Oito idades do homem

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Eik Erikson - As oito idades do homem

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ERIK ERIKSON (1902-1994)

. Psicanalista alemão, radicado nos Estados Unidos, responsável pela Teoria do Desenvolvimento psico-social.

. Epigênese: crescimento passo a passo e a seu tempo dos órgãos (contribuição da embriologia que reforma a visão que o homem medieval tinha da concepção – homúnculo.

OBRAS

Infância e sociedade; O ciclo de vida completo

Cliente
Erik Homburger Erikson (Frankfurt, 15 de junho de 1902 — Harwich, 12 de maio de 1994) foi um psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicosocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento.Erik Homburger Erikson nasceu em Frankfurt-sobre-o-Meno, Alemanha, em 15 de Junho de 1902. Começou a sua vida como artista plástico. Em 1927, depois de estudar arte e viajar pela Europa, passou a leccionar em Viena a convite de Anna Freud, filha de Sigmund Freud. Sob orientação dela, submeteu-se à psicanálise e tornou-se ele próprio psicanalista, embora tenha tecido criticas à psicanálise por esta não ter em conta as interacções entre o individuo e o meio, assim como por privilegiar os aspectos patológicos e defensivos da personalidade. No início da carreira, o interesse de Erikson esteve voltado para o tratamento de crianças e as suas concepções de desenvolvimento e de identidade influenciaram as pesquisas posteriores, nomeadamente sobre a adolescência. A si se deve a expressão "crise da adolescência".Em 1933 emigrou para os Estados Unidos e naturalizou-se americano. Leccionou nas universidades de Harvard, Berkeley e Yale. Na década de 1930, tendo mesmo habitado na reserva dos índios Sioux, as suas experiências pessoais em antropologia, muito referidas nas suas obras, deram-lhe uma perspectiva social marcante. As investigações com os índios confrontaram-no com o sentimento de desenraizamento e de ruptura que estes experienciavam entre a história do seu povo e a cultura americana. Em 1936 transferiu-se para um centro de estudos de relações humanas e começou a estudar a influência de factores culturais no desenvolvimento psicológico.Com base nessas pesquisas formulou a teoria segundo a qual as sociedades criam mecanismos institucionais que propiciam e enquadram o desenvolvimento da personalidade, embora as soluções específicas para problemas similares variem de cultura para cultura. Na década de 1940, Erikson concebeu o modelo que expôs em ´Infância e sociedade´ (1950). Erikson publicou livros sobre Martinho Lutero, Gandhi e Hitler e escreveu ensaios em que relaciona a psicanálise com a história, política, filosofia e teologia, tais como ´A história da vida e o momento histórico´ (1975).Criador da expressão ´crise de identidade´, Erik Erikson morreu em 12 de maio de 1994, em Harwich, estado de Massachusetts. As suas concepções revolucionaram a psicologia do desenvolvimento, continuando, nos dias de hoje, a motivar investigações e reflexões várias.
Cliente
"... todo crescimento e desenvolvimento seguem padrões análogos. Na sequencia epigenética de desenvolvimento, cada órgão tem seu tempo de origem - um fator tão importante quanto ao lócus de origem. Se o olho não surge no tempo certo, `ele nunca será capaz de expressar -se totalmente, pois o momento para o crescimento rápido de alguma outra parte terá chegado (Stockard, 1931). (...) Se o órgão perde seu momento de ascendência, ele não só está condenado como uma entidade, mas ele também põe em risco simultaneamente toda a hierarquia dos órgãos.... O resultado do desenvolvimento normal, entretanto, é o relacionamento adequado de tamanho e função entre todos os órgãos corporais: o fígado ajustado em tamanho ao estômago e intestino; o coração e os pulmões adequadamente equilibrados e a capaciade do sistema vascular acuradamente proporcional ao corpo como um todo" (O ciclo de vida completo, p. 29).

Erik Erikson - Estágios de desenvolvimento emocional e social da criança (e do adulto)

“... Nossos instintos inatos e o mundo que nos cercam sendo o que são, eu não poderia deixar de dizer que o amor não é menos essencial para a sobrevivência da raça humana do que coisas como a tecnologia” (Freud).

1º ESTÁGIO – IDADE DO BEBÊ (de 0 aos 1,5 meses) Confiança básica vs. Desconfiança básica

I Estágio: Idade do bebêEstágios e modos psicossexuais: Oral-respiratório, sensório-cinestésico (Modos incorporativos)Crises psicossociais: Confiança básica vs. Desconfiança básicaRaio de relações significativas: Pessoa maternalForça básica: Esperança

Patologia central, antipatias básicas: Retraimento

Princípio relacionado de ordem social: Ordem cósmica

Ritualizações de união: Numinosas

Ritualismo: Idolismo

1º ESTÁGIO – (de 0 a 1,5 anos)confiança x desconfiança: esperança Positivo (sintônico): Adquire segurança e confiança em si própria, em

relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com sua mãe... Negativo (distônico): Se a relação for de insegurança e de insatisfação de

suas necessidades, a criança terá dificuldades em se adaptar às situações futuras. Tornar-se-á retraída e insegura, medrosa e desconfiada, situações que ela arrastará pela vida afora.

1º ESTÁGIO – (de 0 a 1,5 anos)confiança x desconfiança: esperança

Crianças que são amadas como são e não pelo que virão a ser desenvolvem um sentimento de segurança e inclusão (intercâmbio positivo).

2º ESTÁGIO – Infância inicial (meninice) (de 1,5 3 anos)Autonomia vs. Vergonha, Dúvida

2 Estágio: Infância inicialEstágios e modos psicossexuais: Anal-uretral, muscular (Retentivo-Eliminativo)Crises psicossociais: Autonomia vs. Vergonha, DúvidaRaio de relações significativas: Pessoas parentaisForça básica: Vontade

Patologia central, antipatias básicas: Compulsão

Princípio relacionado de ordem social: “Lei e Ordem”

Ritualizações de união: Judiciosas

Ritualismo: Legalismo

2º ESTÁGIO – (de 1,5 a 3 anos)autonomia x vergonha e dúvida:

vontade - compulsão

Positivo: Vontade própria (impulsos) x normas e regras sociais; Processo exploratório (locomoção, linguagem): o mundo das coisas e das pessoas que giram em seu entorno, seu corpo, a linguagem...

Negativo: sentimento de vergonha quando os pais a tratam com muita rigidez, quando a colocam em situações constrangedoras.

3º ESTÁGIO – Idade de Brincar (de 3 aos 6 anos) Iiniciativa vs. Culpa

3 Estágio: Idade do brincarEstágios e modos psicossexuais: Infantil-genital, Locomotor (Intrusivo-Inclusivo)Crises psicossociais: Iniciativa vs. CulpaRaio de relações significativas: família básicaForça básica: Propósito/determinação

Patologia central, antipatias básicas: Inibição

Princípio relacionado de ordem social: Protótipos ideais

Ritualizações de união: Dramáticas

Ritualismo: Moralismo

3º ESTÁGIO – (de 3 a 6 anos: idade do brincar)Iniciativa x culpa: propósito/inibiçãoRitualização: dramática/moralismo

Positivo: Amadurecimento da fase anterior; capacidade de tomar iniciativa sem se sentir culpada; brincadeiras: diversos papéis; individualidade: tem consciência de ser “outro” e não “os outros”

Negativo: Quando tem a sensação de que nada pode fazer, de que faz tudo errado, sem ter poder de escolha...

4º ESTÁGIO – IDADE ESCOLAR) - LATÊNCIA(de 6 aos 12 anos) DILIGÊNCIA (indústria) vs. INFERIORIDADE

IV Estágio: Idade escolar Estágios e modos psicossexuais: latência Crises psicossociais: Diligência vs. Inferioridade Raio de relações significativas: vizinhança e escola Força básica: Competência Patologia central, antipatias básicas: inércia Princípio relacionado de ordem social: ordem

tecnológica Ritualizações de união: formais (técnicas) Ritualismo: Formalismo

4º ESTÁGIO – IDADE ESCOLAR) - LATÊNCIA(de 6 aos 12 anos) DILIGÊNCIA (indústria) vs. INFERIORIDADE

Positivo: A confiança, autonomia e iniciativa levam a criança ao sentimento de que é capaz.

Negativo: A falta de confiança, de autonomia e de iniciativa levam-na ao sentimento de inferioridade (“Sou idiota, burra, faço tudo errado, sem inteligência).

Esporte ao longo da vida

5º ESTÁGIO – ADOLESCÊNCIA (de 12 aos 18 anos) Identidade e confusão de identidade

IV Estágio: adolescênciaEstágios e modos psicossexuais: PuberdadeCrises psicossociais: Identidade vs. confusão de identidadeRaio de relações significativas: grupos de iguais, e outros grupos, modelos, liderançaForça básica: Fidelidade

Patologia central, antipatias básicas: Repúdio

Princípio relacionado de ordem social: visão de mundo ideológica

Ritualizações de união: ideológicas

Ritualismo: totalismo

5º ESTÁGIO – Adolescência (de 12 aos 18 anos)Identidade e confusão de identidade

Positivo: Crise da adolescência: começa a ter consciência de sua identidade psicossocial (consciência de seu papel no mundo); de sua singularidade;

Negativo: estado de confusão pela perda dos laços familiares e falta de apoio em seu crescimento; oscilação de humor, pela dificuldade de emancipação: às vezes sente-se ao mesmo tempo cobrada como uma pessoa adulta e tratada como criança ou adolescente...

6º ESTÁGIO – Idade adulta jovem (de 18 anos a 30 anos) – Identidade vs. isolamento

6 Estágio: Idade adulta jovemEstágios e modos psicossexuais: genitalidadeCrises psicossociais: Identidade vs. isolamentoRaio de relações significativas: parceiros de amizade, sexo, competição, cooperaçãoForça básica: amor

Patologia central, antipatias básicas: Exclusividade

Princípio relacionado de ordem social: padrões de cooperação e competição

Ritualizações de união: Associativas

Ritualismo: Elitismo

6º ESTÁGIO – (de 18 aos 30 anos)Intimidade x isolamento

Positivo (sintônico): Estabelecer relações íntimas do jovem adulto com outras pessoas.

Negativo (distônico): o jovem não consegue estabelecer compromissos nem trocas de afetos com intimidade

7º ESTÁGIO – Idade adulta (de 30 aos 65 anos) Generatividade vs. Estagnação

7 Estágio: Idade adultaEstágios e modos psicossexuais: procriatividadeCrises psicossociais: Generatividade vs. EstagnaçãoRaio de relações significativas: trabalho dividido e família e lar compartilhadoForça básica: Cuidado

Patologia central, antipatias básicas: Rejeição

Princípio relacionado de ordem social: Correntes de educação e Tradição

Ritualizações de união: Geracionais

Ritualismo: autoritarismo

7º ESTÁGIO – (de 30 aos 65 anos)generatividade x estagnação

Positivo: Afirmação social no mundo do trabalho e da família, da cidadania.

Passar experiências às novas gerações. Deixar sua contribuição para um mundo melhor.

Negativo: centralização em si próprio; estagnar-se, fechando-se em si mesmo

Afastamento dos outros ou da sociedade

8º ESTÁGIO – Velhice (de 65 a ...) Integridade vs. desespero

8 Estágio: velhiceEstágios e modos psicossexuais: generalização de modo sensuaisCrises psicossociais: Integridade vs. desesperoRaio de relações significativas: Gênero humano, meu gêneroForça básica: Sabedoria

Patologia central, antipatias básicas: Desdém

Princípio relacionado de ordem social: Sabedoria

Ritualizações de união: Filosóficas

Ritualismo: Dogmatismo

8º ESTÁGIO – (de 65 anos....)Integridade x Desespero

Positivo (sintônico): integração e compreensão do passado vividoNegativo (distônico): negação da vida, sentimento de fracasso; não aceitação das limitações físicas e perda de poder

A partir dos 60 - SABEDORIA - integridade do ego ao invés de desesperança

A criança saudável não teme a vida, e o idoso saudável não teme a morte

Considerações gerais Nós e a

Matriochka, a boneca russa: uma analogia

Estágios de desenvolvimento – Erik Erikson

Nossa existência: a somatória das reconstruções de nós

Quando se deve começar a cuidar de uma relacionamento para que dê certo?

Seria possível passar por todos os estágios de forma positiva?

Será que temos controle total sobre nossos atos?

Quem ama não descuida1. Confiança x

desconfiança2. Autonomia x

vergonha, dúvida

3. Iniciativa x culpa4. Domínio x

inferioridade5. Identidade do eu

x confusão de papéis

6. Intimidade x isolamento

7. Generatividade x estagnação

8. Integridade x desespero

1. Esperança, fé x percepão distorcida e fuga da realidade

2. Vontade, determinação x impulsividade e compulsão

3. Objetivo, coragem x falta de resiliência, ambição

4. Competencia x limitação, inércia5. Fidelidade, lealdade x fanatismo,

rejeição - repulsão6. Amor x promiscuidade,

exclusivismos7. Cuidado x sobreexceder- rejeição8. Sabedoria x presunção-desespero

Erik Erikson - Estágios de desenvolvimento (conflitos a serem resolvidos)

8) 65... (maturidade)Intregridade x desespero7) 30 aos 65 anos (idade adulta) – Generatividade x estagnação6) 18 aos 30 anos (jovem adulto) - Intimidade x isolamento5) 12 aos 18 anos (adolescência) – Identidade do eu x confusão de papéis4) 7 aos 12 anos (infância) Industriosidade x inferioridade3) 3 aos 6 anos – iniciativa x culpa2) 1,5 aos 3 anos - autonomia x vergonha e dúvida1) 0 a 1,5 anos – confiança x desconfiança

Estágio A Estágio e modos psicossexuais

BCrises psicossociais

CRaio de relações significativas

DForças básicas

E Patologia central, antipatias básicas

F Princípios relacionados de ordem social

G Ritualizações de união

HRitualismo

I Período(bebê)

Oral-respiratório, Sensório-cinestésico (modos incorporativos)

Confiança básica vs. Desconfiança básica

Pessoa maternal

Esperança

Retraimento

Ordem cósmica

Numinosas

Idolismo

II Infância inicial

Anal-uretral, muscular (retentivo-eliminativo)

Autonomia vs. Vergonha, Dúvida

Pessoas parentais

Vontade

Compulsão

Lei e ordem

Judiciosas

Legalismo

III Idade do brincar

Infantil-genital, locomotor (intrusivo, inclusivo)

Iniciativa vs. culpa

Família básica Propósito

Inibição Protótipos ideais

Dramáticas

Moralismo

IV Idade escolar

Latência Diligência vs. Inferioridade

Vizinhança, Escola

Competência

Inércia Ordem tecnológica

Formais (técnicas)

Formalismo

V Adolescência

Puberdade Identidade vs. Confusão de identidade

Grupo de iguais e outros grupos; modelos de liderança

Fidelidade

Repúdio Visão de mundo ideológica

Ideológicas

Totalismo

VI Idade adulta jovem

Genitalidade Intimidade vs. isolamento

Parceiros de amizade, sexo, competição, cooperação

Amor Exclusividade

Padrões de cooperação e competição

Associativas

Elitismo

VII Idade adulta

Procriatividade Generatividade vs. Estagnação

Trabalho dividido e Família e lar compartilhados

Cuidado

Rejeiçã o Correntes de Educação e Tradição

Geracionais

Autoritarismo

VIII Velhice

(Generalização de modos sensuais)

Integridade vs. desespero

“Gênero humano”, “Meu gênero”

Sabedoria

Desdém Sabedoria Filosóficos

Dogmatismo