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“Commercio da Louzã – 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA” revisitado
Powerpoint de suporte à reapresentação do livro
“Commercio da Lousã – 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA”
Dinis Manuel Alves Lousã, 25 de Setembro de 2010
Iniciativa integrada no programa das comemorações do
centenário da implantação da República portuguesa
TEXTO COM A INTERVENÇÃO DE DINIS MANUEL ALVES DISPONÍVEL EM
http://www.mediatico.com.pt/UserFiles/CL-25-09-2010-b.pdf
VÍDEOS COM A SESSÃO INTEGRAL DISPONÍVEIS EM
http://www.youtube.com/mediapolisxxi
No século XIX os jornais eram folhas impressas para ler No século XIX os jornais eram folhas impressas para ler
na totalidade e com calma, na totalidade e com calma,
que passavam de mão em mão, que passavam de mão em mão,
não perdiam facilmente a sua actualidade não perdiam facilmente a sua actualidade
nem havia urgência em serem lidos.nem havia urgência em serem lidos.
1.11.1859
No tempo das “não-notícias”
Mercúrio Lusitano, 28.08.1815
No tempo das
“não-notícias”
No tempo das “não-notícias”
Mercúrio Lusitano, 23.08.1815
No tempo das “não-notícias”
Mercúrio Lusitano, 23.08.1815
Diário de Notícias n.º 1 – 29 de Dezembro de 1864
Suas Magestades e Altezas Suas Magestades e Altezas
passam sem novidade passam sem novidade
em suasem suas
importantes saudesimportantes saudes
O diário espanhol ABC, que
iniciou a sua publicação em
1905, surgiu com a primeira
página integralmente ocupada
por publicidade, estilo que
perdurou durante algum tempo.
Motivo: evitar que a humidade, a
chuva ou a sujidade manchassem
as notícias quando os
exemplares se depositavam à
porta dos assinantes.
N.º 1 – 4 de Abril de 1909
N.º 121 – 19 de Outubro de 1912
N.º 1
7 de Abril de 1921
A Voz da Serra, Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, n.º 1 – 7 de Abril de 1945
http://www.djoaovi.com.br/index.php?cmd=section:acervo_jornal_avs
Diário de Coimbra, n.º 1 – 24 de Maio 1930
29 de Dezembro de 1864 20 de Março de 2003
• A ponte sobre o Tejo, protagonista de duas primeiras páginas do Diário de Notícias, separadas por 27 anos.
• Da mancha-chumbo (edição de 7 de Agosto de 1966), à força avassaladora de uma fotografia ímpar (edição de 25 de Junho de 1994)
7 de Agosto 1966
25 de Junho1994
Trata de fazer um bom jornal e lembra-te de que a
sensualidade moderna, que é o fundo do gosto
moderno, gosta sobretudo de qualidades de forma e
de plástica.
Não se vai ao restaurante onde se come melhor — mas
àquele onde a mobília é mais vistosa.
Procura por isso que o jornal, como papel, tipo,
impressão, etc., seja um primor.
Dá-lhe um feitio que não seja o do pesado e pançudo
Comércio do Porto.
Fá-lo ligeiro e vibrante.
(…) Diz quando sai essa Província — e, repito,
enverniza-lhe os tamancos.
Eça de Queiroz a Oliveira Martins
[5.05.1885]
E, logo no mês seguinte (10.6.1885), acrescenta: ‘A
Província, por ora, não está bem feita nem malfeita —
está provinciana. Tende ao ramerrão e à sonolência.
Precisas de espertá-la.
Um bom artigo teu não basta: é necessário que o resto
do jornal viva e vibre, e por ora acho-lhe o ar molengão
e empapado. Precisas melhoria de papel’.
Mais tarde escreverá o autor (1894): ‘Tudo neste nosso
século é toilette, dizia o velho Carlyle. O apreço exterior
pela arte é a sobrecasaca da inteligência. Quem se
quererá apresentar diante dos seus amigos com uma
inteligência nua? (…) Dispondo de algum dinheiro, e
graças ao armazém de fato feito, e ao armazém de ideias
feitas que se chama jornal, pode estar todo e
dignamente vestido, por dentro e por fora, e sair à rua, e
ser um senhor ”.
Expansão da imprensa ligada aos avanços tecnológicos
Na época de Gutenberg, em meados do século XV, a tecnologia
existente permitia a impressão de 50 páginas/hora.
Com a invenção de Koenig em 1814 (os prelos com cilindros), era
possível a impressão de 1.100 páginas/hora.
Com as rotativas de Marinoni, em 1871, tornou-se possível
imprimir 95.000 páginas/hora.
TELÉGRAFO - 1844
FOTOGRAFIA
Em 1840 Chevalier fabrica a primeira máquina para daguerreótipo, provida de uma
óptica acromática
FOTOGRAVURA – 1851
Método fotográfico de gravar imagens sobre chapas de metal
TELÉGRAFO POR CABO - 1866
Outras invenções
FOTOGRAFIA – 1888
George Eastman regista a marca KODAK nos
Estados Unidos, começando a produzir
máquinas fotográficas acessíveis ao público em
geral.
HELIOGRAVURA – 1905
As linhas telegráficas ligam a Europa aos EUA nos anos 50 e 60 do século XIX
Europa ligada à China, à América do Sul e ao Japão
na década de 70 do mesmo século
Em 1844, a invenção do telégrafo por Samuel Morse revoluciona a transmissão de
informações, e permite o envio de notícias a longas distâncias. Mas o telégrafo só
ganharia um aumento exponencial da sua capacidade a partir da instalação dos cabos
submarinos, na segunda metade do século XIX, que unem os vários continentes. O
primeiro despacho transatlântico por telégrafo, por exemplo, foi enviado pela AP em
1858. A comunicação por telégrafo liga a Europa ao Brasil a partir de 1874.
A inauguração da rede oficial de telégrafo eléctrico em Portugal ocorreu em 1856.
Fazia a ligação do Terreiro do Paço às Cortes.
Em 1857 regista-se a ligação entre Portugal e Espanha.
Em 1870 é inaugurado o cabo submarino que liga Portugal a Inglaterra e Gibraltar.
Em 1871 entra em funcionamento o cabo telegráfico submarino ligando o continente
português à Madeira, Cabo Verde e Pernambuco.
Em 1893 é efectuada a ligação desde Carcavelos até Ponta Delgada, Horta e a todo o
arquipélago dos Açores.
Extensão da Rede telegráfica em Portugal:
Em 1860 - Cerca de 2.000 Kms
Em 1900 - Cerca de 8.000 Kms Em 1911-26 - Cerca de 9.000 Kms
Telégrafo de Hughes
AGÊNCIAS NOTICIOSASAGÊNCIAS NOTICIOSAS
Em 1832 o banqueiro Charles-Louis Havas abre em Paris
um “Bureaux de traduction des journaux étrangers”
Mais detalhes em http://expositions.bnf.fr/afp/reperes/2.htm
AGÊNCIAS NOTICIOSASAGÊNCIAS NOTICIOSAS
1835 marca o início oficial da Agência Havas, “Agence des feuilles politiques –
Correspondance générale”. Primeira agência de notícias de âmbito internacional. Recruta
correspondentes no estrangeiro, vendendo as informações produzidas aos jornais
parisienses e do interior, aos homens de negócios, às embaixadas e aos ministérios.
AGÊNCIAS NOTICIOSASAGÊNCIAS NOTICIOSAS
Havas utiliza meios de transmissão bastante rápidos para
a época: pombos-correio e mais tarde o telégrafo eléctrico.
Os jornais passam a visar o lucro e não fins propagandísticos de
teor político-partidário
Da propaganda das ideias, das causas, passamos à propaganda
de produtos
O jornalismo transforma-se num negócio
Objectivo central: expansão da circulação
Conquistar mais leitores significava conseguir mais publicidade
Mais publicidade implicava maiores lucros, possibilidade de
investir em novos meios, contratar mais profissionais, diversificar
a rede de correspondentes, apostar em novos conteúdos,
aumentar o número de páginas
NOVO PARADIGMA DO JORNALISMO:
Passar da propaganda à informação
Evolução fez-se a ritmos
diferentes nos diversos
países
A publicidade cresceu muito
mais nos EUA e no Reino
Unido do que em França, por
exemplo.
Entre 1867 e 1900, a soma
total de investimentos
publicitários nos EUA subiu
de 50 milhões de dólares
para 542 milhões.
No Reino Unido, a
publicidade representava
em 1910 um negócio de 15
milhões de libras.
Sugestão de visita: http://www.hatshapers.com/old_ads.htm Sugestão de visita: http://www.hatshapers.com/old_ads.htm
O jornal “THE TIMES” obtinha em 1870, em publicidade,
o dobro de receitas das vendas
Regista-se o aparecimento de jornais de grande
difusão, com a quebra do peso das assinaturas e a sua
substituição pela venda através dos ardinas e nas
bancas; a concorrência entre os jornais e a conquista
do mercado publicitário, iniciando a passagem do
jornal para os leitores comprarem, ao jornal que devia
vender o maior número de leitores aos anunciantes.
Em França, o número de jornais aumentou de 49 em 1830, para 73
em 1867, 220 em 1881 e 322 em vésperas da I Guerra Mundial, em
1914.
As tiragens dos jornais também sofreram aumento notável:
34.000 em 1815, 1 milhão em 1867, 2,5 milhões em 1880, 9,5
milhões em 1914.
Nos EUA, o número de jornais publicados a nível nacional
duplicou entre 1830 e 1840. Enquanto a população aumentou
33%, a circulação dos jornais aumentou 187%.
N.º 2, 11 de Abril de 1909
O CompromissoO CompromissoNo seu número inaugural, de 4 de Abril de 1909, o "Commercio da Louzã",
depois de longos considerandos sobre a necessidade e os riscos de
incumprimento de um "Programma", não resistia a avançar com o seu:
"Lançamos hoje aos mares da critica o Commercio da Louzã, e a critica, não
resistindo à praxe, pede-nos certamente Programma: — definição de — ao
que vimos:
— A dar o nosso esforço, tanto quanto possamos à defeza dos direitos e dos
interesses d'este concelho e da sua população, e no firme proposito de
seguirmos, d'olhos vendados, como o symbolo da justiça, sem querermos vêr
nem conhecer partidos ou partidarios".
Um jornal sem política, assim prescrevia outro colaborador de Coimbra, no
caso um que assinava "João Ninguém":
"Duas coisas me moveram a acceitar o vosso amavel convite de collaboração:
a minha amizade por vós (…) e eu saber que o vosso jornal não tinha política,
senhora com quem não tenho relações, mas que me parece pessoa
detestavel, pelos males que lhe tenho visto causar e pelas patifarias e
injustiças que lhe tenho visto praticar.
E então numa terra pequena?!
Ella mette-se em casa dos grandes, d'olho manhoso e sorriso matreiro, ouve o
que os patrões dizem e vai contal-o aos criados; vai até á cosinha cheirar as
panellas e provar os guizados, ouve os criados dizer mal dos patrões, ajuda-os
nisso se fôr preciso e vai para a sala dizer tudo quanto ouviu, se é que não
accrescenta alguma coisa da sua lavra (…)".
"Em Portugal a politica deixou de ser o conjunto de principios reguladores da
vida da nação, para se transformar num simples processo de satisfazer
vaidades, crear odios e inutilisar aptidões.
Ser politico, entre nós, não é ser cidadão: é ser o influente eleitoral que
procura arranjar o maior número de votos para conseguir as boas graças do
chefe, é abastardar a intelligencia, é escravizar a vontade, é muitas vezes
afundar o caracter“ - lia-se no editorial intitulado "A Crise Nacional", um
repositório cáustico das causas que levavam os portugueses a sentir
repugnância pela política:
"Hoje em dia nota-se uma repugnancia extraordinaria pela politica, tratando
cada um de nós de fugir d'ella como quem foge de um tenebroso abysmo" —
sinalizava-se, fazendo-se de seguida o contraponto:
"Será que a politica não traga a quem nella se intromete mais que desgostos,
desillusões e prejuizos de dinheiro?
"Vai em dois meses que se abriu a actual sessão parlamentar, a segunda
da legislatura que decorre, e ainda dos seus trabalhos não resultou coisa
que se visse e que aproveitasse às forças produtivas da actividade
nacional.
Politica e só politica, e eis do que se tem tratado, e mais nada!"
Onde é que eu já li isto?
"Monarquicos e republicanos, conservadores e liberais, nenhum deixou
de reclamar a maxima autonomia nas relações do municipio com o poder
central e de reivindicar para a velha instituição, que tem sido o principal
elemento da nossa independencia, o logar de honra a que tem direito e
só um regimem excessivamente centralizador lhe tem acintosamente
negado".
E isto?
"É consolador ver assim a alma portuguêsa ter uma aspiração generosa,
como é essa do rejuvenescimento da Patria pela rehabilitação do
municipio".
… e mais isto?
O Jornal – Madeira
Março de 1927
O Jornal – Madeira Março de 1927
Programa para tornar a monarquia indemne aos efeitos "perniciosos" da
instrução:
"Artigo 1º - Fazer leis aparatosas para atirar ás bochechas do mundo civilisado
e mostrar que cá tambem se pesca da regedoria.
Artº 2º - Conservar ás espeluncas o nome de escolas, para que lá fora, quem
ouvir fallar em taes nomes julgue que se trata de edeficios apropriados,
embora, não passem de cubiculos infectos.
Artº 3º - Continuar a fingir que o ensino é obrigatorio.
Artº 4º - Obrigar os professores a abdicar dos seus direitos civicos e perseguir
a proposito de tudo o que tem o arrojo de pôr gravata vermelha.
Programa para tornar a monarquia indemne aos efeitos "perniciosos" da
instrução:
Artº 5º - Continuar a pagar aos professores primarios o sufficiente para
morrerem de fome fome afim de que elles descoroçoem e abandonem tal modo afim de que elles descoroçoem e abandonem tal modo
de vida ficando-se depois a viver uma nova vida de felicidade de vida ficando-se depois a viver uma nova vida de felicidade
paradisiacaparadisiaca".".
Resumindo o pensamento do autor do artigo, assinado por "D.", a monarquia a monarquia
gostaria de ver os cemitérios pejados de mestres-escola!gostaria de ver os cemitérios pejados de mestres-escola!
Quanto custa um reiQuanto custa um rei"Lista de alguns dos chefes de Estados calculada a remuneração
de 6 horas de trabalho diario".
Ao quadro acediam os imperadores da Rússia, Áustria e Alemanha, os
reis de Itália, Inglaterra, Espanha, Bélgica, Portugal e Dinamarca, e os
presidentes da América e de França. O mais sortudo era o imperador
russo, que "ganhava" 405 francos por minuto, 9.580 contos de réis por
ano. O Presidente dos EUA vinha no fundo da tabela, com uns
míseros dois francos por minuto, e 57 contos de réis ao ano. O
monarca português ocupava o oitavo lugar deste curioso ranking, com
22 francos ao minuto e 525 réis ao ano.Commercio da Louzã, n.º 25, 6.10.1909
Quanto custa um reiQuanto custa um rei
"O quadro já vos mostrou quanto custa á industria de uma nação, em
cada minuto, em cada hora, em cada dia e em cada anno de
existencia, a representação desnecessaria de um homem para a
felicidade dos povos, quando esse homem não trabalha, não produz,
antes serve para explorar todas as classes sociaes e desnaturar em
seu proveito todos os principios de justiça social, comstituindo e
conservando em classes separadas os homens que deviam pela
propria natureza estar unidos e solidariamente viverem na egualdade
da paz e da ordem" — lia-se no texto assinado por "Gilberto".
"Foram querellados os seguintes jornaes:— o nº 8 e 12 da 'Alma Nacional', o
'Suplemento do Seculo', o 'Paiz', o 'Povo de Santa Clara' e o 'Xuão' que acaba de ser
julgado e condemnado o seu director em 60:000 reis de multa. Safa que o governo do sr.
Beirão está com vontade á má imprensa…
Nós vendo as barbas dos collegas árder, não nos adeantaremos em conversas com
estes senhores da governança; o sr. Beirão não, mas o seu chefe já cá encontrou um
jornal que lhe offendeu a sua honestidade.
Pois nós, a quem falta o tempo para tratar da nossa vida, (como ha pouco affirmava um
titular nosso conhecido) não nos metteremos mordomos sem devoção. Publicámos as
cartas do sr. Fernando de Serpa, que poseram o Paiz ao facto da moralidade que vae
pelo alto, mas a respeito dos milhares de contos de desfalque na companhia do credito
predial, nem mais uma palavra…
Não que o dinheiro é sangue.
Vamo-nos por cá entretendo com as coisas da terra, que chegam bem para encher a
Lamparina e deixamos o resto ao nosso denodado collega 'O Mundo' que chega bem
para os incommodar".
Da condição de jornalistaDa condição de jornalista
"Ser jornalista é banir do seio do povo os costumes, defeitos e vícios que concorrem
poderosamente para a sua degenerescencia, combater a politica á luz da analise
imparcial dos seus actos, mostrando-lhe o caminho recto que vae da Dignidade á Moral,
fomentar nos seus mais largos surtus as artes, o commercio e as industrias como
ligitimos factores do progresso, promover por toda a parte a semeadura da Instrução —
germen fecundo do saber humano, evangelisar pela pratica e pelo exemplo o culto
incomparavel do amor concretisado no civismo e na justiça, na Paz e no Trabalho — eis
uma nobre profissão de fé para quem tem na vida de sacrificio e de labor inteiramente
consagrada à causa do bem publico. (…)
Sousa Pinto, Commercio da Louzã, n.º 30 , 2.12.1909
Da condição de jornalistaDa condição de jornalista
(…) O jornalista compenetrado da gloriosa missão d'apostolo do Direito e da Verdade, —
sabendo dignificar a sua inteligencia e o seu caracter — sem transigir ante a séde
vingadora de nós e o odio negro doutros, é mais do que um Homem, na accepção desse
termo — é um luctador de pulso forte revestido com a tunica inconsutil da virtude
antiga".
PublicidadePublicidade
http://commerciodalousa.blogspot.com/ Blog integrado nas comemorações do Centenário da Implantação da
República Portuguesa.
Contém detalhes sobre o projecto "Commercio da Lousã - 500 dias até
à República".
http://commerciodalousa2.blogspot.com/ Contém alguns dos textos do livro "Commercio da Lousã - 500 dias
até à República". (tarefa a prosseguir, assim haja tempo…)
http://www.mediatico.com.pt/dete/
http://www.mediatico.com.pt/nimas/