CRITÉRIOS COMPORTAMENTAIS UTILIZADOS POR TÉCNICOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESPORTIVODE...

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Slide da apresentação do Professor Hugo Câmara durante a SBPC 2010 com o tema: CRITÉRIOS COMPORTAMENTAIS UTILIZADOS POR TÉCNICOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESPORTIVO DE FUTEBOLISTAS DAS CATEGORIAS DE BASE

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CRITÉRIOS COMPORTAMENTAIS UTILIZADOS POR TÉCNICOS NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESPORTIVO

DE FUTEBOLISTAS DAS CATEGORIAS DE BASE

Prof. Ms. Hugo César Reis Câmara Faculdades Integradas de Patos-FIP

Faculdade Natalense de Ensino e Cultura-FANEC

Grupo Ciência no Futebol UFRN

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Natal-RN, 2009

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INTRODUÇÃO

Maior preocupação na área esportiva:

Selecionar, descobrir ou revelar talentos no futebol.

Motivos desta preocupação:

O futebol é um esporte com recursos expressivos para: jogadores; clubes; meios de comunicação; marcas esportivas; e, patrocinadores.

3

Melhores salários pagos no Brasil (milhares de Reais / mês)

1º Ronaldo (Corinthians) - R$ 1.133

2º Adriano (Flamengo) - R$ 362

3º Nilmar (Internacional) - R$ 360

Fonte: Revista Placar, 2009

Problemas na maioria dos clubes:

Ausência de aspectos metodológico, sistemático e analítico para selecionar os jogadores promissores; Processos seletivos (“peneiras” ou “peneirões”) desenvolvidos pelos observadores técnicos (“olheiros”) resumem-se na observação do desempenho de um grupo grande de atletas em um período de tempo de alguns minutos dado a cada atleta.

4

5

Dia de Peneirão - clubes de Natal

6

Descrever o perfil sócio-profissional destes técnicos;

Identificar e descrever as principais características e

métodos comportamentais utilizados por estes

técnicos;

Verificar possível concordância entre os critérios

comportamentais utilizados, para avaliação de

futebolistas das categorias de base, por técnicos

com diferentes tempos de experiência.

OBJETIVOS

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MATERIAL E MÉTODO

Tipo de pesquisa:

Pesquisa do tipo descritivo transversal, com

grupo único, de campo, observacional, diagnóstico e de

caráter censitário.

Critérios de inclusão: Técnicos que entre os anos de 2007 e 2009

treinaram clubes de futebol em campeonatos estaduais

do Rio Grande do Norte em uma das 4 (quatro)

categorias de base (sub-13 ou mirim, sub-15 ou infantil,

sub-17 ou juvenil e sub-20 ou juniores) do Estado.

8

Instrumentos:

Questionário semi-estruturado, com perguntas

abertas no 1º piloto e questionário estruturado, com

perguntas abertas e fechadas (dicotômicas e de

múltiplas escolhas com múltiplas respostas) no 2º

piloto.

9

População e amostra:

Identificados 54 técnicos, 46 entrevistados, com

idades (43,4 ± 11,74 anos) e tempo de experiência (10,6

± 8,2 anos).

Entretanto, 8 técnicos não foram localizados

(não-resposta), o que levou a verificar a possibilidade

de considerar o estudo como censitário. Para isto foram

verificadas suas respostas nos estudos piloto, e como

não destoavam das respostas dos demais técnicos,

pôde-se considerar este estudo como censitário.

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Procedimentos de coleta de dados:

Contato preliminar com os técnicos por telefone

e marcação das entrevistas em locais e horários

convenientes (residências, locais de trabalho e locais

de estudo).

Além de entrevistas nos locais dos jogos do

campeonato estadual sub-15 de 2009. As entrevistas

foram realizadas em dupla mista, sendo composta por

um entrevistador e uma auxiliar, com exceção de uma

entrevista realizada por telefone.

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Instrumentos e procedimentos para análise de

dados:

Foram utilizados os softwares SPSS (Statistical

Package for the Social Science) for Windows 11.0 e o

Microsoft Excel 2007 para análise e tabulação dos

dados, gerando gráficos e tabelas, gerando estatísticas

descritivas com totais, percentuais, medidas de

tendência central (média) e de dispersão (desvio-

padrão).

Como o estudo é censitário, não foi necessário

realizar testes estatísticos para verificar a generalização

da amostra para a população. A inferência foi

considerada com base nas estatísticas descritivas

tabuladas em números e em percentuais e os resultados

puderam, então, ser generalizados.

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RESULTADOS

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Faixa etária

Perfil sócio-profissional dos técnicos entrevistados

Escolaridade

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Tempo de Experiência Tempo de permanência no clube

Foi jogador futebol profissional f f%

Sim 27 58,7

Não 19 41,3

TOTAL 46 100

Regularização Profissional f f%

Não tem 39 84,8

Provisionado 5 10,9

Graduado 2 4,3

TOTAL 46 100

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Aspectos de condição física

Características avaliadas pelos técnicos entrevistados Aspectos de habilidade

Motivação f f%

Sim 39 84,8

Não 7 15,2

Métodos de avaliação f f%

Observação 40 87,0

Observação e Verificação de Estatura 4 8,7

Observação e Testes de Habilidade 2 4,3

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Tempo de experiência e condição física

Cruzamentos: critérios avaliados x tempo de experiência

Tempo de experiência e motivação

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Tempo de experiência e afiliação Tempo de experiência e comportamento

O Psicólogo do Esporte

18

Tempo de experiência e habilidade

(fundamentos técnicos) Tempo de experiência e visão de jogo

19

Tempo de experiência e aspectos

táticos defensivos

Tempo de experiência e aspectos

táticos ofensivos

20

Percentuais de técnicos por tempo de experiência e métodos de

avaliação

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Há características avaliadas pelos técnicos que corroboram

com a literatura (velocidade e estatura) e outras que não

(resistência) em uma avaliação pontual e determinante. Também há

falta de sistematização e objetividade nas avaliações, as quais são

na maioria das vezes subjetivas (individualizadas).

Percebe-se também que há pouca qualificação dos

treinadores para realizarem os processos seletivos. Então, seria

necessário qualificar tais treinadores para que eles se utilizassem

de testes específicos na avaliação do desempenho esportivo dos

futebolistas. E com isso terem mais precisão na verificação deste

desempenho, possibilitando um maior sucesso e excelência em

seus processos seletivos, gerando melhores resultados em nível

nacional.

Para uma melhor identificação do problema referente à

avaliação do desempenho esportivo nos processos seletivos,

sugere-se confrontar as informações obtidas neste estudo com as

observações do fenômeno in loco.

Contato: hugocrcamara@yahoo.com.br

CONCLUSÕES