Aula 2010 05 Mar Crescimento Populacional Capitalismo

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AMBIENTE SAÚDE E SOCIEDADE

Temáticas da aula:

•Crescimento e aglomeração populacional

•Sistema capitalista, divisão do trabalho e da produção – reflexos na saúde do trabalhador e no ambiente•Alterações do meio natural

Sociedades primitivas – caça, pesca e coleta – nomadismo – vida grupal - altas taxas de mortalidade

• Estabelecimento de regras para a vida grupal

• Criado todo um sistema de valores e normas para a convivência dentro do grupo e para a proteção contra outros grupos

• Desenvolvimento tecnológico – domesticação de plantas e animais – produção de volume superior ao que

necessita para viver

– escambo

• Fixação da habitação

• Trocas – localização no espaço e no tempo

• Fixação residencial em função do comércio – crescimento de aglomerados populacionais

• Evolução do estabelecimento de normas para a vida em povoados

• Agrupamentos evoluíram para sociedades: – conjunto de pessoas unidas pelo

sentimento de consciência do grupo, que convivem em uma base territorial, seguindo normas comuns, compartilhando valores e conhecimentos, construindo a sua cultura

• Surgem as cidades, comandando sua região complementar – interligação campo-cidade

• Sistema de transporte ainda rudimentar – rios e caminhos (espinha de peixe)

• Desenvolvimento científico e tecnológico: aumento da produtividade do campo

==> aumento da população nas cidades

==> revolução industrial

==> metrópoles

==> regiões metropolitanas

==> pólos de crescimento

==> distritos industriais

==> inchaço urbano com população pobre: centros degradados e periferia marginal

• Século XX (final)- 40% da força de trabalho vive no campo

- 75% da pessoas que passam fome vivem na área rural

- Predomínio de jovens na população (primeiro registro na história)

• Século XXI – Aumento da desigualdade do crescimento

demográfico mundial

- Aumento proporcional do número de pessoas idosas em países desenvolvidos

- Avanços do saneamento e medicina alterando a mortalidade sem alterar as condições sócio econômicas fundamentais

• Estimativa para meados do século XXI: - Triplicarão população os países asiáticos

como Afeganistão e um grande número de nações da porção subsaariana da África (como Libéria, Uganda, Burundi, Chade e Congo).

- Países considerados os mais pobres do mundo, mesmo tendo taxas de mortalidade acima da média mundial, os países em questão têm apresentado taxas de natalidade persistentemente altas.

- Urbanização de doenças silvestres

• Trilogia do controle populacional:

– Guerra (conflitos entre países, regiões, violência urbana)

– Peste (AIDS, gripe do frango, guerra biológica)

– Fome (geração e distribuição, problemas climáticos)

• Teoria da transição demográfica: – Início: altas taxas de natalidade e

mortalidade, com reduzido crescimento populacional.

– Intermediário: queda da mortalidade em ritmo mais rápido que a da mortalidade, com rápido crescimento populacional.

– Tendência: baixas taxas de natalidade e de mortalidade, com crescimento populacional muito pequeno

• As sociedades humanas: – evoluíram– dominaram a agricultura

– desenvolveram tecnologias– criaram a produção em série – fizeram as revoluções comercial e

industrial– desenvolveram o sistema capitalista de

produção– promoveram a distribuição mundial do

trabalho e da produção

• Paralelamente a esse avanço geral, as sociedades:– foram se dividindo:

• em castas• em classes sociais• em países capitalistas e socialistas • em ricos e pobres

• em dominantes e dominados

– foram perdendo a interação harmônica com a natureza e com os próprios homens com a perda de bem estar:

• físico• mental

• emocional• psicológico• afetivo• social• espiritual

• PERDERAM SAÚDE

• Hoje a saúde é vista não como a ausência da doença, mas como o bem estar em diferentes setores: físico, mental, emocional, psicológico, afetivo, social, espiritual, o que envolve não apenas as condições presentes de vida, mas as expectativas de vida futura.

• Saúde se vincula diretamente com o ambiente, entendido como a interação da sociedade com a natureza, de forma indissociável, pois as condições e/ou alterações do meio natural só têm importância para o homem quando passam a ser por ele percebidas, e quando a natureza passa a ser vista como fonte de recursos, os recursos naturais.

• Idéia de desenvolvimento direcionada pelos parâmetros da teoria capitalista- atrelada ao crescimento econômico- viés: reduzir a questão do desenvolvimento aos parâmetros da análise econômica- indicadores como renda “per capita” para medir o desenvolvimento de regiões e países- sem preocupação com a distribuição dessa renda e com a qualidade de vida da população

• AS BASES CAPITALISTAS DO DESENVOLVIMENTO

Conceito de desenvolvimento: alterações ao longo do tempo, mas continua fortemente vinculado aos preceitos do capitalismo

Planejamento como solução: intervenção governamental para promoção do desenvolvimento – 2ª guerra e reconstrução da Alemanha e Japão

E a constante falência do desenvolvimento planejado parece ter sido o grande impulso para que se generalizassem as reflexões sobre qual o desenvolvimento desejado, para que e para quem.

AS NOVAS CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO

• Década de setenta - Paul SINGER (1976), em sua tese, coloca que o desenvolvimento implica em mudança estrutural da economia, não “...apenas mudança do tamanho relativo de cada setor da economia, mas das relações entre os setores, as quais são derivadas da divisão social do trabalho.” (p. 13)

• Planejamento como instrumento para a correção de desigualdades entre indivíduos, regiões ou países.

• O desenvolvimento continua integrante indispensável, mas é meio. Fim é a satisfação das necessidades básicas, a qualidade de vida, a equalização de oportunidades, os direitos da cidadania.

• PNUD –1990-Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), composto de três indicadores interligados: alfabetização, expectativa de vida e poder de compra.

• O PNUD também definiu desenvolvimento como oportunidade, reconhecendo a importância do fator político, sendo que oportunidade é considerada, sobretudo, questão de competência construída, que pode ser feita, alargada, potencializada ou destruída (DEMO, 1993).

“Como resultado, os indicadores selecionados para o índice de desenvolvimento humano procuram retratar esta complexidade orgânica: a alfabetização indica, sobretudo, a capacidade de compreender e definir oportunidade, sob a perspectiva de sujeitos históricos competentes; a expectativa de vida indica a necessidade de longa vida para se ter a devida oportunidade, a par das condições favoráveis de subsistência; o poder de compra representa a imprescindível base econômica.” (DEMO, 1993, p. 144)

A incorporação da idéia de continuidade no conceito de desenvolvimento, ocorreu mais recentemente: “O desenvolvimento pode ser concebido basicamente como um processo de mudança estrutural, global, contínua de liberação individual e social que tem como objetivo satisfazer as necessidades humanas, iniciando pelas básicas e aumentar a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.” (RODRIGUEZ, 1997, p. 51)

Essa incorporação da qualidade de continuidade vem sendo bastante discutida e deu origem ao conceito de desenvolvimento adjetivado de “sustentável” que, nada mais é do que o desenvolvimento que deve ser buscado.

Das colocações feitas por diferentes autores, pode-se concluir que o desenvolvimento é intrinsecamente dinâmico, tem inegavelmente uma base econômica e tecnológica, obrigatoriamente deve contemplar a qualidade de vida e só pode ser mensurado por comparação, embora deva contemplar as diversidades regionais.

Mas, é necessário que o desenvolvimento seja considerado juntamente com os seus reflexos ambientais, isto é, as alterações que provoca na saúde da natureza e na saúde dos seres humanos.

Problemas ambientais

- Decorrentes da ação humana- poluição

- ocupação de áreas inadequadas

- uso e degradação da água doce

- degradação das condições dos mares

- problemas na camada de ozônio

- Decorrentes das alterações ambientais próprias da evolução do planeta e do universo

- furacão e tormentas

- erupção vulcânica- abalo sísmico

- tsunami

- radiação solar

- mudanças climáticas

Assim, algumas questões se colocam:

– Qual a tendência do crescimento populacional no Brasil e no mundo?

– Qual a tendência de ocupação de áreas terrestres e territórios?

– Deve-se desvincular a noção de desenvolvimento dos moldes capitalistas de produção?

c) Se a resposta for sim, o acesso à ciência e tecnologia ficarão prejudicados?

e) Se continuarmos com acesso à ciência e à tecnologia, como promover o desenvolvimento sem dependência?

• No mundo atual, com enorme facilidade de comunicação, como evitar a geração de necessidades – e desejos - por comparação/imitação e fazer respeitar a cultura local e regional no desenvolvimento?

• Sendo qualidade de vida um juizo de valor que diferencia para cada cultura e grupo, como deve ser inferida a meta de qualidade desejada?

• Se saúde é o bem estar físico, mental, emocional, psicológico, afetivo, social, espiritual, como ter saúde num mundo globalizado, com valores tão díspares e enorme heterogeneidade na distribuição de recursos naturais e humanos?

• Saúde pode ser conceituada de forma diferente pelas diferentes culturas?

• Se a resposta for sim, como evitar que epidemias se transformem em pandemias, uma vez que nenhuma sociedade/cultura vive totalmente isolada no planeta terra?

• Se a resposta for não, como políticas sociais e de saúde podem ser viabilizadas economicamente nos países ou regiões mais pobres?

• Se as alterações do meio natural - próprias da evolução do planeta ou decorrentes da ação antrópica no passado – não podem ser controladas, há esperança para a vida na Terra?

• Com base na questão anterior, qual o cenário futuro provável dentro de 10 ou 20 anos?

vania@infonet.com.br