Post on 17-Apr-2015
MORTE ENCEFÁLICA
ASSISTÊNCIA AO DOADOR CADÁVER
Fábio Gontijo Rodrigues- aluno pós-graduação
Dr. Renato Magalhães- orientador
Morte Encefálica
“ Encéfalo morto e um coração vivo”
. Equipamentos
. CTI
. Nutrição Parenteral
Conceituação
Morte Encefálica -ME- é um quadro clínico num
paciente portador de doença estrutural ou
metabólica conhecida, de caráter completa e
indubitavelmente irreversível, expressando
falência total de todas as funções do encéfalo,
inclusive do tronco encefálico, quadro clínico este
que persiste de maneira invariável por um período
mínimo de seis horas.
COMA
Níveis de Coma:
Letargia ( Pré-Coma ou Coma Grau I)
Torpor (Pré-Coma ou Coma Grau II)
COMA
Níveis de Coma:
Coma Superficial (Coma Grau III)
Coma Médio (Coma Grau IV)
Coma Profundo (Coma Grau V)
Sinais Oculares
Motricidade Ocular Intrínseca
Diâmetro da pupila e o reflexo direto e consensual
Lesões mesencefálicas – mediofixas não-responsivas
Nervo oculomotor – midríase paralítica
Pontinas – pupilas puntiformes
Sinais Oculares
Motricidade Ocular Extrínseca
Fenda palpebral, a posição ocular e o reflexo oculocefálico
Tronco encefálico está funcionante quando os globos oculares desviam-se na direção oposta à dos movimentos da cabeça
Reflexo oculovestibular (mesmo significado do oculocefálico)
Sinais Motores
Prova de pronação
Estímulos Nociceptivos (pressão supra-orbitária ou esterno)
Reflexo cutâneo plantar
Sinais Vegetativos
Movimentos respiratórios, ritmo cardíaco, pressão arterial, temperatura, sudorese e midríase
Respiração:
Cheyne-Stokes/ Hiperventilação Neurogênica Central/ Apnêustica/ Atáxica (Biot)/ Apnéia
Escala de Glasgow-Liège
Diagnóstico ME
Critérios Clínicos
a) Paciente com doença estrutural ou metabólica conhecida e irreversível, na ausência de intoxicação exógena recente, uso de depressores do SNC, bloqueio neuromuscular e/ou hipotermia primária, na certeza de todas as medidas de proteção encefálica já tenham sido realizadas (metabólicas, hemodinâmicas,etc).
b) Perda de função de todo o encéfalo, inclusive do tronco encefálico, levando a um estado permanente de inconsciência. Glasgow 3. Ausência de reflexos corneano, de vômito, faríngeo ou de resposta reflexa à estimulação brônquica. Ausência de função do nervo vago.
c) Positividade do teste de apnéia.
Diagnóstico ME
Laboratoriais
Possível o diagnóstico apenas com critérios clínicos
Angiografia Cerebral
Mapeamento Cerebral por Radionuclídeo
Eletroencefalograma (EEG)
Estudo dos potenciais evocados do tronco encefálico
Período de Observação
De 7 dias a 2 meses incompletos ..................48H
De 2 meses a 1 ano incompleto ....................24H
De 1 ano a 2 anos incompletos .....................12H
Acima de 2 anos ............................................06H
Cuidados com o Doador
Cuidados com o Doador
Cuidados com o Doador
Avaliação laboratorial do doador de órgãos
Sorologia
VDRL, HBsAg, Anti HCV, citomegalovírus, doença de Chagas, HLA
Bioquímica
Sódio, potássio, cloro, cálcio, fósforo, glicose, creatinina, provas de função hepática
Hematologia
Hemograma, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, contagem de plaquetas, grupo sanguíneo ABO
Bacteriologia
Gram e cultura de escarro, urocultura, hemoculturas
Cuidados com o Doador
Cuidados semelhantes àqueles dispensados a doentes graves
Pressão arterial sistólica ---------------------------------- 90-100 mmHg
Pressão Venosa Central ----------------------------------- 10-12 cmH2O
Débito Urinário ----------------------------------------------- 100-250 mL/hora
Temperatura Corporal ------------------------------------- >35ºC
Hematócrito ---------------------------------------------------- 25-30%
Saturação arterial de O2 ------------------------------------ >95%
pH arterial ------------------------------------------------------- 7,35-7,45
Conservação de órgãos
Isquemia Quente x Fria
Hipotermia a 4ºC – ↓ 95% no metabolismo celular
Solução de Collins
Solução Universidade de Wisconsin (UW)
Retirada de órgãos