QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental Aula ... · Métodos Analíticos...

Post on 08-Feb-2019

234 views 0 download

Transcript of QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental Aula ... · Métodos Analíticos...

Aula 1 – Estatística (parte 1)

Prof. Julio C. J. Silva

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas

Depto. de Química

Juiz de Fora, 2o Semestre, 2017

QUI 154/150 – Química Analítica V Análise Instrumental

1

O PAPEL DA QUÍMICA ANALÍTICA

“A química analítica é uma ciência de medição que consiste em um conjunto de idéias e

métodos poderosos que são úteis em todos os campos das ciências e medicina”

2

Métodos Analíticos Quantitativos • Análise Qualitativa

• Análise Quantitativa

– Métodos Clássicos

– Métodos Instrumentais

• Analitos espécies de interesse

• Concomitantes componentes da matriz

• Interferentes concomitantes que alteram a propriedade mensurável da matriz 4

Escolha do Método

5

Estatística

6

Estatística

7

Estatística

8

http://www.novus.com.br/Imagens/Precisao%20x%20Exatidao.jpg

11

Erros Sistemáticos ?

12

Erro Constante (sistemático)

Erro Proporcional (Sistemático)

Determinação iodométrica de Cu2+v

Interferência do Fe3+

Andrade, J.C. Química Nova, 10 (3) 1987. 159-164 c 13

Andrade, J.C. Química Nova, 10 (3) 1987. 159-164 c 14

“BIAS”

– Fontes de erros sistemáticos (instrumentais):

– Problemas no instrumento (desgaste mecânico, vida útil de peças, efeito da temperatura sobre dispositivos eletrônicos, etc.)

– Calibração falha (vidraria descalibrada)

– Fontes de erros sistemáticos (método):

– Cinética de reação

– Reações paralelas

– Decomposição incompleta

– São os mais importantes devido a complexidade

– Fontes de erros sistemáticos (pessoais):

– Erro de paralax

Erro de Paralaxe

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT2f-

27l5ZmfsZIQJeoDd1unGZyVIZnKZCfEtF8B7IU4mEO-mtIqw 16

– Redução dos erros sistemáticos (instrumentais e pessoais):

– Calibração não corrige efeitos de matriz.

– Análise de replicatas (desvio padrão)

– Redução dos erros sistemáticos (método):

– PEP (Programa de Ensaio de Proficiência Interlaboratorial), métodos de referência (estudos comparativos, farmacopéia)

– Variação do tamanho da amostra

– Outras opções:

17

18

Erros Aleatórios ?

19

Tipos de Erros

• Erro aleatório (indeterminado):

– Erros que se manifestam na forma de pequenas variações nas medidas de uma amostra.

– São produzidas por fatores que o analista não possui controle e, na maioria dos casos, não podem ser controlados.

– Quanto maior o número de medidas, mais os valores medidos se distribuem (aproximadamente) simetricamente em torno da média.

20

Fonte de Erros Aleatórios

21

22

• Curva do erro normal ou Gaussiana (Histograma): curva relativa a um mesmo procedimento aplicado a um número muito grande erros individuais

23

Propriedades das Curvas Gaussianas

• Desvio padrão da população () Precisão da população de dados

24

Propriedades das Curvas Gaussianas

• z = variável que permite descrever qualquer população de dados independentemente do seus desvio padrão

25

Propriedades da curva normal

27

https://www.linux.ime.usp.br/~cef/mac499-03/monografias/feals/Levey-Jennings.png

28

Exatidão

Precisão

Erro aleatório x determinado

Como saber se minha análise possui algum tipo de erro ???

Teste-t

• Teste t de Student Ferramenta estatística usada para representar IC e para comparação de resultados

• Teste “t” de Student Desenvolvido por W.S. Gosset (Student) em 1908 para compensar as diferenças existentes entre “” e “x” , além de levar em conta que “s” é simplesmente uma aproximação de

• Usado para calcular a probabilidade de que um certo valor esteja em um certo intervalor de dados (distribuição normal)

31

32

Comparação de médias com Teste t

• Comparar a média de uma série de resultados com um valor de referência e exprimir o nível de confiança associado ao significado de comparação

• Também usado para testar a diferença entre as médias de dois conjuntos de resultados

• NC (Em termos fracionários) (valor p)

• NC (Em termos percentuais) (1 - ) X 100

33

Teste de Hipóteses

• Apresentar a hipótese nula H0: = valor médio (X)

• Formular o teste estatístico:

– Se o valor t(calculado) t(tabelado) no nível de confiança escolhido (ex. 95%), os resultados são considerados diferentes. H0 = rejeitada

– Se o valor t(calculado) < t(tabelado) no nível de confiança escolhido (ex. 95%), os resultados são considerados iguais. H0 = aceita

– “Os testes estatísticos apenas nos fornecem probabilidades. Eles não nos desobrigam de interpretar nossos resultados”

34

Testes de Significância - Teste t de Student

(0,1) → p = 100 x (1- ) = 90% 35

Testes de Significância Teste t de Student

• Exemplo:

• Em um novo método para determinação de selenourea em água, os seguintes valores foram encontrados para as amostras de água dopadas com 50 mg L-1 de selenourea: 50,4; 50,7; 49,1; 49,0 e 51,1 mg L-1 de selenourea.

• Existe evidencia de erro sistemático a 95% de nível de confiança?

36

Teste F (Usado para Comparar variâncias)

O maior valor de s é sempre colocado no numerador, o que faz com que o valor de F seja sempre maior do que a unidade.

37

Testes de Significância - Teste F

38

Exemplo

• Um método proposto para a determinação da demanda química de oxigênio (DQO) em águas residuais foi comparado com o método padrão (sal de Hg). Os seguintes resultados foram obtidos:

Método padrão (mg L-1) : média = 72, sd = 3,31

Método proposto (mg L-1): média = 72, sd = 1,51

Considerando oito (8) determinações, podemos considerar que as precisões de ambos os métodos são iguais ?

39

Comparação de Duas Médias Experimentais • Comparando os resultados de um método proposto com um de referência.

• Tem-se duas médias x1 e x2

• Considerar a hipótese nula (H0) que ambos métodos dão o mesmo resultado (1 = 2 e x1 – x2 0)

• É necessário que não haja uma diferença significativa entre as variâncias (teste F)

40

Exemplo

41

Comparação de Duas Médias Experimentais

• INMETRO: se F calculado for maior que o F tabelado, as variâncias não podem ser consideradas iguais, ou seja, a matriz tem um efeito importante sobre a precisão do método na faixa de concentração em estudo

42

Teste t Pareado (diferenças individuais)

• Comparação de métodos cujas amostras possuem, substancialmente, diferentes quantidades de analito;

• Os testes t pareados usam o mesmo tipo de procedimento do teste t normal, exceto que analisamos:

– Pares de dados. O desvio padrão agora é o desvio padrão da diferença

nas médias.

– Hipótese nula é H0: µd = Δ0, em que Δ0 é um valor específico da diferença a ser testado, frequentemente zero. O valor do teste

estatístico é:

43

Exemplo

44

Rejeição de Resultados (Teste Q)

• Colocar os valores obtidos em ordem crescente.

• Determinar a diferença existente entre o maior e o menor valor (faixa).

• Determinar a diferença (em módulo) entre o menor valor da série e o resultado mais próximo.

• Dividir esta diferença (em módulo) pela faixa, determinando Q.

• Se Q > Qtab, o menor valor é rejeitado.

45

Rejeição de Resultados (Teste Q)

• Se o valor menor é rejeitado, redeterminar a faixa e testar o maior valor da série.

• Repetir o processo até que o menor e maior valores sejam aceitos.

• Se o menor valor é aceito, o maior valor é testado e o processo repetido até que o maior e menor valores sejam aceitos.

• Se a série contiver somente três medidas somente um teste sobre o valor duvidoso precisa ser feito.

46

Rejeição de Resultados (Teste Q) • o valor absoluto da diferença entre o resultado questionável xq e seu

vizinho mais próximo xp é dividido pela faixa f do conjunto inteiro para dar a grandeza Q

47

Rejeição de Resultados (Teste Q)

48

Referências

-Cadore, S. Notas de aula. IQ, UNICAMP, 2004.

-Santos, M., Notas de aula. Depto Química, UFJF. 2009

-D. A. SKOOG, D. M. WEST, F. J. HOLLER e S. R. CROUCH –

Fundamentos de Química Analitica, 1a ed., Thomson, 2006.

- Baccan, N., Química Analítica Quantitativa Elementar. 3a Ed.

Edgard Blucher LTDA

- James N. Miller & Jane C. Miller. Statistics and Chemometrics for

Analytical Chemistry, fourth edition. Person Education.

- ANVISA - Guia para Qualidade em Química Analítica: Uma Assistência a Acreditação – ANVISA, 1.ed. – Brasília, 2004.

- Lowinsohn, D., Notas de aula. Depto. de Química, UFJF. 2009.

49