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Coordenadoria de Vigilância em Saúde Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016
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Boletim Semanal da Febre de Chikungunya Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016 - 16ª Semana Epidemiológica
Versão Eletrônica - 2016
Elaboração, edição e distribuição
Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Célula de Vigilância Epidemiológica
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Fortaleza – CIEVS Fortaleza
Rua Capitão Gustavo, 3552, Bairro Joaquim Távora.
CEP 60.120.140 – Fortaleza / Ceará,
E-mail: [email protected]
Organização
Antonio Silva Lima Neto
Osmar José do Nascimento
Colaboração
Geziel dos Santos de Sousa
José Antonio Pereira Barreto
Ewerton dos Santos de Sousa
Camila de Sousa Lins Azevedo
Kilma Wanderley Lopes Gomes
Regina Lúcia Sousa do Vale
Produção Editorial
Capa e projeto gráfico: Rebeca de Souza Oliveira e Osmar José do Nascimento
Diagramação: Rebeca de Souza Oliveira
Revisão e normalização: Antonio Silva Lima Neto e Adriano Rodrigues de Souza
Município de Fortaleza/Ceará/Brasil. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em Saúde.
Bole�m Semanal da Dengue, Célula de Vigilância Epidemiológica, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Fortaleza, ano 2016.
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Neste Bole,m, a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza divulga dados rela,vos à epidemiologia da Febre de Chikun-gunya.
Sumário
Boletim Semanal da Febre de Chikungunya Célula de Vigilância Epidemiológica
Ano 2016 - 16ª Semana Epidemiológica
Febre de Chikungunya em Fortaleza, 2014 a 2016 ....................................................................... 4
Cenário Epidemiológico para Fortaleza ...................................................................................... 4
Distribuição Espacial dos Casos Confirmados em 2016 ............................................................... 6
Números de casos Autóctones e Importados acumulados por bairro em 2016 ............................. 7
Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 8
ANEXOS
Definição de Caso ........................................................................................................................ 9
Objetivos da Vigilância Epidemiológica ...................................................................................... 9
Diagnóstico Diferencial .............................................................................................................. 10
Fluxograma de notificação e investigação dos casos da Febre de Chikungunya no
Brasil ......................................................................................................................................... 11
Ficha de Notificação/Investigação Dengue e Chikungunya ........................................................ 12
Ficha de Notificação/Investigação Dengue e Chikungunya (continuação) .................................. 13
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Ano 2016 - 16ª Semana Epidemiológica
Febre de Chikungunya em Fortaleza
Os primeiros casos da Febre de Chikungunya confirmados em residentes no Município de Fortaleza foram registra-
dos no ano de 2014. Na época as investigações evidenciaram tratar-se de casos importados, considerando que os pa-
cientes haviam viajado para áreas com circulação do vírus CHIK. Os primeiros casos autóctones foram confirmados
somente em novembro de 2015. A tabela 1 registra o número de casos confirmados no período de julho de 2014 a
abril de 2016, classificando-os como casos autóctones ou importados. Deve-se chamar a atenção que todos os casos
confirmados foram por testes de laboratório, sendo 25 importados e 92 autóctones. Os casos autóctones representam
76% (89/117) de todos os casos confirmados, dos quais 43 foram no mês de março de 2016. Os números de 2016
sugerem que o município está numa fase de transição de um cenário de casos importados para um cenário de trans-
missão autóctone sustentada.
Fonte: Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen - Ceará
Tabela 1 - Febre de Chikungunya: Distribuição dos casos confirmados segundo o mês e ano, Fortaleza 2014 - 2016.
Cenário epidemiológico para Fortaleza
Para mostrar a intensidade da transmissão e a ocorrência de casos importados e/ou autóctone da Febre de Chikun-
gunya apresentamos uma série temporal dos casos confirmados segundo o dia/mês/ano do início dos sintomas, re-
presentado na figura 1; e a classificação dos bairros segundo a força de transmissão, figura 2.
O mapa representado na figura 2 registra a classificação dos bairros em três categorias:
♦ Bairros sem registros de casos - 90 bairros
♦ Bairros com transmissão esporádica (registro de 1 a 2 casos autóctones) - 21 bairros
♦ Bairros com transmissão sustentada (registro de 3 ou mais casos autóctones) - 8 bairros
MÊS 2014 2015 2016
Total % Autóctone Importado Autóctone Importado Autóctone Importado
Janeiro 0 0 0 0 5 7 12 10,3
Fevereiro 0 0 0 0 41 6 47 40,2
Março 0 0 0 0 43 5 48 41,0
Abril 0 0 0 0 0 0,0
Maio 0 0 0 0 0 0,0
Junho 0 0 0 0 0 0,0
Julho 0 3 0 1 4 3,4
Agosto 0 0 0 0 0 0,0
Setembro 0 0 0 0 0 0,0
Outubro 0 0 0 0 0 0,0
Novembro 0 0 3 2 5 4,3
Dezembro 0 1 0 0 1 0,9
Total 0 4 3 3 89 18 117 100,0
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Ano 2016 - 16ª Semana Epidemiológica
Figura 1 - Febre de Chikungunya: Série temporal dos casos confirmados segundo o dia/mês/ano do início dos sintomas, Fortaleza 2014 - 2016.
Figura 2 - Febre de Chikungunya: classificação dos bairros segundo o registro de casos, Fortaleza 2016.
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Ano 2016 - 16ª Semana Epidemiológica
Distribuição Espacial dos Casos Confirmados, Fortaleza 2016
Considerando que a suscetibilidade ao vírus Chikungunya é universal, as atividades de vigilância epidemiológica
devem buscar o conhecimento da dispersão do vírus, a fim de orientar oportunamente as ações de vigilância e con-
trole. A figura 3 mostra a distribuição espacial dos casos confirmados (autóctones, importados e em investigação).
Figura 3- Febre de Chikungunya: Distribuição espacial dos casos confirmados, Fortaleza 2016.
Fonte: SMS Fortaleza/Célula de Vigilância Epidemiológica/CIEVS Fortaleza
O mapa mostra que a maioria dos casos autóctones confirmados no ano de 2016 (pontos vermelhos) estão distribuí-
dos num agregado (circulo vermelho) que ocupa áreas dos bairros Amadeu Furtado (9), Rodolfo Teófilo (2), Parque-
lândia (5), Parque Araxá (2), Monte Castelo (21), Floresta (1), Carlito Pamplona (1), Alvaro Weynne (1), São Ge-
rardo Alagadiço (5) e Vila Ellery (7). Observa-se mais outros dois agregados com transmissão sustentada: Bairro
Montese e entorno (círculo verde ) com 12 casos autóctones e Mondubim e entorno com 3 casos.
Afastado desse agregado temos casos autóctones nos Bairros Genibaú (1), Henrique Jorge (3), Pan Americano (1),
Itaperi (1), Guajeru (1), Cidade dos Funcionários (1) e Meireles (1).
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Febre de Chikungunya: número de casos Autóctone e Importado acumulados por bairro em 2016.
22.04.2016
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saú-de, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
Dengue : diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças.Transmissíveis – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
Referencia Bibliográficas
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♦ Intensificar a vigilância laboratorial sensibilizando os profissionais para solicitar e encaminhar amostras de casos suspeitos de Chikungunya ao Lacen/Ceará.
♦ Sensibilizar a vigilância epidemiológica das Regionais de Saúde e dos Núcleos Hospitalares de Epide-miologia para o diagnóstico diferencial.
♦ Investigar oportunamente 100% dos casos confirmados para esclarecer o local provável da infecção, a fim de classificar o caso com autóctone ou importado.
♦ Monitorar a transmissão da Febre de Chikungunya nos bairros com casos autóctones.
♦ Realizar Busca Ativa no entorno dos casos confirmados para detectar precocemente casos novos e local provável de infecção.
♦ Notificar os casos suspeitos em até 24 horas do atendimento, ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal e a todas as esferas do SUS.
♦ Incluir os casos suspeitos no Sinan e encerrar em até 60 dias.
Suspeito: Paciente com febre de início súbito, acima de 38,5°C, e artralgia ou artrite intensa de início
agudo, não explicado por outras condições, sendo residente em (ou tendo visitado) áreas endêmicas ou
epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com ca-
so confirmado (Ministério da Saúde, 2014).
Objetivos da Vigilância epidemiológica
Definição de caso
♦ isolamento viral positivo;
♦ detecção de RNA viral por RT-PCR;
♦ detecção de IgM em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou convalescente);
♦ demonstração de soroconversão (negativo → positivo ou aumento de quatro vezes) nos títulos de IgG por testes sorológicos (ELISA ou teste de Inibição da Hemaglutinação-IH) entre as amostras nas fases aguda (preferencialmente primeiros 8 dias de doença) e convalescente, preferencialmente de 15 a 45 dias após o início dos sintomas, ou 10-14 dias após a coleta da amostra na fase aguda;
♦ PRNT positivo para o CHIKV em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou conva-lescente).
(Ministério da Saúde, 2014).
Em situação de epidemia de CHIKV em uma determinada área, o diagnós&co deve ocorrer so-
mente por critério clínico-epidemiológico, exceto para as formas a,picas e óbitos. (Ministério da Saúde, 2014).
Confirmado: Caso suspeito com um dos seguintes parâmetros laboratoriais nos testes específicos para di-
agnóstico de CHIKV:
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O principal diagnóstico diferencial é com dengue, pois são vírus transmitidos pelo mesmo vetor e as manifestações
clínicas da fase aguda são similares (Tabela 2). É importante descartar dengue em todos os casos, principalmente
nos que apresentarem manifestações clínicas atípicas, sem histórico de deslocamento para áreas com transmissão,
bem como realizar avaliações mais exaustivas nos grupos de risco (Ministério da Saúde, 2014).
Diagnóstico Diferencial
Tabela 2 - Diagnóstico diferencial Dengue x Chikungunya
Observações importantes
♦ A febre de chikungunya pode não ter as manifestações típicas (febre, artralgia importante e exantema) ou
pode coexistir com outras doenças infecciosas e não infecciosas. Por isso, o diagnóstico diferencial deve le-
var em consideração os aspectos epidemiológicos, tais como local de residência, histórico de viagens e de
exposição (Ministério da Saúde, 2014).
♦ Outras enfermidades a considerar são: malária, leptospirose, infecções por outros Alphavírus (exemplo: vírus
Mayaro), artrite pós-infecciosa (Chlamydia, Shigella, gonorreia, febre reumática), artrite reumatoide juvenil,
mononucleose infecciosa e primoinfecção por HIV. Destaca-se que, na região amazônica, a malária e febre
Mayaro são endêmicas e fazem parte do diagnóstico diferencial obrigatório
(Ministério da Saúde, 2014).
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Reproduzido do Manual Preparação e resposta à introdução do vírus Chikungunya no Brasil/Ministério
da Saúde.
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