Praticas adequadas e desadequadas

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Os adultos implicam-se em interacçõesindividuais com os bebés. Falam num tom devoz agradável e securizante e utilizamlinguagem simples e contato visualfrequente.

Pega-se nos bebés ao colo e levam-se deum lado para o outro com frequência deforma a proporcionar-lhes uma grandevariedade de experiências. Os adultos falamcom o bebé antes, durante e depois de olevar de um lado para o outro.

Os adultos prestam especial atenção aosbebés durante as rotinas, como porexemplo mudar a fralda, dar de comer,mudar a roupa. O adulto explica o queaconteceu, o que está a acontecer e oque vai acontecer a seguir.

Todas as interacções são caracterizadas porrespostas calmas e securizantes. Os adultosescutam e respondem aos sons que osbebés emitem enquanto comunicaçãoprincipiante.

Os adultos respondem rapidamente ao choro ou chamamento aflito dos bebés, reconhecendo que o choro e os movimentos do corpo são a única forma dos bebés comunicarem. As respostas são securizantes e meigas.

São realizadas interacções lúdicas com os bebés de forma sensível ao grau de tolerância do bebé em relação ao movimento físico, aos sons mais elevados ou a outras mudanças.

Os interesses lúdicos dos bebés são

respeitados. Os adultos observam a

atividade dos bebés e comentam,

oferecem outras ideias para o jogo e

encorajam a forma como o bebé se

implica na atividade.

O adulto fala frequentemente com o

bebé, canta para ele ou mesmo lê um

livro. A linguagem é uma forma de

comunicação vital e viva com cada um.

Cada manhã, os bebés e os pais sãosaudados afectuosamente e com entusiasmo.O adulto responsável pega no bebé à suachegada e ajuda-o gradualmente a tornar-separte do pequeno grupo.

Os adultos respondem consistentemente àsnecessidades dos bebés relativamente àalimentação e conforto, contribuindo assimpara que os bebés desenvolvam um sentidode confiança nos adultos que cuidam deles,de forma a que descubram o mundo comoum lugar seguro para viver.

Os adultos adaptam-se aos horários

próprios de cada bebé quanto à

alimentação e ao sono. São respeitadas

as suas preferências quanto ao tipo de

alimentos e formas de comer.

Os bebés são elogiados nas coisas que

conseguem fazer e ajudados a sentirem-

se progressivamente competentes.

Os adultos respeitam a curiosidade que

os bebés têm uns para com os outros.

Ao mesmo tempo, os adultos ajudam os

bebés a tratarem-se uns aos outros com

gentileza.

Os adultos servem de modelo para o

tipo de interacções que querem que as

crianças tenham entre si.

Os adultos implicam-se frequentemente

em jogos tais como “cu-cu”, “já-já”, ou

“põe põe a pitinha o ovo…” com os

bebés que estiverem interessados e

corresponderem ao jogo.

Mudar as fraldas, dar de comer, assim

como outras rotinas, são vistas como

experiências de aprendizagem vitais

para os bebés.

São exprimidas atitudes saudáveis e

permissivas em relação ao corpo das

crianças e suas funções.

Os bebés são deixados sozinhos durante

longos períodos de tempo, nos berços

ou nas cadeiras, sem a atenção do

adulto. Estes são ásperos, gritam ou

então falam á bebé.

Os bebés são levados de um lado para

o outro conforme a necessidade do

adulto e sem qualquer interacção

verbal. Nada é explicado aos bebés.

As rotinas são feitas rapidamente, sem

envolver o bebé. Durante as rotinas

acontecem muito poucas ou nenhumas

interacções.

Os adultos são duros, ásperos e ignoram

as respostas das crianças.

O choro é ignorado ou tem uma

resposta irregular de acordo com a

conveniência do adulto. As respostas do

adulto ignoram as necessidades dos

bebés.

Os adultos atemorizam, irritam ou

aborrecem os bebés com os seus

comportamentos imprevisíveis.

Os bebés são interrompidos, osbrinquedos são tirados do seu alcance.Os adultos impõem as suas própriasideias ou mesmo brincam eles próprioscom brinquedos independentementedos interesses das crianças.

Espera-se que os bebés se entretenhampor si sós ou que vejam televisão. Alinguagem é utilizada sem consistência eo vocabulário é limitado.

Os bebés são postos no chão ou no

berço sem interacção com o adulto

responsável. Estes recebem a criança

com frieza e sem atenção individual.

Os adultos são imprevisíveis e/ou não

respondem. Agem como se a criança

fosse um impecilho

Os horários são rígidos e baseados nosadultos e não nas necessidades dacriança. A comida é utilizada paracompensações (ou negada comocastigo).

Os bebés são criticados por aquilo que nãoconseguem fazer ou pela sua lutadesastrada por conseguir dominar umacompetência. Os adultos fazem-nos sentirnão adequados e incapazes de terinfluência no que os rodeia.

Os bebés não são autorizados a tocar

uns nos outros com cuidado e são

forçados a partilhar ou a brincar em

conjunto quando não têm qualquer

interesse em o fazer.

Os adultos são agressivos, gritam ou

mostram uma falta de mecanismos de

adaptação quando estão sob tensão.

Os jogos são impostos à criança,

independentemente do seu interesse. O

jogo é visto como um forma de ocupar

o tempo em vez de uma experiência de

aprendizagem.

Os adultos lidam com as rotinas

superficial e indiferentemente.

Faz-se sentir aos bebés que o corpo não

é para tocar ou mesmo admirar e que

as funções corporais são nojentas.