nacional como uma ferramenta de ação diante desta
realidade, pois fortalece os princípios e diretrizes do SUS, através de proposições de
práticas inovadoras na Atenção Básica, que realmente privilegiem a resolutividade
desse nível de atenção. Na atenção básica, a atividade física é considerada como
comportamentos determinantes de saúde e juntamente com uma equipe
multiprofissional pode contribuir para as necessidades em saúde das comunidades
assistidas, em especial aos idosos. Objetivo: Engajamento de pessoas idosas a práticas
de atividades físicas orientada, em praças ou espaços comunitários do município, com
apoio dos profissionais da ESF. Método: O apoio intersetorial (secretarias municipais
de saúde, Educação e Esportes) possibilita que um grupo de profissionais (Educação
Física, Enfermagem e Psicologia) atue no Programa de Ginástica Orientada. A
freqüência das atividades é de duas vezes por semana com duração de 60 minutos. A
dinâmica das atividades inicia-se com a aferição pressórica dos fatores
hemodinâmicos, em seguida as atividades de aquecimento, exercícios aeróbios e de
resistência, ao final da seção o encerramento com ação lúdica e reflexão sobre um
pensamento, leitura ou a abordagem de algum tema específico de autocuidado e estilo
de vida. Resultados: Atualmente, o Programa é constituído por 15 grupos, contando
com a participação de aproximadamente 1200 pessoas/semana. O Programa
demonstrou-se efetivo para alcance de indicadores da gestão em saúde, sendo uma
alternativa de oferecimento de práticas de atividades físicas as pessoas idosas.
Considerações: O Programa Ginástica Orientada é consonante as diretrizes da Política
Nacional de Promoção à Saúde; seu alicerce é a intersetorialidade para a
implementação de cuidado na saúde do idoso, através da atividade física orientada,
adota práticas horizontais de gestão para sua efetivação, busca fortalecer a
participação social e visa o envelhecimento ativo e saudável dos participantes.
Código: 15551
Título: HALLUCINATION IN A FRONTOTEMPORAL DEMENTIA CASE Autores: Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;
Resumo:
Introduction: Frontotemporal dementia (FTD) is associated with marked behavior
changes, but hallucinations and delusions are rare. Although most patients with FTD
present with socially inappropriate behaviour, compulsive-like acts, poor insight and
disinhibition, the presence of psychiatric features including delusions, hallucinations,
and paranoia can lead to a misclassification of FTD as psychiatric disorder. In the
absence of cognitive deficits non-experts fail to recognize these social changes as
dementia symptoms. Objective: To report a case of FTD with early and persistent
delusions, in the context of a paraphrenic syndrome. Case Report: An 70 years- old
male, was first referred to the dementia outpatient division, at Hospital das Clínicas of
Federal University of Goiás in March 2007. The patient’s wife (main caregiver) reported
that he presented persecutory delusions and auditory hallucinations since 2005. The
caregiver reported that the patient begins to read the bible and hear voices. The voices
say that will kill him. According her, the patient is not aggressive and do not see people
(without visual hallucinations). His speech is meaningless and he repeats the same
phrases many times. At using Depakene 250 mg 2x/day. In this first consultation were
raised hypotheses of depression, hypothyroidism and paraphrenia (schizophrenia late).
The patient was diagnosed with frontotemporal dementia after the completion of
imaging. Conclusion: Delusions and hallucinations can occur in frontotemporal
pathology without motor neuron disease. Psychotic symptoms are rare in FTD, possibly
due to limited temporal-limbic involvement in this disorder, but our case has no
exuberant limbic pathology in contrast to his important frontomesial atrophy.
Código: 15498
Título: HIPERTENSÃO E COGNIÇÃO, RELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS
SOCIODEMOGRÁFICAS, NÍVEIS PRESSÓRICOS, USO DE MEDICAMENTOS ANTI-
HIPERTENSIVOS E DESEMPENHO COGNITIVO. Autores: Mônica Sanches Yassuda; Ruth Caldeira Melo; Thais Bento Lima da Silva; Tiago Nascimento
Ordonez; Priscilla Tiemi Kissaki; Meire Cachioni;
Resumo:
Introdução e Objetivos: Estudos têm documentado desempenho mais baixo em testes
cognitivos entre idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica quando
comparados a idosos normotensos. Entretanto, o uso dos medicamentos anti-
hipertensivos e mudanças no estilo de vida podem atenuar a associação entre
hipertensão e declínio cognitivo. O presente estudo teve como objetivo comparar o
desempenho cognitivo de idosos normotensos e hipertensos, tanto com níveis
pressóricos controlados como níveis pressóricos não-controlados. Além disso, foi
investigada a relação entre variáveis sociodemográficas, níveis pressóricos, utilização
de medicamentos anti-hipertensivos e desempenho cognitivo. Métodos: Participaram
do estudo 215 idosos, de ambos os sexos, com 60 anos ou mais, alunos da
Universidade Aberta à Terceira Idade na Escola de Artes Ciências e Humanidades
(EACH USP Leste). Os voluntários foram classificados em normotensos (NT, n=64),
hipertensos com pressão arterial (PA) controlada (HTPAC, n=48) e Hipertensos com PA
não-controlada (HTPANC, n=103), segundo autorelato e medida da PA. O protocolo
incluiu variáveis sociodemográficas e clínicas, como questões sobre uso de medicação
anti-hipertensiva, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), medidas da pressão
arterial, Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), teste de fluência verbal categoria
animais, e Teste Cognitivo Breve. Resultados: Os grupos apresentaram semelhanças
quanto ao perfil sociodemográfico. Os níveis de PA sistólica e diastólica foram
estatisticamente maiores no grupo HTPANC comparado aos outros grupos estudados.
O HTPAC fazia maior uso de medicamentos anti-hipertensivos em comparação com o
HTPANC. Além disso, foi observado melhor desempenho no MEEM para o grupo
HTPAC comparativamente aos demais grupos. As variáveis cognitivas foram
influenciadas por escolaridade, renda, uso de medicação anti-hipertensiva
(betabloqueadores e antagonistas do canal de cálcio). O desempenho no MEEM foi
também influenciado pelos níveis de PA sistólica. Conclusões: Os resultados sugerem
que, em idosos, o desempenho cognitivo pode sofrer influência conjunta das variáveis
sociodemográficas, dos níveis pressóricos e do uso de medicação hipertensiva.
Código: 15547
Título: IDOSOS E AS LESÕES AUTO PROVOCADAS VOLUNTARIAMENTE, UM RETRATO
DOS REGISTROS NO BRASIL. Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Sula Paiva Fagundes;
Resumo:
INTRODUÇÃO:Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ano são
registrados cerca de um milhão de suicídios no mundo. Considerando que a população
acima de 80 anos é a que mais cresce no Brasil, é importante uma atenção
diferenciada para os aspectos sociais e de saúde. O aumento das taxas de suicídio
entre idosos sugere uma relação da progressão etária com processos
biológicos/psicológicos favorecendo a decisão do indivíduo idoso de se autodestruir.
OBJETIVO:O objetivo deste estudo foi realizar uma análise descritiva epidemiológica
dos óbitos registrados entre 1999 e 2009 no Brasil, em pessoas com 60 anos ou mais,
tendo como causa o CID-BR-10: 109 Lesões auto provocadas
voluntariamente.MÉTODO:Análise de dados coletados referentes à taxa de suicídio a
partir do Datasus, com o auxílio de literatura científica. RESULTADO: Analisando-se os
óbitos por suicídio, em relação ao total da população, verificou-se que entre o ano de
1999 e 2009 a taxa média de ocorrências de mortes, para as faixas etárias estudadas
manteve-se estável, exceto a faixa de 80 anos ou mais que apresentou declínio. Os
registros, porém mostraram que a proporção de óbitos causados por suicídio é maior
em pessoas com 80 anos ou mais, sendo em média 15 vezes maior que nas demais
faixas etárias, reduzindo, entre os anos de 2007 e 2009, para 13 vezes. Em todas as
faixas etárias o ano de 2005 apresentou a maior incidência de óbitos registrados por
suicídio. A menor incidência de óbitos por suicídio ocorreu no ano 2000, para a faixa
etária de 70 aos 79 anos, sendo esta a faixa etária que apresentou menor índice em
todos os anos pesquisados.No período estudado, o pico das ocorrências de suicídios
deu-se no ano de 2005, decaindo nos seguintes.CONCLUSÃO:O ato de suicídio
apresentou maior incidência com o avanço da idade, e principalmente em idosos
muito idosos.Considerando o aumento progressivo da expectativa de vida, faz-se
essencial um olhar para os idosos e sua relação com a vida, identificando os principais
motivos que conduzem ao ato de suicídio a fim de que sejam desenvolvidas estratégias
para minimizar tal impacto.
Código: 15370
Título: IDOSOS QUE COMETEM SUICÍDIO: REVISÃO DA LITERATURA Autores: Daiana Netto Paz; Silvana de Moura; Karen Dal Lago Miotto;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O suicídio realizado pelos idosos, atualmente, retrata um grave
problema para a sociedade de diversas partes do mundo. Os dados em relação a
autodestruição senil são muito elevados e a razão entre tentativas e suicídios
consumados é muito próxima, quase 2:1. OBJETIVO: O objetivo da presente revisão foi
analisar fatores de riscos associados ao suicídio de pessoas idosas, a partir da
literatura. METODOLOGIA: Estudo feito através da revisão da literatura acerca do
tema. Foram consultadas as bases de dados medline e bireme com os seguintes
descritores: psiquiatria idoso, suicídio idoso. DISCUSSÃO: Segundo dados da
Organização Mundial da Saúde, em países subdesenvolvidos, como o Brasil, é
considerado idoso a pessoa com idade maior ou igual a 60 anos. O envelhecimento faz
parte do processo biológico humano e pode ou não estar acompanhado de doenças
que causam limitações para a execução das atividades de vida diária que, muitas vezes,
tornam o indivíduo um ser incapacitado. Os idosos apresentam riscos de cometerem o
suicídio, entre esses estão: a perda de papéis na sociedade; morte de amigos e
parentes; isolamento social; saúde em declínio; restrições financeiras; redução do
funcionamento cognitivo; perda da autonomia. Tendo em vista este declínio de
funções, antes realizadas, ou mesmo da diminuição da autoridade em certos casos,
pois, com o envelhecimento, os idosos tornam-se mais dependentes física e
intelectualmente de cuidadores, é que emerge, em muitos destes senis, o desejo ou a
impulsividade para cometerem um ato suicida. CONCLUSÃO: O suicídio está
apresentado como sendo um grave problema, uma vez que a população considerada
idosa está em constante crescimento na maior parte do mundo, sendo assim, justifica -
se um olhar atento para os problemas sociais e de saúde que afeta esta faixa etária.
Código: 15175
Título: INFLUÊNCIA DA COGNIÇÃO EM ATIVIDADES DE DUPLA-TAREFA NA DOENÇA DE
ALZHEIMER Autores: Paulo Eduardo Vasques; Cynthia Arcoverde; Narahyana Bom de Araújo; Alexandre Rios Santos;
Melissa Zidan; Jerson Laks; Andrea Deslandes;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) se destaca pela sua maior prevalência
dentre as demências, e sua compreensão torna-se de grande importância para
orientação e tratamento. A DA caracteriza-se inicialmente por perda de memória e
evolui para alterações motoras e comportamentais. Atividades mais complexas, como
a dupla-tarefa, demandam de maiores recursos corticais, podendo comprometer a
estabilidade do paciente e aumentar o risco de queda. OBJETIVO: Verificar a relação
entre memória, atenção e função executiva e o desempenho de atividades de dupla-
tarefa em pacientes com Doença de Alzheimer e em idosos saudáveis. MÉTODO:
Foram avaliados 34 pacientes com DA em estágio leve (idade 76,2 ± 7,4 anos, Mini
Exame do Estado Mental (MEEM) 20,8 ± 3,8, escolaridade 8,1 ± 4,6 anos) e 12 idosos
saudáveis (idade 64,9 ± 4,3 anos, MEEM 28,5 ±2,4 pontos, escolaridade de 11,3 ± 4,1
anos). Os testes cognitivos realizados foram: Digit Span, teste de Stroop e teste de
Trilhas A. Para avaliar a dupla tarefa foi realizado o seguinte teste: Timed Up and Go
Test juntamente com Fluência Verbal (TUGT modificado). Foi realizada a análise de
regressão linear para verificar a função cognitiva que melhor prediz o desempenho
durante a dupla tarefa (nível de significância p≤ 0,05). RESULTADOS: Os idosos
saudáveis apresentaram uma associação significativa do TUGT modificado com os
testes de Digit Span total (R2= 0,622, p=0,016), ordem direta (R2= 0,622, p=0,019) e
ordem inversa (R2= 0,274, p=0,04). Os pacientes com DA apresentaram uma
associação significativa do TUGT modificado com os testes de Stroop (R2= 0,170,
p=0,008), Digit Span total (R2= 0,288, p=0,007), ordem inversa (R2= 0,489, p=0,001) e
Trilhas A (R2= 0,232, p=0,005). CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a função
cognitiva exerce maior influência sobre atividades de dupla-tarefa em idosos com DA
do que em saudáveis, com importante participação da atenção, memória de trabalho e
função executiva. A dupla tarefa pode ser um maior risco de quedas em atividades
complexas nos pacientes com DA.
Código: 15176
Título: INFLUÊNCIA DA COGNIÇÃO EM ATIVIDADES DE DUPLA-TAREFA NA DOENÇA DE
ALZHEIMER Autores: Paulo Eduardo Vasques; Cynthia Arcoverde; Narahyana Bom de Araújo; Alexandre Rios Santos;
Melissa Zidan; Jerson Laks; Andrea Deslandes;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) se destaca pela sua maior prevalência
dentre as demências, e sua compreensão torna-se de grande importância para
orientação e tratamento. A DA caracteriza-se inicialmente por perda de memória e
evolui para alterações motoras e comportamentais. Atividades mais complexas, como
a dupla-tarefa, demandam de maiores recursos corticais, podendo comprometer a
estabilidade do paciente e aumentar o risco de queda. OBJETIVO: Verificar a relação
entre memória, atenção e função executiva e o desempenho de atividades de dupla-
tarefa em pacientes com Doença de Alzheimer e em idosos saudáveis. MÉTODO:
Foram avaliados 34 pacientes com DA em estágio leve (idade 76,2 ± 7,4 anos, Mini
Exame do Estado Mental (MEEM) 20,8 ± 3,8, escolaridade 8,1 ± 4,6 anos) e 12 idosos
saudáveis (idade 64,9 ± 4,3 anos, MEEM 28,5 ±2,4 pontos, escolaridade de 11,3 ± 4,1
anos). Os testes cognitivos realizados foram: Digit Span, teste de Stroop e teste de
Trilhas A. Para avaliar a dupla tarefa foi realizado o seguinte teste: Timed Up and Go
Test juntamente com Fluência Verbal (TUGT modificado). Foi realizada a análise de
regressão linear para verificar a função cognitiva que melhor prediz o desempenho
durante a dupla tarefa (nível de significância p≤ 0,05). RESULTADOS: Os idosos
saudáveis apresentaram uma associação significativa do TUGT modificado com os
testes de Digit Span total (R2= 0,622, p=0,016), ordem direta (R2= 0,622, p=0,019) e
ordem inversa (R2= 0,274, p=0,04). Os pacientes com DA apresentaram uma
associação significativa do TUGT modificado com os testes de Stroop (R2= 0,170,
p=0,008), Digit Span total (R2= 0,288, p=0,007), ordem inversa (R2= 0,489, p=0,001) e
Trilhas A (R2= 0,232, p=0,005). CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a função
cognitiva exerce maior influência sobre atividades de dupla-tarefa em idosos com DA
do que em saudáveis, com importante participação da atenção, memória de trabalho e
função executiva. A dupla tarefa pode ser um maior risco de quedas em atividades
complexas nos pacientes com DA.
Código: 15437
Título: INFLUÊNCIA DA ESCOLARIDADE NO DESEMPENHO DE IDOSOS NA TAREFA DE
FLUÊNCIA VERBAL FONÊMICA – FAS Autores: Ricardo Lutzky Saute; Fabiano Da Silva Marques; Daniela Juchem Pereira; Tatiana Quarti
Irigaray;
Resumo:
Introdução: Ao longo do processo de envelhecimento, as funções cognitivas são
afetadas de maneira diferente, algumas apresentam declínio e outras estabilidade,
sendo diretamente influenciadas por diferenças interindividuais, como idade,
escolaridade, estilo de vida e saúde física. As funções executivas são extremamente
sensíveis aos efeitos do envelhecimento, tendendo a declinar com a idade. Dentre os
testes sensíveis para avaliar essas funções, encontra-se o teste de fluência verbal
fonêmica FAS, que avalia a capacidade do indivíduo de gerar palavras que começam
com as letras F, A e S, no intervalo de um minuto para cada letra. Objetivo: Verificar a
influência da escolaridade no desempenho de idosos no FAS. Método: Participaram do
estudo 40 idosos, com idade entre 60 a 82 anos (Média=68,5; ±DP=6,8), sendo 27
(67,5%) do sexo feminino e 13 (32,5%) do masculino. Os idosos foram divididos em
dois grupos de escolaridade (1 a 4 anos de estudo e ≥ 5 anos de estudo). Os dados
foram analisados através do Teste t de Student e regressão linear simples. Resultados:
O grupo com escolaridade de 1 a 4 anos de estudo (Média=2,3; ±DP=1,1), foi composto
por 21 idosos com média de idade de 70 anos (±DP=7,34). O outro grupo, com ≥ 5 anos
de estudo (Média=7,3; ±DP=2,6), foi formado por 19 idosos com média de idade de 67
anos (±DP=5,87). A análise de regressão linear não demonstrou diferenças
significativas entre os grupos em relação à idade. Através do Teste para amostras
independentes verificou-se uma diferença significativa entre os grupos no FAS
(p=0,001), mostrando que o grupo com ≥ 5 anos de estudo apresentou desempenho
superior (Média=23,3; ±DP=9,8) em relação ao grupo com 1 a 4 anos de estudo
(Média=13,5; ±DP=8,1). Conclusão: Verificou-se uma influência significativa da
escolaridade no desempenho de idosos no FAS, sendo que idosos mais escolarizados
demonstraram desempenho superior àqueles com menos anos de estudo. Concluiu-se
que medidas de fluência verbal fonêmica são sensíveis aos efeitos dos anos de estudo
formal. Palavras-chave: idosos, teste de fluência verbal, nível de escolaridade
Código: 15449
Título: INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES PSICOSSOCIAIS EM IDOSOS VESTIBULOPATAS
SUBMETIDOS À REABILITAÇÃO DO EQUILÍBRIO CORPORAL Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;
Resumo:
Introdução: Nas últimas décadas, intensificaram-se os estudos e pesquisas sobre a
influência das relações psicossociais no tratamento de doenças comuns no
envelhecimento. As atitudes e os sentimentos decorrentes dessas relações tem se
revelado significativas para o comprometimento dos idosos com o tratamento, além
de interferir em comportamentos, como o isolamento e a sensação de inutilidade e
não pertencimento social. Objetivo: Investigar as contribuições das relações
psicossociais em idosos vestibulopatas submetidos à reabilitação do equilíbrio
corporal. Método: As informações foram obtidas pela observação de 16 oficinas
temáticas, com duração de 2 horas cada e realizadas com intervalo de 15 dias.
Participaram das oficinas 62 vestibulopatas, entre 60 e 84 anos, de ambos os gêneros e
diferentes níveis de escolaridade. Os idosos foram distribuídos em 4 grupos, tendo
cada um participado de 4 oficinas. As informações foram complementadas pela
aplicação de questionário com questões estruturadas sobre costumes, hábitos,
projetos, relacionamentos e estilo de vida. Todos assinaram termo de consentimento
livre e esclarecido. Resultado: Houve maior prevalência de: faixa etária entre 65 e 69
anos (32%); gênero feminino (80%); escolaridade de nível fundamental (68%) e
ocorrência de tonturas (60%). Os participantes se mostraram predispostos a fazer
perguntas e emitir opiniões; expressar seus sentimentos e emoções, e compartilhar
histórias de vida (casos de tentativa de suicídio; depressão profunda etc). A
necessidade do convívio social se mostrou evidente: 90% sentem necessidade de
ampliar o círculo de amizades; 69% participam de palestras, cursos e oficinas para
idosos para encontrar os pares; 61% costumam visitar amigos e familiares; 60%
realizam atividades físicas (caminhadas) para compartilhar da amizade de outros
idosos; 58% participam de grupos religiosos para encontrar amigos; 64% trocam idéias
com pessoas que têm os mesmos sintomas, mas, esse índice cai (45%) quando se trata
de revelá-los às demais pessoas. Conclusão: Os idosos vestibulopatas que desenvolvem
relações afetivas e solidárias com pessoas da mesma geração e em condições
semelhantes de saúde apresentam menos propensão ao isolamento social e aos
sentimentos de inutilidade e de não pertencimento social, o que se reflete de modo
positivo sobre o seu comprometimento com o processo de reabilitação ao qual estão
submetidos.
Código: 15539
Título: INSTITUTO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DA PUCRS E A CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL PARA CUIDADORES DE IDOSOS Autores: Fernanda Cocolichio; Laura Marmitt; Newton Luiz Terra;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e irreversível
de grande impacto nas estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais. O
atendimento às pessoas que envelhecem requer pessoas especializadas. É preciso
encarar um novo tipo de formação que atenda a este aspecto novo e emergente, que
se faz merecedor da maior consideração. OBJETIVO: Demonstrar a importância do
Curso para Cuidadores de Idosos realizado no Instituto de Geriatria da PUCRS (IGG) e a
necessidade da especialização para o atendimento do idoso. METODOLOGIA: o Curso
para Cuidadores de Idosos do IGG é anual e está iniciando sua 3º edição em 2011,
formando 25 profissionais especializados no cuidado global do idoso a cada ano. O
curso tem 144 horas de duração e é multidisciplinar, contando com um corpo docente
das Faculdades de Odontologia, Nutrição, Serviço Social, Fisioterapia, Psicologia,
Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Farmácia, Fonoaudiologia, Terapia
ocupacional e Medicina. São realizadas atividades teóricas e práticas, incluindo visitas
à Instituições de Longa Permanência a fim de aproximar o cuidador da sua futura
realidade. DISCUSSÃO: No Brasil são raras as Universidades em que funcionam
Institutos interessados na situação do envelhecimento. Em função disso, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) vêm enfocando a formação de profissionais para atuarem
junto aos idosos, dando ênfase especial para o cuidado gerontológico em virtude de os
idosos serem portadores de patologias crônicas, diminuição da reserva funcional e
alterações fisiológicas decorrentes da senescência. Esse processo compromete a
independência funcional dos idosos, gerando a necessidade de cuidados que requerem
um olhar diferenciado dos profissionais com eles envolvidos. CONCLUSÃO: Diante do
significativo aumento da população idosa e das doenças crônicas que comprometem
sua independência, conclui-se que o curso de Cuidadores de Idosos é uma ferramenta
essencial. Este visa proporcionar treinamento de pessoas no sentido de facilitar o
atendimento imediato às necessidades básicas do idoso quando fragilizados,
dependentes. Além disso, cabe ao cuidador priorizar a qualidade de vida do idoso e
estimular sua autonomia e independência, além de desenvolver uma mentalidade
preventiva no sentido de se evitar danos à saúde do idoso.
Código: 15510
Título: INSTRUMENTOS COGNITIVOS UTILIZADOS EM PACIENTES COM DOENÇA DE
PARKINSON SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA Autores: ALINE JULIANE ROMANN; Maira Rozenfeld Olchik;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (PD) é uma desordem neurodegenerativa
caracterizada por manifestações motoras e outras disfunções não motoras, incluindo
as alterações cognitivas. A Estimulaão Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica
cirúrgica bastante utilizada devido à redução significativa dos sintomas motores, por
outro lado, causando um impacto negativo na cognição e na fonoarticulação.
OBJETIVO: verificar quais os instrumentos mais utilizados para avaliação cognitiva em
pacientes com DP submetidos ao ECP. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão
sistemática, observando todos os estudos publicados nas bases de dados PubMed,
Medline, Scielo, LILACS e EBCS nos anos de 2005 à 2010, utilizando descritores “Deep
Brain Stimulation”, “Verbal Fluency”, “Parkinson Disease”, “Executive Function” and
“Cognition”, de forma combinada. RESULTADOS: Dentre os 443 artigos encontrados,
foram incluídos 41 estudos por contemplarem os critérios de inclusão. Dentre os
aspectos cognitivos, a função verbal se destaca pelo declínio significativo após o
implante do ECP, sendo o teste de Fluência Verbal o instrumento mais utilizado para
esta investigação nos estudos encontrados, seguido pelo Teste de Nomeação de
Boston. Foram também encontradas referencias aos testes Teste de Stroop, Teste das
Trilhas, Teste de Aprendizado Auditivo Verbal de Rey. CONCLUSÃO: A validação de
instrumentos para esta população se faz necessária bem como a utilização de baterias
com mais especificidade e sensibilidade para detecção das alterações cognitivas nesta
população.
Código: 15538
Título: INTERRELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E DEPRESSÃO EM IDOSOS DO
MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR Autores: Juliana Sartori Bonini; Marcela Magro; Jaqueline Hack; Thiécla Katiane Rosales Silva; Vanessa
Fernanda Goes; Marcus Peikriszwili Tartaruga; Evani Marques Pereira;
Resumo:
Introdução: Os idosos apresentam maior suscetibilidade a alterações do estado
nutricional, devido a fatores relacionados com as modificações fisiológicas e sociais,
doença crônica, medicações, problemas na alimentação, depressão e alterações da
mobilidade. A depressão caracteriza-se como um distúrbio da área afetiva ou do
humor. Apresenta etiologia multifatorial, sendo a síndrome psiquiátrica mais
prevalente nessa população. Alguns autores propõem que a desnutrição afeta tanto o
estado físico como o mental, levando o paciente à apatia e depressão, e, ainda, outros
autores sugerem que a depressão pode alterar o estado nutricional, levando a
desnutrição, por interferir na autonomia do idoso, dificultando o preparo e a
realização das refeições. Em contrapartida, uma meta-análise verificou que a
obesidade e depressão também possuem associação recíproca. Objetivo: Identificar a
presença de alteração do estado nutricional e sua relação com a depressão em idosos.
Métodos: Foram avaliados idosos do município de Guarapuava, PR, usuários do SUS,
cadastrados no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos. O estado nutricional foi avaliado de acordo com o IMC (OPAS, 2002) e a
depressão foi verificada através da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage. Foi
realizada a análise descritiva dos dados e o teste não paramétrico de Spearman, para
correlação entre o IMC e a escala geriátrica de depressão, com nível de significância de
5% (p<0,05), por meio do programa Statistica 8.0. Resultados e Discussão: Do total dos
271 avaliados a idade média foi de 72,18 ± 8,12 anos, sendo que a maioria, 65,31%
(n=177) era do gênero feminino. A avaliação do estado nutricional pelo IMC mostrou
que a maioria dos idosos apresentaram eutrofia. Separando em dois grupos,
encontrou-se que os idosos que possuíam depressão apresentavam sobrepeso e
obesidade. Houve correlação entre o valor do IMC e a escala de depressão,
comprovada pelo teste de correlação de Spearman (r= 0,99), sendo que conforme
aumentou o valor da escala de depressão também aumentou o valor do IMC,
indicando que quanto maior é o grau de depressão do idoso, maior é o seu IMC.
Conclusões: Encontrou-se que existe alteração do estado nutricional, principalmente
sobrepeso e obesidade, em idosos com depressão.
Código: 15522
Título: LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DA PUCRS: UMA NOVA ABORDAGEM DA
GERIATRIA NA GRADUAÇÃO. Autores: Fernanda Mariani Cocolichio; Laura Marmitt; Juliana Krebs; Newton Luiz Terra;
Resumo:
INTRODUÇÃO:O mundo está envelhecendo.No ano de 2050 existirão cerca de dois
bilhões de idosos no mundo. Tendo em vista essa nova realidade e a pouca abordagem
desse tema, foi fundada em junho de 2010 a primeira Liga Acadêmica de Geriatria e
Gerontologia do RS.A Liga de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (LiGG) é
multidisciplinar, comportando tanto alunos da Medicina e demais áreas da saúde.Uma
Liga é formada por um grupo de alunos com um interesse comum, que se reúnem para
realizar atividades práticas e teóricas sobre o tema.Este tipo de atividade é de grande
importância, uma vez que não há esta disciplina na maioria das Universidades do RS.
OBJETIVOS:Demonstrar a necessidade de complementação extracurricular do
conhecimento sobre Geriatria e Gerontologia na Graduação, através da LiGG.
RESULTADOS:A LiGG tem 70 alunos inscritos, sendo 45% alunos da PUCRS, 25% da
ULBRA, 15% da UFRGS e 15% da FFFCMPA. No período de 1 ano, já foram realizados
oito palestras abordando diversos temas, duas jornadas (Os Gigantes da Geriatria e
Oncogeriatria), atividades comunitárias, além da publicação de um livro para a
comunidade (Previna-se das Doenças Geriátricas), inserção de ligantes em pesquisas e
criação de site para a Liga (www.ligageriatriapucrs.com.br). DISCUSSÃO:A LiGG tem o
intuito de discutir assuntos relevantes na Geriatria e reforçar a importância desta
especialidade entre os acadêmicos.Em parceria com o Instituto de Geriatria e
Gerontologia da PUCRS (IGG), realiza reuniões mensais com palestras com ênfase no
envelhecimento. Dentre nossas atividades, incluem-se também cursos abordando
temas relevantes na prática geriátrica, atividades científicas e participação na
elaboração de livros. Destaca-se a participação em congressos, trazendo o que há de
mais atual ao conhecimento dos ligantes. Atividades voltadas à prevenção de doenças
e promoção de saúde também são realizadas na Liga. CONCLUSÃO:A pouca
abordagem a Geriatria nas universidades criou uma lacuna no conhecimento dos
acadêmicos sobre esta área da medicina.Por outro lado, o elevado número de
inscrições que a LiGG vem tendo desde a sua criação sugere uma grande curiosidade
nos alunos e, conseqüentemente, um anseio para saber mais a respeito da
especialidade. Foi com esta proposta que a LiGG foi criada e, graças a este interesse e
ao apoio do IGG, gera uma grande procura por parte dos alunos e complementa de
forma consistente o saber dos ligantes.
Código: 15427
Título: LINGUAGEM NÃO-LITERAL EM PACIENTE COM DEMÊNCIA SEMÂNTICA: RELATO
DE CASO Autores: Mariana Ribeiro Hur; Leonardo Caixeta;
Resumo:
Introdução: A linguagem não-literal ou metalinguagem pode ser compreendida como a
capacidade de falar e pensar sobre a própria linguagem e é necessária para realizar
tarefas como compreender provérbios, metáforas e ironias. Os pacientes com
demência semântica (DS), um dos subtipos da demência frontotemporal (DFT),
apresentam perda do significado das palavras, parafasias semânticas e anomias
abundantes e prejuízo importante da memória semântica. Em fases mais avançadas da
doença podem ocorrer prejuízos das funções executivas e surgem também alterações
no uso social da linguagem e ao lidar com sinais lingüísticos não-verbais ou que exijam
maior abstração. Objetivo: Apresentar o desempenho de uma paciente com DS numa
bateria de testes que avaliam a linguagem não-literal. Métodos: Foi avaliada a paciente
E., 67 anos, com diagnóstico de demência semântica há 8 anos e exames de imagem
que revelam atrofia importante dos lobos temporais anteriores bilateralmente. Foram
aplicados os seguintes testes: Teste de Provérbios – STADP (Santos, 2009); Teste de
metáforas – Test of language competence (Wiig & Secord, 1985/89) e Teste de ironias
(Eviatar & Just, 2006). Resultados: Verificamos que a paciente apresentou dificuldade
muito importante em todos os testes aplicados. No teste de provérbios a paciente não
foi capaz de completar adequadamente nenhum dos provérbios apresentados e
tampouco explicar seu significado usando a abstração. No teste que avalia a
compreensão de metáforas a paciente não explicou corretamente nenhuma das
sentenças metafóricas, tendo dado respostas literais ou atendo-se ao significado de
palavras isoladas da sentença. Já no teste de ironias a paciente apresentou alguns
acertos, porém estes parecem ter ocorrido ao acaso, pois a paciente respondeu de
forma impulsiva. Qualitativamente observamos fôlego atencional bastante reduzido,
recusa de cooperação com a testagem, economia de esforço e inflexibilidade de
pensamento bastante marcante, já que a paciente não conseguiu utilizar a abstração
em nenhum momento durante a aplicação dos testes. Conclusão: Podemos concluir
que a paciente com DS apresenta dificuldade muito importante nas habilidades de
linguagem não-literal testadas, demonstrando prejuízos típicos da DS como alteração
da memória semântica, mas também alterações típicas da DFT como a disfunção
executiva, provavelmente devido à evolução da doença e ampliação das áreas
cerebrais atróficas.
Código: 15040
Título: LONGEVIDADE E DEMÊNCIAS: IMPACTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA. Autores: Joyce Santos Jardim; Patrícia Magali Simonaggio;
Resumo:
O aumento da expectativa de vida leva à necessidade de repensar sobre o
atendimento dispensado aos idosos, principalmente na atenção primária. A
longevidade fez crescer o número de pessoas com demência, tornando um desafio
para o médico, a busca pela qualidade de vida. Parkinson acomete mais de um milhão
de indivíduos nos EUA, sendo que a idade de inicio mais freqüente é na sexta década
de vida. Já a doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, afetando
quatro milhões de pessoas nos EUA tendo um custo superior a 50 bilhões de dólares/
ano. Devido à alta prevalência dessas doenças na população, buscamos fazer uma
revisão sobre esse assunto. Esse trabalho tem por objetivo abordar o tema Parkinson e
Alzheimer, dando especial atenção ao diagnóstico precoce e manejo dessas demências
na atenção primária. Dada a importância do atendimento do paciente com demência
na atenção primária, são necessárias estratégias visando integralizar o doente e sua
família, com especial atenção aos seus cuidadores.Nesse contexto, torna-se evidente a
necessidade da equipe de saúde capacitar esses cuidadores, proporcionado o suporte
físico, afetivo e espiritual que o idoso necessita para viver com mais dignidade. A
capacitação dos cuidadores deve contemplar, inicialmente, ações que não demandem
custo significativo para o Programa, como a sensibilização da família para um maior
envolvimento, bem como o esclarecimento sobre as questões que acompanham o
envelhecimento e a formação de grupos de auto-ajuda. Portanto, diante do
envelhecimento populacional, é importante que a sociedade como um todo colabore
com o ajuste social dessa população com programas sociais e de saúde que atendam
às necessidades dos idosos, tanto no processo de envelhecimento natural, como na
velhice associada a doenças e limitações. Nesse sentido, a estratégia do PSF tem o
potencial de contribuir para o envelhecer saudável dos usuários por eles assistidos.
Aos profissionais das equipes do PSF, cabe a responsabilidade e o comprometimento
com ações que qualifiquem o viver das pessoas e promovam um envelhecimento digno
e bem sucedido.
Código: 15423
Título: O CUIDADOR CONTRIBUI PARA O DIAGNÓSTICO? Autores: Fabiana Santos Fonseca; Flávio Antonio de Andrade Silva; Ana Carolina Cortez Maia; Gustavo
Fonseca dos Santos; Clemilde Maria de Oliveira Moreira; Paulo Renato Canineu; Bianca Isis Segantin;
Ana Elisa Sena Klein Rosa; Paulo Henrique Montenegro;
Resumo:
Introdução: Sabemos a importância do cuidador ou familiar do idoso com
comprometimento cognitivo. Estudos atuais demonstram a importância do transtorno
cognitivo leve na busca dos sinais e sintomas que se caracterizam em fases iniciais dos
transtornos demenciais. O diagnóstico de comprometimento cognitivo leve pode ser
estabelecido para indivíduos não dementes, mas com queixas de prejuízo de memória,
preferentemente corroboradas pelo informante, sendo os déficits demonstrados pelos
testes. Um dos questionamentos que se faz é, será que o cuidador consegue contribuir
com o diagnóstico de comprometimento cognitivo? Objetivo: Investigar a freqüência
de comprometimento cognitivo em uma população de idosos, com questionário
direcionado ao cuidador ou familiar, em um ambulatório de Geriatria de Guarulhos.
Metodologia: Foi aplicado o questionário IQCODE (Informant Questionnaire of
Cognitive Decline in the Elderly) composto de 26 perguntas fechadas, em 30
cuidadores/familiar que freqüentam o ambulatório de Geriatria em Guarulhos. O
Questionário do Informante sobre o declínio cognitivo do idoso é um instrumentos de
rastreio que se baseia nas informações fornecidas por familiares ou cuidadores acerca
de um possível declínio cognitivo do paciente. Resultados: DADOS ESTATÍSTICOS DO
TRABALHO Conclusão: O envelhecimento populacional crescente se apresenta sempre
vinculado com o aumento de déficits cognitivos. Concluímos que o familiar ou
cuidador são pessoas fundamentais no diagnóstico do comprometimento cognitivo,
nos mostrando que a sua sensibilidade para o diagnóstico é grande.
Código: 15512
Título: O DESEMPENHO DA FLUÊNCIA VERBAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE
PARKINSON SUBMETIDOS À ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA Autores: ALINE JULIANE ROMANN;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (PD) é uma desordem neurodegenerativa
caracterizada por manifestações motoras e outras disfunções não motoras, incluindo
as alterações cognitivas. A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) é uma técnica cirúrgica
bastante utilizada como tratamento opcional nestes indivíduos a fim de reduzir os
sintomas motores. OBJETIVO: Verificar o impacto do ECP na fluência verbal em
indivíduos com DP. MÉTODO: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases
de dados PubMed, Medline, Scielo e LILACS, utilizando os descritores “Deep Brain
Stimulation”, “Verbal Fluency” e “Parkinson Disease” de forma combinada. Foram
incluídos nesta revisão sistemática: estudos publicados entre 2000 e 2010; originais em
seres humanos; com população com PD usuários de ECP; e, com avaliação da fluência
verbal. Os estudos que não contemplavam estes critérios foram excluídos.
RESULTADO: Dentre os 81 artigos encontrados, foram incluídos 26 por contemplarem
os critérios de inclusão. Os estudos descrevem melhora significativa no desempenho
motor, por outro lado, apresentaram declínio significativo no desempenho da fluência
verbal. CONCLUSÃO: Os estudos concluem que existe um impacto negativo na fluência
verbal, que tem sido associado com a utilização de parâmetros de estimulação com
frequências altas (acima de 130 Hz), que são necessários para supressão dos sintomas
motores.
Código: 15422
Título: O FATOR ESTRESSE NOS CUIDADORES Autores: Fabiana Santos Fonseca; Flávio Antonio de Andrade Silva; Ana Carolina Cortez Maia; Clemilde
Maria de Oliveira Moreira; Gustavo Fonseca dos Santos; Ana Elisa Sena Klein Rosa; Bianca Isis Segantin;
Mariana Yoshida; Paulo Renato Canineu;
Resumo:
Introdução: O envelhecimento populacional representa um dos maiores desafios da
saúde pública contemporânea. A tarefa de cuidar de alguém geralmente se soma às
outras atividades diárias. Objetivo: caracterizar o nível de estresse da população de
cuidadores, de pacientes portadores de Doença de Alzheimer, orientá-los quanto os
aspectos da doença, com olhar interdisciplinar. Metodologia: Foram aplicados
questionários (inventário do cuidador-Zarit) nos familiares (cuidadores) dos
demenciados, e realizadas 10 palestras de orientação, neste mesmo grupo, após o
termino do ciclo de palestras, foi realizada a reaplicação questionário. Utilizamos um
grupo controle de cuidadores que não participaram das palestras. Resultados:
Obtivemos no grupo controle um alto índice de estresse, o que também fora
observado no grupo participante antes do ciclo de palestras. Tal fato se modificou após
orientação dos cuidadores. A orientação diminuiu o nível de estresse, melhorando sua
qualidade de vida e seus cuidados. Conclusão: O cuidador fica sobrecarregado, pois
assume a responsabilidade pelos afazeres que envolvem o doente, soma-se a isso,
ainda, o peso emocional da doença. É comum o cuidador passar por cansaço físico,
depressão, abandono do trabalho, alterações na vida conjugal e familiar. A tensão e o
cansaço sentidos pelo cuidador são prejudiciais à família e à pessoa cuidada.
Código: 15500
Título: O IMPACTO DA AFASIA NA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Autores: Flávia Yuki Assis Shikida; Lúcia Willadino Braga; Lígia Maria do Nascimento Souza;
Resumo:
O acidente vascular encefálico é uma condição grave e prevalente no mundo ocidental.
Dificuldades nas habilidades lingüísticas e de comunicação, como a afasia, podem
comprometer seriamente a qualidade de vida entre os sobreviventes. Este estudo teve
como objetivo avaliar o impacto da afasia na percepção de qualidade de vida de
indivíduos com seqüelas de Acidente Vascular Encefálico. Participaram 30 pacientes
afásicos e seus cuidadores, além de 28 pacientes não-afásicos. Todos responderam a
uma entrevista estruturada, e questionários de percepção de qualidade de vida (SF-36
e SAQOL-39), comunicação funcional (ASHA-FACS) e depressão (SADQ-10). Os
pacientes submeteram-se também a avaliação neuropsicológica e, os afásicos, a uma
reavaliação quanto à linguagem. Os resultados evidenciaram que nos dois grupos com
acidente vascular encefálico, a qualidade de vida sofreu interferências negativas do
déficit de comunicação, tanto na percepção dos pacientes, como na dos cuidadores
dos afásicos, observada em 14 dos 48 modelos de regressão linear múltipla obtidos.
Esse impacto foi melhor percebido na forma de variável contínua (ASHA-FACS), do que
no julgamento clínico dicotomizado (afásico/não-afásico). As outras variáveis que
participaram dos modelos, influenciando também a percepção da qualidade de vida,
por ordem decrescente de freqüência foram a depressão, a idade, a escolaridade, a
independência motora, o tempo de lesão e o gênero. Dos dois instrumentos de
avaliação da percepção da qualidade de vida, o SAQOL-39 mostrou-se mais
consistente. Os 4 modelos que exibiram coeficientes de determinação superiores a
50%, foram todos obtidos com o SAQOL-39 e sempre incluíram o déficit de
comunicação. O modelo que sintetiza essa constatação foi obtido com as informações
dos cuidadores no que concerne à ‘Pontuação média’ do SAQOL-39, que incluiu como
variáveis independentes a depressão, o ASHA-FACS e a idade. Houve também
concordância entre os pacientes afásicos e cuidadores em todos os intrumentos
utilizados. Conclui-se que, dentro das características clínicas e demográficas
investigadas que o déficit de comunicação emerge como variável relevante, associada
à uma pior perspectiva da qualidade de vida. Constatou-se também a ausência de um
efeito proxy, já que houve concordância entre os pacientes afásicos e seus respectivos
cuidadores em relação à percepção da qualidade de vida, avaliação da comunicação
funcional e depressão.
Código: 15544
Título: O IMPACTO DO ALCCOLISMO NA FUNCIONALIDADE DO IDOSO PORTADOR DE
HIPERTENÇÃO E DIABETE Autores: Maria Cristina Umpierrez; Maria Emilia Marcondes Barbosa; Juliana Sartori Bonini; Evani
Marques Pereira;
Resumo:
Introdução: O uso de álcool compromete o desempenho físico e social das pessoas
idosas, quando associado a distúrbios crônicos e perda cognitiva aumenta o risco de
declínio funcional. Objetivo: Verificar o consumo de álcool em idosos portadores de
hipertensão e/ou diabetes e relacioná-lo com o grau de dependência para atividades
instrumentais da vida diária (AIVD), desempenho cognitivo, sexo e idade. Método:
Estudo quantitativo exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um questionário
e aplicadas a escala de Lawton, que permite a avaliação das AIVD e o Mini Exame do
Estado Mental, preconizados pelo Ministério da Saúde. Resultados: Foram avaliados
245 idosos, cadastrados no programa Hiperdia em uma cidade do interior do Paraná,
sendo 179 (73,0 %) do sexo feminino e 75 (27,0%) do sexo masculino. A análise dos
dados permitiu verificar que, 8,57% da amostra eram alcoolistas, destes 47,6% eram
do sexo masculino e 52,4% do sexo feminino. Entre os homens 14,29% eram
portadores de déficit cognitivo e dependência parcial para as atividades instrumentais
da vida diária. Entre as mulheres 19,05% eram portadoras de déficit cognitivo, porém
preservavam a independência para as AIVD e 9,52% apresentavam déficit cognitivo e
dependência parcial para AIVD. Por outro lado, 57,14 % dos alcoolistas apresentavam
cognição normal e independência para as AIVD. Identificou-se que os idosos alcoolistas
encontravam-se nas seguintes faixas etárias: 33,5 % de 60 a 69 anos; 38,0% de 70-79
anos e 28,5% com 80 e mais anos. Conclusão: a amostra foi constituída por maior
número de mulheres, o que explica a maior incidência de alcoolismo neste sexo. O
alcoolismo relacionado á perda cognitiva associada a declínio para as AIVD prevaleceu
no sexo masculino. Entre as mulheres verificou-se que o alcoolismo esteve relacionado
a perda cognitiva, porém com preservação da independência para as AIVD. O fato de
que 57,14% dos idosos alcoolistas não apresentarem alterações cognitivas ou
funcionais estaria associado ao nível de consumo baixo ou moderado. Entre os idosos
alcoolistas não foi identificado nenhum caso de dependência total para AIVD,
relaciona-se esse dado `as altas taxas de mortalidade em portadores de condições
crônicas alcoolistas e com a mobilidade física prejudicada, já que a imobilidade está
relacionada a agravos clínicos.
Código: 14814
Título: OS CUIDADOS MÉDICOS COM O PACIENTE TERMINAL Autores: Patrícia Magali Simonaggio; Joyce Santos Jardim; Larissa Shultz; Orientador Dr. Alfredo Cataldo
Neto;
Resumo:
Morte e morrer são temas polêmicos, difíceis de serem debatidos. Isso porque ao
falarmos da morte, inevitavelmente refletimos sobre a nossa própria morte. É preciso
que se elabore perspectivas sobre o significado de sofrer e de morrer para
desenvolvermos a capacidade de cuidar de um paciente terminal. O objetivo desse
artigo é refletir sobre os cuidados com o paciente terminal. A medicina trabalha com
vida, com doença e com morte. Portanto, não é exata e, sempre envolve riscos e
incertezas. As condutas médicas serão decididas conforme o paciente vai evoluindo,
ou seja, conforme vai respondendo ao tratamento oferecidoAssim, não há uma
resposta certa e única a ser seguida. O processo de terminalidade da vida é de grande
complexidade, envolvendo um grau elevado de ansiedade tanto para o médico quanto
para o paciente e seus familiares. É preciso que se entenda que é um processo: a
pessoa nasce, vive e morre. Depois, precisamos ter claras as competências do médico,
do paciente e de seus familiares nesse processo. Quando a indesejada das gentes
chegar, e a morte inexorável de um paciente se anuncia, é inevitável uma grande
reação emocional no médico. Fazer o bem, promover o bem-estar adquire nova
conotação quando o médico se despe de suas defesas e convenções que o protegem.
O seu papel passa de curar para cuidar. Percebemos que pouco podemos diante do
inevitável, senão dar conforto e assistência nessa travessia. Falar sobre a morte ainda
parece ser um tabu. No entanto, as mudançasPrecisamos entendê-la para que
possamos lidar melhor com ela decorrentes da evolução da medicina na manutenção
da vida, fazem emergir questões éticas que precisam ser elucidadas. Não há de se
temer a morte.
Código: 15535
Título: PADRÕES DE RITMO CIRCADIANO E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS NA
ATENÇÃO BÁSICA Autores: Raissa Queiroz Rezende; Bárbara Hartung Lovato; Gabriela Vescovi; Marco Antônio Gelain;
Matheus Ferreira Gomes; Nathalia Fattah Fernandes; Eduardo Hostyn Sabbi; Maria Paz Loayza Hidalgo;
Analuiza Camozzato de Padua;
Resumo:
Introdução: A dessincronização de ritmos circadianos pode ser um risco para o
desenvolvimento de transtorno depressivo ou se pode ser preditivo de resposta ao
tratamento. Objetivo: estudar a associação entre padrões de ritmo circadiano
(cronotipos) e sintomas depressivos em idosos na atenção básica. Métodos: estudo
transversal com indivíduos maiores do que 60 anos recrutados de uma Unidade Básica
de Saúde (em andamento). Instrumentos: escalas de rastreio para depressão (Geriatric
Depression Scale), versão clínica Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV para
confirmação diagnóstica e Mini Exame do Estado Mental, Questionário de Cronotipo
de Munique (Munich ChronoType Questionnaire- MCTQ) e o Questionário de
Matutinidade e Vespertinidade de Horne-Osberg MEQ). Resultados: 201 idosos
avaliados (68% feminino), com idade entre 60 e 95 anos (73,1±8,1 média ±DP) e
escolaridade entre 0 e 18 anos de estudo (8,4±4,7 média ±DP). 10% da amostra com
Depressão Maior. 75,5% da amostra foi moderadamente matutina ou
matutina,horário intermediário entre o início é o final do sono (mid sleep time MS do
MCTQ) foi de 3h28min±1h18min e 3h25min±1h18min nos dias de trabalho e nos dias
livres respectivamente. Não houve correlação significativa entre os escores da GDS e
os escores do MEQ (r = 0,01 ; p = 0,88) e entre os escores da GDS e o MSF-MCTQ (r = -
0,1; p = 0,34). Os escores do questionário de Horne-Ostberg (63,9±7,4) e o MS-MCTQ
de dias de trabalho (3h22min±1h02min) e de dias livres (3h27min±1h38min) no grupo
sem depressão não diferiram significativamente dos escores das mesmas variáveis no
grupo com depressão (62,7±7,7; 3h29min±1h22min; 3h25min±1h16min). Conclusão:
Não encontramos associação depressão em idosos e medidas clínicas de cronotipo até
o presente momento.
Código: 15546
Título: PERFIL DOS IDOSOS PORTADORES DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS, USUÁRIOS DE
UM CENTRO DE REABILITAÇÃO Autores: Miriam Pilla Rosito; Darla Silvana Risson Ranna;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O envelhecimento faz parte do ciclo natural da vida, a idade cronológica
não serve como marcador das mudanças que ocorrem este é caracterizado por
variações significativas e individuais. O envelhecimento populacional no Brasil traz uma
série de consequências como problemas sociais, econômicos e de saúde. Ocorre um
aumento das doenças associadas ao envelhecimento: crônicas e degenerativas. Os
distúrbios neurológicos estão entre as doenças que acometem os idosos implicando
tanto para o paciente, a família e cuidadores. Os centros de reabilitação precisam estar
preparados para esta nova realidade. A reabilitação pode restaurar a funcionalidade e
adaptar o idoso a melhor qualidade de vida. Uma análise do perfil dos pacientes que
necessitam de reabilitação, pode traçar objetivos específicos e identificar esta
demanda, com isto planejar adequadamente o serviço e a terapia.OBJETIVOS: Analisar
o perfil dos idosos com doenças neurológicas, usuários de um centro de
reabilitação.MÉTODOS: A pesquisa de caráter observacional, transversal, com coleta
retrospectiva. Foi realizada com idosos, de ambos os sexos, atendidos no centro de
Reabilitação da PUCRS, no período de Julho de 2004 a Março de 2010.RESULTADOS:No
período estudado, foram atendidos no centro de reabilitação, 1205 idosos, destes 4%
apresentaram doenças do sistema nervoso. Sendo que 57% tinham idade entre 60 e 69
anos, 30% de 70 a 79, 11% de 80 a 89 e 2% acima de 90 anos, quanto ao gênero 52%
eram mulheres. Entre as patologias neurológicas a predominância foi dos transtornos
dos nervos e raízes de plexos e das paralisias cerebrais, representando 52% dos
pacientes, seguido por Doença de Parkinson com 20% e Doença de Alzheimer 17%, a
esclerose múltipla/esclerose lateral e traumatismo crânio-encefálico, 10%. O
financiamento dos atendimentos deu-se basicamente pelo sistema privado de saúde
suplementar, onde 70% dos pacientes eram beneficiários de planos de assistência
médica-hospitalar e 30% eram particulares. CONCLUSÃO: As afecções neurológicas
encontradas neste estudo causam perda de controle muscular, tremores, rigidez,
lentidão de movimentos, levando a dificuldade para realização das AVDs e AIVDs, o
que resulta em perda de autonomia e pode levar à dependência. Considerando o perfil
apresentado, é necessário repensar as políticas públicas e privadas de saúde para
nortear os serviços e os profissionais de reabilitação, traçando um plano de
reabilitação condizente com a realidade do idoso
Código: 15520
Título: PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS NO AMBULATÓRIO DE
CACHOEIRINHA – RS Autores: Daniel Pietko da Cunha; Caciana Pavi; Cristiane Soares Almeida; Clarice Inês Endresauler;
Patrícia Gordim Panni; Paulo Roberto Consoni;
Resumo:
Prevalência de Depressão em Idosos no Ambulatório de Cachoeirinha – RS Introdução
A depressão é a causa mais importante de anos de vida com incapacidade,
independente da idade e do sexo. É a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos,
freqüentemente sem diagnóstico e sem tratamento. Ela afeta sua qualidade de vida,
aumentando a carga econômica por seus custos diretos e indiretos. Objetivos O estudo
teve por objetivo determinar a suspeita de prevalência de depressão em idosos que
consultam no ambulatório de Geriatria do Posto de Atendimento Municipal de
Cachoeirinha. Metodologia Estudo clínico transversal de prevalência Foram avaliados
idosos com idade igual ou superior a 60 anos que consultaram nos meses de Junho e
Julho de 2011 no ambulatório de Geriatria do Posto de Saúde Municipal de
Cachoeirinha -RS O instrumento utilizado para o diagnóstico de transtorno depressivo
foi a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, versão abreviada com 15 perguntas.
Resultados Na amostra de 61 pacientes com idade igual ou maior que 60 anos, 51
pertencem ao sexo feminino ( 83,3%) e 10 são do sexo feminino ( 16,4%). A média de
idade dos idosos avaliados foi de 73 anos. Onze pacientes apresentaram escore maior
que 5 na escala de Yasavage ou seja, 18% têm suspeita de depressão. Destes 11
pacientes, 9 são feminino ( 81,8%) e 2 masculino ( 18,2%). A média de idade desses 11
pacientes com suspeita de transtorno depressivo foi 71 anos. Conclusão Estudos que
avaliam sintomas depressivos clinicamente significantes utilizando escalas de
sintomas, como a escala Yasavage encontram, na comunidade ,variação de prevalência
de 6,4% a 59,3%. Em nosso estudo a suspeita de transtorno depressivo nos idosos
avaliados foi de 18% . Este achado está dentro da variação de prevalência dos estudos
de que tratam o assunto.
Código: 15543
Título: PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSOS ATENDIDOS EM UM
AMBULATÓRIO DE CLÍNICA MÉDICA DO SUL DO BRASIL E ASSOCIAÇÃO COM DECLÍNIO
COGNITIVO Autores: Adriane Miró Vianna Benke Pereira; Luisa Jussara Coelho; Irenio Gomes da Silva Filho; Carla
Helena Augustin Schwanke;
Resumo:
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo que se associa a
aumento de doenças cardiovasculares e Diabetes. Recentemente tem sido descrita sua
associação com o declínio cognitivo (DC) em idosos. Objetivos: Determinar a
prevalência de SM e de DC em idosos atendidos no ambulatório 37 de Clínica Médica
do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e verificar se existe
associação da SM e seus componentes com DC. Métodos: estudo observacional,
transversal, descritivo-analítico que investigou amostra de 133 idosos (60 anos e mais)
atendidos no Ambulatório 37 de Clínica Médica do HC-UFPR entre 01/03/2010 e
30/10/2010. A SM foi definida pelo critério National Cholesterol Education Program
Adult Treatment Panel III (NCEP- ATPIII). O rastreamento do DC foi feito através do
Mini Exame do Estado Mental. Informações sociodemográficas, culturais e de saúde
foram obtidas com questionário geral desenvolvido para a pesquisa. As informações
foram armazenadas em banco de dados desenvolvido para o projeto em Access 2007.
A análise dos dados, feita pelo software estatístico SPSS 17.0, envolveu medidas
descritivas; Teste Qui-Quadrado para as análises univariadas; Qui-quadrado de
Pearson, correção de continuidade, Teste Exato de Fischer, simulação de Monte Carlo
e Teste de t-Student para as análises bivariadas. Para a análise multivariada foi usada a
Regressão Logística Binária e Odds Ratio. Resultados: A média de idade dos
participantes foi de 68,7 ±5,8 anos. Predominaram na amostra as mulheres, 66,9%
(n=89), idosos de cor branca 81,2% (n=108), com escolaridade entre 1 e 4 anos 60,9%
(n=81) e rendimento familiar de até 2 salários mínimos 51,4% (n=58). A prevalência de
SM na amostra geral foi de 63,9% (n=89). O DC esteve presente em 21,1% (n=28) dos
participantes e níveis glicêmicos elevados ou hiperglicemia em tratamento e ausência
de atividade física foram identificados como fatores preditores do DC. A SM esteve
positivamente associada ao DC, sendo que o grupo com SM apresentou risco 5,1 vezes
maior de desenvolver DC que o grupo sem SM, quando foi mantida constante a
influência das variáveis de controle atividade física, triglicerídeos, sexo e glicemia de
jejum. Conclusão: As prevalências de SM e de DC foram elevadas nesta amostra. De
acordo com os resultados obtidos no presente estudo, pode-se verificar que o
sedentarismo e níveis glicêmicos elevados ou Diabetes foram fatores preditores para o
DC.
Código: 15020
Título: PROJETO DOCE VIDA: UMA VISÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Autores: Geika de Oliveira Espinheira Cruz; Vanina Tereza Barbosa Lopes da Silva;
Resumo:
Objetivo: o presente estudo objetivou avaliar a contribuição da Terapia Ocupacional
para a clientela do Projeto de Extensão “Doce Vida”, da Universidade Potiguar – UNP.
Método: para tal estudo, optou-se por uma pesquisa de abordagem qualitativa e
caráter explorativo descritivo. Nela, empregou-se a técnica de grupo focal para análise
dos dados, tendo o grupo em estudo se constituído de sete mulheres, com sobrepeso
ou obesidade, participantes do projeto supracitado e que obtiveram intervenção da
Terapia Ocupacional nos anos 2007 e 2008. A coleta de dados foi realizada em três
encontros com temas específicos no período de março a maio de 2009, conduzidos
pela autora e pesquisadora. Resultados: a avaliação dos resultados sistematizou três
categorias: (1) Lembranças das mulheres do Projeto Doce Vida antes da intervenção da
Terapia Ocupacional; (2) Participação das mulheres do Projeto Doce Vida em
atividades de Terapia Ocupacional e as mudanças decorrentes; (3) Atividades
terapêuticas e novas habilidades das mulheres do Projeto Doce após a intervenção
terapêutica. Conclusões: os resultados encontrados nas falas dessas mulheres
revelaram que através das atividades realizadas pela Terapia Ocupacional, melhorou-
se não só a saúde funcional dessas mulheres, mas efetivamente sua qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade. Obesidade. Terapia Ocupacional.
Código: 15320
Título: RELAÇÃO CORTISOL/DHEA EM PACIENTES DEPRESSIVOS REFRATÁRIOS AO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Autores: Márcio da Silveira Corrêa; Joana Bisol Balardin; Marco Antônio Knob Caldieraro; Marcelo Pio de
Almeida Fleck; Elke Bromberg;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Diversos estudos tem indicado que alterações nos níveis de cortisol e
dehidroepiandrosterona (DHEA) estão associados à depressão. Entretanto, a literatura
a respeito deste assunto é bastante controversa. Uma vez que alterações nos níveis
destes hormônios podem ter uma série de efeitos negativos, torna-se importante
investigar suas modificações em pacientes depressivos refratários ao tratamento
farmacológico, os quais provavelmente estariam mais propensos a alterações de longo
prazo destes esteróides e, portanto, aos efeitos negativos desta disfunção endócrina
ao longo da vida. OJETIVOS: Analisar a relação entre os níveis de cortisol e DHEA em
pacientes depressivos jovens refratários ao tratamento farmacológico. MÉTODOS:
Participaram deste estudo, indivíduos com depressão maior unipolar (n=11, 32,52 ±
1,83 anos; 9 mulheres e 2 homens; BDI: 29,88 ± 2,57), de acordo com a Mini
International Neuropsychiatry Interview (MINI), medicados para este transtorno e
controles (n=19, 29,77 ± 1,00 anos; 17 mulheres e 2 homens; BDI: 4,45 ± 0,67). Os
participantes coletaram três amostras de saliva em diferentes horários (7, 16 e 22
horas) no dia do experimento. A análise dos hormônios foi feito por radioimunoensaio.
Os dados foram analisados por ANOVA e teste post hoc de Tukey quando necessário.
P<0.05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: O cortisol dos
controles mostrou o ritmo circadiano característico de muitos estudos para indivíduos
saudáveis: níveis significativamente mais elevados as 7h, diminuição as 16h e níveis
mais baixos as 22h (p=0.000). Os pacientes depressivos apresentaram níveis de cortisol
significativamente mais baixos em todos os tempos de amostragem (p<0.05). Em
relação as concentrações de DHEA não houve diferença significativa entre os grupos
(p>0.05). Dessa forma, a razão cortisol/DHEA foi mais baixa as 7h (p=0.001) e as 16h
(p=0.04) nos pacientes depressivos. CONCLUSÃO: O estudo indicou alterações nos
níveis de cortisol e na relação cortisol/DHEA. A hipocortisolemia encontrada é
comparável àquela observada em idosos com episódios depressivos recorrentes e de
longa duração. Estudos futuros deveriam investigar a possibilidade de uma relação
entre a hipocortisolemia, relacionada a quadros depressivos refratários ao tratamento
farmacológico, e a fadiga da gândula adrenal.
Código: 15429
Título: RELAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA COM O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
HABITUAL EM IDOSOS BRASILEIROS Autores: Thais Reis Silva de Paulo; Letícia Lemos Ayres da Gama Bastos; Cristiane Alves Martins; Jair
Sindra Virtuoso Júnior;
Resumo:
Introdução: A atividade física pode ser destacada como uma das formas que
minimizam os danos causados pelo envelhecimento, sendo que à manutenção de um
estilo de vida ativo pelos idosos, pode proporcionar benefícios socioculturais, além de
pessoais e biológicos. A função cognitiva está atrelada ao processo de envelhecimento,
e a atividade física pode ser considerada um importante recurso para a redução do
déficit cognitivo nos idosos. Objetivo: Analisar a relação da função cognitiva com o
nível de atividade física habitual em homens e mulheres idosas. Métodos Estudo com
delineamento transversal, tendo amostra composta por 909 idosos. Os idosos tinham
média de idade de 71.4 anos (DP=8.01), sendo 555 (61.1%) do sexo feminino e 354
(38.9%) masculino. A função cognitiva foi avaliada por meio do Questionário Brazil Old
Age Schedule (BOAS), com ponto de corte padrão d quatro pontos para a presença de
alterações cognitivas severas e o Nível de Atividade Física Habitual pelo Questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ), com ponto de corte de 150 min/sem. Para
análise da relação entre a Função Cognitiva e atividade física, foi realizado o Teste
exato de Fisher, com nível de significância de p<0.05. Resultados: Dos avaliados, 16%
(n= 144) foram classificados como sedentários ou inativos fisicamente e 7,3% (n=66)
apresentavam déficit cognitivo. Para o sexo feminino, 83,9% (n=423) dos que
apresentaram ausência de déficit cognitivo foram classificadas como fisicamente ativas
e apenas 9,4% (n=44) dos ativos apresentavam déficit cognitivo (p=.008). Para o sexo
masculino não houve relação significativa, apesar de 83,9% (n=265) dos que
apresentaram ausência de déficit cognitivo ser classificados como fisicamente ativos
(p=.143). Conclusões: O delineamento transversal é uma limitação do estudo, pois
impede o estabelecimento de causa e efeito entre as variáveis. Entretanto, os
resultados deste estudo parecem suportar as evidências na literatura quanto à relação
da função cognitiva com o nível de atividade física em pessoas idosas. Em geral, as
pessoas mais ativas são menos acometidas por prejuízos na função cognitiva, apesar
da significância das análises inferenciais ser evidenciada somente para o sexo
feminino. Sugere-se o incremento de ações que incentive à práticas de atividades
físicas em políticas públicas direcionadas à preservação da função cognitiva em
pessoas idosas.
Código: 15502
Título: RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E SINTOMAS DEPRESSIVOS DE PESSOAS
FISICAMENTE ATIVAS COM MAIS DE 50 ANOS Autores: Andréa Kruger Gonçalves; Ariane Dias; Adriane Ribeiro Teixeira; Cíntia de la Rocha Freitas;
Clézio José dos Santos Gonçalves;
Resumo:
INTRODUÇÃO: As melhores condições de vida propiciaram aumento da expectativa de
vida, porém existem estilos com maior grau de satisfação e eficiência, proporcionando
melhor qualidade de vida (FLECK et al.,1999; MINAYO, HARTZ e BUSS , 2000). Na
população idosa transtornos de humor são freqüentes (como a depressão),
conduzindo à diminuição da independência (ANTUNES et al.,2005). A atividade física
regular tem sido reconhecida como fator básico de saúde (OMS,1999; KU, McKENNA e
FOX,2007), auxiliando na redução dos sintomas depressivos (MORAES et al., 2007;
BENEDETTI et al.,2008; REICHERT et al., 2009). OBJETIVO: Analisar a relação entre
qualidade de vida, sintomas depressivos e idade em pessoas com idade superior aos 50
anos praticantes de atividade física regular. MÉTODOS: O estudo realizado foi do tipo
ex-pos-facto com amostragem por acessibilidade. Fizeram parte da amostra 73
pessoas divididas em quatro grupos de idade: GR1 = 50-59 (n=8), GR2 = 60-69 (n=27),
GR3 = 70-79 (n=27); GR4 ≥ 80 (n=11) participantes de um projeto de extensão
direcionado à prática de atividade física. Os instrumentos foram um questionário com
informações sócio-demográficas, SF-36 (CICONELLI,1999); GDS (FIGUEIREDO et
al.,2002). Utilizou-se a análise estatística com ANOVA e Correlação de Pearson
(p<0,05). RESULTADOS: Quanto ao sexo a maior parte era mulheres: GR1=100%,
GR2=92,6%, GR3=74,1%, GR4= 63,6%. O estado civil casado foi o mais predominante e
comum entre os grupos. O GDS indicou que 87,5% no GR1 apresentavam
sintomatologia depressiva leve a moderada e 12,5% grave. Nos GR2 e GR3, 7,4% não
apresentaram nenhum sintoma e 92,6% de leve a moderada. No GR4, 18,2% não
tinham sintomas (18,2%) e 81,8% sintomas leves a moderados. Quanto ao SF-36, todos
os participantes indicaram uma pontuação superior a 50% (percentil 3). As pontuações
foram: percentil 3 = 25%, 22,2%, 25,9% e 36,4%; percentil 4 (76-100%) = 75%, 77,8%,
74,1% e 63,6%; respectivamente no GR 1,2,3,4. A ANOVA indicou diferença estatística
significativa (p=0,025) entre o GDS e os grupos de idade, mas não houve diferença no
SF-36. Já o teste de Pearson indicou correlação negativa (p=0,004) entre o GDS e o SF-
36. CONCLUSÃO: Os sintomas leves a moderados de depressão foram o tipo mais
frequente. A avaliação da qualidade de vida da maioria da amostra estava num nível
satisfatório, apesar da diferença de idade. Os resultados também indicaram que
quanto melhor a avaliação da qualidade de vida menor a presença de sintomas
depressivos.
Código: 14624
Título: RELAÇÃO ENTRE SINAIS DEPRESSIVOS EM ADULTOS IDOSOS E DESEMPENHO
COGNITIVO Autores: Camila Rosa de Oliveira; Karina Carlesso Pagliarin; Luara Calvette; Rochele Paz Fonseca;
Resumo:
Introdução Um dos grandes desafios na interface entre a neuropsicologia e a
psiquiatria é o diagnóstico diferencial de depressão em adultos idosos, sendo que esse
quadro pode muitas vezes simular ou exarcebar sintomas demenciais. A depressão
geriátrica pode causar ou potencializar déficits cognitivos, como lentificação do
processamento cognitivo dificuldades atencionais, mnemônicas e executivas. Objetivos
Verificar a frequência de sinais sugestivos de depressão geriátrica em uma amostra de
adultos idosos, assim como a correlação entre esses sintomas e o desempenho em
tarefas de memória, atenção e funções executivas. Método Participaram deste estudo
246 adultos idosos, de 60 a 90 anos de idade, sem déficits neurológicos e/ou
sensoriais. Os instrumentos administrados em uma sessão foram a Escala de
Depressão Geriátrica (GDS-15) e tarefas do Instrumento de Avaliação Neuropsicológica
Breve NEUPSILIN (Contagem inversa, Repetição de dígitos, Ordenamento ascendente
de dígitos, Span auditivo de palavras em sentenças, Evocação imediata, Evocação
tardia, Reconhecimento, Resolução de problemas e Fluência verbal) Os dados foram
analisados através de correlação de Spearman (p≤0,05). Resultados De acordo com os
resultados, 79% dos adultos idosos não apresentaram sinais depressivos de acordo
com a GDS-15, enquanto que 17% apresentaram sinais leves e 4%, moderados.
Encontraram-se correlações negativas e fracas entre os escores de sinais sugestivos de
depressão geriátrica na GDS-15 e de desempenho em atenção concentrada, memória
de trabalho, memória verbal episódica-semântica de evocação imediata e tardia, e no
componente executivo de resolução de problemas simples. Conclusão Frente a esses
achados, na parcela da amostra que apresentou sinais sugestivos de depressão
geriátrica leve e moderada, parece haver apenas uma pequena associação entre o
nível de depressão e o desempenho cognitivo atencional, mnemônico e executivo.
Hipotetiza-se que em com idosos com níveis graves de depressão geriátrica ou com
histórico de depressão maior, tal associação deva se mostrar mais forte,
principalmente com estímulos mais complexos como textos e tarefas ecológicas. Em
busca de uma consolidação dos conhecimentos de interface entre neuropsicologia e
psicopatologia, é essencial promover estudos de perfis cognitivos em diferentes
quadros (neuro)psiquiátricos.
Código: 14716
Título: RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME METABÓLICA E DIABETES MELLITUS COM
DECLÍNIO COGNITIVO LEVE Autores: João Augusto de vasconcelos da Silva; Paula Engroff; Geraldo Attilio de Carli; Irênio Gomes da
Silva Filho; Adriana Pereira Gutterres; Adriana Machado Vasques;
Resumo:
Introdução; Com o aumento do envelhecimento populacional existe um crescente da
prevalência de doenças cardiometabólicas, assim como quadros de perda cognitiva
que podem decorrer da própria senelidade ou a associação com fatores de risco
cardiovasculares, entre esses a síndrome metabólica e diabetes mellitus, que são um
dos principais fatores de risco para declínio cognitivo em idosos. Objetivo: Avaliar a
relação entre a síndrome metabólica e diabetes mellitus com o declínio cognitivo leve.
Material e métodos: É um estudo transversal de 176 pacientes maior ou igual a 50
anos até os 93 anos os dados foram obtidos no ambulatório de atendimento primário
do bairro Armour e em consultório particular em Santana do Livramento-RS. Teve
início em maio de 2009 a fevereiro de 2010. Os critérios de análise para o diagnóstico
de DCL foram os seguintes testes neuropsicológicos: o Mine-exame do Estado mental
(MEEM) e o Rey Auditory-verbal learning Test (RAVLT) como testes principais para o
diagnóstico clínico de DCL e o Montreal Cognitive Assessment (MOCA), Atividades
instrumentais de vida diárias, ìndice de Kartz e escala de depressão geriátrica com 15
itens como testes secundários. O critério para diagnóstico de SM foram os critérios da
NCEP/ATP III e para o diagnóstico de DM os critérios da Sociedade brasileira de
Diabetes. Resultados: Dos 176 pacientes estudados 11,9% (21) tiveram diagnóstico
clínico de DCL, 46,9% (83) com o diagnóstico de SM e 20,9% (37) com DM. Em relação
a SM, 14,5% (12) dos pacientes apresentaram o diagnóstico de DCL e em relação ao
DM 21,6% (08) apresentaram esse diagnóstico. A SM e DM mostraram
estatisticamente p igual 0,316 e 0,039 respectivamente. Conclusão: A SM não
demonstrou ter valor estatisticamente significativo para o diagnóstico clínico de DCL e
o DM teve valor significativo para esse diagnóstico. É possível que essa associação
apareça ao estudarmos uma maior população, mas provavelmente não com um
aumento de risco superior a 50%.
Código: 15413
Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E EQUILÍBRIO EM IDOSOS RESIDENTES NA
COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; João de Souza Leal Neto; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos
Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: A sintomatologia depressiva em idosos está associada ao déficit de
desempenho motor, podendo comprometer o equilíbrio. As possíveis relações entre
sintomas depressivos e equilíbrio fornecem informações importantes sobre a
capacidade funcional de idosos, podendo ser utilizada para predizer condições de
saúde/doença. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e equilíbrio
em idosos residentes na comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base
populacional e domiciliar, com delineamento seccional. Participaram do estudo 316
idosos de ambos os sexos, residentes na zona urbana do município de Lafaiete
Coutinho-BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de
Depressão Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. O equilíbrio foi
determinado por meio de quatro etapas, nas quais o indivíduo era solicitado a realizar
cada tarefa por 10 segundos: (1) manter o equilíbrio em pé com os dois pés juntos; (2)
manter equilíbrio em pé com o calcanhar de um pé a frente dos artelhos do outro pé;
(3) manter o equilíbrio em pé somente apoiado na perna direita; (4) manter o
equilíbrio em pé apenas apoiado na perna esquerda. Para avaliar o desempenho, foi
estabelecida a seguinte pontuação: incapaz de realizar qualquer uma das tarefas =
escore 0 (incapaz); capaz de realizar somente a tarefa 1 = escore 1 (fraco); capaz de
realizar as tarefas 1 e 2 = escore 2 (médio); capaz de realizar as tarefas 1 e 2 mais a 3
e/ou a 4 = escore 3 (bom). A associação entre comprometimento do equilíbrio (escore
0 ou 1) e sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de
Poisson, calculando-se modelos simples e ajustado para estimar as razões de
prevalências (RP) e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%). O nível de
significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo consistiu
de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A média de idade foi de 74,2± 9,8. A
prevalência de sintomas depressivos foi de 20%, enquanto que 30,3% apresentaram
limitação no teste de equilíbrio. O déficit no equilíbrio foi positivamente associado à
sintomatologia depressiva, independentemente do sexo, idade, saber ler e escrever,
renda familiar per capita e atividade física (RP=1,60; IC95% = 1,10 – 2,35). Conclusão:
Os resultados mostraram que os sintomas depressivos estão associados ao
comprometimento do equilíbrio em idosos residentes em comunidade.
Código: 15414
Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM IDOSOS
RESIDENTES NA COMUNIDADE Autores: Kleyton Trindade Santos; Paloma Andrade Pinheiro; Luciana Araújo dos Reis; Saulo Vasconcelos
Rocha; Raildo da Silva Coqueiro; Marcos Henrique Fernandes;
Resumo:
Introdução: Idosos deprimidos encontram-se geralmente com baixa energia e
sensação de fraqueza. A avaliação da força de preensão manual (FPM) em idosos é
importante por estar relacionada diretamente a atividades do cotidiano. Objetivo:
Avaliar a relação entre sintomas depressivos e FPM em idosos residentes na
comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico de base populacional e domiciliar com
delineamento seccional. Participaram do estudo 316 idosos de ambos os sexos,
residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-BA. Os sintomas
depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), na
forma abreviada de 15 itens. A FPM foi avaliada por meio de um dinamômetro
hidráulico (Saehan Corporation SH5001, Korea). O teste foi realizado utilizando o braço
que o indivíduo considerava ter mais força. Para avaliar o desempenho nesse teste, a
distribuição dos valores foi feita em percentis (Pk), de acordo com o sexo: incapaz =
escore 0 (incapaz); ≤ P25 = escore 1 (fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); > P75 =
escore 3 (bom). A associação entre limitação funcional no teste de FPM (escores 0 ou
1) e sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de
Poisson. Foram calculados modelos simples e ajustados para estimar as razões de
prevalências (RP) com os seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). O
nível de significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A população do estudo
consistiu de 174 mulheres (55,1%) e 142 homens (44,9%). A média de idade foi de 74,2
± 9,8. Entre os idosos entrevistados 28,2% apresentavam limitação na FPM. A
prevalência de sintomas depressivos foi de 20%. A limitação funcional na FPM foi
positivamente associada à sintomatologia depressiva, independentemente do sexo,
idade, saber ler e escrever, renda familiar per capita e atividade física (RP=1,58; IC95%
= 1,06 – 2,38). Conclusão: Os resultados sugerem que indivíduos idosos com sintomas
depressivos apresentam menor força muscular em membros superiores em
comparação a indivíduos assintomáticos.
Código: 15467
Título: SINTOMAS DEPRESSIVOS E FORÇA/RESISTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES EM
IDOSOS RESIDENTES EM COMUNIDADE Autores: Raiana Souza Ferreira; Thais Alves Brito; Marcos Henrique Fernandes; Raildo da Silva Coqueiro;
Bruno Morbeck de Queiroz; José Carlos Cândido dos Santos Júnior;
Resumo:
Introdução: Na população idosa os sintomas depressivos freqüentemente ocasionam
um aumento da dependência funcional, podendo estar associados à diminuição do
desempenho motor. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas depressivos e
limitação funcional em teste de força/resistência de membros inferiores (MMII) em
idosos residentes em comunidade. Métodos: Estudo epidemiológico com
delineamento transversal, de base populacional e comunitária. Participaram do estudo
316 idosos (≥60 anos), residentes na zona urbana do município de Lafaiete Coutinho-
BA. Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da Escala de Depressão
Geriátrica (GDS), na forma abreviada de 15 itens. Para a avaliação da força/resistência
de MMII foi utilizado o teste de sentar e levantar em uma cadeira. O desempenho foi
definido com base na distribuição do tempo, em percentis (Pk), para realizar a tarefa:
incapaz = escore 0 (incapaz de realizar o teste em 60 segundos); > P75 = escore 1
(fraco); > P25 a ≤ P75 = escore 2 (médio); ≤ P25 = escore 3 (bom). A associação entre
limitação funcional no teste de força/resistência de MMII (escores 0 ou 1) e
sintomatologia depressiva foi testada por meio da técnica de regressão de Poisson.
Foram calculados modelos simples e ajustados para estimar as razões de prevalências
(RP) com os seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). O nível de
significância adotado foi de 5% (α = 0,05). Resultados: A média de idade da população
do estudo foi de 74,2 anos (± 9,8). Dos 316 idosos, 174 eram mulheres (55,1%) e 142
homens (44,9%). A prevalência de sintomas depressivos foi de 20%, e 34,7% dos idosos
apresentaram limitação no teste de força/resistência de MMII. Foi encontrada
associação significativa entre sintomas depressivos e limitação para realizar o teste de
sentar e levantar (RP = 1,73; IC95%: 1,22-2,46), independentemente do sexo, idade,
saber ler e escrever, renda familiar per capita e atividade física. Conclusão: Os
resultados mostraram que a presença de sintomas depressivos foi associada a
limitação funcional em teste de força/resisitência de MMII, independentemente de
fatores sócio-demográficos e nível de atividade física.
Código: 15506
Título: SÍNDROME DE DIÓGENES ASSOCIADA À DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY Autores: Suzy Mara Maia dos Reis; Danielly Bandeira Lopes; Myrian Ortiz Fugihara Iwamoto; Leonardo
Caixeta;
Resumo:
Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) é uma condição rara caracterizada por
extrema auto-negligência, descuido doméstico, isolamento social, frequentemente
acompanhada por excessivo colecionismo e ausência de insight. Desordens
neuropsiquiátricas como lesões de lobo frontal ou demência podem coexistir na
síndrome de Diógenes. É incomum na literatura a associação de demência com corpos
de Lewy (DCL) com SD. Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com DCL associada
com SD. Relato de caso: GMJ, 83 anos, sexo feminino, viúva, com menos de 1 ano de
alfabetização. Apresenta colecionismo (“junta lixo”) há 8 meses, que veio
acompanhado de auto-negligência, descuido com moradia e isolamento social.
Apresenta alucinações visuais exclusivamente noturnas, fenômeno de sundowning e
flutuações do estado cognitivo no decorrer do dia. Na avaliação neuropsiquiátrica,
mostrou alteração do comportamento, com sinais de desinibição. Não possuía
antecedentes pessoais nem familiares para doença mental. Revelou-se extremamente
sensível ao uso de antipsicóticos. Obteve baixo desempenho no Mini-exame do Estado
Mental (escore 13 de 30), com deficitária orientação no tempo e espaço, incapacidade
de resolução de problemas de nível mais elevado, déficit de atenção e cálculo. Sem
alterações na linguagem. Resultados: Constata-se que esta paciente apresenta
características típicas de DCL. Não há um modelo único satisfatório que explique o
desenvolvimento da síndrome de Diógenes, a hipótese mais consistente argumenta
que o desenvolvimento da condição depende da interação entre uma personalidade
vulnerável e mudanças significantes na vida social e médica, incluindo o
desenvolvimento de demência. Conclusão: É importante estar atento com a associação
de demência e SD para o manejo adequado do paciente, pois são notórias as
dificuldades na conduta da síndrome de Diógenes isolada e quando esta está associada
a quadros demenciais o conhecimento científico acerca da terapêutica se torna ainda
mais nebuloso. Pesquisas futuras deveriam dar alguma ênfase a estudos de
acompanhamento deste tipo de paciente, determinando quais intervenções seriam
mais eficazes.
Código: 15507
Título: SÍNDROME DE DIÓGENES ASSOCIADA À DOENÇA DE ALZHEIMER Autores: Suzy Mara Maia dos Reis; Rafael Alfaia; Danielly Bandeira Lopes; Leonardo Caixeta;
Resumo:
Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) caracteriza-se por descuido com a higiene
pessoal, negligência com o asseio da própria moradia, isolamento social e colecionismo
(siligomania). A incidência anual é de 5/10.000 entre aqueles acima de 60 anos, e pelo
menos a metade é portadora de demência ou algum outro transtorno psiquiátrico.
Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com doença de Alzheimer (DA) associada à
SD. Relato do Caso: MCF, sexo feminino, 71 anos, viúva, 8 anos de escolaridade, mora
com cuidadora há 1 ano. Após morte do marido (há 5 anos) paciente começou a
apresentar humor deprimido e progressiva perda de memória, sendo então
diagnosticada como DA. Há 3 anos iniciou quadro de colecionismo (reúne pedaços de
papel e os armazena em locais bizarros) seguido de auto-negligência e descuido com a
casa (ficou suja, mal arrumada e cheia de papel). Nesta ocasião, já havia sido tratada
da depressão. Durante a consulta, a paciente estava apática e muito esquecida.
Apresenta comportamento sem finalidade, déficit de memória semântica, disfunção
executiva frontal grave (dificuldade em sequenciar atos, ausência de insight,
inflexibilidade) e de reter novas informações. Ao exame físico, observa a presença de
dispraxia bilateral (maior à direita), reflexo orbicular da boca exaltado. O discurso, às
vezes, se tornava desorganizado, sem direcionalidade. A RM mostrou atrofia dos lobos
temporais e dos hipocampos. Nega outras doenças. Sem alterações em exames
laboratoriais.Resultados: No atual estádio evolutivo da DA, a referida paciente
apresenta sinais de comprometimento frontal. O comportamento repetido
compulsivamente de colecionar papel poderia ser visto como uma forma de
perseveração ou comportamento de aglutinação, que constituem indícios de disfunção
do lobo frontal, da mesma forma que os outros sintomas da SD (descuido da própria
higiene e desmazelo com o asseio da casa). Conclusão: A SD pode se associar à DA. É
importante estar atento para tal associação, uma vez que ela demandará sobrecarga
adicional aos cuidadores e abordagens terapêuticas diferenciadas. Provavelmente o
diagnóstico de SD associado à DA é negligenciado, pelo fato da classe médica em geral
ainda desconhecer esta síndrome. A SD é uma condição grave que requer uma
abordagem multiprofissional. Estudos são necessários para determinar as melhores
estratégias de abordagem.
Código: 15509
Título: SÍNDROME DE DIÓGENES: ESTUDO DE UMA SÉRIE DE CASOS ASSOCIADOS OU
NÃO À DEMÊNCIA Autores: Leonardo Caixeta; Suzy Mara Maia dos Reis;
Resumo:
Introdução: A síndrome de Diógenes (SD) caracteriza-se por descuido com a higiene
pessoal, negligência com o asseio da própria moradia, isolamento social e colecionismo
(siligomania). A incidência anual é de 5/10.000 entre aqueles acima de 60 anos, e pelo
menos a metade é portadora de demência ou algum outro transtorno psiquiátrico.
Objetivo: Relatar a primeira série de casos brasileira de pacientes com SD,
descrevendo seus aspectos demográficos, psicopatológicos, neuroimagenológicos e
sua associação com formas específicas de demência. Métodos: Foram avaliados 16
casos de SD, de ambos os sexos, atendidos consecutivamente no Centro de Referência
em Transtornos Cognitivos (CERTRAC) de um hospital universitário de Goiás entre 2009
e 2011. Todos os pacientes foram avaliados neuropsiquiatricamente,
neuropsicologicamente e com protocolo de exames laboratoriais e de neuroimagem
(SPECT e RM). Resultados/Discussão: 31,2% dos pacientes eram de meia-idade e 68,8%
idosos. 37,5% do sexo masculino. A maior parte dos pacientes apresentou alterações
estruturais encefálicas na RM (sobretudo atrofia frontal e temporal), alterações
funcionais cerebrais no SPECT (sobretudo hipoperfusão frontal e temporal). O sintoma
psicopatológico predominante associado à SD foi a personalidade viscosa. Foram
observadas as seguintes formas de demência associada à SD: doença de Alzheimer,
demência com corpos de Lewy e demência Fronto-Temporal. Conclusão: O dano
frontal parece participar da fisiopatologia desta complexa síndrome psiquiátrica,
criando um distúrbio de filiação e um comportamento de aglutinação que contribui
para a dificuldade de descarte de utensílios inúteis. Os traços de viscosidade podem
também refletir esta fisiopatologia sobre a personalidade do sujeito. A SD pode se
associar a diversas formas de demência. É importante estar atento para tal associação,
uma vez que ela demandará sobrecarga adicional aos cuidadores e abordagens
terapêuticas diferenciadas. Provavelmente o diagnóstico de SD associado às
demências é negligenciado, pelo fato da classe médica em geral ainda desconhecer
esta síndrome. A SD é uma condição grave que requer uma abordagem
multiprofissional. Estudos são necessários para determinar as melhores estratégias de
abordagem.
Código: 15428
Título: TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA EM PACIENTE COM AFASIA DE BROCA PRÉ E PÓS-
TRATAMENTO DE DEPRESSÃO: RELATO DE CASO Autores: Mariana Ribeiro Hur;
Resumo:
Introdução: A afasia de Broca é a afasia expressiva mais frequentemente encontrada
em adultos e idosos e pode ser caracterizada por fala não fluente e expressão oral
bastante comprometida, variando de supressão total da fala a redução do discurso oral
espontâneo. Normalmente são encontradas ainda parafasias fonéticas e/ou
fonêmicas, além de agramatismo. Devido ao início súbito da doença e da grande
dificuldade de comunicação acarretada por ela, quadros depressivos concomitantes
são frequentes, dificultando a terapia fonoaudiológica e a melhora do quadro
comunicativo do paciente. Objetivo: Relatar a evolução em terapia fonoaudiológica de
uma paciente com afasia de Broca e depressão associada, antes e após o início de
medicação antidepressiva. Métodos: Relatar o desempenho da paciente descrita acima
durante as sessões de terapia fonoaudiológica, bem como a influência do humor na
linguagem da paciente. Resultados: A paciente M.L.M., 72 anos, com quadro de afasia
de Broca pós AVC isquêmico na área frontotemporal esquerda, iniciou terapia
fonoaudiológica, porém demonstrava pouco interesse nas atividades propostas,
apresentava baixo rendimento e era bastante queixosa. A paciente apresentava
grande apatia, fala bastante não fluente e com baixo débito verbal e recusava-se a
conversar. A paciente foi encaminhada ao psiquiatra onde foi diagnosticada com
depressão e medicada com fluoxetina. Nas sessões seguintes a paciente mostrou-se
mais disposta e motivada em relação à terapia. Observamos que a paciente não
apresentava mais a apatia característica anteriormente, realizava os exercícios
propostos em casa e voltou a conversar com as pessoas. Utilizando principalmente
estratégias de acesso lexical (nomeação e descrição de objetos) e de atividades
fonêmicas dirigidas, a paciente conquistou discurso mais fluente, bem estruturado e
coerente e com poucas parafasias fonêmicas. Recebeu alta após 10 meses de terapia
(sendo que em 8 meses estava medicada), com fala funcional para o dia-a-dia e
satisfeita com o resultado da terapia, não apresentando mais nenhuma queixa
fonoaudiológica. Conclusão: Concluímos que a depressão é um fator presente
frequentemente e que prejudica bastante o desempenho de pacientes afásicos na
terapia fonoaudiológica, mas medicados e acompanhados adequadamente estes
pacientes podem apresentar resultados satisfatórios em terapia e voltar a ter uma vida
funcional e com mais qualidade.
Código: 15411
Título: TESTE DE CANCELAMENTO DOS SINOS: HÁ DIFERENÇAS NO DESEMPENHO
ENTRE ADULTOS DE 40-59 E 60-75 ANOS DE IDADE? Autores: Silvio Cesar Escovar Paiva; Rochele Paz Fonseca;
Resumo:
A literatura em neuropsicologia demonstra um crescente interesse na relação entre
variáveis socioculturais, demográficas e biológicas, e a cognição humana. Mais
especificamente quanto ao fator idade, diversos estudos têm sido conduzidos para
examinar sua influência no desempenho de tarefas cognitivas, subsidiando o
entendimento das trajetórias desenvolvimentais. No entanto, poucos estudos
comparam o desempenho de adultos idosos com grupos etários mais próximos, sendo
a maioria dos grupos de referência de adultos jovens. Uma quantidade mais restrita
ainda de investigações estuda a relação entre a atenção concentrada visual e o fator
idade. O objetivo deste estudo foi verificar se há diferenças entre adultos de 60-75
anos e de 40-59 anos de idade no desempenho de uma tarefa de cancelamento visual.
Participaram do estudo 80 adultos neurologicamente saudáveis de alta escolaridade,
40 com 40 a 59 anos, e 40 com 60 a 75 anos de idade, avaliados com o Teste de
Cancelamento dos Sinos. Os dados de acurácia e velocidade de processamento foram
comparados entre grupos por uma ANCOVA, com as covariantes anos de escolaridade
e freqüência de hábitos de leitura e escrita. Não foram encontradas diferenças
significativas quanto ao processamento examinado entre os grupos etários. Mais
investigações são necessárias com adultos saudáveis mais longevos e de todas as faixas
etárias com escolaridade baixa e intermediária, além da caracterização de populações
clínicas neurológicas que possam apresentar heminegligência visual. Palavras-chave:
idade; avaliação neuropsicológica; Teste de Cancelamento dos Sinos; atenção seletiva;
heminegligência visual.
Código: 15235
Título: TOXOPLASMOSE CEREBRAL EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE Autores: Taissa Morellato Basso; Vanessa Morellato Basso; Bruna Wurdig; Catarina Haveroth; Natalie
Beck Kreuz; Jorge Luis Winckler;
Resumo:
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii. A evolução
clínica dessa doença em pacientes imunocompetentes é geralmente benigna e a
infecção é, na maioria das vezes, assintomática ou apresenta sintomas que se
confundem com a gripe. O quadro com acometimento neurológico, comum em
pacientes imunocomprometidos, é atípico em pacientes imunocompetentes. Este
trabalho tem o objetivo de relatar um caso de toxoplamose como possível causa de
acometimento focal do sistema nervoso central em um paciente idoso
imunocompetente. Paciente apresentando sonolência, diminuição da acuidade visual e
história de 2 desmaios, perda progressiva da capacidade de desempenhar suas tarefas
diárias habituais. No exame físico apresentava monoparesia do membro superior
esquerdo e exaltação de reflexo ósteo-tendinosos. Após realizado Tomografia
computadorizada e ressonância nuclear magnética que revelaram lesões cerebrais, foi
realizado procedimento neuro-cirúrgico para ressecção e exame histopatológico das
mesmas. Confirmado diagnóstico de Toxoplasmose, foi inserido tratamento
farmacológico. Houve melhora dos sinais e sintomas neurológicos e motores após o
fim do tratamento. Após a cirurgia para retirada das lesões e o tratamento
farmacológico para Toxoplasmose há, na maioria dos casos, recuperação clínica total
do paciente, sendo assim percebe-se a essencial importância do diagnóstico precoce.
Pacientes que recebem tratamento baseado no diagnóstico presuntivo de
toxoplasmose cerebral devem ser cuidadosamente monitorados, clínica e
radiologicamente.
Código: 15448
Título: TRATAMENTO DO DESEQUILÍBRIO CORPORAL DE IDOSOS: REFLEXOS DA
AUTOESTIMA E DA QUALIDADE DE VIDA Autores: Maria Rita Aprile; Célia Aparecida Paulino; Mariana Marcelino; Camilla Mendes Torres Líbano;
Resumo:
Introdução: A ocorrência de tonturas e vertigens entre idosos com distúrbios de
equilíbrio corporal de origem vestibular pode trazer riscos de quedas e fraturas e
tende a levar esses indivíduos ao isolamento social, ao ocultamento de sintomas, à
insegurança ao caminharem desacompanhados, entre outros comportamentos,
interferindo, muitas vezes, em sua autoestima, qualidade de vida e inclusão social.
Objetivo: Identificar atitudes relacionadas à autoestima e à qualidade de vida de
idosos vestibulopatas, avaliando a relação dessas com o tratamento por meio de
reabilitação vestibular. Método: Foi realizado estudo exploratório e descritivo de
abordagem quantitativa e qualitativa com 62 idosos em tratamento de reabilitação
vestibular; na faixa etária entre 60 e 84 anos, de ambos os gêneros e diferentes níveis
de escolaridade. As informações foram obtidas por meio de questionário sobre
qualidade de vida, contendo 91 questões, agrupadas em 8 categorias e por entrevistas
individuais com duração média de uma hora e meia, contendo questões
semiestruturadas. Todos os participantes assinaram termo de consentimento livre e
esclarecido. Resultado: A faixa etária entre 65 e 69 anos (32%), o gênero feminino
(80%), a escolaridade de nível fundamental (68%) e a ocorrência de tonturas (60%)
foram mais prevalentes. Dos investigados, 77% consideram que os sintomas (tonturas,
vertigens e zumbidos) não interferem em seus relacionamentos, mas 55% escondem
os sintomas da família, temendo incomodá-la. Menos da metade (45%) falam
abertamente para outras pessoas sobre suas queixas, mas esse índice se amplia (65%)
quando se trata de trocar idéias com pessoas que apresentam os mesmos sintomas.
Somente 37% solicitam ajuda às pessoas quando acometidos pelos sintomas,
enquanto 55% não pedem ajuda e 8% às vezes a solicitam. Dos investigados, 90%
sentem necessidade de ampliar o círculo de amizades, sendo que 87% recebem apoio
da família para estabelecer novos vínculos; 69% consideram sua vida afetiva
satisfatória; 76% estão satisfeitos em relação à sua família; 76% cuidam da aparência;
74% se sentem valorizados como idosos e 73% fazem planos de vida. Conclusão:
Idosos vestibulopatas com acentuada predisposição para os relacionamentos
interpessoais, desenvolvimento de hábitos de autocuidado e de planos para o futuro
apresentam maior comprometimento com o tratamento de reabilitação e, em
decorrência, com a obtenção de novos patamares de saúde e de qualidade de vida.
Código: 15496
Título: TREINO NA HABILIDADE DE FUNÇÕES EXECUTIVAS DE IDOSOS SAUDÁVEIS.
Autores: Mônica Sanches Yassuda; Thais Bento Lima da Silva; Aline Teixeira Fabrício; Laís dos Santos
Vinholi e Silva; Glaúcia Martins de Oliveira; Wesley Turci da Silva; Priscilla Tiemi Kissaki; Anna Luisa
Pereira Fernandes; Tamiris Fessel Sasahara; Thalita Bianch
Resumo:
Objetivos: As funções executivas (FE) são habilidades que se alteram durante o
processo de envelhecimento. Supomos que os treinos em FE podem trazer ganhos
tanto quanto os treinos de memória. Baseando-se nesse contexto objetivou-se no
presente estudo treinar habilidades de funções executivas em idosos e detectar
impactos em testes objetivos de FE e em teste de funcionalidade. Tipo de estudo:
Trata-se de um estudo transversal, com intervenção de pré e pós testagem. Métodos:
Participaram do estudo 26 idosos que compuseram o grupo experimental (GE) que
receberam intervenção de seis sessões e 17 do grupo controle que completaram
apenas pré e pós teste matriculados em atividades do programa Universidade Aberta à
Terceira Idade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Os critérios de
inclusão foram: ter 55 anos ou mais, ter condições sensoriais (audição e visão)
suficientes para participar de atividades em grupo usando lápis e papel e não ter
diagnóstico prévio de demência. Como medida de eficácia foram usadas as provas
como o Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica, o subteste
Estória do Teste Comportamental de Memória de Rivermead (foram utilizadas as
versões A e B para evitar efeito de retestagem), fluência verbal categoria semântica
frutas, e com restrição fonológica FAS, Dígitos Ordem Inversa e Direta da bateria WAIS-
III, o Teste do Desenho do Relógio, Trilhas parte A e o Questionário de Avaliação
Funcional Pfeffer. Foram calculados os deltas (escore do pós-teste menos o escore do
pré-teste para cada variável cognitiva para examinar o impacto do treino. Resultados e
Discussão: Tanto GE como GC apresentaram melhora significativa no pós-teste em
fluência verbal categoria semântica, fluência verbal com restrição fonológica letra A,
assim como nos dígitos de ordem direta, inversa e dígitos totais. Entretanto esses
impactos foram maiores para o GC,com exceção da variável fluência verbal total na
qual o GE apresentou maior impacto. Conclusões: Os dados apontam para maior
ganho no pós teste para o GC, o que sugere o importante efeito de retestagem em
provas de FE. Destaca-se que os idosos do GE receberam um número limitado de
sessões o que pode não ter sido suficiente para gerar impactos no desempenho em
tarefas de FE. Alternativamente, a melhora do GC pode estar associada à participação
em outras oficinas oferecidas na UNATI EACH USP.