Post on 31-Jan-2018
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 1
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA ABS (ANTILOCK BRAKE SYSTEM) ...................... 4
Generalidades ................................................................................................ 4
ABS .................................................................................................................... 5
Componentes do sistema ................................................................................. 5
Ciclo de funcionamento ................................................................................... 5
CIRCUITO E ESQUEMA DE LIGAÇÕES DO ABS ........................................................ 6
Veículos 4x2 (19-320 e 19-370)....................................................................... 6
Veículos 6x2 (25-320 e 25-370)....................................................................... 7
LUZ DE AVISO DO SISTEMA ABS .......................................................................... 8
Luz de aviso do painel ..................................................................................... 8
REDE CAN (CONTROLER AREA NETWORKER) ......................................................... 9
Controlador de extensão de rede do sistema ABS no veículo ............................... 9
CENTRAL DE RELÉS E FUSÍVEIS ........................................................................... 10
CONECTOR DIAGNÓSTICO NO VEÍCULO .............................................................. 11
Conector diagnóstico OBD ............................................................................. 11
MÓDULO ELETRÔNICO DE CONTROLE DO ABS (ECM) ........................................... 12
Identificação dos conectores na ECM.............................................................. 13
Cuidados especiais com a ECM ...................................................................... 13
Proteção interna da ECM ............................................................................... 13
Localização da ECM do sistema ABS no veículo ............................................... 14
CONECTORES DA ECM - IDENTIFICAÇÃO DAS PINAGENS ..................................... 15
Conector X1 de 18 pinos ............................................................................... 15
Conector X2 de 18 pinos ............................................................................... 15
CONECTOR DO SISTEMA ABS - REBOQUE ............................................................ 16
SENSOR DE VELOCIDADE DAS RODAS ................................................................ 17
Montagem do sensor no alojamento em relação à roda dentada ......................... 18
Teste do sensor de velocidade com multímetro ................................................ 19
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 2
RODA DENTADA................................................................................................ 20
VÁLVULA MODULADORA DE PRESSÃO DA CÂMARA DE FREIO ............................ 21
Condição normal de frenagam de serviço (sem ABS) ......................................... 21
Condição que identifica o travamento das rodas ............................................... 22
Manutenção da pressão na câmara de freio ..................................................... 23
Condição de trabalho normalizada .................................................................. 24
Teste da válvula moduladora de pressão ......................................................... 25
MANUTENÇÃO DO SISTEMA ABS ....................................................................... 26
Verificação do sistema ABS ........................................................................... 26
Falhas eletrônicas do sistema ABS.................................................................. 26
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 3
INTRODUÇÃO
Segurança! Essa expressão sempre recebeu por parte da Engenharia da VolkswagenCaminhões e Ônibus um tratamento especial. A cada novo projeto, as atenções à segurançarevelam-se mais intensas.
Dotar os caminhões Volkswagen dos mais avançados recursos e sistemas de segurança foi, ée sempre será um objetivo da máxima prioridade.
O recurso ABS - Antilock Brake System – aplicado aos caminhões Constellation 19-320, 19-370, 25-320 e 25-370 faz parte desse objetivo e está à disposição dos clientes da marcapara estabelecer o resultado de uma equação que já se tornou característica dos caminhõesVolkswagen:
Qualidade + Segurança = Confiabilidade.
Caminhão Volkswagen! Nesse, você pode confiar.
O conteúdo inserido neste fascículo é parte complementar das ações detreinamento em sala de aula desenvolvidas pela área de Desenvolvimento daRede e Treinamento, nas quais, os conceitos aqui mencionados são abordadosde forma mais detalhada e poderão ser praticados nos agregados/veículos a quese referem.
Participe dos eventos, leia com atenção e aproveite a oportunidade para ampliarseus conhecimentos!
As informações e dados técnicos contidos nesta apostila estão sujeitos aalterações sem prévio aviso. Consulte sempre a literatura atualizada editada pelaVolkswagen Caminhões e Ônibus.
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 4
CONCEITOS BÁSICOS DO SISTEMA ABS(ANTILOCK BRAKE SYSTEM)
A ação de imobilização de um veículo em deslocamento sofre a influência de diversos fatorescomo velocidade, peso, tipo de piso, condições climáticas, força de frenagem etc.Estes fatores determinarão as condições em que essa imobilização se realizará.
Duas dessas condições são determinantes para que acidentes sejam evitados: trajetória edistância percorrida até a parada total.
Como principais causadores do aumento da distância de parada encontram-se o peso (carga)do veículo, velocidade e o tipo de piso da pista.
Como principal causador da fuga da trajetória normal, encontra-se o travamento das rodas,principalmente das rodas direcionais, que provoca a perda de estabilidade do veículo.
O ABS - Antilock Braking System, sistema eletrônico de gerenciamento que atua sobre areação do sistema de freios de serviço de um veículo, tem como finalidade evitar otravamento das rodas durante uma frenada em situação de emergência, em condiçõesdesfavoráveis de atrito dos pneus com o solo, garantindo boa dirigibilidade e estabilidadedo veículo.
O sistema ABS permite manter o controlenessas situações, mesmo quando o piso seapresenta ou é de natureza escorregadia,como por exemplo, gelo na pista, asfaltocom camada de óleo, lâmina de água, etc.
A ocorrência de travamento das rodas de umveículo durante a frenagem, provoca oaumento na distância de sua imobilização,além da perda da estabilidade direcional,tanto em retas como em curvas.
Generalidades
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 5
1. Sensor de velocidade
2. Roda dentada
3. Câmara de freio
4. Válvula moduladora de pressão
5. ECM
ABS
O sistema de gerenciamento eletrônico calcula inicialmente a velocidade individual das rodas,analisando os sinais vindos dos sensores de velocidade das rodas. Após isso, comparaçõeslógicas entre os valores calculados e parâmetros estabelecidos pelo sistema são realizadas.Havendo escorregamento (velocidade das rodas x velocidade de referência), desaceleraçõesserão calculadas para cada uma das rodas, implicando na atuação (ou não) do sistema.
Consequentemente, com base nessas informações, o Módulo de Controle Eletrônico - ECMdo ABS irá decidir sobre o aumento ou redução da pressão de ar nas câmaras de freio,controlando as rodas nas frenagens de forma a evitar seu travamento.
As pressões são controladas por válvulas solenóides comandadas pela ECM. O início deatuação do sistema ABS sobre as rodas ocorre na faixa de 5 a 8 Km/h.
Componentes do sistema
Ciclo de funcionamento
Velocidade do veículo
Velocidade de referência (calculada pela ECM)
Sinal de velocidade da rodaPressão de serviço na câmara de freio
Estado do modulador
Escorregamento daroda aumenta novamente- rápida mudança na
desaceleração
Repetição do ciclo
Esta
do d
a vá
lvul
am
odul
ador
a de
pre
ssão
Aumento
Manutenção
Exaustão
Tempo
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 6
CIRCUITO E ESQUEMA DE LIGAÇÕES DO ABS
1 - Sensor de velocidade da roda
2 - Módulo de controle eletrônico ABS
3 - Válvula moduladora de pressão
4 - Câmara de freio
5 - Válvula moduladora de serviço (pedal)
Veículos 4X2 (19-320 e 19-370)
Circuito pneumático dianteiro
Circuito pneumático traseiro
Alimentação pneumática
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 7
1 - Sensor de velocidade da roda
2 - Módulo de controle eletrônico ABS
3 - Válvula moduladora de pressão
4 - Válvula moduladora de serviço (pedal)
5 - Câmara de freio
6 - Válvula relé de freio
Veículos 6X2 (25-320 e 25-370)
Circuito pneumático dianteiro
Circuito pneumático traseiro
Alimentação pneumática
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 8
LUZ DE AVISO DO SISTEMA ABS
Para monitorar a atuação do ABS o painel conta com uma lâmpada de aviso instalada nodisplay central.
Caso a lâmpada venha a acender durante o funcionamento do veículo, estará indicando aocorrência de uma falha no sistema.
Os códigos correspondentes às falhas poderão ser constatados no próprio display digital dopainel de instrumentos.
Luz de aviso do painel
ABS
ABS
Símbolo Indicação Nota
Freio ABS Indica uma falha no sistema doveículo ou em ambos
ABS do reboque esemi-reboque
Indica uma falha no sistema ABSdo reboque e do semi-reboque
0
5
10
15 20
25
30
35
X 100
0
20
4060
80
100
120
10
30
50 70
90
110
125
km/h
0 1/1
1/2
PARE
H O2
+
0
2
46
8
10
12
Para acessar as falhas do sitema ABS pelo display digital do painel o código aser utilizado é “11”. Caso o reboque esteja equipado com ABS a luz de avisoserá monitorada através da LU para o painel.
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 9
REDE CAN (CONTROLER AREA NETWORKER)
Controlador de extensão de rede do sistema ABS no veículo
Com a entrada de um novo módulo de controle na rede CAN do veículo, adotou-se umanova extensão na rede CAN para receber a ECM do sistema de freios ABS. Para tanto, usa-se o mesmo protocolo SAE J1939 que está ligado ao conector de diagnóstico.
Informações a respeito da velocidade do veículo, assim como outras informaçõesdigitalizadas que o sistema possa necessitar, estão disponíveis na rede CAN.
Tambem é possível realizar o diagnóstico do sistema ABS, pela rede CAN, usando aferramenta diagnóstico VCO 950.
Caso o reboque esteja equipado com ABS, haverá interface deste sistemacom a rede CAN do caminhão trator. Porém, os sistemas ABS do reboquee do caminhão trator permanecem independentes.
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 10
CENTRAL DE RELÉS E FUSÍVEIS
Com a inserção do sistema ABS no veículo, a central elétrica recebeu uma novaconfiguração. Esta configuração pode ser visualizada na parte interna da cobertura conformefigura abaixo.
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 11
CONECTOR DIAGNÓSTICO NO VEÍCULO
Conector diagnóstico OBD
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 12
MÓDULO ELETRÔNICO DE CONTROLE DO ABS (ECM)
A ECM tem como função monitorar os sinaisenviados pelos sensores de velocidade,localizados individualmente nas rodas, edeterminar, durante a frenagem de serviçodo veículo e se necessário, a intervençãonas válvulas moduladoras de pressão dascâmaras de freio. O controle da pressão paraas câmaras de freio, diminuindo ouaumentando a pressão conformenecessidade operacional, é o que evita otravamento das rodas durante a frenagem.
Para que ocorra o controle de variação dapressão nas câmaras de freio, a ECMdetermina uma velocidade e uma aceleraçãocom base nos sinais recebidos pelossensores das rodas. Esta velocidade,denominada “velocidade de referência”, écalculada através da média de velocidadedas rodas, o que corresponde aaproximadamente a velocidade do veículo.
Através de um critério de "ATRASO", umbloqueio ou escorregamento é reconhecidopela ECM.
De acordo com o comportamento domovimento das rodas a ECM controla asválvulas moduladoras de pressão de ar que,por sua vez, modulam a pressão nascâmaras de freio, realizando a função dosistema ABS.
Se por algum motivo ocorrer falha nosistema, o condutor do veículo será avisadoimediatamente por meio da luz de aviso defalha do ABS, localizada no display digitaldo painel.
Devido ao constante monitoramento, todas asfalhas (ativas e inativas) ficam armazenadas namemória da ECM e podem ser acessadas peloVCO 950 ou pelo painel do veículo.
ABS ABS
Caminhão trator Reboque ou
semi-reboque
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 13
Identificação dos conectores na ECM
Cuidados especiais com a ECM
Quando houver a necessidade de remover ou plugar os conectores da ECM, é necessárioantes, desligar a chave de contato ou desconectar a bateria.
Ocasionalmente, pode surgir a necessidade de executar algum tipo de solda no veículo ourealizar carga rápida na bateria com aparelhos de recarga. Quando isso ocorrer, a bateriaprecisa ser desligada e os conectores da ECM removidos. Este procedimento evita que osmódulos recebam cargas inadequadas, evitando danos internos. Alimentar a ECM fora doveículo também não é permitido.
Proteção interna da ECM
A ECM está protegida contra:
• Inversão da voltagem (polaridade).
• Descarga eletrostática.
• Anti-vírus (instalação de programas não originais)
• Outros sinais temporários elétricos.
conector X1
conector X2
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 14
Localização da ECM do sistema ABS no veículo
Nos caminhões Constellation 19-320, 19-370, 25-320 e 25-370, a ECM do sistema ABSestá localizada junto à central elétrica (e-rack), acima da Unidade Lógica.
ECM ABS
Um chicote exclusivo foi adicionado à central elétrica para atender aos sensores eatuadores do sistema ABS.
Veículo sem sistema de freios ABS Veículo com novo chicote para atender ao
sistema de freios ABS
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 15
CONECTORES DA ECM - IDENTIFICAÇÃO DAS PINAGENS
As identificações das pinagens são distribuídas e posicionadas conforme mostram asilustrações a seguir.
Conector X1 de 18 pinos
Conector X2 de 18 pinos
X1/1
X1/3
X1/16
X1/18
X2/1
X2/3
X2/16
X2/18
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 16
CONECTOR DO SISTEMA ABS - REBOQUE
Para os casos em que são utilizados o reboque ou semi-reboque com sistema ABS, um novoconector é instalado na parte traseira da cabine para realizar a ligação entre caminhão-tratore reboque.
CO
NEC
TO
R X
1
12
1
3
16
1
2
3
4
5
6
7
CAN ALTA (Reboque)
Sinal para Unidade Lógica
Válvulas Moduladoras(Via ECM do ABS
do Reboque)
ECM do ABS do Reboque
ECM do ABS do Reboque
Válvulas Moduladoras
CONECTOR DO ABS - (REBOQUE)
UNIDADE LÓGICAB24
FUSÍVEL 3530A
FUSÍVEL 3410A
CHAVE DE IGNIÇÃO
86
87
8530
87a
CONJUNTO DE BATERIASCOM MAX FUSE 110 A
RELÉ 15
LINHA 30
LINHA 15
LINHA 15
(PÓS RELÉ 15)
LINHA 31
POSITIVO NEGATIVO SINAL
CRUZAMENTODE LINHAS
COM LIGAÇÃO
CAN BAIXA (Reboque)
8
7
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 17
SENSOR DE VELOCIDADE DAS RODAS
O sensor de velocidade das rodas consisteem um corpo metálico moldado, comcomponentes plásticos e metálicos, semtratamento térmico superficial, munido comum imã permanente e uma bobina de espirasem sua parte interna.
Preste atenção ao tipo e ao número do sensor gravado na parte superior, quandoinstalado. Os sensores de velocidade diferem um do outro quanto ao comprimentodo cabo - reto ou cotovelo (reto para rodas dianteiras e em cotovelo para rodastraseiras).
O sensor é fixado sob pressão por uma luva de fixação alojada em um furocontrolado. A luva de fixação dever ser substituída ao mesmo tempo que o sensorde velocidade.
Roda dentada
Sensor de
velocidade
Capa
protetora
t = TempoUss = Tensão induzida na bobinaF = Frequência
Este sensor tem como função detectar avelocidade periférica da roda do veículo(movimento) através de uma roda dentadamontada junto ao cubo da roda.
Á medida que a roda dentada gira em relaçãoao sensor, variando sua velocidade, umatensão de corrente alternada (VAC) éinduzida na bobina do sensor. A freqüênciadesta tensão é proporcional à velocidadedesenvolvida pela roda dentada. Destaforma, ao ser transmitido à ECM, este sinalde aspecto senoidal é analisado einterpretado em termos de velocidadeperiférica da roda.
Carcaça
ImãPermanente
Bobinade Espiras
RodaDentada
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 18
Montagem do sensor no alojamento em relação à roda dentada
Para receber o sensor de velocidade, o furo de alojamento do sensor deve ser lubrificadoadequadamente com graxa específica, resistente à alta temperatura (em geral, graxa à base de lítio).
Nesta operação de montagem, primeiro, uma luva é inserida no furo do alojamento e depois o sensoré colocado até encostar na roda dentada. O sensor deve ser resguardado de batidas. O ajuste deposicionamento do sensor se dá automaticamente após o primeiro giro da roda. A distância ideal detrabalho entre sensor e roda é de, no máximo, 0,6mm, conforme indicado na figura.
Não deve ocorrer inversão na ligação dos terminais dos sensores entre os ladosesquerdo e direito das rodas do veículo. Caso contrário a ECM vai controlar afrenagem pelos atuadores com as rodas invertidas no veículo
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 19
Teste do sensor de velocidade com multímetro
Após a montagem do sensor de velocidade, um multímetro pode ser utilizado para medir aresistência da bobina do sensor e verificar a presença de curto-circuito com a massa do veículo.
No chicote do veículo, a continuidade dos fios até os pinos dos conectores da ECM e a presençade curto-circuito entre os fios também podem ser verificados.
Adicionalmente, a tensão do sensor (VAC) pode ser medida, porém este valor depende dosseguintes fatores: distância existente entre o sensor e a roda dentada, e rotação da roda durante amedição.
Resistência da bobina do sensor:
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 20
RODA DENTADA
A roda dentada, juntamente com o sensor develocidade, é componente fundamental paraa geração de sinais a serem enviados à ECM.
Montada no cubo da roda por meio deprocesso a quente (150° C), a roda contém100 dentes e deve ser ajustada de tal formaque, quando o eixo do cubo gira, o movimentona direção radial (batimento) de qualquerregião da roda não ultrapasse 0,2mm.
O mesmo se aplica para o caso de resíduos esujidades entres os dentes da roda, quedevem ser evitados.
Resíduos de óleo, graxa ou de guarnições do freio prejudicam o funcionamentoda roda dentada em relação ao sensor.
O sinal para a ECM é afetado nessas condições.
Roda Dentada comcontaminação
Durante a operação de montagem ou por ocasião de manutenções periódicas (troca daslonas de freio, rolamentos, etc.) impactos e pancadas na região dos dentes devem serevitados. Caso isso ocorra, o sensor de velocidade poderá gerar sinais incoerentes à ECM,comprometendo o bom funcionamento do sistema ABS.
Sensor de velocidade
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 21
VÁLVULA MODULADORA DE PRESSÃO DACÂMARA DE FREIO
As válvulas moduladoras de pressão estãolocalizadas no veículo próximas às câmarasde freio e são controladas pela ECM por meiode pulsos elétricos.
A válvula moduladora de pressão tem comofunção variar (aumentar, manter ou diminuir),conforme a necessidade instantânea edurante a frenagem de serviço, a pressão dear disponibilizada à câmara de freio, que, porsua vez, atuará sobre a roda.
O sistema ABS intervém na frenagem de serviço quando a força de frenagem instantâneaaplicada na roda é maior do que o atrito entre o pneu da roda monitorada e o solo. Nestasituação, ocorre a rápida desaceleração, propiciando condição para travamento da roda.
Em caso de falha na válvula moduladora de pressão, nos sensores de velocidade ou mesmona ECM, a frenagem de serviço do veículo continuará operando normalmente, porém, sem aatuação do ABS.
Condição normal de frenagem de serviço (sem ABS)
Devido a ação de frenagem (acionamento do pedal de freio) o ar comprimido entra pelopórtico 1 e empurra a válvula membrana A, direcionando o fluxo em direção ao pórtico desaída 2. Como o sinal proveniente do sensor de velocidade permanece senoidal, a ECM nãoatua nas solenóides C e D, mantendo suas respectivas passagens fechadas (solenóide Cmantém a passagem do assento superior fechada e solenóide D mantém a passagem doassento inferior fechada). Pela ação de uma mola, a válvula membrana B permanece fechada.
Nesta condição, nenhum alívio é provocado pela ECM, sendo a pressão disponibilizada àcâmara de freio.
Roda dentada
ECM (ABS)
Pedal de freio
Câmara de freio
Sinal senoidal
Sensor de velocidade
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 22
Condição que identifica o travamento das rodas
Na condição em que o travamento da roda está para ocorrer, o sinal senoidal proveniente dosensor de velocidade é alterado. Com base na interpretação deste sinal, a ECM energiza asbobinas C e D possibilitando a abertura de suas respectivas passagens (a solenóide C abrea passagem do assento superior e a solenóide D abre a passagem do assento inferior).
No instante imediatamente após a abertura da válvula D, devido a pressão na câmara 1 sermaior do que a pressão atmosférica e existir comunicação desta câmara com o meio externo(passagem da válvula D aberta), ocorre queda de pressão nesta câmara. No momento emque as pressões estiverem iguais em ambos os lados da válvula membrana B, a mesma seabre, possibilitando a descarga de ar proveniente da câmara de freio e a conseqüentediminuição de pressão no mesmo. Com isso, a sapata de freio volta à posição de retorno e aroda tende a girar novamente, evitando o travamento.
Ao mesmo tempo, como a solenóide C não permite a saída de ar para a atmosfera (nestaconfiguração) e o alívio de pressão está ocorrendo na câmara de freio, a mola da válvulamembrana A fecha a passagem de fornecimento de ar comprimido, interrompendo o fluxo.Durante este processo a câmara 2 permanece pressurizada. A ECM monitora e comandatodas as válvulas moduladores de pressão do veículo simultâneamente.
Sinal senoidal alterado
1
2
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 23
Manutenção da pressão na câmara de freio
Com a roda do veículo liberada, um processo de restabelecimento de pressão (manutenção) éiniciado pela ECM até que a pressão na câmara de freio atinja a condição normal de trabalho.
Com o aumento do sinal senoidal a ECM interrompe a energização da bobina D, provocandoo fechamento de sua passagem. Com isso ocorre a pressurização da câmara 1 e ofechamento da válvula membrana B.
Após este evento a ECM atua na bobina C, interrompendo sua energização. Com isso, apassagem do assento superior se fecha, provocando a despressurização da câmara 2. Como apressão de ar na entrada do pórtico 1 é maior do que na câmara 2, a válvula membrana A seabre, permitindo que o fluxo pressurizado de ar atinja a câmara de freio.
Durante o processo, a ECM avalia o sinal senoidal para determinar se a pressão aplicada nacâmara de freio é suficiente ou se novos incrementos de pressão são necessários para que apressão de trabalho seja atingida.
Se um novo incremento de pressão for necessário, a ECM energiza novamente a bobina Cpossibilitando a abertura de sua passagem. Com isso, a câmara 2 é pressurizada e a válvulamembrana A se fecha. A ECM analisa o sinal senoidal e interrompe a energização da bobinaC, provocando o fechamento de sua passagem; a câmara 2 é despressurizada e a válvulamembrana A aberta, permitindo que um novo fluxo de pressão atinja a câmara de freio.
Estes ciclos, de abertura e fechamento da solenóide C, ocorrem em altíssimas frequênciasde acionamento e prosseguem até que a pressão na câmara de freio atinja um nívelnormalizado de trabalho.
Sinal senoidal
1
2
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 24
Condição de trabalho normalizada
A partir do instante em que a roda do veículo passa a se movimentar livremente, o sinalsenoidal produzido pelo sensor de velocidade é normalizado. Portanto, a ECM não atua maisem nenhuma válvula solenóide (solenóide C mantém a passagem do assento superior fechadae solenóide D mantém a passagem do assento inferior fechada) e o fluxo de ar pressurizadoflui normalmente do pórtico 1 para a câmara de freio.
Sinal senoidal normalizado
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 25
Teste da válula moduladora de pressão
Quando ocorrer a necessidade de teste, a válvula moduladora de pressão deve ser testadacom a tensão de trabalho da bateria, ou seja, 24V. A duração do teste envolve apenasalguns segundos, uma vez que um longo período pode ocasionar aquecimento e dano àsválvulas solenóides.
A resistência da bobina da solenóide deve estar compreendida entre 12 e 19 Ohms, a umatemperatura de 20°C (solenóides de 24V).
A tensão aplicada não deve ultrapassar 33,5V.
12 - 19 ΩΩΩΩΩ (sistemas 24V)
Os chicotes de conexão com a ECM também podem ser testados. Os itens que devem serverificados são:
• Alimentação de 24V pela ECM
• Continuidade nos fios entre os pinos dos conectores da ECM e válvula moduladora
• Curto-circuito entre os fios
• Curto-circuito das bobinas em relação à massa
Após a manutenção do sistema (válvulas e sensores), deve-se verificar a ausência de falhas.Com o veículo em movimento, aciona-se o freio. A ação de frenagem das rodas fará comque sistema reconheça todos os sensores de velocidade com seus respectivos atuadores.Com isso, a luz de falha do painel será apagada.
Indicação dos pinos
P1 = massaP2 = positivoP3 = positivo
Teste de resistência
P1 e P2P1 e P3
P3
P2
P1 P2
P1
P3
ABS VALVE
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 26
ABS é um sistema de segurança. As respectivas manutenções devem serrealizadas para o bom funcionamento do sistema.
MANUTENÇÃO DO SISTEMA ABS
Intervalos de serviço: 3 anos ou 300.000 km.
• Verificar a funcionabilidade do sistema usando equipamento de teste VCO 950
• A funcionabilidade elétrica do sistema ABS é verificada automaticamente
• Componentes do sistema ABS não são reparáveis (a troca deve ser feita por completo)
Semestralmente ou a cada 50.000 Km
• Verificação básica do sistema de freios
• Verificação de vazamentos
• Aplicação do freio de serviço
• Aplicação do freio de estacionamento
Rotina de inspeção diária
• Remover mistura que possa existir nos reservatórios de ar e verificar o funcionamentodo secador de ar.
Verificação do sistema ABS
Possíveis problemas
• Conector desconectado;• Sensor de velocidade ajustado incorretamente;• Roda dentada danificada ou ajustada incorretamente;• Cabo dos sensores e válvulas invertidos;• Cabos rompidos;• Cabos em curto circuito com a massa ou bateria;• Componentes instalados incorretamente
Periodicidade de manutenção
Falhas eletrônicas do sistema ABS
Os testes e o diagnóstico de falhas dos sensores e atuadores do sistema devem ser feitoscom a ferramenta de diagnóstico eletrônico VCO-950.
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 27
ANOTAÇÕES
Desenvolvimento da Rede - Treinamento 28
ANOTAÇÕES