Post on 04-Oct-2018
O que é a Convenção de Ramsar?Convenção
de Zonas
Úmidas
de
Importância
Internacional(Ramsar, Irã, 1971)
MissãoMissão::““a a conservaconservaççãoão
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Origem da Convenção de Ramsar:• "Convenção
sobre
Zonas
Úmidas
de Importância
Internacional, especialmente
como
Habitat para
Aves Aquáticas“
–
Ramsar, Irã, 1971
• Anos
80 –
abordagem
mais
abrangente:
a importância
das áreas
úmidas
para
a manutenção
da diversidade
de espécies
e relevância
para
o bem-estar
das populações
humanas.
• Em
2002 (COP 8 –
Valência, Espanha)uso
sustentável
das zonas
úmidas
• Em
2008 (COP 10 –
Coréia) –
maior
integração
com as demais
convenções
O que são as Zonas Úmidas?
••
ZonaZona ÚÚmidamida (wetlands, (wetlands, humedaleshumedales)):toda
a extensão
de pântanos, charcos
e turfas,
várzeas, rios, pantanais, estuários, manguezais e até
os
recifes
de coral.
•
Superfícies
cobertas
de água, de regime natural ou
artificial, permanentes
ou
temporárias,
contendo
água
parada
ou
corrente, doce, salobra
ou
salgada
(6m).
Pilares da Convenção:
1 -
Uso
racional
(sinônimo
de uso
sustentável)
2 -
Lista
de Sítios
Ramsar
3 -
Cooperação
Internacional
Áreas
caracterizadas
como
ecossistemas
úmidos
importantes.
Áreas
selecionadas
pelos
países
e aprovadas
pela Convenção.
Esses
ambientes
úmidos
passam
a ser objeto
de
compromissos
a serem
cumpridos
pelo
país
contratante
e, ao mesmo
tempo, a ter
acesso
a benefícios
decorrentes
dessa
condição
(financiamentos).
A Lista de Ramsar – SSíítiostios RamsarRamsar
Sítio Ramsar confere às áreas úmidas: prioridade
na
implementação
de políticas
governamentais
reconhecimento
público
(sociedade
nacional
e comunidadeinternacional)
Partes
contratantes: 159
1886 Sítios
Ramsar
no mundo
404 localizados
nas
Américas
Área
total do Sítios: > 185 milhões ha
Brasil: 11 Sítios
6,7 milhões ha
Convenção no Brasil
• Aprovação
pelo
Congresso
Nacional
em
16 de junho
de 1992 -
Decreto
Legislativo
no
33 –
ratificação
em
1993
• Decreto
nº
1.905, de 16 de maio
de 1996 –
Promulgação
• Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA),
subordinado à SBF/MMA -
autoridade
administrativa
/ ponto
focal técnico• formulação
das estratégias
• provimento
dos recursos
e meios
para
implantação
da
Convenção
no Brasil.
- Itamaraty/MRE - Divisão de Meio Ambiente –
ponto
focal político
Apoio do Secretariado da Convenção:Site com documentos e informações
Possibilidades de financiamentoPossibilidades de financiamento
Sítios Ramsar onde projetos da WFF foram
implementados
Alguns
materias
produzidos…
Impacto e efetividade do Fundo:
•
Instrumento
de financiamento, operacional
e de manejo
•
Ferramenta
importante
para capacitação
por
governos
e ONGs.
•
Contribuição
para
aumentar
o numero
de sítios
tanto
local e
regional (60%)
•
Avaliação
das zonas
úmidas
e aplicação
de instrumentos
de
informação
•
Fortalecimento
de redes
e sinergias.
Apoio do Secretariado da Convenção:
Apoio Técnico:
- Publicações –
manuais técnicos
- Grupo Técnico Científico
-
Iniciativas Regionais
-
Dia Mundial das Zonas Úmidas
O Dia Mundial das Zonas Úmidas 2 de fevereiro
A data marca
a adoção, em
2 de fevereiro
de 1971, da
Convenção
de Ramsar.
Para comemorar
a data a cada
ano
é
escolhido um tema
relacionado
às
zonas
úmidas, e sobre
este
tema
são
confeccionados
materiais
de divulgação
e atividades
são
desenvolvidas
em
torno
da
comemoração.
ComemoraComemoraçções e Temas doões e Temas do
Dia Mundial das Zonas Dia Mundial das Zonas ÚÚmidasmidas
Comemoração do Dia Mundial das Zonas Úmidas - 2010
2010
Foi elaborado plano nacional de implementação da Convenção de
Pontos de apoio:
1-
Foi elaborado plano nacional de implementação da Convenção de Ramsar?
2-
Foi criado órgão específico dentro da estrutura governamental encarregado da implementação da Convenção?
3-
Foram realizados treinamentos para capacitação de servidores públicos para implementação da convenção?
4-
Quais planos de trabalho vinculados à
Convenção estão sendo implementados e seu estágio atual?
5-
Há
alguma ação no âmbito da implementação da Convenção de Ramsar
que
possa ser destacada como exemplo para outros países?
6-
Quais as principais dificuldades encontradas para implementação da Convenção de Ramsar
?
Políticas Nacionais de Zonas Úmidas
A Política
Nacional
de Zonas
Úmidas
é
um dos instrumentos, e não
necessariamente
o único,
inserido
no Programa
de uso
racional
para
a conservação
de zonas
úmidas, que
representam
ações
propostas
pela
Convenção
(Ramsar)
1- Foi elaborado plano nacional de implementação da Convenção de Ramsar?
Publicações da Convenção de Ramsar
Políticas Nacionais de Zonas Úmidas - Brasil
Carvalho, 2009
CONSIDERAÇÕES:
Os princípios de conservação e uso racional em zonas úmidas
estão presentes em algumas das políticas de meio ambiente brasileiras de modo mais abrangente
Conservação e uso racional de zonas úmidas ou ambientes aquáticos:
Política Nacional de Meio Ambiente
Plano Nacional de Áreas Protegidas
Política Nacional de Biodiversidade
Carvalho, 2009
CONCLUSÃO
Uma possível Estratégia Nacional de Zonas Úmidas no Brasil poderia estar baseada nessas políticas ambientais já
existentes
e as lacunas identificadas poderiam ser remediadas com iniciativas setoriais de incentivo por parte do governo em
todas suas esferas.
Carvalho, 2009
2- Foi criado órgão específico dentro da estrutura governamental encarregado da implementação da Convenção?
6 ISSN 1677-7042 1 Nº 207, sexta-feira, 24 de outubro de 2003
DECRETO DE 23 DE OUTUBRO DE 2003Cria o Comitê Nacional das Zonas Úmidase dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuiçãoque lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vistao disposto no Decreto no- 1.905, de 16 de maio de 1996,D E C R E T A :Art. 1o- Fica criado o Comitê Nacional das Zonas Úmidas,com as seguintes competências:I - propor ao Ministério do Meio Ambiente diretrizes e açõesde execução, relativas à conservação, ao manejo e ao uso racional dosrecursos ambientais, referentes à gestão das áreas incluídas na Listade Zonas Úmidas de Importância Internacional e, nas demais zonasúmidas brasileiras, quando couber;II - contribuir para elaboração de diretrizes e na análise doplanejamento estratégico que subsidiará a elaboração de um PlanoNacional de Zonas Úmidas;III - sugerir e avaliar a inclusão de novos sítios na Lista deZonas Úmidas de Importância Internacional;IV - apreciar as propostas de projetos a serem submetidasaos fundos de financiamento da Convenção sobre Zonas Úmidas deImportância Internacional, especialmente como Habitat de AvesAquáticas, Convenção de Ramsar: Wetlands for The Future Fund-WFF e Small Grants Fund - SGF;V - subsidiar a participação brasileira nas reuniões realizadasno contexto da Convenção de Ramsar, bem como contribuir na elaboraçãode informes nacionais a serem encaminhados às Conferênciasdas Partes Contratantes;VI - subsidiar a implementação da Convenção de Ramsar edas decisões adotadas pela Conferência das Partes Contratantes;VII - divulgar a Convenção de Ramsar e incentivar a participaçãoda sociedade na sua implementação; eVIII - apresentar proposta de regimento interno ao Ministrode Estado do Meio Ambiente.Art. 2o- O Comitê Nacional terá a seguinte composição:I - um representante dos seguintes órgãos, entidades, organizaçõesnão-governamentais e segmentos:a) do Ministério das Relações Exteriores;b) de cada Secretaria do Ministério do Meio Ambiente;
c) da Assessoria Especial do Ministro de Estado do Meio Ambiente;d) da Agência Nacional de Águas - ANA;e) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - IBAMA;f) da Fundação Nacional do Índio - FUNAI;g) da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de MeioAmbiente - ABEMA;h) dos sítios brasileiros incluídos na Lista de Zonas Úmidasde Importância Internacional;i) da Convenção de Diversidade Biológica, indicado e designadopelo Ministro de Estado do Meio Ambiente; ej) do setor empresarial, indicado pela Confederação Nacionalda Agricultura - CNA;II - dois representantes dos segmentos da comunidade acadêmicae científica envolvidos no tema em questão, sendo um da áreacontinental e outro da área costeira e marinha, indicados pela SociedadeBrasileira para o Progresso da Ciência - SBPC; eIII - três representantes de organizações não-governamentais ambientalistas,indicados pelo Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentaise Movimentos Sociais para Meio Ambiente e Desenvolvimento.§ 1o- O Comitê será presidido pelo Secretário de Biodiversidadee Florestas do Ministério do Meio Ambiente, que será substituído,em seus afastamentos e impedimentos legais ou regulamentares,pelo Diretor do Programa Nacional de Áreas Protegidas.§ 2o-Os representantes, titular e suplente, serão indicados pelotitular do órgão, entidade, organização não-governamental e segmentosrepresentados e designados pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente.§ 3o-Caberá à Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministériodo Meio Ambiente prestar apoio técnico-administrativo ao Comitê.Art. 3o-O Comitê Nacional reunir-se-á com a presença de umterço de seus membros, em caráter ordinário, uma vez por ano, e, extraordinariamente,sempre que for convocado pelo seu Presidente, por iniciativaprópria ou a requerimento de pelo menos um terço de seus membros.Art. 4o- Poderão ser convidadas a participar das reuniões doComitê e a colaborar para a realização de suas competências entidadesnacionais e estrangeiras e pessoas de notório saber.Art. 5o- A participação no Comitê é considerada serviço denatureza relevante e não enseja qualquer tipo de remuneração.Art. 6o- Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 23 de outubro de 2003; 182o- da Independência e115 o- da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVACelso Luiz Nunes AmorimMarina Silva
O Comitê Nacional de Zonas Úmidas no Brasil
Instituído
em
outubro
de 2003
Papel
-
participar
da
tomada
de decisões
e definir
as diretrizes
para
a
implementação
da
Convenção
no Brasil.
Representantes
dos setores
governamentais
e da
sociedade
civil organizada
Discussão
sobre
os
diversos
temas
de interface com a Convenção
Gestão
dos recursos
hídricos; planejamento
do desenvolvimento
nacional;
políticas
de áreas
protegidas; Biodiversidade; Pesca; Educação
O Comitê Nacional
ABEMA
ANA
BirdLife
International/SAVE Brasil
CEBDS
CNA
FBOMS
FUNAI
Rede
Pantanal/ECOA
Rede
Manguemar
SBPC
SBL
WWF -
Brasil
IBAMA
ICMBio
MAPA
MPA
MRE
Representante
dos Sítios
Ramsar
SAIC/ MMA
SEDR/MMA
SMCQ/MMA
SRHU/MMA
SBF/MMA
convidados
Possibilidades de Comissões Técnicas
Comissões Técnicas Específicas:
-Critérios
para
designação
de novos
sítios
- Recifes
de coral
- GEF -
Mangue
O Comitê Nacional
Oficina de capacitação para uso de ferramentas de avaliação de efetividade de conservação dos
Sítios Ramsar
(MMA e Universidade de Cambridge)
- Planejamento de oficina com estados (2011)
3- Foram realizados treinamentos para capacitação de servidores públicos para implementação da convenção?
Oficina de Gestores (periódica)
Planejamento para o Sucesso de Conservação – The Nature Conservancy (TNC) – 2008
Oficinas nos 6 sítios
4- Quais planos de trabalho vinculados à Convenção estão sendo implementados e seu estágio atual?
Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos PesqueirosSBF
MMA
Consultorias / Produtos
Comitê Nacional de Zonas Úmidas
Comissões Técnicas Gestores dos Sítios Ramsar
NOVAS PROTEGIDAS TOTALAlta 310 210 520Muito
Alta 480 159 639
Extremamente
Alta 663 714 1377Insuficientemente
Conhecida 106 41 147
TOTAL 1559 1124
Zonas Úmidas e as Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade
Principais produtos:
Metodologia
-
Inseridas as formações pioneiras de
influência fluvial, lacustre ou marinha +
Base ANA
-
Selecionadas as áreas prioritárias com
quantidade representativa dessas
formações
Marcos Reis Rosa
Principais produtos:
Principais produtos:
Mapeamento das Zonas Úmidas x Áreas Prioritárias
-
2.683 440 áreas
prioritárias
para
ÁreasÚmidas:
-139 áreas protegidas (350.820 km2)
-
151 áreas
com recomendação
para
criação de UC (443.763 km2)
-
37 áreas
com recomendação
de criação
deMosaico/Corredor, (40.870 km2)
-
35 áreas
com recomendação
para
recuperação, (31.195 km2)
-
15 áreas
com recomendação
de inventário biológico
-
50 áreas
com outras
recomendações
(ordenamento
territorial, ordenamento
pesqueiro, definição
de área
de exclusão
de pesca, manejo
de bacia, etc.).
Total = 191.643 km2
-
Análise
das Políticas
nacionais
e setoriais
-
Diagnóstico
de atividades
e projetos
relacionados
as ZUs
-
Diagnósticos
específicos
para
a Bacia
do Prata
- Continuação
do mapeamento
- Conservação
de Zonas
Úmidas
e políticas
de recursos
hídricos
Principais produtos:
Projetos para os Sítios:
-
Dar continuidade
ao
Planejamento
para
o Sucesso
de Conservação
-
Fortalecimento
dos sítios
Ramsar
-
Aumentar
reconhecimento
da
importância
destas
zonas
úmidas
a nível
local
-
Aumentar
capacidade
institucional
dos órgãos
gestores
-
Alavancar
as iniciativas
locais
Principais produtos:
Atividades de rotina:
-
Orientações sobre designação de novos Sítios Ramsar
no Brasil
- Informação sobre financiamentos de projetos
- Atualização de Fichas Informativas dos Sítios Ramsar
- Revisão e preparação de documentos referentes ao CNZU
-
Preparação e organização de reuniões do CNZU
-
Preparação e envio de documentos aos gestores dos Sítios Ramsar
-
Esforços para tradução de documentos e resoluções da Convenção para melhor divulgação de seus temas junto aos estados
-
Elaboração dos Relatórios Nacionais (seis meses antes de cada COP)
-
COP-09 (Uganda):
-
Experiências exitosas –
premiadas: -
Projeto Pro-Várzea
(side-event)
-
Inciativas Regionais:
-
Manguezal -
Bacia do Prata
5- Há alguma ação no âmbito da implementação da Convenção de Ramsar que possa ser destacada como exemplo para outros países?
Projeto “GEF Mangue”:
Objetivos:
-
Conservacão
e uso
sustentável
de ecosistemas
de manguezais
de Brasil e seus
serviços
e funções
ambientais
promovidos
para
o desenvolvimento
nacional
e o bem-estar
das comunidades
tradicionais
da
zona
costeira.
-
Mapeamento
-Diagnóstico
-Troca
de experiências
sobre
a gestão
de Reservas
Extrativistas
(Resex) como
alternativa
para
o uso
racional
de recursos
provenientes
dos
manguezais
(categoria
brasileira)
Inciativas Regionais: Manguezal
Iniciativas Regionais: Bacia do Prata
-
Argentina: Ordenamento
pesqueiro
e conservação
da
biodiversidade
-
Uruguai: Áreas
protegidas; sítios
Ramsar
-
Bolívia: Fortalecer
capacidades
locais; reforçar
as áreas
protegidas
-
Paraguai: Difusão
da
Convenção
para
a sociedade
-
Brasil:
-
Planos de Recursos Hídricos dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
- Vazões Ambientais
- Plano Nacional de Recursos Hídricos
- Ecorregiões Aquáticas
- Programa Marco - Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos da Bacia do Prata, relação com a variabilidade e Mudanças Climáticas
1) Gestão ponto focal:
-
Equipe reduzida (1 +1)
-
Recursos financeiros insuficientes (sem PPA específico)
2) Desafios gerais:
-
Necessidade constante de integração e articulação com todos os demais órgãos setoriais;
-
Desarticulação com os Estados
-
Alcance limitado da Convenção para a sociedade brasileira
6- Quais as principais dificuldades encontradas para implementação da Convenção de Ramsar?
OBRIGADA!
gba@mma.gov.br