Aula 1 jornalismo impresso

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Aula apresentada para a turma de Laboratório de Jornalismo Impresso, semestre 2012.1, no curso de Jornalismo da UFP. Bibliografia básica: 'Produção Gráfica', Antônio Celso Collaro (Pearson Prentice Hall, 2007) e 'A Construção do Livro', de Emanuel Araújo (Lexicon, 2008).

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Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1

Temas:

Princípios da produção gráfica

Tipologia

Cores – usos na produção visual e gráfica

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

História da escrita

Tipologia vai surgir a partir do sistema ocidental, definido pelo material usado como superfície para a escrita.

Escrita monumental ou maiúscula: materiais duros (pedra, osso, bronze)

Escrita cursiva ou minúscula: materiais leves (papel, couro, madeira)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Introdução

Alfabeto grego – surge a partir das letras semíticas (principalmente fenício), entre os séculos X e VIII a.C.

Dele surgem os alfabetos cirílico e etrusco.

A fusão do alfabeto grego e etrusco dá origem ao alfabeto latino.

Alfabetos antigos

Alfabeto grego

Tipos de escrita

Capitular quadrada: estabelece-se por volta do séc. I e II, escrita alcança equilíbrio e proporção.

Capitular rústica: contemporânea da quadrada, surge para aproveitar melhor o espaço do pergaminho. Mais delgada e hastes mais curtas.

Unciais: Transição do papiro para o códex encadernado, por volta do século IV até VIII. Escrita maiúscula, mais ágil; surgem as capitulares.

Semiunciais: baseado no cursivo romano; surgem as minúsculas; sem serifa; traços curvos; altura irregular.

Carolíngio: normalizado por Carlos Magno, em 789; diferencia maiúsculas de minúsculas; introduz pontuação e espaço em branco entre as palavras.

Gótico: letras anguladas, espessas, adornadas, sem ligaduras. Consolida-se no séc. XIV.

Humanística: desenvolvida na Itália, no começo do século XV; letras delgadas de corpo redondo.

Cancellaresca, minúscula veneziana, ou humanística cursiva: hastes maiores, levemente inclinada; usada pelos secretários papais.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Princípios da produção gráfica

Composição

Reunião de imagens, letras e ornamentos em um impresso.

Estética: ciência que trata da beleza e de seus fundamentos filosóficos

Artistas x Artesãos: beleza x necessidade

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Estética gráfica

Objetivo principal é transmitir informação de maneira limpa e objetiva.

Influência da pintura e da arquitetura.

Estilos clássicos: gótico, românico (antigo e moderno), egípcio, floreal, liberty

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Estilo Bizantino (Catedral de Santa Sofia - Kiev)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Estilo Românico (Campo Miracoli - Pisa)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Basílica de Saint-Sernin de Toulouse

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Estilo Gótico (Catedral de Milan)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Princípios da produção gráfica

Estilo Renascentista (Villa La Rotonda - Vicenza)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Estilo gótico

Primeiro estilo, surge no período dos incunábulos (1450 – 1500)

Influência das 'iluminuras'

Excesso de adornos e pouco legível

Detalhe da catedral de Notre Dame

Detalhe da

catedral

de Milão

Tipos góticos

Iluminura

portuguesa

séc. XIV/XV

Missal medieval

Bíblia de Gutenberg

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Estilo românico

Surge em 1465, baseadas no alfabeto latino de escritura itálica romana e carolíngea; maiúsculas criadas a partir das inscrições lapidárias romanas

Do séc. XVIII ao XIX, surgem as romanas transicionais e modernas.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Garamond

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Didot

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Estilo egípcio

Criados pelos italianos, a pedido dos ingleses, durante a Revolução Industrial

Desenhos simples e com alta visibilidade

Deram origem ao lapidário, ou bastão, inspirado nas inscrições fenícias, com ausência de serifas

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

American Typewriter (egípcio)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Futura (bastão)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Estilo floreal

Popularização e maior liberdade criativa, inspiração em flores para criação. Primeira metade do séc. 20 (art nouveau).

Estilo Liberty

Estilização dos góticos, mais flexibilidade e menos rebuscamento.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Edison Swirl

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Apollo

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Mucha

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Tipo

Bloco de metal fundido onde se encontra, em relevo, um determinado sinal.

Fonte

Conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Estrutura tipográfica

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Critérios para seleção do tipo Família Romana Antiga

Alto grau de legibilidade, rápida absorção e resposta do leitor. Ex.: Times New Roman

Família Romana moderna

Alta legibilidade, contraste entre hastes ainda mais acentuado. Não aconselhável para corpos pequenos e impressão por rotogravura e serigrafia. Ex.: Bodoni

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Critérios para seleção do tipo Família Egípcia

Hastes uniformes e serifas retangulares. Recomendada para textos curtos e comunicação rápida. Ex.: Geometric Slabserif

Família Lapidária ou Bastão

Hastes de espessura uniforme e sem serifa. Muito usada na publicidade. Popularizada pelo movimento Bauhaus. Ex.: Helvetica

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Critérios para seleção do tipo Família Cursiva

Bonitas plasticamente, porém comprometem a comunicação nos quesitos visibilidade e legibilidade. Esta família inclui as letras manuscritas; as de fantasia; as góticas; e demais fontes que recebem adornos.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Classificações dos tiposEnvolve diferentes inclinações, larguras, tonalidades e

usos ortográficos.

Classificação por inclinação

Redondo: Sem inclinação; Itálicos ou grifos: inclinados

Classificação por largura

Média, condensada ou expandida

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Classificação por tonalidade

Ligada à força da letra e a relação entre a espessura das hastes e o espaço em branco interno da letra. Pode ser regular; bold ou negrito (extrabold / semibold) e light (extralight).

Classificação por uso ortográfico

Caixa alta (maiúsculas); caixa baixa (minúsculas); e versaletes (maiúsculas com altura de minúsculas).

Times New Roman redondo e itálico

Futura média e condensada

Gill Sans regular, light, bold e extrabold

Fonte em caixa alta e versalete

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Unidades tipográficas

Sistema duodecimal (francês / Didot e anglo-americano)

Unidades

Ponto: criada por Pierre Simon Fournier em 1737. Aperfeiçoada por Didot.

(0,376 mm)

Cícero: 12 pts (4,532 mm)

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 - Tipologia

Unidades tipográficas

Paica: do inglês pica. Baseado na polegada. Equivale a 12 pontos (0,3515 mm) = 4,218 mm.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Cor

Informação recebida pelos seres vivos por meio de seus aparelhos visuais – quanto mais complexo o aparelho, mais cores irá perceber cada ser vivo.

Diferentes fatores atuam na preferência, como sexo, idade, cultura, clima e gosto pessoal.

É composta por ondas eletromagnéticas cujo comprimento de onda varia entre 380 nanômetros e 780 nanômetros. (nanômetro = 10 ângstroms = 0,000000001 metro)

Espectro visível e invisível aos olhos humanos

Frequência e comprimento de onda das cores

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Síntese aditiva

Teoria das Cores foi descoberta por Isaac Newton.

Decomposição da luz branca gera 30 cores, com predomínio de três cores básicas: vermelho, verde e azul-violeta.

Soma das cores básicas gera cores complementares ou branca.

Modelo RGB

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Síntese subtrativa

Oposto da aditiva.

Corpos absorvem a luz e refletem determinado comprimento de onda, que enxergamos como cor.

Assim, adição de cores subtrativas reduz a luz refletida pelo objeto até chegar ao preto.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Círculo cromático

Disposição das cores complementares em círculo facilitando identificação entre opostos.

Soma dará branco para cores emitidas ou preto para cores adicionadas.

Cores complementares são as que causam mais contrastes ao serem combinadas.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Psicologia das cores

Contrastes simultâneos devem ser usados com pesos diferentes.

Comportamento das cores é influenciado pelo contraste entre fundo e figura.

Cores têm significados psicológicos.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Significado das cores

Preto – tragédia, luto, vazio, solidão, luxo, distinção.

Branco – paz, isolamento.

Vermelho – alegria, força, vitalidade, amor, estímulo à procriação e à sobrevivência, força, dinamismo, revolta, energia, barbárie, coragem, furor, vulgaridade, poderio, glória, calor, etc.

Laranja – força, calor, fortuna.

Verde – calma, frio, estático, estabilidade, adolescência, bem-estar, paz, saúde, abundância, tranquilidade.

Amarelo – cor quente que contrasta com o preto melhor que o branco.

Azul – profundidade, feminina, discreta, que acalma, espaço, viagem, verdade, sentido, afeto, espiritualidade.

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Poder de atração das cores

Formas e seu poder de concentração

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Cores e os sentidos

Ácido Doce Amargo

Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Legibilidade

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Laboratório de Jorn. ImpressoAula 1 – Teoria das Cores

Contraste x fonte

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