Interoperabilidade semântica entre repositórios de saúde pública Fatima Cristina L. dos Santos...

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Interoperabilidade semântica entre repositórios de saúde

pública

Fatima Cristina L. dos Santos

Orientadoras: Maria Cecília de Magalhães Mollica

Vania Lisboa da Silveira Guedes

UFRJIBICT/FACC

Junho, 2014

Para a recuperação precisa da informação desejada, é necessária a busca orientada em ambientes virtuais organizados para tal.

Bibliotecas digitais e repositórios são instrumentos utilizados para auxiliar nessa busca, agrupando informações pertinentes a um assunto/área.

Numa instituição podem existir diversos repositórios, cada um sendo responsável por documentos/informações específicas.

Para a otimização da representação e recuperação dessas informações, essas bases devem interagir. Dessa forma, a interoperabilidade é essencial.

Esse conceito de não é recente, o compartilhamento de conteúdos entre bibliotecas é feito desde meados do século XX (SAYÃO; MARCONDES, 2008).

Quando os repositórios são interoperáveis, a possibilidade de pesquisa simultânea é facilitada, permitindo maximizar o potencial dos recursos documentais arquivados individualmente em cada repositório, na medida em que se torna possível a pesquisa em simultâneo com significados partilhados nos vários repositórios, bem como a relação automática entre os resultados dessa pesquisa (BAPTISTA, 2010, p. 72).

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), possui dois repositórios:

Biblioteca Multimídia Repositório de Produção

Científica da ENSP

Biblioteca Multimídia Os termos indexados são livres, não

existe um vocabulário controlado.

Repositório de Produção Científica da ENSP

Utiliza-se um vocabulário controlado da

área de saúde, o Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), produzido pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O uso de um vocabulário controlado auxilia a representação e recuperação de uma informação específica (nesse caso, informação em saúde). Segundo Benveniste (1989) apud Krieger e Finatto (2004), uma ciência só consegue se impor na medida em que define seus conceitos.

Propõe-se estudar como a interoperabilidade semântica – relacionada com o significado ou semântica das informações originadas de diferentes recursos e solucionada pela adoção de ferramentas comuns e/ou mapeáveis de representação da informação (SAYÃO; MARCONDES, 2008, p. 137) – pode auxiliar na melhora da representação e recuperação da informação nas bases citadas.

ObjetivosGeral Analisar a interoperabilidade semântica na

representação e recuperação da informação nos repositórios da ENSP.

Específicosa) Avaliar a indexação desses repositórios,

utilizando o vocabulário Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) como padrão;

b) Coletar as percepções de outros usuários (bibliotecários indexadores) desse vocabulário em seus ambientes (BVS, Repositórios, etc), na Rede de Bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);

c) Criar um padrão de adequação para a interoperabilidade desses repositórios a partir dos resultados da análise/avaliação.

Possível abordagem metodológica

Propõe-se uma análise descritiva e qualitativa dos conteúdos publicados nos repositórios, no período de 2009 a 2013. Serão selecionados artigos cadastrados nos dois repositórios, os termos livres mais utilizados nesses documentos na Biblioteca Multimídia serão comparados com os descritores selecionados no Repositório.

Paralelamente, serão entrevistados bibliotecários da Rede de Bibliotecas da Fiocruz que trabalham na indexação de documentos e utilizam o vocabulário DeCS como principal ferramenta. Serão abordadas questões de adequação à terminologia da área de saúde no Brasil e atualização do vocabulário.

Algumas perguntas que serão aplicadas

Trabalha em qual biblioteca da Rede de Bibliotecas Fiocruz?

Há quanto tempo trabalha na indexação de documentos?

Conhece o Vocabulário DeCS?

Passou por algum treinamento para utilizá-lo?

Localiza com facilidade os termos necessários para indexação nesse vocabulário?

Baseando-se nos resultados da avaliação, serão elaboradas recomendações para melhoria da representação e recuperação da informação nos repositórios estudados.

Referências

BAPTISTA, Ana Alice. A falar nos entendemos: a interoperabilidade entre repositórios institucionais. In: GOMES, Maria João; ROSA, Flavia. Repositórios institucionais: democratizando o acesso ao conhecimento. Salvador, BA: EDUFBA, 2010. p. 71-90.

KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria J. Bocorny. Introdução à terminologia: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2004.

SAYÃO, Luis Fernando; MARCONDES, Carlos Henrique. O desafio da interoperabilidade e as novas perspectivas para as bibliotecas digitais. TransInformação, v.20, n.2, p.133-148, maio/ago., 2008.

Obrigada!