GEOGRAFIA DO TURISMO PROFA. DRA. ROSÂNGELA C. CORTEZ THOMAZ rocortez@rosana.unesp.br.

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GEOGRAFIA DO TURISMO

PROFA. DRA. ROSÂNGELA C. CORTEZ THOMAZ

rocortez@rosana.unesp.br

• Formação Acadêmica – Licenciatura e bacharelado em geografia (UNESP), mestrado e doutorado em arqueologia (USP);

• 2004/05 – Pós-doutorado na USC – Espanha (A revalorização e o uso do patrimônio arqueológico como desenvolvimento do turismo rural e cultural na Galícia);

• 2006 – ingresso e aprovação de projeto de pesquisa junto ao CNPq e FAPESP(O turismo no meio rural como alternativa de desenvolvimento local no Pontal do Paranapanema);

• 2007 – Grupo de Estudos e Pesquisa em Turismo no Espaço Rural (GEPTER) – cadastrado no CNPq;

• - coordenação Executiva – indicação;• 2009 – coordenação executiva eleita;• 2010 – Organização e Realização do VII CBTR – Congresso Brasileiro de Turismo

Rural;• 2011 – Orientadora de Turma – Pedagogia, - Criação do Laboratório de Turismo e Arqueologia; - Ingresso como docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da

FCT/UNESP de Presidente Prudente (Geografia do Turismo);• 2012 – Projeto PET Turismo (Programa de Educação Tutorial);• 2013 - término da gestão da coordenação executiva (2007 a 03/2013); - pesquisa (O turismo, políticas e dinâmicas no meio rural: uma contribuição

ao desenvolvimento local do Assentamento Porto Maria/Rosana/SP);

- extensão, PET, Pedagogia; - Organização e Realização do VIII CBTR – Congresso Brasileiro de Turismo

Rural e I Colóquio Internacional de Pesquisa e Práticas em Turismo no Espaço Rural;

- Via projeto de pesquisa e VIII CBTR, inauguração do Restaurante Rural Porto Maria.

• Apresentações;• Apresentação do Programa de Ensino;• Metodologia de trabalho (atividades teóricas e

práticas, avaliações);• Aula de Campo – Presidente Prudente/SP• Introdução ao tema proposto (atividade prática

em sala: avaliação de conhecimento básico sobre o tema, respondendo a questão – Com base no seu conhecimento empírico e científico defina Turismo, Geografia e aponte as possíveis relações existentes entre eles).

• Aula expositiva introdutória – Conceitos e definições

PLANOS DE ENSINO

Conteúdo:1.GEOGRAFIA E TURISMO: REFLEXÕES PRELIMINARES;2.TURISMO E O ESPAÇO TURÍSTICO3.O ESPAÇO TURÍSTICO E SEUS ELEMENTOS4.AS CATEGORIAS ESPACIAIS APLICADAS AO TURISMO5.ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO TURÍSTICO – A LEITURA DA PAISAGEM PELO TURISMO6.A APROPRIAÇÃO DO TERRITÓRIO PELO TURISMO7.TEMAS COMPLEMENTARES8.Turismo e sustentabilidade – como “explorar” turisticamente sem destruir;9.Turismo com base local – a localidade enquanto espaço turístico.

Procedimentos Didáticos:•aulas expositivas, seminários de discussão de textos e exercícios práticos;•leituras obrigatórias indicadas e debate;•cada aula obedecerá a seguinte dinâmica: primeira parte, dedicada aos debates sobre os textos de leitura obrigatória da aula anterior; segunda parte, direcionada para exposição de conteúdo e/ou realização de exercícios práticos;•aulas práticas (visita técnica).

GEOGRAFIA DO TURISMO

TURISMO/GEOGRAFIA: TURISMO/GEOGRAFIA: CONCEITOS, DEFINIÇÕES CONCEITOS, DEFINIÇÕES

E REFLEXE REFLEXÕESÕES

TURISMOTURISMOTURISMO = é uma prática social, envolve o deslocamento de pessoas pelo território e que tem no espaço geográfico seu principal objeto de consumo.

Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), o turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos um pernoite no destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não correspondam a formas de remuneração direta.

A LÓGICA QUE ORIENTA A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA O TURISMO É A DO LAZER;

TODO VIAJANTE É UM TURISTA;

POR SER UMA PRÁTICA SOCIAL, O TURISMO É FORTEMENTE DETERMINADO PELA CULTURA;

= VIAGEM

• A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem;

• Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente;

• Para alguns a Geografia também pode ser uma prática humana de conhecer, para compreender e planejar o espaço onde se vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza;

A GEOGRAFIA COM O TURISMOA GEOGRAFIA COM O TURISMO As primeiras relações da Geografia com

o Turismo se respaldam nas práticas das viagens e no interesse pelo conhecimento de novos lugares;

um dos elos entre a Geografia e o Turismo era, e continua sendo, a busca pelo conhecimento de novos espaços;

A Geografia considera a atividade turística para além da questão econômica;

As preocupações espaciais com a expansão da função turística derivam, principalmente, das análises da distribuição dos equipamentos e das suas incidências na organização sócio espacial

Segundo Cazes (1987 apud CASTILHO, 1999, p.95), tradicionalmente ligados à apaixonante problemática da localização, os geógrafos arrolam os fatores geográficos convencionais tais como:

a atração da paisagem e do clima;

a disponibilidade de infraestrutura e de equipamentos turísticos; e

a sedução sociocultural e espacial dos lugares observados.

No Turismo, academicamente, a preocupação é recente, onde os diversos enfoques resultam em algumas divergências conceituais metodológicas;

No âmbito da Geografia, não é diferente. Devido à intrínseca polissemia da definição do espaço e dos recortes entre si, também existem dificuldades para se definir turismo ou espaço turístico.

Neste sentido, podemos conceber que, no campo geográfico, o turismo é muito mais que o simples deslocamento de pessoas com fins de lazer; é uma prática sócio espacial complexa e multifacetada e têm seus rebatimentos nas diferentes esferas da organização sócio espacial:

Econômica: requalifica os espaços através da diversificação, do crescimento e/ou decréscimo das atividades, provocando alterações nos perfis de emprego, na renda e na base produtiva;

Cultural: modifica os sistemas de valores, o estilo de vida e os padrões de consumo das populações receptoras;

Política: (re)define o papel do Estado como gerenciador da infraestrutura turística e da ordem;

Ideológica: articula estratégias e táticas que permeiam o imaginário do turismo como via de “salvação do mundo” e como mecanismo de manutenção da ordem; e

Espacial: refere-se ao espaço como meio de produção, como produto de consumo e como o locus das práticas sócio espaciais

ALGUMAS DEFINIÇÕES:LUGAR TURÍTICO

É uma expressão utilizada tanto para se referir a lugares que já foram apropriados pela prática social do turismo como também a lugares considerados potencialmente turísticos.

O que diferencia o lugar turístico na atualidade de outros lugares é a presença do turista e não simplismente, a existência de infra-estruturas de um uso turístico (CRUZ, 2000).

ATRATIVO TURÍSTICOO que é considerado atrativo hoje pelo turismo não era no passado e talvez não seja no futuro. Como a cultura varia no tempo e no espaço, o que é atrativo para alguns grupos de pessoas pode não ser para outros.

POR QUE ???

Ex. Pacotes turísticos à favela da Rocinha – RJ.

Atrativo Turístico é todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse para o turismo (EMBRATUR, 1992);

"...todo elemento material que tem a capacidade própria, ou em combinação com outros, para atrair visitantes de um determinada localidade ou zona" (CERRO, 1992);

Os atrativos turísticos podem ser naturais, culturais, manifestações e usos tradicionais e populares, realizações técnicas e científicas contemporâneas e acontecimentos programados.

PAISAGEM TURÍSTICADe modo geral, compreende a porção do espaço geográfico e, por isso, desempenham importante papel na constituição dos lugares turísticos e no direcionamento dos fluxos turísticos (CRUZ, 2000).

As paisagens turísticas não existem a priori, como um dado da natureza são uma invenção cultural (LUCKIARI, 1998).

TURISMO DE MASSA O termo não significa “turismo das

massas” – é uma forma de organização do turismo que envolve o agenciamento da atividade bem como a interligação entre agenciamento, transporte e hospedagem, de modo a proporcionar o barateamento dos custos de viagem e permitir, consequentemente, que um grande número de pessoas viaje. (CRUZ, 2000)

TURISMO ALTERNATIVOÉ uma expressão criada para categorizar modalidades de turismo que, do ponto de vista de seu objeto de consumo e da sua forma de consumo do espaço, se contrapõem ao chamado turismo de massa (CRUZ, 2000)

TURISMO DE MASSA E TURISMO ALTERNATIVO

Ambos requerem infra-estrutura de acesso, hospedagem com a seguinte diferença: no turismo alternativo é menor a densidade tanto de infra-estruras, quanto de serviços.

Dependendo do número de turistas pode ocorrer uma massificação do local/atrativo.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA• ALMEIDA, M. G. Turismo e Geografia. São Paulo. Hucitec, 1996.• ALVAREZ, J. R. D. Geografia del Turismo. Madrid: Síntesis, 1999.• BARROS, Nilson Cortez Crocia de. Manual de Geografia do

turismo: meio ambiente, cultura e paisagens. Recife: UFPE, [s.d.]• BENI, Mário. Análise estrutural do turismo. 2.ed. São Paulo:

SENAC São Paulo, 2000.• CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São

Paulo: Ática, 1986.• CRUZ, R. de C. A. de. Introdução à Geografia do Turismo. São

Paulo: Roca, 2003.• DE MASSI, Domenico. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante,

2000.• FARAH NETO, M; SILVA, Neise, F. da.; CAPELLA, Márcia. Turismo:

espaço e tempo. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2000.• LEMOS, Amália Inês G. (org.). Turismo: impactos socioambientais.

2.ed. São Paulo: Hucitec, 2000.• LIMA, Luiz Cruz (org.). Da cidade ao campo: a diversidade do

saber-fazer turístico. Fortaleza:UECE, 1998.• MENDONÇA, Francisco de Assis. Geografia e meio ambiente.

4.ed. São Paulo: Contexto, 2001 (Caminhos da Geografia).• MESPLIER, A. e BLOC-DURAFFOUR, P. Geografía del turismo en el

Mundo. Madrid: Síntesis, 2000.

TURISMO DE LAZER

É o turismo praticado por pessoas que viajam por prazer, sem muitas pretensões. Desejam apenas conhecer novos locais, mudar de ambiente, descansar, rever amigos, visitar parentes, curtir a paisagem, sair em férias com a família.

TURISMO DE ÁGUAS TERMAIS

É praticado por pessoas que buscam as estâncias hidrominerais para tratamento de saúde ou simples recreação. Está restrito aos locais onde existem águas termais.

TURISMO DESPORTIVO

Praticado por pessoas que vão participar ou assistir a eventos desportivos. É o tipo de turismo que movimenta a economia local não só com a presença dos atletas e da assistência, mas também com as obras dos estágios.

TURISMO RELIGIOSO

Praticado por pessoas interessadas em visitar locais sagrados. Nossa Senhora Aparecida (Brasil) são locais religiosos que recebem milhares de peregrinos durante o ano todo.

TURISMO SOCIAL

Praticado por pessoas de baixa renda, normalmente operários que, não podendo arcar com despesas de seu próprio bolso, contam com a ajuda das empresas em que trabalham.

TURISMO CULTURALSão viagens com amplo interesse, tanto pela diversidade de modalidades artísticas como pelos níveis ou origens de expressão: popular, de massa, erudita, urbana, rural, nativa... O que parece caracterizar mais fortemente o segmento é a intenção de apreciar manifestações e obras de arte, seja pelo aspecto estético ou histórico (VAZ, 1999).

TURISMO GASTRONÔMICO

Muitas cidades tornaram-se conhecidas e atraentes pelos produtos que oferecem à mesa. Pratos típicos, vinhos, queijos, patês, doces, chocolates, receitas exóticas.

TURISMO DE INCENTIVO

Esse tipo de turismo é resultante da política de empresas que querem aumentar as vendas de suas mercadorias. Em vez de oferecerem a seus empregados um prêmio tradicional como premiação pelos resultados obtidos, elas oferecem viagens com direito a acompanhante e com tudo pago.

TURISMO DE TERCEIRA/MELHOR IDADE

Os idosos, agora com mais vigor físico e tempo livre, estão viajando com mais frequência. Em geral, esse tipo de turista é atraído por locais seguros, que possuam belas paisagens, riqueza natural e cultural.

TURISMO RURALÉ o turismo praticado em áreas rurais (fazendas, sítios ou chácaras) para proporcionar aos visitantes a oportunidade de participar das atividades próprias da zona rural, como: andar a cavalo, ordenhar vacas, passear de carroça, tomar chimarrão, roda de viola, etc.

TURISMO DE INTERCÂMBIO

É o turismo praticado por jovens estudantes com o objetivo de realizar cursos ou aprender idiomas em outros países. Os estudantes ficam hospedados em casas de famílias e frequentam cursos em escolas regulares. Alguns preferem frequentar escolas especializadas no ensino de idiomas para estrangeiros.

TURISMO DE CRUZEIROS MARÍTIMOSSe há algumas décadas era privilégio de pessoas muito ricas, hoje tornou-se acessível a todos que viajam. Surgiram navios com maior capacidade de passageiros, mais confortáveis, estáveis e com preços bastante reduzidos.

TURISMO DE NEGÓCIOSÉ o turismo praticado por executivos que viajam para participar de reuniões, eventos, feiras com seus pares, para visitar os fornecedores dos produtos que comercializam e fecham negócios.

TURISMO DE EVENTOSÉ praticado por quem deseja participar de acontecimento promovidos com o objetivo de discutir assuntos de interesses comuns (profissionais, entidade associativas, culturais, desportivas) ou para expor ou lançar novos artigos no mercado. Estão divididos nas categorias regionais, nacional e internacional.

• ALMEIDA, M. G. Turismo e Geografia. São Paulo. Hucitec, 1996.• ALVAREZ, J. R. D. Geografia del Turismo. Madrid: Síntesis, 1999.• BARROS, Nilson Cortez Crocia de. Manual de Geografia do

turismo: meio ambiente, cultura e paisagens. Recife: UFPE, [s.d.]• BENI, Mário. Análise estrutural do turismo. 2.ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2000.• CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.• CRUZ, R. de C. A. de. Introdução à Geografia do Turismo. São Paulo: Roca, 2003.• DE MASSI, Domenico. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.• FARAH NETO, M; SILVA, Neise, F. da.; CAPELLA, Márcia. Turismo: espaço e tempo. Rio de Janeiro: SENAC Nacional, 2000.• LEMOS, Amália Inês G. (org.). Turismo: impactos socioambientais. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 2000.• LIMA, Luiz Cruz (org.). Da cidade ao campo: a diversidade do saber-fazer turístico. Fortaleza:UECE, 1998.• MENDONÇA, Francisco de Assis. Geografia e meio ambiente. 4.ed. São Paulo: Contexto, 2001 (Caminhos da Geografia).