Post on 07-Jul-2015
Portfólio Digital
Desenhos Infantis:
Desvios e Alterações No Processo Criativo
Projeto Desenvolvido na 8ª Série/ 9º Ano no Decorrer do Ano de 2010 na E.E.Prof. Francisco Alves Brizola
Responsável: Rose Ap. da SilvaArte- Educadora
Currículo Lattes
1º Momento:Vasos e Rostos - Um Exercício Para o Cérebro Duplo
Pretendemos com essa atividade propor a indagação: O que é o desenho?
Um jogo de figura e fundo, num jogo “Gestáltico” de visualidades.
Atividade proposta no livro: Desenhando com o Artista Interior (EDWARDS, Betty. 2002)
1º Momento:Vasos e Rostos - Um Exercício Para o Cérebro Duplo
Atividade proposta no livro: Desenhando com o Artista Interior (EDWARDS, Betty. 2002)
1º Momento:Vasos e Rostos - Um Exercício Para o Cérebro Duplo
Atividade proposta no livro: Desenhando com o Artista Interior (EDWARDS, Betty. 2002)
2º momento:Professor provocador
Pretendemos com essa atividadepropor conexões entre aslateralidades hemisféricascerebrais. Um diálogo entre aracionalidade e o sensível. Aodesenhar com a mão esquerda oaluno desprende-se da logicidadematemática e permite-setransitar por regiões nem sempreexploradas.
No entanto, o que já esperávamosaconteceu:
Um aluno se negou a fazer aatividade, disse que se tivesseque desenhar com a mãoesquerda ele o faria com os pés.De pronto aceitamos o desafio.
• O desenho do aluno foi refeito em alt line no programa Photoshop e levado a aula no dia seguinte, onde fizemos a leitura e um paralelo com a obra “O Grito –Edvard Munch”.
2º momento:Professor provocador
2º momento:Professor provocador
O Grito- Edvard Munch, 1893 / óleo s/tela,
têmpera e pastel s/carvãoEstudos feitos em “alt line” do
desenho feito com os pés
pelo aluno
3º momento: Observação
• Tudo o que é preciso é sentir omundo, olhá-lo mais atentamente.
• Pretendemos com essa atividadeaguçar o olhar.
• Ensinar a ver é ensinar a conhecer,ensinar a explorar o mundo peloolhar, apreender e compreendê-lo;quem vê, cria novas possibilidades,inventa novas saídas, percebe omundo de forma global; o saber vaise desenhando num apropriamentosistêmico das múltiplas habilidadesdo indivíduo.
• “O ver é compreender”(Arheim. 2005, p.39)
3º momento: Observação de objetos
O objeto ao ser observado, de alguma forma, passa a ser apropriado pelo sujeito observador, este lhe
alcança como se possuísse mãos invisíveis, seu conhecimento sobre este objeto, olhado mais atentamente,
é específico e único, que ao menor balançar de cabeça, ou mudança de postura do espectador, se
desenhará de forma diferente; mudam-se os ângulos, mudam-se as perspectivas, muda-se o objeto,
e a forma de representá-lo.
3º momento: Observação
3º momento: Observação de campo
Os alunos foram até a área verde da escola e lhes foi solicitado que
observassem a quadra poliesportiva, as árvores, a vegetação de arbustos
o piso; sempre buscando ângulos inusitados.
Foi a primeira vez que trabalharam com carvão estavam muito ansiosos
4º Momento- Desenhando Modelos Vivos
• Nesse momento foi feita uma brincadeira de estátua, iniciávamos a brincadeira e todos ficavam inertes, a estátua mais interessante, era escolhida como modelo, o restante da sala se posicionava no ângulo que mais lhe agradara e desenhava. A brincadeira se reiniciava quando todos diziam ter terminado.
4º Momento- Desenhando Modelos Vivos
4º Momento- Desenhando Modelos Vivos
4º Momento- Desenhando Modelos Vivos
Jhonathan (s) ontem e hoje
Desenho 1 feito em 2010 e desenho 2 feito em 2012 pelo aluno Jhonathan José.
Jhonathan (s) ontem e hoje
“As pessoas não conseguem desenhar porque ficam preocupadas em acertar, eu nem ligo se errar, vou
errando, errando até que eu acerto, o desenho é assim um monte de erros que no final dá certo”
Jhonathan José, aluno desde a 8ª série em 2010
Considerações Finais
• Apresentamos apenas alguns exemplos dos muitos alunos que estãoconquistando a linguagem do desenho.
• Salientamos que não são todos que se encontram na mesma fase, algunsainda têm muitas dificuldades em desenhar, mas estamos vivendo umprocesso e é pessoal. A quantidade limitada de aulas de Arte também é umfator determinante. Sem falarmos nos pré-conceitos ainda arraigados emmuitos integrantes do corpo docente e mesmo discente da escola.
• Apesar dos pesares não desistimos, pois falar em desenho é falar emconstância, na busca insistente de derrubar tabus e barreiras estereotipadase pré-estabelecidas socialmente.
• Trabalhamos o desenho enquanto ferramenta que deflagra o pensamento,sendo também promovedora e fruto dele.
• Acreditamos que a volta ao desenho já nas fases da adolescência é possível,basta acordar o que, em algum momento no processo escolar, foi aquietado,encoberto ou emudecido.
Referências
• ALVES. Rubem. O Desejo de Ensinar e a Arte de Aprender. Fundação EDUCAR DPaschoal, 2004.
• ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: Uma psicologia da visão criadora: nova versão / Rudolf Arnheim; trad. Ivone Terezinha de Faria. São Paulo : Pioneira Thomson Learning.2005.
• DWORECKI, Silvio. Em Busca do Traço Perdido. São Paulo. Scipione. EDUSP.1998EDWARDS, Betty. Desenhando Com o Artista Interior. Trad. Maria Cristina Guimarães Cupertino. São Paulo: Claridade.2002.
• São Paulo ( Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias/secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. São Paulo : SEE, 2010
• TIBURI, Márcia. Diálogo/Desenho. Marcia Tiburi, Fernando Chuí. São Paulo. Ed.Senac. São Paulo. 2010.