cateter de Swan-Ganz -...

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cateter de Swan-Ganz

Dr. William Ganz Dr. Jeremy Swan

• A introdução, por Swan e Ganz, de um cateter que permitia o registro de parâmetros hemodinâmicos na artéria pulmonar a partir de 1970 revolucionou o tratamento de pacientes graves.

• Esse cateter, dispondo de um balão situado em sua extremidade, poderia ser inflado e, dessa forma, ser dirigido pela corrente sanguínea por meio das válvulas tricúspide e pulmonar, atingindo a circulação pulmonar

ABORDAGEM DO PACIENTE GRAVE

Todo paciente admitido numa UTI é submetido a um conjunto de processos seqüenciais que obedecem a um princípio lógico, visando sua melhor recuperação. O algoritmo básico é constituído por:

1) suporte vital básico;

2) correção de fatores precipitantes;

3) suporte vital avançado;

4) suporte a falências orgânicas;

5) tratamento de complicações e intercorrências.

ABORDAGEM DO PACIENTE GRAVE

Após o suporte vital básico e a correção de fatores precipitantes, instituem-se as medidas de suporte vital avançado:

• Suporte ventilatório e de oxigenação.

• Suporte hemodinâmico, o controle hemodinâmico constitui-se, portanto, numa das tarefas iniciais e mais importantes na assistência aos doentes graves.

• A monitorização hemodinâmica invasiva deve ser indicada somente quando alguma decisão de diagnóstico e conduta estão sendo consideradas e quando o intensivista estiver comprometido em atuar a partir dos dados obtidos com o procedimento. Essa indicação deve levar em conta obrigatoriamente que os dados obtidos contribuirão para a decisão terapêutica, sem acarretar risco desnecessário ao paciente.

• Tromboembolismo pulmonar — hipertensão pulmonar

• Infarto agudo do miocárdio complicado por:

1) hipotensão arterial que não responde à prova de volume;

2) instabilidade hemodinâmica que requer o uso de drogas vasoativas e suporte circulatório mecânico-choque cardiogênico;

3) hipotensão arterial e insuficiência cardíaca;

• Sepse, síndrome séptica, síndrome da resposta inflamatória sistêmica,

choque séptico e síndrome da disfunção de múltiplos órgãos

• Síndrome do desconforto respiratório agudo — reposição volêmica e

ajuste de ventilador (PEEP e outros parâmetros)

• Pancreatite aguda

• Insuficiência renal aguda

• Cirurgia vascular: aneurisma dissecante, ressecção de aneurisma de aorta

torácica e abdominal

• Politrauma

• Queimado grave

• Cirurgia cardíaca: múltipla troca de válvulas (idoso), doença pulmonar

grave associada, revascularização do miocárdio com baixa função

ventricular, ressecção de aneurisma ventricular

CONTRA-INDICAÇÕES

• Desde que haja indicação racional para o uso do cateter de Swan-Ganz, as

contra-indicações serão relativamente poucas. O julgamento clínico é

fundamental para a indicação da monitorização hemodinâmica invasiva.

Pacientes com comprometimentos neurológicos extensos e sem

perspectiva de recuperação não devem ser monitorizados com o cateter

de Swan-Ganz.

• Uma das contra-indicações para a realização da monitorização

hemodinâmica invasiva é a falta de conhecimento, habilidade e preparo

por parte do intensivista e da equipe responsável pelo procedimento.

Iberti e colaboradores.

Complicações potenciais da monitorização hemodinâmica invasiva.

Relacionadas à punção venosa

• Punção arterial

• Pneumotórax

• Lesão do plexo braquial

• Embolia gasosa

Complicações potenciais da monitorização hemodinâmica invasiva.

Relacionadas à passagem do cateter

• Arritmias

• Danos nos sistemas valvares

• Perfuração da artéria pulmonar

Relacionadas à presença do cateter na artéria pulmonar

• Trombose venosa no local da inserção

• Infarto pulmonar

• Sepse/endocardite

O cateter de Swan-Ganz

Cateter de termodiluição com quatro vias:

• Via distal (AP): transmite a pressão da artéria pulmonar (PAP) e da pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP). Pode ser coletado sangue venoso misto desta via, já que a ponta do cateter está na artéria pulmonar.Drogas ou soluções hiperosmóticas não devem ser administradas nesta via, pois podem causar lesão vascular local ou reação tecidual.

• Via do balão: via para insuflar o balão.

Cateter de termodiluição com quatro vias:

• Via proximal (AD): localiza-se a 30 cm da ponta do cateter, no átrio direito e transmite a pressão do mesmo. Pode-se administrar drogas, fluídos e eletrólitos. A solução para a realização da medida do débito cardíaco é injetada nesta via.

Cateter de termodiluição com quatro vias:

• Via do termistor: está localizada de 4 a 6 cm da ponta do cateter e transmite a variação da temperatura no sangue. Esta variação é importante para a medida do débito cardíaco, onde é injetada uma solução fria e identificada a variação da temperatura na passagem do sangue neste local. Também é utilizado para a medida da temperatura sangüínea.

Cateter de termodiluição com via extra para medicação:

• É um modelo de cateter que permite a infusão de drogas por vias acessórias que se localizam no átrio. Neste caso, a utilização da via proximal torna-se exclusiva para a medida do débito cardíaco.

Acesso Venoso Profundo

Curvas de pressão

(PWP -pulmonary wedge pressure). ‘Pressão encunhada da artéria pulmonar'

RA RV PA Pressão de

oclusão da artéria

Introduz-se o cateter através do

introdutor até o 25º cm (veia cava

superior) a partir do qual insufla-

se o balonete.

‘Pressão encunhada da artéria pulmonar'

A pressão capilar pulmonar 'encunhada' (PCP) reflete a pressão de

átrio esquerdo (PAE).) enquanto que a pressão venosa central (PVC)

reflete as pressões de enchimento do coração direito.

(PWP -pulmonary wedge pressure).

Débito Cardíaco pelo método termodiluição em Bolus

Para medida contínua do débito cardíaco, o monitor Vigilance usa a energia térmica emitida pelo filamento térmico localizado no cateter para calcular o débito através dos princípios de termodiluição.Como alternativa, o débito cardíaco pode ser medido com o método tradicional de termodiluição em bolus

Saturação Venosa Mista

de Oxigênio, débito

cardíaco contínuo

(CCO/SvO2)

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Marcelo Marinho