Post on 17-Jul-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
Juacutelia da Silveira Gross
Porto Alegre
2011
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
Juacutelia da Silveira Gross
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
Monografia apresentado agrave Escola de Educaccedilatildeo
Fiacutesica da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul como preacute requisito para a conclusatildeo do
curso de Licenciatura em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
Porto Alegre
2011
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Juacutelia da Silveira Gross
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
Conceito Final
Aprovado em________de_______________de________
BANCA EXAMINADORA
Prof ______________________________________-UFRGS
Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
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Dedico este trabalho ao meu pai Ledir
Becher Gross e agrave minha matildee Sandra
Silveira por todo o amor confianccedila e
dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes
responsaacuteveis por essa minha conquista
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AGRADECIMENTO
Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia
compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada
Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos
ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha
formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal
Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes
Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e
dedicaccedilatildeo nesse trabalho
A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa
Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos
a me ajudar
Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos
aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo
Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha
ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho
Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e
estarem do meu lado
Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai
Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria
possiacutevel
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RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
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SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
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LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
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LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
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1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
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A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
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2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
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intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA
Juacutelia da Silveira Gross
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
Monografia apresentado agrave Escola de Educaccedilatildeo
Fiacutesica da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul como preacute requisito para a conclusatildeo do
curso de Licenciatura em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Orientador Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira
Porto Alegre
2011
3
Juacutelia da Silveira Gross
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
Conceito Final
Aprovado em________de_______________de________
BANCA EXAMINADORA
Prof ______________________________________-UFRGS
Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
4
Dedico este trabalho ao meu pai Ledir
Becher Gross e agrave minha matildee Sandra
Silveira por todo o amor confianccedila e
dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes
responsaacuteveis por essa minha conquista
5
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia
compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada
Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos
ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha
formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal
Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes
Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e
dedicaccedilatildeo nesse trabalho
A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa
Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos
a me ajudar
Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos
aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo
Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha
ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho
Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e
estarem do meu lado
Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai
Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria
possiacutevel
6
RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
3
Juacutelia da Silveira Gross
EFEITOS DA CRIOTERAPIA DE IMERSAtildeO POacuteS-EXERCIacuteCIO SOBRE OS NIacuteVEIS DE FORCcedilA E POTEcircNCIA DE ATLETAS
Conceito Final
Aprovado em________de_______________de________
BANCA EXAMINADORA
Prof ______________________________________-UFRGS
Orientador - Dr Aacutelvaro Reischak de Oliveira - UFRGS
4
Dedico este trabalho ao meu pai Ledir
Becher Gross e agrave minha matildee Sandra
Silveira por todo o amor confianccedila e
dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes
responsaacuteveis por essa minha conquista
5
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia
compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada
Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos
ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha
formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal
Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes
Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e
dedicaccedilatildeo nesse trabalho
A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa
Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos
a me ajudar
Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos
aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo
Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha
ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho
Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e
estarem do meu lado
Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai
Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria
possiacutevel
6
RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
4
Dedico este trabalho ao meu pai Ledir
Becher Gross e agrave minha matildee Sandra
Silveira por todo o amor confianccedila e
dedicaccedilatildeo a mim Foram um dos grandes
responsaacuteveis por essa minha conquista
5
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia
compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada
Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos
ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha
formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal
Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes
Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e
dedicaccedilatildeo nesse trabalho
A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa
Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos
a me ajudar
Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos
aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo
Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha
ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho
Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e
estarem do meu lado
Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai
Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria
possiacutevel
6
RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
5
AGRADECIMENTO
Agradeccedilo muito ao meu namorado Felipe Fischer pela paciecircncia
compreensatildeo apoio e amor durante essa jornada
Ao meu orientador Aacutelvaro Reischak de Oliveira pela atenccedilatildeo pelos
ensinamentos orientaccedilatildeo em todo o meu trabalho e pela importacircncia na minha
formaccedilatildeo tanto profissional quanto pessoal
Ao pessoal do GEFEX mas principalmente aos professores Andreacute Lopes
Bruno Teixeira Reacutegis Radaelli e Rodrigo Macedo por toda ajuda coleguismo e
dedicaccedilatildeo nesse trabalho
A todo o pessoal da secretaacuteria do Lapex Dani Alex Carla Luciano Vanessa
Luiz pela aprendizagem como bolsista do laboratoacuterio e por estarem sempre prontos
a me ajudar
Aos atletas voluntaacuterios para o desenvolvimento desse projeto e a todos
aqueles que me ajudaram ao longo dessa graduaccedilatildeo
Agraves minhas amigas e amigos que torcem por mim e entenderam minha
ausecircncia para a construccedilatildeo deste trabalho
Agradeccedilo as minhas irmatildes Letiacutecia e Luana por sempre me apoiarem e
estarem do meu lado
Por fim gostaria de agradecer imensamente aos meus maiores iacutedolos meu pai
Ledir Becher Gross e minha matildee Sandra Silveira sem eles nada disso seria
possiacutevel
6
RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
6
RESUMO
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de remoccedilatildeo de calor corporal o que
supostamente atua como um acelerador de regeneraccedilatildeo muscular e metaboacutelico No
entanto os dados satildeo conflitantes na efetividade deste meacutetodo Sendo assim o
objetivo do presente estudo eacute verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo sobre os
valores de forccedila e potecircncia em atletas apoacutes protocolo indutor de fadiga A amostra
do estudo foi composta de 14 atletas jogadores de rugby (Idade 2229 plusmn 23 anos
Massa Corporal 8588 plusmn 1732 kg Estatura 17978 plusmn 909 cm G 2775 plusmn 444
VO2maacutex 4406 plusmn 668 mlkg-1min-1) Cada atleta comparecia por dois dias ao
laboratoacuterio Em cada dia o sujeito foi avaliado por meio de um teste de impulsatildeo
vertical contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico antes e apoacutes um
protocolo de fadiga composto de uma corrida a 120 da intensidade do VO2max
pelo tempo que o atleta suportasse Apoacutes o protocolo o atleta ia para um tanque
com aacutegua a 10oC ou ficava parado na mesma posiccedilatildeo ao ar livre No dia com gelo o
atleta permaneceu dentro de um tanque por 10 minutos sob uma temperatura de 10
plusmn 1ordm C No dia sem gelo o atleta permaneceu por 10 minutos em peacute Apoacutes os atletas
refizeram os testes A anaacutelise dos dados (meacutedias e desvios-padratildeo) foi realizada em
trecircs momentos preacute-teste (PREacute) poacutes-fadiga (PF) e poacutes-intervenccedilatildeo com ou sem gelo
(PI) No grupo crioterapia em teste de salto verificou-se diferenccedila significativa entre
os momentos PREacute e PF PREacute e PI A impulsatildeo vertical diminuiu significativamente
nesse grupo No grupo controle verificou-se diferenccedila entre os momentos PREacute e
PF No pico de torque isomeacutetrico no grupo crioterapia ocorreu diferenccedila entre os
momentos PREacute e PF No grupo controle houve uma diminuiccedilatildeo apoacutes a fadiga e
apoacutes a imersatildeo No pico de torque isocineacutetico concecircntrico natildeo houve diferenccedila entre
os momentos e nem entre os grupos O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a potecircncia de saltos e pode ser um meacutetodo de recuperaccedilatildeo no pico de torque concecircntrico
PALAVRAS-CHAVE crioterapia ndash forccedila muscular ndash potecircncia muscular - exerciacutecio
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
REFEREcircNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise
testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009
ASCENSAtildeO A MARCO LEITE ANTOacuteNIO N REBELO SEacuteRGIO MAGALHAumlES
JOSEacute MAGALHAumlES Effects of cold water immersion on the recovery of physical
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
7
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 12
12 Objetivos Gerais 14
12 Objetivos Especiacuteficos 14
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 15
21 Forccedila e Potencia muscular 15
22 Fadiga muscular 16
23 Crioterapia 17
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS 23
31 Problema de pesquisa 23
32 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 23
321 Variaacuteveis independentes 23
322 Variaacuteveis dependentes 23
33 Delineamento da pesquisa 23
34 Populaccedilatildeo e amostra 23
35 Criteacuterios de inclusatildeo 24
36 Caacutelculo amostral 24
37 Protocolo de avaliaccedilatildeo 25
38 Avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica 26
39 Registro alimentar 27
310 Teste de potecircncia de membros inferiores 27
311 Teste de forccedila maacutexima de membros inferiores 29
312 Protocolo Indutor de Fadiga 30
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
8
313 Teste de Consumo Maacuteximo de Oxigecircnio 31
314 Instrumentos de coletas de dados 32
315 Procedimentos eacuteticos
316 Procedimentos estatiacutesticos
33
34
4 RESULTADOS 35
41 Caracterizaccedilatildeo da amostra 35
42 Valores de impulsatildeo vertical 35
43 Valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico 37
44 Valores de pico de torque isomeacutetrico 38
5 DISCUSSAtildeO 40
6 CONCLUSAtildeO 46
REFEREcircNCIAShelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 47
ANEXOS 56
9
LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
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1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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LISTA DE ABREVIATURAS SIacuteMBOLOS E UNIDADES
Ca2+ Livros iacuteon caacutelcio Crio crioterapia
CMJ Countermovement Jump (salto com contramovimento)
ESEF Escola de Educaccedilatildeo Fiacutesica
js joule por segundo
K+ iacuteon potaacutessio
LAPEX Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio
ms Milissegundo
min Unidade de medida de tempo minuto
Mg2+ iacuteon magneacutesio
Na+ iacuteon soacutedio
Nm Newton metro
PT Pico de torque (Nm)
degC graus Celsius
s Unidade de medida de tempo segundo
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VO2maacutex Potecircncia aeroacutebia maacutexima
W Watt
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LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
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LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
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1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
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A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
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11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
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2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
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amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
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intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
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recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 4 - Salto com contramovimento 30
Figura 5 - Graacutefico com valores de potecircncia (crio) 36
Figura 6 - Graacutefico com valores de potecircncia (controle) 37
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (crio) 39
Figura 6 - Graacutefico com valores de PT isomeacutetrico (controle) 39
Paacutegina
Figura 1 - Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia 20
Figura 2 - Guia para a temperatura da aacutegua 22
Figura 3 - Esquema com as etapas do estudo 26
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
11
LISTA DE TABELAS
Paacutegina
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra 35
Tabela 2 - Valores da impulsatildeo vertical 36
Tabela 3 - Valores do PT concecircntrico 37
Tabela 4 - Valores do PT isomeacutetrico 38
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
12
1 INTRODUCcedilAtildeO
A recuperaccedilatildeo apoacutes a sessatildeo de exerciacutecio fiacutesico estaacute relacionada aos
processos do metabolismo energeacutetico velocidade de recuperaccedilatildeo muscular e de
recuperaccedilatildeo neuromotora Este conjunto de fatores tem papel fundamental tanto no
desempenho quanto na recuperaccedilatildeo do treinamento fiacutesico (BOMPA 2002)
Para que haja trabalho mecacircnico usado para desenvolver as adaptaccedilotildees
desejadas pelo treinamento devemos mobilizar diversas rotas metaboacutelicas para
suprirmos as necessidades energeacuteticas para manutenccedilatildeo do trabalho muscular e do
organismo como um todo A quebra do estado de repouso para o de movimento faz
com que nosso organismo necessite de um aumento da demanda de fornecimento
de energia Esse processo faz com que as vias metaboacutelicas tenham sua atividade
fisioloacutegica aumentada assim sendo diversos produtos satildeo consumidos e
subprodutos formados (ROSS 2006)
A busca pelo sucesso e vitoacuterias que cercam o mundo esportivo faz com que
se pesquisem teacutecnicas de treinamento de suplementaccedilatildeo e de recuperaccedilatildeo que
aumentem ou melhorem o desempenho fiacutesico destes atletas O sucesso atleacutetico natildeo
depende apenas de treinamento ou de crescentes aumentos de desempenho
Atualmente o niacutevel de conhecimento nessa aacuterea eacute quase que igualitaacuteria em todos os
paiacuteses do mundo Assim sendo para que haja aumentos significativos no
desempenho atleacutetico devem-se focar as atenccedilotildees para aacutereas que possam contribuir
para os resultados atleacuteticos A raacutepida recuperaccedilatildeo pode ser um fator limitante para
atletas envolvidos em programas de treinamento ou que tecircm um programa de
competiccedilatildeo que exige um ou mais esforccedilos de alta intensidade dentro um curto
periacuteodo de tempo Por esse motivo eacute importante programar teacutecnicas de recuperaccedilatildeo
afim de maximalizar o desempenho
Diversos meacutetodos de recuperaccedilatildeo tecircm sido utilizados no meio esportivo para
otimizar o desempenho acelerar os processos de regeneraccedilatildeo muscular e
metaboacutelica de atletas entre eles estatildeo massagem (MARTIN et al 1998)
recuperaccedilatildeo ativa (SPIERER et al 2004) crioterapia de imersatildeo (SELLWOOD et
al 2007 BAILEY et al 2007) terapia de contraste teacutermico (GILL et al 2006) e
hidroterapia (DOWZER et al 1998)
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
13
A crioterapia tem ganho popularidade pois aleacutem de ser barata eacute de faacutecil
utilizaccedilatildeo entre os treinos e jogos A mesma consiste na aplicaccedilatildeo do frio em
determinado local em que a diminuiccedilatildeo da temperatura tecidual reduz a atividade
metaboacutelica celular a demanda de oxigecircnio e atenua a liberaccedilatildeo de vasodilatadores
diminuindo a sobrecarga microcirculatoacuteria pela diminuiccedilatildeo do volume sanguiacuteneo
circulante Como consequumlecircncia disso a pressatildeo hidrostaacutetica na ceacutelula endotelial e a
formaccedilatildeo de edema diminui aleacutem de gerar efeitos anti-inflamatoacuterios que tambeacutem
podem ser observados (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006) Grande parte dos
esportes causa uma grande depleccedilatildeo da energia muscular e necessitam que os
atletas usem forccedila saltos e corridas diversas vezes Neste contexto seria
interessante discutir o quanto a crioterapia influencia essas capacidades fiacutesicas
Alguns trabalhos tecircm procurado avaliar a capacidade de recuperaccedilatildeo
muscular da crioterapia por meio da avaliaccedilatildeo de marcadores indiretos de dano e
fadiga muscular como a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima e a potecircncia muscular de
atletas (ESTON et al 1999 BAILEY et al 2007 GOODAL et al 2008
SELLWOOD et al 2008) No entanto os dados satildeo conflitantes e limitados do ponto
de vista de efetividade deste meacutetodo de recuperaccedilatildeo A literatura eacute escassa devido
agraves diferentes temperaturas da aacutegua tipos momentos duraccedilotildees local da aacuterea de
aplicaccedilatildeo e ao deacuteficit na compreensatildeo das respostas fisioloacutegicas Aleacutem disso natildeo
existem dados conclusivos a respeito da crioterapia no prolongamento do
desempenho Sendo assim fica evidente a importacircncia de verificaccedilatildeo desses
meacutetodos nos processos de recuperaccedilatildeo da fadiga
Dessa forma pretende-se com esse estudo verificar qual eacute a influecircncia da
crioterapia apoacutes um protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de forccedila e potecircncia em
atletas
O trabalho estaacute estruturado da seguinte forma apresentaccedilatildeo dos objetivos
gerais e especiacuteficos revisatildeo de literatura (identificando e deixando de forma clara o
meacutetodo) procedimentos metodoloacutegicos resultados discussatildeo conclusatildeo e
terminando com as referecircncias utilizadas
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
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Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
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Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
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ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
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1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
14
11 OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da crioterapia de imersatildeo em valores de forccedila e potecircncia
em atletas de rugby apoacutes protocolo indutor de fadiga
12 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 121 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na potecircncia de membros inferiores em tapete de contato
122 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro isocineacutetico
123 Avaliar o efeito da crioterapia apoacutes a aplicaccedilatildeo de protocolo indutor de fadiga
na forccedila isocineacutetica concecircntrica maacutexima de extensores de joelho em dinamocircmetro
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
15
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
21 FORCcedilA E POTEcircNCIA MUSCULAR
A forccedila de contraccedilatildeo muscular pode variar por conta de dois mecanismos
maior nuacutemero de unidades motoras recrutadas e maior frequumlecircncia de sua descarga
sendo que os ganhos de forccedila podem ocorrer por conta da hipertrofia muscular e
das adaptaccedilotildees neurais mostrando que a forccedila aleacutem de ser uma propriedade do
muacutesculo tambeacutem eacute uma propriedade do sistema motor A necessidade de geraccedilatildeo
de mais forccedila acarreta no recrutamento de mais unidades motoras (McARDLE et al
2003)
A forccedila eacute expressa como o produto da massa pela aceleraccedilatildeo (F[N] =
m[kg])a[ms]) Jaacute o termo forccedila muscular pode ser definido como ldquoa capacidade de
exercer tensatildeo muscular contra uma resistecircncia envolvendo fatores mecacircnicos e
fisioloacutegicos que determinam a forccedila em algum movimento particularrdquo (BARBANTI
1979) No treinamento esportivo existem trecircs tipos de forccedila a serem desenvolvidos
a forccedila maacutexima a forccedila explosiva e a resistecircncia de forccedila Segundo Fleck e Kraemer
(1999) as principais accedilotildees nos esportes coletivos satildeo constituiacutedas principalmente
pela forccedila explosiva conhecida tambeacutem como potecircncia muscular (forccedila +
velocidade) sendo o resultado da relaccedilatildeo entre a forccedila produzida (manifestada ou
aplicada) e o tempo necessaacuterio disponiacutevel Um indiviacuteduo com maior forccedila maacutexima
estaacute mais capacitado para desenvolver maior potecircncia
A potecircncia representa o trabalho mecacircnico desenvolvido sob uma seacuterie de
condiccedilotildees (1W = trabalho realizado como 1Js = torque de 1Nm acionando a
velocidade de um radianos) podendo ser caracterizada da seguinte forma [P (W) =
F (N) x V(ms-1) temos que a potecircncia muscular eacute altamente dependente da forccedila e
ambas satildeo importantes para performances esportivas (KRAEMER et al 1996)
Dentre os meacutetodos para avaliar essas capacidades o salto vertical tem sido
um padratildeo ouro para se determinar a habilidade funcional do atleta Ele tem sido
especificamente utilizado para avaliar a potecircncia de membros inferiores de atletas
(SILVA et al 2005 BAILEY 2007) e o dinamocircmetro isocineacutetico tem sido
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
16
amplamente utilizado para verificar a capacidade maacutexima de produccedilatildeo de forccedila
(DVIR 2002)
22 FADIGA MUSCULAR
A fadiga muscular pode ser definida como sendo a incapacidade do muacutesculo
para manter uma determinada potecircncia ou uma deficiecircncia em sustentar um niacutevel
particular de desempenho durante um exerciacutecio fiacutesico prejudicando o desempenho
motor incluindo a diminuiccedilatildeo da velocidade de encurtamento aleacutem de um
relaxamento prolongado das unidades motoras entre os periacuteodos de recrutamento A
fadiga eacute evidenciada durante e apoacutes exerciacutecios maacuteximos e submaacuteximos e tem sido
investigada em fisiologia do exerciacutecio como melhoria de recuperaccedilatildeo muscular e
desempenho nos esportes de alto rendimento (GARCIA et al2004)
A fadiga muscular eacute desencadeada por uma seacuterie de fatores como a tipologia
de fibras musculares recrutadas duraccedilatildeo da contraccedilatildeo niacutevel de sobrecarga tipo de
tarefa niacutevel de treinamento do sujeito e das condiccedilotildees ambientais de realizaccedilatildeo do
exerciacutecio As alteraccedilotildees do pH da temperatura e do fluxo sanguiacuteneo o acuacutemulo de
produtos do metabolismo celular particularmente dos resultantes da hidroacutelise do
ATP a perda da homeostasia do iacuteon Ca2+ o papel da cineacutetica de alguns iacuteons nos
meios intra e extra-celulares (K+ Na+ Mg2+) a lesatildeo muscularprincipalmente a
induzida pelo exerciacutecio tecircm sido algumas das causas sugeridas para a fadiga
muscular (ENOKA 1992) A etiologia da fadiga muscular tem atraiacutedo o interesse dos
investigadores que segundo Mcardle et al (2001) tradicionalmente focam na
localizaccedilatildeo de seus mecanismos podendo ser nas regiotildees corticais e sub-corticais
(fadiga de origem central) e no tecido muscular esqueleacutetico (fadiga de origem
perifeacuterica)
A fadiga central ocorre quando haacute uma diminuiccedilatildeo na atividade da quantidade
de unidades motoras envolvidas ou quando haacute uma diminuiccedilatildeo da reativaccedilatildeo de
disparos das unidades motoras Ela ocorre em niacutevel supramedular pelo mecanismo
de inibiccedilatildeo aferente a partir dos fusos neuromusculares terminaccedilotildees nervosas
falha na sinapse e diminuiccedilatildeo da excitabilidade do motoneurocircnio que intervecircm na
atividade fiacutesica Normalmente estaacute associada a esforccedilos prolongados de baixa
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
17
intensidade assim como a esforccedilos de alta intensidade (MCARDLE et al 2001
GANDEVIA et al 1994)
A fadiga perifeacuterica ocorre devido agrave diminuiccedilatildeo de disparos de potenciais de
accedilatildeo nas fibras musculares e ocorre quando haacute uma deficiecircncia ou restriccedilatildeo de
alguns processos nas unidades motoras ou seja nos nervos perifeacutericos nas
ligaccedilotildees neuromusculares neurocircnios motores ou fibras musculares Podem ocorrer
por fatores neurais mecacircnicos e energeacuteticos No processo de fadiga as unidades
motoras disparam em velocidades crescentes para compensar a diminuiccedilatildeo da
forccedila decorrente da fadiga de outras unidades motoras e manter o niacutevel de tensatildeo
muscular (MCARDLE et al 2001) O acuacutemulo de proacutetons e alteraccedilotildees no pH do
muacutesculo durante esforccedilos de alta intensidade e curta duraccedilatildeo podem ser
responsaacuteveis pela produccedilatildeo da fadiga perifeacuterica Em exerciacutecios de alta intensidade
a origem da fadiga muscular aguda perifeacuterica pode estar associada a trocas
metaboacutelicas enquanto nos exerciacutecios de intensidade submaacutexima estaacute relacionada a
outros processos fisioloacutegicos como uma deterioraccedilatildeo da ativaccedilatildeo muscular
(TERRADOS et al 1997)
23 CRIOTERAPIA
Jaacute havia registros meacutedicos cientiacuteficos do haacutebito e instruccedilotildees de banhos frios
em 129 a 201 dC A neve tem sido usada desde a antiguidade com o objetivo
terapecircutico de interromper o fluxo sanguiacuteneo e diminuir a sensaccedilatildeo de dor em casos
de amputaccedilatildeo ou para revitalizar os soldados do exeacutercito romano apoacutes lutas
intensas Hipoacutecrates usava gelo ou neve antes de iniciar uma cirurgia e Dominique
Jean Larrey (meacutedico de Napoleatildeo Bonaparte) realizava em soldados amputaccedilotildees
menos dolorosas em temperaturas abaixo de zero grau (KUPRIAN 1989)
Atualmente a crioterapia eacute frequumlentemente utilizada na medicina esportiva como um
meacutetodo para recuperar o atleta o mais raacutepido e seguramente possiacutevel para competir
Existe um consenso geral de que a aplicaccedilatildeo de bolsas de gelo frio
massagem com gelo ou imersatildeo na aacutegua gelada diminui a temperatura subcutacircnea
e do muacutesculo Estudos citam a crioterapia para diminuiccedilatildeo de inflamaccedilotildees
reparaccedilatildeo tecidual (HARRELSON et al 2000) analgesia (PRENTICE 2002) e
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
18
recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio com diversos tipos de protocolos (SELLWOOD et al
2007 CROWE et al 2007)
A crioterapia eacute definida como um meacutetodo de diminuiccedilatildeo de temperatura
corporal Entre os meacutetodos utilizados estatildeo toalhas ou sacos plaacutesticos com gelo
picado compressas de gel frio compressas geladas por meio de recipientes
compressas frias quiacutemicas imersatildeo em gelo e massagem com gelo (KNIGHT
2000) A aplicaccedilatildeo da crioterapia tem sido utilizada frequumlentemente no tratamento de
lesotildees musculoesqueleacuteticas agudas com o objetivo de diminuir a temperatura local
ou corporal no tecido lesionado (OLSON et al 1972 OSBAHR et al 2002) De um
modo mais praacutetico a crioterapia de imersatildeo consiste em colocar blocos de gelo em
toneacuteis ou tanques com aacutegua no qual o atleta permanece com os membros em
imersatildeo durante certo tempo (BARONI et al 2010) A crioterapia tem sido utilizada
no acircmbito esportivo por ser um meacutetodo barato de faacutecil aplicaccedilatildeo com elevada
capacidade de resfriamento dos tecidos e maior controle da temperatura Aleacutem dos
benefiacutecios das propriedades fiacutesicas da aacutegua a crioterapia tem sido utilizada pois
pela pressatildeo hidrostaacutetica ocorre o deslocamento de fluidos das extremidades para a
cavidade central do corpo Este deslocamento de fluidos pode aumentar a habilidade
do corpo de transportar substratos e melhorar as trocas metaboacutelicas em niacutevel
muscular (WILCOCK et al 2006)
Alguns estudos sugerem que a aplicaccedilatildeo do frio tem como objetivo a
diminuiccedilatildeo do inchaccedilo a reduccedilatildeo do edema local na regiatildeo lesada (reduzindo a
resposta inflamatoacuteria) e do espasmo muscular provocando analgesia (MCDONALD
et al 1985) o que favorece o processo de reabilitaccedilatildeo fazendo com que o tecido
lesionado volte as suas condiccedilotildees normais (HARRELSON et al 2000 KITCHEN
2003) Eacute importante a aplicaccedilatildeo na fase aguda da lesatildeo para promover a
restauraccedilatildeo estrutural e recuperaccedilatildeo ajudando o indiviacuteduo a iniciar o exerciacutecio
rapidamente (BORGMEYER et al 2004) Aleacutem disso a reduccedilatildeo do edema poacutes-
exerciacutecio pode melhorar as funccedilotildees contraacuteteis do muacutesculo diminuindo as chances
de danos na lesatildeo secundaacuteria (WILCOCK et al 2006 SCHASER et al 2007)
A aplicaccedilatildeo do frio estimula os receptores cutacircneos causando a ativaccedilatildeo
simpaacutetica das fibras musculares e quando atingem a temperatura de
aproximadamente 138ordmC haacute reduccedilatildeo do quadro hemorraacutegico ou seja reduccedilatildeo ideal
19
do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
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1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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do fluxo sanguiacuteneo local e 144degC para que ocorra a analgesia (STARKEY 2001)
pela desaceleraccedilatildeo do metabolismo e pela produccedilatildeo de metabolitos limitando assim
o grau da lesatildeo fazendo com que ocorra uma diminuiccedilatildeo na difusatildeo dos fluidos para
espaccedilos intersticiais (ENWEMEKA et al 2002) Enwemeka et al (2002)
constataram que a compressa fria de ateacute 20 minutos diminuiu a temperatura
superficial dos tecidos a quantidade de edema agudo nas lesotildees e a sensaccedilatildeo de
dor pois reduz a velocidade de conduccedilatildeo nervosa dos tecidos superficiais pelo
abrandamento da taxa de disparo dos fusos musculares e respostas reflexas Assim
o espasmo muscular e o niacutevel de percepccedilatildeo de dor satildeo reduzidos graccedilas agrave reduccedilatildeo
da liberaccedilatildeo de acetilcolina e do nuacutemero de impulsos dolorosos enviados ao ceacuterebro
pelos nervos perifeacutericos tornando-os mais lentos promovendo o aumento do limiar
de dor (DEAL et al 2000 HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000)
A diferenccedila da temperatura nos tecidos profundos depende da quantidade da
camada adiposa no local aplicado quanto mais tecido adiposo maior o tempo de
conduccedilatildeo para os muacutesculos (OTTE et al 2002 TOMCHUK et al2010) Jutte et al
(2001) verificaram que a temperatura intramuscular diminui mais lentamente do que
as dos tecidos superficiais
A sensaccedilatildeo da temperatura eacute transmitida pelas terminaccedilotildees nervosas
encapsuladas da pele para a medula espinhal principalmente pelas fibras nervosas
natildeo mielinizadas dos receptores do frio A sensaccedilatildeo da temperatura eacute a seguir
transmitida pelo trato espinotalacircmico lateral ateacute os centros superiores O hipotaacutelamo
anterior inicia a sudorese e a vasodilataccedilatildeo cutacircnea quando a temperatura estaacute
elevada A diminuiccedilatildeo da temperatura corporal leva a um estiacutemulo no hipotaacutelamo
que inicia a vasoconstriccedilatildeo perifeacuterica produzindo calafrios e o aumento das
atividades viscerais Devido agrave aplicaccedilatildeo de baixas temperaturas ocorre a diminuiccedilatildeo
do metabolismo por uma reaccedilatildeo do organismo em diminuir a demanda energeacutetica e
de oxigecircnio do local para auxiliar na manutenccedilatildeo da temperatura induzindo um
aumento na viscosidade dos tecidos provocando vasoconstriccedilatildeo e diminuindo o
fluxo sanguiacuteneo (KNIGHT 2000 WILCOCK et al 2006 GREGSON et al 2011)
Com a imersatildeo de grandes aacutereas corporais esta diminuiccedilatildeo natildeo eacute observada soacute em
niacutevel local mas tambeacutem da temperatura corporal sistecircmica (CLEMENTS et al
2002)
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Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
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3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
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A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
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37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
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Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
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um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
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311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
20
Gregson et al (2011) verificaram a influecircncia da imersatildeo dos membros
inferiores em aacutegua a 8degC e 22degC A temperatura retal velocidade do sangue da coxa
e o fluxo sanguiacuteneo da arteacuteria femoral superficial foram medidos durante a imersatildeo e
30 minutos apoacutes a imersatildeo Houve uma maior vasoconstriccedilatildeo do fluxo sanguiacuteneo da
coxa em temperatura de 8degC em que temperaturas mais frias podem estar
associadas com fluxo reduzido de sangue do muacutesculo o que poderia fornecer uma
explicaccedilatildeo para os benefiacutecios da imersatildeo em aacutegua fria para aliviar a lesatildeo muscular
induzida pelo exerciacutecio no esporte Reduzindo a taxa metaboacutelica o gelo reduz a
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas assim quando o fluxo sanguiacuteneo for limitado
pela vasoconstriccedilatildeo o risco de morte celular devido agraves demandas de oxigecircnio
(necrose celular secundaacuteria) seraacute diminuiacutedo
Figura 1 Esquema ilustrativo da resposta agrave aplicaccedilatildeo da crioterapia
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
21
Alguns estudos natildeo encontraram diferenccedilas significativas entre massagem
com gelo e sacos com cubos de gelo na diminuiccedilatildeo da temperatura intramuscular
(ZEMKE et al1998) no entanto alguns autores encontraram diferenccedila entre saco
de gel e gelo triturado sendo que a aplicaccedilatildeo com gelo triturado diminui mais a
temperatura (CHESTERTON et al 2002) Herrera et al (2010) sugere uma relaccedilatildeo linear direta entre a temperatura da
pele e conduccedilatildeo nervosa e uma relaccedilatildeo inversa com latecircncia duraccedilatildeo amplitude do
potencial de accedilatildeo composto No entanto esta relaccedilatildeo varia de acordo com o tipo de
fibras nervosas a temperatura da pele a profundidade das fibras nervosas a
quantidade de tecido subcutacircneo faixa etaacuteria e o tipo de modalidade utilizada para
alterar a temperatura da pele Na literatura haacute uma falta de estudos comparando os
efeitos das diferentes formas de aplicaccedilatildeo de frio sobre os paracircmetros de conduccedilatildeo
nervosa
A relaccedilatildeo do resfriamento muscular com o desenvolvimento de forccedila e da
potecircncia ainda eacute controversa pois se apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia a forccedila ou a
potecircncia forem reduzidas o rendimento pode ser comprometido e o risco de lesatildeo
aumentado Por outro lado se a aplicaccedilatildeo da crioterapia melhorar essas variaacuteveis eacute
possiacutevel utilizar o meacutetodo como um facilitador do desempenho em modalidades
esportivas que utilizem dessas capacidades
Herrera et al (2010) sugerem que a velocidade de conduccedilatildeo dos nervos
motores diminui quando a temperatura do tecido eacute reduzida A relaccedilatildeo entre
temperatura e velocidade de conduccedilatildeo nervosa eacute linear pelo menos nos nervos
mais superficiais podendo afetar a produccedilatildeo de potecircncia do muacutesculo
O estudo de Coulange et al (2005) verificou a influecircncia da imersatildeo em aacutegua
a 10degC e natildeo encontrou alteraccedilatildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima dos muacutesculos
vasto-lateral e soacuteleo Thornley et al (2003) encontraram resultados semelhantes
com o efeito do frio no pico de torque da extensatildeo isomeacutetrica do joelho Rubley et al
(2003) investigaram a influecircncia da imersatildeo em aacutegua fria (15 minutos a 15degC) da
matildeo na forccedila isomeacutetrica submaacutexima para o movimento de pinccedila entre o polegar e
indicador Os resultados natildeo demonstraram diferenccedila significativa
Borgmeyer et al (2004) relatam que a aplicaccedilatildeo da crioterapia antes da
realizaccedilatildeo de exerciacutecios de forccedila natildeo influencia negativamente o desempenho
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
22
muscular e que portanto pode ser utilizada antes da execuccedilatildeo de atividades
musculares vigorosas Por outro lado outros estudos de Sellwood et al (2007) Howatson et al
(2005) e Douris et al (2003) observaram que a crioterapia aplicada antes de um
exerciacutecio de forccedila pode diminuir o desempenho muscular e aumentar o risco de
lesatildeo A literatura sugere a diminuiccedilatildeo da forccedila isomeacutetrica maacutexima apoacutes crioterapia
causada por uma maior duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo e menor velocidade de
transmissatildeo do impulso originando a reduccedilatildeo na velocidade de contraccedilatildeo A literatura apresenta uma seacuterie de comparaccedilotildees entre os meacutetodos
comparando as reduccedilotildees de temperatura cutacircnea e intramuscular mas haacute lacunas
pelos diversos meacutetodos de aplicaccedilatildeo da crioterapia que satildeo utilizados e um fator
importante eacute o tempo e local de aplicaccedilatildeo do meacutetodo a temperatura e os ciclos de
imersotildees (HARRELSON et al 2000 KNIGHT 2000 JUTTE et al 2001) que
variam muito entre os estudos Encontramos aplicaccedilotildees de 20 minutos com
temperatura de 5 plusmn 1degC (PADDON-JONES et al 1997) de 15 minutos com
temperatura de 15 plusmn 1degC e 5degC (YANAGISAWA et al 2003) 10 minutos com
temperatura de 10plusmn05degC (BAILEY et al 2007) 5 minutos com temperatura de
10plusmn1degC (DOURIS et al 2003) e 1 minuto com temperatura de 5plusmn1degC (SELLWOOD
et al 2007)
Guia para a temperatura da aacutegua
Muito fria 10-13 degC
Fria 12-30 degC
Teacutepida 30-33 degC
Neutra 34-36 degC
Figura 02 Esquema ilustrativo (Adaptado ldquoFisioterapia nos esportesrdquo Kuprian
1989)
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
23
3 PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
31 PROBLEMA DA PESQUISA
Qual a influecircncia da crioterapia apoacutes protocolo indutor de fadiga em niacuteveis de
forccedila e potecircncia de atletas
32 VARIAacuteVEIS
321 INDEPENDENTES
bull Crioterapia
322 DEPENDENTES
bull Potecircncia de membros inferiores
bull Forccedila isomeacutetrica maacutexima de extensores de joelho
bull Forccedila isocineacutetica maacutexima de extensores de joelho
33 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O presente estudo segundo Gaya et al (2008) eacute caracterizado por uma
pesquisa do tipo ex post facto ensaio cliacutenico cruzado transversal
34 POPULACcedilAtildeO E AMOSTRA
Foram selecionados 18 atletas de rugby do sexo masculino entre 20 a 40
anos saudaacuteveis com pelo menos 2 anos de experiecircncia no esporte e que estavam
treinando regularmente Destes 14 concluiacuteram o protocolo de estudo com uma
perda amostral de 4 atletas por razotildees de lesatildeo natildeo decorrentes do protocolo de
estudo
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
24
A opccedilatildeo por atletas de rugby foi feita por conveniecircncia Aleacutem disso o Rugby eacute
um esporte coletivo em que os jogadores desempenham diferentes funccedilotildees durante
uma partida que inclui frequumlentes periacuteodos de atividade de alta intensidade (corrida
trote lanccedilamento da bola tackle) separados por periacuteodos de baixa intensidade
(caminhando) Assim existem necessidades apropriadas de capacidades fiacutesicas tais
como velocidade potecircncia agilidade resistecircncia forccedila e flexibilidade (SCOOT et al
2003)
35 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO
Participaram da pesquisa atletas praticantes do esporte por mais de dois
anos que estavam treinando regularmente em suas respectivas equipes natildeo
apresentaram nenhuma lesatildeo musculoesqueleacutetica 6 meses anteriores ao estudo e
estavam com o TCLE assinado
36 CAacuteLCULO AMOSTRAL
Para o presente estudo calculou-se o tamanho amostral com bases no
estudo de Rowsell et al (2009) para a variaacutevel potecircncia e no estudo de Duarte et al
(2005) para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima (pico de torque) devido agraves
semelhanccedilas na metodologia e nas variaacuteveis analisadas com o presente estudo
O programa estatiacutestico utilizado foi o BIOESTAT versatildeo 50 no qual foi
adotado um alfa de 005 um poder de 90 Com base nos desvios-padratildeo das
diferenccedilas (plusmn20) e nas meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn20) para teste bilateral a
resposta para aplicaccedilatildeo da medida foi ldquonrdquo de 12 sujeitos para variaacutevel de potecircncia
Para a variaacutevel de forccedila isomeacutetrica maacutexima utilizou-se como referecircncia o estudo de
Duarte et al (2005) com base nos desvios-padratildeo das diferenccedilas (plusmn1825) e nas
meacutedias das diferenccedilas preacute e poacutes (plusmn164) para teste bilateral para variaacutevel forccedila
isomeacutetrica maacutexima obtendo um ldquonrdquo de 15 sujeitos
De acordo com os caacutelculos realizados o tamanho da amostra foi definido com
um tamanho de no miacutenimo 15 sujeitos para abranger as duas variaacuteveis
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
25
37 PROTOCOLO DE AVALIACcedilAtildeO
Os sujeitos foram recrutados por meio de convite nas principais equipes de
rugby de Porto Alegre e regiatildeo metropolitana Esses sujeitos assistiram uma
apresentaccedilatildeo onde receberam as informaccedilotildees sobre o estudo bem como o termo
de consentimento livre e esclarecido Apoacutes a assinatura do termo eles foram
encaminhados para o Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio em que jaacute realizaram os
primeiros testes de caracterizaccedilatildeo da amostra (avaliaccedilatildeo antropomeacutetrica) explicado
o registro alimentar e foi realizado o teste de consumo maacuteximo de oxigecircnio
Para reduzir possiacuteveis efeitos residuais da avaliaccedilatildeo foi agendada a segunda
visita com intervalo miacutenimo de 5 dias em que foi realizado o sorteio de blocos ao
acaso para definir os atletas que fariam gelo no primeiro momento ou que
permaneceriam em peacute parados na mesma posiccedilatildeo que no tanque Apoacutes o sorteio foi
realizado aquecimento em cicloergocircmetro de 5 minutos com uma intensidade a 100
Watts e 80 RPM apoacutes 1minuto e 30 segundos o teste de impulsatildeo vertical em
seguida foi realizado o teste de forccedila maacutexima em dinamocircmetro isocineacutetico apoacutes 1
minuto e 30 segundos foi feito o protocolo de fadiga e o atleta novamente repetiu os
dois testes anteriores Apoacutes 1 minuto 30 segundos o atleta foi para o tanque ou ficou
parado No dia com gelo o atleta permaneceu em ortostase dentro de um tanque
com aacutegua e gelo de modo que seus membros inferiores permaneceram imersos
(estando o niacutevel de imersatildeo imediatamente abaixo das gocircnadas) por 10 minutos
sob uma temperatura de 10 plusmn 1ordmC (pela adiccedilatildeo de gelo moiacutedo) controlado por um
termocircmetro flutuante A temperatura que foi utilizada eacute semelhante a outros estudos
(YANAGISAWA et al2003 BAILEY et al 2007) No dia sem gelo o atleta
permaneceu por 10 minutos em peacute na mesma posiccedilatildeo do tanque (Figura 3) Apoacutes 3
minutos o indiviacuteduo repetiu os mesmos testes anteriores de potecircncia e forccedila Todos
os voluntaacuterios fizeram as mesmas intervenccedilotildees separadas por um intervalo miacutenimo
de 7 dias
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
26
Figura 03 Desenho experimental simplificado
Todas as avaliaccedilotildees foram realizadas pela manhatilde sendo que as visitas eram
agendadas proacuteximas ao horaacuterio da visita anterior O tempo de deslocamento entre
os equipamentos foi cronometrado pelo mesmo avaliador para que todos os atletas
levassem o mesmo tempo para comeccedilar os testes A temperatura ambiente da sala
no local onde eram feitos o aquecimento protocolo indutor de fadiga e as
intervenccedilotildees com ou sem gelo tambeacutem foi controlada (20degC plusmn 1degC) todos os dias
38 AVALIACcedilAtildeO ANTROPOMEacuteTRICA
A composiccedilatildeo corporal foi realizada utilizando plicocircmetro (Cescorf) sendo as
marcaccedilotildees dos locais e a teacutecnica de tomada das dobras seguindo os padrotildees da
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
27
Sociedade Internacional para o Avanccedilo da Cineantropometria (ISAK 2001) A
avaliaccedilatildeo de antropometria foi feita todas as vezes pelo mesmo avaliador no
periacuteodo da manhatilde e os caacutelculos da composiccedilatildeo corporal seguindo o protocolo de
Ross e Kerr (1982)
39 REGISTRO ALIMENTAR
Na primeira visita (preliminar) foram entregues e devidamente explicados aos
indiviacuteduos dois documentos para preenchimento dos Registros Alimentares de 24
horas (Anexo 2) O procedimento de preenchimento do registro alimentar foi
realizado da seguinte forma cada participante registrou todas as bebidas e
alimentos consumidos nas 24 horas antecedentes a segunda e a terceira visita As
refeiccedilotildees deveriam ser descritas com os alimentos consumidos os horaacuterios as
quantidades em medidas caseiras e quando necessaacuterio a marca do produto
deveria ser preenchida Para o devido preenchimento foi entregue um aacutelbum
fotograacutefico de medidas caseiras cujo conteuacutedo eacute um compilado de fotos de
utensiacutelios e porccedilotildees de alimentos baseado no Registro Fotograacutefico para Inqueacuteritos
Alimentares (ZABOTTO 1996) Apoacutes o preenchimento dos registros pelos
participantes esse foi entregue ao nutricionista no dia 2 para que todas as
anotaccedilotildees fossem conferidas e natildeo houvesse nenhuma duacutevida quanto ao descrito
Nas 24 horas antecedentes ao segundo dia de protocolo (dia 3) os sujeitos foram
instruiacutedos a repetir a mesma alimentaccedilatildeo descrita no registro do dia 2 anotar
novamente o que fora ingerido e entregar os dois registros alimentares Todos os
participantes foram instruiacutedos a natildeo consumir bebidas alcooacutelicas eou que continham
cafeiacutena nas 24 horas anteriores ao primeiro e segundo dia de protocolos (segunda e
terceira visita) Para anaacutelise dos dados foi utilizado o software Dietwinreg (Brubins)
versatildeo Profissional (2008)
313 TESTE DE CONSUMO MAacuteXIMO DE OXIGEcircNIO ndash VO2Maacutex
Os atletas foram equipados com um frequumlenciacutemetro Polar RS800 para
monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca Posteriormente todos os atletas realizaram
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
28
um teste de esforccedilo maacuteximo que objetivou a determinaccedilatildeo do VO2maacutex para o
protocolo indutor de fadiga e caracterizaccedilatildeo da amostra A avaliaccedilatildeo de esforccedilo
maacuteximo foi realizada em uma esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super
ATL (Porto Alegre RS) com carga inicial de 6 kmh-1 e incremento de 1 kmh-1 a
cada minuto A determinaccedilatildeo do VO2maacutex foi realizada com auxiacutelio de
ergoespirocircmetro da marca Medical Graphics Corporation modelo CPXD (USA)O
equipamento foi calibrado a cada momento antes do iniacutecio dos testes Os atletas que
nunca tinham realizado um teste ergoespiromeacutetrico em esteira rolante foram
submetidos a um teste de adaptaccedilatildeo aos equipamentos antes de iniciar o protocolo
Os avaliados foram adequadamente motivados atraveacutes de incentivos verbais e os
avaliadores observaram constantemente a existecircncia de qualquer tipo de
intoleracircncia ao esforccedilo por parte dos sujeitos caso tivesse que interromper o teste
Os criteacuterios de maximalidade do teste foram a expressatildeo voluntaacuteria da exaustatildeo
RER ge 115 FCmaacutex do teste ge 95 da FC predita pela idade (220-idade) eou
presenccedila de platocirc no VO2 com o incremento da carga
No dia do teste os atletas estavam alimentados poreacutem com intervalo de 3
horas da uacuteltima refeiccedilatildeo para que se pudesse realizar o teste sem desconfortos ou
naacuteuseas
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
29
311 TESTE DE POTEcircNCIA DE MEMBROS INFERIORES - SALTOS COM CONTRAMOVIMENTO (CMJ) Os equipamentos utilizados para o teste de impulsatildeo vertical foi um Jump Test
(tapete de contato Jump Testreg Hidrofit MG - Brasil) um notebook (com software
instalado para anaacutelise dos dados) um cicloergocircmetro (para realizar um breve
aquecimento articular) Para a realizaccedilatildeo dos saltos foi utilizado um tapete de
contato Jum Test O tapete de contato constitui-se em uma plataforma de contato
que registra os tempos de vocirco sendo que a partir deste paracircmetro eacute calculada a
altura do salto
Abaixo segue a equaccedilatildeo que o software utiliza para calcular a altura do salto
(BOSCO et al 1987)
h = 18 g tsup2
Onde
h = elevaccedilatildeo maacutexima do Centro de Gravidade
t = tempo de vocirco
g = gravidade (98 mssup2)
Foi utilizada a teacutecnica de salto vertical com contramovimento (CMJ) - salto com
movimento preparatoacuterio no qual o indiviacuteduo realiza um salto com um movimento de
preparaccedilatildeo (contramovimento) O indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute com as
matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados aproximadamente agrave largura
dos ombros movimenta-se para baixo realizando uma flexatildeo das articulaccedilotildees do
quadril joelhos e tornozelos devendo ser feito o mais raacutepido possiacutevel Foi informado
aos sujeitos para natildeo elevarem os joelhos e pernas agrave frente e nem jogarem as
pernas para traacutes durante o salto
Apoacutes os sujeitos estarem familiarizados com a teacutecnica do salto foram realizados
entre trecircs e cinco saltos (CMJ) e foi considerado o salto de maior resultado
registrado (altura de salto) para posterior anaacutelise estatiacutestica
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
30
Figura 04 Salto vertical com contramovimento
312 TESTE DE FORCcedilA MAacuteXIMA DE MEMBROS INFERIORES
Apoacutes o teste de salto o sujeito foi posicionado no dinamocircmetro isocineacutetico Essa
fase teve como objetivo mensurar a contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima para servir de
referecircncia para comparar os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia Os voluntaacuterios
foram posicionados na cadeira do dinamocircmetro isocineacutetico da marca Cybexreg
modelo Norm 7000 para realizarem a avaliaccedilatildeo das contraccedilotildees voluntaacuterias
maacuteximas o qual foi calibrado conforme especificaccedilotildees do fabricante Para o teste
os sujeitos permaneceram na posiccedilatildeo sentada com uma flexatildeo de quadril de 85deg e
estabilizados por um cinto que foi colocado em volta do peito e por um velcro que foi
passado em torno da coxa do membro direito estes dois procedimentos foram
realizados com o intuito de aumentar a estabilizaccedilatildeo e diminuir os movimentos
compensatoacuterios de outras articulaccedilotildees Aleacutem disso o epicocircndilo lateral do fecircmur foi
alinhado com o eixo de rotaccedilatildeo do dinamocircmetro O braccedilo mecacircnico do equipamento
foi ajustado para cada sujeito de modo a obter a oacutetima distacircncia entre o joelho e o
braccedilo de alavanca do equipamento Os sujeitos realizaram o teste apenas com a
perna direita O protocolo do teste consistiu de extensatildeo concecircntrica de joelho
sendo que os sujeitos realizaram cinco repeticcedilotildees submaacuteximas em uma velocidade
angular de 60degs com o objetivo de familiarizaccedilatildeo com teste Apoacutes os indiviacuteduos
realizaram cinco repeticcedilotildees maacuteximas a 60degs sendo que entre a familiarizaccedilatildeo e
teste maacuteximo houve um periacuteodo de recuperaccedilatildeo de 30 segundos Apoacutes os sujeitos
realizaram duas contraccedilotildees isomeacutetricas maacuteximas de extensatildeo de joelho no acircngulo
de 60deg Foi dado aos sujeitos incentivo verbal e visual durante o teste O maior valor
de pico de torque (PT) (Nm) das cinco repeticcedilotildees concecircntricas e da contraccedilatildeo
isomeacutetrica foi utilizado para realizaccedilatildeo das correlaccedilotildees
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
REFEREcircNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ACSMrsquos Guidelines for exercise
testing and prescription USA Lippincott Williams amp Wilkins 8ed 2009
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
31
313 PROTOCOLO INDUTOR DE FADIGA
Apoacutes o protocolo de CVMs foi feito um intervalo de 1 minuto 30 segundos para
posicionamento na esteira rolante da marca Inbramed Millenium Super ATL Porto
Alegre RS Os participantes realizaram um esforccedilo em esteira rolante com
intensidades correspondentes a 120 do VO2Maacutex inclinaccedilatildeo de 1 ateacute o atleta natildeo
aguumlentar correr mais Com relaccedilatildeo a esse tipo de avaliaccedilatildeo o American College of
Sports Medicine (ACSM) em 2009 afirmou que independente do protocolo
escolhido a velocidade e a inclinaccedilatildeo da esteira devem ser adequadas de acordo
com a capacidade fiacutesica dos avaliados Os avaliados foram adequadamente
motivados atraveacutes de incentivos verbais e os avaliadores observaram
constantemente a existecircncia de qualquer tipo de intoleracircncia ao esforccedilo por parte
dos sujeitos O teste seria interrompido no caso de ocorrer algum dos fatores a
seguir de acordo com o ACSM (2005) sintomas de angina sinais de baixa perfusatildeo
sanguiacutenea como dor de cabeccedila confusatildeo mental naacuteuseas frio e palidez baixo
aumento da frequumlecircncia cardiacuteaca com o aumento da intensidade do exerciacutecio
manifestaccedilotildees fiacutesicas ou verbais de fadiga extrema e falha nos equipamentos Apoacutes
o teacutermino do teste o avaliado foi encaminhado para repetir os testes de potecircncia e
forccedila
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
32
314 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Foram utilizados os seguintes equipamentos do Laboratoacuterio de Fisiologia e
Bioquiacutemica do LAPEX da UFRGS disponibilizados para os alunos do curso de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Adipocircmetro
Da marca Cescorf com resoluccedilatildeo de 1 mm e pressatildeo constante de 10 gmm2
Balanccedila e estadiocircmetro
Da marca Urano modelo OS 180 A com resoluccedilatildeo de 100g A estatura foi verificada
por um estadiocircmetro inserido na balanccedila com resoluccedilatildeo de 5 mm
Dinamocircmetro isocineacutetico
Da marca Cybex Norm Ronkonkoma USA Para mensuraccedilatildeo das CVMs
Ergoespirocircmetro
Da marca Medical Graphics Corporation modelo CPX-D (USA) Para anaacutelise de
gases
Esteira ergomeacutetrica
Da marca Inbramed Millenium Super ATL (Porto Alegre RS) para o teste de esforccedilo
maacuteximo e induccedilatildeo agrave fadiga
Frequumlenciacutemetro
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
33
Da marca Polar modelo S610 para monitoramento da frequumlecircncia cardiacuteaca durante
as sessotildees de teste
Jump Teste
Para o teste de impulsatildeo vertical foi utilizado tapete de contato Jump Test Hidrofitt
Minas Gerais ndash BR
Tanque
Container com aacutegua e gelo no qual os atletas imergiam
Termocircmetro Barocircmetro e Higrocircmetro
Um conjunto composto de termocircmetro barocircmetro e higrocircmetro foram utilizados para
medir a temperatura ambiente a pressatildeo atmosfeacuterica e a umidade do ar nos dias
das coletas de dados
Termocircmetro Sub Aquaacutetico
Da marca Mor foi utilizado para verificaccedilatildeo da temperatura dentro do tanque
Ultra-freezer
Da marca Nuaire que acondicionou o gelo que foi colocado no tanque
315 PROCEDIMENTOS EacuteTICOS
Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo1) atendendo agraves Normas para a Realizaccedilatildeo de Pesquisa em Seres
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
34
Humanos Resoluccedilatildeo nordm 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede de 10 de outubro
de 1996
316 PROCEDIMENTOS ESTATIacuteSTICOS
Os dados seratildeo apresentados como meacutedia e desvio padratildeo Para verificaccedilatildeo
da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Willk A variacircncia entre os
grupos foi verificada usando um teste de Levene e a esfericidade com teste de
Mauchly quando os dados natildeo apresentaram esfericidade assumida foi utilizado o
fator de correccedilatildeo Epsilon de Greenhouse-Geisser Para comparaccedilatildeo entre os dois
grupos nos seus trecircs momentos e a interaccedilatildeo entre grupo e momento foi utilizada
uma ANOVA em modelo misto com post hoc de bonferroni Para a comparaccedilatildeo
entre os momentos de cada grupo foi utilizada uma ANOVA para medidas repetidas
seguida de um post hoc de bonferroni Para comparaccedilatildeo entre os dois grupos em
cada momento foi utilizado um teste t de Student quando os dados apresentavam
uma distribuiccedilatildeo parameacutetrica e um teste u de Mann Whitney quando os dados eram
natildeo parameacutetricos O valor de significacircncia adotado foi de 5 foi utilizado o software
IBM SPSS versatildeo 19 para Windows
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
35
4 RESULTADOS
41 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA
Os resultados obtidos nas avaliaccedilotildees foram expressos em meacutedia e desvio
padratildeo A tabela 1 apresenta os dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra foram
inicialmente mensurados idade massa corporal estatura percentual de gordura e
VO2max
Tabela 1 - Dados gerais de caracterizaccedilatildeo da amostra
Meacutedia plusmn desvio padratildeo
Idade (anos) 2229 plusmn 233
Massa corporal (Kg) 8588 plusmn 1732
Estatura (cm) 17978 plusmn 909
Massa adiposa () 2775 plusmn 444
VO2max (mlkg-1min-1) 4406 plusmn 668
42 VALORES DE IMPULSAtildeO VERTICAL
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=031) e
efeito do grupo (p=039) no teste realizado pelos atletas mas apresenta efeito do
momento (p=031) A tabela 2 mostra os resultados referentes ao teste de impulsatildeo
vertical (cm) dos dois grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e
PI (poacutes intervenccedilatildeo com ou sem gelo No grupo crioterapia comparando os valores
obtidos entre os momentos PREgrave e PF (p= 0001) e no momento PREacute e PI ocorre
uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=001) No grupo controle houve
diferenccedila somente no momento PREacute e PF (p=001)
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
36
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa no grupo crioterapia o efeito do momento PREacute e
PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 984 O mesmo acontece entre o momento PF e
PI em que ocorre uma diminuiccedilatildeo significativa estatisticamente de -347 No grupo
controle entre o momento PF e PI haacute um aumento significativo estatisticamente de
318
Tabela 2 ndash Valores de impulsatildeo vertical (cm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 33 plusmn 283 2938 plusmn 485 2698 plusmn 021
Controle 325 plusmn 636 3175 plusmn 33 348 plusmn 028 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
Figura 5 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo crioterapia nos momentos PREacute PF
e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
37
Figura 6 ndash Valores de impulsatildeo vertical do grupo controle nos momentos PREacute PF e
PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
43 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOCINEacuteTICO CONCEcircNTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta efeito do momento (p=026) natildeo
apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=074) bem como efeito do grupo (p=086) no
teste realizado pelos atletas A tabela 3 apresenta os resultados referentes aos
valores de pico de torque (PT) isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) dos dois
grupos nos trecircs momentos PREacute (preacute-teste) PF (poacutes fadiga) e PI (poacutes intervenccedilatildeo
com ou sem gelo)
Tabela 3 ndash Valores de PT isocineacutetico de extensores de joelho (Nm) em meacutedia plusmn
desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2427 plusmn 5869 2375 plusmn 5211 2379 plusmn 5929
Controle 2381 plusmn 5283 2365 plusmn 5352 2327 plusmn 5251 Natildeo apresentaram diferenccedilas significativas (pgt005)
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
38
44 VALORES DE PICO DE TORQUE ISOMEacuteTRICO
A ANOVA de modelo misto natildeo apresenta interaccedilatildeo grupo momento (p=0065)
bem como efeito do grupo (p=090) no teste realizado pelos atletas mas apresenta
efeito do momento (p=0001)
No grupo crioterapia comparando os valores obtidos entre os momentos PREacute e
PF houve uma diminuiccedilatildeo estatisticamente significativa (p=0003) No grupo controle
pode-se observar uma diminuiccedilatildeo significativa no momento PREacute e PF (p=0001) e
entre PF e PI (p =0027) A tabela 4 apresenta os resultados referentes ao teste de
forccedila maacutexima isomeacutetrica (Nm) dos dois grupos nos trecircs momentos
Quando verificado o efeito da intervenccedilatildeo por meio dos deltas de variaccedilatildeo foi
encontrada diferenccedila significativa somente no grupo crioterapia o efeito do momento
PREacute e PF ocorreu uma diminuiccedilatildeo de - 74 O mesmo acontece entre o momento
PF e PI em que ocorre um aumento de 4
Tabela 4 ndash Valores do PT isomeacutetrico (Nm) em meacutedia plusmn desvio-padratildeo
PREacute PF PI
Crioterapia 2955 plusmn 7088 2736 plusmn 7145 2846 plusmn 6746
Controle 2969 plusmn 7282 2794 plusmn 6424 2684 plusmn 7165 representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo crioterapia
representa diferenccedila estatisticamente significativa (plt005) no grupo controle
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
39
Figura 7 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo crioterapia nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
Figura 8 - Valores de pico de torque isomeacutetrico do grupo controle nos momentos
PREacute PF e PI
Diferenccedila significativa entre os momentos do grupo crioterapia (plt005) utilizando valores absolutos (cm) e os valores de delta de variaccedilatildeo ()
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
40
5 DISCUSSAtildeO
Os efeitos da aplicaccedilatildeo da crioterapia no reflexo miotaacutetico e no fuso muscular
tecircm uma grande importacircncia na fisiologia muscular Quando ocorre diminuiccedilatildeo na
temperatura do tecido intramuscular a descarga neuronal e a sensibilidade dos
fusos musculares satildeo dificultadas Na fase excecircntrica do salto o estiramento
muscular ativa o reflexo miotaacutetico aumentando a excitabilidade neuronal Com a
diminuiccedilatildeo da temperatura tal excitabilidade pode ser inibida devido agrave diminuiccedilatildeo no
potencial de accedilatildeo motor (HERRERA et al 2010 CROSS et al1996) Isso sugere
que a crioterapia pode afetar na transmissatildeo do impulso nervoso justificando nosso
resultado em que o grupo crioterapia reduziu a potecircncia de salto em 826 do
momento PREacute para o momento PI Salientamos ainda que o grupo controle reduziu
somente 318
Kinzey et al (2000) concluiacuteram que apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia deve-se
esperar no miacutenimo 15 minutos para a realizaccedilatildeo de exerciacutecio fiacutesico sem perdas
funcionais Atletas que participam de competiccedilotildees de altas intensidades e curtas
duraccedilotildees natildeo devem utilizar a imersatildeo em aacutegua gelada na tentativa de recuperaccedilatildeo
quando os intervalos satildeo menores de 15 minutos para que haja o retorno das
valecircncias necessaacuterias para o esporte Entretanto Patterson et al (2008) verificaram
que testes funcionais para desempenho de atletas como testes de potecircncia
velocidade e agilidade satildeo afetados logo apoacutes e ateacute 32 minutos apoacutes a utilizaccedilatildeo da
crioterapia (20 minutos a 10ordmC) Farr et al (2002) encontraram resultados parecidos
utilizando tambeacutem o salto vertical para avaliaccedilatildeo funcional de potecircncia de membros
inferiores apoacutes protocolo de caminhada com inclinaccedilatildeo negativa utilizando para
recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio a massagem com gelo em apenas um dos membros
inferior sendo que o outro foi controle A massagem foi aplicada por 30 minutos logo
apoacutes o fim do exerciacutecio O salto vertical unipodal foi aplicado nos dois membros
inferiores e foi avaliado preacute 1 24 72 e 120 horas apoacutes o exerciacutecio Uma diminuiccedilatildeo
em relaccedilatildeo aos valores preacute-exerciacutecio da altura do salto no membro inferior
massageado foi verificada em 1 e 24 horas apoacutes o exerciacutecio natildeo apresentando
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
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after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
41
diferenccedilas com o membro inferior controle No entanto 72 e 120 horas apoacutes o
exerciacutecio a altura dos saltos realizados natildeo apresentava diferenccedilas em relaccedilatildeo aos
niacuteveis basais
Os nossos resultados corroboram com os encontrados por Cross et al (1996)
os quais realizaram um estudo que verificou os efeitos da imersatildeo em aacutegua gelada
(13ordmC) no desempenho do salto vertical Vinte voluntaacuterios jogadores de futebol
amador foram divididos em 2 grupos o grupo experimental e grupo controle que
permaneceu em repouso sem imersatildeo Os dois grupos foram submetidos ao teste
antes e apoacutes a aplicaccedilatildeo do tratamento e encontraram uma diminuiccedilatildeo significativa
no grupo que recebeu crioterapia Ascensatildeo et al (2011) verificaram os efeitos de
uma uacutenica sessatildeo de imersatildeo em aacutegua fria (10 minutos a 10degC) e imersatildeo em aacutegua
neutra (10 minutos a 35degC) em 20 jogadores de futebol apoacutes uma partida O salto
com contramovimento foi avaliado antes da partida 30 min 24 e 48 h apoacutes a
partida Os resultados mostraram uma diminuiccedilatildeo nos valores de salto com
contramovimento que foi observada somente em 24 h apoacutes a partida no grupo de
imersatildeo em aacutegua fria Crowe et al (2007) obtiveram resultados semelhantes aos
encontrados no nosso estudo quando verificaram os efeitos da crioterapia apoacutes
ciclismo anaeroacutebio Dezessete sujeitos ativos realizaram duas seacuteries de 30
segundos de esforccedilo maacuteximo no cicloergocircmetro separados por uma hora de
recuperaccedilatildeo Logo apoacutes o esforccedilo foi realizado 10 minutos de volta a calma no
cicloergocircmetro seguidos por 15 minutos de crioterapia de imersatildeo em aacutegua a uma
temperatura de 13-14ordmC (grupo tratamento) ou por 15 minutos de recuperaccedilatildeo
passiva (grupo controle) Os autores concluiacuteram que a crioterapia de imersatildeo
causou uma diminuiccedilatildeo significativa no desempenho no segundo teste no ciclismo
quando aplicada uma hora de recuperaccedilatildeo entre os testes
A literatura tem mostrado que as perdas funcionais apoacutes exerciacutecio
geralmente satildeo evidenciadas imediatamente apoacutes o mesmo Por mais que a
metodologia mude entre os estudos haacute quase um consenso de que aplicaccedilatildeo de
gelo na musculatura envolvida no exerciacutecio afeta o disparo do neurocircnio motor e
quanto maior o resfriamento tecidual menor eacute a velocidade de conduccedilatildeo nervosa
Portanto o resfriamento da musculatura reduz a conduccedilatildeo nervosa que prolonga o
periacuteodo refrataacuterio apoacutes um estiacutemulo aumentando a duraccedilatildeo do potencial de accedilatildeo do
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
42
nervo e diminuindo a taxa de impulso e transmissatildeo (HERRERA et al 2010) Os
resultados da literatura tecircm mostrado que a crioterapia de imersatildeo afeta
negativamente a produccedilatildeo de potecircncia de membros inferiores o que foi encontrado
no nosso estudo Isso mostra a necessidade de cautela na aplicaccedilatildeo da crioterapia
quando os intervalos entre exerciacutecios ou competiccedilatildeo forem muito curtos o que pode
atrapalhar o desempenho do atleta
Com relaccedilatildeo aos valores de pico de torque isocineacutetico concecircntrico os
resultados entre os grupos e entre os momentos natildeo foram diferentes Apesar do
dinamocircmetro isocineacutetico possuir alto valor de reprodutibilidade (SOLE et al 2007)
as contraccedilotildees isocineacuteticas concecircntricas natildeo parecem ser o melhor meacutetodo para
verificaccedilatildeo da forccedila maacutexima de membros inferiores graccedilas agrave necessidade de um
amplo domiacutenio da teacutecnica de execuccedilatildeo Tal natildeo parece ocorrer com as contraccedilotildees
isomeacutetricas que apresentam uma maior reprodutibilidade Contraccedilotildees concecircntricas
possuem um coeficiente de reprodutibilidade de 093 a 080 e contraccedilotildees
isomeacutetricas de 095 a 090 (MOLCZYK et al 1991)
Resultados interessantes foram encontrados nos valores de pico de torque
isomeacutetrico em que os dois grupos diminuiacuteram significativamente do momento PREacute
para momento PF mostrando que o protocolo de fadiga utilizado no estudo foi
suficiente para provocar a reduccedilatildeo no desempenho Quando comparamos os
valores de pico de torque isomeacutetrico nos momentos PF e PI do grupo controle
identificamos uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa entre esses momentos ou
seja o grupo controle reduziu a forccedila de um modo linear e o grupo que fez
crioterapia natildeo se alterou sendo que houve uma tendecircncia natildeo significativa deste
uacuteltimo em recuperar seus niacuteveis de forccedila quando analisada o efeito do momento
ocorre uma reduccedilatildeo de apenas 37
Borgmeyer et al (2004) avaliaram efeito do gelo sobre o pico de torque
isocineacutetico de flexores do cotovelo em 11 estudantes do sexo masculino sendo que
os mesmo sujeitos receberam os dois tratamentos com ou sem gelo e tambeacutem natildeo
encontram diferenccedilas entre os grupos Resultados semelhantes foram encontrados
por Pointon et al (2011) que examinaram os efeitos do gelo 10 atletas de
resistecircncia treinados realizaram 6 seacuteries de 25 repeticcedilotildees de contraccedilotildees
concecircntricas e excecircntricas de extensor de joelho seguidos por 20 minutos de
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
43
recuperaccedilatildeo em que eram colocados bolsas de gelo cobrindo toda a perna que foi
utilizada no teste (05degC) ou ficar deitado A contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima isomeacutetrica
foi avaliada poacutes-exerciacutecio poacutes-intervenccedilatildeo 2 24 e 48 horas poacutes-intervenccedilatildeo Natildeo
foram encontradas diferenccedilas significativas entre os grupos bem como entre os
momentos
Goodall et al (2008) tambeacutem natildeo encontraram diferenccedilas na aplicaccedilatildeo da
crioterapia na forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima de extensores de joelho apoacutes
um protocolo de exerciacutecio pliomeacutetrico intenso A amostra era de 18 sujeitos ativos
fisicamente e completaram uma seacuterie de 100 saltos e foram randomizados em dois
grupos tratamento - 12 minutos de imersatildeo em temperatura de 15ordmC controle ndash
recuperaccedilatildeo passiva A forccedila de contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima foi avaliada preacute-
exerciacutecio e nas 96 horas poacutes-exerciacutecio a cada 24 horas Os resultados natildeo
apresentaram diferenccedilas entre o grupo tratamento e o grupo controle sugerindo que
a crioterapia de imersatildeo natildeo influenciou a recuperaccedilatildeo depois do periacuteodo de
exerciacutecios
Resultados semelhantes com este estudo foram achados por Paddon-Jones
et al (1997) em que tinham como objetivo verificar se cinco seacuteries de 20 minutos de
imersatildeo em aacutegua fria aplicada apoacutes exerciacutecio de resistecircncia excecircntrico intenso dos
flexores do cotovelo recuperava a forccedila muscular Os indiviacuteduos foram distribuiacutedos
em 2 grupos membro superior dominante e membro superior natildeo dominante o
membro superior que natildeo foi imerso serviu de controle Natildeo houve diferenccedilas
significativas quanto ao pico de torque isomeacutetrico entre os grupos
Corroborando Sellwood et al (2007) tiveram como objetivo determinar se a
crioterapia de imersatildeo apoacutes exerciacutecios excecircntricos de quadriacuteceps influenciava na
forccedila isomeacutetrica maacutexima Os 40 voluntaacuterios natildeo treinados realizaram um protocolo
de exerciacutecio excecircntrico com o membro natildeo dominante e foram randomizados em
dois grupos imersatildeo em aacutegua com gelo (temperatura a 5 ordmC) e imersatildeo em aacutegua em
temperatura ambiente (24ordmC) As imersotildees eram realizadas com 1 minuto de
imersatildeo seguido por 1 minuto fora da imersatildeo este ciclo era repetido 3 vezes Neste
estudo o protocolo de imersatildeo escolhido tambeacutem natildeo encontrou diferenccedilas
significativas entre os grupos na forccedila isomeacutetrica maacutexima
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
44
Outro estudo semelhante que teve por objetivo verificar o efeito crioterapia na
forccedila muscular apoacutes exerciacutecio excecircntrico maacuteximo de flexores de cotovelo realizado
no dinamocircmetro isocineacutetico em 15 mulheres Apoacutes o protocolo de exerciacutecios o grupo
foi dividido em grupo controle ou grupo crioterapia O grupo crioterapia imergiu o
membro superior exercitado em aacutegua com temperatura a 15ordmC por 15 minutos
imediatamente apoacutes o exerciacutecio e a cada 12 horas ateacute completar 7 sessotildees
enquanto o grupo controle permaneceu em repouso Foi realizadas anaacutelises de forccedila
isomeacutetrica entre outras variaacuteveis Natildeo foram encontradas diferenccedilas significativas
entre os grupos (Eston et al 1999)
Bailey et al (2007) tiveram como objetivo avaliar os efeitos da crioterapia em
iacutendices de dano muscular apoacutes periacuteodo prolongado de exerciacutecio intermitente Os
autores verificaram que a crioterapia produziu um menor decreacutescimo na forccedila
muscular 24-48 h apoacutes exerciacutecio e natildeo influenciou o salto vertical Isso pode ter sido
uma das limitaccedilotildees do nosso trabalho pois soacute foi verificado o efeito logo apoacutes a
intervenccedilatildeo sendo que seria necessaacuterio mais estudos para verificar o efeito da
crioterapia a longo prazo
No estudo de Vaile et al (2008) em 38 homens treinados dividos em grupo
imersatildeo em aacutegua fria (15degC por 14 minutos) imersatildeo em aacutegua quente (38degC por 14
minutos) e terapia de constraste (quente e fria alternando 1 minuto em cada ateacute
completar os 14 minutos) A forccedila isomeacutetrica e a forccedila muscular concecircntrica foram
analisadas imediatamente apoacutes 24 48 e 72horas poacutes exerciacutecio Natildeo encontraram
diferenccedilas significativas em nenhum momento
Apesar de natildeo ter ocorrido diferenccedila significativa entre os momentos PF e PI
no grupo crioterapia no grupo controle esta diminui ou seja a recuperaccedilatildeo passiva
parece natildeo se o melhor meacutetodo para recuperaccedilatildeo poacutes exerciacutecio Pode ser possiacutevel
que uma uacutenica aplicaccedilatildeo de crioterapia natildeo foi suficiente para induzir alteraccedilotildees
beneacuteficas no pico de torque isomeacutetrico o que justificaria os nossos resultados
Schaser et al (2007) tiveram como objetivos principais avaliar os efeitos da
crioterapia local prolongada percutacircnea nas mudanccedilas da microcirculaccedilatildeo do
muacutesculo esqueleacutetico e nas respostas inflamatoacuterias em ratos submetidos a lesotildees
musculares Estes autores encontraram uma diminuiccedilatildeo do nuacutemero de leucoacutecitos
aderidos em ceacutelulas endoteliais apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia Uma maior
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
45
quantidade de leucoacutecitos aderidos no endoteacutelio estaacute relacionada agrave formaccedilatildeo de
trombos o que agrava a jaacute prejudicada perfusatildeo muscular e uma inadequada
perfusatildeo de oxigecircnio leva a uma hipoacutexia que resulta em um ainda maior dano
celular
Ainda natildeo estaacute claro o mecanismo responsaacutevel pelo aumento ou diminuiccedilatildeo
da forccedila muscular em baixas temperaturas sendo que eacute difiacutecil comparar os estudos
devido a grande variedade de protocolos Eacute possiacutevel especular que se apoacutes a
aplicaccedilatildeo do frio ocorre uma vasoconstriccedilatildeo e reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica e da
necessidade de oxigecircnio das ceacutelulas o risco de morte celular devido agraves demandas
de oxigecircnio (necrose celular secundaacuteria) seraacute reduzido diminuindo danos nas
propriedades contraacuteteis do muacutesculo Apesar de falta de controle da temperatura
muscular sugere-se que a alta temperatura muscular ocasionada pelo protocolo de
fadiga induz a inflamaccedilatildeo prejudicando a contraccedilatildeo muscular Jaacute a crioterapia
manteacutem ou diminui essa temperatura (MERRICK et al 1999) protegendo contra o
processo inflamatoacuterio Jaacute no grupo controle a temperatura muscular pode ter se
elevado favorecendo o processo inflamatoacuterio desencadeado a partir da lesatildeo
muscular (MERRICK et al 1999 LaPointe et al 2002) No entanto a
impossibilidade da determinaccedilatildeo de marcadores inflamatoacuterios em nosso estudo
limita as nossas conclusotildees
A eficaacutecia da aplicaccedilatildeo da crioterapia no prolongamento do
desempenho depende do meacutetodo de aplicaccedilatildeo tempo tratamento de aacuterea e do
niacutevel de atividade fiacutesica do indiviacuteduo Os mecanismos responsaacuteveis pelas alteraccedilotildees
de forccedila no muacutesculo apoacutes a aplicaccedilatildeo da crioterapia satildeo ainda muito pouco claros
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
REFEREcircNCIAS
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
46
6 CONCLUSAtildeO
O meacutetodo de aplicaccedilatildeo da crioterapia de imersatildeo adotado diminui a altura de
saltos natildeo influenciou no pico de torque concecircntrico e no pico de torque isomeacutetrico
o grupo controle diminuiu significativamente sugerindo que a crioterapia pode ser
um meacutetodo de recuperaccedilatildeo adequado Mais pesquisas satildeo necessaacuterias para testar
as vantagens e desvantagens da aplicaccedilatildeo desse meacutetodo e seus efeitos apoacutes o
exerciacutecio
47
REFEREcircNCIAS
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56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
47
REFEREcircNCIAS
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BOMPA T O Treinamento Total para Jovens Campeotildees Traduccedilatildeo de Caacutessia
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MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
Surg 24(6)438-41 1985
MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
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rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation
(Stuttg) 39 93-100 2000
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a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991
MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy
on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative
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PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
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Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
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2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
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SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
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SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
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STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
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SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
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THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
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TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
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2001
55
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2008
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of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
48
BOSCO C LUHTANEN P KOMI PV A simple method for measurement of
mechanical power in jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-
282 1987
CHESTERTON LS FOSTER NE ROSS L Skin temperature response to
cryotherapy ArchPhys Med Rehabil Vol83 pp543-9 2002
COULANGE M Consequences of prolonged total body immersion in cold water on
muscle performance and EMG activity European Journal of Applied Physiology v
452 n 1 p 91-101 2005
CLEMENTS JM CASA DJ KNIGHT JC MCCLUNG JM BLAKE AS MEENEN PM
et al Ice-water immersion and cold-water immersion provide similar cooling rates in
runners with exercise-induced hyperthermia J Athl Train 37(2)146-150 2002
CROSS KM WILSON R W PERRIN D H Functional Performance Following an
Ice Immersion to the Lower Extremity Journal of Athletic Training v 31 n 2 1996
CROWE MJ OrsquoCONNOR D RUDD D Cold water recovery reduces anaerobic
performance Int J Sports Med 28(12)994-8 2007
DEAL DN TIPTON J ROSENCRANCE E CURL WW SMITH TL Ice reduces
edema A study of microvascular permeability in rats J Bone Joint Surg Am 84-
A1573-8 2002
DENEGAR C PERRIN D Effect of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation
Cold and a Combination Treatment on Pain Decreased Range of Motion and
Strength Loss Associated with Delayed Onset Muscle Soreness J Athletic training
27(3) 200 -206 1992
DVIR Z Isocineacutetica Avaliaccedilotildees musculares interpretaccedilotildees e aplicaccedilotildees clinicas
Satildeo Paulo Manole p101-28 2002
49
DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M
Recovery of maximal isometric grip strength following cold immersion J Strength
Cond Res 17(3)509-13 2003
DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running
on spinal shrinkage Br J Sports Med32(1) 44-481998
DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o
movimento concecircntrico de extensatildeo do joelhoEssFisiOnline v1 n3 p21-37 jun
2005
ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-
1648 1992
ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft
Tissue Thermodynamics Before During and After Cold Pack Therapy
Medicine amp Science in Sports and Exercise 3445-50 2002
ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of
exercise-induced muscle damage Journal of Sports Sciences v 17 p 231-38
1999
FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage
on delayed onset muscle soreness and muscle function following downhill walking
Journal of Science and Medicine in Sport v 5 n 4 p 297-306 2002
FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular
2ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Editora Artmed 1999
GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues
quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM
50
HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory
nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water
immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010
GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da
velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees
de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004
GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da
pesquisa Porto Alegre Artmed 2008
GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in
rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006
GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on
indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241
2008
GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B
ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous
blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na
reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees
desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000
HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in
the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine
and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005
51
KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak
Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997
KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced
during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000
KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole
2003
KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and
powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-
971996
KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo
Manole 2000
KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced
inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl
Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002
MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative
effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate
clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998
MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e
Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001
52
MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in
Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994
MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
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MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
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METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in
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(Stuttg) 39 93-100 2000
MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC
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MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
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PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
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Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
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PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
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performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
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TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
49
DOURIS P MCKENNA R MADIGAN K CESARSKI B COSTIERA R LU M
Recovery of maximal isometric grip strength following cold immersion J Strength
Cond Res 17(3)509-13 2003
DOWZER CN REILLY T CABLE NT Effects of deep and 14 shallow water running
on spinal shrinkage Br J Sports Med32(1) 44-481998
DUARTE R MACEDO R Efeito do gelo no momento maacuteximo de forccedila durante o
movimento concecircntrico de extensatildeo do joelhoEssFisiOnline v1 n3 p21-37 jun
2005
ENOKA R STUART Neurobiology of muscle fatigueJ Apll Physiol 72 D (5) 1631-
1648 1992
ENWEMEKA CS ALLEN C AVILA P BINA J KONRADE J MUNNS S Soft
Tissue Thermodynamics Before During and After Cold Pack Therapy
Medicine amp Science in Sports and Exercise 3445-50 2002
ESTON R PETERS D Effects of cold water immersion on the symptons of
exercise-induced muscle damage Journal of Sports Sciences v 17 p 231-38
1999
FARR T NOTTLE C NOSAKA K SACO P The effects of therapeutic massage
on delayed onset muscle soreness and muscle function following downhill walking
Journal of Science and Medicine in Sport v 5 n 4 p 297-306 2002
FLECK S J E KRAEMER W J Fundamentos do treinamento de forccedila muscular
2ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Editora Artmed 1999
GANDEVIA SC ALLEN GM MCKENZIE Central fadigue Critival issues
quantification and pratical applicationsInGANDEVIA SC ENOKA RM
50
HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory
nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water
immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010
GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da
velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees
de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004
GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da
pesquisa Porto Alegre Artmed 2008
GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in
rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006
GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on
indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241
2008
GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B
ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous
blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na
reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees
desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000
HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in
the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine
and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005
51
KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak
Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997
KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced
during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000
KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole
2003
KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and
powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-
971996
KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo
Manole 2000
KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced
inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl
Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002
MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative
effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate
clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998
MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e
Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001
52
MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in
Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994
MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
Surg 24(6)438-41 1985
MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and
Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999
METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in
rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation
(Stuttg) 39 93-100 2000
MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC
Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using
a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991
MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy
on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative
shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002
PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of
Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
immersion on physical performance between successive matches in high-
performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
50
HERRERA E SANDOVAL MC CAMARGO DM SALVINI TF Motor and sensory
nerve conduction are affected differently by ice pack ice massage and cold water
immersion Phys Ther90(4)581ndash591 2010
GARCIA MAC MAGALHAtildeES J IMBIRIBA LA Comportamento temporal da
velocidade de conduccedilatildeo de potenciais de accedilatildeo de unidades motoras sob condiccedilotildees
de fadiga muscular Rev Bras Med Esporte Vol 10 Nordm 4 ndash JulAgo 2004
GAYA A (org) Ciecircncias do movimento humano introduccedilatildeo agrave metodologia da
pesquisa Porto Alegre Artmed 2008
GILL ND BEAVEN CM COOK C Effectiveness of post match recovery strategies in
rugby players Br J Sports Med40(3)260-263 2006
GOODAL S HOWATSON C The effects of multiple cold water immersions on
indices of muscle damage Journal of Sports Science and Medicine v 7 p 235-241
2008
GREGSON W BLACK MA JONES H MILSON J MORTON J DAWSON B
ATKINSON G GREEN DJ Influence of cold water immersion on limb and cutaneous
blood flow at rest Am J Sports Med 2011 Jun39(6)1316-23 Epub 2011
HARRELSON GL WEBER MD LEAVER-DUNN D Uso das modalidades na
reabilitaccedilatildeo In Andrews JR Harrelson GL Wilk KE Reabilitaccedilatildeo fiacutesica das lesotildees
desportivas Rio de Janeiro Guanabara-Koogan p 61-103 2000
HOWATSON G GAZE D VAN SOMEREN KA The efficacy of ice massage in
the treatment of exercise-induced muscle damage Scandinavian Journal of Medicine
and Science in Sports v 15 p 416ndash422 2005
51
KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak
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KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced
during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000
KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole
2003
KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and
powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-
971996
KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo
Manole 2000
KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced
inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl
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MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative
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clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998
MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e
Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001
52
MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in
Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994
MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
Surg 24(6)438-41 1985
MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and
Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999
METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in
rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation
(Stuttg) 39 93-100 2000
MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC
Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using
a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991
MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy
on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative
shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002
PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of
Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
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performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
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2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
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YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
51
KIMURA I F et al The Effect of Cryotherapy on Eccentric Plantar Flexion Peak
Torque and Endurance Journal of Athletic Training v32 n2 p124ndash126 1997
KINZEY S J et al The effects of cryotherapy on ground-reaction forces produced
during a functional test Journal Sport Rehabilitation n 9 p 3-14 2000
KITCHEN S Eletroterapia Praacutetica baseada em evidecircncias 11ordf ediccedilatildeo Manole
2003
KRAEMER WJ FLECK SJ DESCHENES M EVANS WJ Strength and
powertraining physiological mechanisms of adaptation Exerc Sport Sci Rev 24363-
971996
KNIGHT K L Crioterapia no Tratamento das Lesotildees Esportivas Satildeo Paulo
Manole 2000
KUPRIAN W Fisioterapia nos Esportes Satildeo Paulo Manole 1989
LAPOINTE BM FRENETTE J COcircTEacute CH Lengthening contraction-induced
inflammation is linked to secondary damage but devoid of neutrophil invasion J Appl
Physiol May 1 92(5) 1995-2004 2002
MARTIN NA ZOELLER RF ROBERTSON RJ LEPHART SM The comparative
effects of sports massage active recovery and rest in promoting blood lactate
clearance after supramaximal leg exercise J Athl Training33(1) 30-35 1998
MCARDLE KATCH KATCH Exercise physiologyLea amp Febiger p345-370 1994
MCARDLE W D KATCH F I amp KATCH V L Nutriccedilatildeo para o desporto e
Atividade Fisica Ed Guanabara Koogan 1a ediccedilatildeo 2001
52
MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in
Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994
MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
Surg 24(6)438-41 1985
MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and
Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999
METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in
rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation
(Stuttg) 39 93-100 2000
MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC
Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using
a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991
MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy
on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative
shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002
PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of
Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
immersion on physical performance between successive matches in high-
performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
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European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
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VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
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WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
52
MCCOMAS AJFatigue Neural and muscular mechanismsAdvances in
Experimental Medicine and Biology 384281-294 1994
MCDONALD WD GUTHRIE JD Cryotherapy in the postoperative setting J Foot
Surg 24(6)438-41 1985
MERRICK M A RANKIN J M ANDRES F A amp HINMAN C L A preliminary
examination of cryotherapy and secondary injury in skeletal muscle Medicine and
Science in Sports and Exercise 31 1516 ndash 1521 1999
METZGER D ZWINGMANN C PROTZ W JACKEL WH Whole-body cryotherapy in
rehabilitation of patients with rheumatoid diseases ndash pilot study Rehabilitation
(Stuttg) 39 93-100 2000
MOLCZYK L THIGPEN LK EICKHOFF J GOLDGAR D GALLAGHER JC
Reliability of Testing the Knee Extensors and Flexors in Healthy Adult Women Using
a Cybex II Isokinetic Dynamometer J Orthop Sports Phys Ther 114(1)37-4 1991
MORTON AR Applying physiological principles to rugby training Sports Coach
2(2)4-9 1978
MOTA D D C F CRUZ D A L M PIMENTA C A M Fadiga uma anaacutelise do
conceito Acta paul Enferm Satildeo Paulo v 8 n 3 p 285-293 2005
OLSON JE STRAVINO VD A review of cryotherapy Phys Ther52840-53 1972
OSBAHR DC CAWLEY PW SPEER KP The effect of continuous cryotherapy
on glenohumeral joint and subacromial space temperatures in the post-operative
shoulder J Arthroscopy Vol18 Nordm7 pp 748-542002
PADDON-JONES DJ QUIGLEY BM Effect of cryotherapy on muscle soreness and
strength following eccentric exercise Int J Sports Med 18(8)588-931997
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of
Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
immersion on physical performance between successive matches in high-
performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
53
PATTERSON SM UDERMANN BE DOBERSTEIN ST REINEKE DM The
effects of cold whirlpool on power speed agility and range of motion Journal of
Sports Science and Medicine v7 p 387-394 2008
PERRELLA MARIANNA MARQUES NORIYUKI PATRIacuteCIA SAYURI AND ROSSI
LUCIANA Avaliaccedilatildeo da perda hiacutedrica durante treino intenso de rugby Revista
Brasileira de Medicina no Esporte vol11 n4 p 292-232 2005
POINTON M DUFFIELD R CANNON J MARINO FE Cold application for
neuromuscular recovery following intense lower-body exercise Eur J Appl Physiol
Dec111(12)2977-86 2011
PRENTICE W E Modalidades Terapecircuticas em Medicina Esportiva Satildeo Paulo
Manole 2002
ROWSELL GJ COUTTS AJ REABURN P HILL-HAAS S Effects of cold-water
immersion on physical performance between successive matches in high-
performance junior male soccer players Journal of Sports Sciences 27(6) 565ndash573
2009
RUBLEY MD DENEGAR CR BUCKLEY WE NEWELL KM Cryotherapy sensation
and isometric-force variability J AthleticTraining 38(2)113-19 2003
SCHASER K D DISCH A C STOVER J F LAUFFER A BAIL H J MITTLMEIER
T Prolonged superficial local cryotherapy attenuates microcirculatory impairment
regional inflammation and muscle necrosis after closed soft tissue injury in rats
American Journal of Sports Medicine 35(1)93-102 2007
SCOTT AC ROE N COATS AJS PIEPOLI MF Aerobic exercise physiology in a
professional rugby union team Int J Cardiol87173-7 2003
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
54
SELLWOOD KL BRUKNER P WILLIAMS D NICOL A HINMAN R Ice-water
immersion and delayed-onset muscle soreness a randomised controlled trial Br J
Sports Med 41(6)392-72007
SILVA KR MAGALHAtildeES J GARCIA MAC Desempenho do salto vertical sob
diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivos em Movimento Rio de Janeiro v1 n1
p17-24 janeirojunho 2005
STARKEY C Recursos terapecircuticos em fisioterapia 2 ed Satildeo Paulo Manole
2001
SPIERER DK GOLDSMITH R BARAN DA HRYNIEWICZ K KATZ SD Effects of
active vs passive recovery on work performed during serial supramaximal exercise
tests Int J Sports Med25(2)109-114 2004
SOLE G HANREacuteN J MILOSAVLJEVIC S NICHOLSON H SULLIVAN S J
Tets-retest reliability of isokinetic knee extension and flexion Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation Amsterdam v88 no 5 p 626-631 2007 TERRADOS N FERNAacuteNDEZ B Fatiga muscular InFatiga muscular en el
rendimento deportivo Sintesis 1997
THORNLEY L J MAXWELL N S CHEUNG S S Local tissue temperature
effects on peak torque and muscular endurance during isometric knee extension
European Journal of Applied Physiology v 90 p 588-594 2003
TOMCHUK D RUBLEY MD HOLCOMB WR GUADAGNOLI M TARNO JM The
magnitude of tissue cooling during cryotherapy with varied types of compression J
Athl Train May-Jun 45(3)230-7 2010
TOMLIN DL WENGER HA The relationship between aerobic fitness and
recovery from high intensity intermittent exercise Sports Medicine v31 n1 p1-11
2001
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
55
VAILE J HALSON S GILL N DAWSON B Effect of hydrotherapy on the signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness Eur J Appl Physiol 102447ndash455
2008
VAN LUNEM B L et al The Clinical Effects of Cold Application on the Production
of Electrically Induced Involuntary Muscle Contractions Journal Sport Rehabilitation
n 12 p 240-248 2003
WEINECK Jurgen Atividade Fiacutesica e Esporte Para Que Satildeo Paulo Manole 2003
WILCOCK IM CRONIM JB HING WA Physiological response to water immersion a
method for sport recovery Review Sports Med 36(9)747-65 2006
ZABOTTO CB Registros Fotograacuteficos para Inqueacuteritos Dieteacuteticos Utensiacutelios e
Porccedilotildees Ed UNICAMP Satildeo Paulo 1996
ZEMKE JE ANDERSEN JC GUION WK MCMILLAN J JOYNER AB
Intramusculartemperature responses in the human leg to two forms of cryotherapy
ice massage and ice bag J Orthop Sports Phy Ther Vol27 Nordm4 pp 301-071998
YANAGISAWA O NIITSU M YOSHIOKA H GOTO K KUDO H ITAI Y The use of
magnetic resonance imaging to evaluate the effects of cooling on skeletal muscle
after strenuous exercise Eur J Appl Physiol89(1)53-62 2003
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
56
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Por favor leia com atenccedilatildeo as informaccedilotildees contidas abaixo antes de dar o seu consentimento para participar desse estudo
Vocecirc estaacute sendo convidado a participar de um estudo de Trabalho de Conclusatildeo de curso intitulado como ldquoEfeitos da crioterapia de imersatildeo poacutes-exerciacutecio sobre os niacuteveis de forccedila e potecircncia de atletasrdquo que tem como objetivo
verificar se a imersatildeo em aacutegua fria pode trazer benefiacutecios agrave recuperaccedilatildeo apoacutes o
exerciacutecio
Caso vocecirc participe da pesquisa seratildeo realizadas algumas avaliaccedilotildees em
que vocecirc deveraacute comparecer ao Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul localizado Rua Felizardo 750 - Jd
Botacircnico fone (51) 3308-5817 sendo elas
Na primeira visita seratildeo explicadas as etapas do estudo entregue este termo e se
vocecirc estiver de acordo deveraacute assinaacute-lo Neste mesmo dia seratildeo mensurados o
seu peso e estatura aleacutem de 7 dobras da pele para a verificaccedilatildeo do seu percentual
de gordura Essa avaliaccedilatildeo tem a duraccedilatildeo de aproximadamente 10 minutos Seraacute
realizado o teste de esforccedilo maacuteximo que serve para avaliar a sua capacidade
maacutexima de exerciacutecio seraacute realizado na esteira com velocidade inicial de 6 kmh e
aumento de 1 kmh a cada minuto ateacute a sua exaustatildeo Vocecirc seraacute equipado com uma
cinta flexiacutevel e confortaacutevel no toacuterax para a quantificaccedilatildeo dos seus batimentos do
coraccedilatildeo e uma maacutescara respiratoacuteria conectada a um sistema computadorizado que
mede os seus gases inspirados e expirados Apoacutes o teste vocecirc caminharaacute na esteira
por 3 minutos a uma velocidade de 5 kmh Essa avaliaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo de
aproximadamente 30 minutos Neste teste vocecirc se sentiraacute fadigado (cansado)
como em qualquer exerciacutecio haacute riscos miacutenimos de este teste lhe causar tonturas
naacuteuseas e lesotildees musculares e articulares durante sua realizaccedilatildeo Caso vocecirc sinta
algum desses sintomas durante as etapas de coleta vocecirc deveraacute informar
imediatamente algum membro da equipe pesquisadora que tomaraacute todas as
providecircncias para sanar o ocorrido Em todos os dias de coleta estaraacute presente o
meacutedico do Laboratoacuterio de Pesquisa do Exerciacutecio da UFRGS para prestar assistecircncia
se necessaacuterio
57
Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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Com intervalo miacutenimo de 4 dias do teste anterior apoacutes sorteio preacutevio vocecirc
faraacute crioterapia (tanque com gelo) ou ficaraacute no tanque vazio Logo apoacutes vocecirc faraacute um
aquecimento em bicicleta de 5 minutos e realizaraacute teacutecnicas de saltos logo em
seguida para a outra etapa de coleta de dados no dinamocircmetro isocineacutetico (verificar
sua forccedila maacutexima) e protocolo indutor de fadiga (em que vocecirc iraacute correr duas vezes
de um minuto e 45 segundos em esteira rolante com intensidades correspondentes
a 120 do VO2Maacutex ou seja 20 acima do seu maacuteximo) Este teste eacute feito para vocecirc
fadigar e ver se o gelo interfere ou natildeo na recuperaccedilatildeo dessa fadiga Logo apoacutes
vocecirc iraacute para o tanque com temperatura de 10ordmC e que suas pernas ficaram
submersas ateacute a altura da cintura ou para tanque vazio durante 10 minutos Essa
parte da pesquisa tem por objetivo verificar o que acontece no seu corpo quando
vocecirc realiza exerciacutecio intenso e depois faz a imersatildeo na aacutegua gelada como tentativa
de melhorar sua recuperaccedilatildeo Em seguida vocecirc iraacute repetir o teste do salto e da
produccedilatildeo de forccedila maacutexima de membros inferiores
Apoacutes 6 dias vocecirc repetiraacute os testes de salto e forccedila maacutexima de membro
inferior com a diferenccedila que se vocecirc entrou no tanque com gelo anteriormente
nesse dia vocecirc ficaraacute no tanque vazio ou vice-versa
A participaccedilatildeo no estudo eacute totalmente voluntaacuteria e vocecirc teraacute o direito de
acessar seus resultados ao longo do estudo Os resultados deste estudo seratildeo
utilizados para pesquisa cientiacutefica os dados finais quando divulgados preservaratildeo o
seu anonimato natildeo seraacute usado seu nome e sim um coacutedigo Vocecirc eacute livre para
realizar perguntas antes durante e apoacutes o estudo estando livre para desistir do
mesmo em qualquer momento sem prejuiacutezo algum em atendimentos futuros na
instituiccedilatildeo Pela participaccedilatildeo do estudo vocecirc natildeo receberaacute qualquer valor em
dinheiro
Os pesquisadores responsaacuteveis se comprometem a acompanhar os
participantes e prestar eventuais informaccedilotildees a qualquer momento do estudo e
tambeacutem caso houver uma nova informaccedilatildeo que altere o que foi previsto ou violaccedilatildeo
de algum dos seus direitos durante a obtenccedilatildeo deste consentimento ou durante o
estudo avisar imediatamente ao Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da UFRGS Av
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
58
Paulo da Gama 110 7ordm andar fone (51) 3308 3629 Qualquer duacutevida entre em contato com a aluna de graduaccedilatildeo Julia da Silveira Gross pelo telefones 91037365 3340 6500 ou pelo email juliasgrosshotmailcom ou com o professor responsaacutevel Aacutelvaro Reischak de Oliveira pelos telefone 3308 5862 9547 0301
Este termo de consentimento livre e esclarecido deveraacute ser preenchido em
duas vias sendo uma mantida com o sujeito da pesquisa (vocecirc) ou por seu
representante legal e outra mantida arquivada pelo Pesquisador Responsaacutevel
Eu_______________________________________________________ portador de RG ndeg_____________________________li o texto acima e compreendi a natureza e objetivo do estudo do qual fui convidado a participar A explicaccedilatildeo que recebi menciona os riscos e benefiacutecios do estudo
__________________________ _________________________
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsaacutevel
Porto Alegre ______de ________________ de 2011
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
62
ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
59
ANEXO 2 - REGISTRO ALIMENTAR O objetivo deste registro eacute conhecer os seus haacutebitos alimentares Para que eles estejam o mais proacuteximo possiacutevel da sua realidade eacute importante que vocecirc anote TUDO o que comer e beber neste dia durante as refeiccedilotildees e entre elas Anote as quantidades (raso cheio) as medidas caseiras (copo de requeijatildeo xiacutecara colher de sopachaacute concha meacutedia prato rasofundo) Detalhe o tipo de alimento consumido se o patildeo eacute integral ou branco se o suco eacute artificial ou natural se adoccedilou com accediluacutecar ou adoccedilante se o leite eacute desnatado ou integral se comeu alguma fruta ou salada especificar qual (por exemplo maccedilatilde banana ruacutecula tomate etc) Sempre que possiacutevel procure anotar as marcas dos fabricantes (por exemplo requeijatildeo nestleacute patildeo de sanduiacuteche nutrella etc) indicar quando o alimento for light ou diet Seja o mais preciso e honesto possiacutevel eacute melhor superestimar a quantidade de alimento consumido do que subestimar ou natildeo fazer nenhuma estimativa
Preencher o registro alimentar em dois dias da semana e um dia do final de semana
Exemplo de preenchimento
Hora Lugar Medida Caseira Alimento Marca 700 Casa 1 copo de requeijatildeo Leite Integral Santa Clara 1 colher de sopa
cheia Achocolatado Nescau
2 fatias Patildeo de Sanduiacuteche Seven Boys 1colher de sopa rasa Margarina Becel 1fatia meacutedia Queijo lanche 1000 Fora 1 unidade Barra Cereal Banana Nutry 1300 Fora 1 bife grande Carne de gado magra 8 colheres de sopa Arroz 1 concha meacutedia Feijatildeo 2 colheres sopa
cheias Vagem Cozida
3 folhas meacutedias Alface 1 colher sopa rasa Azeite de Oliva 2 pegadores Batata Frita 1600 Fora 1 unidade meacutedia Maccedilatilde 1 pote 200 ml Iogurte de Morango Elegecirc 1800 Casa 6 unidades Bolacha Cream Craker Nestleacute 1 lata Coca Cola Light 2030 Casa 1 prato raso cheio Macarratildeo Cozido 6 colheres de sopa Molho de Tomate Pomarola 1bife meacutedio Peito de Frango frac12 unidade Cenoura crua ralada 2 rodelas grandes Tomate
60
1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
61
ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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1 copo requeijatildeo Suco de Uva Tang 2 unidades Bombom Sonho de Valsa Lacta
NOME DATA
HoraacuterioLocal Alimento Medida Caseira h
h
h
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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ANEXO 3 ndash ANAacuteLISE DOS REGISTROS ALIMENTARES DE 24HRS ANTERIORES AOS TESTES
Caracteriacutesticas dos Registros Alimentares preenchidos nas 24 horas preacutevias aos protocolos controle
e crioterapia (n=10) Valores satildeo mostrados em meacutedia+dp natildeo apresentando diferenccedilas significativas
(pgt005)
Caracteriacutestica Registro alimentar
protocolo controle
Registro alimentar protocolo
crioterapia
P
Valor energeacutetico total (kcal) 28930+80198 29155+74552 0949
Valor energeacutetico total (kcalkg) 3528+1150 3556+1188 0958
Carboidratos () 5038+902 5155+1064 0795
Carboidratos (g) 37177+12868 36925+10195 0962
Carboidratos (gkg) 722+2 728+185 0947
Proteiacutenas () 2130+624 2241+931 0756
Proteiacutenas (g) 14944+5055 16936+9381 0562
Proteiacutenas (gkg) 185+083 210+123 0605
Lipiacutedeos () 2831+721 2602+935 0548
Lipiacutedeos (g) 8960+3173 8438+3382 0726
Lipiacutedeos (gkg) 183+076 175+084 083
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS
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ANEXO 4 ndash CARTA DE APROVACcedilAtildeO DO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DA UFRGS