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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Colégio Estadual Gratulino de Freitas – Ensino Médio, Normal e Profissionalizante
1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Município: Guaratuba código: 0970
NRE: Paranaguá – Paraná código: 21
Instituição: Colégio Estadual Gratulino de Freitas – EMNP código: 0002-6
E-mail da instituição: grugratulinofreitas@gmail.com
grugratulinofreitas@seed.pr.gov.br
Endereço: Rua Doutor João Cândido, 348
Telefone/fax: 41-03472-9259
Nome da Equipe diretiva: Ilaine Marly Soares da Silva
E-mail da Equipe diretiva: ilaineprofa@seed.pr.gov.br
Dependência Administrativa: Estadual Código: 02008
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de autorização: Decreto 6333/79 – Doe 23/02/79
Resolução: 2167/97 DOE 25/07/1997
Reconhecimento do Ensino Médio: Resolução Nº 4.200/97 – Doe De 09/01/98
Autorização de Funcionamento do Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Parecer Nº 764/05, Res. Nº
131/06 do CEE.
Autorização de funcionamento do Curso Técnico em Hospedagem: Resolução nº
6912 – Doe 10/02/2012
Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar nº 214/10 de 20/12/10.
Distância da instituição ao NRE: 60 km
2. ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADO POR ESTA INSTITUIÇÃO
( ) Educação do Campo
( ) Educação Indígena
( ) Educação Especial
( ) Ensino Fundamental 1º ao 5º ano
( ) Ensino Fundamental 6º ao 9º ano
( ) Ensino Médio Regular
( X ) Ensino Médio por Blocos Semestrais
( ) Educação de Jovens e Adultos - Ensino Fundamental – FASE I
( ) Educação de Jovens e Adultos - Ensino Médio
( X ) Educação Profissional - Curso de Formação de Docentes das séries Iniciais do
Ensino Fundamental e da Educação Infantil, modalidade Normal, Integrado – Curso
Técnico em Hospedagem, subsequente.
3. DIAGNÓSTICO
3.1. Comunidade em que a escola está inserida: características da população e dos
alunos.
Guaratuba conta hoje com 32.000 habitantes aproximadamente, que
compõem a população fixa da cidade, mas pode chegar a 300.000 durante a
temporada de verão. Com uma variação populacional tão grande, a cidade
apresenta uma realidade social e cultural altamente diversificada. Também fazem
parte desta população flutuante pessoas que vem trabalhar no período de
temporada e após esta retornam as suas cidades de origem.
A diversidade espelhada na cidade de Guaratuba, tão característica de
um país como o Brasil, se reflete também dentro da escola, pois as interações
advindas da convivência entre os elementos das diversas realidades ocorrem
principalmente através da escola. Os alunos que frequentam o Colégio Estadual
Gratulino de Freitas são provenientes de diversos extratos sociais, culturais e
diferentes faixas etárias. São filhos de pescadores, comerciantes, funcionários
públicos, entre outras atividades. Muitos são alunos trabalhadores informais,
domésticos, empregados em atividades turísticas ou em estágios remunerados.
Considerando a realidade sazonal do trabalho nas regiões litorâneas, há
falta de perspectiva profissional ou a busca de oportunidades fora da cidade,
acomodação ou resignação quanto à sua condição de vida, causando com isso
baixo aproveitamento educacional.
Os alunos que ingressam no Ensino Profissional tendem a apresentar um
nível de comprometimento educacional diferenciado, tendo em vista a característica
da profissionalização, porém há aqueles que não se adaptam ou não se identificam
com o curso, que se transferem ou abandonam. Na Formação de Docentes, em
2011, tivemos um grande número de alunos aprovados por Conselho de Classe
(APC) o que nos trouxe preocupação e uma necessidade de intervenção direta e
exigiu da escola medidas preventivas, que consistiram basicamente, numa maior
assistência ao professor e ao aluno, dentro e fora da sala de aula, aplicadas durante
o ano letivo de 2012, minimizando o problema, conforme os índices alcançados ao
final do ano letivo, nos três turnos. Os alunos concluintes vêm historicamente,
apresentando um rendimento acadêmico elevado, com bons resultados no ingresso
em nível superior de escolaridade e no mercado de trabalho.
No período noturno, tanto no Ensino Médio por Blocos Semestrais, quanto
no Curso Técnico em Hospedagem, o grande problema é a evasão escolar,
ocasionada principalmente pela falta de perspectivas, o desemprego, as drogas,
aliados a questões familiares. Muitos deixam os estudos quando surgem
oportunidades de trabalho em outra localidade, simplesmente vão em busca da
sobrevivência sem dar continuidade a sua escolarização. Outro fator para o
abandono dos estudos é a gravidez precoce.
Outra característica dos alunos do Ensino Médio noturno é a trajetória
escolar, ou seja, parte deles está dando continuidade aos seus estudos, sem
interrupção, mesmo que com reprovações anteriores, e outros estão retornando à
escola, que foi por eles abandonada, em diferentes momentos do processo de
escolarização. Há alguns alunos que tem no estudo sua principal atividade com
objetivo bem claro que é o de ingressar numa universidade e aqueles que, antes de
serem estudantes, são trabalhadores informais ou buscam, de imediato, ingressar
no mercado de trabalho.
O Curso Subsequente Técnico em Hospedagem, que funciona também
no período noturno, aberto a matrículas de alunos sem experiência na área, é
procurado também por profissionais que já atuam nesta área, procurando
especialização, tanto os que trabalham fixo, como aqueles que buscam candidatar-
se às inúmeras vagas temporárias que abrem para atender a demanda advinda da
temporada de verão. Apesar de tratar-se de um curso profissionalizante, apresentou
uma alta taxa de evasão no final do ano letivo, da mesma forma que o curso Médio
Regular.
Um dos pontos a destacar em nosso colégio é o ótimo relacionamento
entre os educandos e estes com os seus professores, direção e equipe pedagógica.
O Ensino Médio deste estabelecimento é o que apresenta menor número de
ocorrências agressivas dentre as escolas noturnas do município, conforme
observações da Patrulha Escolar. Outra característica presente é a diversidade, que
não se refere apenas à questão social, mas também aos diferentes credos,
orientação sexual e etnias presentes.
3.2. Localização física da escola: características do bairro, ocupações principais,
níveis de renda, condições de trabalho, níveis de escolaridade da população.
O Colégio Estadual Gratulino de Freitas recebe alunos de vários bairros,
atendidos pelo transporte escolar, sendo que está situado no Centro de Guaratuba,
onde está localizada a área administrativa, comercial e bancária da cidade, portanto
circulam e trabalham neste ponto todas as faixas de renda e escolaridade. Tendo
alunos oriundos de todos os bairros, incluindo alguns da área rural, confere ao
Colégio uma relação peculiar de Comunidade escolar, que muitas vezes, dificulta a
integração escola-comunidade.
O Município apresenta uma característica própria de uma cidade litorânea
onde há um período de maior empregabilidade temporária no verão. Devido ao
grande fluxo de turistas nesta época, há maior ocupação na rede hoteleira, um maior
movimento nos meios de transportes e comércio local, desta forma surgem maiores
oportunidades de trabalho temporário em lojas, supermercados, panificadoras,
hotéis, restaurantes, pousadas e outros - são os trabalhadores “sazonais”. Com o
fechamento de muitos postos de trabalho em outros meses, que ocorre o
desemprego e suas consequências.
O efeito da “temporada” é sentido pela escola, pois muitos alunos, já
inseridos no mercado de trabalho, só se apresentam após o Carnaval ou começam a
ter muitas faltas no final do ano, em busca de trabalho, sendo uma das causas da
evasão escolar.
As ocupações principais dos moradores segundo dados do IPARDES
são: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, construção civil,
comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, administração pública,
defesa e seguridade social, Educação e serviços domésticos.
Conforme o Índice IPARDES de Desempenho Municipal (IPDM)
Guaratuba apresenta baixo desempenho quanto a Emprego, Renda e Produção
Agropecuária (0,4939) e médio baixo desempenho em Educação e Saúde
(respectivamente 0,6824 e 0,6391). Assim Guaratuba atingiu em 2012 Índice
IPARDES de Desempenho Municipal (IPD-M) – Geral de 0,6052 (sendo considerado
médio desempenho de 0,600 a <0,800).
O Índice de Desenvolvimento Humano (Média) de Guaratuba é de 0,764,
com uma renda per capta de R$274,31, se destacando o IDH educação de 0,871,
com 92% de taxa de alfabetização de adultos e 77, 08% de taxa bruta de frequência
escolar. (IPARDES – 2012).
3.3 Histórico
A história do Colégio Estadual Gratulino de Freitas inicia-se em 1940,
funcionando em uma pequena casa escolar situada na Praça Coronel Alexandre
Mafra. O prédio atual foi construído na Gestão do Governador Moysés Lupion.
Em memória do ilustre professor guaratubano, Gratolino Apolônio de
Freitas, nascido em 02-10-1877 e falecido em 19-08-1938, chamou-se inicialmente
Grupo Escolar Gratulino de Freitas, de 1949 a 1974. Recebeu autorização de
funcionamento pelo decreto 6333/79 – DOE 23 /02 /79, sendo reconhecido pela
Resolução 2167/97.
Atendendo a demanda da comunidade começa a funcionar o Supletivo,
passando a escola chamar-se “Grupo Escolar Gratulino de Freitas- Ensino de 1º
grau e Supletivo de 1975 a 1995, com a necessidade de ampliação da escola que
passou também a ofertar o curso com Habilitação em Magistério e o 2º grau Regular
“Educação Geral”. Em 1997 a escola adere ao PROEM – Programa de Melhoria e
Expansão do Ensino Médio e cessam as matrículas para o Magistério, mudando a
denominação pra Colégio estadual Gratulino de Freitas – Ensino Médio, reconhecido
pela resolução nº 4.200/97 – DOE de 09/ 1 1998.
O Ensino Fundamental, Séries Iniciais, é municipalizado em 1999,
passando a ser administrado pela Secretaria Municipal da Educação, neste ano, o
Colégio passa a dividir o espaço físico com a Escola Municipal Moysés Lupion –
Educação Infantil e Ensino Fundamental.
No ano de 2005, este estabelecimento, conforme a demanda apresentada
pela comunidade, o Colégio implanta o curso profissionalizante, na modalidade
Médio Integrado - “Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do
Ensino Fundamental”, no período vespertino, através do Parecer nº765/05,
Resolução 131/06 CEE, ampliando a oferta para o período matutino em 2007. Este
Colégio sempre foi marco da educação neste município e retoma sua tradição de
formar educadores, desenvolve o trabalho pedagógico em consonância com a nova
LDB e com as Diretrizes Curriculares Estaduais, baseando-se no compromisso com
a qualidade da escola pública e a transformação social.
No ano de 2012 é implantada a primeira turma do Curso Técnico em
Hospedagem, na modalidade subsequente.
3.4. Quantitativo: corpo docente, agente educacional I e II, vínculos funcionais,
distribuição de funções, níveis de formação inicial.
ANO DE REFERÊNCIA – 2013
Cargo/Função Quant.
Ensino Fundamental Ensino Médio VínculoEnsino Superior
Com Licenciatura Sem Licenciatura
Completo Incompleto Completo IncompletoPSS
QPM
QFEB
QPPE
Completa
Incompleta
Diretor 1 1 xDiretor-auxiliar 1 1 x
Secretário 1 1 xEquipe
Pedagógica6 5 X
Agentes Educacionais I
7 6 1 1 6 1
Agentes Educacionais II
5 1 4 1 3
E.F. 6º à 9º 0
Professores
Ens. Médio 17 2 15 X
Ed. Profissional
29 3 26 X
Ed. Jovens e Adultos
0
Educação Especial
0
Outros 0
Total 65 1 5 7 58
3.5. Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos: constituição de
turmas número de alunos, turnos de funcionamento.
O sistema de matrícula está adequado conforme Deliberação 09/01 –
C.E.E. LDB – 9394/96.
Abaixo segue tabela com a constituição de turmas, número de alunos e
turnos de funcionamento referente ao ano de 2013.
Ensino Fundamental, Médio e Educação Profissional
ANO/SÉRIEMATUTINO VESPERTINO NOTURNO TOTAL
Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos ANEE*
1º ano 1 35 1 31 3 60 5 126
2º ano 1 36 1 27 2 51 4 114 1
3º ano 1 24 1 17 2 68 4 109
4º ano 1 32 1 12 - - 2 44 1
TOTAL 4 4 7
CELEM 1° 2 38 1 22
CELEM 2º 0 - 1 18
TOTAL 2 2
TOTAL GERAL Turmas 17 Alunos 471 ANEE 2
*ANEE = alunos com necessidades educacionais especiais
No Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental, contamos com 8 (oito) turmas. Horário de
funcionamento: turno matutino - das 07:30 às 11:55 e vespertino - das 13:00 às
17:25 (incluídos 15 minutos de intervalo) com aulas de 50 minutos. Matriz em anexo.
No período noturno, o colégio conta com 6 (seis) turmas do Ensino
Médio, com Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais e 1 (uma) Curso
Técnico em Hospedagem Subsequente, com horário de funcionamento das 19 horas
às 23h15min, (incluídos 15 minutos de intervalo), sendo 50 minutos para a 1ª, 2ª e
3ª aulas e 45 minutos para a 4ª e 5ª aula. Matrizes em anexo.
O Colégio oferta, através do CELEM, os cursos: Espanhol Básico, com
02 (duas) turmas (1ª série) e Intermediário 02 (duas) turmas (1ª e 2ª série) e Francês
(temporariamente sem oferta por falta de professor).
3.6. Ambiente físico escolar
O colégio está localizado num terreno que 4.500 m² e a área construída é
de 1.545 m². O terreno é murado possui bicicletário e estacionamento próprio de
carros, possui praça interna com bancos e jardins, totalmente cercado e murado.
Divide seu espaço interno com a Escola Municipal Moisés Lupion, escola de
Educação Infantil e Séries Iniciais, pois o prédio pertence ao estado que cedeu o
espaço para o município desde a municipalização do ensino de séries iniciais.
3.6.1. Dependências
Seis salas de aula; uma sala de professores; uma sala para a direção;
uma sala para a secretaria; uma sala para arquivo morto; uma sala para depósito de
materiais esportivos e artísticos; uma biblioteca; um laboratório de informática; uma
sala laboratório de Prática de Formação e anexo a brinquedoteca; banheiros
feminino e masculino para alunos e banheiro feminino e masculino para professores;
uma sala para atendimento técnico pedagógico e coordenação de curso; cozinha;
um depósito de merenda, um depósito de materiais de limpeza e manutenção,
varanda na parte da frente e pátio coberto interno; uma quadra poliesportiva; uma
sala onde funciona CELEM, um laboratório de química/física e biologia.
3.6.2. Espaço físico e mobiliário da instituição
A escola conta com 7 salas de aulas de 48 m² cada uma, duas janelas
tipo vitrôs grandes e duas ventarolas, dois ventiladores e 40 carteiras e lousa (3,00
por 1,50) e uma televisão multimídia em cada uma das salas. Estas salas estão em
boas condições de uso, são ventiladas e tem boa iluminação. Em relação às
carteiras, a escola acaba de receber carteiras e mesas novas para as salas de
aulas, substituindo todas as antigas estando, portanto, em ótimas condições de uso.
As janelas possuem cortinas para rebater o calor do sol. Estas salas atendem com
conforto a demanda. Durante o dia somente são utilizadas 4 salas de aulas e o
CELEM, pois as demais são utilizadas pela Escola Municipal.
A sala dos professores tem 18m² contendo um sofá de alvenaria para 10
lugares; uma mesa retangular para 10 lugares, dois bancos em lugar da cadeiras,
um bebedouro com água gelada e uma pia para higienização das mãos, porta
copos, dois murais, um ventilador grande de teto e armários individuais para cada
professor. Esta sala atende a demanda da escola de forma satisfatória.
As dependências administrativas se dividem em três salas, sendo que a
Secretaria com 30m², possui um balcão de atendimento, quatro computadores,
instalação de internet, uma mesa telefônica com fax, repartição para dois arquivos,
um bebedouro de água simples, três mesas de trabalho e duas de apoio, uma
estante de metal, 06 cadeiras, um escaninho com 15 repartições, um ventilador
grande de teto, uma impressora, duas janelas tipo vitrôs, é iluminada e ventilada. A
sala da Direção possui 15 m², tem duas mesas, uma estante quatro cadeiras e um
ventilador de teto. É bem iluminada e ventilada. O Arquivo Morto mede 10m², possui
várias prateleiras e arquivos e também é utilizada para guardar material de valor,
como caixas de som, filmadoras, notebooks, data-show, máquinas fotográficas,
mesas de som, etc.
O Colégio possui uma sala para deposito de materiais esportivos com
15m², com seis prateleiras rústicas, dois baús de dois metros de comprimento e
armários. Neste espaço se acumulam materiais de outras áreas devido à falta de
espaço físico.
A Biblioteca está acervada em uma sala com 48 m², possui 10 estantes
de metal para abrigar o acervo da escola, 06 mesas novas, com bancos coletivos,
escrivaninha, um computador, uma prateleira rústica para apoio. Atende
satisfatoriamente a demanda da escola, pois o acervo é muito variado e bem
atualizado.
O Laboratório de Informática encontra-se em uma sala medindo 48m²,
com 20 computadores funcionando com internet, distribuídos em 10 mesas de apoio,
um balcão de atendimento, um armário e 20 cadeiras ergométricas com rodas, duas
impressoras, uma lousa (3,00 m por 1,50), uma televisão multimídia e um ventilador
de teto, três janelas e a porta de entrada com grades. Esta sala é bem iluminada e
ventilada, atendendo a demanda da escola. Fica nesta sala o material midiático bem
como é nesse espaço realizado o agendamento de seu uso pelos professores.
A sala de Prática de Formação mede 48m², contendo duas mesas para
doze lugares, com cadeiras, quatro estantes de metal para guardar material, jogos e
brinquedos, uma lousa tamanho padrão, duas mesas menores redondas, um baú
para guardar materiais, medindo três metros, uma televisão multimídia. Esta sala é
bem iluminada e ventilada e atende a demanda da escola de maneira confortável e
satisfatória, apesar de conviver com elevado nível de ruído da quadra utilizada pelas
duas escolas.
Os sanitários masculinos e femininos contém três box cada um
destinados aos alunos, sendo que cada um dos banheiros tem um Box adaptado a
pessoas com necessidades especiais; com uma pia e porta sabonete para
higienização da mãos e ainda um espelho. Um dos espaços foi adaptado para o uso
de professores e funcionários. Há um protocolo de reforma desse espaço em
tramitação.
Há uma sala de Atendimento Pedagógico e dividida com a Coordenação
de Curso e de Prática de Formação, medindo 30 m², possui quatro mesas, dois
arquivos, uma mesa com três computadores e internet, ventilador de teto e 06
cadeiras. É bem iluminada e ventilada.
A Brinquedoteca está acomodada na sala de Prática de Formação, a fim
de permitir aos alunos realizar e testar os jogos e brinquedos, observar os resultados
e posteriormente aplicar em suas atividades de estágio.
A Cozinha mede 14m² aproximadamente, possui prateleiras de alvenaria
para guardar panelas e utensílios, uma mesa, uma pia de cuba dupla, balcão de
atendimento interno e externo, fogão industrial, uma geladeiras e um freezer vertical
e torneiras. Até o presente momento encontra-se em dualidade com a Escola
Municipal Governador Moysés Lupion, Há um protocolo de reforma deste espaço,
como também o Município está construindo uma nova cozinha para sua escola. A
Sala depósito de merenda escolar funciona numa sala contígua a cozinha e mede
aproximadamente 5 m² e acomoda toda merenda escolar, é pequena e necessita
ampliação.
A Quadra esportiva com 292,04m², não é ideal, com piso cimentado e
fechamento lateral parcial com alambrado sem cobertura, permite a prática de vários
esportes e de recreação, porém não atendendo às necessidades da escola, devido à
possibilidade iminente de acidentes entre outras dificuldades. Já foi protocolada
reforma.
Há um Pátio Coberto medindo 272, 48m², incluindo as varandas, com piso
de cimento e lajotado, possui mesas, bancos e cadeiras, dois bebedouros com cinco
torneiras cada e um deles e mais um bebedouro com três torneiras de água gelada.
Também possui murais para exposições de trabalhos e é onde se realizam a maioria
das atividades escolares abertos a comunidade escolar, é iluminado por luz natural e
artificial e muito bem ventilado.
O Laboratório de química/física/biologia ocupa uma sala medindo 46,65
m², totalmente equipada com materiais, instrumentos e reagentes, próprios para o
desenvolvimento de aulas práticas, trabalhos e pesquisas nas área destas
disciplinas. O mobiliário composto por mesas, bancos, pia, lousa, bancada e
armários atendem a demanda da escola. Neste espaço é guardado também o
material de Arte.
No colégio há também uma sala para o CELEM: sala com 30 m², com 20
carteiras, lousa tamanho padrão, televisão multimídia, mesa do professor, com
ventilador de teto, um vitrô grande que permite circulação, iluminação e ventilação
adequada.
Quanto à Adequação do espaço físico e do mobiliário para atendimento
de alunos com necessidades especiais, a escola já realizou algumas reformas
estruturais com a construção de rampas de acessos, banheiros adaptados para
alunos com necessidades especiais e quando necessário, adaptará o mobiliário
também, adequando-os aos seus usuários de forma individual, conforme as
necessidades especiais de cada portador exigir.
Abaixo segue tabela com a organização do espaço físico desta instituição no
ano de 2013.
Dependência QuantCondições de utilização
O que está inadequado?Adequada Inadequada
Diretoria 01 x Necessidade de reforma no piso
Secretaria 01 x a sala é muito pequena. Atende com dificuldade a demanda.
Sala de
Professores
01 X Anexa a Coordenação
Sala da Equipe Pedagógica
01 x Não é um espaço próprio, é dividido com a coordenação. Não há privacidade no atendimento de professores, pais e alunos. Não comporta a demanda.
Sala de Recursos 00
Sala de Apoio 00
Biblioteca 01 X
Lab. de Informática 01 x Equipamentos defasados em manutenção constante
Lab. Ciências/Física/ Química
01 X
Auditório 00
Sala de Aula 08 X
Depósito de material de limpeza
01 x Instalação provisória e precária.
Despensa 01 x Pequena
Refeitório 01 x Não comporta todos os alunos
Recreio coberto 01 X
Quadra de esportes coberta
00
Cozinha01 x Com protocolo para reforma
Área de serviço 01 x Instalação provisória, muito precária.
Sanitário dos Professores
01 x Adaptado no sanitário dos alunos
Sanitário dos agentes educacionais
01 x Junto com professores.
Sanitário dos alunos
02 x Com protocolo de reforma.
Sala de Estágio 01 X
Depósito para materiais de Ed. Física
01 X Espaço pequeno e é dividido com Arte. Não comporta a demanda.
Cancha aberta 01 X Precisa de reforma.
Bicicletário 01 X
3.7. DADOS GERAIS DOS CURSOS CURSOS TÉCNICOS
3.7.1 Formação de Docentes das séries Iniciais do Ensino Fundamental e da
educação Infantil.
Educação Profissional de Nível Médio é ofertada na modalidade Integrada
ao Ensino Médio - Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental, Decreto 5.154/04 e Parecer 39/04 CNE/CEB.
Destinado aos alunos egressos do ensino fundamental, que através de um currículo
único cursam o Ensino Médio e a Educação Profissional. Tem duração de quatro
anos, habilitando para Docência na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
A política de retomada da Educação Profissional na Rede Pública
Estadual incorpora o reconhecimento de que a educação para o trabalho é fator que
contribui para a inserção do cidadão/aluno no mundo do trabalho produtivo moderno.
No entanto esta possibilidade não dispensa o acesso aos conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio históricos próprios da formação geral pela via escolar pública,
como forma de assegurar a apreensão destes conhecimentos que são produzidos
de forma coletiva e, por esta característica precisam também ser compartilhados,
sendo a escola pública a instituição que possui historicamente esta função.
• Habilitação Profissional: Formação de Docentes
• Forma: Ensino Médio Integrado
• Carga Horária Total do Curso: 4.800 horas ou 3.333 horas
• Regime de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira, nos períodos manhã, e tarde
• Regime de Matrícula: Anual
• Número de Vagas: 36 alunos por turma
• Período de Integralização do Curso: Mínimo 04 (quatro) anos
• Requisitos de Acesso: Conclusão do ensino fundamental
• Modalidade de Oferta: Presencial
• Perfil de Conclusão de Curso: O Professor da Educação Infantil e de Séries
Iniciais do Ensino Fundamental formado por esta instituição de ensino
dominará conteúdos e processos relevantes do conhecimento científico,
tecnológico, social e cultural utilizando suas diferentes linguagens, o que lhe
confere autonomia intelectual e moral para acompanhar as mudanças, de
modo a intervir no mundo do trabalho. Deverá ser um profissional capaz de
atuar de maneira consciente, crítica e ética sobre a realidade histórica, social,
econômica e cultural que o cerca, se utilizando de conhecimentos científicos,
técnicas e metodologias adequadas a fim de realizar a intermediação entre a
realidade de seus alunos e o conhecimento historicamente acumulado pela
humanidade.
Também será capaz de planejar e executar atividades relacionadas aos
processos de ensino e aprendizagem, adequando os conhecimentos e habilidades a
ensinar às faixas etárias e pontos do desenvolvimento humano de seus alunos,
realizando a devida adequação de metodologias e técnicas às necessidades
especiais de aprendizagem de cada um, considerando a realidade histórica, social,
econômica e cultural de seus alunos.
3.7.2 Curso Técnico em Hospedagem
• Habilitação Profissional: Técnico em Hospedagem
• Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer
• Forma: Subsequente
• Carga Horária Total do Curso: 1000 h/a – 833 h
• Regime de Funcionamento: de 2.ª a 6.ª feira, no período da noite.
• Regime de Matrícula: Semestral
• Número de Vagas: 36 alunos
• Período de Integralização do Curso: Mínimo 01 ano.
• Requisitos de Acesso: Conclusão do ensino fundamental, máximo 05 (cinco) anos.
• Modalidade de Oferta: Presencial
• Perfil de Conclusão de Curso: O Técnico em Hospedagem detém
conhecimentos científico-tecnológicos que lhe permitem atuar de forma
consciente na sociedade e no mundo do trabalho. Atua na recepção e
governança em meios de hospedagem. Executa atividades operacionais
de recepção e atendimento a clientes, serviços de andares,
comercialização e marketing de produtos turísticos, além da realização de
reservas. Orientando suas ações pelos critérios de qualidade na prestação
de serviços, presta suporte ao hóspede durante sua estada, valorizando
as características culturais, históricas e ambientais do local de sua
atuação.
3.8 ORGANIZAÇÃO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
A proposta de organização curricular por Blocos de Disciplinas segue
os princípios da garantia do direito do aluno à continuidade dos estudos e do
aproveitamento dos Estudos Parciais. As disciplinas da Matriz Curricular estarão
organizadas anualmente em dois Blocos de Disciplinas Semestrais, ofertados
concomitantemente.
A carga horária anual da disciplina ficará concentrada em um semestre,
garantindo o número de aulas da matriz curricular, pois os blocos de disciplinas são
ofertados de forma concomitantemente nos dois semestres. Cada Bloco de
Disciplinas deverá ser cumprido em, no mínimo 100 dias letivos, previstos no
calendário escolar.
Quanto à organização, deve-se considerar o número total de turmas do
Ensino Médio, se o total de turmas previstas para o Ensino Médio for ímpar será
necessário: reorganizar a série que tiver o maior número de alunos matriculados de
modo que o número de turmas daquela série seja par; distribuir os blocos de
disciplinas de forma alternada para o Ensino Médio em todas as turmas de todas as
séries; Se o número total de turmas já for par, distribuir os blocos de disciplinas de
forma alternada pelo total de turmas de todas as séries.
A matrícula na Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais será
semestral e obedecerá ao disposto na Deliberação n.º 09/01 – CEE. O aluno terá a
garantia de continuidade de seus estudos quando concluir cada um dos Blocos de
Disciplinas. A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir dos dois blocos
de disciplinas ofertadas em cada série. Quando a conclusão da série ocorrer no 1º
semestre do ano letivo, o aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º
semestre do mesmo ano letivo.
O sistema de avaliação a ser adotado deverá respeitar as normas
vigentes no Sistema Estadual de Ensino no que diz respeito: aos resultados de
Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas; à apuração de
assiduidade; aos estudos de Recuperação; ao aproveitamento de Estudos; à
atuação do Conselho de Classe.
Para a aprovação, exigir-se-á o mínimo de 75% de frequência dos 100
dias letivos previstos no Bloco de Disciplinas Semestral.
Fica assegurado a Progressão Parcial de Estudos para alunos que,
após recuperação, não tiverem sido promovidos em até 1(uma) disciplina por Bloco
de Disciplinas Semestral. A disciplina não promovida deverá ser cursada com
dependência, mediante Plano de Estudos, concomitantemente ao Bloco de
Disciplina Semestral a qual estará matriculado.
Haverá no mínimo 4 (quatro) horas-aula de forma presencial destinada
ao desenvolvimento do Plano Especial de Estudos, distribuídas ao longo do período
letivo, por Bloco de Disciplina Semestral da respectiva série em que foi matriculado.
3.9 Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais:
Programas e Serviços ofertados
Temos por princípio de que a escola, como instituição, existe para atender
às necessidades dos educandos, o objetivo de todas as suas ações e fim último da
escola sua formação. A Inclusão, deve ser tomada como princípio ético, neste
sentido, o colégio estabelece um processo permanente de discussão e reflexão na
busca de alternativas viáveis para atender às necessidades especiais de seus
alunos, procurando descartar atitudes discriminatórias, e pesquisando referências e
práticas pedagógicas, que favoreçam a aprendizagem e a vida em sociedade.
Esta escola também se orgulha de já ter tido entre seus formandos do
Magistério, duas alunas com deficiência auditiva. Para tal contou com a assistência
e colaboração de professores intérpretes de libras, orientando a comunidade escolar
no atendimento a estas alunas.
Embora não ofereça nenhum programa formal de atendimento para os
alunos da educação especial, já tem uma rotina estabelecida de encaminhamentos
para especialistas para a avaliação e acompanhamento de alunos com
necessidades especiais de aprendizagem.
A Equipe Pedagógica procura orientar os professores com alunos com
necessidades especiais, providenciando os encaminhamentos necessários para
estes alunos e trazendo para o professor informações que permitam ao mesmo
desenvolver estratégias, técnicas e metodologias adequadas a cada situação. Fica a
cargo da Equipe Pedagógica, fazer o devido acompanhamento e avaliação dos
trabalhos realizados em conjunto com professor.
O atendimento para os alunos com necessidades especiais incluem
adequações curriculares e metodológicas e assistência pedagógica tanto aos
professores como para o aluno, seguindo os princípios básicos da inclusão.
Neste ano letivo de 2013, estaremos prestando assistência a um aluno
com disgrafia e a uma aluna com baixa visão, há outros casos em análise.
3.10. Projetos/atividades desenvolvidas no contraturno.
3.10.1 Centro de Língua Estrangeira Moderna – CELEM:
• Espanhol Básico: 02 (duas) turmas de 1ª série no período da manhã e no
período noturno 02 (duas) turmas (1ª e 2ª série)
• Professora: Gláucia Marina Cremasco dos Santos – vínculo: QPM
• Tempo de duração: 02 anos
• Francês Básico: temporariamente sem oferta por motivo de licença para o
mestrado da professora.
• Professora: Flávia Fazion – vínculo: QPM
3.10.2 Atividades complementares do Programa Ensino Médio Inovador –
PROEMI
As atividades serão desenvolvidas pelos alunos do Ensino Médio, em
quatro horas semanais ao longo de um ano. Sendo os seguintes projetos:
• Comunicação e uso de Mídias: Desmistificando Mídias - Professor Célio Leite
Corrêa- Quintas e sextas feiras no período intermediário, das 17h às 18h40.
• Acompanhamento Pedagógico: Produção de textos - Professora Roberta
Mareschi Gabardo Nunes. Quinta e sextas feiras no período intermediário, das
17h às 18h40.
• Iniciação Científica e Pesquisa: Química e Meio Ambiente - Professora
Beatriz Zagonel de Camargo Mello. Quintas e sextas feiras das 7h30h às 9h00.
• Cultura e Arte: Tocando, cantando e dançando na escola - Professora Suzi
Mary Schmidt. Quartas e quintas feiras no período intermediário, das 17h às
18h50.
3.11. Resultados educacionais referentes ao ano 2012: aprovação e evasão,
analisando os resultados.
Ano/série
E.F
Matrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados
por
abandono
Afastados
por
transferênc
ia
Matrícula
finalAprovados
Reprovado
s
Taxa de
Aprovação
(%)
Taxa de
Reprovaçã
o (%)
Taxa de
Abandono
(%)
Ano/ E.MMatrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados
por
abandono
Afastados
por
transferênc
ia
Matrícula
finalAprovados
Reprovado
s
Taxa de
Aprovação
(%)
Taxa de
Reprovaçã
o (%)
Taxa de
Abandono
(%)
1º ano 50 0 10 2 48 36 2 75,00 4,16 20,84
2º ano 59 0 8 2 57 46 3 80,70 5,26 14,04
3º ano 77 1 7 0 73 61 5 83,57 6,85 9,58
Total 182 1 25 4 178 143 10 80,33 5,63 14,04
Ed. Profissio
nal - FD
Matrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados
por
abandono
Afastados
por
transferênc
ia
Matrícula
finalAprovados
Reprovado
s
Taxa de
Aprovação
(%)
Taxa de
Reprovaçã
o (%)
Taxa de
Abandono
(%)
1º ano 68 0 4 1 67 63 0 94,02 0,0 5,98
2º ano 47 0 1 4 43 41 1 95,34 2,33 2,33
3º ano 47 1 1 3 44 42 1 95,45 2,28 2,28
4º ano 42 2 1 1 42 38 3 90,47 7,15 2,38
TOTAL 204 3 7 9 196 184 5 93,87 2,55 3,58
Ed. Profissio
nal HOSP.
Matrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados
por
abandono
Afastados
por
transferênc
ia
Matrícula
finalAprovados
Reprovado
s
Taxa de
Aprovação
(%)
Taxa de
Reprovaçã
o (%)
Taxa de
Abandono
(%)
1º ano 36 0 22 0 36 12 2 33,33 5,55 61,12
TOTAL GERALMatricula
final 398 Afastados= 54 13,56%
Fonte: Relatório Final.
Disciplinas críticas com baixo desempenho no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio ou da Ed. Profissional no ano de 2012
Antes de qualquer reflexão a respeito de desempenho escolar cabe
discutir a taxa de abandono que em 2012, na média dos cursos ficou em 13,56%,
mas que atingiu a casa de 61% na primeira turma do Curso Técnico em
Hospedagem e ainda é muito elevada no Ensino Médio Regular sendo de 14, 04%
na média dos três anos, mas atingindo 20% no 1º ano. Esse é um quadro que
precisa ser revertido urgentemente e vem sendo prioridade do colégio nos últimos
anos. A partir de um levantamento mais detalhado das causas destes abandonos e
da elaboração coletiva de estratégias para melhorar a permanência e o sucesso
escolar.
Analisando criteriosamente o relatório do Conselho de Classe final é
evidente que não há, especificamente, uma disciplina crítica, pois o problema que
enfrentamos não se refere às inúmeras reprovações em uma mesma disciplina ou
série. Os alunos que reprovaram não obtiveram resultado suficiente em várias
disciplinas, normalmente atrelado à questão de faltas.
3.12. Dados das avaliações externas.
IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO
2007 2009 2011 2013
Anos iniciais Anos finais Anos iniciais Anos finais Anos iniciais Anos finais Anos iniciais Anos finais
Ensino Médio - - - - - - - -
Obs.: Escala de 0 a 10.
O Colégio não foi analisado porque devido ao número de alunos.
3.13. Relação entre idade/Série analisando os resultados.
Série/ AnoMatrícula Final (A)
Até 12 anosAté 13 anos
Até 14 anos
Até 15 anos
Até 16 anos
+ de 16
anos
Total de alunos com idade superior à
série respectiva (B)Taxa de Distorção (B/A) x 100
Série/Ano
Matrícula Final (A)
Até 16 anosAté 17 anos
Até 18 anos
Até 19 anos
Até 20 anos
+ de 20
anos
Total de alunoscom idade superior
à série respectiva (B)
Taxa deDistorção(B/A) x 100
1º
2º
3º
TOTAL
Fonte: Seed Pr.
Segundo o sistema de Consulta escola SEED PR, o Colégio não
apresenta o problema de distorção idade série.
3.14. Problemas que devem ser atacados prioritariamente de governabilidade da
escola:
• Diminuição das taxas de abandono e evasão.
• Ampliação da discussão a respeito da Educação Profissional: revendo seu
desempenho e promovendo uma reflexão sobre o foco na
empregabilidade e ou no mundo do trabalho, melhorando o entendimento
da função social da escola nesta modalidade.
• Melhorar a comunicação e informação interna no colégio é uma
necessidade primordial, bem como ampliar a relação com a Comunidade
escolar e com o entorno.
• Garantir o cumprimento e melhorar o trabalho desenvolvido na hora
atividade, assim como estabelecer ações contínuas de formação
continuada
• Melhorar os índices de aproveitamento escolar aproveitamento escolar.
4. FUNDAMENTAÇÃO
Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós, que é o de assumir esse país democraticamente. Paulo Freire
A construção coletiva de um Projeto Político Pedagógico pressupõe a
busca de um novo referencial teórico para compreensão da prática, baseado nos
pressupostos de uma teoria pedagógica crítica, a qual parte da prática social e está
compromissada em solucionar os problemas da educação. Deve levar em conta o
fortalecimento dos vínculos da família e dos laços de solidariedade humana, bem
como da inclusão.
Com essa construção a escola passa a estabelecer uma nova forma de
organização do trabalho pedagógico que tem por princípios a liberdade, a autonomia
e a democracia, propiciando a participação, a promoção de reflexões e a mediação
de conflitos por meio de um processo democrático, inclusivo e ético. Esta
perspectiva busca eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias,
diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças
e hierarquiza os poderes de decisão.
A escola, no seu cotidiano, deve promover a efetivação do que expressa
na Lei, atendendo os princípios da gestão democrática e da prática cidadã.
SILVEIRA em uma perspectiva Aristotélica de ética, expressa que a aprendizagem
da cidadania se dá pela vivência, portanto
O que possibilita a cidadania é a educação pública, compreendida enquanto condição de possibilidade pública para a igualdade, liberdade e racionalidade de todos os indivíduos. Em uma época de crise e suspeita, que procura entender a relação existente entre educação e ética em um contexto de pluralidade, pode ser prospectivo retomar um clássico como Aristóteles em razão de sua compreensão de uma relação de pertença inalienável entre o processo educativo e o referencial ético. SILVEIRA, 2004
A escola que propõe formar um cidadão ético, para uma participação
crítica e transformadora deve propiciar que ele o faça enquanto aluno, assim como
deverá favorecer para que todos os membros da comunidade escolar tenham seu
espaço e sua voz representadas em um Projeto político Pedagógico coletivo e plural
e com isso participar ativamente do processo de construção de uma sociedade livre,
justa e solidária. Aquino (1997) demonstra a viabilidade prática dessa postura por
meio de cinco regras éticas que podem imbuir o trabalho docente, fidelidade ao
projeto político pedagógico por meio da delimitação consensual dos papeis do aluno
e professor. Compreender o aluno problema como porta-voz de relações ambíguas
e contra producentes, este é o nosso desafio, perceber a problemática e procurar
caminhos para ensinar esse aluno superando as dificuldades que ele apresente.
Desidealizar o perfil discente investindo e percebendo o aluno real e concreto estar
receptivo à mudança e à experiência de novas estratégias. Potencializar o binômio
competência / prazer como um tipo de “dever cotidiano”. Entende que a educação
como prática teórica, campo profissional ou arte do viver, talvez não seja objeto
passível de cientificidade; mas é trabalho ético e dos maiores.
4.1. Concepção1 de sociedade
Toda sociedade faz parte da história e é resultado da mesma, não está
pronta e acabada, mas evoluiu e evolui a partir das ações neste palco histórico, ou
seja, a sociedade é espaço de construções.
Vivemos em uma sociedade capitalista onde o comércio e a mercadoria,
sua produção e circulação, direciona as evoluções, involuções e revoluções,
portanto não podemos pensar essa sociedade sem levar esse sistema de produção
em consideração. A sociedade capitalista é totalmente perpassada pelos fatos
históricos e vivencia em seus espaços contradições as quais resultam em cultura.
Dar conta junto aos nossos educandos, da socialização apropriação do
conhecimento, deve significar o desafio e o encorajamento de cada um deles para
que sejam sujeitos históricos atuando coletivamente no sentido da superação deste
estado de coisas, pois este não é destino dado, pronto e acabado.
4.2. Concepção de homem
1 CONCEPÇÃO: opção política em relação a um posicionamento, é a compreensão de uma teoria diante da sociedade, do homem e do mundo (não expressam apenas momentos históricos) Ms.Viviane Simioni.
A sociedade imprime no homem a cultura que carrega em seu bojo e
assim o homem torna-se resultado de uma sociedade. Conforme PARO:
Dizer isso implica considerar o conceito de homem histórico, construtor de sua própria humanidade, ou seja, que é, ao mesmo tempo, natureza e transcendência da natureza. Ao transcender a natureza, ele se faz sujeito, condição inerente a sua própria constituição como ser histórico. Mas esse ser histórico só existe, só se constrói, de modo social, na relação com os demais seres humanos. (PARO; 2001)
4.3. Concepção de escola
Escola, segundo Dermeval Saviani, é o local que deve servir aos
interesses populares garantindo a todos um ensino de qualidade e saberes básicos
que se reflitam na vida dos alunos preparando-os para a vida adulta.
A escola na dimensão pedagógica do Ensino Médio e Médio Integrado
baseia-se nos princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade
e do respeito ao bem comum, nos princípios políticos dos direitos e deveres de
cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática, nos
princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade de
manifestações artísticas e culturais e nos princípios humanos pautados pela paz e
solidariedade.
4.4. Concepção de educação
Educação é o processo de humanização, descrito por Saviani, como
sendo a criação no homem da sua segunda natureza, aquela referente à cultura que
historicamente ele produz. A Educação é o que insere o homem no mundo do
trabalho, no mundo da ética e da cultura, enfim, como o autor afirma:
...a educação como uma atividade mediadora no seio da pratica social global. Assim, a educação é entendida como instrumento, como um meio, como uma via através da qual o homem se torna plenamente homem apropriando-se da cultura, isto é, a produção humana historicamente acumulada. Nesses termos, a educação fará a mediação entre o homem e a ética permitindo ao homem assumir consciência da dimensão ética de sua existência com todas as implicações desse fato para a sua vida em sociedade. (SAVIANI, 2001)
4.5. Concepção de cultura
Podemos entender cultura em uma perspectiva ampla como uma criação
do homem, resultante da complexidade crescente das operações que ele realiza
modificando a natureza, para garantir a sua sobrevivência, independente de
qualquer forma social. “É, pois, a cultura o processo pelo qual o homem acumula as
experiências que vai sendo capaz de realizar, discerne entre elas, fixa as de efeito
favorável”. (Vieira Pinto, 1979)
A cultura pode ser também compreendida em uma perspectiva mais
restrita, de “ser alguém culto ou não”, “ter ou não ter cultura”, ao pensar em cultura
trazido como o conjunto das atividades e dos produtos dotados de valor que são
supérfluos em relação ao sustento imediato. É oferecida pela sociedade na qual as
necessidades primárias foram satisfeitas de tal maneira que não se requer um
trabalho tão pesado que esgote por completo as forças vitais, isto é, onde existem
energias disponíveis para a cultura (Lukács, 2007).
Ocorre que da perspectiva mais ampla todos os homens forçosamente
estão incluídos, mas no senso estrito, muitos estão excluídos de um universo de
bens culturais, tecnológicos e científicos aos quais cabe à educação aproximar.
4.6. Concepção de trabalho
O trabalho é uma atividade própria do homem, entendido como um
processo entre a natureza e o homem, é exclusivamente humano. Neste processo, o
homem se enfrenta como um poder natural, em palavras de Karl Marx, com a
matéria da natureza. A diferença entre a aranha que tece a sua teia e o homem é
que este realiza o seu fim na matéria. Ao final do processo do trabalho humano
surge um resultado que antes do início do processo já existia na mente do homem.
Trabalho, em sentido amplo, é toda a atividade humana que transforma a natureza a
partir de certa matéria dada. A palavra deriva do latim "tripaliare", que significa
torturar; daí a passou a ideia de sofrer ou esforçar-se e, finalmente, de trabalhar ou
agir. O trabalho, em sentido econômico, é toda a atividade desenvolvida pelo
homem sobre uma matéria prima, geralmente com a ajuda de instrumentos, com a
finalidade de produzir bens e serviços. 2
Adotamos a concepção de trabalho expressa nas Proposta Pedagógica
da Formação de Docentes na qual o trabalho é o eixo do processo educativo,
porque é através dele que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica numa perspectiva que incorpora a própria história da formação humana. Portanto, o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o ensino médio e não apenas naquele que tem o adjetivo de profissionalizante. Ter o trabalho como princípio educativo implica compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o que chamamos de sociedade. (Paraná SEED 2006),
4.7. Concepção de Tecnologia
A tecnologia envolve todo um conjunto de técnicas, que são utilizadas
para o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, ou seja, está relacionada à
ciência e ao conhecimento. Tecnologia é trabalho realizado pelo homem. O trabalho
foi, é e continuará sendo princípio educativo do sistema de ensino em seu conjunto.
Determinou o seu surgimento sobre a base da escola primária, o seu
desenvolvimento e diversificação e tende a determinar, no contexto das tecnologias
avançadas, a sua unificação. 3
A tecnologia é um enorme potencial de estímulos e desafios à
curiosidades das classes sociais favorecidas (FREIRE, 2009), nem deve ser
endeusada nem diabolizada, como também não pode ser uma nova forma de
trabalhar de um modo velho.
4.8. Concepção de cidadania
Cidadania aqui entendida como participação em todos os aspectos da
vida em sociedade, usufruindo direitos, respeitando deveres e considerando que
todos, em potencial, são dirigentes desta sociedade. A vida cidadã em uma
sociedade desigual, por sua vez, vai ser garantia de pressão transformadora para
igualdade e justiça social. Cabe à escola instrumentalizar os alunos com os
2Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1155258-conceito-trabalho/#ixzz2M0qBeqQo3 Saviani em forumeja.org.br/go/files/demerval%20saviani.pdf
conhecimentos imersos na cultura letrada em que se institucionaliza a cidadania,
para que este possa vivenciá-la plenamente.
4.9. Concepção de conhecimento
Conhecimento é o resultado do processo unicamente vivenciado pelo
homem que por características próprias, desenvolve concepções de mundo e modos
de resolver problemas, que vão sendo assimilados pelas novas gerações, seja para
facilitar a sua sobrevivência ou para encontrar o sentido das coisas.
Conhecer é construir significados (produto), através do estabelecimento
de relações (processo) no sujeito, entre as representações mentais (matéria-prima)
que visam dar conta das diferentes relações constituintes do objeto, ou das
diferentes relações do objeto de conhecimento com o(s) outro(s). Conhecimento
consiste numa representação mental de relações.4
4.10. Concepção de currículo
Considerando a escola como uma ferramenta de transformação social,
compreendemos a importância da organização do currículo, que deve ser
constituído de modo a permitir que o aluno tenha acesso ao saber indispensável
para sua conscientização enquanto sujeito social e histórico.
O currículo nuclear traduz uma nova maneira de encarar o ensino como
um meio para atingir um fim maior, qual seja, o aprimoramento do indivíduo como
um todo, o que envolve a repensarem os objetivos, conteúdos, técnicas instrucionais
e procedimentos avaliativos. “O currículo define o que se considera o conhecimento
válido, as formas pedagógicas, o que se pondra coo a transmissão válida do
mesmo, e a avaliação define o que se considera como realização válida de tal
conhecimento” (Bernstein, 1980)
O currículo é o conjunto de saberes considerados válidos e
indispensáveis para formação escolar do indivíduo de acordo com as habilidades
que se pretende desenvolver. Muitas são as definições para currículo, plano, projeto,
4www.drb-assessoria.com.br/4construindo.htm
organização das disciplinas hierarquicamente, conjunto de conhecimentos a serem
ensinados, entre outras, porém o que é incontestável é sua importância, portanto
deve ser fruto de reflexão, analise e discussão.
4.11. Concepção de método
Educar é práxis, ou seja, não é teoria e não é prática, mas sim o diálogo
constante entre esses elementos, é um processo de reflexão, ação, reflexão. Desta
forma a coerência necessária e fundamental para uma educação de qualidade não
pode se limitar á uma concepção teórica arrojada, atualizada, consistente, mas que
não se viabilize na prática pedagógica em sala de aula. A não coerência entre
fundamentação teórica e prática pedagógica inviabiliza toda uma proposta curricular,
pois os encaminhamentos metodológicos são a expressão da intencionalidade desta
proposta, na medida em que estabelecerão a “forma” para um “conteúdo”
teoricamente planejado.
O presente Projeto Político Pedagógico têm como fundamento teórico-
metodológico o materialismo histórico dialético, do qual se origina a Pedagogia
Histórico Crítica, que, em sala de aula, se expressa na metodologia dialética de
construção sócio individualizada do conhecimento.
A proposta de Pedagogia Histórico Crítica, apresentada por Saviani em
seu livro Escola e Democracia, mostra-nos que ela incorpora e supera as anteriores
e se constitui uma via teórico-metodológica consistente e viável, possibilitando ao
aluno um engajamento total na construção de seu conhecimento. Ao professor, se
constitui como uma forma de planejar conteúdos e atividades escolares e, também,
como método de trabalho cotidiano em sala de aula. Saviani retoma a questão da
profundidade dos conteúdos a serem trabalhados e traz de volta o papel do
professor, não como detentor absoluto do conhecimento muito menos como um
mero facilitador, mas como mediador no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos.
Como um Método de trabalho para aplicação prática em sala de aula,
Saviani elaborou os passos pedagógicos: Prática Social Inicial, Problematização,
Instrumentalização, Catarse e Prática Social Final, que foram então desenvolvidos
pelo professor Gasparin em uma didática, ou seja, em especificações metodológicas
que possibilitam compreender e aplicar a Pedagogia Histórico crítica.
Concluindo, para que a opção filosófica se concretize se faz necessária a
coerência entre esta opção, o Planejamento do professor, convertido em Plano de
Trabalho Docente e as ações em sala de aula, que materializam a função da escola
como agente de transformação social, portanto devem os professores trabalhar
criticamente e com muita profundidade, explorando todas as dimensões possíveis de
cada conteúdo, rompendo com o ciclo que gera cada vez mais aprendizagem, mais
superficiais e menos críticas, o que contribui para a manutenção do estado de coisas
que questionamos e que nos propusemos a mudar.
4.12. Concepção de ensino e aprendizagem
O processo de aprendizagem é aqui fundamentado na psicologia
histórico-cultural de Vigotski que se firma nas funções psicológicas superiores, como
a capacidade de projetar e depois agir e a capacidade de abstração de ações e
objetos. A ideia central da concepção desse autor é a mediação. Vigotski, afirma que
as relações humanas com o mundo não são diretas, mas sim, em sua maioria
mediadas (OLIVEIRA, M., 1995). O processo de ensino-aprendizagem é uma
relação mediada, isto é, o conteúdo a ser ensinado, necessariamente precisa de um
mediador para chegar ao aprendiz, seja através do professor, do livro, etc. sendo
assim, a aprendizagem acontece com a cooperação dos outros, através de uma
mediação, ampliando a zona de desenvolvimento proximal, a qual se internalizará
tornando-se o desenvolvimento real do aluno.
Ao mesmo tempo, o professor deverá reconhecer os ritmos, as formas e
as condições de aprendizagem do aluno, assim como afirma Freire, “educar exige
respeito a autonomia do ser do educando e como educador devo estar
constantemente advertido com relação a esse respeito que implica igualmente o que
devo ter por mim mesmo. O respeito a autonomia e a dignidade de cada um é
imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”.
(FREIRE, 1996, p.61)
4.13. Concepção de adolescência
Admitimos neste projeto a concepção Walloniana de adolescência,
compreendendo que nela ocorrem modificações fisiológicas dadas pelo
amadurecimento sexual e que provocam profundas transformações corporais
acompanhada por desenvolvimento psíquico. Segundo Wallon, o adolescente
expressa seus sentimentos com o corpo todo. Assim, “mímicas, gestos exagerados
tornam-se bastante frequentes traduzindo a falta de habilidade para dominar todo o
potencial de que o novo corpo é capaz. Através de brincadeiras, risadas, conversas
em tom de voz elevado e muita movimentação que o jovem expressa o prazer em
realizar determinadas atividades”.
Preponderam às funções afetivas, através da a construção da sua
identidade; a ambivalência de atitudes e sentimentos, vaidade, desequilíbrio interior;
necessidades novas, ainda confusas; desejo de posse; desejo de atrair a atenção do
outro, sentimentos de timidez e de vergonha. Na adolescência “a capacidade de
representar mentalmente uma pessoa, uma cena ou uma situação amplia-se de tal
modo que o limite entre o real e o imaginário torna-se frágil.” A teoria Walloniana
reconhece que o pode procurar satisfazer suas necessidades, em sonhos ou
fantasias ou em ações reais com efeitos positivos ou negativos dependendo das
opções de ordem social e moral que o jovem faça e que implicam o
estabelecimento de relações com a sociedade adequadas ou não. Deseja tornar-se
independente do adulto, mas necessita de sua orientação para as escolhas que
deve realizar, as atitudes de dependência e oposição ao outro revelam importantes
recursos para a construção da personalidade, de sua pessoa, de sua identidade .
Conforme o autor, “o jovem precisa receber atenção, ser ouvido,
respeitado e valorizado, tendo em vista desenvolver uma personalidade autônoma”.
São necessários que limites e sanções sejam estabelecidos de forma clara, com sua
participação ativamente na discussão e elaboração.
Para o autor, na fase da adolescência torna-se consciente das limitações
pessoais e externas do presente, impostas pelo meio em que vive. Impulsionado
pelas novas necessidades, o jovem alterna e combina o espírito de dúvida, de
construção, de invenção, de descoberta, de aventura e criação: preocupação
metafísica e científica das causas, das pessoas, de sua origem e destino.5
5http://www.casa.sp.gov.br/site/paraleitura.php?cod=3
4.14. Concepção de letramento
Magda Soares define letramento como sendo o estado em que vive o
indivíduo que sabe ler e escrever e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que
circulam na sociedade em que vive: ler jornais, revistas, livros, saber ler e interpretar
tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz,
telefone, saber escrever e escrever cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade,
saber preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento, etc. A
alfabetização e o letramento se somam, são complementos. Enquanto que
“alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar
significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita”.
Para Magda o professor precisa em primeiro lugar ser letrado em sua
área de conhecimento: dominar a produção escrita de sua área, as ferramentas de
busca em sua área, e ser um bom leitor e um bom produtor de textos na sua área. E
que seja capaz de letrar seus alunos, que conheça o processo de letramento, que
reconheça as características e peculiaridades dos gêneros de escrita próprios de
sua área de conhecimento. Para ela os cursos de formação de professores deveriam
centrar seus esforços na formação de bons leitores e bons produtores de texto, e na
formação de indivíduos capazes de formar bons leitores e bons produtores de
textos.6
4.15. Articulação entre o Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio
Compreendemos a necessidade de articular melhor as fases da educação
e promover uma integração mais ampla entre os segmentos da Educação Básica e
que essa prática é indispensável para assegurar a continuidade na aprendizagem.
Uma das concepções desta integração passa pela Promoção do diálogo entre os
professores projetando uma possibilidade de espaço para discutir o planejamento
em conjunto, enfatizando conteúdos que serão trabalhados. Esses encontros devem
ser previstos pela coordenação pedagógica, com o objetivo de repensar a formação
6www.educacaoliteratura.com.br/index%2043.htm
continuada, dando ferramentas para que o professor conheça as peculiaridades da
adolescência, na forma de Seminários, encontros, Workshop e outras atividades.
Pode-se também ampliar esse entendimento, propiciando atividades
integradoras entre os futuros egressos do Ensino Fundamental e aqueles que já
estão no Ensino Médio através de diferentes eventos e ações conjuntas entre
escolas.
4.16. Concepção de avaliação e recuperação
A avaliação deverá ser tomada em uma dimensão ética no processo de
ensino aprendizagem o que nos leva a repensar posturas cristalizadas e
redimensionar a prática pedagógica. Sempre tomada como um “nó da educação”
expressa nitidamente a concepção de educação dos participantes deste processo,
portanto a mudança na avaliação revelará uma nova postura pedagógica como um
todo. Vale à pena destacar a discussão proposta por AQUINO ao discutir a questão
da ética na educação escolar, no que se refere à avaliação
...as questões que envolvem a avaliação da aprendizagem, tão presentes nas preocupações dos educadores, bem como dos órgãos governamentais do setor. Não é raro que encontremos alegações do tipo: "é preciso avaliar constantemente", ou então: "se não houver reprovação, não há ensino de verdade", ou mais drasticamente ainda: "professor bom é aquele que reprova". Note-se que, a partir de enunciados como estes, acabamos tomando a avaliação (e não a ética) como reguladora da ação pedagógica. Isto é, avaliar passa ser concebido como um direito "legal ou moral" do professor, enquanto ser avaliado, um dever também "legal ou moral" do aluno. Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou exclusiva da intervenção pedagógica, corremos o risco de também naturalizar o fracasso como o objeto contingencial (e inevitável, portanto) da ação escolar. É o alto preço que se paga por transformar um encontro que se desdobra em torno de regras construídas processualmente em um evento balizado por normas apriorísticas, por um padrão excessivamente normativo (e, por extensão, excludente) como é o da avaliação escolar, tal como a conhecemos. AQUINO
A avaliação é compreendida como um processo diagnóstico, tanto do
aluno como dos professores, da equipe envolvida e da instituição, no sentido de que
“avaliar é interrogar e interrogar-se” (ESTEBAN, 1999, p. 22). Esta concepção
deverá orientar os projetos e ações no Ensino Médio e Médio Integrado propiciando,
assim, espaço à heterogeneidade e às respostas em constante construção,
desconstrução e reconstrução.
Nessa concepção de avaliação, torna-se imprescindível considerar o
processo de desenvolvimento do aluno, priorizando a avaliação formativa, a qual é
realizada ao longo do processo educacional. Diante desse aspecto, a avaliação é
um movimento contínuo que aponta reorganizações e correções no processo de
desempenho do aluno, orientando a intervenção, o planejamento e as estratégias do
professor. O conhecimento é dinâmico e está em constante processo de construção,
concebendo a possibilidade de o aluno poder vir a saber/fazer, tendo em vista que
se compreende o sujeito como um ser social, com conhecimentos e habilidades
singulares, capaz de desenvolver-se por meio da interação social. Assim, segundo
Esteban (1999, p. 24) a finalidade da educação é propiciar “que todos possam
ampliar continuamente os conhecimentos que possuem, cada um no seu tempo, por
seu caminho, com seus recursos, com a ajuda do coletivo”.
É incoerente destacar a Avaliação dos Encaminhamentos Metodológicos,
pois são estes momentos do mesmo processo de ensino e aprendizagem, que não
se dissociam. A avaliação, é aqui compreendida como verificação das sínteses dos
alunos, é fonte de dados para o acompanhamento deste processo, descobrindo
dificuldades e indicando intervenções pedagógicas necessárias para que todos
aprendam.
Desta compreensão decorre, uma nova perspectiva de avaliação, pois se
desloca apenas do aspecto conceitual dos conteúdos – único elemento valorizado
em uma perspectiva tradicional, avaliado através de provas e testes – e passa a
considerar outros aspectos também relevantes e constituintes deste saber,
sugerindo, consequentemente, novos instrumentos e critérios de avaliação.
Na perspectiva aqui adotada, os critérios da avaliação serão
determinados pelo conteúdo e suas dimensões, conforme referido anteriormente,
avançando da questão conceitual do conteúdo e adequando o instrumento de
avaliação, para que não haja um rompimento no processo de ensino, mas que
garanta os “momentos síntese” da aprendizagem do aluno.
Para essa compreensão de avaliação se efetivar é necessário que o
professor acompanhe todo o processo pedagógico que está ocorrendo, através de
uma avaliação diagnóstica e contínua, possibilitando a avaliação paralela.
4.17. Concepção de Gestão Democrática
Partimos da concepção de Gestão Democrática como a garantia da
efetivação de uma prática participativa, “gestão é administração é tomada de
decisão, é direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a
atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel” (FERREIRA
2006, p. 306). Discutir gestão democrática implica refletir sobre a organização do
trabalho pedagógico que corrobora ou impede o desenvolvimento de uma prática
participativa.
É pela Gestão Democrática que se constrói Projeto Político Pedagógico
um participativo e coletivo, pois existe a “necessidade de a escola organizar-se
democraticamente com vistas a objetivos transformadores (quer dizer: objetivos
articulados aos interesses dos trabalhadores).” (PARO, 2000)
4.18. Concepção do papel da escola
Papel da escola é dar uma formação integral que possibilite ao aluno agir
conscientemente no seu meio e se inserir na sociedade transformando a sua
realidade, visando a transformação da realidade através de uma intervenção mais
direta provocando a reflexão, despertando a busca e a motivação. Formar jovens
críticos conscientes, com objetivos, hábitos de estudo, análise, intervenção social
para uma nova sociedade, justa, igualitária e solidária. Um sujeito atuante, crítico,
afetivo e questionador da sua realidade, participativo, dinâmico e “polivalente”,
humano capaz de viver em uma sociedade de transição.
A escola deve também para formar estudantes com valores revistos,
com maior autoestima, que possam acreditar em si no potencial que possuem,
aprendendo a sonhar mais alto e sendo capazes de realizar seus sonhos. Buscar
reter o aluno por mais tempo possível, lutando contra a evasão, o desemprego e os
traficantes, que nos derrotam muitas vezes.
O compromisso da escola pública é com a maioria da população que
hoje, por força do modelo econômico, político, social, cultural, está fragmentada em
vários segmentos-minoria, organizados ou não na sociedade. Não há como negar
que, das mais diversas formas, todos estes segmentos minoria participam da
produção da riqueza, mas historicamente têm sido expropriados, excluídos,
manipulados, discriminados, de muitos modos em seus direitos fundamentais, desde
as suas condições objetivos-materiais de vida (plano econômico), às formas de
organização sócio-política (plano social e político) à produção e acesso ao saber e a
cultura (plano cultural). Estes elementos pontuados constituem referências e a partir
deles vamos delineando um Projeto Político Pedagógico.
Assim pensando, e de acordo com as grandes Diretrizes da Proposta
Curricular, o acesso, a permanência e o sucesso na escola, desta maioria, deve
significar a oportunidade de compreender todas as contradições que constituem,
determinam, condicionam o mundo natural, o mundo histórico-social e o mundo da
subjetividade individualidade que caracteriza cada um dos seres humanos. Todo o
educando tem o direito de, ao frequentar a escola, apropriar-se crítica e
criativamente do saber universal acumulado e sistematizado, para compreender que
esta forma predominante de estar, ver e fazer o mundo, é apenas uma das formas
possíveis, organizada de um modo que vem dificultando o processo de
humanização.
Passar pela escola deve significar então, ter o domínio da cultura, do
instrumental teórico-prático (Ciência, Tecnologia, Filosofia, Arte), que os homens
produziram na caminhada civilizatória, para estabelecer uma nova forma de
relacionar-se, entender e transformar de modo permanente e simultâneo a natureza,
a sociedade, a si mesmo e a história. Conforme expressa a Proposta Curricular da
Formação de Docentes, quanto ao considerar o trabalho como princípio educativo
Se pensarmos nos três eixos que tradicionalmente constituem as trajetórias de formação: o científico, o de profissões e o cultural, poderemos organizar este nível de ensino apontando possibilidades que os unifiquem por não serem excludentes no espaço/tempo da escolarização, mas que poderão ser escolhidos como forma de dedicação mais especializada, que os jovens poderão seguir futuramente. Ou seja, poderão já no Ensino Médio vislumbrar uma dedicação maior à compreensão das ciências de base, a uma profissão como uma forma de conceber a ciência não desvinculada da técnica e da tecnologia e a algumas formas de arte. PROPOSTA PEDAGÓGICA FORMAÇÃO DE DOCENTES – SEED PR
4.19 Concepção da relação professor/aluno
Compreendemos sob a luz dos ensinamentos de Saviani que é através da
interação do professor e da participação ativa do aluno que a escola deve possibilitar
a aquisição de conteúdos, essa participação implica em trabalhar a realidade do
aluno em sala de aula, para que ele tenha discernimento e poder de analisar sua
realidade de uma maneira crítica e a socialização do educando para que tenha uma
participação organizada na democratização da sociedade.
A escola é valorizada como instrumento de apropriação do saber e pode
contribuir para eliminar a seletividade e exclusão social, e é este fator que deve ser
levado em consideração, a fim de erradicar as gritantes disparidades de níveis
escolares, evasão escolar e marginalização.7
Ao se pensar na questão do ensno pela Prática Social dos conteúdos
devemos considerar sem considerar o que diz Paulo Freire quando afirma que
Não é possível respeito aos educandos, à sua dignidade, a seu ser formando-se, à sua identidade fazendo-se, se não se levam em consideração as condições em que eles vêm existindo, se não se reconhece a importância dos “conhecimentos de experiências feitos” com que chegam à escola. O respeito devido à dignidade do educando não me permite subestimar, pior ainda, zombar do saber que ele traz consigo para a escola.
Quanto mais me torno rigoroso na minha prática de conhecer tanto mais, porque crítico, respeito devo guardar pelo saber ingênuo a ser superado pelo saber produzido através do exercício da curiosidade epistemológica FREIRE, 2009- pg 64)
4.20. Concepção de Conselho de Classe
A dimensão dos espaços coletivos é essencial para o estabelecimento de
uma relação social transformadora, e torna-se fundamental o resgate das instâncias
colegiadas na escola. Assim, estamos admitindo neste projeto uma concepção de
Conselho de Classe como um organismo na escola, “que permite a discussão do
trabalho pedagógico em sua especificidade, de forma espontânea e natural, já que
discute o próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido estabelecida
entre aluno, professor e conteúdo, num momento de análise e decisão para a
tomada de novos rumos desse mesmo processo. É uma relação imediata, direta,que
orienta novas relações próximas e futuras.” O Conselho de Classe é um órgão
7http://letrasunifacsead.blogspot.com.br/p/dermeval-saviani-concepcoes-de-escola.html
colegiado que pode propiciar o debate permanente e a geração de ideias numa
produção social. (DALBEN, 1995)
4.21.Concepção de estágio não obrigatório8
A inserção do estagio não obrigatório do projeto político pedagógico da
escola não pode contrapor a própria concepção de escola publica, ainda que o
estágio seja uma atividade que vise à preparação para o trabalho produtivo,
conforme Lei 11788/2008. A função social da escola vai para além do aprendizado
de competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para
além da formação articulada as necessidades do mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo, pressupõe oferecer
subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e
contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto
implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de
produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a
partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela de forma plena integrando as práticas ao conhecimento teórico que
as sustentam.
8 Texto produzido pela Equipe da Educação Básica do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá e disponibilizado para todas as instituições de ensino de sua jurisdição, não podendo ser considerado nesta situação plágio.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as
ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-
versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-las a partir das relações de trabalho.
4.22. Concepção de Educação Integral
A Concepção de Educação Integral deste colégio se estabeleceu
considerando o exposto no documento Orientações para implementação da
Educação em Tempo Integral em turno único (PARANÁ, 2012),
(...) a Educação em Tempo Integral não propõe a superação do ensino organizado por disciplinas, mas a criação de condições de ensinar em função das relações dinâmicas entre as diferentes disciplinas com o diferencial do maior tempo para desenvolver conteúdos que estejam sistematizados e articulados com o currículo da escola, fruto de um planejamento adequado e não da realização de atividades que sejam produtos de improvisação e do acaso. (p.15).
[…] os estabelecimentos de ensino não devem se limitar a transmitir os conteúdos curriculares e a ofertar atividades de lazer e reforço, com atividades fragmentadas e desconexas com a proposta pedagógica curricular, mas sim privilegiar o aproveitamento qualitativo do tempo educativo, na “perspectiva de que o horário estendido represente uma ampliação de oportunidades e situações que promovam aprendizagens significativas.” (p.11).
É pensar conteúdo e método de forma em interação recíproca ou circular,
“pois se o ensino deve começar a partir de algum plano curricular prévio, a prática
de ensiná-lo não apenas o torna realidade em termos de aprendizagem, mas que na
própria atividade podem se modificar as primeiras intenções e surgir novos fins”. É
preciso ver o ensino não da perspectiva de ser atividade, instrumento para fins e
conteúdos pré-especificados antes de empreender a ação, mas como prática, na
qual esses componentes do currículo são transformados e o seu significado torna-se
concreto para o aluno”. (SACRISTÁN; GÓMEZ, 1998 apud PARANÁ, 2012, p. 13).
4.23. Concepção de Educação Profissional
A concepção que norteia o trabalho docente na Educação Profissional
Técnica de Nível Médio, compreende a formação geral do aluno inseparável da
formação profissional, que deve possibilitar não somente o acesso a conhecimentos
científicos e tecnológicos, mas também promover a reflexão crítica sobre os padrões
culturais que se constituem em normas de conduta de um grupo social, assim como
sobre a apropriação de referências e tendências estéticas que se manifestam em
tempos e espaços históricos, os quais expressam concepções, problemas, crises e
potenciais de uma sociedade que se vê traduzida e/ou questionada nas suas
manifestações e obras artísticas, evidenciando a unicidade entre as dimensões
científicas, tecnológicas e culturais. (BRASIL, 2012, p. 30).
4.24. Concepção de Estágio Supervisionado
O Estágio Supervisionado é uma atividade que visa à preparação para
o trabalho, que na concepção de escola pública observa determinados princípios,
sendo que a função supera a formação articulada às necessidades de mercado de
trabalho. O trabalho é o princípio educativo e a partir das diferentes disciplinas, pode
se analisar as relações e as contradições sociais, cabendo à escola instrumentalizar
conceitualmente ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação,
bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho;
O acesso aos conhecimentos universais, possibilitará ao aluno
estagiário sua integração nas atividades produtivas, bem como a sua participação de
forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que a sustentam;
Nesta perspectiva, o estágio deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a
partir das relações de trabalho.
O Estágio Supervisionado, no Curso de Formação de Docentes, implícito
na disciplina de Prática de Formação, compreende as práticas pedagógicas que se
constituem no eixo articulador dos saberes fragmentados nas disciplinas. São o
mecanismo que garantirá um espaço e um tempo para a realização da relação e
contextualização entre saberes e os fenômenos comuns, objetos de estudo de cada
ciência ou área de conhecimento específico. O objeto de estudo e de intervenção
comum é a educação. Contudo, esse fenômeno geral será traduzido em problemas
de ensino aprendizagem contemporâneos, a partir dos pressupostos que orientam o
curso e dos objetivos da formação.
A Prática de Formação nesta proposta de currículo possui a carga
horária de 800 horas, atendendo a legislação vigente (Del. 010/99 do CEE). A carga
horária da Prática de Formação integra a do curso como um todo, considerando que
o mesmo se configura como componente indispensável para a integralização do
currículo. A Prática de Formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição, fruto
de seu Projeto Pedagógico. Nesse sentido, todos os professores responsáveis pela
formação do educador deverão participar, em diferentes níveis, da formação teórico-
prática do seu aluno.
4.25. Concepção de pedagogo
O pedagogo é o articulador do processo de ensino-aprendizagem, ou
seja, “à luz de uma concepção progressista de educação, tem sua função de
mediador do trabalho pedagógico, agindo em todos os espaços de contradição para
a transformação da prática escolar”. Como fim último de sua atuação contribui pra a
efetivação do PPP e sua atuação se faz para a garantia de uma educação pública e
de qualidade, trabalhando de maneira consciente e participativa, visando a
emancipação das classes populares.
As pedagogas deste colégio buscam um trabalho planejado, articulado
entre cursos e turnos. Há também uma articulação com as Coordenações de Curso
e de Estágio dos cursos profissionalizantes.
5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
O Projeto Político Pedagógico baseia, norteia e orienta todas as ações da
escola, Sendo necessário ampla divulgação do mesmo junto aos diversos
segmentos da comunidade escolar. Durante este processo é realizada uma
apresentação das dificuldades e avanços de cada segmento no alcance dos
objetivos contidos no PPP da escola, neste momento estes diversos segmentos
dividem a responsabilidade pela implementação, execução e avaliação das ações
propostas. Tal processo se torna necessário para que não se percam de vista os
objetivos que nos propomos a alcançar. Assim, de maneira coletiva, procuramos
manter em vista nossos objetivos e superar nossas limitações e dificuldades.
O Planejamento Escolar é realizado de forma democrática, fundamentado
no processo de participação e de co-responsabilidade da comunidade escolar na
tomadas de decisões coletivas para a elaboração, implementação e
acompanhamento do Projeto Político Pedagógico. Desta forma, a organização e a
realização, bem como a avaliação do planejamento escolar, se tornam de
responsabilidade de todos os elementos que compõem o universo escolar. Através
de consultas aos vários segmentos que compõem o universo escolar, são
determinadas e priorizadas as diversas ações necessárias, o tempo de
implementação e execução e os graus de responsabilidades e comprometimento de
cada segmento, ficando a cargo de todos a avaliação dos resultados deste
planejamento e das ações desenvolvidas. Os diversos momentos que envolvem o
Planejamento Escolar desde a sua elaboração até sua avaliação e reavaliação, são
realizados através de reuniões, que ocorrem de forma ordinária e/ou extraordinária,
envolvendo as Instâncias Colegiadas ou os membros da comunidade escolar como
um todo.
São muitos os projetos desenvolvidos nas diversas disciplinas que
compõem o currículo escolar nos três turnos e nas três modalidades oferecidas pela
escola. São desenvolvidos baseados em trabalhos de articulação e mobilização
através dos seguintes eixos: Iniciação Científica, Cultura e Diversidade e
Educação Profissional, compostos por disciplinas afins. Desta forma, prevê a
participação de todos os professores alunos e funcionários e ainda, elementos do
entorno da escola, que exercerão funções como coordenadores, executores,
oficineiros e palestrantes, promovendo desta forma a interdisciplinariedade.
Dentre os projetos desenvolvidos em 2012, podemos citar o Projeto
BIOMAS, a Semana da Educação, Projeto Helena Kolody, Semana da Criança,
Semana Afro, Feira de Ciências, Mostras de Estágios, Interséries, Educação
Ambiental, Encontro dos Egressos entre outros.
Para o ano letivo de 2013 estão previstos os seguintes projetos ou ações:
Problema Projeto ou ação Público Período
Diminuição das taxas de abandono e evasão.
Atividades complementares do Ensino Médio Inovador
Alunos do Ensino Médio por Blocos Semestrais e as vagas remanescentes foram ofertadas à Formação de Docentes.
No decorrer do ano Letivo4 aulas semanais em contra turno ou no período intermediário.
Ampliação da discussão a respeito da Educação Profissional: revendo seu desempenho e promovendo uma reflexão sobre o foco na empregabilidade e/ou no mundo do trabalho, melhorando o entendimento da função social da escola nesta modalidade.
VIII Semana da EducaçãoVI Seminário de Alfabetização V Encontro de Educação Infantil
Semana da Criança
Alunos do Curso de Formação de Docentes
Setembro
Mostra de Profissões Alunos da Formação de Docentes e Curso Técnico em Hospedagem
Agosto
Dia da Hospedagem Alunos do Curso Técnico em Hospedagem
Junho
Melhorar a comunicação e informação interna no colégio é uma necessidade primordial, bem como ampliar a relação com a Comunidade escolar e com o entorno.
Fortalecimento das instâncias colegiadas
Toda comunidade escolar No decorrer do ano letivo
I Seminário sobre Gênero, Diversidade e alteridade
Toda comunidade escolar Junho
Festa da Cultura Regional Toda Comunidade Escolar Julho
“Projeto: Quem não se comunica se trumbica!”
Toda Comunidade Escolar No decorrer do ano letivo
Garantir o cumprimento e melhorar o trabalho desenvolvido na hora atividade, assim como estabelecer ações contínuas de formação continuada
Aplicação do PIP - “Plano de Intervenção Pedagógica” da Equipe e Coordenações de Curso e Estágio
Professores e Equipe Pedagógica Administrativa
No decorrer doa no Letivo
Estabelecimento do Conselho de Classe Permanente
Professores e Equipe Pedagógica Administrativa
No decorrer doa no Letivo
Melhorar os índices de aproveitamento escolar.
POP - “Projeto de Oficina Permanente”
Feira de Ciências
Toda Comunidade Escolar
Professores do Eixo “Iniciação científica”
No decorrer do ano letivo
Novembro
Atividades complementares do Ensino
Alunos do Ensino Médio por Blocos Semestrais e as
No decorrer do ano Letivo 4 aulas
Médio Inovador vagas remanescentes foram ofertadas à Formação de Docentes.
semanais em contra turno ou no período intermediário.
“Projeto Afro” Toda a comunidade escolar Durante o ano letivo com evento de culminância em novembro
Livro “É tempo de poesia” Comunidade interna da escola
Início fevereiro e culminância em outubro
Para o Enfrentamento dos problemas citados, além das ações cotidianas
que dependem de um trabalho pedagógico de qualidade já ofertado pelo nosso
colégio, para o ano de 2013 estão previstos projetos de ensino que serão logo
abaixo citados. Estes projetos foram pensados considerando que:
“As atividades desenvolvidas com os alunos, com a presença de professor, desde que contempladas no Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica, são consideradas dias letivos, e a carga horária será a correspondente à duração da atividade. Para efeito de complementação da carga horária e/ou reposição de dias letivos será considerada, para as instituições do Sistema Estadual de Ensino, as atividades definidas em seu Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica. (INSTRUÇÃO N. 015/2011 – SUED/SEED p.03, itens 10.1 e 11)
NOME DO PROJETO: “VIII Semana da Educação – VI Seminário de Alfabetização –
V Encontro de Educação Infantil”
JUSTIFICATIVA: A Semana da Educação e os eventos que dela fazem parte vêm,
tradicionalmente, trazendo à discussão assuntos pertinentes e relevantes sobre o
quadro educacional local e global de forma a complementar os conteúdos e as
práticas da Formação de Docentes. É um projeto que nasceu atrelado à disciplina de
Prática de Formação, mas que por seu caráter interdisciplinar envolve todo o Curso
e por extensão toda a comunidade escolar. Neste ano a temática irá girar sobre as
muitas linguagens e possibilidades na Leitura de Mundo, abrindo um leque de
intervenções possíveis em diferentes dimensões do tema. São organizadores e/ou
oficineiros e palestrantes, professores do curso, convidados da UFPR, do NRE, de
outras instituições e também os alunos e outros membros da comunidade escolar.
PÚBLICO: Alunos do Curso de Formação de Docentes. As palestras são abertas à
comunidade escolar e havendo vagas, as oficinas também serão.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 21/10/13 a 25/10/13
CARGA HORÁRIA DESTINADA: O aluno poderá participar de no mínimo
30h/aulas (25 h/aulas do turno de curso e mais 5h/aulas de estágio) até o total de
50h/aulas, para aqueles que tem disposição de horário em contra turno.
RESPONSÁVEIS: Coordenação de Curso, Coordenação de Estágio e Professores
das disciplinas específicas da Formação de Docentes, com apoio da Equipe
Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Todas as disciplinas, tendo em vista seu caráter
interdisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: As principais atividades desenvolvidas serão palestras,
oficinas, Workshops, mesa redonda, debates, entrevistas, sendo convidadas
pessoas e profissionais da comunidade e entorno para dividir práticas e
experiências. Trata-se de um trabalho desenvolvido pela escola e muito respeitado
pela comunidade escolar e entorno, considerado referência nos meios educacionais
do município de Guaratuba. O resultado de cada trabalho é socializado durante a
Semana através de dramatizações, murais, teatro, música, danças e outras formas
de expressão.
AVALIAÇÃO: Há um instrumento formal de avaliação do evento com questões
objetivas, como também há a devolutiva dos oficineiros e observações da Comissão
Organizadora. Os temas abordados, conclusões, resultados, observações e
sugestões continuam sendo trabalhados pela escola, gerando novos conteúdos,
projetos e exposições, ou seja, a Semana da educação, não acaba quando finda a
semana, continua dentro das salas de aulas e ainda oferecem subsídios que
baseiam o trabalho pedagógico da escola.
NOME DO PROJETO: “Semana da Criança”
JUSTIFICATIVA: Baseado no eixo de Educação Profissional, o projeto “Semana da
Criança” é desenvolvido durante o ano letivo pelo curso de Formação de Docentes e
é apresentado em um evento de culminância durante a Semana do Dia da Criança,
quando são realizadas pelos alunos, oficinas que trabalham práticas e pressupostos
didático-pedagógicos e processos de ensino e aprendizagem na Educação Infantil,
Séries Iniciais e Educação Especial, bem como as formas de trabalhar a Diversidade
Social e Cultural no universo escolar. Envolve as atividades das disciplinas de
Metodologia do Ensino de Arte, Metodologia de Ensino de Educação Física do 4º
ano e Prática de Formação do 3º ano, propiciando ao aluno uma interação com as
crianças da Rede Municipal de Ensino, com atividades de teatro, contação de
Histórias, gincanas e outras. Há o envolvimento de todos os alunos do Curso de
Formação de Docentes enquanto monitores das atividades ou em outras ações, bem
como envolve os professores de Prática de todas as turmas e os responsáveis na
data do evento. Propicia a reflexão sobre a prática na Educação Infantil e o exercício
das metodologias trabalhadas em sala de aula.
PÚBLICO: Alunos da Formação de Docentes e crianças da Rede Pública de Ensino,
todas as escolas, creches e órgãos relacionados do município são convidados, além
da comunidade e entorno.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no decorrer do ano letivo é feita a fundamentação
teórica e a preparação do evento com ensaios, seleção de materiais, confecção de
figurino, entre outras. O Evento de culminância com as crianças deverá ocorrer na
semana de 07 a 11/10/13 (data a ser confirmada com a Secretaria Municipal de
Educação).
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 30 h/aulas
RESPONSÁVEIS: Professoras: Jorgete, Jael, Gabrielle e Suzi, com apoio da Equipe
Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto faz parte das atividades de Metodologia do
Ensino de Arte, Metodologia de Ensino de Educação Física e Prática de Formação
do 3º ano.
DESENVOLVIMENTO: As crianças das instituições de Educação Infantil são
recebidas no colégio ou em local que comporte o número de alunos e participam de
atividades elaboradas e realizadas pelos alunos da Formação de Docentes na forma
de oficinas, circuitos e/ou gincanas, preparadas pelos alunos do 4º ano e assistindo
peças de teatro infantil e contação de histórias preparadas e ensaiadas dentro do
projeto de Estágio do 3º ano. Os demais alunos (1º e 2º ano) atuam como monitores
ou participam nas oficinas. Os Grupos de Teatro que apresentam em várias creches
e escolas do município, temas pedagógicos referentes ao universo infantil, de forma
lúdica e divertida, os temas a serem apresentados são trabalhados e adaptados em
sala de aula, com a orientação dos professores e selecionados pelos próprios
alunos. Estas apresentações podem se estender por mais tempo, sempre ocorrem
em contraturno, sem prejuízo de carga horária ou curricular para os alunos e turmas
envolvidas.
AVALIAÇÃO: Há um instrumento formal de avaliação do evento com questões
objetivas, como também há a devolutiva das professoras dos CMEIS e observações
da Comissão Organizadora. Os temas abordados, conclusões, resultados,
observações e sugestões continuam sendo trabalhados pela escola, gerando novos
conteúdos, projetos e exposições, ou seja, a Semana da educação, não acaba
quando finda a semana, continua dentro das salas de aulas e ainda oferecem
subsídios que baseiam o trabalho pedagógico da escola.
NOME DO PROJETO: “Projeto Afro” - Projeto de cultura Afro indígena Brasileira
JUSTIFICATIVA: Baseado no Eixo Cultura e Diversidade, envolve as três
modalidades de ensino e toda a comunidade escolar e tem caráter multidisciplinar.
Os trabalhos desenvolvidos, as questões abordadas e pesquisadas em sala de aula
durante o ano letivo e apontados nos projetos já desenvolvidos, serão apresentados
durante um evento de culminância. Neste dia ocorrerão palestras, oficinas e
workshop abordando a questão afro indígena e a Constituição da Identidade do
Povo Brasileiro. À noite serão realizadas apresentações artísticas e culturais
também originadas de trabalhos e pesquisas realizadas. Este projeto tem o objetivo
de melhorar o desempenho escolar, promovendo o envolvimento dos alunos e a
integração entre eles, favorecendo um ambiente de aprendizagem colaborativo.
PÚBLICO: Toda a Comunidade Escolar
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: durante o ano letivo, com evento de culminância no
dia 20/11/13.
CARGA HORÁRIA DESTINADA: as atividades ocorrerão durante as aulas previstas
nos PTD's com evento de culminância de 15h/aulas.
RESPONSÁVEIS: Professores das disciplinas ligadas ao Eixo da Cultura e
Diversidade: História, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna, Arte e Educação Física, com apoio da Equipe Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto é multidisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: Este Projeto prevê mostras de atividades artísticas e
culturais que visam enaltecer a influência africana e indígena na formação da cultura
e da sociedade brasileira, com realização de atividades de pesquisa, produção de
artigos e resenhas, murais, exposições e apresentações relacionadas a arte,
mitologia, comidas típicas, danças e lutas como a capoeira, dentro de uma
abordagem cultural proto-histórica, a fim de situar a condição do negro na
atualidade. O evento de Culminância deste projeto é desenvolvido durante a semana
do dia da Consciência Negra.
AVALIAÇÃO: No dia do evento é aplicado um questionário sobre as apresentações
que estão sendo realizadas, bem como ocorre a observação da Equipe Pedagógica
Administrativa e Comissão Organizadora.
NOME DO PROJETO: POP - “Projeto de Oficina Permanente”
JUSTIFICATIVA: Baseado no Eixo Iniciação Científica, tem caráter multidisciplinar e
envolve as três modalidades de ensino ofertadas neste colégio em torno de um tema
atual, abordado dentro dos princípios da sustentabilidade. É desenvolvido durante o
ano letivo e visa informar a comunidade escolar e seu entorno sobre questões
ambientais relacionadas ao nosso município de forma contextualizada. Serão
convidados a participar com oficinas e mini cursos os professores, alunos, ex alunos,
pedagogos, funcionários, membros da comunidade, órgãos públicos e privados
relacionados à questão ambiental, à ciência e à tecnologia. Durante a realização dos
mesmos, os alunos aprendem a se utilizar, de forma correta, de vários recursos
tecnológicos que de outra forma não teriam meios ou acesso a estes, tais como:
criação, operação e alimentação de sites, filmadoras, data-show, telões, internet,
máquinas e recursos fotográficos, operação de aparelhos de sonoplastia, etc. Desta
forma, aprendem a não só o manuseio destes recursos, como também a sua devida
aplicação e maneiras adequadas de divulgar de várias formas diferentes os
conhecimentos adquiridos.
Como evento de culminância, será realizada uma Feira de Ciências,
demonstrando os conhecimentos apreendidos para toda a comunidade escolar.
PÚBLICO: Todos os alunos do Colégio
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no decorrer do ano em contra turno, período
intermediário e sábados letivos. A Feira de Ciências ocorrerá no dia 09/11/13.
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 5h/aulas.
RESPONSÁVEIS: Professores das disciplinas relacionadas ao Eixo Iniciação
Científica: Biologia, Física, Química, Matemática e Geografia, com apoio da Equipe
Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto é multidisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: Este projeto se realizará por meio de oficinas e minicursos,
promovendo uma discussão e debate sobre o tema ligado à sustentabilidade, à
ciência e à tecnologia. Os resultados são apresentados a comunidade escolar
através de exposições, murais, exposições de resultados de pesquisas e índices,
produção de artigos científicos e resenhas, palestras, informativos, feiras de
ciências, etc. As oficinas poderão ser realizadas por membros da comunidade
escolar devendo ser inscritas com a Comissão organizadora, estar de acordo com
Diretrizes Curriculares e de ciência da Equipe Pedagógica.
AVALIAÇÃO: serão utilizados relatórios como instrumentos para saber se deu
resultado o projeto ou não.
NOME DO PROJETO: “Mostra de Profissões”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa fortalecer os cursos profissionalizantes levando
suas ações para o conhecimento da comunidade guaratubana, socializando saberes
e promovendo integração entre alunos e cursos. Será realizado um dia de mostra
das atividades dos cursos profissionalizantes ofertados no colégio, outras
instituições que ofertem cursos profissionalizantes ou de capacitação profissional no
litoral, bem como as instituições de ensino superior da região. O evento deverá ser
amplamente divulgado à comunidade em geral, atingindo mais especificamente os
alunos concluintes do ensino fundamental e médio, maiores interessados nessas
matrículas.
PÚBLICO: Comunidade guaratubana em geral, alunos concluintes do 9º ano e do 3º
ano do Ensino Médio Regular.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 02 de agosto
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 15h/aulas
RESPONSÁVEIS: Coordenadores dos Cursos Profissionalizantes (Formação de
Docentes e Técnico em Hospedagem) com apoio da Equipe Pedagógica
Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Específicas da Formação de Docentes e do Técnico
em Hospedagem.
DESENVOLVIMENTO: Nos moldes que foi realizada no ano de 2012 pelo NRE de
Paranaguá (e talvez novamente sob sua condução) será realizada uma feira aberta
à visitação pública com demonstração de procedimentos, materiais, recursos e
outros elementos que definam e caracterizem os cursos ofertados. Poderão ser
incluídas palestra, mesa redonda e/ou painel, bem como apresentações artísticas e
culturais. As Escolas Estaduais serão contatadas e será realizado o agendamento
de ônibus do transporte escolar pra propiciar a visitação aos alunos. A comunidade
escolar será também convidada através do rádio e outras mídias pra que participem
do evento.
AVALIAÇÃO: Será realizada através de relatório das atividades e pela observação da Comissão Organizadora. O projeto visa mobilizar os alunos do
NOME DO PROJETO: “Dia da Hospedagem”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa movimentar os alunos egressos e iniciantes do
curso de hospedagem, seus professores e coordenações para iniciar um evento
próprio, com a finalidade de abordar questões referentes à prática do profissional da
área de hospedagem. Fortalecendo o Curso e sua implantação no colégio e
contribuindo para integração dos alunos e permanência destes, isto sendo
necessário, considerando os altos índices de evasão apresentados no ano que se
passou.
PÚBLICO: Alunos do Curso Técnico em Hospedagem, comunidade escolar e
entorno.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no dia 21/06/13
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 15h/aulas
RESPONSÁVEIS: Professores e Coordenadores do Curso Técnico em
Hospedagem, com apoio da Equipe Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Todas as disciplinas do Curso.
DESENVOLVIMENTO: O evento ocorrerá na forma de Workshop e/ou oficinas em
cada área do curso propiciando ao aluno interação com os colegas, materiais,
recursos e práticas de sua área de atuação.
AVALIAÇÃO: como instrumento utilizado para saber se deu resultado o projeto ou
não serão considerados os relatórios da Comissão organizadora.
NOME DO PROJETO: “I Seminário de Gênero, Diversidade e Alteridade:
entendendo conceitos para entender o outro.”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa discutir e conceituar, a princípio, o preconceito que
está subjacente às relações de gênero e diversidade, procurando ampliar o
conhecimento de todos a respeito da alteridade, como forma de melhorar as
relações interpessoais e consequentemente, melhorar o ambiente educativo do
colégio, suprimindo atitudes discriminatórias e violentas contra aquele que é
diferente.
PÚBLICO: Toda a comunidade escolar.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no dia 13/08/13
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 15h/aulas
RESPONSÁVEIS: Professores das disciplinas ligadas ao Eixo da Cultura e
Diversidade: História, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna, Arte e Educação Física, com apoio da Equipe Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto é multidisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: O evento ocorrerá na forma de Workshop e/ou oficinas em
cada área do curso propiciando ao aluno interação com os colegas, materiais,
recursos e práticas de sua área de atuação.
AVALIAÇÃO: como instrumento utilizado para saber se deu resultado o projeto ou não serão considerados os relatórios da Comissão organizadora.
NOME DO PROJETO: “Festa da Cultural Regional”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa reconstruir a cultura local e regional através das
atividades em sala de aula e extra classe que irão culminar em uma festividade
envolvendo a comunidade escolar para apresentação de trabalhos, danças, trajes e
comidas típicas e exposição de material produzido pelos alunos. Para além do
objetivo cognitivo e cultural, com esse projeto a escola pretende estimular a
integração entre os alunos dos cursos e períodos, famílias, instituições sociais e
outas em um momento de confraternização e alegria. É de profundo interesse do
colégio como elemento curricular esse resgate cultural, observando suas origens e
suas manifestações.
PÚBLICO: Toda a comunidade escolar.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no decorrer do primeiro semestre, com evento de
culminância no dia 10/07/13
CARGA HORÁRIA DESTINADA: 15h/aulas
RESPONSÁVEIS: Professores interessados, Grêmio Estudantil, APMF, CELEM com
apoio da Equipe Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto é multidisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: O evento ocorrerá na forma de Apresentações com subtema
a ser estabelecido pela comissão organizadora. Os interessados neste evento
deverão enviar à Equipe Pedagógica um subprojeto com as definições das
apresentações por turma, horários, material necessário, professores participantes. O
evento não ocorrerá se não houver participação das instâncias colegiadas.
AVALIAÇÃO: como instrumento utilizado para saber se deu resultado o projeto ou
não serão considerados os relatórios da Comissão organizadora.
NOME DO PROJETO: “Quem não se comunica se trumbica”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa melhorar sensivelmente os processos de
comunicação, divulgação de informações e análise destas, pelo coletivo da escola,
evitando transtornos e problemas enfrentados nos anos anteriores. Serão utilizados
os murais, livro de aviso e formas tradicionais de comunicação, bem como buscadas
soluções alternativas como e-mail, blog, site da escola entre outros recursos. Cabe
também nessa perspectiva melhorar a comunicação com os pais e alunos, com as
instâncias colegiadas, com a escola que temos dualidade administrativa, setores da
sociedade civil e instituições a fins.
PÚBLICO: Toda a comunidade escolar.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no decorrer do ano letivo.
CARGA HORÁRIA DESTINADA: em todos os momentos possíveis.
RESPONSÁVEIS: Equipe Pedagógica Administrativa - EPA, Coordenações de
curso e de estágio e representantes de setores da comunidade escolar
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: O projeto é multidisciplinar.
DESENVOLVIMENTO: Serão realizadas ações como: intensificação do controle das
informações disponibilizadas: transparência e velocidade nas informações; criação
de instrumentos e mecanismos facilitadores da informação; criação de um Conselho
de Representantes de Turma para fluir as informações entre EPA e as classes;
Manutenção de Conselho de Classe Permanente alimentando diagnosticamente a
equipe pedagógica, subsidiando sua tomada de ações; entre outras.
AVALIAÇÃO: como instrumento utilizado para saber se deu resultado o projeto ou
não serão considerados os relatórios da Comissão organizadora.
NOME DO PROJETO: “É tempo de poesia”
JUSTIFICATIVA: O projeto visa descobrir e valorizar os talentos de escritores,
poetas, entre nossos alunos, professores e funcionários, que poderão publicar duas
poesias de sua autoria e inéditas em uma coletânea com o nome citado acima.
PÚBLICO: Toda a comunidade escolar.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: no decorrer do ano letivo.
CARGA HORÁRIA DESTINADA: o trabalho se realizará durante o ano letivo e om
lançamento do livro deverá ocorrer na Semana da Educação, em outubro.
RESPONSÁVEIS: Professores de Língua Portuguesa Rubens e Joseli, com apoio
da Equipe Pedagógica Administrativa.
DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa.
DESENVOLVIMENTO: Os professores irão divulgar o projeto em todas as salas de
aulas e para todos os membros da comunidade interna do colégio, estimulando-os a
publicarem no livro de coletânea de poesias dois trabalhos de sua autoria e inéditos.
O material será recolhido e analisado pelos professores com a intenção de coibir o
plágio e de resguarda a doação dos direitos sobre a obra para o colégio. O projeto
não terá fins lucrativos e poderá buscar parceiros e/ou patrocinadores para a
impressão do trabalho. Cada aluno irá adquirir seu(s) livro(s) pelo preço de custo
dos mesmos.
AVALIAÇÃO: como instrumento utilizado para saber se deu resultado o projeto ou
não serão considerados os relatórios da Comissão organizadora.
Além dos projetos acima citados há ações cotidianas que concorrem no
enfrentamento dos problemas detectados:
A escola faz parte do Projeto Ensino Médio Inovador e seguindo estes
preceitos procura oferecer aos professores novas formas de ensinar e aos alunos
novas forma de aprender. Estas experiências inovadoras reformularam as práticas
didáticas e pedagógicas da escola. Incluídas nestes projetos serão desenvolvidas
atividades complementares que tem a finalidade de contribuir para o enfrentamento
do abandono e da evasão escolar, bem como melhorar o desempenho acadêmico
dos alunos.
O trabalho pedagógico desenvolvido por esta escola inova pelo fato de
desenvolver um trabalho de articulação e mobilização por eixos, que culminam em
mobilizar e envolver a comunidade escolar e o seu entorno em suas atividades,
promovendo a interdisciplinariedade, possibilitando a atualização de conhecimentos
de todos os envolvidos, destacando o nome do Colégio Estadual Gratulino de
Freitas perante à sociedade guaratubana e demais escolas.
Os eventos de grande porte desenvolvidos pela escola, tem como marca
uma nova forma de se relacionar com a comunidade escolar e de relacionamento
entre profissionais e a escola, entre professores e alunos e ainda, trouxe uma nova
maneira de professores e alunos se relacionarem com os conteúdos curriculares.
Os projetos descritos anteriormente, tem como principal característica o
fato de integrar os trabalhos realizados nas três modalidades de ensino e ainda
integrar as atividades desenvolvidas pelos vários segmentos escolares que
trabalham em conjunto, em equipes de forma mesclada.
Outro fator inovador foi o de dar sentido e objetivo aos trabalhos
desenvolvidos em sala de aula, pois a realização destes projetos implica na
realização de outros menores que culminam na execução destes grandes eventos,
que são correlacionados e que envolvem toda a comunidade escolar, dando sentido
de complementação e continuidade ao trabalho pedagógico desenvolvido.
Podemos destacar também como inovação a aplicação de ferramentas
tecnológicas a serviço da educação, pois as experiências no uso e no manuseio
destes recursos também são novidades para a maioria dos professores envolvidos
nas atividades. Devido à necessidade de atualização da prática pedagógica é muito
enriquecedor o processo de crescimento de alunos e professores dentro do
processo de ensino e aprendizagem, obrigando aos professores a reverem a sua
prática didática numa troca muito construtiva com seus alunos. Desta forma,
caminhando na contramão da prática de outras escolas, a nossa escola abre as
portas para a tecnologia, tornando muito comum o uso de máquinas fotográficas,
filmadoras, celulares, internet, notebooks, aparelhos de som e imagem durante as
aulas, obrigando ao professor a se renovar diante dos recursos do futuro.
No decorrer deste ano deverão ser publicizados os Planos de Trabalho da
Direção e da Equipe Pedagógica (PIP- Plano de Intervenção Pedagógica), como
forma de eliminar o improviso e o imediatismos, cadenciando e articulando o
processo pedagógico.
A Equipe Pedagógica procura orientar os professores com alunos com
necessidades especiais, providenciando os encaminhamentos necessários para
estes alunos e trazendo para o professor informações que permitam ao mesmo
desenvolver estratégias, técnicas e metodologias adequadas a cada situação. Fica a
cargo da Equipe Pedagógica, fazer o devido acompanhamento e avaliação dos
trabalhos realizados em conjunto com professor.
Todas as atividades extra classe com fins pedagógicos, mesmo as não
previstas em calendário serão consideradas dias letivos e estarão descritas no Livro
de Registro de Classe do professor que participar da atividade, com o foco da
atividade e a disciplina, se não for assim, não terá validade, considerando que:
“Para fins de garantia, das oitocentas horas são consideradas as atividades de cunho pedagógico, desde que incluídas no Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica da escola e exijam frequência dos alunos sob efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de aula e/ou outros locais pedagogicamente adequados ao processo ensino-aprendizagem”. (INSTRUÇÃO N. 015/2011 – SUED/SEED p.02, item 6)
5.1. Forma do processo de avaliação e o seu registro
De acordo com os preceitos legais previstos no Regimento Escolar e a
concepção de avaliação adotada pela escola, a avaliação é entendida como um
processo dialético e diagnóstico, quando são avaliados o processo de aprendizagem
do aluno e o processo de ensino do professor e ainda o contexto onde estes
processos ocorrem.
Os professores são orientados a utilizar diversos instrumentos de
avaliação em diferentes momentos de aprendizagem, não havendo semana de
provas previamente determinadas ou peso preestabelecido para os momentos de
avaliação, ou seja, o que determina os critérios, os instrumentos e os pesos
utilizados nas avaliações são as dimensões do conteúdo avaliados, buscando
coerência entre concepção, método e práticas avaliativas no processo de ensino
aprendizagem. São critérios, portanto, o conteúdo e suas dimensões e sua
apropriação se expressará, após a catarse do aluno, através de sínteses
demonstradas por meio de: relatórios e outras produções de textos, apresentações
orais, portfólios, provas, testes, listas de exercícios, arguição oral, debates,
pesquisas bibliográficas e de campo, representações gráficas, produção de material
midiático, entre outros. O peso destinado a cada instrumento é determinado pela
relevância e/ou função de cada dimensão na compreensão global do conteúdo
trabalhado, ressaltando o cumprimento da Del. 07/99 – CEE – PR art. 3º, § 3.º - “É
vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de
aferição”.
A avaliação deve priorizar os aspectos formativos e qualitativos do
processo de aprendizagem sobre os quantitativos, tendo em vista a capacidade de
síntese e aplicação social dos conhecimentos adquiridos pelo aluno, com o objetivo
de formar profissionais e cidadãos atuantes e comprometidos com a transformação
social do contexto onde o mesmo está inserido. Sendo assim, o processo de
avaliação se torna um movimento contínuo que aponta reorganizações e correções
no processo de desempenho do aluno, orientando as intervenções, o planejamento
e as estratégias do professor, tal qual sugere a Proposta Política Pedagógica da
escola.
Para que o aluno atinja os objetivos acima e seja capaz de se apropriar
dos conhecimentos que lhe são apresentados e realizar a necessária síntese destes
conhecimentos adquiridos e ainda, a aplicação social dos mesmos, a escola como
um todo é voltada a esta forma de aprendizagem, se utilizando das mais variadas
técnicas e metodologias e ainda de recursos que direcionem e facilitem a
apropriação dos conhecimentos pelo aluno e também se utiliza de técnicas e
instrumentos que permitam avaliar o sucesso da aprendizagem e as capacidades
adquiridas pelo aluno.
Todos os trabalhos desenvolvidos por professores e alunos com objetivo
de avaliação, culminam e/ou são voltados para aplicação dos conhecimentos dentro
de contextos concretos, cujos objetivos são aplicar e multiplicar os conhecimentos
adquiridos para a comunidade escolar e seu entorno. Podendo aqui citar os estágios
supervisionados e os estágios remunerados e ainda os projetos desenvolvidos, nos
quais a avaliação se realiza através de atividades que subsidiam o processo
avaliativos do professor como produção de resenhas e artigos científicos, feiras,
criação e interpretação de textos, trabalhos com criação ou interpretação de tabelas,
pesquisas de campo, pesquisas bibliográficas, entre outros. Esta metodologia de
avaliação, torna o aluno um sujeito ativo dentro deste processo ao lado do professor.
Nosso maior critério a avaliar é o quanto o aluno se desenvolveu e
cresceu dentro do processo de formação pessoal e social do sujeito. Então dentro
deste contexto voltado ao conhecimento e ao aprendizado, o professor pode avaliar
seus alunos e também se autoavaliar e avaliar a qualidade do seu trabalho. Assim
sendo, também a instituição é avaliada em sua totalidade, pois a comunidade
escolar e seu entorno são chamados para conhecer, assistir e participar destes
projetos.
5.2. Procedimentos de intervenção didática
Abaixo segue encaminhamentos de intervenção pedagógica que o
Colégio Estadual Gratulino de Freitas utiliza com apoio da equipe pedagógica,
docente e diretiva.
A Proposta Pedagógica Curricular, Projeto Político Pedagógico e o
Regimento Escolar e outras orientações são amplamente divulgadas no meio
escolar de várias formas: através de reuniões com os alunos ou seus
representantes, durante as aulas e também cópias destes documentos são
disponibilizadas para consultas públicas. Cópias do Regimento escolar foram
anexadas nos murais das salas de aulas. Ainda os alunos são orientados e tomam
conhecimentos destes documentos a cada início de período letivo (início de fevereiro
e início de julho), além disto, estes documentos são transformados em temas de
aulas. Também são distribuídos a todos os alunos cartilhas contendo informações
sobre estes documentos no início do ano letivo. As orientações de maneira
individual, sobre os conteúdos destes documentos ocorrem sempre que surge a
necessidade, respondendo a dúvidas e questionamentos ou sempre que se tornam
necessários a realização de encaminhamentos e orientações neste sentido.
5.2.1. Procedimentos de intervenção didática: recuperação de estudos
Obedecemos à legislação garantindo Recuperação Paralela de
conteúdos, aos alunos com aproveitamento escolar insuficiente, quando o professor
retoma os conteúdos de forma a aproximar o educando dos saberes trabalhados o
que se reflete em uma consequente recuperação de notas. É evidente que será
oportunizada a recuperação dos conteúdos e da integralidade dos 10,0 pontos da
avaliação, ou seja, de 100% da nota, embora isso não signifique, necessariamente,
uma reaplicação de instrumentos de avaliação.
Cabe ao professor no seu PTD deixar claro critérios, instrumentos e peso
das avaliações e as formas de Recuperação Paralela que será referente a 100% do
conteúdo trabalhado no bimestre, garantindo que todos os alunos com
aproveitamento escolar insuficiente, tenham direito de realizar a mesma,
prevalecendo à nota maior sobre a menor.
Assim como o processo avaliativo é entendido por esta instituição, como
um processo inerente ao processo de aprendizagem, a recuperação de estudos,
considera e vai além dos preceitos legais do Regimento Escolar. Ao aluno é
oportunizado a recuperação dos conhecimentos adquiridos satisfatoriamente por
seus pares, sempre que possível dentro dos mesmos contextos de aprendizagem,
anteriormente descritos, já que tais conhecimentos que, no nosso caso, extrapolam
os conteúdos, conforme a nossa concepção de avaliação, que busca a formação do
cidadão responsável, atuante e plenamente consciente de seus direitos e deveres.
Desta forma a recuperação não é, segundo a nossa concepção, um
processo unilateral, se trata de um processo em que aluno e professor,
conjuntamente, avaliam se o processo de ensino e aprendizagem ocorreu de forma
satisfatória para ambos os lados. Sendo muito comum alunos com notas acima da
média realizá-la. O processo de recuperação é realizado de forma paralela as aulas
e quando necessário o professor se propõe a trabalhar os conteúdos a recuperar em
contraturno, oferecendo aos alunos, de maneira geral, orientações de forma
individualizada.
5.2.2. Procedimentos de intervenção didática: Conselho de Classe
Conselho de Classe é um órgão de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didáticos e pedagógicos, fundamentados no Projeto Político Pedagógico e
no Regimento Escolar, com responsabilidade de analisar as ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino
aprendizagem.
A finalidade deste Conselho, após a análise de informações e dados
apresentados, é o de intervir em tempo hábil no processo de ensino e
aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos escolares estabelecidos. É composto pelos professores das diversas
disciplinas que compõem o currículo escolar, componentes da equipe pedagógica e
ainda, os elementos que compõem a Direção e a Direção Auxiliar desta escola e,
estamos avançando, até o cumprimento da Del 07/99 – CEE – PR art. 7º, § 2.º - “É
recomendável a participação de um representante dos alunos”, através do Conselho
de Representantes de Classe.
Realiza- se em três etapas pré Conselho, Conselho de Classe e Pós
Conselho, dando devolutivas aos professores e alunos dos resultados de sua
análise, bem como das ações que serão tomadas. Neste ano pretendemos manter a
escola em um regime de Conselho de Classe Permanente, diagnóstico e contínuo,
ou seja, acompanhando a avaliação e, assim, sendo coerente com a concepção de
avaliação assumida pela escola.
5.2.3. Procedimentos de intervenção didática: processos de classificação
Em atendimento ao disposto no capítulo III, art. 104º do Regimento
Escolar deste Estabelecimento, será organizada uma comissão formada por
docentes, equipe técnica pedagógica e direção da escola para a efetivação do
processo de classificação. A classificação será realizada através de: avaliação
escrita e oral dos conteúdos básicos para permitir ao candidato a inscrição na série
adequada.
Os resultados obtidos serão registrados em ata, posteriormente no
histórico escolar e relatório final. As avaliações escritas serão arquivadas na pasta
individual do aluno. (Amparo legal, Deliberação nº . 09/01 –CEE).
A classificação pode ser feita em qualquer série ou etapa, exceto na
primeira do ensino fundamental, por: promoção para alunos da própria escola que
cursaram com aproveitamento a série anterior, conforme normas previstas no
Regimento Escolar; transferência para candidatos de outras escolas ; e avaliação
feita pela escola, independentemente de escolarização.
5.2.4. Procedimentos de intervenção didática: reclassificação
Em atendimento ao disposto no capítulo III, Art. 107º do Regimento
Escolar deste Estabelecimento para efetivação do processo de reclassificação será
organizada uma comissão formada por docentes, equipe técnica pedagógica e
direção da escola.
A reclassificação será realizada através de: avaliação escrita e oral dos
conteúdos básicos da Base Nacional Comum a fim de encaminhar o aluno ao
período de estudos compatíveis com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registre o seu histórico escolar.
Os resultados obtidos serão registrados em ata, posteriormente no
histórico escolar e relatório final.
As provas escritas serão arquivadas na pasta individual do aluno.
Situações em que pode ocorrer a reclassificação: aceleração de estudos
para o aluno com atraso escolar em relação à idade/série; aproveitamento de
estudos concluídos com êxito; avanço para aluno que comprove, cabalmente, grau
de desenvolvimento e competência para fase de estudos superiores à aquela em
que se encontra; corrigir possíveis erros em relação ao aluno que se sentir
injustiçado com a reprovação.
5.2.5. Procedimentos de intervenção didática: adaptação/aproveitamento de estudos
A proposta de organização curricular por Blocos de Disciplinas segue os
princípios da garantia do direito do aluno à continuidade dos estudos e do
aproveitamento dos Estudos Parciais. As disciplinas da Matriz Curricular estarão
organizadas anualmente em dois Blocos de Disciplinas Semestrais, ofertados
concomitantemente.
A carga horária anual da disciplina ficará concentrada em um semestre,
garantindo o número de aulas da matriz curricular, pois os blocos de disciplinas são
ofertados de forma concomitantemente nos dois semestres. Cada Bloco de
Disciplinas deverá ser cumprido em, no mínimo 100 dias letivos, previstos no
calendário escolar.
Quanto à organização, deve-se considerar o número total de turmas do
Ensino Médio, se o total de turmas previstas para o Ensino Médio for ímpar será
necessário: reorganizar a série que tiver o maior número de alunos matriculados de
modo que o número de turmas daquela série seja par; distribuir os blocos de
disciplinas de forma alternada para o Ensino Médio em todas as turmas de todas as
séries; Se o número total de turmas já for par, distribuir os blocos de disciplinas de
forma alternada pelo total de turmas de todas as séries.
A matrícula na Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais será
semestral e obedecerá ao disposto na Deliberação n.º 09/01 – CEE. O aluno terá a
garantia de continuidade de seus estudos quando concluir cada um dos Blocos de
Disciplinas. A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir dos dois blocos
de disciplinas ofertadas em cada série. Quando a conclusão da série ocorrer no 1º
semestre do ano letivo, o aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º
semestre do mesmo ano letivo.
O sistema de avaliação a ser adotado deverá respeitar as normas
vigentes no Sistema Estadual de Ensino no que diz respeito: aos resultados de
Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas; à apuração de
assiduidade; aos estudos de Recuperação; ao aproveitamento de Estudos; à
atuação do Conselho de Classe.
Para a aprovação, exigir-se-á o mínimo de 75% de frequência dos 100
dias letivos previstos no Bloco de Disciplinas Semestral.
Fica assegurado a Progressão Parcial de Estudos para alunos que, após
recuperação, não tiverem sido promovidos em até 1(uma) disciplina por Bloco de
Disciplinas Semestral. A disciplina não promovida deverá ser cursada com
dependência, mediante Plano de Estudos, concomitantemente ao Bloco de
Disciplina Semestral a qual estará matriculado.
Haverá no mínimo 4(quatro) horas-aula de forma presencial destinada ao
desenvolvimento do Plano Especial de Estudos, distribuídas ao longo do período
letivo, por Bloco de Disciplina Semestral da respectiva série em que foi matriculado.
5.2.6. Procedimentos de intervenção didática: regime de progressão parcial
Fica assegurado a Progressão Parcial de Estudos para alunos que, após
recuperação, não tiverem sido promovidos em até 1(uma) disciplina na modalidade
Médio Regular. A disciplina não promovida deverá ser cursada com dependência,
mediante Plano de Estudos, concomitantemente ao Bloco de Disciplina Semestral a
qual estará matriculado.
Haverá no mínimo 4(quatro) horas-aula de forma presencial destinada ao
desenvolvimento do Plano Especial de Estudos, distribuídas ao longo do período
letivo, por Bloco de Disciplina Semestral da respectiva série em que foi matriculado.
5.3. Formação continuada: como será o processo de aprimoramento da prática
pedagógica
A Deliberação n. 02/2002 – CEE, em seus Artigos 2° e 3°, dispõe para o
Sistema Estadual de Ensino:
“Art. 2º – São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual.Art. 3º – Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo. Parágrafo único – O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei”.5. De acordo com o Parecer n. 631/97 – CEE, o trabalho escolar dos docentes, relativo às atividades de reflexão acerca de sua prática pedagógica não pode ser contado como “horas letivas”, pois estas exigem a presença física dos alunos.
Destacamos que todos os profissionais do Colégio estão envolvidos em
alguma modalidade de formação continuada. Todos os funcionários participam
ativamente junto com professores, Equipe Pedagógica e Direção das Semanas
Pedagógicas e alguns estão cursando o Pro-funcionário. Os professores e
pedagogas estão sempre procurando atualizarem-se nos Cursos, Seminários,
palestras entre outros eventos.
A escola propicia, a formação continuada nos momentos de hora-
atividade e em reuniões por setores para a troca de experiências e discussão de
assuntos pertinentes. A hora-atividade é resultado de uma luta nacional pela
valorização do professor e qualidade de ensino. No Colégio Gratulino, é organizada
de acordo com o horário de aula de cada professor e realizada na escola. O
professor pode utilizá-la para sua formação continuada, fazer planejamentos,
reuniões pedagógicas, correções de provas e trabalhos, discutir as disciplinas,
preparar aulas e uso do laboratório de informática. O controle da hora-atividade é
feito diretamente pela direção e equipe pedagógica.
5.4. Como se dará a articulação do estabelecimento com a comunidade
A Gestão da escola Pública conforme preconiza a legislação em vigor
deve existir na forma democrática, consultando sempre as Instâncias Colegiadas
para avaliar e determinar os rumos da escola, tanto nos aspectos administrativos,
financeiros e pedagógicos, condição conquistada com luta pelos educadores no
decorrer da história da Educação no país: primeiro com a eleição de diretores,
depois com a descentralização financeira e atualmente com a democratização da
tomada de decisão de forma colegiada e participativa, com a presença de todos os
seguimentos da escola.
O diretor, agora entendido como “Gestor” da escola, deve seguir as
orientações e respeitar o desejo da maioria dos membros da comunidade escolar
promovendo o cumprimento do Regimento Escolar, a soberania do Projeto Político
Pedagógico e colocando para análise, discussão e inferência de toda a comunidade
escolar as decisões pedagógicas, administrativas e financeiras.
Assim, para tomadas de decisões deve consultar o corpo docente através
das Instâncias representativas, reuniões pedagógicas e extraordinárias; o corpo
discente da escola através do Grêmio Estudantil, do Conselho de Representantes de
Classe ou consultas em salas de aula e a comunidade escolar como um todo
através de reuniões ordinárias e extraordinárias.
Passamos a entender o Conselho de Classe como uma instância
colegiada e paritária, na medida em que reúne o coletivo dos profissionais e
delibera sobre ações pedagógicas a serem implementadas para a superação de
problemas detectados pelos professores, equipe pedagógica e alunos. Temos
tentado superar uma visão tradicional, classificatória e apenas de diagnóstico do
Conselho de Classe e procurando avançar na participação de todos os envolvidos
no processo de ensino aprendizagem.
5.4.1. Conselho Escolar
É um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e
fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo deste estabelecimento. Funciona de acordo com a legislação
educacional vigente e seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Educação.
É a instância máxima da escola, é composto por representantes de todos os
segmentos da escola, que são eleitos dentro dos princípios democráticos,
garantindo sempre a representatividade dos níveis e modalidades de ensino. Sendo
que cada segmento elegem um representante. Sua principal função é a aprovação e
a garantia de implementação do Projeto Político Pedagógico da escola. É regido por
estatuto próprio, aprovado por 2/3 de seus representantes.
O Conselho Escolar, órgão máximo da Gestão da escola tem sua
formação completa com representantes de todos os segmentos do Colégio. Foi
instaurado no ano de 1996. Sendo renovados seus conselheiros a cada 2 (dois)
anos através de eleição. Atualmente realiza reuniões ordinárias mensalmente e
extraordinárias sempre que haja necessidade. O Conselho deste estabelecimento
encontra-se em fase de fortalecimento encontrando seu caráter democrático e
participativo.
5.4.2. Associação de Pais e Mestres e Funcionários – APMF
É uma instância colegiada na forma de pessoa jurídica de direito privado,
é um órgão representante dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de
ensino, sem caráter ideológico e político, cujos representantes são eleitos através de
pleitos realizados dentro da comunidade escolar. Segue Estatuto aprovado e
homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim. A
APMF presta contas das suas atividades publicando a comunidade escolar seus
resultados através de editais expostos em locais de fácil visualização pública e tem
seus atos supervisionados pelo Conselho escolar. As reuniões deste colegiado
ocorrem através de reuniões ordinárias e extraordinárias, dependendo da
necessidade.
O Colégio tem sua APMF legalmente regularizada e em fase de
fortalecimento, necessitando de intensificar suas ações e de participar mais na
Gestão da Escola.
5.4.3. Grêmio Estudantil
É o órgão máximo de representação dos estudantes do Colégio Estadual
Gratulino de Freitas, que tem como objetivo defender os interesses individuais e
coletivos dos aluno, além de incentivar a cultura literária, artística e desportiva de
seus membros, também participa dos processos de tomadas de decisões sobre atos
administrativos, pedagógicos e financeiros, que estejam dentro do seu campo de
atuação. Seus membros são eleitos dentro dos princípios básicos democráticos, ou
seja, através de eleições onde todo o corpo discente é consultado. É regido por
estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Especialmente convocada
para este fim.
O Grêmio Estudantil, iniciou suas atividades em 2006, quando foi
regulamentado. No de 2008, os alunos que fizeram parte do grêmio foram dos três
turnos da escola o que proporcionou uma maior integração entre os alunos dos
vários turnos. O grêmio estudantil foi bastante participativo e atuou de forma a
contribuir para o bom andamento da escola. Como uma de suas ações mais
relevantes destacou-se a elaboração de um projeto de pesquisa sobre os motivos da
evasão escolar, principalmente no período noturno e futura intervenção de posse
dos dados levantados.
Em 2013, o Grêmio passará por uma reestruturação substituindo
membros que não pertencem mais ao corpo discente e mais, revendo suas ações
para que possam participar mais efetivamente da gestão democrática da escola.
5.4.4 Parcerias
O colégio tem estabelecido parceria coma Universidade Federal do
Paraná – UFPR e Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão ISEPE
Guaratuba em inúmeros e ventos e ações realizadas pela escola. Participamos
também do Pronatec com uma parceria com o SESI e SESC. Vale ressaltar os
convênios de estágio supervisionado com a Secretaria Municipal de Educação.
5.5. Atuação da Equipe Multidisciplinar
Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho
escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por
Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº
04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das
ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Gênero ao longo do período letivo.
As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das
disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos
Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para
que o(a) aluno(a) negro(a) e indígena mire-se positivamente, pela valorização da
história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
5.6. Estágio não obrigatório9
Cabe ao pedagogo acompanhar efetivamente as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, exigindo relatório
periódico do estagiário e avaliando suas atividades para que assim possa mediar a
natureza do estagio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho
docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,
política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo zelar pelo cumprimento do termo
de compromisso firmado entre as instituições, também, manter os professores das
turmas cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as
atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para estas relações
práxicas.
6. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Ações operacionais para efetivação da prática pedagógica e garantia da
qualidade social do trabalho desenvolvido pela escola e que deverão compor o seu
plano de ação anual:
Levantamento de dados para subsidiar a prática pedagógica:
• Todos os segmentos da escola deverão participar, no início do
primeiro bimestre, de uma coleta de dados referentes ao seus setores de
atuação profissional, mais especificamente:
• Direção: avaliação diagnóstica com os setores referentes aos
Agentes Educacionais I e II.
• Equipe Pedagógica: dados referentes aos alunos quanto a situação
socioeconômica, dificuldades de aprendizagem, alunos aprovados por
conselho de classe (APC's), defasagem idade/série, dados 2011 – evasão,
repetência, transferências- entre outros elementos relevantes.
9 Texto produzido pela Equipe da Educação Básica do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá e disponibilizado para todas as instituições de ensino de sua jurisdição, não podendo ser considerado nesta situação plágio.
• Coordenação de Curso – Formação de Docentes: levantamento de
itens para avaliação do curso e elaboração de instrumento de avaliação,
trabalho contínuo com as PPC's e PTD's das disciplinas. Levantamento sobre a
situação do estaio remunerado
• Coordenação de Estágio: novos contatos com as escolas Campo de
estágio, análise do projeto e atualização dos instrumentos a serem utilizados.
• Professores: diagnósticos das turmas e disciplinas sobre sua
responsabilidade.
Trabalhar com metas, dados e índices:
• Tendo em mãos os dados referentes ao desempenho da escola nas
avaliações de rendimento escolar internas e externas, promover um olhar mais
criterioso da prática educacional.
• Trabalhar comas estatísticas educacionais, otimizando os recursos
do SERE para que possam subsidiar uma análise do desempenho acadêmico
de cada curso, turma ou aluno, como também de todo o trabalho educativo a
ser desenvolvido.
• Socializar os dados obtidos para que subsidiem as discussões
pedagógicas na escola.
• Otimizar o trabalho desenvolvido no colégio.
Elaboração de Plano de Trabalho:
• A Equipe pedagógica e Coordenações deverão elaborar Plano de
Trabalho ou Plano de Intervenção Pedagógica evidenciando as ações a serem
realizadas em determinado período.
• Socializar o conteúdo destes planos para que os professores
conheçam as prioridades elencadas pela Equipe Pedagógica e possam
interagir, sugerindo e demonstrando suas necessidades diante do processo de
ensino-aprendizagem.
• A Equipe gestora trabalhará sobre o Plano de Ação da Gestão
elencando as prioridades para cada período e discutindo com a
comunidade escolar.
• Realizar o planejamento de cada um dos espaços pedagógicos
(Laboratório de Informática, Laboratório de Física/Química/Biologia,
Biblioteca, Brinquedoteca) promovendo um funcionamento realmente
pedagógico e educacional de cada um destes espaços.
• Formas de enfrentamento à evasão, repetência e aprovação por
Conselho de Classe.
Organização do trabalho por eixos disciplinares:
• Tendo em vista o enfrentamento dos desafios educacionais
contemporâneos e mais especificamente das demandas locais do
Colégio como referidas no marco situacional, seja: evasão escolar,
reprovações, grande número de alunos aprovados por conselho e geral
reorganização do ambiente físico e educativo. O colégio
operacionalizará suas ações pedagógicas desta forma:
• Reorganização do trabalho pedagógico em três eixos que
tradicionalmente constituem as trajetórias de formação: o científico, o de
profissões e o cultural, conforme definimos no marco conceitual.
Professores e funcionários necessariamente se encontrarão envolvidos
com um dos seguintes eixos:
• Iniciação Científica – assim chamado por envolver a pesquisa e a
experimentação científica, o aprofundamento no conhecimento das
ciências e da tecnologia, difusão deste conhecimento, busca e
elaboração de materiais nestas áreas. Sendo: professores de Física,
Química, Biologia, Matemática Geografia e os responsáveis pelos
Laboratórios de Informática e de Física/ Química e Biologia. Deverá
manter as atividades relacionadas à Educação Ambiental, propondo
também outras atividades pertinentes.
• Cultura e diversidade – este eixo deverá tratar das questões referentes à
cultura, à pluralidade e diversidade, tendo como foco as línguas e
linguagens, a História e as manifestações artísticas, culturais e corporais
de nossa comunidade, bem como, pesquisar, buscar e produzir
conhecimentos nestas áreas. Serão envolvidos os professores de
História, Sociologia, Filosofia Língua Portuguesa, Inglês, Espanhol,
Francês, Arte e Educação Física e os responsáveis pela Biblioteca.
Deverá manter o Projeto de Interséries, Projeto da Cultura Afro-indígena,
Mostra de estudos e outras atividades correlatas.
• Educação profissional – mobilização para materializar a relação entre
teoria e prática, articulando com as instituições de ensino que ofertam
estágio e aquelas que são campo de estágio. Busca do contato com
profissionais em universidades e outras instituições. Pesquisa,
elaboração e difusão de materiais didáticos e outras produções
referentes à prática da docência. Professores das disciplinas
específicas, coordenações de Curso e de Estágio e funcionários da
secretaria. Manutenção do Projeto da Semana da Educação, Semana
da criança e promover novas atividades correlatas.
• Essa organização tem caráter mobilizador e promotor da
interdisciplinaridade. Prevê a participação dos professores, alunos e
funcionários como coordenadores, executores, oficineiros e/ou
palestrantes.
• Visa a participação de todos os membros da comunidade escolar e do
entorno.
• Propiciará a experiência do desenvolvimento da capacidade
organizacional e do trabalho coletivo.
• Utilizará metodologia como: feiras, mostras, exposição, palestras,
oficinas, concursos entre outras resultando em mostras de trabalho,
publicação e/ou publicização dos conhecimentos construídos, como
artigos, textos de opinião, livros, trabalhos artísticos e esportivos,
elaboração de grupos de estudos, entre outros.
• Deverá incentivar a participação do Colégio nas olimpíadas (Língua
Portuguesa, Matemática e outras), Feiras de Ciência, etc.
Ambiente educativo: Biblioteca
• Participação no Projeto de Oficina Permanente (POP): realização de café
palestra, círculo de leitura, contação de histórias, concursos literários, oficinas
práticas e outras ações que propiciem que este espaço explore seu caráter
interdisciplinar e promotor da leitura.
• Realização de atividades que contribuam para o enfrentamento do
analfabetismo funcional.
• Promoção de atividades que tornem o espaço educativo agradável e
acolhedor, contribuindo para o vínculo do aluno com a escola e,
consequentemente, auxilie no combate à evasão.
• Inclusão dos responsáveis pela biblioteca no eixo da Educação profissional,
considerando sua afinidade com o Curso de Formação de Docentes,
participando do planejamento, viabilização e execução de projetos nesta área.
Ambiente educativo: Brinquedoteca
• Deverá passar por um grande processo de reorganização e
normatização do uso.
Ambiente educativo: Laboratório de informática (“Biblioteca digital”)
• Deverá passar por um grande processo de reorganização e normatização do
uso.
• Espaço destinado às aulas, pesquisas e elaboração de trabalhos por alunos e
professores. Participará do Projeto de Oficina Permanente (POP) buscando
informações, cursos, workshop's incentivando o uso e atuando na inclusão
digital.
• Deverá acompanhar o eixo da iniciação científica promovendo um jornal
mural, manutenção do blog e outras atividades pertinentes.
Ambiente educativo: Laboratório de Física/Química e Biologia
• Deverá passar por um grande processo de reorganização e normatização do
uso.
• Espaço destinado às aulas, pesquisas e elaboração de trabalhos por alunos e
professores. Participará do Projeto de Oficina Permanente (POP) buscando
informações, cursos, workshop's incentivando o uso e atuando no estímulo ao
pensamento e à experimentação científica.
• Deverá acompanhar o eixo da iniciação científica promovendo um jornal
mural, manutenção do Blog e outras atividades pertinentes.
Instâncias colegiadas
• Atualizar as diretorias do Conselho Escolar e Grêmio Estudantil substituindo
membros até as eleições próximas. Eleger nova diretoria da APMF.
• Fortalecimento das instâncias colegiadas para que atuem efetivamente,
cumprindo sua função social na gestão democrática da escola pública.
• Realizar consultas públicas para tomadas de decisão relevantes ao
funcionamento da escola.
• Melhorar a comunicação com as famílias e o entorno escolar.
• Realizar promoções e eventos que envolvam as famílias trazendo-os para a
escola e estimulando-as para a participação na vida escolar de seus filhos.
• Estimular o acompanhamento da avaliação pelos pais e responsáveis.
Estrutura Física
• Elaboração de um mural de utilidade pública.
• Estímulo à utilização dos espaços com urbanidade.
• Regularizar a forma de utilização destes espaços e dos materiais com
economia de recursos e consciência ambiental.
• Readequação das funções dos funcionários e adaptação dos horários às
novas funções.
• Manutenção dos equipamentos e elaboração de “kit's” de material a serem
utilizados por professores e alunos.
Valorização dos profissionais da escola
• A secretaria é a porta de entrada da escola e seu cartão de visita. É no balcão
da secretaria que a primeira informação é solicitada, onde se inicia o
relacionamento entre escola e comunidade e, especialmente, onde os
funcionários deste colégio se percebem educadores, comprometidos com o
processo educacional, tanto nas questões pedagógicas como nas
administrativas.
• Como a escola trabalha com a transformação do ser humano e, ao fazê-lo,
direciona suas ações, o desenvolvimento das atividades pedagógicas e
administrativas deve acontecer de forma aberta, não autoritária ou impositiva
e incentivando a curiosidade e a participação crítica do aluno, pois desta
forma estaremos ajudando a transformar o cidadão.
• Entendemos que o aluno não aprende apenas na sala de aula, mas na escola
como um todo: pela maneira como a mesma é organizada e como funciona,
pelas ações que promove, pelo modo como as pessoas nela se relacionam e
como a escola se relaciona com a comunidade. Neste sentido os funcionários
deste estabelecimento devem atuar como educadores junto à comunidade
escolar, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas,
mediando e dialogando sobre hábitos de preservação e manutenção do
ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar, incentivando os
alunos a evitar o desperdício da água e dos alimentos e orientar no sentido de
despertar o senso de responsabilidade.
• Fortalecimento dos professores e equipe pedagógica como produtores de
conhecimento de suas áreas e como mobilizadores no cumprimento da
função social da escola.
• Buscar a garantia dos direitos dos profissionais da escola.
7. PROPOSTA DE ACOMPANHAMENTO DO PPP
Fica instituído durante todo o ano letivo ocorrerá o acompanhamento e
avaliação do PPP. Esta avaliação deverá ocorrer envolvendo todas as instâncias
colegiadas e todos os segmentos que compõem a comunidade escolar: Conselho
Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, professores, funcionários e alunos
representantes de turmas, para que num processo permanente de reflexão e
discussão sobre os problemas da escola, ocorram alternativas viáveis à efetivação
de sua intencionalidade, redirecionando o processo pedagógico para sua efetivação.
Fica também estabelecido que no primeiro semestre de cada ano a
escola irá promover a avaliação do PPP , propondo as alterações que forem
necessárias.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visto que o Projeto Político Pedagógico é um processo dinâmico e
contínuo, a escola está aberta a mudanças pois se trata de uma proposta em
construção que deve ser discutida em todos os momentos, reavaliada e
redirecionada.
Esta proposta regulamentada pelo Regimento Escolar, está
comprometida de forma decisiva com a nova identidade desta escola, que tem a
responsabilidade com a formação de Docentes e de jovens e adultos do Ensino
Médio, como preconiza a LDB, as Diretrizes Curriculares e os Pareceres, em
consonância com o sistema adotado pelo Governo do Estado do Paraná e toda a
legislação emitida no que se refere à educação.
Assim sendo, através do trabalho desenvolvido na escola dar-se-á a
formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de criticar,
viver e atuar na sociedade, sentindo-se valorizados como cidadão.
9 . REFERÊNCIAS
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• AQUINO, JÚLIO GROPPA http://www.senac.br/informativo /bts/251/bolte251 a.htm
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• CORDIOLLI, M, RECH, P E e NOGUEIRA, A. A Pedagogia Histórico-Crítica: Contextualização histórica e teórica. In: Caderno Pedagógico. Outubro, 1997, p. 7-22
• DALBEN, Â. I. L. de F. Trabalho escolar e conselho de classe. São Paulo, SP: Papirus, 1995.
• Deliberação 07/99 CEE
• Deliberação 0l4/99
• Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias
• Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias
• Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – Linguagem, Códigos e suas Tecnologias
• FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. São Paulo: Paz e Terra. 1996
• Instrução Conjunta n. º 01/2002 – SGE/SGI - Resolução n. º 2617/2001.
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