Post on 15-Aug-2015
ERA UMA VEZ UMA CIDADE QUE POSSUÍA UMA COMUNIDADE, QUE POSSUÍA UMA ESCOLA. MAS OS MUROS DESSA ESCOLAERAM FECHADOS A ESSA COMUNIDADE. DE REPENTE, CAÍRAM-SE OS MUROS E NÃO SE SABIA MAIS ONDE TERMINAVA A ESCOLA, ONDE COMEÇAVA A COMUNIDADE. E A CIDADE PASSOU A SER UMA GRANDE AVENTURA DO
CONHECIMENTO.
Texto extraído do DVD "O Direito de Aprender", uma realização daAssociação Cidade Escola Aprendiz, em parceria com a UNICEF.
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A Série Mais Educação 05
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Apresentação do Caderno
De que esporte e lazer falamos?
Que relação esporte, lazer e escola pretendemos construir?
Que diretrizes orientam a construção da ação educativa integrada que propomos?
Que atividades podem ser construídas na ação educativa integrada que propomos?
Para Re!etir7 81
8 Referências 82
051A Série Mais Educação
P!ensar na elaboração de uma proposta de Educação Integral como política pública
impregnado das práticas disciplinares da modernidade. O processo educativo, que se dinamiza na vida social contemporânea, não pode continuar sustentando a certeza de
do conhecimento universal. Também não é mais possível acreditar que o sucesso da educação está em uma proposta curricular homogênea e descontextualizada da vida do estudante.
Romper esses limites político-pedagógicos que enclausuram o processo educacional na
partir dele que será possível promover a ampliação das experiências educadoras sintonizadas
sua responsabilidade pela educação, sem perder seu papel de protagonista, porque sua ação é
Série Mais EducaçãoTexto Referência para o Debate Nacional, Rede de Saberes: pressupostos
para projetos pedagógicos de Educação Integral e Gestão Intersetorial no Território, apresenta os Cadernos Pedagógicos do Programa Mais Educação pensados e elaborados para contribuir
perspectiva da Educação Integral.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da socie-
dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
para o trabalho”. (Art. 205, CF)
06
Educação Econômica.
Em cada um dos cadernos apresentados, sugere-se caminhos para a elaboração de propostas pedagógicas a partir do diálogo entre os saberes acadêmicos e os saberes da comunidade. A
e a organização escolar visualizando a cidade e a comunidade como locais potencialmente educadores.
devem ser entendidas como uma apresentação de modelos prontos para serem colocados em
pública brasileira!
2Apresentação do Caderno 07
A contribuindo com a superação de desigualdades sociais e inclusão educacional, assim como a promoção de mudanças concretas na vida dos brasileiros.
Acreditamos que esta é uma oportunidade ímpar para a socialização das diretrizes e dos Esporte e Lazer
ação integrada com o Programa Mais Educação, marco importante para a atuação do esporte e do lazer na educação escolar e intersetorialidade dos campos envolvidos. Espaço representativo de um novo tempo de desenvolvimento social e humano que assume o esporte e o lazer como meios
interpessoais e coletivas para a apropriação e o acesso a conhecimentos e experiências de esporte
que, para serem mantidas, devem priorizar os valores que alicerçam a convivência entre iguais e
direção da conquista da cidadania pelo esporte e o lazer!
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E! .
à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
social.
a cuidar das suas relações com elas mesmas, com os outros e o lugar onde vivem e realizam suas atividades cotidianas .
que todos têm o mesmo direito e, ao mesmo tempo, a mesma responsabilidade e compromisso,
equipamentos e atividades educativas, para que as pessoas tenham acesso às oportunidades
importante a participação de todos nestas ações.
É muito importante que todos conheçam seus direitos e deveres, para que tenhamos uma vida
consciência da sua importância em nossas vidas.
o destaca como cultura – entendida no seu sentido
implica liberação das obrigações sociais.
08 3 De que esporte e lazer falamos?
1 BRASIL. Constituição Federal Brasileira. São Paulo: Tecnoprint, 1988.2 Consultar vídeo do Programa Segundo Tempo – Recreio nas Férias – versão 2010.3 MARCELLINO, Nelson C. Lazer e educação. 11. ed. Campinas: Papirus, 2004. p. 31.
para vivências lúdicas. O lúdico, por sua vez, representa as experiências prazerosas, de livre escolha
nas sociedades como a nossa tem várias compreensões, algumas são até contraditórias. De modo geral, o entendimento sobre lazer começa por compreendê-lo como a oportunidade de vivências que não são obrigatórias.
Isso porque são muitas as obrigações que temos a cumprir todos os dias em casa, na escola,
dinheiro5.
Em nosso meio, o lazer é, muitas vezes, valorizado na sua perspectiva compensatória como um
de consumo de muitos produtos e serviços de entretenimentos.
concebido por ser um momento sem atividade, não pela escolha da pessoa, mas pela sua condição
o sentido de lazer, sobretudo, porque nele estão vivendo vários problemas (econômicos,
enriquecimento lúdico da vida cultural que dão sentido ao lazer.
de valores, e pode contribuir muito para o desenvolvimento social, cultural e humano.
sistemáticas e assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetitividade
da educação e preservação do meio ambiente. O esporte é, pois, uma produção cultural e sócio-histórica.
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4 PINTO, Leila M. S. de M. Vivência lúdica no lazer: análise de jogos, brinquedos e brincadeiras. In: MARCELLINO, N. C. (Org.). Lazer e cultura. Campinas: Papirus, 2008.5 Leila Mirtes S. de M. Apresentação. In: OLIVEIRA, Amauri A. B. e PIMENTEL, Giuliano G. de A. (Orgs.). Recreio nas férias: reconhecimento do direito ao lazer. Maringá: EDUEM, 2009.
da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.7 Esporte de rendimento, esporte educacional e esporte de participação são manifestações normatizadas pela Lei Pelé - BRASIL. Lei n. 9.615/98 – Institui normas gerais sobre desporto
e dá outras providências. Documento.
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crítico e autonomia para suas escolhas .
participação, da solidariedade, da cooperação, da autonomia, dentre outros valores que são basilares de uma sociedade cidadã.
história das demandas e realizações de cada época, revelando contradições vividas na prática social de cada sociedade. Nós vivemos em um contexto social contraditório em relação ao que
capital coloca-se como elemento chave na busca contínua pelos resultados, até mesmo o ganhar
concorrência, seleção, especialização e busca pela superação, independentemente das estratégias
outras pessoas, e, por isso, participa coletiva e solidariamente. Essas pessoas sabem que podem
8 DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri A. B. de. Procedimentos metodológicos para o Programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, Amauri A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos
9 Para aprofundamentos sugerimos a leitura e discussão: dos livros Brincar, jogar e viver: Programa esporte e lazer da cidade (2008) e Brincar, jogar e viver: a intersetorialidade do PELC (2009), ambos os livros organizados pelo Ministério do Esporte/Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, disponíveis no site: www.esporte.gov.br/PELC/Redecedes/publicacoes .
Também vale a pena a leitura das seguintes obras: HILDEBRANST-STRAMANN, R. Textos pedagógicos sobre o ensino da Educação Física. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. MONTEIRO, M. e DIAS, C. (Orgs). Lazer e periferia; um olhar a partir das margens. São Gonçalo/RJ: Instituto Usina Social, 2009. PALMA, A. T. V; OLIVEIRA, A.A. B. PALMA, J. A. V; COSTA, A. S. da; SANTOS, G. F. de L; RISSO, H. F. F; PAIVA, H. F. F. B; MOYA, L. F. da; GARCIA, O. de B; FOGAÇA, Jr; O. M. Educação física e a
organização curricular; educação infantil e ensino fundamental. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 2008, v. 1, p.141.
corporal e da ginástica. Revista Movimento (UFRGS. Impresso), v. 15, pp.217.242, 2009. SILVA, R. B. DA, OLIVEIRA, A. A. B., LARA, L. M., RINALDI, I. P. B. A educação física escolar em Maringá: experiências de ensino-aprendizagem no cotidiano das aulas. Revista Brasileira
de Ciências do Esporte, v.28, pp.69 - 84, 2007. STIGGER, M. P. e LOVISOLO, H. (Orgs). Esporte de rendimento e esporte na escola. Campinas/SP: Autores Associados, 2009. (Coleção Educação Física e Esportes). TEIXEIRA, D. O desporte escolar. Construção ou negação de uma práxis pedagógica. Maringá: Eduem, 2010
HILDEBRANST-STRAMANN, R. Textos pedagógicos sobre o ensino da Educação Física. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. MONTEIRO, M. e DIAS, C. (Orgs). Lazer e periferia: um olhar a partir das margens. São Gonçalo/RJ: Instituto Usina Social, 2009. STIGGER, M. P. e LOVISOLO, H. (Orgs). Esporte de rendimento e esporte na escola. Campinas/SP: Autores Associados, 2009. (Coleção Educação Física e Esportes). TEIXEIRA, D. O desporte escolar. Construção ou negação de uma práxis pedagógica. Maringá: Eduem, 2010. TANI, G; BENTO, J. O; PETERSEN, R. D. S. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2006. Vieira, J. L. L. (Org.). Educação Física e esportes: estudos e proposições. Maringá: Eduem, 2004.
11vida.
como direitos sociais de todos os cidadãos.
participação dos cidadãos na gestão destas políticas.
humano.5. Valorização do esporte e do lazer como dimensões da vida de todo cidadão, espaço com
vivências.
constituintes do esporte e do lazer.
P! O esporte e o lazer estão no processo educacional há muito tempo, sendo desenvolvidos e praticados dentro de várias concepções que são representativas de
seu momento histórico.
Dentro da perspectiva histórica, temos a concepção de atividade preconizada pelo Decreto-
vivências momentâneas e sem vinculações com os preceitos pedagógicos maiores da educação,
11 HILDEBRANST-STRAMANN, R. Textos pedagógicos sobre o ensino da Educação Física. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. NÓBREGA, Terezinha Petrúcia. Corporeidade e Educação Física; do corpo objeto ao corpo sujeito. 3. ed. Natal/RN: Editora da UFRN, 2009. V; OLIVEIRA, A. A; HILDEBRANST-STRAMANN, R. A necessidade de mudança metodológica no ensino da Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 16, n. 1, pp. 6-13,
out. 1994. OLIVEIRA, Amauri A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.
4Que relação esporte, lazer e escola pretendemos construir?
12as demais áreas do conhecimento, devendo ser contemplada dentro das grades curriculares de
, parte do reconhecimento de que, ao aderir no espaço escolar às novas
tradicional de escola como instância hermética de educação em relação à comunidade, abrindo-
sociais que compõem os cenários pedagógicos que o grupo propõe abarcar, pela negociação com
dos alunos.
13 BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Congresso Nacional, 1996. Documento. 14 Destacam-se aqui os Programas Segundo Tempo (PST) e Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC).
condição física, classe, etnia, raça, religião, gênero e nível socioeconômico, mediante a oferta de atividades esportivas e complementares, a serem realizadas no contraturno escolar. -
ção social e saúde), diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, prostituição, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil...), e a conscientização sobre a importância da prática esportiva. Seu objetivo é democratizar o acesso ao esporte educacional de qualidade, como forma de inclusão social, ocupando o tempo ocioso de crianças e adolescentes em situação de risco social.
O PELC, criado, em 2003, pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte, tem como objetivos ampliar ações de democratização do
estimula a convivência social, a formação de gestores e de lideranças comunitárias, bem como a produção e a socialização de conhecimentos, contribuindo para que o esporte e o lazer sejam tratados como políticas públicas de direito de todos. Fomenta ações integradas com as demais políticas públicas setoriais (Educação, Justiça, Cultura, Saúde, Ciência e
Lazer, desenvolvimento de pesquisa pela Rede CEDES, formação de gestores e gestão compartilhada, bem como gestão do conhecimento produzido, por meio de publicação de livros
Esporte e Lazer.-
grama dinheiro direto na escola – PDDE, no exercício 2009. [on line]. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/index.php/arq-dinheiro-direto-na-escola/435 manualeducacaointegral/download
16 Referimo-nos aqui a um modelo de escola que não se abre para o diálogo com os saberes comunitários e que se limita a assumir o tradicional papel de transmissão de conteúdos
17 LÜCK, Heloisa e colaboradores. A escola participativa: o trabalho de gestor escolar. Petrópolis: Vozes, 2005.
crianças, aos adolescentes e jovens, sujeitos de direitos que vivem uma con-temporaneidade marcada por imensas transformações e exigência crescente de
acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre diferentes gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição aos efeitos das mudanças em ní-vel local, regional e internacional. Ela se dará por meio da ampliação de tempos,
melhoram o aprendizado dos alunos15
13entre os saberes comunitários e escolares e na experimentação e consolidação de novos espaços
ser reconhecidas pelo entrelaçamento entre os saberes comunitários e escolares. A relação
serve de base para a ampliação do tempo e espaço de aprendizagem, a partir da seleção e inclusão de ações socioeducativas que o integram.
de outras áreas sociais e organizações da sociedade civil para promover uma educação cidadã a partir da articulação escola e sociedade.
para explicitar a partilha de saberes
A relação desses saberes, na compreensão da proposta, possui pontos comuns, mesmo que
. O decreto que dispõe sobre o
.
com a proposta pedagógica da escola, também se encontra com o merecido relevo na presente proposta
comunidade organizarem estratégias de aprimoramento do processo educativo. O compromisso educacional proposto possibilita a percepção do impacto deste no rendimento escolar dos alunos,
prática esportiva e de lazer.
nas discussões conceituais, procedimentais e atitudinais da ação educativa que propomos, tema
18 STIGGER, M. P. e LOVISOLO, H. (Orgs). Esporte de rendimento e esporte na escola. Campinas/SP: Autores Associados, 2009 (Coleção Educação Física e Esportes). TEIXEIRA, D. O desporte escolar. Construção ou negação de uma práxis pedagógica. Maringá: Eduem, 2010. 19 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA. Educação integral: texto referência para o debate nacional. Brasília: MEC/SECAD, 2009.20 ANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Edusp, 2004.21 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA. Rede de saberes mais educação: pressupostos para projetos pedagógicos de educação integral.
Caderno para professores e diretores de escolas. Brasília: MEC/ SECAD, 2009.22 BRASIL, Presidência da República. Dispõe Sobre o Programa Mais Educação. Decreto n. 7.083, de 27 de janeiro de 2010.23 DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri A. B. de. Procedimentos metodológicos para o Programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B. de; PERIM, G. L. Fundamentos pedagógicos
24 ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,1998.
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5.1 Vivência lúdica do esporte e do lazer
, as brincadeiras não são inatas, pois brincar pressupõe uma aprendizagem social que acontece na descoberta diária, que se dá em tempos e espaços
prazer e estímulo em sua realização.
os próprios limites. No tempo de lazer, estas experiências encontram maiores oportunidades de acontecerem, uma vez que o tempo de lazer é, também, em sua essência, tempo lúdico.
participantes.
Interação que implica compreender que o lúdico é, como diz Huizingaconscientemente tomada como não séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz
e controlada pelos seus praticantes, argumento que nos leva a destacar o exercício da liberdade como uma característica que assegura a identidade lúdica.
, ele acaba quando algum deles
25 MARCELLINO, Nelson C. Lazer e educação. 11 ed. Campinas: Papirus, 2004.26 Neste Caderno, o lúdico é expresso de diferentes modos, considerando os discursos de quem o vive e os que são produzidos e reproduzidos a seu respeito. Em geral, quem “curte”
a vivência lúdica a entende como diversão, recreação; momento de vivência, com muita animação, das atividades que gostam; brincadeira, brincar, brinquedo, jogo ou festa, ou seja, segundo estudos de Paulo de Salles Oliveira os termos brinquedo, brincadeira e jogo são, em síntese, representativos do lúdico. Porém, “brinquedo” refere-se ao objeto utilizado no
pois, para ele, a “festa”, além das características fundamentais da vivência lúdica presente nos outros termos (jogo, brinquedo e brincadeira), destaca a categoria “excesso”, que revela toda espécie de transbordamento. Ver discussão aprofundada em: PINTO, Leila M. S. de M. Vivência lúdica no lazer: análise de jogos, brinquedos e brincadeiras. In: MARCELLINO, N. C. (Org.). Lazer e cultura. Campinas: Papirus, 2008.
27 PALMA, M. S. VALENTINI, N. C. PETERSEN, R, UGRINOWITSCH, H. Estilos de ensino e a aprendizagem motora para a prática. In: OLIVEIRA, Amauri A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
29 OLIVEIRA, Amauri A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008.30 HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elementos da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980. p.16.31 MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990.
32 HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elementos da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980.
5 Que diretrizes orientam a construção da ação educativa integrada que propomos?
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motivos de escolha de outra atividade que lhe cause maior interesse, como pode ser motivado
brincadeira e atrapalhar a convivência do grupo, dentre outros motivos.
temos, pois, que garantir sempre a relação dialogada e respeitosa entre educadores e educandos.
absoluto, doado ou herdado, do qual podemos abusar. Também não estamos a limitando pela
liberdade é autonomia construída na interação com o outro.
, a liberdade vincula-se à capacidade de as pessoas,
nessa concretização.
Assim, na proposta pedagógica que estamos construindo, temos que atentar para os sentidos e
diária de regras de convivência, de organização de conteúdos, escolhas, exercício de papéis e responsabilidades construídas com base nos valores sustentadores da amizade, do respeito
33 Ibidem.34 BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.
36 GOMES, Christianne e PINTO, Leila. O lazer no Brasil: analisando práticas culturais, cotidianas, acadêmicas e políticas. In: GOMES, Christianne, OSÓRIO, Esperanza, PINTO, Leila e ELIZALDE, Rodrigo (Orgs.). Lazer na América Latina/Tiempo libre, ócio y recreaación em Latinoamérica. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009.
da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.
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aceita e repete o que está pronto, mesmo que não entenda o que acontece. É importante a
dúvidas, limites e outras possibilidades de esporte e lazer. A vivência de alternativas sugeridas pelo grupo aponta para o rico exercício da criatividade dos participantes nas atividades.
e suas interações com os outros corpos e o ambiente.
Além disso, não podemos nos esquecer de
toda vida.
Propostas para a vivência lúdica do esporte e do lazer:
materiais e tempos que os participantes têm disponíveis.
em situações diversas, com criatividade.
manutenção de cuidados com o próprio corpo e o ambiente, a saúde e a qualidade de vida.
5.2 Respeito e valorização da diversidade cultural
O esporte e lazer na vida moderna colocam-se como espaços privilegiados para a vivência de valores que podem contribuir para mudanças de ordem moral e cultural. Devem ser encarados
38 MARCELLINO, Nelson C. Lazer e educação. 11. ed. Campinas: Papirus, 2004.39 GRECO, P. J.; SILVA, S. A. A metodologia de ensino dos esportes no marco do Programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. Fundamentos pedagógicos para o Programa
Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008. p. 81.40 BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 1997.
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As ações devem partir sempre do pressuposto de que as atividades esportivas propostas não
outros componentes da cultura corporal ou com outras habilidades. Assim, deve-se não apenas
expressão .
A ação concreta e organizada dos educadores deve estender a todos o acesso às práticas
A partir da compreensão do esporte e do lazer e do entendimento dos vários tipos de conhecimentos implicados, dos conteúdos, atitudes e valores envolvidos e das possibilidades
Dumazedier
41 DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri A. B. de. Procedimentos metodológicos para o Programa Segundo Tempo. In: OLIVEIRA, A. A. B. de; PERIM, G. L. Fundamentos pedagógicos
42 KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí - RS: Ed. Unijuí, 1998. 43 MELO, José Pereira; DIAS, João Carlos Neves de Souza e Nunes. Fundamentos do Programa Segundo Tempo: entrelaçamentos do esporte, do desenvolvimento humano, da cultura e da
2009. p. 34.44 ARAÚJO, Ulisses F.; KLEIN, Ana Maria. Escola e comunidades, juntas, para a cidadania integral. Cadernos CENPEC: Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comu-
nitária, n. 2, p. 119-125. São Paulo: CENPEC, 2006. (p. 125)45 DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva, 1979.46 CAMARGO, Luiz Octávio. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1986.47 SCHWARTZ, Gisele. O ambiente virtual e o lazer. IN: MARCELLINO, N. C. Lazer e cultura. Campinas: Alínea, 2007.
.18
Quanto às possibilidades no campo do esporte, Tubino
jiu-jitsu
cricket
de esporte e lazer precisa respeitar a sua realidade, o seu cotidiano, os aspectos positivos e a
Nesse sentido, buscamos integrar
uma ação exclusiva de contraturno como única prática da Educação Integral.
Propostas para o respeito e valorização da diversidade cultural:
A vivência destas atividades necessita de condições adequadas para o acesso e a apropriação
práticas, experiências, criatividades.
48 TUBINO, Manoel. Estudos brasileiros sobre o esporte: ênfase no esporte educação. Maringá: Eduem, 2010.49 É importante frisar que a aproximação entre o Programa Mais Educação e o Programa Segundo Tempo busca fortalecer a proposta de turno ampliado da criança na escola e dis-
ponibilizar a ela uma formação enriquecida de vivências e conhecimentos que possam favorecer a sua qualidade de vida por completo. Nesse sentido, espera-se estimular que as
parte dos envolvidos nesses Programas que as ações e aulas do Programa Mais Educação/Programa Segundo Tempo não substituem as aulas curriculares da Educação Física da grade curricular das escolas. As funções podem ser até similares, contudo, não podem se sobrepor ou serem excludentes.
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lugar para a aprendizagem dos conhecimentos historicamente construídos pela humanidade.
5.3 Promoção da intergeracionalidade
condutas e novos conhecimentos que precisam ser implicados. Neste processo educativo,
apontando como alternativa a inclusão de tempos para o esporte e o lazer.
Entendemos que o desenvolvimento humano está associado ao desenvolvimento da
desenvolvimento da sociabilidade, da individualidade e da liberdade de expressão, ao exercício da cidadania e à capacidade de contestar a realidade, que são possibilidades de intervenção do lazer para o desenvolvimento de pessoas de todas as idades.
da intenção à realidade.
Na educação pelo e para o lazer, devemos considerar as experiências vivenciadas e as etapas de
em atividade todas as pessoas envolvidas como nosso público-alvo. A ideia básica centra-se na condição de que teremos a chance de mais quatro ou seis horas semanais para trabalhar, estimular
vivências, cultura e outras opções sociais. Nesse sentido, destaca-se que é imprescindível a
50 ARROYO, Miguel. Ofício de mestre. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.51 SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
20
A inclusão implica considerar, também, as questões de gênero, superando os distanciamentos
os problemas, idealizar ações que consigam estimular meninas e meninos, homens e mulheres às
de gênero que se têm em todo o mundo. Não se trata de uma exclusividade da sociedade brasileira,
cada ciclo de vida e das ações intergeracionais.
faixa etária das crianças, adolescentes e jovens
Trabalhar na perspectiva da promoção da saúde, evitando as consequências da obesidade e sedentarismo na vida moderna.
Oportunizar o conhecimento de outros locais da cidade.
escolhas e sem violências.
Na faixa etária dos adultos,
Instigar o estabelecimento de relações solidárias no bairro e proximidades, praticado a socialização.
idososOportunizar o estabelecimento de vínculos, por meio de atividades em grupos (vencer solidão
52 BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.53 GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: educando para a diversidade. In: OLIVEIRA, A. A. B. de; PERIM, G. L. (Orgs.). Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da
54 Idem ao anterior.
21Jogar com, e não, contra, preparando para atividades de lazer.
atividades intergeracionais
Desconstruir os preconceitos em relação às idades.
entre os participantes, respeitando os limites individuais.
ser compartilhadas, independentemente da idade cronológica ou geração a que pertençam os participantes.
culturais.
aquisição de novos gostos e mostrando novos olhares possíveis à participação intergeracional.
Propostas para o desenvolvimento de atividades com todas as faixas etárias:
com as outras, construindo convivência entre pessoas de todas as idades.
precisam para ter acesso às atividades de esporte e de lazer.
5.4 Promoção da interdisciplinaridade e intersetorialidade
A proposta educativa que discutimos e o próprio conceito de educação integral, ao se sustentar na ideia de ampliação do tempo escolar dos alunos, sugerem-nos, também, a ampliação
sentido, sugere o reconhecimento de novas práticas educativas, ampliando as compreensões de conteúdos e metodologias no processo de ensino-aprendizagem55
a constituição de territórios educativos para o desenvolvimento de atividades de educação integral, por meio da integração dos espaços escolares com equipamentos públicos como
55 Idem ao anterior.
22 a integração entre as políticas educacionais e sociais, em interlocução com as comunidades
o incentivo à criação de espaços educadores sustentáveis com a readequação dos prédios
equidade étnico-racial, religiosa, cultural, territorial, geracional, de gênero, de orientação
a articulação entre sistemas de ensino, universidades e escolas para assegurar a produção
.
recreativos.
desenvolvimento do esporte e do lazer precisa ser intersetorial, interdisciplinar e transversal aos
possam e devam ser trabalhadas articulando diversas áreas e disciplinas.
interdisciplinar é outra possibilidade que destacamos para pensarmos nas contribuições da
e colaboradoresgeradores no processo de construção do conhecimento na escola, a partir de uma perspectiva dialógica do conhecimento, que prime por abertura de novas parcerias e pelo rompimento da rigidez disciplinar.
A proposta interdisciplinar, na perspectiva indicada, aborda pontos relevantes da intercessão
a relevância social dos temas debatidos e elencados em articulação com a comunidade e a participação coletiva de todos no tratamento destes temas .
A partir da estratégia metodológica apontada, na perspectiva interdisciplinar, é possível
conhecimento que não se esgota na execução de técnicas e táticas, ou mesmo na compreensão de
56 BRASIL, Presidência da República. Dispõe Sobre o Programa Mais Educação. Decreto n. 7.083, de 27 de janeiro de 2010.57 PINTO, L. M. et al. (Org.) Brincar, jogar, viver: lazer e intersetorialidade com o PELC. Brasília: Ministério do esporte, 2008.58 ARAÚJO, Allyson Carvalho e colaboradores. O conhecimento da Educação Física no contexto escolar: exercícios de interdisciplinaridade. In: PERNAMBUCO, Marta Maria (Org.). Interdisciplinaridade no ensino de artes e Educação Física. Natal, RN: Paideia, 2005.
Ousadia do diálogo: interdisciplinaridade na escola pública. São Paulo: Edições Loyola, 1993.60 www.esporte.gov.br/pelc61 ARAÚJO, Allyson Carvalho e colaboradores. O conhecimento da Educação Física no contexto escolar: exercícios de interdisciplinaridade. In: PERNAMBUCO, Marta Maria (Org.). Interdisciplinaridade no ensino de artes e educação física. Natal, RN: Paideia, 2005.
23destas práticas a partir de uma perspectiva contextual e, portanto, entrelaçado com saberes da biologia, das ciências sociais, dentre outros.
aproximam, no trato das necessidades das pessoas e dos processos educativos desenvolvidos.
utilização de equipamentos e recursos didáticos diversos para a articulação das atividades.
5.5 Relação metodológica participativa
O princípio básico do qual partimos para o processo metodológico e sua estruturação é o da participação
Os envolvidos devem estar de corpo inteiro entrelaçados com
participação e assunção da corresponsabilidade.
desenvolvimento das ações relacionadas ao esporte e ao lazer é o planejamento da ação
pedagógica e norteadora do processo como um todo. Em se conquistando a participação,
primeiro passo, o responsável leitura da realidade com a qual estará interagindo em sua
estrutura e rede de oportunidades
as escolhas das ações, segundo passo desta proposta, que deve contar com o envolvimento direto dos grupos constituídos.
É o momento de se partir para as escolhas!
62 www.mj.gov.br/pronasci/pelc
24 Aqui também se coloca a necessidade do entendimento de que se trata de um momento
envolvimento que possam sensibilizar e comprometer os envolvidos.
A grande vantagem que se coloca para essa ação é a de que os participantes integram-se à
oportunidade pedagógica e ela não pode ser desperdiçada. Os momentos devem ser enriquecidos
processo participante é, por si só, um ato que contribui com essa intencionalidade educativa.
estímulo à participação de todos, independentemente de qualquer condição. Levar os participantes a sentirem-se integrados e corresponsáveis deve ser a tônica em todos os momentos.
educação para escolhas!
costumes e ações que nem ao menos entendem por que.
participantes das ações, pode servir de estímulo a um repensar sobre suas próprias condições de
os objetivos.
.
como e porque aprendem.
pode ser extremamente rico para todos, pois nos ensina a ponderar, conhecer e reconhecer as possibilidades pessoais e coletivas. Nesse sentido, coloca-se como imprescindível que o responsável
64 PILETTI, Claudino. Didática geral. 21 ed. São Paulo: Ática, 1997.65 OLIVEIRA, A. A. B. de, MOREIRA, E. C., JÚNIOR, H. A. e NUNES, M. P. Planejamento do Programa Segundo Tempo: a intenção é compartilhar conhecimentos, saberes e mudar o jogo. In:
25ações planejadas, organizadas e
desenvolvidas.
espaços e tempos disponíveis, materiais e recursos humanos necessários devem ser considerados, pois de nada adianta imaginar atividades aquáticas se não se dispõe de uma piscina, rio ou mar para tal.
para toda a estruturação a ser elaborada.
existente nos espaços e matérias, em que, por vezes, podem direcionar e determinar as ações
porém, passíveis de serem alterados e adequados às condições, exigências e motivações dos
visões e o rompimento de ideias e conceitos preconcebidos, propiciando a todos autonomia na
espaços disponibilizados, sem amarras.
Entretanto, não se ignora o que se possui em relação ao esporte e ao lazer e sua condição básica, ao contrário, parte-se dela, porém sem limitar-se a ela.
As vivências relacionadas ao esporte e lazer podem ser construídas e desenvolvidas em
vivências, reconhecimentos e criação há a possibilidade da transcendência dos conceitos e, com
Ainda, como aspectos a serem observados pelo responsável, estão as ações em relação aos procedimentos sobre a técnica esportiva e dos outros conteúdos de lazer.
Os responsáveis pelas ações que se vinculam ao processo de iniciação e desenvolvimento do
trabalhar o processo de iniciação esportiva, com o uso de técnicas e estruturas livres e lúdicas.
Em relação às técnicas, elas serão decorrentes das vivências positivas, integradoras e estimulantes a serem estruturadas e desenvolvidas durante os encontros. Advoga-se a estimulação plena e a ampliação das vivências sob o entendimento de que quanto mais vivências e experiências
66 OLIVEIRA, A. A. B.; PERIM, G. L. (Org). Fundamentos pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: EDUEM, 2008. OLIVEIRA, A. A. B. de; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos
26 exigências do cotidiano para uma vida ativa, assim como para as exigências do próprio esporte.
quão bem se consegue realizar suas ações básicas e exigências técnicas. É um equívoco negar tal
, indicando que a avaliação é um momento privilegiado de estudo e aprendizado e não um acerto de contas. Assim, para
os resultados são decorrentes de todos os procedimentos e envolvimento tidos durante a vivência e estudo dos conhecimentos trabalhados.
O ponto de partida para o processo de avaliação centra-se nos limites e proposições
pois elas permitem olhares distintos sobre aspectos comuns e distintos, possibilitando uma
- Observações diretas no cotidiano das aulas, nas quais se deve considerar o envolvimento,
das ações desenvolvidas, para tanto o responsável deve construir uma planilha de aspectos a serem observados e controlar o nível de entrada e o desenvolvimento conseguido durante todo o
- Avaliação em grupo ou rodas de conversa 1º) O grupo é onde os participantes compartilham experiências, trocas de
conhecimento e percebem que a situação vivida por cada um deles pode ser dividida com
2º) O grupo é um espaço de diferenciação. Ao mesmo tempo em que ser igual aos demais, ter experiências e sentimentos semelhantes é algo positivo, é necessário também sentir-se singular. No grupo, as pessoas não são e não devem ser
3º) O grupo é um espaço para construção do protagonismo
67 MORETTO, V. P. Prova: um privilégio de estudo, não um acerto de contas. 2 ed. Rio de Janeiro: Ed. DP&A, 2002.
27
- Testes antropométricos, de aptidão física, motora e nutricional. Estes podem ser
relação aos aspectos vinculados aos testes e, posteriormente, a cada trimestre, replica-se para
sobre cada um dos aspectos avaliados e qual a importância deles para o desenvolvimento dos
técnica, contudo, é inegável que os conhecimentos advindos dessas propostas contribuem para a
- Autoavaliação.contribui, substancialmente, para a tomada de consciência sobre tudo o que se vivencia no seu desenvolvimento. Os educandos devem aprender a se observar e valorar o aprendizado realizado.
proposições de atividades que serão desenvolvidas. O que se deve ter claro é a importância da avaliação para o redirecionamento das ações, pois somente com ela é que se poderá prospectar avanços para ações que deem continuidade ao processo formativo proposto.
Propostas para a relação metodológica
Observar as indicações propostas nas ações coletivas no item 5.5, tendo-as como basilares para o envolvimento de todos.
ambientes e suas constituintes.
caminhos a serem seguidos, municiando-os sobre os levantamentos realizados.
disponibilizado, potencializando as oportunidades idealizadas.
relação ao comprometimento, estimulando-os à assunção da corresponsabilidade, tais como responsabilidade pela organização dos espaços, dos materiais, indicação e desenvolvimento de atividades, organização de eventos, apoio no processo avaliativo, dentre outros.
68 RENA, Ana Cláudia, BATISTA, Cássia B., MAYORGA, Cláudia, SOUSA, Letícia e ABREU, Lindalva. Intervenção psicossocial na formação de crianças e jovens. Cartilha 3 da Coleção: PINTO, Leila M. S. de M. e FUENTE, Adelina M. de la (Org.) Coleção Educativa do Espaço Criança Esperança de Belo Horizonte. Rede Globo, UNESCO, PUC Minas, Prefeitura de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Lastro Editora, 2006.
69 Fonte de consulta para criação de instrumentos e modelos de avaliação: OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de e colaboradores. Planejamento do Programa Segundo Tempo: a intenção é compartilhar conhecimentos, saberes e mudar o jogo. In: OLIVEIRA, A. A. B. de.; PERIM, G. L.
28
e responsabilidades.
5.6 Trabalho participativo para auto-organização comunitária
e os associa às próprias crenças, valores, interesses culturais e cultura popular, ampliando as
O esporte e o lazer, como alternativas nesse processo, podem representar a identidade coletiva como meio educativo para aprendizagens da pessoa sobre ela mesma, dela sobre as outras pessoas, do grupo e de suas relações mais amplas.
Daí a importância da presente proposta educativa incluir possibilidades de organização e ação comunitária conscientizadora, nas quais o esporte e o lazer atuem como alavancas de momentos participativos e de mudanças sociais voltadas à garantia da cidadania e à vivência de seus valores
educativa dos programas de esporte e lazer, integrarmos a atuação de agentes também como
A ação comunitária
70 REQUIXA, Renato. Lazer e ação comunitária. São Paulo, SESC, 1973.
Um trabalho socioeducativo que consiste numa intervenção deliberada em determinada comunidade, através de atividades programadas em conjunto
com pessoas e instituições locais, objetivando despertar e ampliar sua consciência para os problemas da comunidade, sensibilizá-las para a
mobilização e coordenação de lideranças e predispô-las para a ação que vise o encaminhamento de soluções daqueles problemas, ou a tentativa de realização de aspirações relacionadas com a comunidade como um todo.70
29 destaca a importância de um plano geral de ação
composto por três fases interligadas,
Primeira Fase – é a da , caracterizando-se pela ação
análise da situação.
Segunda Fase – é marcada pela avaliação dos resultados da ação, geralmente ocorridos, no que pode ser denominado de período de carência. Aqui, a intensidade da ação dos técnicos
respostas, que estão
, que independem de acompanhamento, uma vez que são assumidos por grupos ou pessoas, ou podem nem mesmo
Terceira Fase – caracteriza-se como continuidade da ação, com a retomada dos resultados dependentes de acompanhamento, num período de sedimentação, onde é exigido acompanhamento direto, necessário à consolidação do processo, tendo em vista o alcance do estágio de autonomia
participantes.
Experiência que pode ser conhecida com maior detalhe nos relatos de experiências práticas
participativa com a comunidade.Desenvolver ações que gerem a oportunidade da auto-organização comunitária e da intersetorialidade.
acompanhamento das atividades de esporte e lazer.
71 MARCELLINO, Nelson Carvalho. A teoria sociológica da decisão e a ação comunitária como estratégias de planejamento em ação. In: PINTO, Leila Mirtes S. M. (Org.) Como fazer projetos de lazer: elaboração, execução e avaliação. Campinas: Papirus, 2007. pp. 89-90
72 Idem ao anterior.
30
Repensando o planejamento:
etárias.
possam ser desenvolvidas.
ampliar o leque de possibilidades para aprendizagem e prática, pensando em como o esporte e o lazer podem contribuir com aquelas comunidades.
Escolhendo as atividades:
Vivenciando as metodologias:
entre educadores e educandos, valorizando a criatividade, com os cuidados necessários,
Despertar a percepção crítica da sociedade, capacitando para uma avaliação do todo e para
Buscar a criação de novas expressões do saber, a partir da realidade e expectativa dos grupos, descobrindo alternativas criativas.
31
N!pelos educadores, durante as atividades, considerando a diversidade dos participantes, espaços
abaixo um quadro geral com os conteúdos ou modalidades que serão apresentadas neste capítulo do caderno .
pelos seus praticantes.
Jogos e Brincadeiras, dentre várias outras modalidades não tratadas aqui, mas que poderão enriquecer as experiências lúdicas de lazer, como atividades artísticas, sociais, de leitura, poesia, atividades digitais, dentre outras.
Esporte Artes Marciais Dança Ginástica Jogos e brincadeirasColetivo de aproximação tradicional e folclórica geral populares
Individual mantêm a ditância de rua academia cantigas de roda
outros outros artística tabuleiro
ESPORTE
O esporte, uma construção social, pode se colocar como um instrumento importante na
trabalhadas pelos membros constituintes dos grupos. Nas atividades de esporte, os participantes precisam rever, além das suas ações motoras, as atitudes morais, conhecimentos e habilidades,
esporte em momento privilegiado para se legitimar valores e possibilitar a participação de todos, independente do seu estágio de desenvolvimento motor, com alegria na sua realização. É preciso
-
6Que atividades podem ser construídas na ação educativa integrada que propomos?
32 analisem de modo crítico e criativo as práticas esportivas nos contextos socioeconômicos,
políticos e culturais. Ao decidir as regras de acordo com as necessidades do grupo, os participantes vivenciam a criatividade e o exercício de limites, ao mesmo tempo em que criam alternativas para suas necessidades e soluções de problemas vividos.
individual.
Esporte Coletivo Individual
Modalidades
Futebol/FutsalVoleibolBasquetebolHandebolRugbyCorrida de orientação
NataçãoAtletismoTênis de mesaTênis de campoBadmintonCiclismo
ESPORTES COLETIVOS
A seguir, são apresentadas algumas modalidades de esporte coletivo, suas regras básicas, os espaços e equipamentos utilizados e orientações para adaptações das atividades.
FUTEBOL E FUTSAL
O Futebol
para colocá-la dentro do gol adversário, utilizando os pés ou outro membro do corpo, a exceção
do espetáculo.
O Futsal
e o uso dos pés para cobrar os arremessos laterais.
REGRAS
Tanto no futebol quanto no futsal o goleiro tem a vantagem de poder utilizar qualquer parte de seu corpo, mas somente dentro de sua área. Em ambos os casos, no segundo tempo da partida, as equipes trocarão de metade de campo e atacarão em direção oposta. Durante a partida, pode-se substituir jogadores por reservas. A partida dura dois tempos iguais de 45 minutos, cada um, (futebol) e 20 minutos cada um (futsal). Os jogadores têm direito a um descanso no meio tempo de, em média, 15 minutos.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Em geral, é praticado em um campo, de preferência gramado, com uma trave em cada linha de fundo e uma bola. No caso do futsal, é jogado em quadra lisa.
33ADAPTAÇÕES
O jogo de futebol pode ser jogado em espaços de diversos tamanhos, com o número de jogadores que estiver disponível. No caso de muitos jogadores para um espaço pequeno, pode ser adotado o rodízio entre eles, por tempo ou por gol. A bola também pode ser adaptada, podendo ser de meia, de borracha, de papel...
A partir de diferentes abordagens, pode-se, por exemplo, discutir a história do futebol no Brasil, sua
movimento do povo. Pode-se também analisar como o futebol pode promover a integração entre pessoas diferentes, especialmente na comemoração de um gol.
Algumas variações do esporte: futebol de areia: como a bola não rola facilmente como em superfícies planas, o passe é valorizado, estimulando o jogo coletivo e o controle de bola aéreo; futebol-de-cinco:
seus olhos. A bola do jogo, ao girar sobre si mesma deve emitir um som, o que pode ser improvisado envolvendo a mesma em um saco plástico; futebol-de-sete: versão adaptada para atletas com paralisia cerebral. Jogam 7 em cada time, não tem regra do impedimento. A maior diferença em relação ao futebol tradicional está na cobrança do arremesso lateral, que pode ser executado com uma das mãos. Isso pode ser um diferencial interessante, pois tal ação pode desencadear novas dinâmicas de jogo; futevôlei:
jogadores). Cada uma das duas equipes deve passar a bola por cima da rede utilizando a cabeça e os pés, sem usar as mãos. Variações possíveis: altura da rede, tipo de bola (tamanho, peso), possibilidade da bola “pingar” uma ou duas vezes, etc.
VOLEIBOL
mesmo no seu campo.
João
Bitt
ar
34 REGRAS
O jogo começa com um dos times sacando. A bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a mesma caia no seu campo, usando braços, mãos e, em algumas situações de defesa ou recuperação de bola, qualquer parte do corpo, incluindo os pés. São permitidos até três toques na bola antes que ela passe por cima da rede, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia dentro da quadra, sobre a linha ou seja retida por um jogador é marcado um ponto do time adversário. O mesmo jogador não pode dar dois ou mais toques seguidos na bola, com exceção do toque de bloqueio.
Todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Cada partida é dividida em melhor de três ou de cinco sets, que terminam, quando uma das duas equipes conquista 25 pontos, – com dois pontos de vantagem no placar – exceto no set de desempate (terceiro ou quinto), que é composto de 15 pontos. Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra, três mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo, sentido do comprimento. A cada alternância de saque há um rodízio, no sentido horário.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
O jogo pode ser jogado em ginásio coberto ou ao ar livre, em uma quadra com uma rede dividindo o espaço em dois campos. Há uma grande versatilidade quanto ao piso, sendo possível se jogar, tanto em quadras cimentadas, de madeira ou sintéticas (usualmente adotadas), quanto em superfícies de grama, areia ou mesmo de terra. É jogado com uma bola leve.
ADAPTAÇÕES
O jogo de vôlei pode ser jogado em espaços de diversos tamanhos e com o número de jogadores que estiverem disponíveis. No caso de muitos para um espaço pequeno, pode ser adotado o rodízio, por tempo ou por ponto. A bola também pode ser de diferentes tamanhos e pesos, podendo ser de borracha ou de plástico. É importante se propor, inicialmente, atividades que contenham elementos técnicos e táticos
6X6 (todos os jogadores passam por todas as posições), o 4X2 (quatro atacantes e dois levantadores) e o 5X1 (cinco atacantes e um levantador). Para um desenvolvimento amplo das habilidades e capacidades motoras que o jogo requer, utilizar o sistema 6X0 ou 6X6, inicialmente, é o mais recomendado.
Variações podem e devem ser adotadas. O minivoleibol é um jogo pré-desportivo muito utilizado. A quadra de voleibol é dividida ao meio, transversalmente, e, em vez de dois times de seis jogadores, pode-se ter dois jogos simultâneos com até cinco jogadores de cada lado. A rede mais baixa e a diminuição de espaços livres proporcionam maior dinâmica ao jogo. O jogo do câmbio é também uma excelente opção de atividade pré-desportiva e que oferece maiores possibilidades de participação em todas as faixas etárias. Pode ser desenvolvido com bolas variadas e com números de participantes de acordo com o espaço disponível. Basicamente, a bola é segura e passada por, no máximo, três participantes e jogada para o outro lado. O jogo rede humana é disputado por três times, com um no meio da quadra fazendo o papel de rede, que tentará impedir que a bola passe para o outro lado e, se conseguir, o grupo que tocou, por último, na bola passará a ser a rede.
35
BASQUETEBOL
lançando a bola dentro do cesto da equipe adversária e de evitar que o adversário marque pontos.
REGRAS
O tempo de jogo é de 40 minutos, divididos em quatro períodos iguais de 10 minutos cada. Entre o segundo e terceiro períodos, há um intervalo, e invertem-se as quadras de ataque e defesa das equipes. Para o início do jogo, a bola é lançada ao ar por um árbitro, e um jogador de cada equipe posiciona-se para saltar e tentar passar a bola a um companheiro. O jogador não pode bater a bola com as duas mãos, simultaneamente, nem efetuar dois dribles consecutivos (bater a bola, agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la). O jogador não pode executar mais de dois passos com a bola na mão. O passe tem como objetivo a colocação da bola num companheiro que se encontre em melhor posição, para a criação de
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
O jogo pode ser feito em ginásio ou ao ar livre. A quadra de jogo deve ter duas estruturas com as tabelas e cestas na altura determinada (podendo ser mais baixa para iniciantes), sendo jogado com bolas de basquete adequadas a cada categoria.
João
Bitt
ar
36 ADAPTAÇÕES
Apresenta fundamentos que podem motivar a criação de vários jogos, como por exemplo, disputas de arremesso ou concursos de habilidades com a bola. Pode-se promover o aprendizado dos fundamentos básicos da modalidade, como controle de corpo e bola, dribles, passes e arremessos, por meio de exercícios
tamanhos e pisos variados), na bola (de pesos e tamanhos diferentes), nos equipamentos (tabelas e cestas em locais diferentes e em alturas mais baixas), no número de jogadores (dependendo do espaço) e utilizando meia quadra ou espaços reduzidos (em duplas ou trios fazendo cesta na mesma tabela).
ataque, nas faltas pessoais e coletivas, na pontuação e na arbitragem.
O minibasquete pode ser citado como um bom exemplo de adaptação do jogo. Além de tabelas mais baixas e bolas mais leves e menores, os árbitros são educadores, não somente, apitam, mas também instruem. A divisão em quatro tempos de jogo permite que se formem equipes de quinze jogadores, com
maior de capacidades e habilidades motoras. Outro exemplo é o basquete de rua, jogado geralmente em quadras abertas, praças e ruas. Esta adaptação tem uma associação especial com a cultura da juventude, pois além da ligação com a música rap e hip hop, dá ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas espetaculares com alegria e ginga. É uma continuação do basquete de quadra, no qual são valorizadas a habilidade e a criatividade de cada jogador. Com regras menos rígidas do que o basquete de quadra, pode ser jogado com qualquer tipo de formação, sendo a mais comum “3 contra 3”. Um terceiro exemplo é o basquete de areia, jogado em uma quadra de areia com duas tabelas e cestas. Quando a bola toca um jogador e bate no chão, é lateral para a outra equipe; se a bola bate no chão e alguém pega, segue o jogo. Só são permitidos passes.
Asco
m
37HANDEBOL
É um esporte coletivo em que a bola deve ser conduzida e arremessada somente com as mãos.
atingir a meta adversária, marcando um ponto, caso a bola ultrapasse a linha de gol.
REGRAS
Ao manejar a bola, é permitido lançar, parar e pegar a bola com ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco, coxa e joelhos (menos os pés). É permitido segurar a bola, durante o máximo de três segundos, e fazer o máximo de três passos com a bola na mão. É permitido tirar a bola da mão do adversário com a mão aberta, não importa de que lado, e bloquear o caminho do adversário com o corpo. É proibido arrancar a bola do adversário com uma ou com duas mãos, assim como bater com o punho na bola que se tem nas
jogador. Dentro da sua área pode jogar com qualquer parte do corpo. Os jogadores não podem entrar nas áreas, tanto na defesa quanto no ataque.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Quadra de jogo lisa, duas traves com redes nas linhas de fundo. É utilizada a bola de handebol, de acor-do com a categoria.
ADAPTAÇÕES
O handebol apresenta muitas possibilidades de adaptações para jogos, e utiliza, principalmente, a corrida, o salto e o arremesso. Pode ser praticado em espaços de diferentes tamanhos e terrenos, e em quadras de futebol.
Por ser o handebol um esporte essencialmente composto de passes e arremessos, o jogo dos dez passes pode ser considerado um bom pré-desportivo para o handebol. Tal jogo tem um formato simples, em duas equipes, sendo a equipe que conseguir executar 10 passes, sem que a outra equipe pegue a bola, marca pontos. Uma variação interessante é estipular que, ao receber um determinado passe, o aluno não pode passar da mesma forma, ou seja, deve utilizar um passe diferente ou até mesmo criar um.
A exemplo do minivolei e do minibasquete, o mini-handebol utiliza espaços reduzidos e bolas de tamanho adaptado. As balizas (traves) são menores, têm 1,60 m de altura por 2,40 m de largura, bem menores que
Outra versão do jogo é o handebol de praia (beach handball), jogo dividido em duas partes de dez minutos, cada uma, havendo um intervalo de cinco minutos entre estas. Apesar de se considerar um jogo a junção das duas partes, o resultado no handebol de praia é contabilizado, individualmente, (mais ou menos como
que consiga os dois pontos, a mesma é declarada vencedora, caso contrário, a decisão é tomada com base nos tiros livres de seis metros.
38 Quando o goleiro não está em posse da bola, ele pode deixar sua área e jogar como um jogador de linha
normal, com o resto do time. Se o goleiro, jogando na linha, marcar um gol, seu time ganha um ponto extra. Após cada gol, é o goleiro quem dá continuidade ao jogo, lançando a bola de sua área. Um gol vale a princípio um ponto. Mas vale dois pontos, se o gol for marcado em jogada aérea. Existem outras regras que diferenciam o handebol de praia do tradicional, mas as que foram citadas já dão conta de mostrar que vale a pena a ampliação de possibilidades de “recriação” do esporte. Para praticar esta variação, não é preciso ter, necessariamente, espaços com areia disponíveis.
RUGBY
quarenta minutos contínuos. É um esporte que possibilita a participação de todos, de todas as
apresentando valores extremamente positivos como a lealdade, o respeito, a garra, o trabalho em
camaradagem.
REGRAS
O objetivo do jogo é levar a bola, para além da linha de gol dos adversários, e apoiá-la contra o solo para marcar pontos. É um jogo dinâmico, no qual os mesmos jogadores que atacam também defendem. Embora se tenha que avançar com a bola, esta só pode ser passada com as mãos para trás, ou lateralmente. A bola pode ser chutada para frente, mas os atletas da equipe do chutador, para poderem jogá-la, necessitam estar atrás da bola no momento em que ela é chutada. Esta aparente contradição cria a necessidade de um bom trabalho de equipe e disciplina, uma vez que pouco resultado pode ser obtido por um atleta individualmente.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
A bola de rugby é de formato oval, mas outras bolas também podem ser utilizadas. O campo é de forma-to retangular, com comprimento máximo de 144 metros e largura máxima de 70 metros. É dividido pela linha do meio de campo que separa os dois lados. A superfície deve ser de grama, mas também pode ser de areia ou barro.
ADAPTAÇÕES
Vários jogos podem ser oferecidos com as habilidades básicas deste jogo, por meio de propostas de corridas, jogos de pegar e desviar, passes e lançamentos em todas as direções, e utilizando-se qualquer espaço disponível, de preferência amplo.
Algumas versões do jogo são apresentadas a seguir:
39
CORRIDA DE ORIENTAÇÃO
A corrida de orientação apresenta inúmeras possibilidades de relações com as mais variadas
em clubes, chácaras, bairros ou onde tenham áreas livres.
de novos conhecimentos e habilidades. A partir de um mapa e uma bússola, os participantes conhecem o percurso por onde devem passar, pontos a serem visitados e o local da chegada. Os obstáculos a serem superados são descobertos, durante a execução da atividade, o que a torna
do lazer. Na corrida de orientação, é possível incluir participantes portadores de necessidades
Os participantes devem escolher a melhor rota para percorrer um terreno pouco conhecido e cheio de obstáculos antes de cruzar a linha de chegada. As áreas urbanas, o pátio e as salas de
A corrida de orientação propicia o desenvolvimento do trabalho em equipe, exigindo comunicação e discussão dentro do grupo, além de estimular outros campos do conhecimento
O rugby tag pode ser praticado por adultos, crianças e equipes mistas, em que cada jogador (a) deverá colocar os tags (coletes) na cintura. A equipe defensora deverá retirar o tag somente do portador da bola. Cada equipe tem direito a três ataques, após estes, deverá entregar a posse de bola para a equipe adversária. De preferência, utiliza-se espaços com gramas ou uma quadra poliesportiva 40 x 20m, se possível, em um espaço maior. O tempo de duração pode ser adaptado, de acordo com o público praticante. Quando o jogador (a) apoiar a bola no chão depois da linha de gol adversária, vale um ponto e não existe conversão. São entre quatro e seis jogadores em campo.
O rugby de sete é jogado com apenas sete jogadores em cada time e em dois tempos de sete minutos cada. A grande vantagem que o rugby de sete possui é o fato de o jogo ser disputado em um curto período de tempo.
O rugby em cadeira de rodasou seja, podem jogar ao mesmo tempo jogadores do sexo masculino e feminino. O objetivo do jogo é ultrapassar com a posse da bola os cones dispostos na linha de fundo do adversário. Cada jogador recebe
40 importância dessa modalidade como atividade lúdico-desportiva contribuindo, pedagogicamente,
para o processo de ensino-aprendizagem.
ESPORTES INDIVIDUAIS
NATAÇÃO
natação é colocá-lo na piscina. Deve-se ensinar e orientar as habilidades que melhor suprem as necessidades individuais.
REGRAS
Por movimentar, praticamente, todos os músculos e articulações do corpo, a prática da natação é considerada uma excelente atividade física, trazendo ótimos benefícios para o organismo, além de ser recomendada para pessoas com problemas respiratórios. Embora os estilos de natação também sejam utilizados no lazer, é muito comum que os nadadores recreativos utilizem estilos menos técnicos, geralmente, mantendo a cabeça fora da água. Os estilos formais são: crawl, costas, peito, borboleta. Entre as habilidades aquáticas
membros superiores e inferiores e iniciação aos diferentes estilos e ao mergulho. A prática de natação propicia a superação do medo, garantia da sobrevivência na água e melhoria da resistência cardiovascular.
João
Bitt
ar
41ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Piscina de diferentes tamanhos, formas e profundidades, lagos, rios, mar, entre outros. Utilização ou não
ADAPTAÇÕES
É muito importante adotar uma metodologia de ensino que respeite as limitações e os medos dos alunos. Em um esporte realizado no meio líquido, as leis físicas são diferentes do que se está acostumado no dia-a-dia fora d’água. Assim, antes de se propor as atividades, há que se fazer um trabalho de adaptação ao meio líquido muito bem feito, que permitirá ao aluno familiarizar-se com a água. Pode-se considerar o aluno adaptado ao meio líquido, quando conhece a água, desloca-se, sabe mergulhar, controla a respiração e abre os olhos dentro d’água. O educador deverá considerar as características do ambiente, do local da atividade, do tipo de instrução dada (verbal, visual, demonstrativa) e do método utilizado (comando, por instrução, por descoberta, por exploração). Também deverá ter em conta as características do espaço e do tempo requisitado nas atividades e da utilização de materiais.
sustentem seu corpo e que controlem sua respiração e seu deslocamento. Uma sugestão de sequência a ser seguida para promover a adaptação ao meio líquido a iniciantes é andar na piscina para diferentes direções, bater pernas sentado na borda e bater pernas com duas mãos na borda dentro da piscina. Em
colocar o rosto na água (de pé), e repetir o mesmo sem mãos na borda. Para ensinar a abrir o olho na água, pode-se colocar as duas mãos na borda com o rosto na água e enxergar o próprio pé ou contar quantos dedos o colega pôs. Uma atividade para ajudar a propulsão consiste em buscar materiais no fundo da piscina, contar azulejos e passar por entre as pernas do professor ou do colega.
Podem ser oferecidos jogos adaptados e brincadeiras na água, como basquete, vôlei, polo, estafetas de
ATLETISMO
prioritariamente, movimentos naturais e por ter regras de simples assimilação torna-se um
REGRAS
O atletismo é o esporte de base para todos os outros, constituído por três modalidades básicas: corridas, lançamentos e saltos. As corridas dividem-se em curta distância ou velocidade; média distância ou de meio fundo; e longa distância ou de fundo. Podem ser divididas também de acordo com a existência ou não de obstáculos (barreiras) colocados no percurso e com revezamentos. Nas corridas de curta distância, a explosão muscular na largada é determinante no resultado obtido. Por isso, existe um posicionamento especial para a largada, que consiste em apoiar os pés sobre um bloco de partida e apoiar o tronco sobre as mãos encostadas no chão. Nas provas mais longas, a partida não tem um papel decisivo, e os corredores saem para a corrida em uma posição mais natural, em pé, sem poder colocar as mãos no chão.
42 ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
As provas de corrida são realizadas na Pista de Atletismo; as atividades de saltos realizadas em caixas
utilizam bastão, disco, pelota, vara, colchão, dardo, martelo, peso, barreiras, obstáculos.
ADAPTAÇÕES
Sugere-se oferecer um grande número de oportunidades para o desenvolvimento de habilidades motoras variadas, proporcionando ao aluno experiências em corridas, equilíbrios, lançamentos, saltos. As atividades a serem desenvolvidas devem ser lúdicas, com ou sem bola, tais como piques com mudanças de direção, com formação de grupos, jogos de correr, saltar, lançar, estafetas e competições com utilização de materiais diferentes e brincadeiras que combinem esses fundamentos. Sugere-se a utilização de jogos baseados no atletismo que promovam o reconhecimento de si mesmo e das próprias possibilidades de ação.
As aulas podem ser iniciadas com conhecimento e reconhecimento do atletismo pelos participantes. Sugere-se realizar diversas atividades populares indicadas pelos alunos e que envolvam a corrida. Diferentes jogos e brincadeira possibilitam experimentar o “se movimentar” proporcionado pelo lançamento e arremesso, e os próprios alunos podem construir a pelota e perceber que materiais alternativos oferecem possibilidades de movimentos, assim como o peso, o disco e o martelo.
Asco
m
43TÊNIS DE MESA
Também conhecido como ping pong
individuais ou entre duplas. O tênis de mesa é uma modalidade que estimula o desenvolvimento da coordenação motora. Na execução das técnicas, há a necessidade de uma plasticidade no
das capacidades coordenativas, a prática do esporte propicia o trabalho da atenção, da concentração
não necessita de um grande espaço para a prática.
REGRAS
Uma partida é composta pela disputa de pelo menos três games/sets. Nesta forma reduzida ganha a partida o atleta que conquistar dois games/setstotal de cinco ou sete games. Cada game é composto pela disputa de 11 pontos. No game/set, em caso de empate, o vencedor é aquele que conquistar dois pontos de diferença. Um dos jogadores inicia o game realizando o saque. No saque, a bola precisa, primeiramente, bater na raquete, seguido de um toque no lado da mesa do sacador e depois no lado da mesa do oponente. Cada jogador tem o direito de realizar dois saques. Depois que um jogador executa seus dois saques, há alternância de sacador até o momento em que um dos jogadores chega aos 11 pontos do game/set. Durante a disputa do ponto, a bola só pode bater uma vez de cada lado da mesa. Marcam-se pontos, quando o adversário manda a bola para fora da mesa, no lado oposto ao seu, ou quando ele não alcança a bola, desde que esta tenha batido no lado de sua mesa. No game/set, caso haja empate em dez pontos, a alternância acontece com apenas um saque por jogador. No jogo de duplas, o saque é alternado entre jogadores e, necessariamente, precisa ser executado em diagonal, do lado direito da mesa até o outro lado direito. Cada jogador também executa dois saques. Durante o game/set, um atleta sempre vai sacar para um mesmo receptor da equipe adversária. No game/set subsequente, as posições de sacador e receptor são alteradas.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
linha vertical desenhada separando dois lados da mesa.
ADAPTAÇÕES
Durante as aulas, o professor pode promover processos pedagógicos contemplando variações: no número de jogadores em mesa, na velocidade da bola a ser rebatida, no local na mesa a ser jogado, no tipo de raquete e na dimensão da bola. Também podem ser organizadas atividades de revezamentos e partidas por tempo ou pontos.
44
TÊNIS DE CAMPO
O tênis de campo é um esporte praticado ao ar livre e seu conteúdo é bastante estimulante e divertido, podendo ser praticado por pessoas de todas as idades.
REGRAS
A ideia do jogo é devolver a bola, batendo do seu campo com o auxílio de uma raquete por cima de uma rede, na área de jogo do adversário, desencadeando trocas de bolas como uso de movimentos simples e
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Quadra de tênis, rede, raquetes e bolinhas.
ADAPTAÇÕES
promovendo maior mobilidade e melhor postura. Com a utilização de materiais alternativos ou adaptáveis,
baixo custo é possível adaptar a modalidade para popularizá-la ainda mais. Pode ser jogado na rua, em espaços sem rede, contra a parede ou usando uma corda como rede. Os programas de iniciação e inclusão por meio do tênis devem utilizar metodologia simples e lúdica que facilite o aprendizado. O mini-tênis pode ser jogado em qualquer superfície plana, com diversos tipos de bolas (materiais e modalidades).
Asco
m
45Sugestões de atividades: lançar a bola para o alto, deixar picar e pegar; o mesmo sem deixar a bola picar
no chão, conduzir diferentes bolas rolando-as no chão com raquete, taco de golfe, em diferentes direções, conduzir as bolas equilibrando-as sobre a raquete, passar a bola com a raquete para o companheiro sem deixar cair no chão, passar a bola de raquete para raquete em um pé só ou driblando a bola contra o chão. Na atividade guerra de bolinhas, uma equipe de cada lado da quadra, com o mesmo número de bolas para cada lado, lança as bolas do seu lado para o outro lado da quadra com o uso de raquetes, bastões ou então com as mãos.
BADMINTON
Badmintonesporte praticado individualmente ou em dupla, que utiliza material leve – raquete similar ao tênis – e uma peteca, com a rede posicionada em uma altura maior e uma quadra um pouco
para todas as pessoas em todas as idades.
badminton
próprios limites.
Além disso, o badminton pode servir como reabilitação terapêutica. Trata-se de uma modalidade
REGRAS
Para iniciar o jogo, o sacador bate na peteca de baixo para cima e na direção diagonal, dentro da área de
lugar da quadra, se não atrapalhar a visão do adversário. Se o placar do sacador for par, o saque é feito pelo lado direito, se for ímpar, pelo lado esquerdo. É proibido dar dois toques seguidos no mesmo lado da quadra, tanto em duplas, como em simples. Se a peteca acertar um jogador, sua roupa, teto ou arredores da quadra, é falta e ponto para o adversário. A partida é disputada em melhor de três sets de 21 pontos, sem vantagem. Havendo empate em 20, vence o jogo o atleta que abrir dois pontos de vantagem, porém isso é limitado a 30 pontos.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Quadra com rede, raquete e peteca de badminton.
46 ADAPTAÇÕES
Como jogo de recreação pode ser jogado com um número ímpar de pessoas e sem a rede. Pelo fato de
qualquer superfície relativamente plana e dura, tanto descoberta como coberta, sem perder os benefícios decorrentes dos exercícios. Tal como em outros esportes ou jogos, a coisa mais importante no badminton é procurar se envolver com a atividade e se divertir.
CICLISMO
com a prática constante da atividade. Andar de bicicleta também é uma maneira de mobilizar
coordenação motora, da noção espacial e do equilíbrio.
Na prática do ciclismo, é preciso lembrar a importância de se adotar equipamentos de
queixo.
sua utilização, tanto para os usuários quanto para as cidades são reconhecidos, além de contribuir para a presença da mobilidade urbana sustentável. O incentivo ao uso da bicicleta pode resultar
de transporte muito importante e tem consequente impacto na cidadania e na inclusão social,
João
Bitt
ar
ARTES MARCIAIS
norteador é a socialização. Deve também oportunizar trocas, situações nas quais o educador
respiração, concentração e técnicas de esquiva. Todas essas habilidades contribuem para a
limites.
Nas atividades, a ideia é dar aos participantes a possibilidade de intervirem e opinarem a respeito do conteúdo, proporcionando um momento democrático e aberto, criando um ambiente
Os temas tratados devem estar próximos à realidade em que o participante está inserido, não deixando de lado a historicidade e a contextualização das artes marciais.
movimentos, que podem ser nomeados tornando-se uma construção cultural do grupo.
e a técnica para a execução de dado movimento. É preciso valorizar o modo pessoal de realizar os
Artes Marciais De aproximação Que mantêm a distância Outras
ModalidadesJudôJiu-JitsuAikidô
CaratêTaekwondoHapkidô
CapoeiraTai chi chuanAshtanga yoga
ARTES MARCIAIS DE APROXIMAÇÃO
JUDÔ
REGRAS
de esforço (utiliza a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário), prosperidade e benefícios mútuos (solidariedade) e suavidade (melhor uso de energia). Nele, o progresso pessoal deve estar
praticante não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar. Praticar judô é educar a mente a pensar com
técnicas de amortecimento, deslocamentos, postura, modos de segurar, arremessos e imobilização no chão.
47
48 A pegada é feita no quimono, podendo ser na gola e na manga. Os rolamentos e as técnicas de
amortecimento são fundamentais para a segurança do praticante, pois dissipam a energia cinética. O judoca usa a posição do adversário em benefício próprio em vez de projetá-lo por superioridade de peso ou força. Ao aplicar uma projeção, usa-se o corpo suavemente como uma só unidade. Todas as partes do corpo atuam em harmonia. O peso do corpo é igualmente distribuído por ambos os pés, sobretudo, sobre a ponta dos dedos.
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
execução dos movimentos, o quimono.
ADAPTAÇÕES
O equilíbrio é primordial para o judô. Saber cair é a base indiscutível das projeções. A superação do medo da queda permite progredir nos conhecimentos do judô, possibilitando um espírito aberto para ataque e
e oferecer oportunidades ao jovem de superação de suas próprias limitações. Sugere-se proporcionar a prática de atividades lúdicas que incluam diferentes quedas e rolamentos, jogos de empurrar, puxar e segurar e situações para equilibrar-se.
JIU-JITSU BRASILEIRO
REGRAS
Além de autodefesa, o jiu-jitsu brasileiro é uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. O jiu-jitsu inclui defesa contra ataques e técnicas de imobilização. O professor deve ressaltar a importância do comportamento ético entre os alunos, dando, assim, mais credibilidade e segurança ao ensino desta arte marcial. Por transmitir
ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
O local da prática é composto de tatames e os atletas usam quimonos de tecido resistente. A cor da faixa
da modalidade.
ADAPTAÇÕES
do jiu-jitsu envolve projeção, passagem de guarda, joelho na barriga, montada, pegada pelas costas e raspagem.
como chave de braço, golpe com quimono, golpe com uso das pernas.
AIKIDÔ
REGRAS
O aikidô busca coordenar as atividades conjuntas do corpo e da mente, por meio de técnicas de projeção ou torções de articulações que neutralizam o adversário, aproveitando sua própria energia com um mínimo de força física. O aikidô tem como diferença fundamental a ausência de competição entre os praticantes e uma forte ênfase na preservação dos valores morais como a disciplina, o respeito, a gratidão e a honra. Por meio da prática desta arte marcial, os participantes são estimulados a superar as próprias
situações difíceis.
O termo aikidô representa três conceitos diferentes. O ideograma “ai” traz o conceito de harmonia, união,
dentro da ótica da não resistência, sem uso da força bruta, podendo ser praticada por ambos os sexos e em todas as idades. O ideograma “do” traz o conceito de caminho, modo de vida para o crescimento do homem.
autopreservação, ou seja, não ser atingido. Quando não existe agredido, não existe agressão. O terceiro princípio é não bloquear, não ir contra a energia do atacante. Se não houver reagente, não haverá fogo. O quarto princípio é sempre procurar localizar-se em um ponto na retaguarda do atacante ou, no mínimo, em um ponto neutro, de forma a ser a sombra de suas costas. O quinto princípio é manter o equilíbrio, tanto físico como psicológico, buscando sempre que possível, ser o centro do movimento. O sexto princípio é neutralizar o adversário com movimentos circulares descendentes e imobilizá-lo, em decúbito ventral, sempre que possível. O contato do ventre com a terra acalma e tranquiliza. O sétimo princípio é nunca
física ou psicológica.
ADAPTAÇÕES
Desenvolver atividades de cair e levantar, caminhar e movimentos circulares de esquiva, técnicas de projeção, torção de articulações e imobilizações. Trata-se de uma prática que combate insegurança, desarmonia, desequilíbrio, fraqueza de caráter e desrespeito ao próximo. O aikidô não habilita a pessoa apenas para o combate físico, mas para lutar por uma vida mais harmônica, por um convívio social mais pleno, pela felicidade. Combina treinamento marcial e evolução espiritual do homem. A prática ainda
Nas brincadeiras e nos jogos deve-se acentuar a ideia e sentimento de grupo em detrimento da individualidade, valorizando o espírito de equipe, do trabalho em grupo e, consequentemente, o respeito aos outros. Apesar da importância de se incluir alguns dos ensinamentos e algumas das práticas de aikidô nas aulas, é preciso “quebrar o ritmo” com jogos e brincadeiras.
O segredo do aikidô não está em como se move os pés, e sim, em como se move a mente, ensinando a
que ambos cooperam para o desenvolvimento de si próprios e do parceiro. O papel daquele que aplica o
O papel do que recebe o movimento é de treinar a intenção inicial, e, depois, a sensibilidade, atenção e percepção para acompanhar a técnica aplicada da maneira mais suave possível. Ambos se revezam nesses papéis. Há uma cumplicidade mútua em que ambos servem de apoio para o treino de si próprio.
49
ARTES MARCIAIS QUE MANTÊM A DISTÂNCIA
CARATÊ
em que prevalecem honra, lealdade e compromisso. É predominantemente arte de golpes, como
se para aprender.
branca. Em um plano simbólico, o branco representa a pureza do principiante, e o preto aos conhecimentos apurados em anos de treinamento. O caratê procura também conter o espírito
mas a própria pessoa. Isto estimula a tomada de consciência de si e a superação de aspectos negativos do comportamento e da mente. Trata-se de uma reeducação da mente e dos padrões de
agressão por pensamentos de harmonia.
denominado de Kata
pré-determinados entre lutadores, denominado de Kumite
trabalhar com os olhos vendados. As atividades de empurrar ou puxar o colega para tirá-lo da
50
Asco
m
51TAEKWONDO
O taekwondo valoriza perseverança, integridade, autocontrole, cortesia, respeito e lealdade.
emprego das mãos e punhos, de pontapés, de esquivas e intercepções de golpes com as mãos,
A repetição ensina a paciência e a resolução de transpor obstáculos, desenvolvendo
taekwondo compreende vinte e quatro posturas, cada qual com uma característica peculiar.
As posições do taekwondo
emprego dos pés e das mãos. Assim como em quase todas as artes marciais, o taekwondo possui graus que mudam de acordo com o estágio do aluno.
Durante a prática, não é permitido agarrar, socar no rosto, atingir abaixo da linha de cintura ou empurrar o adversário. A cortesia deve estar sempre presente nas relações do aluno com o outro.
HAPKIDO
adotar certas mudanças no grau de habilidade requerido ou cores.
inclui exercícios no chão, prática individual, pugilato e exercícios para desenvolver a energia
52 OUTROS
CAPOEIRA
ou entre a música na capoeira e a poesia na vida real. A capoeira está centrada em torno da
constante, trabalho e cálculo, intimamente vinculados ao combate e ao cuidado com o convívio
biomecânica de movimentos e golpes, mas serem acompanhadas de discussões sobre os rituais,
de problematizar, teorizar e reconstruir o repertório cultural da expressão, com destaque para a ginga, os golpes, o canto interativo e a roda lúdica. É preciso resgatar a capoeira enquanto
cultural e político que a gerou.
de graduações, a capoeira adota o sistema de cordas de algodão coloridas que indicam o estágio em que o praticante se encontra. A ordem, a quantidade e as cores das graduações variam de
o mundo da capoeira e suas relações com outros assuntos de relevância para os alunos, além,
problemas para o outro resolver.
João Bittar
53TAI CHI CHUAN
Baseado na observação da natureza e no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos, o tai chi chuan exercita e imita movimentos de animais como pássaros, tigres, cobras e ursos. Durante a execução dos movimentos, a concentração é mantida em cada parte do corpo,
corpo movendo-se em harmonia. Também chamada de meditação em movimento, o tai chi
chuan
praticada, não apenas como uma técnica, mas como uma prática de consciência onde se promove
o crescimento espiritual.
Os movimentos lentos e suaves do tai chi chuan propiciam a restauração do senso de equilíbrio,
algo positivo, como a compaixão ou a alegria. A prática diminui a ansiedade de adolescentes com
O tai chi chuan está baseado em um código moral que engloba virtudes como humildade,
–, a perseverança e a paciência. Essa prática tem ainda que considerar a compaixão e a benevolência, pois permite um despertar para a simplicidade, a sensitividade, a abertura do coração ao amor e à compaixão.
mobiliza o sistema imunológico, além de aliviar os estados depressivos. A prática gera um sentido
atua diretamente no sistema nervoso humano.
ASHTANGA YOGA
Yoga é uma modalidade que possui diversos estilos e escolas. O estilo aqui proposto é ashtanga vinyasa yoga
há limite de tempo, gênero ou idade para desenvolver as práticas, dependendo exclusivamente de
eliminando substâncias nocivas à saúde. Durante a prática, os músculos e tendões se acomodam
tecidos do corpo através do suor e do aumento da temperatura corporal, que causa transpiração,
54
disciplina, são diariamente trabalhados na prática do ashtanga yoga. Respirar é um processo que
DANÇA
considerada uma linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da
expressões.
também, resgatar a cultura brasileira no mundo da dança, por meio da tematização das origens
da cidadania. Vale ressaltar, mais uma vez, que atividades que não venham ao encontro das
expressão criativa.
Ascom
55
oportunidade de tomar suas próprias decisões a seu respeito e a respeito do grupo, assim como opinar e se posicionar sobre os saberes tratados.
A seguir, são apresentados alguns exemplos de danças tradicionais, dança de rua, assim como
Dança Folclóricas e populares De rua De salão Outras
Modalidades
QuadrilhaFrevoBumba-meu-BoiSamba Forró
Hip hopBreakHouseFunkRap
ValsaTangoSamba RockLambada
Balé clássico ContemporâneaContato improvisação Circular/sagrada
DANÇAS FOLCLÓRICAS E POPULARES
representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos como praças e
valorizam sua construção histórica e social. A seguir, apresentamos alguns exemplos.
QUADRILHA
Os casais, vestidos com roupas típicas da cultura caipira, como camisas e vestidos xadrez
noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que, hipoteticamente,
FREVO
acompanhadas de passos soltos e acrobáticos. Trata-se de uma dança instrumental, inicialmente
carnavalesca carioca.
56
que segue os blocos carnavalescos, ou quando passistas realizam passos mais elaborados e usam
se o frevo-cançãofrevo-de-bloco frevo-de-rua, tocado
frevo-de-abafo, em que frevo-coqueiro, uma variante do primeiro,
frevo-ventania, de uma linha melódica bem frevo-de-salão
próprio para o ambiente dos salões.
BUMBA-MEU-BOI
quais têm enredo, história que são revividas pelos personagens, por passos de danças e por
personagens. Os nomes do boi e dos personagens, bem como a história, também apresentam
dos passos básicos assemelha-se a uma espécie de passo do cavalo manco, caracterizado por um
SAMBA
de identidade nacional e muito conhecido no exterior.
maxixe, o lundu e o xote, adquirindo um caráter singular e criando o samba carioca carnavalesco. As escolas de samba adicionaram ao gênero uma cadência mais picotada, com uma orquestra de
tipo de samba que tomou conta do cenário carioca.
italiana, as letras são mais elaboradas, dando espaço ao sotaque dos bairros de trabalhadores.
gêneros musicais, a exemplo do samba-funk
57samba-rap
samba-reggae
Enquanto o samba de roda é executado dentro de uma roda e acompanhado por palmas e cantos, o samba-enredo está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do
samba de partido altomorros e das regiões mais carentes. O pagode utiliza instrumentos de percussão, sons eletrônicos, letras simples e românticas. O samba-canção possui ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. O samba carnavalescocarnavalescos. O samba exaltação possui letras patrióticas e ressalta as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. O samba de breque tem momentos de paradas rápidas, em que o cantor pode incluir comentários, muitos deles, em tom crítico ou humorístico. O samba
usado nas danças de salão. O sambalançojazz.
FORRÓ
Antes denominado de forrobodó ou baile populardos nordestinos para outras regiões do país, tanto pelas cidades do interior quanto pelo litoral,
caminhões em praças públicas e em comícios, dando dimensão nacional aos ritmos do sertão.
moderno é constituído por baterista, guitarrista, baixista e outros equipamentos eletrônicos, trazendo um novo estilo de dança, para todas as idades e diversas classes sociais.
forró universitário
forró eletrônico é uma variação moderna que utiliza elementos eletrônicos em sua execução como o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica.
58 DANÇA DE RUA
A dança de rua vem se destacando, nos últimos anos, no Brasil e no mundo, com o aumento de
dentro do movimento Hip Hop
house.
MOVIMENTO HIP HOP
O hip hop
e latino-americanos. Nesse movimento tem-se a linguagem artística da música (RAP-Rhythm and
Poetry, pelos rappers e DJs break
break, que está relacionado ao rap
ensinar passos e mostrar a história do hip hop
humana, na construção da cidadania e na contribuição para a busca da emancipação humana.
deve levar em conta, não só, o nível inicial dos alunos, como permitir um ensino pautado na hip hop
BREAK
O break
break consiste em se
extremos, tornando o break uma dança divertida de se apreciar.
O break
então, anunciada a performance
dedos, braços, pernas, tórax.
59HOUSE
A cultura house disco
da capoeira, retratando um verdadeiro trânsito entre linguagens, territórios e estilos de dança.
O house
na política cultural de várias cidades. Os grupos e companhias de house vêm estabelecendo novas
hip hop. O elenco pode mostrar o processo de risco no palco, detalhando as particularidades de cada situação.
sem mutação. Trata-se de um estilo dinâmico, em que não há repetições de movimento e sempre acontecem duas ou três coisas ao mesmo tempo. Existem centenas de pessoas que dançam na rua.
hip hop cruzaram-se com o house
do sentimento na dança.
FUNK
O funk
funk jazz, tornando o ritmo mais funk criaram
um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e coros de acompanhamento funk tradicional perdeu um pouco da popularidade à medida que as
partes de antigos sucessos de funk começaram a ser copiados para outras músicas. Nessa época, surgiram também algumas derivações do funk funk melodycaixas de ritmos e sintetizadores, e o funk metal
DANÇA DE SALÃO
do século XIV e que tem como característica principal a execução de passos por um casal de
seguir destacaremos algumas e delas.
60 VALSA
A valsa
resultando em um deslizar vivamente pelo salão. E é uma dança comum em bailes de debutantes valsa
vienense valsa moderna ou inglesavalsa internacional
standardvalsa estilo americano
valsa peruana
valsa venezuelana valsa clássica valsa cross step
TANGO
O tangohabilidades complexas. De compasso binário e ritmo sincopado, a dança que teve origem
e cabarés, tem na mulher um papel sempre submisso. As letras das músicas, em sua grande parte,
canyengue, tango-romanza e o tango-jazz.
SAMBA-ROCK
rock and roll e os passos do samba
sambalanço, swing, rock-samba samba-rock
samba-
rock bebop, jazz e soul
rockabilly
rock.
LAMBADA
lambada surgiu enquanto estilo musical no nosso país. Resultou
zouk, isso porque as ondas de rádio curtas e médias
associava-se a músicas mais vibrantes, que eram tocadas em uma emissora local, e ao movimento das saias das praticantes, e com o tempo começou a ser conhecida como um ritmo musical. E a partir do passo básico da polca, adaptou a dança do carimbó dançada com duplas separadas, para ser dançada com as duplas enlaçadas.
61
OUTRAS
BALÉ CLÁSSICO
O ballet
A sapatilha de ponta e a saia de tutu são acessórios marcantes nesse tipo de dança que, entre outras, desenvolve o sentido rítmico, a sensibilidade, a musicalidade e as condutas psicomotoras.
DANÇA CONTEMPORÂNEA
dança contemporânea é uma coleção de sistemas e
além de romper com a técnica rígida do balé clássico. A dança contemporânea passou a trazer
entende como movimento, tornando movimentos reais em virtuais ou vice-versa.
João Bittar
62 A dança contemporânea busca uma ruptura total com o balé, chegando, às vezes, até mesmo, a
expressar pelo corpo, é preciso conhecê-lo, esmiuçar cada detalhe e explorar suas potencialidades. A ideia é buscar a dança que existe dentro de cada um, sendo preciso estar atento ao corpo o
os bailarinos se entregam ao chão ou brincam com quedas, deslizes, variações de níveis de
harmônicos, expressivos, cheios de intenção e, ainda, sem se machucar, é preciso conhecer os
A aula pode começar com sequências de quedas e giros. O segredo está em saber onde se apoiar e em aproveitar o impulso de um movimento para iniciar o seguinte. O corpo constitui-se
CONTATO IMPROVISAÇÃO
O contato improvisação é uma vertente de dança pós-moderna, em que as pessoas investigam
pensar, ensinar e desenvolver um mundo novo, começando pelas questões do contato corporal, do conceito de beleza e da participação igualitária das pessoas em grupos sem hierarquias. Trata-
de uma, ou, ainda, um contato no sentido da percepção.
Baseado na prática da improvisação e na linguagem sensorial do toque, peso e pressão, o
da entrega e que potencializa níveis mais sutis de comunicação não verbal. Isso requer que o participante reconheça a identidade e a integridade do outro, a partir da escuta corporal. A
uma parceria. Desperta um grande relacionamento entre os participantes, geralmente, divertido
suporte no chão, os participantes concentram-se em sentir o movimento mais internamente.
impedir a queda do outro, são espiralados através das três dimensões, adquirindo um senso
se levar, surpreender-se com a maravilha de dialogar com outros corpos e desenvolver assim outro vocabulário, uma nova língua.
63DANÇA CIRCULAR SAGRADA
dança circular sagrada, também conhecida como dança dos povos, não é a técnica, e sim, o sentimento de união de grupo. Ela auxilia a pessoa a tomar consciência de
atingir. O círculo nasce, quando os participantes entram em contato com a parte de seu ser que está intimamente conectada com algo transcendental. Os passos incluem, desde os mais simples até os mais elaborados.
Na atividade dança do celulardesenvolve movimentos aleatórios sem aparente coordenação lógica. Após esse exercício, um
poderá utilizar movimentos de esportes para cada toque. É importante um local de silêncio para melhor desenvolvimento da atividade, que desenvolve a coordenação motora, a integração e a socialização.
GINÁSTICA
A ginásticamotora, dentre outros. Engloba relação dos movimentos com os sentidos, inteligência, sentimentos e costumes e completo desenvolvimento das capacidades e habilidades de nosso corpo. Os
produtor de cultura e de conhecimento, convivência social, troca de experiências, descoberta de novas possibilidades de movimentos e ludicidade.
escolhas de atividades que possibilitem experimentar, sentir, tocar e se relacionar com o próprio
Ginástica Ginástica geral De academia Desportivas
ModalidadesMalabaresAcrobaciasTrampolimTecido
AlongamentosAeróbicaLocalizadaStep
Ginástica ArtísticaGinástica Rítmica
64 GINÁSTICA GERAL
A Ginástica Geral (GG)exercícios de modalidades competitivas de ginástica (ginástica artística, ginástica rítmica,
e grande porte, tradicionais e não tradicionais, ou ainda atividades sem utilização de aparelhos.
cultural e social.
Esta modalidade de ginástica oportuniza a participação do maior número de pessoas em atividades de demonstração que podem ser valorizadas pela oportunidade de participação
a autossuperação individual e coletiva, o intercâmbio sociocultural entre os participantes, a valorização do trabalho coletivo e dos talentos individuais.
dos participantes e a criatividade, sem limites, no uso de músicas, tempo, espaço e materiais
lúdica e prazerosa de todos.
característicos do circo e da ginástica. O mundo do circo desperta interesse em várias áreas do
de desenvolvimento da cognição.
espaços abertos. Essa variedade de opções torna a aula divertida e estimulante.
prévios das habilidades circenses, aprendizagem das técnicas circenses, processo criativo do
malabares, o domínio espacial, a acuidade visual, a agilidade, a velocidade de reação e o equilíbrio por meio de exercícios na barra e na perna-de-pau. As aulas de iniciação costumam englobar, principalmente, a acrobaciaaulas de malabarismo, equilíbrio, alongamentos, tecido e arte de palhaço. Após o aquecimento das articulações e alongamento, podem ser executados os exercícios de acrobacias em solo como rolamentos, rodas, rodante, reversões, parada de mãos e trampolim
realizadas no tecido acrobático, , em que o aluno necessita manter uma
65permanência no ar, ao mesmo em tempo, em que realiza diversas práticas corporais de equilíbrio,
concentração.
Outros aspectos trabalhados nas técnicas circenses contribuem para o bem-estar dos alunos, como aquisição de novos valores sociais, desenvolvimento das capacidades coordenativas, descontração, aquisição de novos conhecimentos, a descoberta de mais um talento desconhecido,
voltada para a estruturação de valores de cooperação, disciplina, participação e respeito.
manipular mais de três bolinhas ou claves de malabares, ou por vencer o medo de escalar grandes alturas no tecido ou na corda. Além disso, o aspecto lúdico do circo proporciona o relaxamento da tensão do dia-a-dia.
A atividade , inserida na categoria malabares, é realizada com a exploração
material, o aluno deverá abrir a sacola sobre a cabeça, olhando para cima, tentará com um assopro
recepcioná-la.
Na atividade malabares com bolas
segunda bola para cada aluno, que com uma bola, em cada mão, deverá lançá-las paralelamente sem trocar de mão, podendo ser lançadas simultânea ou alternadamente, cruzadas trocando de
66 GINÁSTICA DE ACADEMIA
ALONGAMENTOS Alongamentos
elasticidade. Os músculos responsáveis pelos movimentos possuem, entre outras características, a elasticidade que lhes permite voltar ao tamanho normal depois de alongados.
e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.
o alongamento até sentir certa tensão no músculo e então relaxe um pouco, sustentando alguns segundos, voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves. O mesmo alongamento pode ser repetido, buscando alongar mais o
ser contraído por alguns segundos, voltando a ser alongado novamente.
protegendo e melhorando o desempenho muscular. Os alongamentos podem ser realizados de
AERÓBICA
A ginástica aeróbica usa grandes grupos musculares ritmicamente e continuamente. É uma
pela música.
Os principais elementos da ginástica aeróbica são coordenação motora e condicionamento
movimentos estão constituídos por uma série de elementos que demonstram criatividade, carisma e interpretação da música por meio do corpo e do movimento. Esse tipo de exercício
exercícios de solo, apresentação, musicalidade, companheirismo, intensidade, postura e sincronismo.
67 Exercícios com intensidade de baixo impacto são aqueles em que os pés estão sempre em
contato com o piso, como por exemplo, marcha, saltito, step-touch
médio impacto são caracterizados pela retirada dos dois pés do solo, mas a pessoa sempre volta tocando os calcanhares, meio e ponta no solo, a exemplo de skips, twists e pliês. O exercício de alto impacto é caracterizado por tirar os dois pés do solo alternadamente ou ao mesmo tempo e o centro de gravidade sobe e desce, como por
polichinelo, pêndulo lateral e saltito alternado.
Todos estes movimentos podem ser utilizados nas aulas com variações de repetições e movimentação de braços sendo interligados por transições simples ou giros, piruetas no solo ou no alto, saltos, funk ou movimentos isolados.
novas rotinas e movimentos para serem introduzidos nas aulas, gerando maior motivação nos alunos. Vale ressaltar que os movimentos novos devem ser coerentes com o estilo do aluno.
combinações. Depois se pode variar a ordem dos movimentos até esgotar as possibilidades e
unk, hip hop
outro e trocando de lugares.
As variações de ginástica aeróbica incluem o combo, que é uma combinação de alto e baixo cardio-funk, que resgata elementos do jazz
step training que é a derivação do banco sueco, utilizada na prática do treinamento esportivo. Ainda
ampliar as variantes e expectativas, como por exemplo, a aerosalsa e cityjam. Também há outros tipos de ginástica como aerobahia aerofunk (aeróbica com funk aerolambada
LOCALIZADA
O nome ginástica localizadapriorizando séries para cada segmento muscular ou articular, incluindo exercícios com pesos
trabalhados e quais acessórios a serem utilizados. A vantagem da localizada é o desenvolvimento
68 A prática de ginástica localizada aumenta a resistência muscular, servindo de base para outras
bem-estar emocional e melhora de sua autoestima.
Na elaboração da aula de ginástica localizada, deve-se levar em conta o nível de aptidão inicial
aula de ginástica localizada começa com aquecimento, que, geralmente, utiliza exercícios globais de baixa ou moderada velocidade e intensidade, combinados com exercícios de alongamento.
tubos cirúrgicos, e por meio da concentração de tensão muscular em quaisquer posições contra a gravidade.
STEP
Step é uma excelente atividade que contribui para a melhoria do sistema cardiorrespiratório,
street, funk, com circuito e
step
normal. O aquecimento com movimentos básicos, o correto posicionamento do aluno em relação ao step e a condução segura do educador durante toda a atividade são muito importantes. O step
relembrar a sequência, estimulando processos de memorização e concentração.
os movimentos com os membros superiores, somente, após o domínio dos movimentos dos
preciso que o aluno dê o passo bem rente ao step e permita que seu calcanhar toque o chão. Ao subir no step, o aluno deve manter o alinhamento postural mantendo a cabeça, ombros para trás,
69GINÁSTICA DESPORTIVA
GINÁSTICA ARTÍSTICA
A ginástica artística, também conhecida como ginástica olímpica
paralelas, cavalo com alças, salto sobre a mesa, argolas e solo. As mulheres disputam exercícios
equilíbrio. Os movimentos dos ginastas no solo ou nos aparelhos são extremamente elegantes e
A
As barras paralelas
exercícios nas paralelas combinam diversos movimentos, mas principalmente largadas e balanços.
O cavalo com alças
O cavalo sem alça
substituição ao cavalo sem alças.
As argolas
No solo
provas de elasticidade.
A trave de equilíbrio
As barras assimétricas são paralelas e colocadas sobre suportes. A largura de ambas as barras
passageira os movimentos de apoio.
70 GINÁSTICA RÍTMICA
A ginástica rítmica é entendida como a parte da ginástica que trabalha com a manipulação de aparelhos, abrangendo elementos corporais e acompanhamento musical. Assim, ao estabelecer
corporal. A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical, que transmite, acima de tudo
elegância e beleza destacáveis. É uma modalidade baseada nos exercícios de solo.
É uma modalidade que tem como base o trabalho corporal combinado com o manuseio dos
dos elementos dos aparelhos, ocupação espacial e variação da composição. Os elementos corporais
A cordaem suas extremidades. Os elementos podem ser realizados com a corda aberta ou dobrada, presa
sobre um ou os dois pés ou sobre uma outra parte do corpo. Os grupos técnicos do aparelho corda
da corda, rotações da corda, balanceamentos, circunduções e movimentos em oito.
O arco
rotações, lançamentos e recuperações, balanceamentos, circunduções e movimentos em oito.
A bolaou em equilíbrio. Os movimentos técnicos deste aparelho (rolamento, quicada, lançamento e recuperação, rotação, equilíbrio da bola, transmissão de mãos, balanceamentos, circunduções e
elementos corporais típicos desta modalidade.
As maças
molinetes, impulsos, rotações das maças durante o voo, lançamentos e recuperações, movimentos assimétricos, batidas, rolamentos, deslizamentos, balanceamentos, circunduções e movimentos em oito.
71 A é considerada o aparelho mais plástico da ginástica rítmica e composto por duas
impulsos, balanceamentos, circunduções e movimentos em oito.
os movimentos corporais, o manuseio de aparatos e o acompanhamento musical. Esses três
JOGOS E BRINCADEIRAS
atraentes. A partir desses conteúdos, os participantes estarão elaborando um conhecimento corporal, uma consciência crítica, desenvolvendo a criatividade, vivenciando o prazer que
em atitude de espontaneidade para se expressar, criar, questionar e se conhecer.
vontade e, ao mesmo tempo, tornar-se consciente das suas escolhas e decisões. A seleção dos
Jogos e brincadeiras Populares Tabuleiro Outros
Modalidades
AmarelinhaElásticoBetes/TacoPetecaQueimada
DamaTrilhaXadrezDominó
CooperativosCom músicaPintados no chão
JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES
sentido da construção de habilidades corporais básicas, no desenvolvimento de dinâmicas de produção em pequenos grupos e, ainda, como possibilidade de introduzir e desenvolver a ideia de
72 AMARELINHA/SAPATA
de quadrados riscados no chão de pulo em pulo. Amarelinha é uma brincadeira que estimula o
O desenho apresenta quadrados ou retângulos numerados de um a dez e no topo o céu, em
dois nas casas duplas, evitando a que contém a pedrinha, e na volta, deve recolher a pedrinha
tocar em nenhuma linha.
Existem alguns desdobramentos e nuances de regras que variam de lugar para lugar. Os participantes podem se organizar em pequenos grupos e desenhar a sua amarelinha, tendo como
ELÁSTICO
Na brincadeira do elástico, coloca-se um elástico de, em média, dois metros unido por um nó,
um retângulo. A terceira pessoa pula dentro do retângulo com os dois pés e, depois, com um pulo,
Quando chega à altura da cintura, deve-se levantar uma perna de cada vez, seguindo a música cantada por todos. Nessa etapa, quando estiver dentro do retângulo, pisar primeiro em uma linha
recomeça tudo, mas quem segura o elástico utiliza somente uma perna, deixando o espaço bem
de apoio.
BETES/TACO
73
a dupla que correu atras da bola derrubar a casinha ou queimar os que estão com os betes, ou
ganha os betes.
adversários acertarem a bola nas costas da dupla que estiver com o betes, os betes passam para
campo, a equipe que tem a bola deve parar no local onde pegou a bola rebatida e contar três
equipe do taco, essa será considerada vitoriosa.
casinha, ou sem encostar no chão, o adversário que estiver segurando a bolinha pode derrubar
tacos não podem betar para trás da casinha em que estão.
O campo pode ser de qualquer tamanho ou não possuir limites, e de qualquer tipo de terreno.
Em bete-ombro
Em bete-lancha
perdem os tacos.
Em bete pra trás
74 PETECA
ser simples ou em duplas, nos moldes de uma partida de tênis.
QUEIMADA/CARIMBADA/CAÇADOR
queimada, também conhecido por outras denominações dependendo da região, pode
tenta queimar alguém da outra equipe ou passa para o outro da sua equipe que se encontra no cemitério.
algum participante apenas rebata a bola com as mãos sem segurá-la ele deve ser considerado
tiver menor número de pessoas no cemitério.
75JOGOS DE TABULEIRO
DAMAS
peças do adversário. O tabuleiro deve ser colocado de modo que a casa angular à esquerda de cada
que a simples pedra. Assinala-se a dama sobrepondo à pedra promovida outra da mesma cor.
ou por trás em diagonal. Quando na casa contígua a uma pedra houver uma peça adversária, com uma casa imediata vaga, na mesma diagonal, a pedra toma-la-á passando para a citada casa vaga.
tabuleiro depois de completo o lance.
As brancas têm sempre a saída, isto é, o primeiro lance da partida. O lance está completo,
Em dama sem captura, a dama move-se em diagonal, percorrendo as casas vagas que quiser, para diante ou para trás, não tomando no seu percurso qualquer peça de cor contrária e não podendo mudar dessa diagonal.
Em dama com captura, se, na diagonal, houver uma outra peça adversária, a captura só pode
Em damas portuguesas
automaticamente promovida a dama. A dama pode andar quantas casas tiver disponíveis, para a
Em damas italianas
por tomar a peça mais valiosa, isto é, a camisa
Em damas inglesas
76 Em damas russas
Em damas turcas
uma linha de casas vazias até alcançar a peça capturada. Quando possível, a captura é obrigatória
capturar todas as peças do adversário, imobilizá-lo ou deixá-lo com, no máximo, uma peça contra uma dama.
Em perde-ganhasuas peças ao adversário, o mais rápido possível.
TRILHA
Trilha ou moinho
parte de um moinho inimigo.
de intercessão das linhas, até que todas tenham sido posicionadas no tabuleiro. Então, cada
XADREZ
trabalhando-se a aquisição e a consolidação de valores éticos. O xadrez é um grande impulsionador da imaginação, contribuindo para o desenvolvimento da memória, da capacidade de concentração
77
agir, além de ensinar a arcar com as responsabilidades dos próprios atos.
também valores como respeito, responsabilidade, cortesia, humildade, perseverança, disciplina,
aprende a analisar problemas, expor ideias, conclusões e soluções, avaliar vantagens e
suas consequências, aumentar a autonomia e controlar a impulsividade são apenas algumas das contribuições do xadrez na construção do caráter de uma pessoa.
rei e uma dama, sendo que cada tipo de peça possui um movimento característico.
pois tal peça pode saltar sobre as peças adversárias.
xeque. O rei é a única peça que nunca pode ser capturada, uma vez que a partida termina quando
digitais. O xadrez virtual é um excelente exercício para o cérebro, pois exige que o cérebro trabalhe o tempo todo e, assim, amplia outras áreas de programação mental de raciocínio. O xadrez virtual
maior lucidez e, principalmente, maior velocidade do pensamento, de interpretação e reação aos
xadrez, via internet também é uma excelente opção, pois os parceiros podem estar em qualquer lugar do mundo e serem encontrados a qualquer momento.
Existem muitas variantes das regras de xadrez. Há tipos em que alteram apenas o tempo da
Em às cegas
78
No , a posição inicial das peças é aleatória, o que torna inútil a memorização
No xadrez de capablancaque combina os movimentos do bispo e do cavalo, e o chanceler que une os movimentos da torre e do cavalo. O arcebispo tem a capacidade de dar sozinho o xeque-mate, desde que o rei adversário
no lugar de apenas duas como no xadrez ortodoxo.
Ascom
Ascom
79DOMINÓ
noção de sequência e a contagem, além de desenvolver o processo de cálculo aritmético da adição,
Quem baixar todas as peças ganha os pontos da soma das peças que sobrarem na mão do
vencedora.
para comprar no caso do oponente não ter a pedra da vez.
outra versão. Esse envolvimento pode ser um ponto de partida para discutir as regras.
nas bordas do dominó e uma tira no meio para separar a gravura da palavra. Recorte as gravuras
OUTROS
JOGOS COOPERATIVOS
A cooperação é a meta a ser alcançada nestas atividades, onde é possível compartilhar com os
como a dança das cadeiras cooperativa, salve-se com um abraço, cadeira livre, estamos no mesmo
80 JOGOS MÚSICAS
e praticados em qualquer espaço. Incluem uma ampla variedade e são apreciados em qualquer
de todas as idades, oportunizando esta experiência divertida a todos.
JOGOS PINTADOS NO CHÂO
SAÍDA6 76 75 664 5 64 53 442 3 431 221
SAÍDA1 2 3 4 5 6 7
S!obre o esporte e o lazer na escola, surgem
são vinculados à educação para e pelo esporte e lazer na
Onde trabalhar a diversidade cultural da presente proposta
81Para re!etir 7
Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano
-Brincar, jogar, viver: Programa Esporte e Lazer da Cidade
Metodologia do ensino de educação física
Lazer: for-
-Juventudes: outros olhares sobre a diversidade.
Lazer e educação
Juventudes: outros olhares sobre a diversidade
Pensando sobre políticas públicas de lazer para juventudes em contextos
de vulnerabilidade social
Repensando a disciplina de educação física no ensino fundamental de 1a a 4a Séries/1o
e 2o ciclos nos processos de autoformação do ser humano, da aprendizagem e das relações sociais.
Pobreza e exclusão social: aspectos sociopolíticos. Disponível em
A contribuição da Educação Física no processo de humanização do adoles-
cente
A pedagogia do esporte e a moralidade infantil --
Referências882
http://www.cbginastica.com.br/web/ Acesso
http://www.cdof.com.br/index.php
http://www.abpilates.com.br/site/default.asp. Aces-
http://www.clubedexadrez.com.br/
Associação de Jogadores Amadores de Xadrez. Disponível em http://ajaxclube.com.br/ Acesso re-
www.efdeportes.com. Acesso
http://cev.org.br/.
83
Realização:
Série Mais Educação
Cadernos Pedagógicos Mais EducaçãoEsporte e lazer
Revisão de textos:
Agência Traço Leal Comunicação:
Secretaria de Educação BásicaEsplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 500CEP 70.047-900 - Brasília, DFSítio: portal.mec.gov.br/sebE-mail: educacaointegral@mec.gov.br
Organização:Jaqueline MollCoordenação Editorial:Gesuína de Fátima Elias LeclercLeandro da Costa FialhoRevisão Pedagógica:Danise VivianRevisão Final:Carmen Teresinha Brunel do Nascimento
Elaboração de texto e edição:Leila Mirtes de Magalhães Pinto Maria Leonor Brenner Ceia RamosAmauri Aparecido Bássoli de Oliveira
Ellen Neves
Arte da CapaDiego Gomes Conrado Rezende Soares
Carol Luz DiagramaçãoCarol Luz Conrado Rezende Soares Diego Gomes
CADERNO ESPORTE E LAZER84