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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Parte 6 – Modelos de determinação da inflação
Nesta parte 6 serão analisadas quatro teorias gerais sobre a inflação: a teoria da inflação de
demanda, a teoria da inflação de custos, a teoria monetarista da inflação e a teoria
keynesiana da inflação. Nesta última, será particularmente discutida a versão inercialista.
Será, também, visto um novo modelo macroeconômico de determinação do PIB e da
taxa de inflação (e não do nível geral de preços).
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Capítulo 16Teorias sobre a inflação
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Aula AnteriorCAPÍTULO 15 – Modelos macroeconômicos para uma
economia aberta15.1 O equilíbrio no mercado de produto;
15.2 A curva que representa o equilíbrio do Balanço de Pagamentos;
15.3 O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação da taxa de câmbio nominal fixa e inalterada;
15.4 Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos;
15.5 Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa;
15.6 Modelo geral dos novos keynesianos para um economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa;
15.7 O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível;
15.8 Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de pagamentos e taxa da câmbio flexível;
15.9 Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de pagamentos e taxa de câmbio flexível.
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Nesta AulaCAPÍTULO 16 – Teorias sobre a inflação
16.1 Teoria da inflação de demanda;
16.2 A teoria da inflação de custos;
16.3 A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo estático;
16.4 A Curva de Phillips;
16.5 Teoria monetarista da inflação;
16.6 Teoria keynesiana da inflação;
16.7 Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio;
16.8 O regime de metas inflacionárias.
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• A inflação é uma situaçãosituação de aumentos contínuoscontínuos e generalizadosgeneralizados dos preços dos bens e serviços.
• A inflação é um problema mundial e atinge o Brasil desde longa data.
• Não existe uma relação definida entre nível de desenvolvimento e taxa de inflação (ou seja, encontram-se países mais desenvolvidos com altas e com baixas taxas de inflação).
Introdução
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Introdução
• Taxas de inflação na Argentina, Brasil e Estados Unidos.
Períodos Taxas Médias de Inflação Anual (%)
Argentina Brasil EUA
1900-1937 1,4 2,9 1,4
1950-1983 47,4 34,3 3,3
1984-1985 649,5 211,8 3,9Fonte: Cardoso (1989, p. 96).
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Introdução
• Taxas de inflação na América Latina - 1960/1988 (% ao ano durante o período).
Fonte: Cardoso (1989, p. 24).
1960-69 1970-79 1980-85 1986-87 1988E
Países com inflação alta
Argentina 22,9 132,8 335,5 110,7 560,0
Bolívia 6,3 15,9 2.251,5 145,5 20,0
Brasil 45,8 30,5 142,0 187,5 1.000,0
Chile 25,1 174,0 23,8 19,7 19,0
Peru 9,7 26,5 97,3 81,9 2.000,0
Uruguai 50,1 59,3 48,8 70,0 60,0
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Introdução
• Taxas de inflação na América Latina - 1960/1988 (% ao ano durante o período).
Fonte: Cardoso (1989, p. 24).
1960-69 1970-79 1980-85 1986-87 1988E
Países com inflação média
Colômbia 11,2 19,3 23,1 21,1 40,0
Costa Rica 2,0 10,4 34,2 14,3 -
Equador 4,2 11,9 25,6 26,3 45,0
México 2,7 14,7 56,4 109,0 145,0
Paraguai 4,3 11,1 17,0 26,8 30,0
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Introdução
• Taxas de inflação na América Latina - 1960/1988 (% ao ano durante o período).
Fonte: Cardoso (1989, p. 24).
1960-69 1970-79 1980-85 1986-87 1988E
Países com inflação baixa
República Dominicana 1,3 9,2 16,9 14,4 60,0
El Salvador 0,4 9,4 15,2 28,4 120,0
Guatemala 0,5 8,9 8,2 24,6 -
Haití 2,2 9,2 10,6 4,1 -
Honduras 1,9 6,6 8,8 3,5 -
Panamá 1,0 6,0 5,0 0,5 0,2
Venezuela 1,1 6,6 12,9 19,8 40,0
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• As causas da inflação variam de país para país e para um mesmo país as causas de inflação variam ao longo do tempo.
• Não obstante, essas causas podem ser explicadas por algumas teorias gerais sobre o processo inflacionário.
Introdução
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• Inflação de demanda é o aumento geral de preços causado por um deslocamento ascendente (isto é, para a direita) da curva de demanda agregada.
• Este deslocamento causa um excesso de demanda agregada no nível de preço previamente existente, levando ao aumento de preços (que é a inflação).
Teoria da inflação de demanda
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Gastos do Governo
ou
Alíquotas de impostos
ou
Propensão marginal a poupar
Desloca IS para direita
Desloca DA para direita
Produto Ofertado (y0) <
Produto Demandado (y1)
(excesso de demanda agregada)
Preço
Teoria da inflação de demandaD0
D0S0
S0
P
P0
y0 y1 y
Oferta e demanda agregada.E F
I0
L0
I1
S1S0
r
r0
y0 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
FM0
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0
W0
N
Wj(P0, N)
P0f(N)
E
D1
D1
P2
G
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Preço
Valor real dos ativos possuídos pelo setor privado
Consumo do setor privado
Exportações reais
Importações reais
Desloca IS para esquerda.
Teoria da inflação de demandaD0
D0S0
S0
P
P0
y0 y1 y
Oferta e demanda agregada.E F
I0
L0
I1
S1S0 S2
r
r0
y0 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
FM0
I2
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0
W0
N
Wj(P0, N)
P0f(N)
E
D1
D1
P2
G
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Preço
Oferta nominal de moeda
Desloca LM para esquerda.
Teoria da inflação de demandaD0
D0S0
S0
P
P0
y0 y1 y
Oferta e demanda agregada.E F
I0
L0
I1
S1S0 S2
r
r0
r2
y0 y2 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
GF
M0
L1
M1I2
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0
W0
N
Wj(P0, N)
P0f(N)
E
D1
D1
P2
G
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Preço
Desloca a curva de demanda de trabalho pra a direita.
Desloca a curva de oferta de trabalho pra a esquerda.
Teoria da inflação de demandaD0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y1 y
Oferta e demanda agregada.E
G
F
I0
L0
I1
S1S0 S2
r
r0
r2
y0 y2 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
GF
M0
L1
M1I2
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0 N2
W0
N
W2
Wj(P0, N)
j(P2, N)
P2f(N)P0f(N)
E
G
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• O produto demandado reduz de y1 para y2 (movimento ao
longo da curva D1D1) pois:
Preço Valor real dos ativos Consumo do setor privado.
Preço Exportações líquidas.
• Adicionalmente, o investimento do setor privado pode diminuir na passagem do ponto F ao ponto G se as iso–investimentos forem mais inclinadas do que as curvas LM.
Teoria da inflação de demandaD0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
Oferta e demanda agregada.E
G
F
I0
L0
I1
S1S0 S2
r
r0
r2
y0 y2 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
GF
M0
L1
M1I2
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0 N2
W0
N
W2
Wj(P0, N)
j(P2, N)
P2f(N)P0f(N)
E
G
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Ao final do processo a economia atinge um novo equilíbrio interno com os valores y2 de produto, P2 de
nível geral de preços, r2 de
taxa de juros e N2 de
emprego.
• Todos esses valores são maiores do que no ponto inicial.
• A inflação de demanda é o aumento do nível geral de preços de P0 para P2.
• A taxa de inflação (em percentagem) é
Teoria da inflação de demandaD0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
Oferta e demanda agregada.E
G
F
I0
L0
I1
S1S0 S2
r
r0
r2
y0 y2 y1 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
GF
M0
L1
M1I2
r1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
N0 N2
W0
N
W2
Wj(P0, N)
j(P2, N)
P2f(N)P0f(N)
E
G
.100P
PP
0
02
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• A inflação de custos é o aumento geral de preços causado por um deslocamento ascendente (isto é, para a esquerda) da curva de oferta agregada.
• Isto implicará, no nível de preços existente, uma insuficiência de oferta (a oferta é menor do que a demanda), o que causa o aumento de preços.
Teoria da inflação de custos
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• No modelo estático geral da Síntese Neoclássica, a curva de oferta agregada é obtida a partir do equilíbrio do mercado de trabalho e da função de produção.
• Logo, deslocamentos da curva de oferta agregada relacionam-se com modificações nesses dois componentes (pressões de salários e por choques de oferta).
Teoria da inflação de custos
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• Ocorrendo pressão por aumento de salários (por exemplo, os sindicatos, com apoio de um governo populista, passam a exigir aumentos de salários reais sem que tenha ocorrido aumento de produtividade).
Inflação de custos causada por pressões de salários D0
D0S0
S0
P
P0
y0 y
Oferta e demanda agregada.E
L0S0
r
r0
y0 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
Equilíbrio no mercado de trabalho.
M0
I0
N0
W0
N
Wj0(P0, N)
P0.f(N)
E
N1
j1(P0, N)
F
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
No nível de preço P0:
• o emprego de equilíbrio passa a ser N1 e o produto ofertado passa a ser y1 (gerado em uma função de produção não desenhada).
deslocamento da curva de oferta agregada.
• surge a insuficiência de oferta agregada, que se origina da redução de oferta agregada.
P
Inflação de custos causada por pressões de salários D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y1 y0 y
Oferta e demanda agregada.F E
L0S0
r
r0
y0 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
Equilíbrio no mercado de trabalho.
M0
I0
N0
W0
N
Wj0(P0, N)
P0.f(N)
E
N1
j1(P0, N)
F
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por pressões de salários D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y1 y0 y
Oferta e demanda agregada.F E
L0 S1S0
r
r0
y0 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
E
Equilíbrio no mercado de trabalho.
I1
M0
I0
N0
W0
N
Wj0(P0, N)
P0.f(N)
E
N1
j1(P0, N)
F
Preço: Valor real dos ativos
possuídos pelo setor privado
Consumo do setor privado
Exportações reais Importações reais
Desloca IS para esquerda.
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Inflação de custos causada por pressões de salários D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y1 y0 y
Oferta e demanda agregada.F E
L0 S1S0
r
r0
y2 y0 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
EG
L1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
I1
M0
M1I0
N0
W0
N
Wj0(P0, N)
P0.f(N)
E
N1
j1(P0, N)
F
Preço: Oferta nominal de moeda
Desloca LM para esquerda.
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Inflação de custos causada por pressões de salários D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y1 y2 y0 y
Oferta e demanda agregada.F
GE
L0 S1S0
r
r0
y2 y0 y
Equilíbrio nos mercados de produto e de moeda.
EG
L1
Equilíbrio no mercado de trabalho.
I1
M0
M1I0
N2 N0
W0
N
Wj0(P0, N)
P2.f(N)P0.f(N)
E
G
N1
j1(P2, N)j1(P0, N)
F
Preço:
Desloca a curva de demanda de trabalho pra a direita.
Desloca a curva de oferta de trabalho pra a esquerda.
N e y deslocamento ao longo da curva S1S1.
O nível de preço subirá até P2, com a economia atingindo
o equilíbrio interno com os valores P2, y2, r0 e N2.
A inflação de custos é a alta do nível geral de preços de P0
para P2.
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Inflação de custos causada por pressões de salários
Oferta e demanda agregada.
D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y2 y0 y
F
GE
observa-se que, no caso de inflação de demanda, tem-se a elevação do produto de equilíbrio (y2 >
y0); e, no caso de inflação de custos, tem-se a
redução do produto de equilíbrio (y2 < y0).
D0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
E
G
F
Inflação de demanda Inflação de custo
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Um choque de oferta – como uma quebra de safra agrícola – em dado ano implica que para a mesma quantidade de trabalho, o PIB é menor, ou seja, a função de produção tem sua curva deslocada para baixo.
• Para um nível de preço P0, que estabelece o nível de emprego de equilíbrio N0, ocorre y.
• Como o preço permanece em P0, a curva de oferta agregada do produto desloca-se para a esquerda.
Inflação de custos causada por choques de oferta
j(P0, N)
P0.f(N)
N0
W0
N
W
Equilíbrio no mercado de trabalho.
y0(N, K)
N0
y1
N
y
Função de produção.
y0
y1(N, K)
y0 y
P
Oferta agregada.P0
y1
S0
S0
S1
S1
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• No caso mostrado anteriormente, supõe-se que a produtividade marginal do trabalho permaneceu constante.
• Essa hipótese pode ser suprimida. • Até agora estivemos, no modelo da Síntese
Neoclássica, usado a função de produção y = y(N,K), incluindo em K os fatores que compõem o capital fixo e as matérias-primas. Pode-se, agora, deixar explícitas as matérias-primas.
Inflação de custos causada por choques de oferta
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Inflação de custos causada por choques de oferta
• Para uma firma i, tem-se:
em que:
Ni = quantidade de trabalho;
MNi = matéria-prima nacional = MN(qi) sendo um valor fixo
e igual a bi (que é o inverso da produtividade física marginal da
matéria-prima nacional).
MEi = matéria-prima estrangeira = ME(qi) sendo um valor
fixo e igual a di (que é o inverso da produtividade física
marginal da matéria-prima estrangeira).
Ki = capital fixo (instalações e equipamentos).
iiEiNii K,M,M,Nqq
i
Ni
q
M
i
Ei
q
M
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
• Função de produção:
iiEiNii K,M,M,Nqq
qi
Ni
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Inflação de custos causada por choques de oferta
O acréscimo de receita da firma i ao empregar Ni de trabalho adicional é:
PNPMgTRT iii
O acréscimo de custos é:
iEEiNNii MPMPNWC
Sabe-se que:
iiiii
i
i
iNi
i
iNiN NPMgTbN
N
q
q
Mq
q
MM
e
iiiii
i
i
Ei
i
EiE NPMgTdN
N
q
q
Mq
q
MM ii
31
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
PNPMgTRT iii iEEiNNii MPMPNWC
iiiii
i
i
iNi
i
iNiN NPMgTbN
N
q
q
Mq
q
MM
iiiii
i
i
Ei
i
E
iE NPMgTdNN
q
q
Mq
q
MM ii
Logo:
iiiEiiiNii NPMgTdPNPMgTbPNWC
iiiEiiNi NPMgTdPPMgTbPWC
32
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
PNPMgTRT iii
iiiEiiNi NPMgTdPPMgTbPWC
A firma i maximiza lucros quando: ii CRT
WPMgTdPPMgTbPPMgTP iiEiiNi
WP
Pd
P
Pb1PMgTP E
iN
ii
iiiEiiNii NPMgTdPPMgTbPWNPMgTP
Logo:
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
WP
Pd
P
Pb1PMgTP E
iN
ii
• A expressão dá o salário que a firma i pode oferecer a cada quantidade de trabalho, que define PMgTi.
• Portanto, a expressão dá a nova curva de demanda de trabalho para uma firma i.
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
WP
Pd
P
Pb1PMgTP E
iN
ii
• Somando todas as curvas de demanda de trabalho referentes a todas as firmas, obtém-se a curva de demanda de trabalho para toda a economia, cuja expressão geral é:
WP
Pd
P
Pb1TPMP EN
g
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
W
N
TPMPP
Pd
P
Pb1 g
EN
Curva de demanda de trabalho para toda a economia.
WTPMN g
consideramos que a economia opera no estágio II da função de produção
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
W
N
TPMPP
Pd
P
Pb1 g
EN
Curva de demanda de trabalho para toda a economia.
a curva de demanda de trabalho desloca-se para a esquerda
P
PN
P
PE
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
Quebra de safra (PN)ou
Choque do petróleo (PE)
j(P0, N)
P0.f0(N)
N0N1 N
WEquilíbrio no mercado de trabalho.
P0.f 1(N)
y(N, K)
N0
y1
N
y
Função de produção.
y0
N1
y0 y
P
Curva de oferta agregada.
y1
S0
S0
S1
S1
y
P0
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
• Apesar de elaboradas nas décadas de 1950 e 1960, as teorias da inflação de demanda e de custo ainda são muito válidas para explicar o comportamento de preços na economia brasileira no primeiro qüinqüênio do século 21.
• Em 2004, o Brasil teve crescimento de 5,2% no PIB real e inflação de 7,6% medida pelo IPCA (indicador oficial de inflação).
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Inflação de custos causada por choques de oferta
• Grande crescimento das exportações, o que deslocou a curva IS para a direita e, consequentemente, deslocou a curva de demanda agregada para a direita;
D2003
y
P
PIB2003
D2004
S2003
P2003E
40
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Inflação de custos causada por choques de oferta
• Aumento dos preços internacionais do petróleo e dos preços domésticos de alguns serviços outrora controlados pelo Estado (tais como as tarifas de telecomunicações, energia e pedágios, por exemplo).
PIB2004
D2003
F
y
P
PIB2003
D2004
S2003
S2004
P2004
P2003E
41
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Inflação de demanda Deslocamento (para cima) da curva de demanda agregada
A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica
Excesso de demanda agregada
• Inflação de custos Deslocamento (para cima) da curva de oferta agregada
InflaçãoInflação
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A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica
Oferta e demanda agregada.
D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y2 y0 y
F
GE
• Ao atingir o novo equilíbrio da economia, a inflação será eliminada.
• Ou seja, na passagem do ponto de equilíbrio E, de coordenadas (y0,
P0), para o ponto G, de coordenadas (y2, P2), tem-se inflação. Mas
no ponto (y2, P2) não temos mais inflação.
D0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
E
G
F
Inflação de demanda Inflação de custo
y1
43
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica
Oferta e demanda agregada.
D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y2 y0 y
F
GE
• No entanto, essa natureza auto-eliminadora da inflação não ocorre se considerarmos a espiral preço-salário e se o governo sancionar a inflação através de outros mecanismos de indexação (tais como a política de correção cambial e de preços contratados e corrigidos pela inflação passada).
D0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
E
G
F
Inflação de demanda Inflação de custo
y1
44
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo geral da Síntese Neoclássica
Oferta e demanda agregada.
D0
D0
S1
S1 S0
S0
P
P0
P2
y2 y0 y
F
GE
• Para analisar esses fenômenos, começamos pelo estudo mais detalhado das curvas de Phillips original e modificada, das quais se originou a espiral preço-salário, que é um dos mecanismos de indexação da economia.
D0
D0
D1
D1S0
S0
P
P0
P2
y0 y2 y1 y
E
G
F
Inflação de demanda Inflação de custo
y1
45
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Considere o mercado de trabalho do modelo estático geral da Síntese Neoclássica:
A Curva de Phillips
• O excesso de demanda de trabalho levaria o salário a subir.
j(P0, N)
P0.f(N)W1
W
NS1 ND
1 N
46
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Considere o mercado de trabalho do modelo estático geral da Síntese Neoclássica
A Curva de Phillips
• A taxa de crescimento do salário depende da magnitude do excesso de demanda de trabalho.
j(P0, N)
P0.f(N)W1
W
NS1 ND
1 N
SD NNfW
WW
0f
47
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
• Seja a taxa de desemprego. Quanto maior for a taxa de desemprego, maior será (NS – ND) e, portanto, menor será o crescimento dos salários. Logo:
SD NNfW
WW
0f
DS NNW
WW
l 0l
gNNW DSl 0W
g
48
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
• A curva original de Phillips:
gNNW DSl 0W
g
W
0100
Limite institucional
49
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
• Quando a inflação vem persistindo por vários períodos de tempo, os trabalhadores procuram aumentar os salários nominais, considerando não apenas a taxa de desemprego, mas também o aumento esperado dos preços.
• Pode-se, assim, definir:
gNNW DSl 0W
g
e
ttt P,gW
50
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
e
ttt P,gW
0W
t
t
0
P
We
t
t
Supondo que os trabalhadores adotem as expectativas extrapolativas em suas previsões de preços:
1ttt PhW
O coeficiente mede a sensibilidade da taxa de crescimento dos salários nominais demandados frente à taxa de aumentos de preços.
51
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
e
ttt P,gW
0W
t
t
0
P
We
t
t
Supondo que os trabalhadores adotem as expectativas extrapolativas em suas previsões de preços:
1ttt PhW
Supõe-se que 0 < < 1, ou seja, não há indexação perfeita dos salários à inflação passada.
52
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Efeitos dos aumentos dos salários nominais sobre a taxa de inflação.
Considerando uma função de produção geral:
y = y(N, MP, K)
em que N = quantidade de trabalho; MP = matéria-prima (nacional e importada); e, K = estoque de capital.
O custo total é:
tttMttt KcMPPNWCTt
Custo de cada unidade de capital fixo
53
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
O custo unitário é .
Dividindo ambos os membros da expressão por yt, tem-se:
tttMttt KcMPPNWCTt
t
tt y
CTCu
t
t
t
t
t
M
t
t
tt
Ky
c
MPy
P
Ny
WCu t
54
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
A partir da equação, obtém-se:
t
t
t
t
t
M
t
t
tt
Ky
c
MPy
P
Ny
WCu t
t
t
t
t
M
t
M
t
t
tt Cu
Kyc
K
yc
Cu
MPy
P
MP
yP
Cu
NyW
N
yWCu
t
55
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Considere que o preço seja: Pt = mtCut , em que m é (1 + margem de lucro bruta). Tomando o logaritmo neperiano dessa expressão e diferenciando o resultado em relação ao tempo, tem-se: .Supondo a margem de lucro ser fixa, tem-se: . Logo:
t
t
t
t
M
t
M
t
t
tt Cu
Kyc
K
yc
Cu
MPy
P
MP
yP
Cu
NyW
N
yWCu
t
ttt CumP
0mt
tt PCu
56
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
at
t
t
t
t
M
t
M
t
t
tt Cu
Kyc
K
yc
Cu
MPy
P
MP
yP
Cu
NyW
N
yWP
t
0 < at< 1
Et
t
t
ttt EN
yWaP
57
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Mostra os determinantes da taxa de inflação.
Entre esses determinantes está a taxa de crescimento dos salários
nominais.
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
Mostra os determinantes da taxa de crescimento dos
salários nominais.
58
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
Mostram a espiral preço-salário.
0W0P0W0P0P 2t1t1ttMPt
59
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
• Ainda que o aumento de salário nominal não seja a causa básica do aumento de preços, ele permite a perpetuação da inflação.
• Portanto, a espiral preço-salário é um mecanismo de indexação da economia.
0W0P0W0P0P 2t1t1ttMPt
60
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
Curva de Phillips original no curto prazo, com inclinação h’(t).
61
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
t
t
1tttt EN
yPhaP
62
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
• Considere que , sendo > .
• Esta hipótese implica um sistema de indexação de preços mais veloz do que a correção dos salários pela inflação passada.
t
t
1tttt EN
yPhaP
1tt PP
63
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
1tttt EN
yPhaP
1tt PP
t
t
1ttt1t EN
yPhaP
t
t
t1t
t a
E
N
yhP
a
tt
t
tt
t
t1t
a
E
N
y
a
ah
a
aP
64
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
tt
t
tt
t
t1t
a
E
N
y
a
ah
a
aP
1ttt PhW
tt
t
tt
t
ttt
a
E
N
y
a
ah
a
ahW
tt
t
tt
t
ta
E
N
y
a
ah
aW
65
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
tt
t
tt
t
ta
E
N
y
a
ah
aW
Curva de Phillips original no longo prazo, incluindo a espiral preço-salário.
66
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
tt
t
tt
t
ta
E
N
y
a
ah
aW
Curva de Phillips
h
at
h
Lo
ng
o P
razo
Inclinação
Cu
rto
Pra
zo
1ttt PhW
Como
ta
hh
at
> 1, tem-se
67
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo
• Se a política econômica reduzir a taxa de desemprego para 1, ocorrerá a passagem, no curto prazo, para o ponto B (deslocamento ao longo de uma Curva de Phillips de curto prazo). 1
W
curva de curto prazo
A
B
0
68
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo
• Mas, devido à espiral preço-salário, passa-se no longo prazo ao ponto C, com o deslocamento para cima da Curva de Phillips de curto prazo.
1
W
curva de curto prazo
curva de curto prazo
A
B
C
0
69
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
Curvas de Phillips originais de curto e longo prazo
• Assim, pode-se unir pontos como A e C e desenhar uma Curva de Phillips de longo prazo, que é mais inclinada que as Curvas de Phillips de curto prazo.
1
W
curva de curto prazo
curva de curto prazo
curva de longo prazo
A
B
C
0
70
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
A Curva de Phillips
t
t
ttt EN
yWaP
1ttt PhW
• As expressões acima, válidas para o curto prazo,
mostram que cada taxa de desemprego fornece um
valor de para o curto prazo.
• Assim, para diminuir a taxa de inflação em certo nível,
dado nível de desemprego deverá ser atingido.
A Curva de Phillips permite a intuição de um aspecto significativo na formulação da política econômica.
tt PeW
71
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Para os monetaristas, a causa da inflação é sempre o excesso de demanda agregada. Os monetaristas só observam a existência da inflação da demanda.
• Esse excesso de demanda agregada é causado pelos déficits orçamentários do governo, que são financiados pela emissão de moedas.
Teoria monetarista da inflação
72
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Os primeiros monetaristas tomaram a seguinte condição de equilíbrio no mercado monetário (para demanda e oferta de moeda inelásticas a variações na taxa de juros):
em que: M = estoque de moeda; V = velocidade de circulação da moeda; P = nível geral de preços; e, y = nível de renda real.
Teoria monetarista da inflação
yPVM
73
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• É possível mostrar* que no modelo IS/LM a especificação da equação acima para o equilíbrio no mercado monetário implica a curva de demanda agregada se deslocar apenas quando M se modifica. Assim:
• Quanto mais a economia operar próxima a sua capacidade de produção, maior será o aumento de P em relação ao aumento de y.
Teoria monetarista da inflação
yPVM
Déficit orçamentário do governo
M Deslocamento da curva de demanda
agregada para cima
*BRANSON; LITVACK, 1978, p.302-305
74
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
• Para essa equação ser válida, segundo o modelo de demanda de moeda de Friedman, deve-se considerar que:
1. a relação entre a demanda de saldos reais de moeda e a renda real não tem uma tendência definida no tempo, dependendo da taxa de juros e da taxa de inflação;
2. a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é zero;
3. não ocorre inflação na economia ou a taxa de inflação é muito pequena, de modo que não afeta a demanda de moeda;
4. a oferta de moeda independe da taxa de juros; e,5. o mercado monetário está em equilíbrio.
Teoria monetarista da inflação
yPVM
75
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Considerando
Teoria monetarista da inflação
yPVM
yPVM
VyMP
yMP0V
• Tomando o logaritmo neperiano da expressão e derivando a expressão resultante em relação ao tempo, encontra-se:
Considerando Pleno Emprego
MP0y
76
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Com base na equação acima, pode-se afirmar que déficits orçamentários financiados pela expansão de moeda causarão taxa de inflação igual à taxa de crescimento da quantidade de moeda.
• Assim, para os monetaristas mais recentes, um déficit público financiado pela expansão de moeda manual (via ampliação da base monetária), ou por títulos públicos de alta liquidez, gera expansão dos meios de pagamento, causando inflação.
MP
77
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Na visão dos monetaristas, a inflação é um fenômeno apenas monetário, de modo que altas taxas sustentadas de crescimento monetário produzem altas taxas de inflação.
• Assim, para os monetaristas, o combate à inflação passa pela redução da taxa de crescimento da quantidade de moeda.– Esta se torna possível com a redução do déficit do governo.
MP
78
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Em resumo, os autores monetaristas têm o seguinte esquema de raciocínio:
Déficits Governamentais
Expansão Monetária
Inflação
79
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Há coincidência nas conclusões dos monetaristas, do modelo clássico, do modelo com influência dos novos clássicos, do modelo com influência dos novos keynesianos (esses três últimos são parte da Síntese Neoclássica) e do modelo de Lucas quanto ao efeito da expansão monetária apenas causando inflação no longo prazo.
80
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• No entanto, a argumentação da teoria monetarista sobre as causas da inflação sofre, no mínimo, três críticas:
1. Os monetaristas só observam a expansão monetária como causadora da inflação, enquanto os outros modelos também consideram outras causas para a inflação;
2. Os monetaristas consideram a velocidade de circulação da moeda como sendo constante no longo prazo, o que não tem sido observado; e
3. Os monetaristas apenas vêem uma relação causal unidirecional do déficit público causando a inflação, e não o inverso.
• Essas duas últimas críticas são melhor tratadas a seguir.
81
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação• As experiências internacionais revisadas por DORNBUSCH & FISHER não
indicam que a velocidade de circulação da moeda seja constante no longo prazo. • Segundo Stiglitz & Greenwald:
Fonte: Stiglitz & Geenwald (2004).
82
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação• As experiências internacionais revisadas por DORNBUSCH & FISHER não indicam que a velocidade
de circulação da moeda seja constante no longo prazo. • Assim, não se observa, mesmo estando o produto em equilíbrio a longo prazo, a igualdade entre a
taxa de crescimento da quantidade de moeda e a taxa de inflação.
taxa de juros real velocidade de circulação da moeda.
ágil é o sistema financeiro velocidade de circulação da moeda.
83
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação• Alguns autores argumentam que se o déficit público financiado pela expansão monetária gerar inflação, esta
levará à corrosão dos valores reais de impostos arrecadados, gerando aumento do déficit público. –Devido a defasagem no tempo entre o fato gerador do imposto e o efetivo recolhimento do imposto aos cofres públicos.
taxa de inflação velocidade valor real recebido pelo governo para cada montante nominal de impostos devidos
84
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Efeito Tanzi-Oliveira:
Déficits Público
Expansão Monetária
Inflação
85
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria monetarista da inflação
• Legado da teoria da inflação dos monetaristas:
O déficit público financiado pela expansão monetária causa inflação no curto e no longo prazo.
86
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
• Para a teoria keynesiana, o nível de preços não é determinado pela quantidade de moeda que existe na economia, mas sim pelos custos de produção.
• Os custos de produção são influenciados pelo comportamento dos salários, da taxa de câmbio e dos preços dos bens intermediários nacionais e importados.
87
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
• excesso de demanda e/ou• choques de oferta
Aumento dos custos de produção
Gera aumentos dos preços dos bens e serviços
88
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
• O déficit público é um dos mecanismos que geram excesso de demanda agregada.
• Esta só causa inflação se ocorrer aumentos de salários (que causam aumentos de custo de produção).
• Portanto, para a teria keynesiana, o déficit público poderá ser uma das causas da inflação, mas não a sua única causa, como afirmam os monetaristas.
• Além disso, o déficit público, segundo os autores keynesianos, causa inflação ao elevar os custos de produção e não porque o déficit público vem acompanhado de uma expansão monetária.
89
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
• excesso de demanda e/ou• choques de oferta
Aumento dos custos de produção
Define um patamar de inflação
A teoria keynesiana da inflação pode ser expandida para incluir a indexação, criando a teoria keynesiana-inercialista da inflação:
Indexação
Perpetua o patamar de inflação
90
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
Inflação do mês atual
Em uma economia perfeitamente indexada:
Inflação do mês passado
Efeitos do nível
de atividade
Efeitos dos
choques de oferta
= + +
Nessa interpretação keynesiana-inercialista, a inflação pode comportar-se como uma escada:
91
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Teoria keynesiana da inflação
Evolução da taxa mensal média da inflação no Brasil (em %)
22,4624,58
29,04
35,13
43,24
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1° sem 92 2° sem 92 1° sem 93 2° sem 93 1º sem 94
trimestre
taxa
de
infla
ção
men
sal
92
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• DORNBUSCH & FISCHER desenvolveram um modelo em que o produto ofertado e o produto demandado são colocados em função da taxa de inflação e não do nível de preço (Pt).
• Segundo DORNBUSCH & FISCHER, o produto demandado é determinado pela política fiscal, pelo valor dos saldos monetários reais e pela taxa de inflação esperada. Adiciona-se a essa argumentação os efeitos das transações externas, que são afetadas pela taxa de câmbio real.
93
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Expressão do produto demandado em função da taxa de inflação:
t
e
tttt ZPPMfy
, , e são coeficientes (parâmetros) com valores positivos.
ft é uma variável que mede a variação na política fiscal.
é a variação nos saldos monetários reais. Esta variação é medida pela diferença entre a taxa de crescimento da quantidade de moeda e a taxa de inflação .
Zt é a variável que mede a variação na taxa de câmbio real. ( taxa de câmbio real exportações líquidas PIB)
tt PM
94
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Expressão do produto demandado em função da taxa de inflação:
t
e
tttt ZPPMfy
Sendo y = yt – yt–1, tem-se:
t
e
tttt1t ZPPMfyy
95
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
Considere que no curto prazo tem-se :
t
e
tttt1t ZPPMfyy
1t
e
t PP
t1tttt1tt ZPPMfyy
t1tt1tttt ZPfyy1
MP
Curva de demanda agregada
96
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• A equação do produto ofertado em função da taxa de inflação é :
EN
yPhaP
t
1tttt
Considerando que = 1 e :
EPha P 1tttt
0N
y
t
97
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Sabe-se que , e, de outro lado, a Lei de Okun estabelece uma relação entre a taxa de desemprego e o hiato do produto, então:
EPha P 1tttt
Ε Pa ypyηP 1tttt
tP
Curva de oferta agregada no curto prazo
98
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• O aumento do produto ofertado (yt) está associado a um aumento da taxa de inflação.
P
P0
y0y
OACP
DAD
Determinação da taxa de inflação e do produto no curto prazo.
99
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Resumo do modelo de curto prazo:
Ε Pa ypyηP 1tttt
Equação de oferta agregada
t1tt1tttt ZPfyy1
MP
Equação de demanda agregada
• No curto prazo, uma política fiscal expansionista (aumento de ft) ou o aumento da taxa de crescimento da quantidade de moeda ou o aumento da taxa de câmbio real desloca a curva de demanda agregada para a direita.
• Há um aumento do produto de equilíbrio e da taxa de inflação
100
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Resumo do modelo de curto prazo:
Ε Pa ypyηP 1tttt
Equação de oferta agregada
t1tt1tttt ZPfyy1
MP
Equação de demanda agregada
• Um aumento da taxa de crescimento do preço matéria-prima aumenta o valor de E, deslocando a curva de oferta agregada para a esquerda.
• Há um aumento da taxa de inflação e redução do produto de equilíbrio
101
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
P
P0
y0y
OACP
DAD1DAD
P1
y1
FG
P
P0
y0 y
OACP
DAD
A
P2
y2
OACP
B
Efeitos de política fiscal e/ou monetária expansionista no curto
prazo.
Efeito, no curto prazo, de uma alta no preço de matérias-primas.
Situações de curto prazo.
• O aumento da taxa de inflação forçará, no momento seguinte, o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita e da curva de oferta agregada para a esquerda.
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.
Política monetária expansionista
• Elevação da taxa de inflação desloca as curvas de demanda e oferta agregada.
• novo deslocamento das curvas de oferta e demanda agregada, estabelecendo novo ponto de equilíbrio.
y0 y1y3 y2 y
E0
E1
E2
E3
DAD0
DAD1
DAD2
DAD3
OACP0
OACP2
OACP3
P0
P1
P2
P3
P
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.
E este processo continua
sucessivamente, até termos atingido
o equilíbrio de longo prazo.
y0 y1y3 y2 y
E0
E1
E2
E3
DAD0
DAD1
DAD2
DAD3
OACP0
OACP2
OACP3
P0
P1
P2
P3
P
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Caso o nível de produto y0 fosse o de pleno emprego, a partir de algum momento o deslocamento da curva de oferta agregada para a esquerda seria em maior intensidade do que o deslocamento da curva de demanda agregada para a direita e a tendência seria a economia se equilibrar, no longo prazo, no nível y0 de produto e uma taxa de inflação fixa.
Ajustamento, no longo prazo, a um aumento na taxa de crescimento da quantidade de moeda.
y0 y1y3 y2 y
E0
E1
E2
E3
DAD0
DAD1
DAD2
DAD3
OACP0
OACP2
OACP3
P0
P1
P2
P3
P
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• O equilíbrio de longo prazo é um estado estacionário em que o produto e a taxa de inflação são estáveis.
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• No longo prazo tem-se
• No longo prazo tem-se yt = yp, E = 0. Assim, no longo prazo a equação de oferta agregada passa a ser:
e
ttt PPa
ΕypyηPP t
e
tt
e
tt PP
Ε Pa ypyηP 1tttt
Equação de oferta agregada no curto prazo
Curva de oferta agregada no longo prazo
(Reta vertical)
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• No longo prazo tem-se yt = yt-1 = yp e e
1t
e
tt PPP
Equação de demanda agregada
no curto prazo
Taxa de inflação de equilíbrio no longo prazo
t1tt1tttt ZPfyy1
MP
ttttt ZfMPP
tttt Zf MP
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• Se ocorrer um aumento da taxa de crescimento da quantidade de moeda, isto elevará a taxa de inflação, permanecendo o produto no nível de pleno emprego.
tttt Zf MP
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Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio
• No caso de = 0 e de ocorrer estabilidade nos valores das variáveis fiscais (tal que ft = 0 ) e de estabilidade do valor da taxa de câmbio real:• a taxa de inflação no longo prazo será a taxa
de crescimento da quantidade de moeda, pois:
t
e
tt MPP
tttt Zf MP
e
tt PP
t
e
t MP
Argumentação monetarista
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O regime de metas inflacionárias
• O regime de metas inflacionárias é um compromisso assumido pelas autoridades monetárias visando o controle da inflação.
• As autoridades monetárias definem qual é a meta de inflação para o futuro próximo que desejam para o país e coordenam suas atividades de modo a atingir esse objetivo.
• Desse modo, as políticas monetária e cambial ficam condicionadas ao atingimento da meta de inflação estabelecida, ainda que isso implique prejuízo ao crescimento do país
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O regime de metas inflacionárias
• O regime de metas inflacionárias não é um modelo de teoria sobre a inflação, mas sim uma conduta a ser utilizada pelas autoridades monetárias.
• Segundo Nakao (2005, p. 2), “o regime de metas inflacionárias baseia-se na ancoragem das expectativas inflacionárias por meio da transparência, reputação e credibilidade das políticas implementadas pela autoridade monetária”.
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O regime de metas inflacionárias
• A idéia do regime de metas inflacionárias é que
as autoridades monetárias têm capacidade de
determinar o e caso conduzam corretamente
as políticas monetária e cambial, no longo prazo
ter-se-á:
t
e
tt MPP
e
tP
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O regime de metas inflacionárias
• A primeira experiência do regime de metas inflacionárias surgiu na Nova Zelândia em 1989.
• Já foi adotada por diversos países, tais como Inglaterra, Canadá, Reino Unido, Suécia, Finlândia, Austrália, Espanha, Chile, México, África do Sul, Colômbia, República Tcheca, Tailândia, Filipinas, Peru e Israel.
• No Brasil, o regime de metas inflacionárias foi oficialmente instituído em 21/06/1999 através do Decreto no 3.088. • A partir de então, o Banco Central tem divulgado
a sua meta de inflação para cada ano, dentro de limites superiores e inferiores.
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O regime de metas inflacionárias
• Os resultados obtidos no Brasil não têm sido, ainda, tão favoráveis quanto em outros países.
• Já no México, Hungria e Coréia houve significativos resultados.
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O regime de metas inflacionárias Resultados do regime de metas inflacionárias em alguns países (taxas anuais de inflação no ano de implementação do regime, T, e nos três
anos anteriores e posteriores)
Ano anterior (-) e posterior (+) ao de implementação do regime de metas
inflacionárias
PaísAno de
implementação(T)
T-3 T-2 T-1 T T+1 T+2 T+3
Brasil 1999 10,8 5,2 1,7 8,2 6,1 7,4 10,6
Hungria 2001 11,0 10,6 10,2 7,1 4,8 5,6 n.d.
Coréia 1998 4,4 4,9 4,9 5,9 1,3 2,9 3,0
México 1999 28 17,1 17,2 13,5 8,7 5,1 5,3
Tailândia 2000 7,5 5 0,1 1,6 1,1 1,4 1,8
Fonte: Levin et al. (2004, p.80)
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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Referências Bibliográficas
• BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006
• BLANCHARD, O. Macroeconomia: teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
• BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M. Macroeconomia, São Paulo: Habra, 1978.
• CARDOSO, E. Economia brasileira ao alcance de todos. 8ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1989.
• DORNBUSCH, R. & FISCHER, S. Macroeconomia. 5a edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991.
• LEVIN, A.T.; NATALUCCI, F.M.; PIGER, J.M. “The Macroeconomic Effects of Inflation Targeting”. Federal Reserve Bank of St. Louis Review, 86(4): 51-80. July/August 2004.
• MANKIW, N.G. Macroeconomia: Rio de Janeiro: LTC, 2004. • SACHS. J.D.; LARRAIN, F.B. Macroeconomia. São Paulo: Makron
Books, 1995