RESENHA ALUNOS

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PLANO GLOBAL DE UMA RESENHA ACADMICA

PAGE 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM EDUCAO

Disciplina: As Novas Tecnologias e a Educao

Position Paper

O Paradigma da Era Industrial: Uma Anlise Crtica. (cap ii). A Era do Conhecimento na Educao e no Trabalho. (CAP III) in Um ambiente ergonmico de ensino-aprendizagem informatizado.

So Cristvo/SE

2008/1ANA LUISA DAL BELO CARNEIRO LEOO Paradigma da Era Industrial: Uma Anlise Crtica. (cap ii). A Era do Conhecimento na Educao e no Trabalho. (CAP III) in Um ambiente ergonmico de ensino-aprendizagem informatizado.

Paper apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Educao do Centro de Educao e Cincias Humanas da Universidade Federal de Sergipe, em cumprimento aos requisitos da disciplina As Novas Tecnologias e a Educao.rea: EducaoProfessor Dr. Henrique Nou SchneiderSo Cristvo/SE

2008/1O Paradigma da Era Industrial: Uma Anlise Crtica. A Era do Conhecimento na Educao e no Trabalho. SCHNEIDER, Henrique Nou. Programa de Ps-Graduao em Engenharia da Produo - PPGEP. Universidade Federal de Santa Catarina, 2002Por: Ana Luisa Dal Belo Carneiro LeoAluna Especial do Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade Federal de SergipeDo Autor :Henrique Nou Schneider. Doutor em Engenharia de Produo pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC obtendo o respectivo grau em 2002. Em 1989 recebe o ttulo de Mestre em Cincia da Computao pela Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Sergipe/UFS no ano de 1985. Docente da Universidade Federal de Sergipe, vinculado ao Departamento de Cincia da Computao e Estatstica, bem como docente/orientador do Ncleo de Ps-graduao em Educao. Atua nas reas de Informtica Educativa, Empreendedorismo e Interfaces Homem Computador. Leciona no curso de graduao em Cincia da Computao as disciplinas. Computador e Sociedade, Interfaces Homem-Mquina, Empreendedorismo em Informtica e Informtica Educativa. Pertencente ao Ncleo de Ps-graduao em Educao leciona a disciplina - As Novas Tecnologias e a Educao, acumulando ainda a funo de professor-orientador nas dissertaes do curso de Mestrado em Educao. 1 IntroduoEstes captulos so produtos da tese de doutorado de Henrique Nou Schneider no PPGEP, com o tema Um Ambiente Ergonmico de Ensino-Aprendizagem Informatizado. Dividida em sete captulos, os captulos 2 e 3 tm como temas principais as mudanas ambientais caracterizadas pelas transformaes ocorridas a partir da Revoluo Industrial at o surgimento da Era da Informao e do Conhecimento, e a sua influncia no modus vivendi do homem. O autor reflete sobre o entrecruzamento das vises que estudiosos, em seus escritos, trazem a respeito dos princpios bsicos da sociedade industrial oriundos da necessidade do aumento de produtividade nas organizaes e seus reflexos no esforo intelectual do trabalhador. Faz, ainda, com que os leitores se questionem sobre o modelo de educao predominante na sociedade industrial, focado na obedincia e adequao s estruturas organizacionais verticalizadas e burocrticas. Na seqncia, retrata o desenvolvimento a humanidade que culmina na sociedade do conhecimento e da informao, caracterizada pelo uso da tecnologia da informao, e os desdobramentos que transformaram o mundo numa aldeia global, equalizando as oportunidades e proporcionando uma maior equidade social. 2 Descrio do Assunto / DesenvolvimentoNo captulo 2, o autor apresenta uma anlise do contexto que marcou o paradigma educacional da era industrial. Tal anlise permite ao leitor a compreenso de aspectos, como por exemplo, os principais princpios bsicos da sociedade industrial e os reflexos na da padronizao na produo e na educao do trabalhador. De acordo com a sua pesquisa, a exigncia da especializao profissional dos cargos percebida pela sincronizao das operaes de trabalho de uma cadeia de montagem refletiu no aumento da eficincia produtiva e consequentemente, no tamanho e na complexidade das estruturas organizacionais. Encontram-se, ainda, menes e questionamento sobre at que ponto a padronizao preconizada por Taylor e Ford pode ser sinnimo de eficincia nos dias atuais. Neste ponto, o autor considera a reduo do esforo intelectual determinado por trabalhos repetitivos com a separao entre mos e crebro. Em meio a essa discusso, nota-se uma anlise nova orientao do modelo educacional, com viso limitada de serventia aos interesses da produo industrial e linhas pedaggicas focadas na obedincia e adequao ao modelo burocrtico predominante nas organizaes. Como complemento indispensvel, cita-se ainda a necessidade de romper com este modelo educacional, construdo segundo o modelo da linha de montagem, para um novo modelo que ajude famlia a formar cidados espirituais do futuro; alm de prover os meios para a representao dos diversos interesses. O captulo 3 traz a representao contextualizada das chamadas eras de desenvolvimento da humanidade e do impacto da tecnologia da informao na sociedade. Para tanto, apresenta-se os alvos principais de um novo paradigma e algumas caractersticas das sociedades nas diversas ondas, citadas por Maynard (1993). Inserida na tentativa de diferenci-las, o autor considerou as diferentes vises de mundo sobre as sociedades de segunda, terceira e quarta ondas, caracterizando-as do ponto de vista dos relacionamentos, autoridade, valores, segurana, modo de investigao e tomada de decises. Quanto s dimenses do papel corporativo, considerou suas diferenas a partir das metas, motivao, valores, partes interessantes, perspectivas e domnio (nacional e local; internacional e global). Definiu ainda, o significado de riqueza do ponto de vista da propriedade, ativo e medidas de desempenho, focando principalmente a contabilidade social e de recursos predominantes quarta onda. Com relao estrutura corporativa, o autor considerou o seu estilo de controle, papel administrativo e atmosfera, comparando os modelos do ponto de vista do seu papel na sociedade e organizao, motivao, metfora, cliente e foco de atuao. A partir das especificidades apresentadas em cada uma das sociedades citadas, o autor adentrou nos valores que passaram a nortear a maioria das comunidades, baseados em posturas ecolgicas e na formulao de biopolticas com o propsito de fornecer o controle sobre o futuro da vida. Refletiu, tambm, sobre a criao e a utilizao da tecnologia na reduo das distncias sociais, alm de ponderar sobre a importncia de se considerar os fatores culturais na sua implementao. O autor encerra o captulo ao citar a relao custo/benefcio da tecnologia da informao na comunidade escolar afirmando que gastos em educao no devem ser vistos como custo, mas como investimento capaz de facilitar o acesso educao escolar pelos excludos, possibilitando, com isso, uma maior equidade social. 3 Apreciao CrticaOs captulos que tratam sobre o Paradigma da Era Industrial: Uma Anlise Crtica e a A Era do Conhecimento na Educao e no Trabalho, Henrique Nou Schneider faz uma anlise objetiva sobre os aspectos fundamentais da sociedade industrial e os reflexos na da padronizao na produo e na educao do trabalhador. Percebe-se na leitura destes textos a interligao do ambiente produtivo aos modelos educacionais, com anlises focadas na necessidade da reformulao dos modelos tradicionais de educao para modelos mais humanitrios e/ou espiritualizados.

O texto, embora coerente, no aborda aspectos importantes das diretrizes educacionais da poca - sociedade industrial, que possam embasar teoricamente o que citou como educao focada na pontualidade e obedincia s necessidades impostas pelas organizaes burocrticas. O mesmo acontece no captulo 3, quando foca principalmente as caractersticas das sociedades de segunda, terceira e quarta ondas, deixando de retratar o quanto os cenrios social, tecnolgico, poltico e econmico tm sofrido com as mudanas neste final de sculo. Para Behar (2004), este fenmeno vem promovendo o surgimento de novas atividades, ao mesmo tempo em que outras funes desaparecem ou so transformadas. notrio que o nosso atual modelo educacional no tem atendido as necessidades do mercado de trabalho, tampouco as que primam pela formao de um cidado espiritualizado como citado pelo autor. O fato que ainda somos considerados um pas em desenvolvimento e a gerao de novos produtos, somados ao advento de novas teorias ou a nova aplicao de teorias j largamente conhecidas, tm acarretado constantes reavaliaes do processo de trabalho, dificultando a oportunidade de o sujeito compreender e acompanhar as novas tecnologias da informtica e da comunicao. Corroborando aos dizeres do autor, acredito ser importante formar profissionais que aprendam de forma no convencional e que saibam trabalhar cooperativamente para gerar solues inovadoras e competitivas, porm o ensino convencional no tem dado condies aos sujeitos de se prepararem no tempo adequado a todas essas transformaes. Muitas vezes, estes sujeitos so os prprios professores que, mesmo tendo acesso as novas tecnologias educacionais, no tm conhecimento de como utiliz-las em benefcio de uma sociedade socialmente responsvel. Focando a gesto empresarial, Morgan (1996) cita que a evoluo das organizaes baseadas na informao deve considerar a sua capacidade de aprender em uma situao habitual, nas possveis barreiras aprendizagem bem com na natureza das organizaes humanas. Para tanto, faz-se necessrio aprender a aprender. Porm, apesar de concordar com o fato de que gastos com educao so considerados investimentos, precisamos analisar pontos de vistas divergentes, como os de Milkovich e Boudreau (2000) que consideram que programas de treinamento e desenvolvimento nas organizaes so considerados investimentos desde que sejam verificados os impactos no resultado organizacional. A lgica das organizaes est focada na competitividade, o que significa dizer que treinar por atividade sinnimo de jogar dinheiro fora, j que nem sempre se agrega valor ao treinando, organizao e tampouco aos clientes.

Por fim, valendo-me dos dizeres de Stewart (1998, p. 11) o conhecimento tornou-se o principal ingrediente do que produzimos, fazemos, compramos e vendemos. Sendo assim, h a necessidade de administr-lo de forma responsvel, j que h quem diga que os principais alvos das guerras do futuro provavelmente sero atravs de sistemas de informao. O ideal que possamos utilizar estes sistemas a nosso favor atravs da formulao de modelos educacionais que quebrem as fronteiras da educao e prime pela reduo da desigualdade social.4 Consideraes Finais preciso ter em mente que os problemas identificados nos modelos educacionais vigentes no tm relao nica e exclusivamente nas caractersticas ou pressupostos organizacionais oriundos da Administrao Cientfica de Taylor ou Administrao Clssica de Fayol analisados nos captulos citados. Conhecer a histria da educao tem tanta importncia quanto evoluo das teorias administrativas e a sua influncia nos modelos educacionais deste perodo. Porm, essas informaes em nada diminuem o vigor dos captulos retratados neste paper. O exaustivo trabalho de pesquisa do autor que se pode perceber e a constante preocupao com a formulao de uma ambiente de ensino-apredizagem que leva em considerao credenciam-no como leitura obrigatria para os que se interessam pelo mundo do trabalho e a importncia da quebra das fronteiras educacionais atravs da utilizao das novas tecnologias educacionais. Referncias BibliogrficasBEHAR, Patrcia Alejandra. As novas tecnologias da informtica e das comunicaes e o novo modelo educacional.Disponvel em: