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I N T R O D U Ç Ã O À
P S I C O P A T O L O G I A G E R A L
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TÍTULO: INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA GERALAUTOR: JOSÉ A. CARVALHO TEIXEIRA
© INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA – CRLRUA JARDIM DO TABACO, 34, 1149-041 LISBOA
1.ª EDIÇÃO: SETEMBRO DE 20052ª EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA: OUTUBRO 2010
COMPOSIÇÃO: INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADAIMPRESSÃO E ACABAMENTO: PRINTIPO – INDÚSTRIAS GRÁFICAS, LDA.
DEPÓSITO LEGAL: 314929/10ISBN: 978-989-8384-03-4
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JOSÉ A. CARVALHO TEIXEIRA
INTRODUÇÃO À
PSICOPATOLOGIA GERAL
I S P A
L i s b o a
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Tendo em conta o sucesso da primeira edição deste livro,
publicada em 2005, cinco anos depois surge esta 2ª edição revista e
ampliada, na qual se mantém a finalidade principal de colocar à
disposição dos Estudantes um texto claro e compreensível que sirva de
organizador para quem começa pela primeira vez a estudar
Psicopatologia.
Realizou-se uma revisão ampla de todos os capítulos e uma
actualização da bibliografia indicada para leituras recomendadas no
final de cada um dos capítulos. Esta segunda edição tem 2 capítulos
novos:
• Psicopatologia Crítica, que introduz uma reflexão crítica sobre
a psicopatologia tradicional tal como se apresenta nos nossos
dias, quer no que se refere à hegemonia do modelo biomédico
quer à sua vulnerabilidade à influência da indústria farmacêu-
tica. O leitor pode também aceder a aspectos gerais relativos
aos fundamentos, metodologia e prática clínica da psico-
patologia crítica
• Psicopatologia Fenomenológica e Existencial, que poderá
servir de orientação para quem se queira iniciar no conheci-
mento da psicopatologia fenomenológica e das perspectivas
existenciais em psicopatologia, quer no que concerne aos
conceitos principais de diferentes autores quer na especifici-
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dade das abordagens fenomenológicas e existenciais da
ansiedade, depressão, ataques de pânico, agorafobia e
esquizofrenias.
José A. Carvalho TeixeiraISPA-IU, Junho de 2010
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Com este livro pretende-se pôr à disposição dos Estudantes um
texto claro e compreensível que os introduza ao estudo da psico-
patologia e que pretende ser um guia para quem se inicia e que poderá
encontrar nele um ponto de partida, um primeiro organizador que não
dispensa o estudo aprofundado dos manuais e textos clássicos.
O livro é constituído por três partes:
• Na primeira parte os temas essenciais são o conceito de Psico-
patologia, a delimitação do seu objecto de estudo, a definição
dos seus objectivos, a caracterização do discurso psicopato-
lógico e os critérios de diferenciação entre normal e patológico
• Na segunda parte apresentam-se sinteticamente os diferentes
métodos de investigação e modelos teóricos, numa perspectiva
que se pretendeu generalista e plural
• Finalmente, na terceira parte introduz-se a psicopatologia
descritiva, centrada nas manifestações do funcionamento
psicológico perturbado que se podem observar nos vários
estados psicopatológicos, incluindo ainda uma sistematização
da relação entre psicopatologia e comportamentos de risco para
a saúde e uma reflexão crítica sobre a própria Psicopatologia.
Após as duas primeiras partes, que são de introdução geral ao
estudo da Psicopatologia, o livro centra-se na psicopatologia
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descritiva, enquanto etapa essencial para quem se inicia e procura cap-
tar e delimitar os dados susceptíveis de virem a ser objecto de
escrutínio clínico e de procedimentos de investigação. É entendida
como patologia do psicológico, que identifica, caracteriza e delimita as
manifestações do funcionamento psicológico perturbado.
Desse modo, é importante ter constantemente presente que (1) a
psicopatologia descritiva não é teoricamente neutra, porque assenta na
perspectiva do modelo biomédico (que confere às perturbações do
funcionamento o estatuto de “sintomas”) e que (2) o estudo psico-
patológico que mais interessa ao futuro psicólogo não é propriamente
este, mas sim o que lhe permite a compreensão dos casos individuais,
através da perspectiva psicanalítica, da perspectiva cognitiva, da
perspectiva desenvolvimentista ou da perspectiva fenomenológico-
-existencial. A finalidade última não é categorizar ou classificarcomportamentos mas sim compreender pessoas.
É certo que praticamente todos os programas de cadeiras de
Psicopatologia nas licenciaturas em Psicologia dos mais variados
países, tal como entre nós, incluem um conteúdo programático
dedicado à psicopatologia descritiva que deve ser entendido apenas e
tão somente como um ponto de partida no qual não interessará a
dimensão dos “sintomas” mas sim a de segmentos clinicamente
observáveis da conduta perturbada aos quais correspondem vivências a
apreender e a integrar nos estados de consciência perturbados, bem
como significados psicológicos e relacionais a decifrar.
Agradeço ao Centro de Edições do ISPA-IU a oportunidade de
publicar este texto, que se coloca agora à disposição do Estudantes, aos
quais é especificamente dirigido.
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