Post on 21-Jan-2018
OTITE EXTERNA
Inflamação do Conduto Auditivo Externo (CAE) (“afecções dermatológicas”)
Relação com esportes aquáticos ( Sazonal: verão)
Alcalinizãção do PH tecidual
Ângulo encontro membrana timpânica – parede inferior (retenção líquidos)
Microorganismos mais comuns:
Pseudomonas aeruginosa
Staphylococcus aureus
(Otite do Nadador)
OTITE EXTERNA
Otalgia
Dor Intensa bem localizada(Dor à mastigação, Dor à compressão do Tragus)
Otoscopia Dolorosa (Edema CAE)
Otorreia
Ausência:
Febre /
Quadros de Resfriados Comuns (obstrução nasal, coriza, tosse)
Ao Exame: Pele Eriçada ; Eritema ; Edema (diminuição diâmetro)
DD: OMA
OTITE EXTERNA Otalgia
Dor Intensa bem localizada
Otoscopia Dolorosa (Edema CAE)
Otorreia
Ausência:
Febre /
Quadros de Resfriados Comuns (obstrução nasal, coriza, tosse)
DD: OMA
OTITE EXTERNA
Prevenção:
(Pessoas que se queixam “água fica presa no ouvido”):
Secadores de Orelha
Secador de cabelo manual + tração anterior Pavilhão auricular
Não usar Álcool (irritante, resseca > fissuras e dermatites)
(Distúrbios PH – alcalino - do CAE):
Soluções Acidificantes
Tratamento:
Analgésico(acetaminofeno, ibuprofeno, codeína, diclofenaco)
Limpeza / Debridamento
Proteção da Orelha (contra entrada de água / shampoo / sabonete / etc)
Gotas Ótológicas com ATB (quinolona) + Corticoide (Hidrocortisona)
Quinolonas (ciprofloxacino, ofloxacino)
Aminoglicosídeos (neomicina, gentamicina, tobramicina, polimixina)
ATB Oral ou Sistêmico (não necessita)
Corticoide Oral ou Sistêmico (casos mais severos)
Ácido Acético (acidifica)
OTITE EXTERNA
OTITE MÉDIA AGUDA
Definição (AAP e AAFP):
1. Início Abrupto
2. Presença de Efusão em Orelha Média
3. Sinais/Sintomas Locais & Sistêmicos
• Febre (< 38C),
• Otalgia (Criança manipula muito orelha),
• Dificuldade Sucção,
• Otorreia
• Irritabilidade, Anorexia, Vômitos, Diarreia, Sono alterado
• Abaulamento membrana Timpânica (mobilidade diminuída ou ausente)
• Níveis Hidroaéreos
• M.T. opaca ou eritematosa
OTITE MÉDIA AGUDA
Epidemiologia:
Até 3 anos > 75% -90% terão 1 episódio
Com 2 anos > 25% terão OMA recorrente
Abaixo de 1 ano > Segunda doença mais diagnosticada
Abaixo de 10 anos > 42% das prescrições de ATB (resistência!!!)
Causada:
50% por bactéria
50% Viral ou Desconhecida
Meses Frios
OTITE MÉDIA AGUDA
Fisiopatologia:
Resfriado comum
Congestão mucosa da Tuba Auditiva
Prejuízo Ventilação (pressão neg. na caixa timpânica)
Prejuízo Drenagem
Acúmulo de Secreções
Aspiração de Bactérias da Rinofaringe
OTITE MÉDIA AGUDA
Membrana Timpânica Abaulada
Estágios (em qualquer direção):
Secreção Purulenta
Coloração Âmbar (efusão rosa ou mucoide) – OM com Efusão / Serosa
Níveis Líquidos (entrada de ar)
M.T. normal (reabsorção/drenagem)
OTITE MÉDIA AGUDA
Fatores de Risco
Infecções Respiratórias (vírus respiratório sincicial, parainfluenza virus, Influenza A e B, enterovirus, rinovirus, adenovirus, metapneumovirus humano)
Creches / Escolinhas
História Familiar de predisposição
Tabagismo domiciliar
Ingestão de Líquidos em Decúbito
Uso de Chupetas
Privação de Leite Materno
OTITE MÉDIA AGUDABacteriologia:
Streptococcus pneumoniae (30%)
Haemophilus influenzae (não-tipável, usualmente bectalactamase +) (25%)
Moraxella catarrhalis (12%)
Streptococcus pyogenes beta-hemolítico do grupo A (GAS) (2%)
Infecção Viral (Virus Sincicial Respiratório, Adenovirus, Influenza A e B) (10 – 20%)
Coinfecção (65%)
D.D. : Otite Externa
OMA: meses frios / febre / vigência de IVAS
OTITE MÉDIA AGUDAConduta:
80% Resolução ESPONTÂNEA
< 6 meses (HD confirmada) ATB
> 6 meses Wait & Watch - monitorar de perto (expectante Simples)
(se não tiver melhora rápida 48-72h > iniciar ATB)
HD certeza (6m - 2a ou severo) ATB
HD incerta / > 2a + Caso Severo ATB
Caso “não severo” Observar(febre < 39C, otalgia leve)
OMA Bilateral ATB (+ benefício)(História natural pior, quadros mais graves, mais jovens, bact+)
Otorreia Súbita ATB(24-28h)
Sem Possibilidade de Seguimento Adequado ATB
Anomalias Craniofaciais, Síndromes Genéticas, ATBImunodeficiências, Implante Coclear e <6m
OTITE MÉDIA AGUDA
Antibiotioterapia:
(Academia de Pediatria dos Estados Unidos):
1. Amoxicilina (40 – 90 mg/kg 2x/dia)
2. Amoxicilina + Clavulanato // Cefuroxima // Cefdinir // Cefpodoxima(50mg/kg/dia + 6,4mg/kg/dia BID) // (30/mg/kg/dia BID) //
3. Ceftriaxona Intramuscular (3doses) // Clindamicina( 50mg/kg/dia IM MID – 3D )
(se não tiver boa resposta em 72h)
Vacinadas / Sem critério de risco:– amoxi+clavul 40mg/kg/dia
Não vacinadas / OMA bilateral / Otorreia: - amoxi+clavul 90mg/kg/dia
Otorrinolaringologista(Paracentese Timpânica, Cultura, Antibiograma)
OTITE MÉDIA AGUDA
Antibiotioterapia:
(ALERGIA À PENICILINAS):
1. Macrolídeo (Azitromicina, Claritromicina)
2. Clindamicina
* Cefuroxima axetil (30mg/kg/dia BID) ou
Claritromicina (15mg/kg/dia BID)
OTITE MÉDIA AGUDA
Tratamento Expectante com Prescrição Antecipada - Contraindicada
(Explanar sobre melhora espontânea)
Tratamento:
X
Resistência Bacteriana ao ATB:
Resistência do Streptococcus pneumoniae à Penicilina(mecanismos geneticamente mediados)
9,9% de resistência à Penicilina (1999-2008)
80% de resistência ao SMX-TMP
13% de resistência à eritromicina e clindamicina
5,6% resistência à Ceftriaxona
Ausência de resistência ao cloranfenicol, ofloxacina, rifampicina, vancomicina
OTITE MÉDIA AGUDA
OTITE MÉDIA AGUDA
Resistência Bacteriana ao ATB:
Resistência de 12% dos Haemophilius influenzae à Penicilina
Resisência de 92% de Moraxella Catharralis à Pencilina
(1997-1998) (produção de betalactamases)
AMIGDALITES VIRAIS
< 3 Anos
Predomina:
Rhinovirus,
Adenovirus,
Influenza,
Parainfluenza,
Vírus Respiratório Sincicial,
Epstein-Barr
Coxsackie
Herpes Simplex
AMIGDALITES VIRAISVIRAL BACTERIANA
- Inicio Gradual - Inicio Súbito
- Sintomas de leve intensidade - Dor faríngea,
- Dor de garganta e disfagia - Odinofagia
- Mialgia - Otalgia reflexa.
- Coriza hialina, espirros, obstrução nasal - Ausência de sintomatologia nasal ou
laringo-traqueal.
- Tosse, rouquidão
- < 3 anos - > 3 anos (pico de incidência entre 5 a 10
anos de idade, mas podem ocorrer em
crianças menores de 3 anos e em adultos
maiores de 50 anos)
- Febre baixa a moderada - Febre elevada (com queda do estado geral)
- Ausência de adenopatia ou adenopatia
difusa
- Adenomegalia dolorosa (limitada em cadeia
jugulo-digástrica)
- Tonsilas podem estar aumentadas, mas
frequentemente não há exsudato
- Hipertrofia e hiperemia de amígdalas
- Exsudato tonsilar purulento
- Conjuntivite - Petéquias no palato.
- Hiperemia difusa da faringe - Erupção escarlatiniforme
- Vesículas e úlceras - Sinais de alerta: Náuseas e vômitos
Sin
tom
as E
xtr
a-fa
rín
geo
s
AMIGDALITES VIRAIS
Adenovírus Faringoamigdalite Exsudativa Prolongada + Conjuntivite
Epstein Barr Linfadenopatia Generalizada + Esplenomegalia
Coxsackie e Herpes Simplex Estomatite + Faringite + Lesões Vesicularesou Ulcerativas
AMIGDALITES VIRAIS
Tratamento Sintomático
Repouso no período febril.
Estimular ingestão de líquidos não ácidos e não gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios ou gelados.
Analgésico e antitérmico: acetaminofeno ou ibuprofeno.
Irrigação da faringe com solução salina isotônica morna.
AMIGDALITES BACTERIANAS
Agentes Etiológicos Bacterianos (10 a 15%)
Streptococcus pyogenes (Estreptococo Beta-Hemolítico do grupo A)
(20 a 30% das faringotonsilites agudas em crianças em idade escolar e adolescentes)
Mycoplasma pneumoniae
Staphylococcus aureus
Haemophilus sp
Moraxella catarrhalis
AMIGDALITES BACTERIANAS
GAS
Em geral infecções benignas autolimitadas, sem complicações
Complicações: faciíte necrotizante, complicações renais e cardíacas
Não supurativas
Escarlatina
Febre reumática
Glomerulonefrite
Síndrome do choque tóxico estreptocóccico
Supurativas
Abscesso periamigdaliano
Abscesso parafaríngeo
Infecções do espaço retrofaríngeo
Otite média
Sinusite Aguda
AMIGDALITES BACTERIANAS
Epidemiologia
Pico – Inverno e Primavera
Crianças e Adolescentes (> 5 anos)
Escolas
AMIGDALITES BACTERIANAS
Sinais e Sintomas
Odinofagia
Mal estar moderado
Febre alta
Náuseas Vômitos e Desidratação
Hiperemia - Mucosa Faringoamigdaliana
Edema
Exsudato
Adenopatia Cervical Dolorosa
Exantema Escarlatiniforme (pouco comum)
Sinal de Forchheimer
AMIGDALITES BACTERIANAS
Diagnóstico Etiológico definitivo:
Cultura de material da Orofaringe (p. ouro)
Teste Rápido para Detecção de antígeno estreptocócico (Imunoensaios, aglutinação Látex) (falsos negativos)
ASLO (anti-estreptolisina O)(estreptococco A C e G, varia idade e ATBs)
AMIGDALITES BACTERIANAS
Quando Tratar?
Teste Rápido Positivo
Na Espera do Resultado da Cultura (controverso)
Cultura Positiva
Clínica sugestiva + Antígeno rápido positivo = Tratamento
Clínica sugestiva + Antígeno rápido negativo = Cultura
Clínica muito sugestiva - Sem exames = Tratamento
Clínica sugestiva + Antígeno rápido negativo + Cultura negativa = Rever o Diagnóstico
+ Sintomáticos
AMIGDALITES BACTERIANAS
Princípios do Uso Racional de Antibióticos nas Amigdalites:
Basear o Diagnóstico em testes microbiológicos laboratoriais, juntamente com achado epidemiológicos e clínicos
Tratar apenas as infecções causadas pelo GAS ou outras etiologias bacterianas específicas
Selecionar a Penicilina/Amoxicilina, que continua sendo o ATB de eleição
Otimização do atendimento à criança com amigdalite
Disponibilidade de testes microbiológicos acurados
Eficácia da Estratégia Diagnóstica
Menor Utilização de ATB
Redução da Seleção de Bactérias Resistentes
Vantagem para a Saúde Pública
Referências
PITREZ, P. M. C.; PITREZ, J. L. B. Infecções àgudas das vias aéreas superiores – diagnóstico e tratamento ambulatorial. Jornal de Pediatria vol.79. 2003.
SAFFER, M.; BELLIZIA NETO, L. Otite Externa. IV Manual de Otorrinolaringologia Pediátrica da IAPO. Disponível em: <http://www.iapo.org.br/manuals/34-2.pdf > Acesso em 24/04/17
SHIRAMIZO, S. C. P. L. Protocolo Assistencial – Faringoamigdalites em Crianças e Adolescentes Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento. Albert Einstein, Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. 2012
SIH, T. Otites e Amigdalite - Painel de Atualização sobre a Dor Infantil . 2010. Disponível em: < https://www.medlink.com.br/sites/default/files/artigos/dor/otite-e-amigdalite.pdf>
Sociedade Brasileira de Pediatria. PRONAP - Programa Nacional de Educação Continuada em Pediatria – CICLO XIII. Fasc . 2: Otorrinolaringologia Pediátrica – Otite Média Aguda.
WECKX, L. L. M.; SAKANO, E. Antibióticos em Otorrinolaringologia Pediátrica. Antimicrobianos na Prática Clínica Pediátrica – Guia Prático para Manejo no Ambulatório, na Emergência e na Enfermaria. Mod B. Fasc XIV. PRONAP – Programa Nacional de Educação Continuada em Pediatria.