Post on 20-Sep-2018
Aula 10: Diabetes Mellitus (DM)
� Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características;
� Insulina: é um hormônio, responsável pelo controle do açúcar no sangue.
� DM: insulina pouca ou ausente = aumento do açúcar no sangue (hiperglicemia) = Diabetes Mellitus;
� A falta da insulina impede a glicose de entrar nas células, o que tem por efeito elevar seu nível no sangue (hiperglicemia).
Diabetes Mellitus (DM)
Através do exame de glicemia em mg/dL(açúcar) no sangue, avaliado nas fitas teste ou coletado com seringa para análise laboratorial. Podem ser:
Diabetes Mellitus - Diagnóstico
≥ 200 (com sintomas clássicos)
≥ 200≥ 126Diabetes Mellitus
≥ 140 a < 200> 100 a < 126Tolerância àglicose
diminuída
< 140< 100Glicemia normal
Casual2 h após 75g glicose
JejumCategoria
� Diabetes Mellitus tipo I: ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.
� No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta).
� Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina
Diabetes Mellitus - tipos
� Diabetes Mellitus tipo II: provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção;
� No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Diabetes Mellitus - tipos
Diabetes Mellitus – tipo II
Outras formas de Diabetes Mellitus:� Quadro associado a desordens genéticas, infecções,
doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
� Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.
Diabetes Mellitus - tipos
Outras formas de Diabetes Mellitus:� Diabetes Gestacional: circunstância na qual a doença é
diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.
Diabetes Mellitus - tipos
Diabetes Mellitus - sintomas
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo. Os sintomas do aumento da glicemia são:
� sede excessiva� aumento do volume da urina,� aumento do número de micções� surgimento do hábito de urinar à noite� fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada� aumento de apetite� perda de peso (tipo I) e ganho de peso (tipo II).
Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.
Diabetes Mellitus - sintomas
Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus (tipo II), conforme apresentado a seguir:
� Idade maior ou igual a 45 anos;� História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos);� Sedentarismo;� HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados;� Hipertensão arterial;� Doença coronariana;� DM gestacional prévio;� Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de
filhos nos primeiros dias de vida;� Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas,
diuréticos tiazídicos e betabloqueadores).
Diabetes Mellitus tipo II – fatores de risco
� Manter peso normal;� Praticar atividade física regular; � Não fumar; � Controlar a pressão arterial;� Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir
o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos); � Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem
resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na gravidade de suas complicações.
Diabetes Mellitus tipo II –prevenção
Diabetes Mellitus – classificação (OMS)
Produção insuficiente de insulina; resistência à
insulina (ação da insulina)
Destruição imulológica das
células B de indivíduos
geneticamente suscetíveis – auto-
imuneOu idiopática
Deficiência
AcentuadaModeradaPredisposição genética
90-95 %5-10%Prevalência
Geralmente obesoFreqüentemente subnutrido (magro)
Estado nutricional início da doença
Geralmente diagnosticada acima dos
35 anos
Infância ou puberdade (forma abrupta)
Idade de início
Diabetes tipo 2Diabetes tipo 1
� Tipo I: Insulinoterapia;� Tipo II: Hipoglicemiantes orais e/ou insulinoterapia.
Diabetes Mellitus – tratamento
� Insulina de ação rápida: início de ação é rápido mas a duração do efeito é curta – administrada próximo às refeições;
� Insulina de ação intermediária: o início da ação éretardado, mas o efeito é mais duradouro;
� Insulina de ação prolongada: o início de ação é muito lento, mas o efeito é longo, mais de 24 h.
Insulinoterapia
� São fármacos que tem a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum < 100 mg/dl e pós-prandial < 140 mg/dl);
Hipoglicemiantes orais
Inibidores da alfa-glicosidaseInibidores de absorção de carboidratos
BiguanidasTiazolidinedionas
Sensibilizadores de insulina
SulfoniluréiasMeglitinidas
Secretagogos de insulina
� Secretagogos de insulina : estimulam a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas e potencializam a ação da insulina nos tecidos (sulfoniluréias e glinidas) = clorpropamida, glibenclamida; repaglinida, nateglinida;
Hipoglicemiantes orais
� Sensibilizadores de insulina : Reduzem a resistência insulínica e aumentam a captação de glicose nos tecidos periféricos, aumentando a remoção de glicose do sangue;
� Reduzem a produção hepática de glicose;� Reduzem a absorção intestinal de glicose;� Aumentam a ligação da insulina a seus
receptores e reduz os níveis plasmáticos de glucagon;
� Obs: Reduz as lipoproteinas de baixa densidade (LDL) e muito baixa densidade (VLDL);
� Biguanidas (metformina) e glitazonas.
Hipoglicemiantes orais
� Inibidores da absorção de carboidratos (inibidores das alfa-glicosidases): Provoca redução na absorção de carboidratos complexos no intestino delgado e conseqüente redução na digestão, levando a uma queda no pico de glicose pós-prandial.
� Acarbose;
Hipoglicemiantes orais
Hipoglicemiantes orais – locais de ação
� Plano alimentar adequado;� Fracionamento das refeições - distribuição harmônica
dos alimentos, evitando concentrações de carboidratos em cada refeição, reduzindo, assim, o risco de hipo e hiperglicemia;
� Consumo de fibras alimentares (frutas, verduras, legumes, leguminosas e cereais integrais) – tornam a absorção do açúcar mais lenta e gradual;
Diabetes Mellitus – cuidados básicos
Diabetes Mellitus – cuidados básicos
� Medicamentos: usar corretamente;� Insulina: conservar adequadamente (refrigerador - não congelar);� Peso: manter o ideal;� Glicemia: controlar;� Fazer exercícios regularmente - orientados� Hiperglicemia e Hipoglicemia: atentar para sinais e sintomas;� Cuidados com os Pés: Examinar, manter unhas aparadas, não retirar
cutículas, usar calçado confortável e macio;� Não fumar;� Evitar ingerir álcool;� Usar cartão de identificação de portador de diabetes;� Participar, se houver, na sua comunidade, de grupos de diabéticos.
Diabetes Mellitus – sinais de alerta
Hipoglicemia:� Ocorre pelo nível muito baixo de açúcar no sangue. � Pode ser causada por insulina demais, alimentação de
menos ou atrasada, exercícios, álcool, etc.� Sintomas comuns: tremores, suor excessivo, palidez,
palpitação, irritabilidade, dor de cabeça, tontura, cansaço, confusão e fome. Se o nível de açúcar no sangue cair a valores muito baixos, a pessoa pode perder a consciência ou sofrer um ataque.
Diabetes Mellitus – sinais de alerta
Hiperglicemia:� É o oposto da hipoglicemia, ocorrendo quando o corpo
tem açúcar demais no sangue. � Pode ser causada por insulina insuficiente, excesso de
alimentação, inatividade, doença, estresse, isoladmenteou em conjunto.
� Sintomas comuns: cansaço, visão borrada, vômitos, vermelhidão facial, dor abdominal, pele seca, inquietude, pulso rápido, respiração profunda, podendo apresentar pressão baixa, hálito de maçã e progredir para o coma.