O ESTADO DE S. PAULO DOMINGO,16DESETEMBRO DE2012 … · 2016. 2. 25. · de São Paulo...

Post on 02-Jan-2021

0 views 0 download

Transcript of O ESTADO DE S. PAULO DOMINGO,16DESETEMBRO DE2012 … · 2016. 2. 25. · de São Paulo...

Vida Coletiva

Letras miúdas

Condephaat preservaVila dos inglesesA Vila dos Ingleses, um conjun-to de 28 casas localizadas nobairro da Luz, foi protegida pe-lo Conselho de Defesa do Patri-mônio Histórico, Arqueológico,Artístico e Turístico do Estadode São Paulo (Condephaat). O

colegiado abriu processo detombamento da vila, o que signi-fica que ela não poderá mais so-frer modificações sem a anuên-cia do órgão. Novos estudos his-tóricos e arquitetônicos serãofeitos para que, em um futuropróximo, seja votado o tomba-mento definitivo das 28 casasde estilo vitoriano.

Letras miúdas

Prefeitura licencia27 imóveis por diaO sistema de licenciamento ele-trônico de imóveis implementa-do em março pela Prefeitura jábeneficiou 4.862 comerciais deaté 1,5 mil metros quadradosque estavam irregulares. A mé-dia é de 27 alvarás por dia.

‘‘Qual é o procedimento mais adequado para atroca dos extintores de incêndio no condomínio?’

Letras miúdasSEGUNDO TRIMESTRE

“O condômino devecomunicar de imediatoo síndico, com cópia aosconselheiros e aosubsíndico, para queele tome providências”

O mercado de corporativos dealto padrão da capital deixou deabsorver liquidamente 9.856 m²no segundo trimestre desteano, segundo a consultoria Col-

liers International Brasil, o piorresultado desde 2009. O aumen-to de 0,4% na taxa de vacânciaem relação ao primeiro trimes-tre justificaria o número.

PAULO LIEBERT/AE

O Capítulo VII, Art. 1.348, incisoV, da Lei 10.406/2002 (CódigoCivil) dispõe sobre as obriga-ções do síndico: “Diligenciar aconservação e a guarda das par-tes comuns”. Logo, ao ser identi-ficado que os extintores estãoem condições que impeçam seuuso, devendo ser substituídosou carentes de manutenção (car-

ga vencida ou despressuriza-dos), o condômino deve comuni-car imediatamente o síndico,com cópia aos conselheiros e aosubsíndico se houver para queele tome providências, a fim derestabelecer, com a máxima ur-gência, as condições de uso dosequipamentos. Uma vez que a so-licitação tenha sido feita e o sin-

dico tenha se mantido inerte, ocondômino, face aos riscos en-volvidos, pode contratar em no-me do condomínio a substitui-ção ou a manutenção dos extin-tores. É recomendado apenasque busque três orçamentos an-tes de autorizar a contratação.

Cabe ressaltar que o Decreto Es-

tadual nº 56.819/11 dispõe quan-to à obrigatoriedade de se terequipamentos de combate a in-cêndio nas residências multifa-miliares – ou seja, nos condomí-nios. Já a Instrução Técnica nº21/2011 do Corpo de Bombeirosdo Estado de São Paulo dispõe,em detalhes, os quesitos para ainstalação dos extintores: os ti-pos de equipamentos a serem uti-lizados, a quantidade a ser insta-lada em função do número de pa-vimentos que possui a edifica-ção, o local, a distância a ser ob-servada entre os equipamentos,

entre outros.

Os condôminos devem estaratentos aos indícios que podemcaracterizar uma administraçãoinconveniente, o que pode ense-

jar inclusive na destituição dosíndico, nos termos do artigo1.349 da Lei 10.406/02, a saber:“A assembleia, especialmenteconvocada para o fim estabeleci-do no § 2o do artigo antecedente,poderá, pelo voto da maioria ab-soluta de seus membros, desti-tuir o síndico que praticar irregu-laridades, não prestar contas, ounão administrar conveniente-mente o condomínio”.

GISELE FERNANDES, GERENTE GERAL

DO GRUPO OMA PATRIMÔNIOS

A compra de gerador deve serplanejada não somente do pontode vista da escolha do equipa-mento. É preciso também pensarna engenharia financeira para aaquisição, já que os bancos nãocedem financiamentos para acompra dessas máquinas quecustam a partir de R$ 30 mil, ob-serva o diretor de locação da Aa-bic, Eduardo Zangari. “O que ocondomínio pode conseguir é umparcelamento com a empresavendedora, que costuma ser deno máximo 12 pagamentos. Éinteressante, então, após aprova-da a arrecadação extra para acompra, aguardar alguns mesespara formar um caixa suficientepara pelo menos duas ou trêsprestações, já que cotas extrassão algo fora do planejamento epodem ter um índice maior deinadimplência em relação à cotacondominial. Se o condomíniotiver poucas unidades, a cota po-de pesar ainda mais nas contasdos condôminos”/L.C

Tudo funcionando, mesmo sem eletricidadeNovos edifícios de médio e alto padrão já vêm equipados com geradores; nos antigos falta de espaço para instalação pode ser entrave

WERTHER SANTANA/AE- 29/9/2011

Absorção de corporativos de alto padrãona capital tem pior resultado desde 2009

Leandro Costa

Para não correr o risco de ficarsem acesso a itens básicos para oprédio em caso de queda de ener-gia, como ao elevador, por exem-plo, condomínios precisam re-correr ao uso de grupos gerado-res (nome técnico dos geradoresde energia).

De acordo com técnicos, a ado-ção desses equipamentos paragarantir a segurança e o confortodos moradores é comum, sobre-tudo nos condomínios mais no-vos, de padrão médio e alto, on-de a construtora já entrega o em-preendimento equipado com es-ses geradores.

Nos demais casos, é comumque o projeto pelo menos preve-ja um local para a instalação doequipamento, afirma o diretorde locação da Associação das Ad-ministradoras de Bens Imóveis eCondomínios (Aabic), EduardoZangari.

Porém, mesmo que haja espa-ço para abrigar o gerador, Zanga-ri alerta que a escolha do equipa-mento deve ser tomada com cui-dado, de preferência com o auxí-lio da administradora.

O motivo é que existe no mer-cado uma grande variedade deequipamentos, com potênciasvariando entre 50 e 800 Kva, se-gundo explica o gerente comer-cial da fabricante de geradoresLeon Heimer, Luzinilson Ferrei-ra Lima. “São grupos geradorescom potência para atender des-de somente o básico, que são oelevador de serviço, bombas deágua, luzes de emergência, por-tões elétricos e sistema de segu-rança, ou até manter ligado tudoo que for elétrico no condomí-nio inteiro, inclusive dentro dasunidades.”

De acordo com Zangari, é pre-ciso avaliar o que vai ser ligadoao gerador para dimensionarque tipo de equipamento é mais

adequado. “Principalmente nosimóveis com mais de 15 anos”.

Prédios antigos. O cuidado ex-tra nos condomínios antigos de-ve-se ao fato de que na maioriados casos a estrutura elétricanão é preparada para receber oequipamento. E tampouco exis-te um local adequado para aco-modá-lo.

“Geralmente, nos condomí-nios antigos, a instalação do gera-dor é assunto polêmico, porqueas pessoas que moram em anda-res baixos não querem ficar

olhando para o equipamento.Além disso, há a questão do ruí-do e da fumaça emitida pelo gera-dor”, observa Zangari.

No condomínio onde o enge-nheiro aposentado Luiz RobertoGirão é síndico, localizado na Vi-la Olímpia, um edifício de 13 an-dares construído há 30 anos, se-rá necessário sacrificar uma par-te do playground para instalar ogerador. “Quase não há criançasno condomínio”, justifica. Eleconta que a decisão pela comprada máquina ganhou força nos úl-timos anos quando em mais deuma ocasião houve quedas deenergia por períodos de até oitohoras. “Não sabemos se pode-mos confiar na nossa infraestru-

tura elétrica no futuro. Tenho 71anos e moro no nono andar. Háoutros moradores no condomí-nio com dificuldades de locomo-ção, que não podem ficar usandoa escada toda vez que acaba aenergia.”

Para contornar o problema dobarulho o condomínio optou pe-la compra de um grupo geradorsilenciado, que é instalado den-tro de uma cabine metálica reves-tida com fibra de vidro. SegundoLima, da Leon Heimer, as cabi-nes auxiliam a reduzir de 110 pa-ra até 65 decibéis o nível de ruído

emitido pelo motor.Ao todo, contando a obra de

reforço e a aquisição do equipa-mento silenciado, que é mais ca-ro que os convencionais, o síndi-co diz que o condomínio irá gas-tar R$ 70 mil para manter o eleva-dor de serviço, as bombas deágua, as luzes de emergência, osportões e o sistema de segurançafuncionando em casos de quedade energia. Ferreira destaca po-rém que soluções convencio-nais, para serem instaladas den-tro de salas de alvenaria, partemde R$ 30 mil.

É preciso prevera arrecadaçãocom antecedência

Instalação. Por conta da emissão de ruídos, gerador deve ficar em local isolado. Na falta do espaço, existe a opção silenciada

● Necessidade

LUIZ ROBERTO GIRÃOSÍNDICO“Há moradores no condomíniocom dificuldades de locomoção,que não podem ficar usando aescada toda vez que acaba aenergia”

%HermesFileInfo:Ci-5:20120916:

CLASSIFICADOS O ESTADO DE S. PAULO

DOMINGO, 16 DE SETEMBRO DE 2012 Imóveis 1 a e i uo 5