Impressionismo , Neo Impressionismo E Pós Impressionismo

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IMPRESSIONISMO , NEO-IMPRESSIONISMO E PÓS IMPRESSIONISMO

“É cerca de 1873 (…) que o estilo impressionista se generaliza e afirma plenamente. A fragmentação da pincelada,

já usada para traduzir os reflexos sobre a água, aplica-se também ao céu, às árvores, às colinas e a todos os

outros elementos da paisagem. A gama cromática torna-se sistematicamente clara e as sombras são, elas

próprias coloridas. Os tons cinzentos e os castanhos intermediários (…) são substituídos pelas cores puras do

espectro, acordadas ou contrastadas pela mistura óptica segundo a lei das complementares.

A luz, escolhida como principio dominante, exalta-se e vibra devido ao abandono da linha de contorno, dos

modelos, do claro-escuro, dos detalhes demasiado precisos, ao emprego da forma aberta, “atmosférica”, de uma

composição de conjunto que ganha a vitalidade de um esquisso e o aspecto, tão chocante para os

contemporâneos, de inacabada, de non finita.(…).

MAILLARD, Robert (dir.) “Impressionismo” in Dictionnaire de l’Art et des Artistes, Ed. Fernand Hazan, 1982

Num pequeno jornal – o Impressionista- Renoir comenta o esforço dos seus amigos na conquista da

autonomia pictoral: “(…) a representação académica do “motivo “, determinado pela Fábula, pela

História ou pelas convenções burguesas, é substituída pela contemplação do mesmo ( uma árvore, uma

choupana, um horizonte…), demarcado pelo espaço e pelo tempo, os seus valores universais, a pintura

de coincidir com essa contemplação, sem intervenção de nenhum outro elemento estranho. (…)”

MAILLARD, Robert (dir.) “Impressionismo” in Dictionnaire de l’Art et des Artistes, Ed. Fernand Hazan, 1982

IMPRESSIONISMO (1860-70/1880)

Grupo de artistas do Café Guerbois

Manet, O almoço na relva , 1863 Monet, Impressão Sol Nascente 1872

Pissarro, A estação de Louveciennes Degas, O ensaio

Renois, Baile no Moulin de la Galette Sisley, Ponte de Villeneuve-la-Garenne

A pintura impressionista procura a captação do instante luminoso, fugaz e fugidio,em constante mutação.

As pinturas são o reflexo da personalidade de cada um.

Em comum:o As pinturas reflectem as impressões sensoriais de cada um, fugindo às academias.

o Pintura ligada à vida citadina moderna.

Temas:o Paisagens.

o Figuras humanas.

o Lazeres citadinos.

o Interesse pela captação de uma dada realidade, parcial e sensível, que é a luz e dos seus efeitos sobre a natureza, as pessoas e os objectos.

Contributos para a nova representação:o Descobertas da fotografia ( no atelier de Nash, o grupo impressionista, incluindo Monet faz a sua

primeira exposição) – novos enquadramentos, novas perspectivas do ponto de vista aéreo.

o Estampas japonesas.

o Descobertas científicas no campo da óptica, da coe e da percepção.

o Descobertas técnicas (tinta em tubo).

Técnica:o Na tela, justaposição de pinceladas, pequenas, nervosas, em forma de vírgula ou interrompidas,

executadas com rapidez, ao ar livre e perante o motivo.

o Utilização de cores puras, retiradas directamente dos tubos, fortes e vibrantes. Eram aplicadas de acordocom as leis das complementares de forma a obter a fusão dos tons nos olhos dos espectadores – misturaóptica.

Capta os efeitos coloridos da luz do sol e da sua atmosfera

Dissolve a forma, a superfície e os volumes, desaparecendo, quase por completo, a corporeidade dos objectos.

Neo-impressionismo (divisionismo)

“ O Neo-impressionismo significa a decomposição prismática das cores e a sua mistura nos olhos do

observador e, relacionado com isso, um respeito sagrado pelas leis eternas da arte: o ritmo, a simetria, o

contraste.(…)

O objectivo da decomposição das cores é dar à cor o maior brilho possível, provocar nos olhos do observador

uma luz colorida, o brilho e a luz das cores da Natureza. (…).

(…) Depois entrega-se à demorada tarefa de salpicar a sua tela de pontinhos multicolores, de cima para

baixo, da esquerda para a direita.(…).

Seurat, G. “Palavras ditadas ao seu biógrafo”, Cristophe, Seurat, Paris, 1890

Seurat, La grand Jatte Sibnac, Porto de Saint-Tropez

O divisionismo evidência novas teorias científicas, consistindo numa mistura óptica designada porpontilhismo.

Justapõe miríades de pequenas manchas de cor pura que se deveriam misturar, a uma certa distância, nosolhos do observador. O tamanho das manchas coloridas dependia do tamanho do quadro e baseavam-se na lei das complementares mas agora levada ao máximo rigor científico.

Interessa o jogo da harmonia das cores em si e não o instante luminoso.A obra é uma rigorosa construção de cores de formas e de linhas.Ritmo, simetria e contraste.

Técnica:o Reflexiva.o Segura.o Cor pura.

Temas:o Vida citadina.o Paisagens marítimas.o Diversões.o As telas são de grandes dimensões, feitas no atelier, a partir de estudos ao ar livre.

Pós-impressionismo (cor e na bidimensionalidade)

Van Gogh, O quarto Van Gogh, A noite estrelada

Cézanne, Os jogadores de cartas Toulouse-Lautrec, A Toilette, 1896

Gauguin, O Cristo Amarelo

• A pintura não é a cópia da realidade, mas sima sua transposição mágica, imaginativa ealegórica.