Doença de Huntington

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Hoje comemoramos 1.000.000 de visitas ao nosso blog http://estudandoraras.blogspot.com , foram 4 anos e meio com a frequência de mais de uma postagem diária , na verdade ate hoje 2662 postagens quase 50 por mês , mais de 1.000 diferentes estudos e pesquisas , relacionamentos dentro e fora da rede e não se engane , muito trabalho , a quatro anos nenhum site ou blog no Brasil abordava o tema desta forma abrangente sem uma doença especifica , recebendo consultas de temas extremamente raros , onde não existia e não existe ainda no Brasil nenhuma entidade que de este suporte , nosso trabalho sempre foi de integrar as entidades e os pacientes , gerar comunicação , eventos , encontros e sofrer as consequências para o bem e para o mal de nossas escolhas No primeiro mês em maio de 2009 nosso blog teve menos de uma centena de visitas , o que poderia desanimar qualquer um , quando vejo que hoje chegamos a 1.000.000 uma media de 18.000 por mês 4.500 por semana e 605 por dia tenho muito a agradecer aos parceiros que estão comigo desde o inicio e aqueles que vem se somando a cada dia Em 2013 criamos uma continuação o blog www.gedrbrasil.com que esta recebendo novas postagens de temas mais raros ainda e vai ser o porta voz dos projetos DR RARO DOENÇA RARA , DOENÇAS RARAS NA FACUL ... E DOENÇAS RARAS E AS DEFICIENCIA e porta voz dos projetos entre o GEDR , AFAG,CONTA GOTAS , Saude Zen , ABRAMI e muitos outros esperamos poder conseguir patrocínio para que também tenhamos textos em espanhol atingindo a américa latina e preparando o terreno para as inovações em tratamento , politicas publicas e atenção integral ao paciente com doença rara sempre tentando reunir o paciente , a indústria, o governo e a academia neste projeto que da continuidade as decisões do Primeiro Congresso Brasileiro de Doenças Raras de 2009 Muito obrigado aos grandes amigos

Transcript of Doença de Huntington

HISTÓRICO

George Huntington (1872) primeira descrição - Coréiahereditária - 1º Sintoma (dançar)

T. Meynert (1877) demonstrou que os sintomas da DHestão associadas com alterações no núcleo caudado;

Anton (1896) e Alzheimer (1911) demonstraram que aDH atinge todo o estriado que corresponde ao núcleocaudado e putâmen

Gusella,(1983) conseguiu localizar o gene responsávelpela síndrome de Huntington

EPIDEMIOLOGIA

5 a 10 por 100.000 indivíduos

Regiões de alta prevalência: Tasmânia

e lago Maracaibo na Venezuela

Regiões de baixa prevalência: Japão,

China, Finlândia

DH

Doença degenerativa do Sistema Nervoso Central

Causada pela perda marcante de células nos Glânglios de Base

Afeta a capacidade cognitiva, movimentos e equilíbrio emocional

Sintomas aparecem entre os 30 e 50 anos , mas pode aparecer em crianças ou idosos (10%)

NORMAL

DH 3

A DH causa

neurodegeneração no

cérebro do paciente

As perdas no córtex

provocam problemas

emocionais,

cognitivos e

psiquiátricos

normal

DH 4

GENÉTICA

Alteração neste gene pode conduzir a desordens

nas células em determinadas áreas celebrais

TIPO DE HERENÇA

Autossômica dominante, com penetrância

completa;

Todo indivíduo afetado possui um genitor

afetado;

Distribuição igual entre homens e

mulheres;

Todo indivíduo afetado transmite a

característica para metade de sua prole;

Caso você herde o gene,

então desenvolverá a doença.

Se não herdá-lo, você não

terá.

SINTOMAS MOTORES

Contrações Musculares

Agitação excessiva

Mudança de escrita

Coréia: Troco, membros e cabeça

Movimentos oculares anormais

Anormalidades de marcha e equilíbrio

Incapacidade de movimentos

voluntários

Tremores

Dificuldade para deglutir

Dificuldade para falar

Dificuldade para engolir

SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS

depressão, mania

irritabilidade

psicose

• abstinência social

• desilusões

• indiferença emocional

• perda de vontade

apatia

problemas de comportamento

• falta de iniciativa

• julgamento ruim

• indiferença no afeto

• egocentrismo

• inflexibilidade

• ansiedade

• idealização do suicídio

• compulsões

Coréia

É o sinal motor mais notável da doença,

estando presente em cerca de 90% dos

afetados;

As manifestações coreiformes na face são

representadas por contrações da bochecha,

franzimento das sobrancelhas, movimentos

labiais e nistagmo;

Pode haver envolvimento do pescoço;

Coréia

Nos membros, há envolvimento de múltiplas

articulações;

Num estágio avançado pode haver o

aparecimento de movimentos semelhantes ao

balismo;

Os movimentos estão continuamente presentes;

Em geral, a coréia inicia-se distalmente e, com a

evolução, torna-se generalizada, podendo

interromper os movimentos voluntários.

Alterações na marcha

Os distúrbios da marcha tornam-se mais

pronunciados com a progressão da doença;

Os pacientes podem apresentar quedas

freqüentes.

Alterações da fala

A disartria, lentidão e a falta de

iniciativa perturbam a fluência e

a fala espontânea. Entretanto, a

estrutura semântica, o

vocabulário e a compreensão do

discurso estão preservados até

os estágios tardios da doença.

Disfagia

A asfixia e a aspiração decorrentes da disfagia

são causas comuns de morbidade

Ocorre tardiamente na DH

Incontinência

urinária e fecal

Raras entre os doentes recentemente

diagnosticados;

Acometem 20% dos pacientes em fase terminal;

Diminuição da Memória

Freqüente redução da capacidade de

memorização, inicialmente afetando a

memória visual, espacial e auditiva;

A memória verbal é secundariamente

afetada;

A orientação em tempo e espaço é

preservada até as fases finais da doença;

Déficit de atenção e

concentração

Presentes no estágio inicial da doença, e

estão relacionados com alteração da

percepção visual dos pacientes;

Demência

É o sintoma inicial em 10% dos casos;

90% dos pacientes desenvolvem durante o

curso da doença;

A lentidão do pensamento pode ser

observada precocemente;

Mudanças no humor

e afeto

A depressão é o principal sintoma

psiquiátrico e acomete 40% dos doentes;

Maior taxa de suicídio;

Distúrbios de conduta: apatia, ansiedade,

agressividade, desinibição sexual e

alcoolismo;

Cerca de 50% dos pacientes com

DH em estágio avançado

apresentam pensamentos

ilusórios;

Na fase terminal, podem ser

observados distúrbios do sono e

inversão do ritmo circadiano;

DH juvenil

5,4% dos casos;

Manifesta-se inicialmente com

parkinsonismo progressivo, demência e

convulsões, sendo menos freqüente a

coréia, diferentemente da forma adulta;

Deterioramento clínico mais acelerado;

A pneumonia por aspiração é a causa mais comum de morte na fase terminal da doença;

A duração da doença entre o início e a morte do paciente é de 15 a 20 anos na DH do adulto e de 8 a 10 anos na variante juvenil;

PROGNÓSTICO

A pneumonia por aspiração é a causa mais comum de morte na fase terminal da doença;

A duração da doença entre o início e a morte do paciente é de 15 a 20 anos na DH do adulto e de 8 a 10 anos na variante juvenil;

PROGNÓSTICO

Diagnóstico

Clínico

Imagético

Genético

Teste genético para pacientes

sintomáticos Sintomas neurológicos compatíveis com DH;

Diagnóstico diferencial de outras doenças que

se apresentam com manifestações

coreiformes;

Se o paciente apresentar a expansão do

trinucleotídeo e não tiver história familiar

positiva

Investigar paternidade

Teste genético em pacientes

assintomáticos

Filhos de pais portadores de DH;

50% de chance de desenvolver a doença;

Perspectivas de trabalho, planejamento pessoal e

familiar;

Alterações psiquiátricas ao saber que irá

desenvolver uma doença assustadora que evoluirá

para o óbito;

Aconselhamento genético

Proposto pela “International Huntington Association” e

pela “World Federation of Neurology”.

“Guidelines” sobre as recomendações que devem ser

dadas aos pacientes que procuram os laboratórios de

genética.

Recomendações baseadas nos princípios éticos, no

conhecimento da DH e nas técnicas de genética molecular.

Aconselhamento genético

1) Todo indivíduo que quiser realizar o teste deve receber

informações atualizadas e relevantes, para dar seu consentimento

voluntário.

2) Fazer o teste é uma decisão única e exclusiva do indivíduo

interessado. Não devem ser consideradas solicitações de terceiros.

3) O participante deve ser encorajado a escolher uma pessoa

para acompanhá-lo em todas as etapas do teste.

4) O teste e o aconelhamento devem ser realizados em

unidades especializadas, preferencialmente em um departamento

universitário.

Diagnóstico pré-natal

Cordocentese

Amniocentese

Análise de vilosidades coriônicas

Muitos centros de genética não realizam, pois além

de ser um método invasivo, causa um grande

impacto nos pais e não implica em nenhuma

estratégia terapêutica. Tais centros preferem

apenas o aconselhamento.

Diagnóstico diferencial

Grupos em que o diagnóstico é

difícil:

Pacientes com quadro clínico de coréia, mas sem

história familiar positiva;

Pacientes com risco de desenvolver coréia e que se

encontram com sintomas psiquiátricos, mas sem

coréia;

Pacientes com coréia provocada por outra doença;

Tratamento

A DH é uma enfermidade incurável;

O tratamento é puramente sintomático, comdrogas bloqueadoras dos receptoresdopaminérgicos (fenotiazinas ouHaloperidol);

Esses fármacos podem induzir um quadro dediscinesia tardia superposta ao distúrbiocrônico

Conclusão

A doença de Huntington é a mais comum doença

neurodegenerativa hereditária. Os mecanismos moleculares

envolvidos na gênese desse distúrbio ainda não foram

suficientemente esclarecidos.

As manifestações clínicas da DH são severas e comprometem

dramaticamente a qualidade de vida dos doentes.

O diagnóstico genético, por sua vez, envolve aspectos

complexos que devem ser analisados e discutidos tanto com o

doente quanto com os seus familiares.

Por fim, é imperiosa a necessidade uma atitude efetiva da

equipe médica com o objetivo de otimizar o diagnóstico e manejo de

pacientes com DH.

DEPOIMENTO

APOIO

Associação Brasil Huntington - ABH

OBRIGADA!!

ESTUDANDO DOENÇAS RARAS

Cláudia Fonseca

Estudante de Psicologia 6º sem