Post on 18-Oct-2018
Profº Ms. Daniel Resende
*
Ao longo desta exposição dialogada serão debatidos aspectos
referentes à:
Aspectos históricos dos Diagnósticos de Enfermagem
Etapas mais utilizadas do Processo de Enfermagem
Principais sistemas de classificação utilizados na prática de
Enfermagem
NANDA
NIC
NOC
A Enfermagem tem articulado crescentes esforços com o propósito de
alcançar sua autonomia e representar o seu conhecimento específico
expresso por uma terminologia variada e utilização de tecnologias.
É nessa busca pelo papel e identidade do seu campo de ação que a
enfermagem estuda a construção, aplicação e validação de
tecnologias.
*
Forma sistemática e dinâmica de prestar cuidados de enfermagem.
Abordagem deliberativa de solução de problemas.
Exige habilidades cognitivas, técnicas e interpessoais.
Voltado para as necessidades do indivíduo.
*
* PROCESSO
É um INSTRUMENTO TECNOLÓGICO que a enfermagem
utiliza:
Para favorecer o cuidado
Para organizar as condições necessárias à realização do cuidado
Para documentar a prática profissional
(GARCIA; NÓBREGA, 2000)
*
TERMINOLOGIA: termos comuns de uma específica área ou relacionado
a um específico campo de assunto e baseado na linguagem de trabalho.
NOMENCLATURA: sistema de termos que é elaborado de acordo com
regras de denominação pré-estabelecidas, compilação de termos aceitos
para descrever um fenômeno.
*
CLASSIFICAÇÃO: um arranjo sistemático em grupos ou categorias de
acordo com critérios estabelecidos, um arranjo de fenômenos em grupos
baseados em seus relacionamentos. As classificações têm a função de
separar, codificar e ordenar os fenômenos de interesse para a disciplina e
profissão.
TAXONOMIA: estudo teórico de uma classificação sistemática incluindo
as bases, os princípios, os procedimentos e regras. A ciência de como
classificar e identificar.
*
Estabelecer metas
Viabilizar análise de conteúdo
Comparar resultados
Comunicação
Identificar área de conhecimento
O que é enfermagem?
Qual contribuição presta à saúde da população?
*
A elaboração de sistemas de classificação na Enfermagem parte do
pressuposto que os membros da equipe de enfermagem constituem um
grupo sócio-profissional que, em seu ambiente de trabalho, utiliza um
vocabulário técnico particular, a que se pode denominar linguagem
especial da Enfermagem.
*
Essa linguagem especial constitui uma modalidade de expressão do
grupo, que incorpora os conceitos, abstratos ou concretos, utilizados em
sua atividade profissional, os quais se deixam reunir em grupos
estruturados de tal modo que cada um fica ali definido pelo lugar que
ocupa respectivamente à posição dos demais, formando redes de termos
para classificação da prática profissional.
*
Estabelecer uma linguagem comum para descrever a prática de
enfermagem;
Estimular a investigação de enfermagem;
Representar conceitos usados nos locais e nas áreas de
especialidades da prática de enfermagem;
Tornar possível a comparação dos dados de enfermagem;
Propiciar dados sobre a prática de enfermagem que possam
influenciar a educação em enfermagem e as políticas de saúde.
Autonomia do enfermeiro
Identidade profissional
Reconhecimento social
*
*
A importância de uma linguagem internacionalmente padronizada na enfermagem foi reconhecida desde Florence Nightingale.
Na década de 1920, antecedendo a proposta formal do processo de enfermagem, afirma-se que a enfermagem é um processo como forma de guiar o ensino das enfermeiras nos Estados Unidos e a partir daí há referências sobre a importância de se identificarem os problemas de enfermagem no paciente.
Abdellah, em 1950, produz um trabalho norteado pelo pressuposto de que as enfermeiras precisavam voltar a centrar o cuidado no paciente. A sua proposta, consoante com as idéias de processo de enfermagem, inclui o que se admite hoje ter sido a primeira classificação de enfermagem. Ela propôs uma lista de 21 problemas de enfermagem, concebendo esses problemas como metas terapêuticas a serem alcançadas no cuidado.
*
*Em 1966, Henderson propõe 14 necessidades básicas como as áreas de
pertinência dos cuidados de enfermagem. Apesar de não ter especificado quais
poderiam ser os ‘problemas de enfermagem do paciente’ nessas 14 áreas, os
trabalhos de Henderson também prepararam a enfermagem para as
classificações.
*Apesar de os trabalhos de Abdellah e de Henderson despontarem como
pioneiros é em 1973 que se dá o principal marco dos movimentos de
classificação na enfermagem. Nesse ano, reúne-se um grupo de enfermeiras
dos Estados Unidos e Canadá com a finalidade de identificar e classificar
diagnósticos de enfermagem.
*
*Em 1982, institui-se a North American Nursing Diagnosis Association
(NANDA), que assume os trabalhos de classificação dos diagnósticos.
*Cria-se, em 1987, um grupo que inicia os trabalhos para a classificação de
intervenções (Nursing Interventions Classification – NIC) e resultados de
enfermagem (Nursing Outcomes Classification – NOC).
*Também na década de 1980, deu-se início a outras classificações para atender
às necessidades de projetos específicos, como a classificação para enfermagem
em saúde comunitária e a classificação para cuidado domiciliário.
*Na Universidade de Iowa, em 1995, os trabalhos de classificação das
intervenções e resultados, iniciados em 1987, adquirem o status de um centro de
classificações.
*
No Brasil, destacam-se os trabalhos de Horta, nas décadas de 1960 e 1970. A
aplicação da teoria das necessidades humanas básicas, ainda que não tivesse a
finalidade de criar um sistema de classificação, requeria a categorização dos
problemas de enfermagem dos pacientes segundo algumas necessidades: as
básicas e a categorização das atividades de enfermagem segundo o grau de
dependência do paciente para o atendimento das necessidades identificadas.
*
No Congresso de Seul, em 1989, o Conselho Internacional de Enfermagem
(CIE) decidiu iniciar um projeto para a Classificação Internacional da Prática
em Enfermagem (CIPE) com o objetivo de demonstrar evidência concreta
sobre a importante contribuição da enfermagem para a saúde, desenvolvendo
linguagem única, capaz de envolver a enfermagem mundial ao redor de uma
causa comum.
Atualmente, existe à nossa disposição, sistemas de
classificação dos elementos da prática de enfermagem,
que se vale dos termos próprios da especialidade ou
necessários a ela, em interação dinâmica durante a
execução do Processo de Enfermagem.
*
Sistema de classificação da Associação Norte-Americana dos Diagnósticos
em Enfermagem (North American Nursing Diagnosis Association –
NANDA)
Classificação das Intervenções de Enfermagem (Nursing Intervention
Classification - NIC)
Classificação dos Resultados de Enfermagem (Nursing Outcomes
Classification - NOC)
o Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos (CCC), anteriormente
denominado de Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde (HHCC),
Sistema Comunitário de Saúde de Omaha
Sistema de Classificação Internacional da Prática de Enfermagem - CIPE
(International Classification for Nursing Practice - ICNP)
A utilização de terminologias mobilizam enfermeiras de todo o mundo ao
desafio de universalizar a sua linguagem e evidenciar os elementos de sua
prática por meio do uso de tecnologias.
A realização de estudos e a utilização das classificações no cotidiano, além de
possibilitar a constatação das ações de enfermagem dando, portanto,
visibilidade à profissão, conferirá a cientificidade tão almejada e necessária à
profissão. E, desta forma, sua utilização no ensino, na assistência e na pesquisa
continua sendo um compromisso assumido pelos enfermeiros, refletindo a
qualidade e a responsabilidade profissional.
*
*
Discussão e Análise
HISTÓRICO
COLETA DE DADOS
LEVANTAMENTO DE DADOS
INVESTIGAÇÃO
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
PLANEJAMENTO
PRESCRIÇÃO DO CUIADO
IMPLEMENTAÇÃO
PRESTAÇÃO DO CUIDADO
EVOLUÇÃO
AVALIAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO
*
A Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986 , refere ao Exercício da
Enfermagem, dispõe no artigo 11, como atividades privativas do
enfermeiro a CONSULTA DE ENFERMAGEM e a PRESCRIÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM...
Como realizar uma consulta sem seguir o método científico (Processo de
enfermagem)?
Como prescrever sem antes coletar dados e diagnosticar problemas ou
necessidades especificas do paciente?
O processo de enfermagem envolve uma abordagem organizada para
alcançar seu propósito e requer do enfermeiro interesse em conhecer o
paciente como indivíduo...
Resolução COFEN Nº 272, de 27 de agosto de 2002... da
obrigatoriedade da Sistematização de Assistência de Enfermagem em
qualquer instituição que desenvolvam ações de enfermagem.
A meta para os que acreditam no processo de enfermagem como
caminho para o aprimoramento da profissão é que: o mesmo seja
aplicado não pela imposição de uma resolução, mas, pelo desejo de
desenvolver uma assistência de enfermagem individualizada e de
qualidade.
*
*
A primeira fase do processo de enfermagem...
“Processo organizado e sistemático de coleta de dados”, utilizado para
avaliar as necessidades especificas e as condições de saúde do paciente
(Iyer, Taptich e Bernocchi-Losey, 1993).
Fase imprescindível para o processo, sendo responsável pelo
direcionamento do cuidado, uma vez que é a base para a inferência
diagnóstica.
*
Várias habilidades são necessárias: habilidades técnicas, habilidades
interpessoais, criatividade, senso comum e a flexibilidade...
Para estabelecer um banco de dados sobre o paciente o enfermeiro
utiliza varias técnicas de coleta de dados, estas devem ser
sistematizadas, metódicas e organizadas.
Se realizadas de modo assistemático podem omitir informações, devido
a grande quantidade de dados.
Instrumento de coleta como tecnologia para o bom levantamento de
dados...
*
Elo entre o levantamento de dados e a determinação de objetivos e
intervenções.
É um julgamento clínico das respostas do indivíduo, família e
comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais e
potenciais.
*
Partes Integrantes:
Título
Definição
Características definidoras
Fatores de risco
Fatores relacionados
*Tipos de Diagnósticos:
Real
Ex: Comunicação verbal prejudicada
De Risco
Ex: Risco de Integridade da pele prejudicada
De Bem –estar
Ex: Disposição para Enfrentamento Familiar Aumentado
Promoção da saúde
Ex: Disposição para Aumento da Esperança
S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.
* EXERCÍCIO
S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.
* EXERCÍCIO
*
* Integridade da pele prejudicada relacionada com imobilização física, caracterizada por lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo derme e epiderme.
* Mobilidade no leito prejudicada, relacionada com lesão óssea e muscular, secundária à queda, caracterizada por permanência no leito a maior parte do tempo; movimentação espontânea bastante restrita; necessidade de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se.
*
Possui três níveis:
Domínios (13)
esfera de atividade, estudo, interesse
Classes (47)
subdivisão de um grupo maior; uma divisão de pessoas ou coisas por qualidade, grau ou
categoria
Diagnósticos de Enfermagem (201)
Resposta Humana
*Promoção
da saúde
Consciência
da Saúde
Controle
da Saúde
Eliminação
Sistema
Urinário
Sistema
Gastrintestinal
Sistema
Tegumentar
Sistema
Pulmonar
Ingestão
Digestão
Absorção
Metabolismo
Hidratação
Percepção/
Cognição
Atenção
Orientação
Sensação/
Percepção
Cognição
Comunicação
Atividade/
Repouso
Sono/
repouso
Atividade/
Exercício
Equilíbrio
de Energia
Respostas
Cardiovasculares-
pulmonares
Auto-
percepção
Auto-
conceito
Auto-
estima
Imagem
Corporal
Nutrição
Relaciona
mentos
de papel
Papéis do
Cuidador
Relações
familiares
Desempe
nho de
papel
Enfrentamento/
Tolerância ao
Estresse
Respostas
Pós-
trauma
Respostas de
enfrentament
o
Estresse neuro-
comportamenta
l
Princípios
de Vida
Valores
Crenças
Congruência
entre valores/
crenças/ações
Conforto
Conforto
Físico
Conforto
ambienta
l
Confort
o Social
Crescimento /
Desenvolvimento
Crescimento
Desenvol-
vimento
Sexuali
dade
Identidade
Sexual
Função
Sexual
Reprodu
ção
Segurança/
Proteção
Infecção
Lesão
física
Violência
Riscos
ambientais
Processos
defensivos
Termorregula-
ção
*
*Classificação das
Intervenções de
Enfermagem (NIC)
*Classificação das Intervenções
de Enfermagem (NIC)
Surge diante da necessidade levantada por enfermeiras, de tomar
alguma atitude frente ao levantamento dos DE (Conferencia da
NANDA em 1986).
Desenvolvida como parte do Projeto de Intervenções de Iowa,
denominado Nursing Interventions Classification – NIC, que teve
início em 1987.
Apresenta uma estrutura taxonômica validada e codificada, que
abrange intervenções de enfermagem voltadas para os
diagnósticos de enfermagem da NANDA.
*Classificação das Intervenções
de Enfermagem (NIC)
Histórico:
Fase I – Elaboração da Classificação (1987 – 1992)
Fase II – Elaboração da Taxonomia (1990 – 1995)
Fase III – Prova e aperfeiçoamento clínico (1993 – 1997)
Fase IV – Uso e manutenção (a partir de 1996)
Definição:
É qualquer tratamento baseado no julgamento clínico e no conhecimento clínico realizado por um enfermeiro para melhorar os resultados do paciente (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008).
*Vantagens das Intervenções de
Enfermagem
Permite a avaliação do impacto dos cuidados;
Facilita a escolha concreta de uma intervenção;
Facilita a comunicação dos tratamentos de enfermagem;
Permite examinar a eficácia e o custo dos cuidados;
Facilita o ensino de tomada de decisão;
Facilita o desenvolvimento de sistemas de informação;
Comunica a natureza dos cuidados de enfermagem ao público.
*Como selecionar uma intervenção?
Os fatores que devem ser levados em consideração são:
Resultados esperados do paciente;
As características dos diagnósticos de enfermagem, levando
em conta, principalmente, os fatores relacionados;
A exeqüibilidade para realizar a intervenção;
Aceitação do paciente;
Capacidade do enfermeiro;
Base de pesquisa para intervenção.
*Classificação das Intervenções de
Enfermagem (NIC)
Descrição da Classificação:
Domínios – 7 (Códigos: 1 – 7)
Classes – 30 (Códigos: A-Z + a,b,c,d)
Intervenções – 514 (Códigos: 4 dígitos)
Atividades – mais de 12.000 (Códigos: 2 dígitos)
Ex.: 4U-6140.01
*Classificação das Intervenções
de Enfermagem (NIC)
Domínios:
1 - Fisiológico básico Cuidado que apóia o funcionamento físico
2 - Fisiológico complexo Cuidado que apóia a regulação homeostática
3 – Conduta Cuidado que apóia o funcionamento psicológico e auxilia nas mudanças do
estilo de vida
4 – Segurança Cuidado que apóia a proteção contra agressões
5 – Família Cuidado que apóia a união familiar
6 - Sistema sanitário Cuidado que apóia o uso afetivo da prestação de cuidado no sistema de saúde
7 – Comunidade Cuidado que apóia a saúde da comunidade
Classes do domínio Fisiológico básico:
A - Controle de atividade e exercício
B - Controle da eliminação
C - Controle da imobilidade
D - Apoio nutricional
E - Fomento ao conforto físico
F - Facilitação do autocuidado
* Classificação das Intervenções
de Enfermagem (NIC)
* Como devo registrar uma
intervenção de enfermagem?
TÍTULO e DEFINIÇÃO: São padronizados, e nunca devem ser
modificados.
Atenção: As atividades de enfermagem devem ser
individualizadas. De uma lista de aproximadamente 10 a 30
atividades por intervenção, o enfermeiro seleciona aquelas
adequadas para cada paciente, acrescentando novas
atividades, se necessário.
* EXEMPLO DE INTERVENÇÃO
NANDA: MOBILIDADE Física Prejudicada
INTERVENÇÃO: Assistência no AUTOCUIDADO
(1F-1800)
Definição: Auxílio ao paciente para que realize as atividades da vida diária.
Atividades:
- Monitorar a necessidade do paciente de dispositivos de adaptação para higiene pessoal, vestir-se, arrumar-se, usar o vaso sanitário e alimentar-se ;
- Providenciar os artigos pessoais necessários;
- Ensinar pais/familiares a encorajar a independência e a interferir apenas quando o paciente não conseguir executar algo...
S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.
* EXERCÍCIO
* EXEMPLO DE INTERVENÇÃO
NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA
INTERVENÇÃO: CUIDADOS COM ÚLCERAS DE PRESSÃO
Definição: Facilitação de cicatrização de úlceras de pressão
Atividades:
- Descrever as características da úlcera a intervalos regulares, incluindo tamanho (comprimento X largura X profundidade), o estágio, a localização, o exsudato, a granulação ou o tecido necrosado e a epitalização;
- Monitorar a cor, temperatura, o edema, a umidade e a aparência da pele circunjacente;
- Retirar os tecidos mortos da úlcera, conforme a necessidade;
- Aplicar curativos, quando adequado;
NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA
INTERVENÇÃO: CUIDADOS COM ÚLCERAS DE PRESSÃO
Definição: Facilitação de cicatrização de úlceras de pressão
Atividades:
- Posicionar a cada 1 a 2 horas de modo a evitar pressão prolongada;
- Utilizar colchões e camas apropriados, quando necessário;
- Assegurar uma ingesta nutricional adequada;
- Monitorar o estado nutricional;
- Orientar a família/cuidador sobre sinais de ruptura da pela, quando adequado.
*Classificação dos
Resultados de
Enfermagem (NOC)
A Nursing Outcomes Classification (NOC) é uma organização sistemática de resultados.
Sua criação advém da percepção de que, além dos diagnósticos e intervenções, uma terceira classificação (resultados esperados), seria necessária para completar a documentação clínica.
A NOC é abrangente e envolve resultados desde pacientes internados em UTI até pacientes em cuidados domiciliares.
*Classificação dos Resultados
de Enfermagem (NOC)
Histórico:
1991: Início das pesquisas para elaboração da NOC,
pelo grupo de pesquisadoras do Centro de
Classificação de Enfermagem, da Escola de
Enfermagem de Iowa, EUA;
1997: Primeira publicação da NOC;
2005–hoje: vigora a 3ª edição, com 330 resultados
esperados com definições, indicadores e escalas de
medidas.
*Classificação dos Resultados
de Enfermagem (NOC)
O que é um resultados de enfermagem?
Estado, conduta ou percepção de um indivíduo, família e comunidade medida ao longo do tempo em resposta a uma intervenção de enfermagem (MOORHEAD; JOHSON; MAAS, 2005).
É o que você espera observar no paciente. Demandam a identificação de uma série de indicadores mais específicos.
Enunciam os benefícios desejados após a implementação dos cuidados de enfermagem.
*Classificação dos Resultados
de Enfermagem (NOC)
*Resultados Esperados:
outros conceitos O que são indicadores?
Variáveis específicas a um resultado que reage a uma intervenção
de enfermagem. Caracterizam o estado do paciente em nível
concreto. Servem como indicação para mensurar um resultado.
Expressam o controle dos sintomas.
Como avalio os indicadores?
Por meio de uma escala de cinco pontos que quantifica o resultado
do paciente ao longo do tempo.
Exemplo: 1 - gravemente comprometido;
2 – substancialmente comprometido;
3 – moderadamente comprometido;
4 – levemente comprometido;
5 – não comprometido.
*Propósitos dos Resultados
Esperados
1) São elementos de medida do plano de cuidados
O enfermeiro determina se os resultados esperados foram
alcançados ou não.
Serve também para avaliar a eficácia das intervenções.
2) Direcionam as intervenções de enfermagem
Há necessidade de você saber O QUE está tentando
alcançar, antes de decidir COMO alcançá-lo;
3) São fatores motivadores
A existência de um prazo específico de tempo para o
alcance das coisas faz com que todos se agilizem.
*Organização taxonômica da
NOC
Consiste em:
7 domínios (Códigos: 1 – 7)
31 classes (Códigos: A-Z + a,b,c,d,e)
330 resultados esperados (Códigos: 4 dígitos)
vários indicadores (Códigos: 6 dígitos)
11 escalas principais
*Domínios:
1 – Saúde funcional Resultados que descrevem a capacidade para o desempenho de tarefas básicas de
vida
2 – Saúde fisiológica Resultados que descrevem o funcionamento orgânico
3 – Saúde Psicossocial Resultados que descrevem o funcionamento psicológico e social
4 – Conhecimento e conduta de saúde Resultados que descrevem atitudes, compreensão e ações com relação a saúde e a
doença
5 – Saúde Percebida Resultados que descrevem impressões do indivíduo sobre sua saúde
6 – Saúde Familiar Resultados que descrevem os estados de saúde, comportamento ou funcionamento
da família como um todo e do indivíduo como membro da família
7 – Saúde Comunitária Resultados que descrevem a saúde, o bem-estar e o funcionamento da comunidade
de a população
Estado respiratório: permeabilidade das vias respiratórias
Definição – Vias traqueobrônquicas abertas, livres e limpas para a troca
de ar.
INDICADORES
Facilidade respiratório
Freqüência respiratória
Ritmo respiratório
Mobilização de escarro pelas VA
Elimina obstáculos das VA
Ansiedade
Temor
Asfixia
Ruídos respiratórios patológicos
Gravemente comprometido
Substancialmente comprometido
Moderadamente comprometido
Não comprometido
Levemente comprometido
1 2 3 4 5
Grave Substancial Moderado Nenhum Leve
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Escalas:
Gravemente comprometido – Não comprometido. Ex.: Cognição Desvio grave do padrão normal – Sem desvio do padrão normal. Ex.:
Crescimento Inadequado – Completamente adequado. Ex.: Ambiente físico familiar Maior que 10 – Nenhum. Ex.: Quedas Nenhum – Extenso. Ex.: Conhecimento: dieta Nunca positivo – Sempre positivo. Ex.: Auto-estima Muito débil – Muito intenso. Ex.: Orientação sobre a saúde. Nunca demonstrado – Sempre demonstrado. Ex.: Autocontrole da
agressão Grave – Nenhum. Ex.: Nível de ansiedade Escassa – Excelente. Ex.: Controle do risco social: violência Não de todo satisfeito – Completamente satisfeito. Ex.: Qualidade de
vida
Resultado: Controle de risco – consumo de cigarro
Definição: ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir o
consumo de tabaco.
Indicadores: Reconhece o risco do consumo de tabaco
Reconhece as conseqüências associadas ao uso
de tabaco.
Escala: Nunca demonstra (1);
Raramente demonstra (2);
Às vezes demonstra (3);
Frequentemente demonstra (4);
Sempre demonstra (5).
S., tem 65 anos e está internada há vinte dias. Apresenta lesão óssea e muscular como conseqüência de queda. Permanece no leito a maior parte do tempo, com movimentação espontânea bastante restrita pois precisa de ajuda para virar-se, levantar-se do leito e até mesmo sentar-se. Ao examiná-la, o enfermeiro observou que está apresentando uma lesão na região sacra, de cerca de dois centímetros, superficial, atingindo, por enquanto, apenas derme e epiderme.
* EXERCÍCIO
* EXEMPLO DE RESULTADO
NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA
RESULTADO: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: SEGUNDA INTENÇÃO
Definição: A extensão em que as células e os tecidos se regeneram em um ferimento aberto.
Escala: Nenhum a extenso
Indicadores:
- Tecido de granulação;
- Formação de tecido cicatricial;
- Diminuição do tamanho da ferida;
- Drenagem purulenta;
- Drenagem serosa;
- Eritema em torno da ferida;
NANDA: INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA
RESULTADO: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: SEGUNDA INTENÇÃO
Definição: A extensão em que as células e os tecidos se regeneram em um ferimento aberto.
Escala: Nenhum a extenso
Indicadores:
- Edema em torno da ferida;
- Pele macerada;
- Necrose;
- Formação de esfacela;
- Odor proveniente da ferida;
*OBRIGADO!*
*
Barros ALBL. Classificações de diagnóstico e intervenção de enfermagem:
NANDA-NIC. Acta paul. enferm. 2009; 22(spe): 864-867. doi: 10.1590/S0103-
21002009000700003.
Chaves ECL, Carvalho EC, Rossi LA. Validação de diagnósticos de
enfermagem: tipos, modelos e componentes validados. Rev. Eletr. Enf.
2008;10(2):513-20. Available from:
http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a22.htm
Parker L; Lunney M. Moving beyond content validation of nursing diagnoses.
Nursing Diagnosis, v. 9, n. 4, p.144-150, 1998.
Guedes NG. Acurácia das características definidoras do diagnóstico de
enfermagem “estilo de vida sedentário” em portadores de hipertensão
arterial. 2008. 94f. Dissertação (Mestrado). Departamento de Enfermagem,
Universidade Federal do Ceará, 2008.
Hulley SB, et al. Delineando a pesquisa clínica: uma abordagem
epidemiológica. Porto Alegre: Artmed, 2008.