Cancer de Mama

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CÂNCER DE MAMARafaela Oliveira e Sheyliene Tomaz

CÂNCER DE MAMA- ESTATÍSTICAS

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. 

CÂNCER DE MAMA- ESTATÍSTICAS

Estimativa de novos casos: 49.240 (2010) Número de mortes: 11.860, sendo 11.735

mulheres e 125 homens (2008) Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer

(INCA), são esperados de 49.400 novos casos de câncer de mama em 2010, com um risco de 49 casos a cada 100 mil mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença. O mapa abaixo mostra dados do INCA para 2010 de acordo com os estados do Brasil:

CÂNCER DE MAMA- ESTATÍSTICAS

DEFINIÇÃO

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

O Câncer de mama é um tumor que se origina quando as células da mama começam a se dividir e multiplicar de maneira desordenada, originando uma neoplasia. Eles podem ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, sendo que nas mulheres é muito mais freqüente.

Os cânceres de mama podem ser:

 Carcinoma ductal: quando as células envolvidas são os ductos mamários. Podem ser in situ, quando não ultrapassam as primeiras camadas de células, ou invasor, quando acomete tecidos vizinhos;

- Carcinoma lobular: quando as células são lóbulos (ou bulbos) que produzem o leite. Esse tipo de tumor também pode ser in situou invasor e normalmente acomete as duas mamas;

- Carcinoma inflamatório: é um tipo raro de câncer de mama que compromete toda a mama por ser altamente invasor, deixando-a quente, inchada e vermelha,

como numa inflamação.

TIPOS

TIPOS

Sarcoma de mama: são tumores originados dos tecidos conjuntivos (músculo ou gordura) da mama. Podem ser: fibro-histiossarcoma maligno, fibrossarcoma, leiomiossarcoma;

- Tumores raros de mama, como a doença de Paget, que se inicia no mamilo; linfomas, que acometem o sistema linfático da mama; carcinoma mucinoso, carcinoma medular, carcinoma tubular, carcinoma papilífero, tumor filóide maligno, dentre outros.

CAUSAS

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores, tanto genéticos quanto ambientais, podem influenciar o aparecimento e o desenvolvimento desse tipo.

 A idade constitui outro fator de risco para a doença, uma vez que há um aumento rápido na incidência do câncer de mama à medida que se envelhece (principalmente após os 50 anos). Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs).

CAUSAS

As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

tabagismo, Hábitos alimentares, Alcoolismo, Medicamentos, Fatores ocupacionais, Radiação solar, Hábitos sexuais.

 Nódulo mamário ou um espessamento de parte da mama que a deixe diferente do tecido em volta;

- Secreção de sangue ou algum outro líquido pelo mamilo;

- Mudança no formato ou tamanho da mama; - Mudança na pele da mama, como

aparecimento de ondulações ou covas; - Inversão do mamilo para dentro da mama; - Descamação da pele dos mamilos; - Vermelhidão.

SINAIS E SINTOMAS

Mudanças de cor, reentrâncias ou enrugamentos em uma determinada área da mama;

- Presença de um ou mais nódulos nas axilas; - Sensação de calor, rubor ou inchaço na mama. É importante ressaltar que nem todo nódulo

mamário é um câncer de mama. Cerca de 4 dentre 5 casos de nódulos mamários que são diagnosticados são benignos. Entretanto, é sempre importante que um médico faça o diagnóstico correto.

Os sintomas de câncer de mama masculino são bem semelhantes ao feminino e na suspeita, um médico

sempre deve ser consultado.

SINAIS E SINTOMAS

Outros fatores de risco que os cientistas acreditam estar relacionado ao câncer de mama são:

- Exposição à radiação ionizante em idade inferior a 35 anos;

- Obesidade; - Menarca precoce (idade da primeira menstruação); - Menopausa tardia (idade da última menstruação); - Ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos; - Nuliparidade (não ter filhos); - Fazer terapia de reposição hormonal pós-menopausa; - Ingestão regular de álcool, mesmo em quantidades

moderadas; - Ocorrência anterior de câncer de mama, sendo esse

um dos principais fatores de risco para desenvolvimento de uma nova doença;

PREVENÇÃO

Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.

A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas

que estão envolvidas na sua etiologia.

AUTOEXAME DAS MAMAS

O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.

Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, traz consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.

Portanto, o exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado  para essa atividade.

Uma vez detectado o câncer de mama, o médico pode solicitar mais exames para saber qual o estágio de evolução do tumor. Esses exames incluem:

- Testes de sangue; - Mamografia da outra mama; - Raio-X do tórax; - Tomografia computadorizada; - Tomografia de emissão de pósitrons. Esses exames ajudam a detectar em qual nível

o tumor está e qual o grau de comprometimento de tecidos e órgãos vizinhos.

O câncer de mama tem estágios de 0 a IV dependendo da sua gravidade e grau de invasão.

No estágio 0, o câncer é considerado carcinoma in situ,

ou seja, ainda não é invasivo.

DIAGNÓSTICO CLÍNICO Exame Clínico das Mamas (ECM)

Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres entre 40 e 49 anos.

Mamografia(radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.

É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de

diagnóstico. O desconforto provocado é suportável. 

-Ultrassom das mamas: nesse exame, ondas sonoras são usadas para produzir imagens do interior da mama.

- Ressonância Magnética: tem por função mostrar imagem do interior da mama. Antes do exame, o paciente recebe uma injeção de corante.

- Biópsia: remove uma parte das células suspeitas e ajuda a determinar se são realmente malignas ou não. Uma amostra de biópsia também analisa qual o tipo de célula envolvida no câncer de mama, qual o seu estágio de evolução, o grau de agressividade e se a célula

possui receptores hormonais ou não.

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

LEI 11.664 DE 2008

Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.

Os procedimentos cirúrgicos para o câncer de mama incluem:

 Lumpectomia: nessa cirurgia, é removido o tumor e parte do tecido ao redor da massa tumoral

- Mastectomia parcial e quadrantectomia: esta cirurgia remove mais tecido ao redor do tumor que a lumpectomia. Na quadranctomia, remove-se ¼ da mama.

- Mastectomia total: nessa cirurgia, remove-se todo o tecido da mama com o tumor. A mastectomia pode envolver a retirada de todo o tecido da mama (tecido gorduroso, ductos, pele, aréola e mamilos) ou também retirada do tecido muscular sob a mama, juntamente com linfonodos axilares.

- Remoção de linfonodos: o câncer de mama pode, por vezes, se espalhar para os linfonodos. O cirurgião determinará se um ou mais linfonodos axilares para evitar que o câncer se espalhe para outros órgãos.

As cirurgias podem ter complicações inerentes à técnica, como sangramentos e infecções.

No caso da remoção total da mama, as mulheres podem optar por reconstrução após a cirurgia. As opções incluem reconstrução com implantes sintéticos ou com o próprio tecido da paciente.

A radioterapia usa raios altamente energéticos para matar as células do câncer. Normalmente, emprega-se grandes máquinas para lançar radiação na região afetada, entretanto, a radiação pode ser administrada colocando-se um material radioativo dentro do corpo do paciente (braquiterapia).

Radiação externa é normalmente usada após a lumpectomia para cânceres que estão em estágio inicial. Médicos também podem recomendar a radioterapia para a mastectomia total de cânceres que estão em estágio avançado.

Os procedimentos cirúrgicos para o câncer de mama incluem:

Na quimioterapia, utilizam-se medicamentos para matar as células tumorais. Se o câncer tem alta chance de recidiva ou de se espalhar para outras partes do corpo, o médico pode indicar a quimioterapia após a cirurgia de remoção do tumor para diminuir as chances de complicação.

A quimioterapia também é indicada para pacientes com metástase.

- Hormonioterapia: esse tipo de tratamento é indicado para tumores que são sensíveis a hormônios femininos: estrógeno e progesterona. cirurgia ou medicamentos que interrompem a produção de hormônios pelos ovários.

- Drogas-alvo: esses medicamentos são específicos para anormalidades encontradas nas células tumorais.

Os procedimentos cirúrgicos para o câncer de mama incluem:

COMPLICAÇÕES Uma grave complicação do câncer de mama é a

sua capacidade de invadir outros órgãos, ocasionando crescimento tumoral em diversas partes do corpo, como pulmões, rins, fígado, cérebro e ossos.

A hipercalcemia é a maior complicação metabólica do câncer de mama, estando normalmente relacionada à presença de metástase óssea (cerca de 80% das pacientes evoluem para metástase óssea). No quadro de hipercalcemia, o paciente apresenta fadiga, náusea, vômitos, constipação, cefaléia, poliúria (necessidade de urinar muitas vezes ao dia) e desidratação. Quando não tratada, o paciente pode ainda apresentar:

confusão mental, sonolência e coma.

Metástase cerebral também é uma das complicações do câncer de mama, que atinge de 5,9 a 39% dos casos. Nesse caso, o paciente pode apresentar aumento da pressão intracraniana e cefaléia. A compressão medular também pode ser decorrente da metástase cerebral do câncer de mama. Nesse caso, os principais sintomas são dor, fraqueza, disfunção autônoma e diminuição da sensibilidade.

A metástase leptomeníngea (que atinge as meninges) é mais freqüente no carcinoma lobular e os pacientes podem reclamar de cefaléia, diplopia (visão dupla), deficiência auditiva, fraqueza de membros etc.

Outras complicações das metástases do câncer de mama incluem derrame pleural neoplásico, linfagite carcinomatosa (quando a metástase é torácica) e linfedema de braço (obstrução da circulação linfática que causa tumefação de algum órgão).

COMPLICAÇÕES

Fontes de referência: Site: inca.com.br // Hcp.com.br

OBRIGADA!!!!