Post on 07-Jan-2016
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7/17/2019 Fado Falado
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Fado TristeFado negro das vielasOnde a noite quando passaLeva mais tempo a passarOuve-se a voz
Voz inspirada de uma raçaQue mundo em fora nos levouPelo azul do marSe o fado se canta e chora
Tam!m se pode falar
"#os doloridas na guitarraque desgarra dor izarra"#os insofridas$ m#os plangentes"#os frementes e impacientes"#os desoladas e somrias
%esgraçadas$ doentiasQuando & traiç#o$ ciume e morte' um coraç#o a ater forte
(ma hist)ria em singela*airro antigo$ uma viela(m marinheiro ging#o' a 'm+lia cigarreiraQue ainda tinha mais virtudeQue a pr)pria ,osa "aria'm dia de prociss#o
%a Senhora da Sade
Os ei.os que ele lhe dava Trazia-os ele de longe Trazia-os ele do mar'ram ravios e salgados' ao regressar & tardinhaO mulherio tagarela%e todo o airro de /lfama0ochichava em segredinhoQue os sapatos dele e dela
%ormiam muito .untinhos%eai1o da mesma cama
Pela .anela da 'm+lia'ntrava a lua' a guitarra2 esquina de uma rua gemia$%olente a soluçar3' l4 em casa5
"#os amorosas na guitarra
Que desgarra dor izarra"#os frementes de dese.o
7/17/2019 Fado Falado
http://slidepdf.com/reader/full/fado-falado 2/2
6mpacientes como um ei.o"#os de fado$ de pecado/ guitarra a afagar0omo um corpo de mulherPara o despir e para o ei.ar
"as um dia$"as um dia santo %eus$ ele n#o veio'la espera olhando a lua$ meu %eusQue sofrer aqueleO luar ate nas casasO luar ate na rua"as n#o marca a somra deleProcurou como doida' ao voltar da esquinaViu ele acompanhado
0om outra ao lado$ de raço dado7ing#o$ feliz$ levi#o(m ar fadista e izarro(m cravo atr4s da orelha' preso & oca vermelhaO que resta de um cigarroLume e cinza na viela$'la v8$ que homem aqueleO lume no peito dela/ cinza no olhar dele
' o ciume chegou como lumeQueimou$ o seu peito a sangrarFoi como vento que veioLaareda atear$ a fogueira aumentarFoi a vis#o infernal/ imagem do mal que no airro surgiuFoi o amor que .urouQue .urou e mentiu0orrem vertigens num grito%ireito ou maldito que h4-de perderPu1a a navalha$ canalha
9#o h4 quem te valha Tu tens de morrer:4 alarido na vielaQue mulher aquelaQue pai1#o a sua' cai um corpo sangrando9as pedras da rua