Post on 08-Feb-2019
2 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Krugman & Obtstfeld (2005) – Cap. 7
• Baumann, Canuto e Gonçalves (2004) – Cap. 10
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• Movimento de Fatores
• Trabalho
• Capital (Empréstimos/Financiamentos, Investimentos Externos Diretos/Portfólio)
• Regulamentação Internacional (no âmbito da OMC)
• GATS
• TRIMs
• Contexto político => dificuldades de aprofundar a liberalização
Marta Lemme /IE-UFRJ
5 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Modelo com um bem, sem mobilidade de fatores
– Premissas do modelo:
• Há dois países (o Local e o Estrangeiro).
• Há dois fatores de produção: terra (S) e trabalho(L).
• Os dois países produzem apenas um bem (denominado ‘produto’).
• Os dois países possuem a mesma tecnologia, mas razões terra–trabalho totais diferentes.
• Local é o país trabalho-abundante e Estrangeiro é o país terra-abundante.
• A concorrência perfeita prevalece em todos os mercados.
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
6 Marta Lemme /IE-UFRJ
• Modelo com um bem, sem mobilidade de fatores
– Premissas do modelo:
• Há dois países (o Local e o Estrangeiro).
• Há dois fatores de produção: terra (S) e trabalho(L).
• Os dois países produzem apenas um bem (denominado ‘produto’).
• Os dois países possuem a mesma tecnologia, mas razões terra–trabalho totais diferentes.
• Local é o país trabalho-abundante e Estrangeiro é o país terra-abundante.
• A concorrência perfeita prevalece em todos os mercados.
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
9 Marta Lemme /IE-UFRJ
No país abundante em terra, a PMgL é superior àquela observada no país abundante em trabalho, para qualquer L.
Trabalho, L
Produto marginal do trabalho, PMgL
Salário real Local
Salário real Estrangeiro
Local – L abundante
Estrangeiro – T abundante
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
10 Marta Lemme /IE-UFRJ
EMIGRAÇÃO DO LOCAL PARA ESTRANGEIRO, ATÉ QUE… PMgLloc = PMgLest
Wreal
LOC
Wreal
EST Wreal
LOC
Wreal
EST
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
11 Marta Lemme /IE-UFRJ
Figura 7-3: Causas e efeitos da mobilidade internacional do trabalho
Efeitos: a) Convergência
salarial; b) Aumento Produto
Mundial c) Grupos perdedores
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
14 Marta Lemme /IE-UFRJ
E se existissem 2 bens?
Krugman & Obstfeld – Cap. 7
COMÉRCIO COMO SUBSTITUTO DA
MIGRAÇÃO
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Empréstimos Internacionais
Investimento Externo Direto
Investimento em Portfolio
Marta Lemme /IE-UFRJ
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Movimento de Capitais
Empréstimos / Financiamentos Investimento Externo
Portfólio (ações, bônus, debêntures, etc.) – não visa o controle operacional da empresa receptora; Direto – cotas ou ações no exterior com propósito de exercer controle
Marta Lemme /IE-UFRJ
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Fator determinante do movimento de capitais é a diferença de remuneração (taxa de juros ou rentabilidade).
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10) Marta Lemme /IE-UFRJ
Consumo Futuro x Consumo Presente
Figura 7-4: A fronteira de possibilidades de produção intertemporal
Relação de troca entre CF e CP
1 unid Cp = (1+r) Cf
1 unid CF = 1/(1+r) CP
pcf / pcp = 1/(1+ r)
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10) Marta Lemme /IE-UFRJ
Vantagens Comparativas Intertemporais
País com FPP viesada para consumo futuro
VC Consumo Futuro (menor preço relativo consumo futuro)
M cp e X cf
Maior taxa de juros
ANOS 70 (Pós Choque do Petróleo) Países Exportadores de Petróleo (altas rendas correntes e poucas oportunidades de investimento)
Vantagens Comparativas em Consumo Presente (r baixa) Empréstimos p/ PED (US$ 261 bi) e p/ demais (US$ 62 bi)
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Movimento internacional de capitais é influenciado pela interação de variáveis tais como expectativas, riscos e incertezas
Risco – eventos futuros esperados com probabilidades especificadas Incerteza – resultados futuros com probabilidades desconhecidas
Marta Lemme /IE-UFRJ
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Substituição do conceito de PMgK por Eficiência Marginal do Capital (conceito keynesiano) => incorpora-se a questão das expectativas dos investimentos.
EMgK => Reflete a Taxa de Retorno Esperada dos Investimentos
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EMgK ELP
Custo Equip
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Taxa de Juros e Taxa de Câmbio - investidor doméstico – relevância da taxa de juros real (deflator corresponde a um índice de preços); - investidor internacional – relevância da taxa de juros corrigida pela variação esperada da taxa de câmbio, no período de realização do investimento
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Outros Fatores: a) Aversão ao Risco => Diversificação
=> Explica Movimento de Capitais para países com taxas de juros semelhantes
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Outros Fatores: b) Custos de Transação => Ex Ante => Ex Post => concentração de investimentos em dado conjunto de países (PDs e emergentes), em função do “princípio de racionalidade limitada” (reconhecimento de capacidade restrita de receber, armazenar, recuperar e processar informação, bem como de tomar decisão) => NÚCLEO CENTRAL de Países
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Outros Fatores: c) Liquidez (inclui possibilidade de demanda especulativa por moeda, inversamente proporcional à taxa de juros) d) Perspectivas de crescimento econômico e progresso técnico – países com taxas semelhantes de juros, podem receber volume de capitais distintos em função de tais perspectivas. País com maior perspectiva => deslocamento da curva de EMgK para a direita. e) Incertezas relacionadas ao aparato regulatório e fiscal
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
-Teoria da Internacionalização do Capital (Hymer, 1960) Razões para empresas investirem no exterior:
a) Vantagem Específica - Vantagens sobre as produtoras locais do país receptor do IED, que implicam lucros extras, que compensam a falta de conhecimento do novo ambiente de negócios, discriminação eventual e outros tipos de riscos e incertezas. (Menor custo, técnica mais eficiente ou sistema de distribuição ou produto diferenciado) b) Investimento Defensivo - Antecipação da competição c) Diversificação Geográfica de Risco - Redução de riscos via diversificação do número de mercados (normalmente menos relevante que os dois primeiros, mas ganha importância no caso de firmas de PED)
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Teoria da Internacionalização da Produção A determinação teórica do IED deve ser tratada não somente em termos de diferenças de atributos entre países (dotação de fatores e, portanto, do diferencial de remuneração), mas também e, principalmente, de diferenças existentes entre empresas
Marta Lemme /IE-UFRJ
Agente Central
EMPRESA
Tendência à Expansão
Diversificação
da Produção
Novos mercados
(internos e
externos)
SUCESSO: FUNÇÃO DE RECURSOS INTERNOS
(Capacidade gerencial, conhecimento tecnológico e
inovações)
Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10) Marta Lemme /IE-UFRJ
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Determinação da Forma de Internacionalização Pressuposto: Preferência revelada pelo mercado doméstico Produzir no pais de origem e orientar a produção para o mercado doméstico significa uma diferença marcante com relação à entrada em um novo mercado, com o qual a empresa tem pouca familiaridade. O mesmo ocorre no referente à entrada em um mercado já conhecido, mas geograficamente distante, que significa custos de coordenação e monitoramento
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
QUAL A FORMA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO?
1. Exportações
2. Investimento Externo Direto (IED)
3. Licenciamento
INTERNALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
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1990 2012 Variação Anual
(%)
- IED (entradas) 207 1351 8,9
- Exportação Bens e Serviços Não Fatores
4.382 22.432 7,7
- Royalties e Licenças 27
235 10,3
- PIB mundial 22.206 71707 5,5
-FBKF 5.109 16.278 5,4
Fonte: UNCTAD (2013). World Investment Report 2013, Tabela 2
Internacionalização da produção e globalização produtiva: Indicadores, 1990-2012 (US$ bilhões)
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Determinação da Forma de Internacionalização Argumento Central: “Vantagens específicas à produção” é uma condição necessária à internacionalização da produção.
Decisão 1: Internalização x Externalização da Produção?
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Externalização da Produção (Relação Contratual)
Pontos Positivos Pontos Negativos
- Conhecimento do Mercado - Dificuldade Valoração Ativos
- Gestão de Pessoal - Risco Perda de Controle do Ativo
- Redução Custo
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Baumann, Canuto e Gonçalves (Cap 10)
Determinação da Forma de Internacionalização Decisão 2: Se internalizar, qual a forma – Exportação ou IED? Fatores locacionais específicos (dotação de fatores, tamanhos de mercado, potencial de crescimento, barreiras ao comércio, “clima” de investimentos, custo de transporte, disponibilidade de infra-estrutura, economias de escala e aparato regulatório)
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IED e Exportação:
Ciclo de Vida do Produto (Vernon)
Etapa 1: Bens de Luxo, produzidos em pequena escala, destinados exclusivamente ao mercado nacional. Etapa 2: Difusão do novo produto, leva à adoção de técnicas de produção em série, caracterizadas pela aparição de economias de escala. Mercados estrangeiros começam a ser explorados, inicialmente via exportações. Etapa 3: Aparição de concorrentes estrangeiros nos países onde estão os consumidores vai levar, em uma nova etapa, à produção do bem no exterior para resistir à ameaça destes novos concorrentes (IED é possível em função das vantagens decorrentes do avanço técnico das empresas americanas) Etapa 4: Fim da produção local no país no qual surgiu a inovação e este mercado passa a ser abastecido por importações, provenientes de empresas americanas implantadas no exterior.
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IED e Exportação:
Modelos Comportamentalistas (Modelo de Uppsala) : Processo Gradual em Função de Incertezas
Exportação
Irregular
Exportação por
meio de
representantes Estabelecimento
de escritório de
vendas Produção Local
no País de
destino
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IED e Exportação:
Modelos Comportamentalistas (Modelo de Uppsala) : Processo Gradual em Função de Incertezas
Maior
Conhecimento
Maior Aptidão para
Realização de Novos
Investimentos
Maior Investimento
no Mercado Alvo
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IED e Exportação:
Teoria Eclética da Internacionalização (Dunning)
Vantagens da Localização (características do país alvo)
Vantagens de Internalização (custo de organizar a produção diretamente > custos de transação de transferir a produção para empresa do país alvo)
Marta Lemme /IE-UFRJ
Fonte: Elaboração própria com base em dados disponíveis no sítio da UNCTAD (http//stats.unctad.org/FDI)
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IED por Empresas de países em desenvolvimento:
(Aspectos Microeconômicos)
Lall (1983)
Desenvolvimento de vantagens de propriedade pelas firmas de PEDs (aprendizado e desenvolvimento de tecnologias difundidas e outras)
Aquisição de conhecimentos especiais de marketing ou desenvolvimento de capacidades habilidades gerenciais
Capacidade de adaptação de produtos de forma a atender a demanda observada em outros PEDs
Proximidade cultural com países de semelhante nível de desenvolvimento.
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IED por Empresas de países em desenvolvimento:
(Aspectos Microeconômicos)
Cantwell e Tolentino (1990)
Para um conjunto de PEDs, teria sido observada transformação da estrutura industrial que implicou a expansão da capacidade inovadora de algumas firmas, as quais permitiriam a realização de IED não apenas em outros países em desenvolvimento, mas, distintamente da análise de Lall, também em países desenvolvidos e em setores tecnologicamente mais complexos.
Marta Lemme /IE-UFRJ
IED por Empresas de países em desenvolvimento:
(Aspectos Macroeconômicos)
Dunning (1988) e Dunning, Hoesel e Narula (1997)
Etapa 1: País pouco desenvolvido. Não recebe IED e suas empresas não detêm vantagens proprietárias que permitam a realização de IED. Etapa 2: Avanço no desenvolvimento atrai IED e detenção de vantagens proprietárias (país específico) permite a realização de IED (resource e market based) pelas firmas locais em países próximos Etapa 3: Depende da estratégia do governo. Economia mais fechada, redução da saída de IED. Economia mais aberta, saída de IED se mantém em função do contínuo desenvolvimento de vantagens país específico e também atividades de inovação. Embora IED seja limitado a países próximos, empresas começam a apresentar base global. Etapas 4 e 5: Desenvolvimento de vantagens firma-específicas e IED passa a ser realizado por empresas de setores mais intensivos em conhecimento e em capital.
Marta Lemme /IE-UFRJ
IED por Empresas de países em desenvolvimento:
(Aspectos Macroeconômicos)
Correa e Lima (2007)
Maior exposição dos PEDs à concorrência internacional (mercado interno e mercado externo)
Desenvolvimento de vantagens firma-específicas e IED como um elemento estratégico
Marta Lemme /IE-UFRJ
Marta Lemme /IE-UFRJ
Marta Lemme /IE-UFRJ
Fonte: FDC (2013) – Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2013. Disponível em www.fdc.org.br
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