Febre chikungunya

Post on 17-Jul-2015

259 views 1 download

Transcript of Febre chikungunya

FEBRE CHIKUNGUNYA

Juracir Bezerra Pinho Médico Veterinário

Arbovirose;

Viral;

Sintomatologia predominante febril e articular;

Em Makonde (Tanzania e Moçambique) significa “a que deixa recurvado”.

ASPECTOS GERAIS

-Não há imunidade da população brasileira para Chikungunya;

-Chikungunya infecta perfeitamente o Aedes aegypti e albopictus;

-Chikungunya ocasiona maior viremia em humanos e mosquitos;

- Vírus da Chikungunya tem menor período de incubação nos mosquitos;

-Todos os países com histórico de transmissão de dengue estão sob risco.

RISCO DE EPIDEMIA

HISTÓRICO

HISTÓRICO

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - BRASIL

94

2753 2847

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Importados Autoctones Total

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – BRASIL 2014

• Casos suspeitos: 18 Casos • Casos confirmados: 5 Casos

Sem registro

Importado Suriname

Importado República Dominicana

Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ

Fortaleza - 3 Casos:

• M. F. F. B. - 56 Anos (Fem.)

• D. S. P. G. – 27 Anos (Mas.)

• E. F. B. – 27 Anos (Fem.)

Importados: República Dominicana

Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ

Aracoiaba - 1 Caso:

• J. M. A. - 49 Anos (Mas.)

Importado: Suriname

Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ

Brejo Santo - 1 Caso:

• J. A. S. - 25 Anos (Mas.)

Importado: Rep. Dominicana

Fonte: NUVEP/COPROM/SESA * até a SE 48

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA - CEARÁ

CHIKV - Vírus RNA da família Togaviridae, gênero Alphavirus.

ETIOLOGIA

SUSCETIBILIDADE

IMUNIDADE

TRANSMISSÃO

INCUBAÇÃO

EXTRÍNSICO: 10 dias

INTRÍNSICO: 1 a 12 (3 a 7) dias

Viremia: 2 dias antes a 10 dias após o IS

3 a 25% das infecções são assintomáticas;

Classificação Clínica:

- Aguda

- Subaguda

- Crônica

SINTOMAS

Febre :

- Súbita;

- Alta (38,9°C)

- Duração de dias a 2 semanas;

- Pode ser Bifásica.

SINTOMAS: FASE AGUDA

Artralgia

- Aparece após início da febre

- Poliarticular (simétrica ou não)

- Mais comum em punhos, MC, cotovelos, joelhos, tornozelos e MT.

- Pode atingir qualquer articulação

- Edema comum

- Pode ser incapacitante

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

Fonte: Dr. José Cerbino

SINTOMAS: FASE AGUDA

Fonte: Dr. José Cerbino

Rash

- Menos comum, pode aparecer após início da febre, entre dia 3 e 5 da doença;

- Máculo papular eritematoso em tronco e extremidades;

- Bolhoso com descamação em crianças;

- Úlceras aftosas e vasculite;

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

• Cefaléia;

• Náusea e vômitos;

• Fadiga;

• Conjuntivite;

• Linfadenopatia;

• Mialgia.

SINTOMAS: FASE AGUDA

SINTOMAS: FASE AGUDA

• Linfopenia;

• Leucopenia leve;

• Plaquetopenia leve;

• Hipocalcemia;

• Transaminases pouco aumentadas.

ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: FASE AGUDA

• Após defervescência (média 7 dias);

• Fadiga;

• Artralgias;

• Tenossinovite;

• Poliartrite edematosa;

SINTOMAS: FASE SUBAGUDA

SINTOMAS: FASE SUBAGUDA

SINTOMAS: FASE SUBAGUDA

• Após 3 meses (8 a 24 semanas);

• Varia de acordo com local da epidemia;

- Artrite e artralgia;

• Após 1 ano 64% com rigidez e dor articular;

• Após 3 a 5 anos 12% ainda com sintomas.

SINTOMAS: FASE CRÔNICA

Fatores de risco:

• Idade > 45 anos;

• Doença articular prévia;

• Intensidade dos sintomas na fase aguda;

SINTOMAS: FASE CRÔNICA

• Atípicas

- Ausência de Febre ou Artralgia

- Graves

• Necessidade de internação

• Risco de morte

CLASSIFICAÇÃO

Manifestações Clínicas Graves - Fatores de Risco 1. Extremos de idade: < 1 ano e > 60 anos; 2. Uso de Aspirina e anti-inflamatórios não hormonais 3. Co-morbidades • História de convulsão febril • Diabetes, Hipertensão, Asma • Insuficiência cardíaca • Alcoolismo • Doenças reumatológicas • Anemia falciforme, talassemia

FORMAS GRAVES

Manifestações Clínicas Graves:

• Manifestações neurológicas: GBS, convulsões;

• Meningoencefalite;

• Miocardite, insuficiência cardíaca;

• Uveíte, Retinite;

• Hemorragias, eventos tromboembólicos;

• Insuficiência hepática, insuficiência renal ;

• Neonatos – Se mãe virêmica no parto 49% de transmissão; Encefalopatia.

FORMAS GRAVES

• Sem teratogenia; Abortamento espontâneo?

• Se mãe virêmica no parto 49% a 85% de transmissão;

• Sem evidência de redução por cesariana;

• Sem evidência de transmissão por aleitamento.

TRANSMISSÃO VERTICAL

•Formas graves em até 90% dos casos;

•Síndrome hiperálgica

•Encefalopatia – principal

causa de óbito

MANIFESTAÇÕES GRAVES - NEONATOS

MANIFESTAÇÕES GRAVES - NEONATOS

CASO SUSPEITO: Todo paciente com doença febril aguda > 38,5ºC e artralgiaintensa/poliartralgia, que tenham estado em áreas com transmissão nas duas últimas semanas antes do início dos sintomas. CASO CONFIRMADO Todo caso suspeito com positividade em: • isolamento viral • PCR • IgM (coletado durante a fase aguda ou de convalescença) ou aumento de quatro vezes o título de anticorpos (intervalo mínimo de duas a três semanas).

DEFINIÇÃO DE CASO

• Isolamento viral: ≤ 3 dias

• RT-PCR: ≤ 8 dias de doença (4 - 12)

• Sorologia: Elisa IgM e IgG - Após 4 a 7 dias de doença.

DIAGNÓSTICO

• Dengue, Dengue, Dengue e Dengue

• Malária, Leptospirose, Febre Reumática, Artrite Séptica

• Alfavírus

• Ross River, Mayaro, O’nyong nyong, Barmah Forest, Sindbis.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

- Malária: periodicidade da febre, paroxismos, insuficiência renal, icterícia, alteração do nível de consciência, hepato ou esplenomegalia e história de exposição em áreas de transmissão;

- Leptospirose: mialgia intensa em panturrilhas, congestão ocular, icterícia rubínica, oligúria, hemorragia subconjuntival, considerar exposição;

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

- Febre reumática: poliartrite migratória de grandes articulações, história de infecção de garganta;

- Artrite séptica: leucocitose, derrame articular, acometimento de grandes articulações e história de trauma.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

CHIKUNGUNYA X DENGUE

CHIKUNGUNYA X DENGUE

TRATAMENTO

FASE AGUDA • AnaIgesia: • Compressas • Paracetamol • Dipirona? • Codeína, Tramadol • Hidratação; • Repouso;

FASE CRÔNICA • AINEs • Corticóide • Cloroquina • Fisioterapia

NOTIFICAÇÃO

- Utilização da ficha de notificação (NotIndiv) até que nova ficha específica para dengue e CHIKV seja disponibilizada ;

- Adaptação do Sinan Net para inclusão das notificações de CHIKV

CONTROLE

• Vigilância Epidemiológica • Controle Vetorial • Atenção ao Paciente • Comunicação, Mobilização e Publicidade • Gestão

PREVENÇÃO

PREVENÇÃO

OBRIGADO!