APOSTILA

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INTRODUO CONSTRUO DE EDIFCIOS

INTRODUO CONSTRUO DE EDIFCIOS

Sumrio

31. INTRODUO

42. A INDSTRIA DA CONSTRUO CIVIL NO BRASIL

42.1 Panorama tecnolgico do segmento de edificaes

52.2 Principais tendncias em produtos e processos

73. PRINCIPAIS OCUPAES NA CONSTRUO CIVIL

73.1 Arquitetos

83.2 Engenheiros Civis

93.3 Tcnicos em Construo Civil

103.4 Instaladores de Materiais de Construo Flexveis

103.5 Instaladores de Materiais de Construo Rgidos

113.6 Telhadores

113.7 Trabalhadores de Acabamento de Obras de Construo

113.8 Trabalhadores de Construo de Estruturas para Obras

123.9 Eletricistas

123.10 Instaladores de Sistemas Hidrulicos e Tubulaes

134. O PAPEL DO TCNICO EM EDIFICAES

134.1 Atribuies do Tcnico em Edificaes

144.2 reas de Atividades

174.3 Competncias Pessoais

174.4 Recursos de Trabalho

175. ETAPAS DA CONSTRUO DE UMA EDIFICAO

185.1 Servios Preliminares

185.1.1 Estudos Preliminares

195.1.2 Anteprojeto

195.1.3 Projeto

225.1.4 Sondagem

245.1.5 Movimento de Terra

275.1.6 Implantao do Canteiro

1. INTRODUO

A construo civil destaca-se como um dos setores da economia que mais empregam mo-de-obra, respondendo por 5% do emprego formal nacional e 6,5% do total de ocupados no pas (formal ou informalmente). Alm disso, mais da metade dos valores destinados a investimentos (Formao Bruta de Capital Fixo FBCF) no Brasil so dirigidos a atividades de construo. Se considerada toda a cadeia construtiva, conhecida como construbusiness, incluindo no apenas as atividades de construo, mas tambm seus fornecedores e parceiros, como a indstria de material de construo e as atividades imobilirias, a participao econmica deste setor chega a 15% do PIB (Produto Interno Bruto). As perspectivas de curto prazo para o crescimento da construo civil so boas. Os recursos para o financiamento habitacional esto aumentando, e a FBCF da economia est crescendo, o que estimula o investimento no setor. A recente implantao do Programa de Acelerao de Crescimento (PAC) promete um aquecimento na indstria da construo civil. O aumento do emprego e a evoluo da renda vm incentivando a construo no segmento habitacional, ao passo que o aumento das exportaes e do mercado interno vem estimulando as indstrias a realizar obras de expanso. Entretanto, a baixa produtividade do setor, que no chega a 50% dos nveis internacionais, indica a necessidade de melhorias na indstria da construo civil. Um avano fundamental nesta direo inclui a qualificao e treinamento da mo-de-obra. Esta apostila parte do primeiro mdulo do curso tcnico em edificaes do Servio Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI, que surge devido necessidade de atender a futura demanda por recursos humanos no setor da construo civil, e tem como objetivo fornecer as informaes necessrias para a compreenso do processo de construo de edifcios. Trata-se de um texto introdutrio, onde se pretende transmitir uma viso geral sobre a indstria da construo, os recursos humanos envolvidos, o papel do tcnico em edificaes, os elementos constituintes e as principais etapas de construo.

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2. A INDSTRIA DA CONSTRUO CIVIL NO BRASILA construo civil dividida em dois segmentos principais. O primeiro, edificaes, composto por obras habitacionais, comerciais, industriais, sociais (escolas, hospitais, etc.) e destinadas a atividades culturais, esportivas e de lazer (quadras, piscinas, etc.). O segundo, construo pesada, agrupa vias de transporte e obras de saneamento, de irrigao/drenagem, de gerao e transmisso de energia, de sistemas de comunicao e de infra-estrutura de forma geral.De acordo com a Pesquisa Anual da Indstria da Construo (PAIC), do IBGE, o total de obras e servios executados no segmento de edificaes em 2002 foi de R$ 26,4 bilhes, um tero do faturamento total da construo civil (2% do PIB).

O segmento de edificaes caracterizado pelo grande consumo de material de construo (48% do consumo das firmas com mais de 30 empregados em 2002) e pela grande intensidade de mo-de-obra (63% do emprego formal na construo em 2004). Nele predomina a construo habitacional (com 53% do valor das obras em 2002), seguida por outras edificaes no-comerciais, como escolas, hospitais, hotis e garagens (19%), edificaes industriais (15%) e estabelecimentos comerciais (8%). Os outros tipos de servios (montagem de edificaes pr-fabricadas, instalaes desportivas e construo de parte de edificaes) so residuais, no chegando a 5% do segmento.2.1 Panorama tecnolgico do segmento de edificaesO setor de construo de edifcios no pas tem apresentado, historicamente, uma lenta evoluo tecnolgica, comparativamente a outros setores industriais. As caractersticas da produo, no canteiro de obras, acarretam baixa produtividade e elevados ndices de desperdcio de material e de mo-de-obra. Essa condio, associada s altas taxas de inflao verificadas at os anos 80, fazia com que a lucratividade do setor fosse obtida mais em funo da valorizao imobiliria do produto final do que da melhoria da eficincia do processo produtivo. Desta forma, o preo de venda do produto era fixado em funo do lucro desejado. CUSTO + LUCRO DESEJADO = PREO DE VENDA

A partir da dcada de 90, em funo de vrios fatores, como o fim das altas taxas de inflao, os efeitos da globalizao da economia, a reduo do financiamento, a retrao do mercado consumidor e o aumento da competitividade entre as empresas, entre outros, tem levado a uma modificao desse cenrio. As empresas construtoras comeam a tentar viabilizar suas margens de lucro a partir da reduo de custos, do aumento da produtividade e da busca de solues tecnolgicas e de gerenciamento da produo de forma a aumentar o grau de industrializao do processo produtivo.LUCRO OBTIDO = PREO DE VENDA CUSTOS Porm, vrios so os fatores que impedem a industrializao deste processo e o incio de uma nova fase de evoluo sustentada do setor, entre os quais podem ser citados: a baixa produtividade do setor, estimada em cerca de um tero da de pases desenvolvidos;

a ocorrncia de graves problemas de qualidade de produtos intermedirios e finais da cadeia produtiva, e os elevados custos de manuteno e correo ps-entrega;

desestmulo ao uso mais intensivo de componentes industrializados devido alta incidncia de impostos, que os encarece;

a falta de conhecimento do mercado consumidor no que diz respeito s suas necessidades em termos de produto a ser ofertado; a falta de capacitao tcnica dos agentes da cadeia produtiva para gerenciar a produo com base em conceitos e ferramentas que incorporem as novas exigncias de qualidade, competitividade e custos; a incapacidade dos agentes em avaliar corretamente as tendncias de mercado, os cenrios econmicos futuros e a identificao de novas oportunidades de crescimento

Para a superao das barreiras ao avano tecnolgico e o aumento da produtividade na construo de edifcios no pas, destacam-se algumas aes, entre elas a ampliao do acesso a equipamentos; a diversificao do mercado fornecedor de insumos para pr-fabricao, atualmente concentrado em poucos fornecedores com maior poder de barganha sobre o elo da produo; a desonerao tributria sobre a pr-fabricao; as formas de contratao que estimulem o aumento da produtividade, como modalidades de contrato por preo fechado ou preo alvo; a modernizao da legislao trabalhista na construo civil, visando reduo da informalidade na contratao de trabalhadores e melhoria da sua capacitao; a modernizao dos cdigos de obra, que so em geral prescritivos, em vez de exigirem padres de desempenho, o que desestimula a inovao nas construes.Resumindo, o avano tecnolgico no setor da construo de edifcios depende de uma viso sistmica da cadeia produtiva, com uma identificao das efetivas necessidades e aspiraes dos seus diversos segmentos.2.2 Principais tendncias em produtos e processosA construo civil e a construo de edificaes tm se desenvolvido de forma gradual e, particularmente, de forma mais intensa a partir do final do sculo XIX. dessa poca o desenvolvimento do cimento Portland, que possibilitou o surgimento do concreto armado, e em conseqncia deste, a construo de edifcios de multipavimentos. A estrutura metlica tambm se desenvolveu, graas a um maior conhecimento tcnico-cientfico. Esse conhecimento, o das cincias da engenharia, permitiu ento o desenvolvimento do clculo das estruturas e tambm da mecnica dos solos.Especificamente no Brasil, surgiram, de 1930 a 1990, alguns materiais e componentes como substitutos de outros anteriormente empregados. Tubulaes de gua fria e de esgotos, produzidas at ento em ferro fundido, ao galvanizado ou cermica foram substitudos por plstico, no caso, o PVC. Janelas em madeira foram gradativamente substitudas pelas fabricadas em ao, alumnio ou PVC. Materiais de revestimento, como pedras, foram substitudos por cermicas, assim como foram introduzidas as tintas polimricas a base de ltex.Internacionalmente, o final da Segunda Guerra Mundial que traz a possibilidade real de uma grande evoluo na construo de edificaes para resolver o problema da escassez de habitaes em uma Europa devastada.De forma transversal aos avanos acima listados deve-se mencionar a utilizao do computador como uma ferramenta fundamental dessa evoluo. Os profissionais da construo tm utilizado cada vez mais esse instrumento de trabalho, com o emprego de modelos cada vez mais complexos, que permitem simulaes de clculos mais sofisticados. O computador tambm permite, por meio da Tecnologia da Informao, uma maior conectividade entre pessoas e instituies, possibilitando a elevao da produtividade e melhoria dos processos de concepo, produo e gesto da construo.No pas, o reflexo nos anos 90 da evoluo de todos esses desenvolvimentos desembocou naquilo que pode ser denominado como industrializao sutil. Essa industrializao assim chamada por ser pouco percebida pelos usurios da construo de edificaes, notadamente conservadores, e pelo fato de no necessitar de equipamentos pesados na sua implementao.

Essa tecnologia, utilizada atualmente pelas construtoras de grande e mdio porte, se caracteriza pela produo de componentes e sistemas fora do canteiro da obra, produzidos por indstrias especializadas. So exemplos: a armadura cortada e dobrada em plantas industriais; as argamassas prontas fornecidas secas, ensacadas ou ensiladas; portas e janelas completas, inclusive com as ferragens, prontas para serem coladas em vos precisos; e fachadas pr-fabricadas, a serem fixadas nas estruturas de edifcios.No entanto, talvez o maior personagem dessa histria seja o dry-wall, que um sistema de vedao vertical de chapas de gesso acartonado, com montantes metlicos. O dry-wall, tecnologia j existente em pases industrializados, permite a construo seca de um elemento construtivo fundamental, que so as parties que interferem com todas as demais partes do edifcio (estruturas, sistemas prediais, revestimentos e pinturas, caixilharias, pisos e forros).

Esse tipo de industrializao trouxe uma certa democratizao da tecnologia para todas as empresas, permitindo o seu emprego sem grandes investimentos. No entanto, fundamental a mudana nos processos gerenciais das construtoras e na capacitao de sua mo-de-obra.Como tendncia para o futuro do setor, pode-se destacar:a) As questes ambientais, que continuam sendo discutidas no mbito da construo de edificaes. Sente-se que ainda necessrio evoluir nos conceitos, e o setor dever apresentar propostas concretas que consigam reduzir de forma significativa o seu impacto ambiental.

b) A ampliao do conceito de desempenho para construo baseada em desempenho, com normas que buscam descrever os objetivos aos quais os produtos e servios devem atender, mais do que indicar de forma prescritiva a soluo de um determinado problema. Com esse tipo de enfoque seria possvel introduzir mais facilmente produtos e processos inovadores e, em conseqncia, diminuir custos e elevar a qualidade.

c) Revalorao da construo, por meio de processos que repensam a construo civil e a construo de edificaes. Alguns grupos discutem o efeito da tecnologia da informao e do comrcio eletrnico; outros, a reviso radical de como o setor opera e incorpora valor ao produto final. Um terceiro grupo se dedica a debater os desafios da segurana ocupacional e a questo do trabalho no setor. 3. PRINCIPAIS OCUPAES NA CONSTRUO CIVIL

A seguir, detalham-se as principais ocupaes no setor de Construo Civil. Esse detalhamento abrange atividades de trabalho, especializaes, nvel de escolaridade e requisitos de trabalho. Em conjunto, esses itens representam os conhecimentos, capacidades, habilidades e atividades que retratam o contedo de trabalho das ocupaes neste setor.

3.1 Arquitetos Desenvolvem projetos, planos, especificaes e detalhes para edificaes ou outras estruturas. Negociam contratos com construtores e autoridades administrativas e inspecionam trabalhos de construo.

Atividades de Trabalho Negociam requisitos de projetos de construo com clientes ou construtores. Preparam croquis, desenhos e detalhes de edificaes, estruturas e instalaes, com a utilizao de ferramentas CAD (Computer-Aided Design). Estimam custos de construo e discutem com clientes ou outros profissionais envolvidos no projeto. Preparam especificaes e contratos, definindo materiais, equipamentos e acabamentos da construo. Observam, inspecionam e monitoram trabalhos de construo, assegurando sua conformidade com contratos e especificaes. Avaliam projetos, quando de sua construo.Especializaes

Podem atuar especificamente em uma destas reas: estudos de viabilidade de construo, conservao de patrimnios histricos, planejamento urbano, paisagismo ou decorao de interiores. Nvel de Escolaridade

Superior CompletoRequisitos de Trabalho

Utilizao intensiva de computadores, autonomia e capacidade de realizao.3.2 Engenheiros Civis

Planejam, projetam, gerenciam a construo, operam e mantm projetos de engenharia, tais como pontes, rodovias, aeroportos, estaes de tratamento de gua, marinas, estaes para o tratamento de esgotos e edifcios comerciais e residenciais, entre outras edificaes.

Atividades de Trabalho Inspecionam locais de construo. Pesquisam e propem solues de engenharia civil de acordo com requisitos de clientes e restries oramentrias. Confeccionam desenhos e outros detalhes de projetos de engenharia civil. Organizam a distribuio de materiais e equipamentos de construo e gerenciam o trabalho de outros profissionais. Desenvolvem clculos e supervisionam a confeco de desenhos para projeto de estruturas. Coordenam pesquisas de desenvolvimento e testes de materiais, processos ou sistemas de construo. Analisam e interpretam relatrios relativos ao desenvolvimento de obras de construo civil. Analisam riscos associados a construes e seus respectivos impactos. Prestam consultoria no desenvolvimento de obras pblicas. Interagem com outros profissionais para o desenvolvimento de obras de construo civil, tais como arquitetos, tcnicos em construo civil e outros trabalhadores do setor, bem como com profissionais de outras reas e prestadores de servios.Especializaes

Podem atuar especificamente em uma destas reas: estruturas, recursos hdricos, fundaes, transportes, planejamento urbano ou construes.Nvel de Escolaridade

Superior CompletoRequisitos de Trabalho

Utilizao de habilidades individuais, autonomia e capacidade de realizao. 3.3 Tcnicos em Construo CivilSupervisionam e fornecem suporte a diversas atividades, assistindo engenheiros em pesquisas, projetos, construes e manuteno de obras de engenharia civil, tais como pontes, rodovias, aeroportos, estaes de tratamento de gua, marinas, estaes para o tratamento de esgotos e edifcios comerciais e residenciais, entre outras edificaes.

Atividades de Trabalho Estimam custos e preparam especificaes de materiais. Assistem no detalhamento de programas para o planejamento de projetos e processos de construo. Organizam a distribuio de desenhos, materiais, equipamentos e supervisionam outros trabalhadores da construo civil. Realizam medies e testam materiais, processos e sistemas de construo civil. Preparam relatrios relativos ao desenvolvimento de obras de construo civil. Inspecionam trabalhos de construo civil, modificam e supervisionam trabalhos de reparao e de manuteno de obras. Verificam a conformidade das obras com especificaes, contratos e outras regulamentaes.Especializaes

Podem atuar especificamente em uma destas reas: construes, recursos hdricos, fundaes, transportes ou planejamento urbano.Nvel de Escolaridade

Curso Tcnico Requisitos de Trabalho

Capacidade de realizao e de suporte a atividade e pessoas. 3.4 Instaladores de Materiais de Construo FlexveisRealizam atividades de instalao em obras de construo civil que envolvem o assentamento de materiais flexveis, tais como carpetes e pisos de plstico ou borracha.

3.5 Instaladores de Materiais de Construo Rgidos Realizam atividades de instalao em obras de construo civil que envolvem o assentamento de materiais rgidos, tais como pisos em cermica, azulejos e painis de isolamento acstico e visual.

3.6 Telhadores

Realizam atividades de cobertura de obras de construo civil que envolvem a instalao de telhas de cermica, asfalto, cimento, alumnio e respectivas estruturas de suporte. Instalam ou aplicam materiais para vedao e isolamento de coberturas.

3.7 Trabalhadores de Acabamento de Obras de ConstruoRealizam atividades de acabamento de obras de construo de civil que envolvem pintura, aplicao de materiais lquidos para proteo, tratamento e isolamento de superfcies.

3.8 Trabalhadores de Construo de Estruturas para ObrasRealizam atividades de construo de estruturas para obras civis, tais como fundaes, vigas e pilares, entre outros, utilizando concreto ou outros materiais avanados semelhantes (ao, por exemplo).

3.9 Eletricistas

Instalam, reparam e mantm fiaes, equipamentos e dispositivos eltricos, assegurando sua conformidade com normas e especificaes. Podem instalar ou reparar sistemas de iluminao, de comunicaes internas ou de controle de equipamentos eltricos.

3.10 Instaladores de Sistemas Hidrulicos e TubulaesInstalam, reparam e mantm sistemas hidrulicos e tubulaes, assegurando sua conformidade com normas e especificaes.

4. O PAPEL DO TCNICO EM EDIFICAES O profissional Tcnico em Edificaes est associado ao ramo da construo civil que concentra os estudos em reas ligadas a projeto, construo e manuteno de obras civis ditas leves: prdios altos, residncias e edificaes urbanas e rurais. Tais servios envolvem as fases de projeto e desenho, construo e acabamento da estrutura, instalaes eltricas, hidro-sanitrias e especiais, patologia e tratamento de estruturas.Os tcnicos em edificaes trabalham na construo civil e em indstrias de materiais para construo. Podem, tambm, trabalhar em laboratrios de pesquisa e desenvolvimento, planejamento, oramento, projetos, gerenciamento, controle e execuo de obras. Trabalham em equipe, sob superviso ocasional, com carteira assinada ou por conta-prpria. Para o exerccio dessas ocupaes, requer-se curso tcnico em edificaes, em nvel mdio, oferecido pelas instituies de formao profissional e escolas tcnicas, com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).4.1 Atribuies do Tcnico em EdificaesA Resoluo no 262 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) dispe sobre as atribuies dos Tcnicos de 2 grau nas reas da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Esta estabelece que tcnico o profissional que, em vista de sua escolarizao de 2 grau, ou equivalente, se encontra, pela sua especializao, habilitado ao exerccio de atividades intermedirias entre as que so privativas dos profissionais de nvel superior nessas reas. Para efeito de fiscalizao do exerccio profissional dos Tcnicos de 2 grau, as atividades constantes do Art. 24 da Resoluo n 218 ficam assim explicitadas: 1) Execuo de trabalhos e servios tcnicos projetados e dirigidos por profissionais de nvel superior.2) Operao e/ou utilizao de equipamentos, instalaes e materiais.

3) Aplicao das normas tcnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho.4) Levantamentos de dados de natureza tcnica.5) Conduo de trabalho tcnico.

6) Conduo de equipe de instalao, montagem, operao, reparo ou manuteno.

7) Treinamento de equipes de execuo de obras e servios tcnicos.8) Desempenho de cargo e funo tcnica circunscritos ao mbito de sua habilitao.

9) Fiscalizao da execuo de servios e de atividade de sua competncia.

10) Organizao de arquivos tcnicos.

11) Execuo de trabalhos repetitivos de mensurao e controle de qualidade.

12) Execuo de servios de manuteno de instalao e equipamentos.13) Execuo de instalao, montagem e reparo.

14) Prestao de assistncia tcnica, ao nvel de sua habilitao, na compra e venda de equipamentos e materiais.15) Elaborao de oramentos relativos s atividades de sua competncia.

16) Execuo de ensaios de rotina.

17) Execuo de desenho tcnico. Para efeito de interpretao desta resoluo conceituam-se: Conduzir: significa fazer executar por terceiros o que foi determinado por si ou por outros.

Dirigir: significa determinar, comandar e essencialmente decidir. Quem levado a escolher entre opes, quem obrigado a tomar decises, quem deve escolher o processo construtivo e especificar materiais em uma edificao est a dirigir.

Executar: significa realizar, isto , materializar o que decidido por si ou por outros.

Fiscalizar: significa examinar a correo entre o proposto e o executado.

Projetar: significa buscar e formular, atravs dos princpios tcnicos e cientficos, a soluo de um problema, ou meio de consecuo de um objetivo ou meta, adequando aos recursos econmicos disponveis as alternativas que conduzem viabilidade da deciso.

4.2 reas de Atividades1. REALIZAR LEVANTAMENTO TOPOGRFICO- Fazer levantamento planialtimtrico

- Elaborar desenho topogrfico

- Desenvolver planilhas de clculo

- Locar obras

- Conferir cotas e medidas

2. DESENVOLVER PROJETOS SOB SUPERVISO

- Coletar dados do local e do cliente

- Interpretar projetos

- Elaborar plantas seguindo normas e especificaes tcnicas

- Elaborar projetos arquitetnicos

- Desenvolver projetos de estruturas de concreto

- Elaborar projetos de estruturas metlicas

- Elaborar projetos de instalaes hidro-sanitrias

- Elaborar projetos de instalaes eltricas e telefnicas

- Elaborar projetos de instalaes de preveno e combate a incndios

- Elaborar projetos de instalaes de ar condicionado

- Elaborar projeto de instalaes de cabeamento estruturado

- Compatibilizar projetos para eliminar interferncias

3. LEGALIZAR PROJETOS E OBRAS- Conferir projetos

- Selecionar documentos para legalizao da obra

- Encaminhar projetos para aprovao junto aos rgos competentes

- Controlar prazo de documentao

- Corrigir as no-conformidades

- Requerer aprovao de vistoria nos rgos competentes

- Providenciar encerramento das obras

- Organizar arquivo tcnico

4. PLANEJAR O TRABALHO DE EXECUO DE OBRAS CIVIS

- Elaborar plano de ao

- Definir a logstica

- Propor cronograma fsico

- Participar da definio de mtodos e tcnicas construtivas

- Dimensionar equipe de trabalho

- Listar mquinas, equipamentos e ferramentas

- Elaborar cronograma de suprimentos

- Racionalizar canteiro de obras

- Acompanhar os resultados dos servios

5. ORAR OBRAS

- Fazer estimativa de custos

- Interpretar projetos e especificaes tcnicas

- Fazer visita tcnica para levantamento de dados

- Levantar quantitativos de projetos de edificaes

- Cotar preos de insumos e servios

- Fazer composio de custos diretos e indiretos

- Elaborar planilha de quantidade e de custos

- Comparar custos

- Elaborar cronograma fsico-financeiro

6. PROVIDENCIAR SUPRIMENTOS E SERVIOS- Pesquisar a existncia de novas tecnologias

- Elaborar cronograma de compras

- Consultar estoque

- Selecionar fornecedores

- Fazer cotao de preos

- Elaborar estudo comparativo de custos

- Negociar preos, prazos de entrega e condies de pagamento de produtos e servios

7. SUPERVISIONAR EXECUO DE OBRAS

- Inspecionar a qualidade dos materiais e servios

- Controlar o estoque e o armazenamento de materiais

- Seguir as instrues dos fabricantes

- Buscar a industrializao de processos executivos

- Racionalizar o uso de materiais

- Cumprir cronograma preestabelecido

- Coordenar equipes de trabalho

- Conferir execuo e qualidade dos servios

- Fiscalizar obras

- Realizar medies

- Efetivar pagamentos na obra

- Realizar apropriaes de mquinas, equipamentos e mo-de-obra

- Fazer dirio de obras

- Solucionar problemas de execuo

- Zelar pela organizao, segurana e limpeza da obra

- Padronizar procedimentos

8. EXECUTAR CONTROLE TECNOLGICO DE MATERIAIS E SOLOS

- Aplicar normas tcnicas

- Operar equipamentos de laboratrio e sondagem

- Executar servios de sondagem

- Coordenar equipe de coleta de amostras e ensaios

- Coletar amostras

- Executar ensaios

- Especificar os materiais utilizados nos ensaios

- Quantificar os materiais utilizados nos ensaios

- Elaborar relatrios tcnicos

- Analisar relatrios tcnicos

- Controlar estoque dos materiais de ensaio

9. TREINAR MO-DE-OBRA

- Definir objetivos do treinamento

- Programar atividades tericas e prticas

- Elaborar material didtico

- Supervisionar as aulas prticas

- Conscientizar quanto ao uso racional de materiais, equipamentos e do tempo

- Avaliar o aproveitamento do aprendiz

10. VENDER PRODUTOS E SERVIOS

- Fazer pesquisa de mercado

- Divulgar o produto

- Demonstrar viabilidade do produto ao cliente

- Adequar o produto s necessidades do mercado e do cliente

- Elaborar propostas comerciais

- Emitir contratos

- Prestar assistncia tcnica

11. EXECUTAR A MANUTENO E CONSERVAO DE OBRAS

- Fazer visita tcnica para diagnstico

- Verificar responsabilidade

- Apresentar solues alternativas

- Orar o servio

- Providenciar o reparo

- Supervisionar a execuo

4.3 Competncias PessoaisO tcnico em edificaes dever ser capaz de:

Realizar servios de acordo com normas de higiene, sade e segurana no trabalho Tomar decises cabveis s funes realizadas

Utilizar legislao trabalhista Comunicar-se

Trabalhar em equipe

Prestar primeiros socorros

Redigir documentos comerciais e tcnicos

Manter-se atualizado e informado

Comunicar-se em idiomas estrangeiros

Agir com tica

Solucionar problemas

Demonstrar dinamismo e criatividade

Conscientizar-se sobre questes ambientais

Agir com liderana

Demonstrar capacidade em negcios

Demonstrar capacidade de relacionamento

Avaliar produo e produtividade4.4 Recursos de Trabalho

Os principais recursos de trabalho encontram-se relacionados a seguir: Computador

Calculadora

Trena

Telefone celular

Equipamentos de Proteo Individual EPI

Equipamento de laboratrio

Material de desenho

Equipamento de topografia

Projetor de slides

Softwares especficos5. ETAPAS DA CONSTRUO DE UMA EDIFICAOA construo de um edifcio est dividia em trs etapas bem distintas: servios preliminares, trabalhos de execuo e trabalhos de acabamento. Os servios preliminares so aqueles que precedem a execuo da obra, por exemplo: aquisio e documentao do terreno, estudos preliminares, anteprojeto, projeto, sondagem, movimento de terra e implantao do canteiro de obras. Os trabalhos de execuo so os servios de construo propriamente ditos, por exemplo: locao, abertura das valas, execuo dos alicerces, apiloamento, obras de concreto, alvenaria, telhado, instalaes e revestimentos. Os trabalhos de acabamento so obras finais de construo, ou seja: esquadrias, pintura, limpeza geral e arremate final. 5.1 Servios PreliminaresA obra de construo de edifcios tem seu incio propriamente dito, com a implantao do canteiro de obras. Esta implantao requer um projeto especfico, que deve ser cuidadosamente elaborado a partir das necessidades da obra e das condies do local. Porm, antes mesmo do incio da implantao do canteiro, algumas atividades prvias so necessrias. Tais atividades so usualmente denominadas servios preliminares e envolvem: estudos preliminares, anteprojeto, projeto, sondagem, movimento de terra e implantao do canteiro. A seguir, descreve-se cada uma destas atividades: 5.1.1 Estudos Preliminares

No estudo preliminar so focalizados os aspectos sociais, tcnicos e econmicos, a localizao do lote e suas caractersticas, as caractersticas de uso, as opes possveis, as avaliaes de custo e prazo.

necessrio que o projetista conhea bem o lote, para que os anteprojetos sejam bem elaborados. Esse conhecimento adquirido atravs de visitas ao mesmo, onde sero tomadas as seguintes providncias:

Limpeza do terreno e demolio: necessrias para facilitar o levantamento planialtimtrico, bem como os servios de reconhecimento do subsolo.

Levantamento planialtimtrico: este levantamento serve para confirmar as medidas do lote, pois as da escritura nem sempre correspondem s medidas reais. Pode ser feito, em geral, com teodolito e nveis, porm, em certas circunstncias, h a necessidade de um levantamento expedito, usando ferramentas do pedreiro, que so: trena, metro ziguezague, nvel de pedreiro, nvel de borracha, fio de prumo, barbante.

Orientao do terreno: a posio da linha Norte-Sul relacionada ao terreno. Este posicionamento necessrio nesta fase para o uso adequado do grfico de insolao.

Situao do lote: neste caso, o terreno posicionado em relao quadra em que se encontra. Devem ser obtidas as distncias x, y e z mostradas na figura e os nomes das ruas adjacentes quadra em questo, alm de referncias diversas, tais como: nmero de casas vizinhas ao lote, postes e seus respectivos nmeros, rede de gua, rede de esgoto, rede de gs (se houver), cabos telefnicos, poos vizinhos (se no existir rede de gua).

5.1.2 Anteprojeto

o estudo feito antes de organizar o projeto definitivo. Em geral, so feitos vrios anteprojetos, sem compromisso. Os desenhos so esquemticos, mas completos, apresentando-se ao cliente as plantas, os cortes e as elevaes. So elaborados levando em considerao os seguintes tpicos: Os usos permitidos do edifcio, utilizando o plano diretor do municpio;

A densidade populacional do edifcio;

O gabarito permitido (altura, recuos, coeficiente de ocupao do lote, coeficiente de aproveitamento do lote), usando o Cdigo de Obras do municpio;

Os elementos geogrficos naturais do local.

5.1.3 ProjetoO projeto uma conseqncia direta do anteprojeto, compondo-se em duas partes: uma grfica e outra escrita.PARTES GRFICAS

A parte grfica composta de desenhos que representam projees horizontais ou verticais dos elementos projetados. Esses desenhos so plantas, cortes transversais e longitudinais, fachadas, detalhes arquitetnicos, infra e superestruturas (concreto, madeira e metlica), instalaes eltricas, hidrulicas e sanitrias, impermeabilizaes, cronograma fsico-financeiro. Planta: definida como a projeo horizontal da seo reta passando em determinada cota. Pode ser de quatro tipos distintos:

Planta baixa: a projeo horizontal da seo reta passando acima do peitoril das janelas ou a aproximadamente 1,0m acima do piso. Esse plano secante assinala, por conveno, as espessuras das paredes, larguras e posies dos vos, disposies dos aparelhos sanitrios, revestimentos dos pisos, etc. Todos os elementos so cotados.

Planta de cobertura: a projeo horizontal das formas dos planos inclinados (guas), cujas intersees so figuradas por traos contnuos. O sentido das declividades dessas guas indicado por pequenas setas.

Planta de situao: a planta que mostra onde o terreno da construo est situado no quarteiro, bairro, rua, ou cidade, sempre mostrando quando possvel um ou mais pontos de referncia, como por exemplo, um supermercado, shopping, farmcia, etc.

Planta de locao: a que mostra onde a construo est locada dentro do terreno, sempre indicando os recuos e as cotas de amarrao, ou seja, as distncias do limite do terreno (muro, cerca viva, etc.) at um ponto inicial da obra.

Cortes: so projees verticais dos cortes feitos em um edifcio por planos secantes igualmente verticais, de modo a representar as partes internas mais importantes. So usados, no mnimo, dois cortes: um longitudinal e um transversal. O primeiro corresponde ao sentido de maior comprimento do edifcio e o segundo tem a direo perpendicular ao primeiro. Esses cortes so indicados nas plantas por meio de retas e por letras disponveis nas respectivas extremidades, sendo utilizados tantos cortes quanto forem necessrios.

Fachadas: definida como a projeo vertical das faces externas do edifcio.

Detalhes: so desenhos de dimenses ampliadas de certos elementos do edifcio, para melhor interpretao. Normalmente, so entregues na medida em que vo sendo reclamados.

Estruturas: so representadas por desenhos cotados e dimensionados de todos os elementos estruturais da obra: alvenaria, madeira (telhado e forma), concreto armado e ao (ferragens).

Instalaes eltricas: so expressas por desenhos e esquemas com bitolamento dos fios e condutes da rede eltrica, telefnica, etc. Instalaes hidro-sanitrias: so expressas por desenhos, esquemas e perspectivas com cotas e dimensionamentos das redes de gua fria, quente, gs, esgoto e captao de guas pluviais. Impermeabilizao: proteo das construes contra a infiltrao de gua devendo ser estudada e compatibilizada com todos os outros elementos da obra ainda na fase de projeto. Cronograma fsico-financeiro: calendrio grfico to rigoroso quanto possvel, prevendo a poca dos eventos das atividades e tambm as datas dos suprimentos financeiros. H a necessidade de se conhecer a quantidade dos diversos servios, o coeficiente de produo, os equipamentos a serem utilizados, as disponibilidades financeiras e a metodologia dos trabalhos. PARTES ESCRITASNas partes escritas constam as especificaes, o memorial e o oramento.

Especificao: determina condies de natureza geral e especfica que os construtores devero se submeter durante a execuo da obra. Essas especificaes so de material e de servios.De material: condies mnimas a que devem satisfazer os materiais para uma determinada obra ou servio.

De servios: determinaes para a execuo dos servios, visando estabelecer padres de qualidade. Memorial: uma exposio detalhada do projeto, descrevendo as solues adotadas, a justificativa das opes, as caractersticas dos materiais, os mtodos de trabalho. Deve ser claro, conciso, simples e redigido de forma impessoal. Os temas devem ser abordados na seqncia mostrada nas fases de construo, ou seja: trabalhos preliminares, trabalhos de execuo e trabalhos de acabamento, destacando-se cada etapa dentro de cada fase. Vale lembrar que, somente em obras de vulto ou concorrncias, que h a necessidade de um memorial. Fora estes casos, a explicao verbal entre projetista e cliente, podendo at mesmo nem existir. Oramento: parte do projeto que estabelece o custo provvel da obra. Nele constam as unidades, as quantidades, os preos unitrios e os custos parciais e totais. Alguns construtores, na prtica, fazem um oramento sumrio (rea da construo multiplicada por um custo arbitrrio da mo-de-obra e de material), baseados nas ltimas obras que estes fizeram, dentro do mesmo padro de acabamento.5.1.4 SondagemA sondagem proporciona valiosos subsdios sobre a natureza do terreno que ir receber a edificao, como: caractersticas do solo, espessuras das camadas, posio do nvel da gua, alm de prover informaes sobre o tipo dos equipamentos a serem utilizados para a escavao e para retirada do solo, bem como, ajuda a definir qual o tipo de fundao que melhor se adaptar ao terreno, de acordo com as caractersticas da estrutura. Alm disso, atravs dos dados da sondagem possvel identificar, quando necessrio, o tipo de conteno mais adequada, que poder ser desde um simples talude at mesmo a execuo de uma parede diafragma.O tipo de sondagem a ser utilizada depende do vulto e das caractersticas da edificao, bem como das caractersticas do terreno. A sondagem mais comum em solos penetrveis a Sondagem de Reconhecimento, que utiliza o mtodo de percusso com circulao de gua. Este mtodo consiste na cravao de um barrilete amostrador (vide figura), que penetra no solo e retira amostras, que so analisadas visualmente e em laboratrio a fim de classific-lo e determinar o SPT (Standard Penetration Test).

A sondagem no ensaio SPT deve ser executada a cada metro, sendo medido o nmero de golpes necessrios para penetrao do amostrador a profundidade de 45 cm em 3 segmentos de 15 cm. Para cada metro o avano da escavao (55 cm) deve ser feito com trado ou com trpano e circulao de gua. O ndice de resistncia a penetrao (NSPT) consiste no nmero de golpes necessrios para a cravao dos 30 cm finais do amostrado.A sondagem em solos impenetrveis feita utilizando equipamentos de perfurao rotativa, que permite a obteno de amostras, que so ensaiadas em laboratrio.

O nmero de pontos de sondagem, o posicionamento dos furos no terreno (levando em contra a posio relativa do edifcio) e a profundidade a ser atingida so determinados por profissional capacitado.Os resultados so apresentados em um relatrio escrito e outro grfico, contendo as seguintes informaes:

Planta de situao dos furos de sondagem;

Perfil de cada sondagem, com as cotas de onde foram retiradas as amostras.

Classificao das diversas camadas e os ensaios que permitiram classific-las;

Nvel do terreno e os diversos lenis de gua, com as respectivas presses;

Resistncia penetrao do barrilete amostrador, indicando o dimetro do barrilete, o peso do pilo e a altura da queda.

5.1.5 Movimento de TerraO movimento de terra, ou terraplenagem, entendido como um conjunto de operaes de escavao, carga, transporte, descarga, compactao e acabamentos, executados a fim de passar um terreno no estado natural para uma nova conformao topogrfica desejada.

O instante em que ocorre varivel e depende das caractersticas de execuo das fundaes e conteno das construes vizinhas. O momento mais conveniente, portanto, deve ser cuidadosamente estudado, em funo das demais atividades de inicio da obra e do cronograma de execuo.

O movimento de terra bsico, no caso de edifcios, pode significar uma operao de corte, aterro ou misto. A situao mais comum para a execuo de edifcios a necessidade de cortes ou a situao mista de corte e aterro. Isto se deve ao fato de que os edifcios normalmente tm os subsolos destinados a garagens, o que torna difcil a necessidade de aterro em todo o terreno. Os aterros, quando necessrios, devem ser realizados acompanhados de servios de compactao. Os principais tipos de movimento de terra encontram-se ilustrados a seguir: Corte

Aterro

Seo mista

Estes servios podem ser executados por quatro processos: Manual: executado pelo homem, utilizando as seguintes ferramentas: p, enxada e carrinho de mo; Motorizado: neste caso, o material transportado em caminhes ou basculantes, sendo que a escavao pode ser manual ou por mquinas; Mecanizado: a escavao, o carregamento e o transporte so efetuados por mquinas. utilizado em obras industriais; Hidrulico: a terra transportada pela gua (dragagem).No movimento de terra deve-se considerar o empolamento, que o aumento de volume do solo aps o corte, e expresso em porcentagem do volume original. Por exemplo: o aumento volumtrico da argila 40%, o que significa que 1 m3 de argila, antes da escavao, encher um espao de 1,40 m3 depois de escavada. Alguns cuidados devem ser tomados quando da execuo dos servios de movimento de terra, que so: Controle da cota de fundo da escavao: pode ser feito utilizando teodolito, ou uma mangueira de nvel, com auxlio de estacas ou piquetes. Neste caso, o nvel de referncia marcado sobre as estacas, que vo sendo deslocadas medida que o terreno vai sendo escavado; Controle da inclinao dos taludes: funo do tipo de solo a ser escavado e das condies da vizinhana do servio de terraplenagem. O controle da inclinao feito medida que o talude vai sendo escavado, com o auxlio de um gabarito construdo em madeira, na declividade desejada. EQUIPAMENTOS Ps-carregadoras: a lana no tem giro, nem movimento vertical, a no ser em torno do eixo transversal, podendo-se mudar a posio da caamba para a descarga, por meio de articulaes. Assim evita-se o giro para a descarga, podendo operar em frentes de trabalho muito estreitas. As ps-carregadoras podem ser de roda ou de esteira.

Escavadeiras: so montadas sobre lagartas, rodas, caminho. Trabalham estacionadas e realizam escavaes em seu nvel ou abaixo dela. Realizam as operaes de cravar a colher, levantar a carga, girar lana para descarregar e movimentam-se de acordo com o avano dos trabalhos. As escavadeiras podem ser empregadas em trabalhos de escavao bastante diversos, dependendo do tipo de lana que utilizada (lanas escavocarregadeira e retroescavadeira, por exemplo).

Bobcat: uma p-carregadora, porm, de pequeno porte e capacidade tendo, por outro lado, grande versatilidade. muito utilizada para retirada de terra de subsolos aps executadas as lajes do edifcio, pois devido ao seu tamanho tem fcil acesso em quaisquer locais.

SERVIOS DE ESCAVAOSo servios que visam retirada de solo de um determinado terreno, a fim de se atingir a profundidade ou a cota necessria para a execuo de uma determinada construo. So executados em obras de edifcios, metrs, rodovias, canais, barragens, aeroportos, etc.

Os servios de escavao so caracterizados pelos seguintes aspectos:

Quantidade de solo a ser removido; Localizao da escavao; Dimenses da escavao; Tipo de solo a ser escavado; Destino dado ao material retirado.Baseado nestes diferentes aspectos, as escavaes, para a construo de edifcios, podem ser classificadas nas seguintes categorias:

Escavaes de grandes volumes em reas limitadas: so comuns na construo de edifcios em que um ou dois subsolos enterrados so construdos, cujas escavaes atingem mais de 10 m de profundidade. O equipamento de escavao disposto dentro da rea a ser escavada, sendo que ele escava no sentido do meio para os limites do terreno. O material escavado retirado por caminhes, atravs de rampas. A configurao da escavao resulta em contornos verticais, ou quase, contidos artificialmente. Escavaes de grandes volumes em grandes reas: so escavaes tpicas de terraplenagem. Como no tm limitaes de dimenses, so limitadas por rampas suaves, facilitando a retirada do material. Escavaes de solos no-consolidados: so executadas na presena de gua, como em margens de rios, canais, encostas martimas, portos, etc. O equipamento de escavao, neste caso, fica lotado na parte no escavada. Escavaes verticais em reas limitadas: so executadas em solos no-coesivos ou sem a presena de gua, sendo indispensvel a execuo de contenes laterais. O equipamento de escavao disposto fora da escavao, retirando o solo verticalmente.

Aberturas de valas: esta escavao se caracteriza por apresentar duas dimenses bem definidas e de pequena extenso: largura e profundidade, sendo o comprimento bastante grande. utilizada na execuo de obras lineares (galerias, tneis de metr, adutoras, etc.). Em geral, uma escavao provisria, ou seja, a vala aberta com ou sem conteno vertical, a obra executada e a vala aterrada. O equipamento de escavao tambm disposto fora da rea escavada. Os servios de escavao so, em geral, executados segundo os mais diferentes processos construtivos, desenvolvidos a partir de estudos tericos do problema e da vivncia prtica na rea.

5.1.6 Implantao do Canteiro

Segundo a NBR 12284, o canteiro de obras definido como o conjunto de reas destinadas execuo e apoio dos trabalhos da indstria da construo, dividindo-se em reas operacionais e reas de vivncia. Portanto, o local onde se desenvolvem as operaes de apoio e execuo de uma obra e, como tal, exige anlise prvia e criteriosa de sua implantao, luz dos conceitos de qualidade, produtividade e segurana. A organizao do canteiro regulamentada pela NR-18.

O uso do terreno no ocupado pelo edifcio deve ser planejado para a locao de mquinas e equipamentos; instalaes fsicas; redes de distribuio de gua, esgoto e energia; acessos e vias de circulao. Antes do inicio da implantao do canteiro, algumas atividades prvias devem ser realizadas pelo engenheiro de obras. Estas atividades so denominadas Servios Preliminares e envolvem, entre outras atividades, a verificao da disponibilidade de instalaes provisrias; as demolies, quando houver construes remanescentes no local onde ser construdo o edifcio; a retirada de entulho; e o movimento de terra, necessrio para a obteno do nvel de terreno desejado para o edifcio.

INSTALAES PROVISRIAS

Para o incio das atividades de obra necessrio que o canteiro seja provido de instalaes eltricas e hidro-sanitrias, reas para a guarda de materiais no perecveis e perecveis, e barraces.

Instalao de gua: a primeira providncia que deve ser tomada pelo engenheiro a ligao de gua para consumo, no s para o preparo de alguns materiais no canteiro, como tambm para a higiene pessoal dos trabalhadores. A existncia de abastecimento de gua na via pblica requer a construo de abrigo com cavalete de entrada e o registro. Em geral, o gabarito e as instrues de pedido de ligao so fornecidos pela concessionria. No existindo a rede de gua nem planos para expanso da existente, preciso providenciar a abertura de poos no local ou a compra de gua, que entregue por caminhes pipa. Depois de obtida a gua, esta deve ser armazenada e a forma de estoc-la deve ser bem estudada. O armazenamento pode ser feito em tambores, caixas de gua provisrias, etc. Instalao de energia eltrica: muitos equipamentos utilizados nas atividades de obra, tais como: betoneiras, serras eltricas, guincho do elevador de obra, entre outros, necessitam de uma fonte energia. preciso ento, que seja identificada a potncia desses equipamentos, a fim de que a potncia necessria para a rede de energia a ser implantada seja conhecida. Conhecida essa necessidade, a obteno dessa energia pode resultar em trs situaes. A primeira consiste na no-existncia de rede de energia no local. Neste caso, pode-se solicitar um estudo junto concessionria local, para verificar a possibilidade de extenso da rede existente at a obra. Este procedimento, contudo, demora cerca de um ou dois meses e o incio da obra no pode esperar. Pode-se, ento, adotar uma soluo temporria como, por exemplo, a utilizao de um gerador de energia a diesel. A segunda situao consiste na existncia de uma rede monofsica, constituindo-se tambm num problema, pois a maioria dos equipamentos pressupe alimentao trifsica. Portanto, um estudo deve ser solicitado junto concessionria para a ligao desta rede, como na primeira situao. A terceira situao seria a existncia de rede trifsica. Neste caso, a rede deve ter capacidade suficiente para atender a demanda prevista na obra. Se no for este o caso, faz-se um pedido concessionria para o aumento desta capacidade. Se a capacidade for suficiente, pede-se ento uma ligao provisria da rede. Instalao sanitria: a inexistncia de rede de coleta de esgoto no um problema na fase de obra, pois a quantidade de esgoto gerada considerada pequena. As maiores dificuldades iro ocorrer quando o edifcio estiver pronto e for de grandes dimenses. Nesses casos, caso no exista rede para coleta, ser necessria a construo de fossas spticas e sumidouros, para atender demanda do edifcio em utilizao. Materiais no-perecveis: entendem-se como materiais no perecveis a areia, as pedras britadas, os tijolos, as madeiras e os ferros. Cada um destes materiais deve ser armazenado de uma forma especfica.

Areia: estocada sobre terreno firme e plano, cercada por uma baia de madeira, com dimenses equivalentes a de uma carroceria de caminho (5 x 2,3 x 0,6 m). Este cercado serve tambm como cubagem da quantidade de material gasto. Ser conveniente cobrir a areia com lona ou plstico, dependendo da estao do ano. A granel ou em sacos (de diversos tamanhos), deve estar protegida contra a chuva e em local plano, para que as impurezas provenientes da obra no se misturem ao material. conveniente dispor este depsito prximo betoneira e com fcil acesso para descarga dos caminhes. No h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Pedra britada: comprada a granel, em diversos tamanhos, deve ser depositada em cercado feito de madeira em local plano, como a areia. No preciso proteo com lona ou plstico. tambm conveniente dispor este depsito prximo betoneira e com fcil acesso para descarga dos caminhes, no havendo restries quanto ao tempo mximo de estocagem.

Tijolos: devem ser empilhados em pilhas de, no mximo 1,50 m de altura, cobertos por lona ou plstico. Para que no tombem, eles devem estar intercalados em diferentes posies, cujo procedimento chamado de amarrao. J os tijolos aparentes so mais delicados e podem ficar comprometidos com a umidade excessiva do terreno ou com massas e rebocos provenientes da obra. Por isso, o empilhamento deve ser sobre um tablado de madeira. Quanto aos blocos de concreto, por serem mais pesados, no precisam de amarrao. Alm desses cuidados, importante no usar tijolos e blocos molhados, pois, quando secos, podem provocar fissura na argamassa. recomendvel proteger com uma lona aqueles que sero usados brevemente. No h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Madeira: na obra, em geral, so utilizados diversos tipos de madeira, dependendo de sua utilizao. A forma de armazen-las depende ento do seu uso, ou seja, se so para frmas, pisos ou telhados.

Formas: a madeira especfica para frmas de concreto, andaimes e outros servios vem em tbuas, sarrafos e pontaletes de diversos tamanhos, e ainda em chapas. Pode ser armazenada a cu aberto sem maiores cuidados. As chapas compensadas, entretanto, precisam ficar sobre os pontaletes, longe do solo e cobertas com plstico. Deve ser observado o nmero mximo de chapas que podem ser empilhadas (dado pelo fabricante), pois o excesso de peso pode deformar o produto. Esse tipo de material reaproveitado no decorrer da obra e deve ser descartado ao trmino da construo. No h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Pisos: em local coberto, as tbuas devem ficar sobre estrado de madeira, tramadas de forma a permitir a circulao do ar. Deve chegar obra no mnimo 30 dias antes de ser utilizada para se aclimatar ao lugar. Na hora da entrega, confira os encaixes, medidas, se h peas empenadas, e sua uniformidade, inclusive na largura. No h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Telhado: recomenda-se que as vigas (j cortadas nos tamanhos a serem utilizados na obra) sejam cobertas. No h necessidade de estar sobre estrados. No h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Ao: usado para alicerces, pilares e lajes, o ao vendido por peso ou em barras que chegam obra em caminho. No canteiro de obras, deve ser separado de acordo com o dimetro das barras. Pode ser armazenado a cu aberto mesmo em perodos chuvosos - mas no deve ficar exposto por muito tempo, pois a oxidao excessiva compromete a utilizao do material. Alm disso, no deve ficar em contato direto com o solo, pois a terra prejudica a aderncia com o concreto armado. O tempo mximo de estocagem de 90 dias. Materiais perecveis: os materiais deste tipo so aqueles que podem estragar sob a ao da umidade, devendo ser guardados em local fechado. Neste caso esto includos o cimento e a cal. No entanto, alguns produtos no estragam em contato com a gua, mas, por serem frgeis ou custarem caro, devem ser guardados em local fechado. Esse o caso dos azulejos, vasos sanitrios e portas que, alis, sero comprados somente quando o edifcio j estiver levantado e coberto.Cimento: deve ser empilhado sobre estrado de madeira na embalagem original (sacos de 50 kg), em barraco fechado e seco. As pilhas no devero ter mais de 10 a 15 sacos. A primeira camada de sacos dever ser disposta sobre estrado de madeira com uma altura de 30 cm do solo. As pilhas de sacos tambm devero manter um afastamento de 30 cm das paredes do barraco. Trata-se de um material perecvel, que estraga e empedra se mantido em contato com a umidade. Por isso, deve ser comprado conforme a necessidade, estocando-o sempre em pequenas quantidades. Tempo de estocagem mxima de 30 dias.

Cal: em sua embalagem original (sacos de 20 kg), a cal deve ser empilhada sobre estrado de madeira em barraco fechado e seco, longe do cimento. Como o cimento, a cal perecvel, empedra e estraga facilmente. Portanto, dever ser comprada conforme a necessidade. Tempo de estocagem mxima de 30 dias.

Material hidrulico: os tubos e conexes (vendidos por unidade, metro ou pea) devem ser organizados de acordo com o tipo de pea e separados em prateleiras no almoxarifado. Alm de pequenos e fceis de extraviar, so vulnerveis aos raios ultravioletas do sol, que podem danificar o plstico, contudo, no h restries quanto ao mximo tempo de estocagem.

Material eltrico: os condutes, os cabos, o quadro de luz, as tomadas e outros (vendidos por unidade, metro ou pea) devem ser colocados no almoxarifado, em prateleiras, separados por itens. Estragam quando expostos ao tempo e podem extraviar no decorrer da obra se forem mal armazenados. Sem restries quanto ao tempo de estocagem mxima.

Portas e janelas: sejam quais forem o material (ferro, alumnio ou madeira), as portas e janelas devem ser armazenadas no interior da casa ou almoxarifado, se houver espao. As de alumnio resistem bem ao tempo, mas riscam e mancham facilmente. Por isso o ideal mant-las na embalagem original e sempre em posio horizontal. Sem restries quanto ao tempo de estocagem mxima.

Telhas: as de barro devem ficar prximas ao local de trabalho, em terreno plano e firme, empilhadas na vertical. Para evitar quebras, o melhor manuse-las individualmente. J as metlicas precisam ficar ligeiramente inclinadas para no acumular gua. Quanto s telhas de outros materiais, recomendado consultar o catlogo do fabricante ou prestar ateno embalagem, que sempre traz instrues. Sem restries quanto ao tempo de estocagem mxima.

Piso cermico e azulejo: em local coberto, ou dentro da prpria obra, devem ser empilhados na embalagem original (geralmente, caixas de papelo). Caso o local seja muito mido, aconselha-se manter as caixas sobre um estrado de madeira. Isso porque, embalagens molhadas podem rasgar, comprometendo o manuseio e as prprias peas. Recomenda-se ainda manter as caixas de pisos cermicos em posio conveniente leitura das especificaes do produto. Esse procedimento facilita a identificao, evitando abertura desnecessria das embalagens. Tempo de estocagem mxima: no h restries.

Mrmores e granitos para piso: na embalagem original (caixas de papelo ou de isopor), as placas de mrmore ou granito devem ser guardadas em local coberto, empilhando as caixas de forma que as peas fiquem na vertical. J se estiverem fora da embalagem e expostas ao tempo, devem ser mantidas sobre tbuas de madeira e cobertas com plstico preto, por correrem o risco de perder o brilho sob o sol. Tempo de estocagem mxima: sem restries.Vidro: as peas de vidro no podem ser estocadas. Elas chegam no tamanho correto e so imediatamente instaladas, devendo ser lapidadas para evitar micro-trincas nas bordas.Ferragens e metais: as unidades devem ser estocadas no almoxarifado. Os metais, especificamente, devem ser guardados em sua embalagem original a fim de no risc-los e no h restries quanto ao tempo mximo de estocagem.Vale lembrar que os materiais de construo devem ser comprados conforme a fase e a necessidade da obra. Por isso, deve-se estocar o mnimo possvel e usar antes o que foi comprado primeiro. Afinal, o armazenamento deve ter como objetivo principal atender s necessidades da obra a fim de nunca faltar material quando necessrio.

Barraces: as dimenses de barraces destinados ao almoxarifado e escritrio dependem do volume da obra. O mnimo padro necessrio para uma obra-padro residencial 2,0 m x 3,0 m, onde so feitos a leitura de plantas, o arquivamento de notas fiscais, cartes de ponto e outros documentos da obra. Alojamentos para operrios somente so construdos quando a obra fora do permetro urbano. DIMENSIONAMENTO E PLANEJAMENTO

O canteiro de obras resultado do estudo e da determinao das quantidades de material e mquinas, bem como das atividades que dizem respeito ao empreendimento. Portanto, prprio de cada obra e s poder ser feito conhecendo-se suas caractersticas e a rea que se dispe para a implantao de todas as instalaes necessrias ao canteiro, devendo atender o tempo de durao da obra e o ritmo dado ao cronograma.

Planejar e organizar um canteiro de obras impede a ociosidade de equipamentos e de mo-de-obra, diminui os tempos de deslocamento, racionaliza as atividades, impede operaes semelhantes em locais espaados e minimiza as interferncias: materiais x mo-de-obra.

Para que se defina layout do canteiro, necessrio definir a tecnologia construtiva e o planejamento da execuo. Na primeira, definem-se os equipamentos para transporte vertical e acesso fachada; no segundo, define-se a relao de precedncia entre as principais atividades construtivas, definindo as etapas da obra atravs do cronograma fsico. Principal indicador de atividade econmica, que exprime o valor da produo realizada dentro das fronteiras geogrficas de um pas, em um determinado perodo de tempo.

Traduo: Desenho Assistido por Computador

A designao de obras civis leves surge em contraste com a rea de construo civil pesada que, por sua vez, refere-se a grandes obras de infra-estrutura, tais como barragens, canais, estradas, etc.

Disponvel em http://www.confea.org.br/normativos

Disponvel em http://www.confea.org.br/normativos

Traduo: Teste de penetrao padro. Trata-se de um ensaio que consiste na penetrao do amostrador atravs do impacto de um martelo de 65 kg, caindo de uma altura de 75 cm, erguido por corda.

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