Post on 01-Nov-2014
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SANTUÁRIOS E LUGARES
SAGRADOS
ÍNDICE:
Abadia
Alcobaça
Basílicas
Caaba
Catedral de Colônia
Catedral de Notre Dame
Catedral de Saint Maurice
Catedral de Ulm Edição: Fernando de Ogum
Catedrais
Cidades Sagradas Email: contato@grupoboiadeirorei.com.br
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Convento
Grutas e Cavernas Sagradas
Ilha da Páscoa
Jokhang
Kailas
Khajuraho
Lhasa
Matchu Pitchu
Mesquita
Montes
Mosteiros
Muro das lamentações
Nazca
Olimpo
Pagodes Budistas
Pirâmides
Potala
Rio Ganges
Sinagoga
Stonehenge
Stupa
Taj Mahal
Taktsang
Templos
Varanasi
Vijayanagar
VALE DOS ORIXAS
NOSSO SENHOR DO BOMFIM
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Templo (do latim templum, "local sagrado") é uma estrutura arquitetônica dedicada ao
serviço religioso. O termo também pode ser usado em sentido figurado. Neste sentido, é o
reflexo do mundo divino, a habitação de Deus sobre a terra, o lugar da Presença Real. É
o resumo do macrocosmo e também a imagem do microcosmo: 'o corpo é o templo do Espírito
Santo' (I, coríntios, 6, 19).
Todos os templos autênticos envolvem um simbolismo cósmico. Podemos citar, como
exemplo, o templo edificado por Salomão a Jeová. Ele representava o cosmo e cada
objeto ali existente obedecia a uma ordem. O candelabro de 7 braços simbolizando os 7
planetas; a Mesa, a ação de graças por tudo que se realizou na ordem terrestre; sobre
a mesa, 12 pães simbolizando os meses do ano: os pães da proposição ou das faces
divinas. A pedra fundamental do templo sendo o centro do mundo, ponto onde se
comunicam o terrestre e o celeste. Dessa mesma forma, como centro do mundo,
encontramos na Índia, em Angkor, em Java, representações do monte Meru, que é, a um só
tempo, o eixo e o centro do mundo.
Algumas tradições religiosas dedicam nomes específicos para seus templos:
Igreja, Congregação, Casa de oração ou Catedral no caso do Cristianismo e também de
religiões como Setianismo e Satanismo.
Mesquita no caso do Islão.
Pagode no caso do Budismo.
Pathi no caso do Ayyavazhi.
Salão do Reino no caso das Testemunhas de Jeová.
Sinagoga no caso do Judaísmo.
Templos Mórmons, no caso do Mormonismo.
Terreiro no caso do Candomblé, Batuque, Xambá e da Umbanda.
Casa de Adoração Bahá'í no caso da Fé Bahá'í.
Lojas, templos, pronaos escolas iniciáticas (Maçonaria, Rosacruz)
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Lugares de prática religiosa:
são espaços, lugares, localidades, acidentes geográficos, construções, monumentos e outros locais
privilegiados para a experiência do sagrado, do transcendente.
Muitos destes lugares são destinados ao culto religioso propriamente dito (mesquita, sinagoga, igreja,
templo, terreiro, santuário); outros são para a vivência espiritual (mosteiro ou convento); alguns são para
a formação religiosa (noviciado, seminário). Há lugares em que a experiência místico-religiosa se dá em
um acidente geográfico (rio, monte, lago, gruta). Há também destinos de peregrinação e festividades.
Incluem-se ainda nestes lugares de prática religiosa os lugares de culto ou reverência aos mortos
(cemitérios, necrópoles, túmulos, catacumbas).
As diversas relgiões privilegiam uma forma ou outras de lugares sagrados e espaços místicos. A
arquitetura religiosa é variada, rica e com características que variam conforme os tempos, os lugares e as
crenças.
Candomblé
· Balé
· Barracão
· Casa
· Cazuá
· Egbe
· Ilê
· Inso
· Kwe
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· Roça
· Terreiro
Cristianismo
· Basílica
· Capela
· Catedral
· Cripta
· Igreja
· Muro das Lamentações
Fé Bahá'í
· Casa de Adoração Bahá'í
Islamismo
· Arrábita
· Caaba
· Mesquita
· Minarete ou almádena
· Mirabe
Judaísmo
· Templo de Jerusalém
· Muro das lamentações
· Sinagoga, esnoga
Religiões orientais
· Bralha
· Miau - pagode chinês
· Pagode
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Termos comuns a diversas confissões religiosas
Ádito
Altar
Cemitério
Convento
Igreja
Mosteiro
Santuário
Templo
Túmulo
Cidades
· Belém de Judá
· Carbala
· Cazimain
· Cufa
· Jerusalém
· Mashhad
· Meca
· Medina
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· Najaf
· Samarra
Arquitetura residencial
· Casa professa
· Paço (arquitectura)
· Paço arquiepiscopal
· Paço episcopal
· Residência paroquial
Arquitetura educativa
· Juniorado
· Noviciado
· Postulantado
· Seminário
· Seminário maior
· Seminário menor
Arquitetura funerária
· Capela mortuária
· Cemitério
· Cemitério-jardim
· Columbário
· Crematório
· Dólmen
· Jazigo
· Mausoléu
· Morgue
· Necrópole
· Panteão
· Sepultura
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· Tholos
Acidentes geográficos
· Calvário
· Gólgota
· Monte Sinai
· Rio Ganges
· Rio Jordão
Abaixo uma pequena mostra dos templos, santuários religiosos ...
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SANTUÁRIOS ISLÂMICOS
CAABA
A Caaba ou Kaaba (também conhecido como Ka'bah ou Kabah) é uma construção que é
reverenciada pelos muçulmanos, na mesquita sagrada de Al Masjid Al-Haramem Meca, e
é considerado pelos devotos do islã como o lugar mais sagrado do mundo, localizada
nas coordenadas 21°25'21,15"N e 39°49'34,1"E.
A Caaba é uma construção cúbica de 15,24 metros de altura, e é cercada por muros de
10,67 metros e 12,19 metros de altura. Ela está permanentemente coberta por uma
manta escura com bordados dourados que é regularmente substituída. Em seu interior,
encontra-se a Hajar el Aswad ("Pedra Negra"), uma pedra escura, de cerca de
50 centímetros de diâmetro, que é uma das relíquiasmais sagradas do islã. Ela é,
provavelmente, o resto de um meteorito.[1]
A Caaba é o centro das peregrinações (hajj) e é para onde o devoto muçulmano volta-se
para as suas preces diárias (salat). É o lugar mais sagrado do Islã.
Quando o profeta Maomé repudiou todos os deuses pagãos e proclamou um deus
único, Alá, poupou a Caaba e tornou-a de um centro de peregrinação pagã em um centro
da nova fé. No período pagão, a Caaba provavelmente simbolizava o sistema solar,
abrigando 360 ídolos, sendo assim uma representação zodiacal. O edifício foi
restaurado diversas vezes; a construção atual é datada do século VII, substituindo a
mais antiga que foi destruída no cerco de Meca em 683.
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Construção:
Segundo relatos islâmicos, quando Abraão propagou pelo Iraque a crença monoteísta,
foi perseguido. Então foi necessário um local simples para ser o ponto de adoração
monoteísta. Abraão escolheu Meca por ser geograficamente o centro do mundo.
Muçulmanos relatam que a construção da Caaba está descrita no Alcorão e na Bíblia,
como segue[2]:
"7 E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um
altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
8 E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda,
tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o
nome do SENHOR." Gênesis 12, 7,8.
Bem como descrito no Alcorão:
"E quando Abraão e Ismail elevam as fundações da casa, dizendo, Nosso Senhor! aceita
de nós (este trabalho). Certamente Tu escutas, és conhecedor." Capítulo 2, vers. 127
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MESQUITA
Uma mesquita (em árabe:سجد é um local de culto para os seguidores do islã. Os (م
muçulmanos frequentemente referem-se à mesquita utilizando o seu nome em árabe,
masjid (plural: masajid). A palavra masjid significa templo ou local de culto e deriva
da raiz árabe sajada (raiz s-j-d, "prostrar-se", em alusão às prostrações realizadas
durante as orações islâmicas).
A palavra mesquita é usada para se referir a todos os tipos de edifícios dedicados ao
culto muçulmano, embora em árabe seja feita uma distinção entre a mesquitas de
dimensões menores e as mesquita de maior dimensão, que possuem estruturas sociais.
Estas últimas são denominadas como "masjid jami".
O objectivo principal da mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se
encontrar para rezar. No entanto, as mesquitas são também conhecidas pela seu papel
comunitário e por serem as formas mais expressivas da arquitectura islâmica. Elas
evoluíram significativamente desde os espaços ao ar livre que eram a Mesquita Quba e o
Masjid al-Nabawi do século VII d.C.. Hoje em dia, a maioria das mesquitas possuem cúpulas,
minaretes e salas de oração que podem assumir formas elaboradas. Surgidas na
Península Arábica, as mesquitas podem ser encontradas em todos os continentes em que
existem comunidades muçulmanas. Não são apenas locais para o culto e a oração, mas
também locais onde se pode aprender sobre o islão e conviver com outros crentes.
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Etimologia
Na tradição islâmica, existem dois termos para indicar a mesquita: masjid, que em
espanhol foi traduzido como mezquita e entrou em todas as línguas europeias, e giâmi’,
que é a denominação mais difundida no mundo islâmico. O primeiro nome deriva da raiz sjd
cujo significado é prostrar-se e o segundo da raiz gm que significa reunir-se.
História
No Ocidente é frequente pensar-se nas mesquitas como um templo semelhante às igrejas
cristãs, um edifício dedicado apenas ao culto de Deus. Na realidade a mesquita é a
construção mais complexa do mundo islâmico.
Grandes pátios e torres altas (minaretes) são elementos frequentemente associados
com as mesquitas. No entanto, as primeiras mesquitas, que surgiram na Península
Arábica eram estruturas muito simples. As mesquitas evoluíram bastante nos séculos
que se seguiram, adquirindo as estruturas que lhes são hoje familiares ao mesmo tempo
que se adaptaram às várias culturas do mundo.
As primeiras mesquitas
Segundo as crenças islâmicas, a primeira mesquita do mundo é a área em torno da Kaaba
em Meca, actualmente na Arábia Saudita. Esta área é hoje conhecida como Masjid al-
Haram ou Mesquita Sagrada. Desde 638 o Masjid al-Haram tem sido expandido várias
vezes para poder acomodar o número crescente de muçulmanos que vivem na área ou que
realizam a peregrinação anual a Meca (Hajj). Para outros, a primeira mesquita foi a
Mesquita de Quba em Medina, dado que esta foi a primeira mesquita construída pelo
profeta Muhammad. A primeira coisa que Muhammad fez quando se aproximou de Medina
foi construir a Mesquita Quba, na qual os muçulmanos acreditam que permaneceu
durante três dias antes de entrar na cidade.
Alguns dias depois de ter começado o trabalho na mesquita Quba, Muhammad
estabeleceu outra mesquita em Medina, conhecida hoje em dia como Masjid al-Nabawi, ou
a Mesquita do Profeta. A localização da mesquita foi declarada após a realização no
local da primeira oração de Muhammad à sexta-feira. Nesta mesquita seriam
desenvolvidas algumas das práticas habituais nas mesquitas atuais, como o adhan, ou
seja, a chamada à oração. O Masjid al-Nabawi foi construído com um grande pátio,
elemento presente nas mesquitas construídas desde então. Num dos lados do pátio
colocava-se Muhammad para pregar. Mais tarde, o profeta do islão adoptou um púlpito
com três degraus de modo a servir como plataforma de onde pudesse realizar os seus
sermões. Este púlpito é hoje conhecido como mimbar e é comum nas mesquitas actuais.
Hoje em dia, o Masjid al-Haram em Meca, o Masjid al-Nabawi em Medina e a Mesquita de Al
Aqsa em Jerusalém são considerados como três locais sagrados do islão.
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Difusão e evolução
As mesquitas começaram a ser construídas em outras partes do mundo à medida que o
islão se difundiu fora da Arábia. Em 640 o Egipto foi ocupado por muçulmanos árabes e
desde então muitas mesquitas têm surgido pelo país. A prova da enorme quantidade de
mesquitas pode ser encontrada no facto da capital egípcia, o Cairo, receber o apelido
de "cidade com mil minaretes". Algumas mesquitas egípcias estão dotadas de escolas
(madrassas) e outras de hospitais.
A primeira mesquita chinesa foi construída no século VIII em Xi´an. A Grande Mesquita de
Xi´an, cujo edifício actual data do século XVIII, não possui muitos dos elementos
habitualmente associados às mesquitas tradicionais, apresentando em vez disso
elementos da arquitectura chinesa. As mesquitas que se situam na região ocidental da
China possuem elementos mais comuns aos que se encontram em outras partes do mundo.
Na Índia, as mesquitas difundiram-se durante o período do Império Mogol (séculos XVI e
XVII). Os Mogóis desenvolveram uma arquitectura própria plasmada em cúpulas
bolbosas, como se pode observar na Jama Masjid de Deli.
As mesquitas surgiram na Turquia no século XI quando os Turcos fixados na região se
converteram ao islão. Algumas das mesquitas do Império Otomano eram igrejas ou
catedrais do Império Bizantino (Hagia Sophia). Os Otomanos desenvolveram a sua própria
arquitectura para a mesquita, com grandes cúpulas centrais, vários minaretes e
fachadas abertas. O estilo otomano geralmente incluía colunas trabalhadas e tectos
altos no interior, formas que cruzava com elementos tradicionais como o mihrab.
O crescimento recente das mesquitas na Europa está associado ao movimento migratório
de populações muçulmanas para o continente. Algumas cidades europeias, como Roma,
Londres e Munique possuem mesquitas que apresentam as tradicionais cúpulas e
minaretes. Estas mesquitas pretendem agregar as comunidades muçulmanas da região.
Espalhados nas cidades grandes e pequenas onde há muçulmanos, existem outros
lugares pequenos para oração, que podem conter umas cinquenta pessoas. Eles podem
ser quartos ou salões no térreo de um edifício, lugares mais discretos que servem
especialmente para a oração do meio-dia, em lugar de estradas e calçadas.
Nos Estados Unidos da América as mesquitas surgiram no começo do século XX. No período
que decorreu até 1950 surgiram apenas 2% das actuais mesquitas, enquanto que 87%
foram criadas depois de 1970 e 57% depois de 1980.
Estrutura
As mesquitas apresentam uma grande variedade de estilos arquitectónicos e
ornamentais. Contudo, é possível identificar uma série de elementos comuns.
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Plantas
As primeiras mesquitas seguiram o que se denomina como planta simples ou árabe, tendo
se desenvolvido na época dos Omíadas. Com uma planta rectangular ou quadrangular,
consistem num edifício sustentado por colunas (sendo por causa disso denominadas como
mesquitas hipóstilas) às quais se juntam o número de naves que se entender. Neste
modelo existe um grande pátio interior com fontes, encontrando-se o espaço para a
oração dividido em três naves.
Nos séculos XI a XIII desenvolveu-se no Irão outro tipo de mesquita, com uma entrada
única que permite aceder a um pátio central em cujos lados se encontram salas
abobadadas conhecidas como iwans. Um exemplo representativo deste tipo de mesquita é
a Grande Mesquita da Sexta-feira em Isfahan.
No século XV e XVI os Otomanos introduziram mesquitas com uma grande cúpula central
sobre a sala das orações; em alguns casos surgem outras pequenas cúpulas ao longo do
edifício. Nestas mesquitas existem também quatro minaretes esguios.
Minarete
Um elemento comum às mesquitas é o minarete, uma torre alta e delgada geralmente
situada num dos cantos da estrutura da mesquita. O minarete é geralmente o ponto mais
alto da mesquita e muitas vezes o ponto mais alto na área onde a mesquita se situa. O
minarete mais alto do mundo é o da Mesquita Hassan II em Casablanca, Marrocos.
As primeiras mesquitas não eram detentoras de minaretes. Alguns movimentos
conservadores do islão, como o Wahhabismo, evitam colocar minaretes nas mesquitas,
por considerarem-nos uma forma de ostentação. O primeiro minarete foi construído em
665 em Bassora durante o reinado do califa omíada Muawiyah I. Este califa estimulou a
construção de minaretes por influência das torres das igrejas cristãs. Os arquitectos
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islâmicos copiaram este elemento das igrejas e utilizaram-no com a mesma finalidade:
chamar os crentes à oração.
É através do minarete, cuja altura superior às casas que o rodeiam tem a função
prática de fazer chegar mais facilmente aos fiéis a voz do muezim que os chama para as
cinco orações diárias. Às vezes, numa ou outra oportunidade, os minaretes assumiram
também uma função simbólico-política, como a de afirmação da superioridade do Islã
sobre as outras religiões.
Em muitos países onde os muçulmanos não constituem a maioria da população, as
mesquitas não estão autorizadas a emitir em tom alto a chamada à oração (adhan).
Com o avanço da técnica, ultimamente, estão sendo usados alto-falantes, ainda mais
quando a mesquita se encontra no meio de bairros não muçulmanos e os muezins
aproveitam desse instrumento para alongar suas orações. Em outros casos, começaram
a ser usadas gravações da chamada à oração. Essas inovações são contrárias à
tradição muçulmana ou sunnah e os países islâmicos mais rigorosos condenam a prática.
No Egito, o uso dos alto-falantes está limitado a dois minutos e proibido na primeira
oração do dia.
Nas mesquitas onde não existe o minarete o muezim faz o apelo dentro da mesquita ou no
exterior do edifício.
Cúpulas
As cúpulas são igualmente um dos elementos mais associados às mesquitas, estando
presente na arquitetura islâmica desde o século VII. As cúpulas, são uma representação
do universo visto por Deus, rente ao limbo das cúpulas "acima e externamente ao salão
das orações" normalmente é aplicado uma lua crescente com uma estrela, mostrando
tratar-se de uma imagem da terra visto além das estrelas fixas. O tamanho das
cúpulas aumentou ao longo do tempo, passando de uma pequena área do tecto perto do
mihrab a ocupar todo o tecto por cima do salão das orações.
Salão das orações
O salão das orações, também conhecido como musalla, não possui mobiliário. As cadeiras
e os bancos estão ausentes do local, de modo a permitir que o maior número de crentes o
possam ocupar. Ao contrário de outros locais de culto, as imagens de pessoas, de
animais e de figuras religiosas não existem no salão, devido à oposição do islão à
representação da figura humana e por se considerar que os muçulmanos devem fixar a
sua atenção em Deus.
Do lado oposto à entrada para o salão de orações encontra o muro qibla. Este muro
deve estar posicionado numa linha perpendicular à cidade de Meca. Os crentes rezam em
filas paralelas à qibla e assim ficam virados em direcção a Meca. Em geral no centro
deste muro está o mirhab, um nicho que por vezes é ricamente decorado. Durante a
oração da sexta-feira um púlpito ou minbar é colocado perto do mirhab, a partir do
qual é dado o sermão (khutba). O minbar é feito de madeira, pedra ou mármore e muitos
são portáteis.
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Funções religiosas
Orações
Todos os muçulmanos adultos devem realizar o salá (oração pública), cinco vezes por
dia, prostrando-se em direcção de Meca. Embora algumas mesquitas mais pequenas, com
congregações pequenas, só ofereçam alguns dos serviços de orações, a maioria das
mesquitas oferece as cinco orações diárias: antes do nascer do sol, ao meio-dia, na
parte da tarde, após o por-do-sol e de noite. Não é necessário rezar nas mesquitas, mas
de acordo com um hadith realizar a oração junto com outros muçulmanos é mais piedoso
do que rezar sozinho.
A sexta-feira é o dia em que a comunidade islâmica se reúne, na mesquita, ao meio-dia,
para a oração. Em seguida, realiza-se o khutbah, isto é, o discurso que não é um simples
sermão religioso. Nele aprofundam-se as questões sociais, políticas, morais e tudo o que
interessa à comunidade islâmica.
A sexta-feira, portanto, é mais que um dia de descanso, como o sábado dos judeus ou o
domingo dos cristãos. É o dia da semana em que a comunidade islâmica que se reúne.
Dependendo do país onde se encontre, a sexta-feira pode até ser um dia de trabalho, mas
todos fecham os seus negócios pelo menos na hora do khutbah.
A oração funerária, ou salat ul-janazah, é feita na mesquita, para um muçulmano
falecido, estando presentes os seus familiares e amigos. Ao contrário das orações
diárias, as orações funerárias são de uma maneira geral realizadas no exterior da
mesquita, no pátio.
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No calendário islâmico existem duas grandes festas ou Eids: Eid ul-Fitr e Eid ul-Adha. Em
ambas ocasiões são feitas orações especiais nas mesquitas na parte da manhã. As
orações destas festas devem ser feitas em grandes grupos, de modo que as grandes
mesquitas acolhem não só os seus visitantes habituais, mas os crentes que frequentam
outras mesquitas mais pequenas.
Eventos do mês do Ramadã
O mês mais sagrado do islão, o Ramadão, é observado através de várias práticas. Dado
que os muçulmanos praticam o jejum durante o dia durante o Ramadão, as mesquitas
celebram uma refeição que quebra o jejum (iftar) entre o momento que decorre após o
por-do-sol e a a oração da noite. A comida é fornecida, pelo menos em parte, pelos
membros da comunidade. Tendo em conta que a comunidade é fundamental para
proporcionar estes jantares, as mesquitas que possuem pequenas congregações não
poderão oferecer estas refeições de uma maneira diária. Nestas ocasiões, as mesquitas
convidam muitas vezes os pobres a comer, acto considerado como uma forma honrosa de
piedade no mês do Ramadã.
Caridade
O terceiro dos "Cinco pilares do Islão" estabelece que cada muçulmano devem dar
aproximadamente 2,5% dos seus rendimentos (zakat). Uma vez que as mesquitas
constituem o centro das comunidades muçulmanas, elas são o local onde os muçulmanos
vão para doar o zakat ou para recolhê-lo. Antes da festa de Eid ul-Fitr as mesquitas
também recolhem um zakat especial que serve para ajudar os muçulmanos mais pobres
a participar nas orações e celebrações associadas à festa.
Funções sociais
Educação
Uma das funções mais comuns das mesquitas é abrigar instituições educativas. Algumas
mesquitas, especialmente aquelas que se situam em países onde não existem escolas
islâmicas financiadas pelo estado, possuem escolas a tempo inteiro que ensinam
aspectos da religião islâmica, assim como aspectos do ensino geral. Estas escolas a
tempo inteiro têm em geral estudantes do ensino primário e médio. A maioria das
mesquitas possuem também escolas a tempo parcial, que funcionam à noite ou ao fim-de-
semana. Este último tipo de aulas estão orientadas basicamente para o ensino de
aspectos da religião islâmica a todas as classes etárias; nos países onde o islão não é
a religião da maioria da população ensina-se o árabe e realizam-se leituras do
Alcorão.
Nos Estados Unidos e na Europa é também possível encontrar aulas dirigidas a pessoas
que se converteram recentemente ao islão cujo objetivo é ensinar pontos básicos da
religião. As mesquitas também poderão fornecer aulas sobre a jurisprudência islâmica.
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Papel político
Na história muçulmana, quase todas as revoluções e levantes populares começaram
após esses discursos na mesquita.
A Jihâd que, normalmente é traduzida como guerra santa contra os infiéis, num sentido
mais literal significa guerra no caminho de Alá, e obriga todo o fiel a defender a sua
comunidade e o que ficou decidido e proclamado no khutbah.
Devido a esses possíveis desdobramentos políticos, nos países onde o governo não é
muçulmano ou, embora muçulmano, não é fundamentalista, agentes especiais são
enviados para observar e vigiar, nessa momento, as mais importantes mesquitas do país.
Em outros lugares, onde a ligação do governo com Islã é mais estrita, o texto do
khutbah deve ser apresentado às autoridades civis, e ter a sua aprovação, antes de
ser lido. Nas mesquitas financiadas pela Arábia Saudita (maioria nos países europeus),
os imãs ou chefes das mesmas são impostos pela monarquia saudita, razão pela qual ela
tem total controle sobre essas mesquitas.
Influência da Arábia Saudita
As mesquitas são geralmente mantidas com os recursos (esmolas) dos fiéis de cada
comunidade onde se inscrevem. As do mundo ocidental são financiadas, em sua maioria,
pela Arábia Saudita que adquire desse modo o direito de impor-lhes os seus imãs e a sua
ideologia. A Arábia Saudita segue uma corrente religiosa conhecida como Wahhabismo.
Embora o movimento saudita de promoção da sua forma de islão remonte aos anos 60, foi
só no começo dos anos 80, após a revolução islâmica no Irão, que o governo saudita
começou a financiar a construção de mesquitas por todo o mundo. Estima-se que este
governo tenha gasto cerca de quarenta e cinco milhões de dólares em doações para a
construção de mesquitas e escolas islâmicas. O jornal saudita Ain al-Yaqeen publicou
em 2002 uma notícia que dava conta da construção de cerca de 1500 mesquitas e 2000
centros islâmicos em países onde os muçulmanos não são a maioria da população.
Normas
Uma vez inaugurada, a mesquita torna-se um espaço sagrado que supera o fato de ser
simplesmente um lugar religioso porque, sendo sagrado, deve ser respeitado e venerado
e, portanto, somente a comunidade decide quem pode ser admitido dentro desse espaço e
quem não pode, porque sua presença o profanaria.
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Vestuário
Segundo o islão, os muçulmanos devem vestir-se de forma modesta. Em consequência,
embora muitas mesquitas não forcem explicitamente regras, homens e mulheres devem
ter em mente estarem vestidos de forma modesta quando frequentem a mesquita. Os
homens devem visitar a mesquita com roupas largas que não revelem as formas do
corpo. As mulheres também devem seguir o mesmo padrão, com blusas e calças que
cubram os pulsos e tornozelos. Muitas mesquitas também pedem às mulheres não
muçulmanas para que coloquem um lenço de acordo com o conceito de "hijab".
Segregação dos gêneros
A lei islâmica (charia) estabelece que os homens e as mulheres devem ocupar posições
separadas no salão das orações; mais especificamente, as mulheres devem ficar atrás
dos homens. O profeta Muhammad considerava que as mulheres deveriam rezar em casa e
de acordo com um hadith, ele teria afirmado que a "a melhor mesquita para as mulheres
é a parte interior das suas casas". O califa Omar foi ao ponto de proibir as mulheres de
frequentarem a mesquita e determinou que elas deveriam rezar em casa.
Hoje em dia muitas mesquitas determinam como local reservado às mulheres um quarto
separado ou uma área atrás de uma cortina, onde elas não podem ver o imam. As
mesquitas no sul e sudeste da Ásia colocam homens e mulheres em salas separadas. Em
cerca de dois terços das mesquitas dos Estados Unidos as mulheres rezam atrás de
cortinas ou em áreas separadas, não no salão principal; algumas mesquitas não
admitem sequer a presença de mulheres. Cerca de um quarto das mesquitas não
oferecem programas dedicados às mulheres e um terço não as admitem nos órgãos de
gestão.
Mesquitas no Brasil
Existem mesquitas espalhadas nas principais cidades do país, localizadas geralmente
nos pontos de maior concentração de árabes.
· Mesquita Abu Bakr (do árabe: سجد و م كر أب ;localizada em Porto Alegre ,(ب
· Liga da Juventude Islâmica do Brasil, no bairro do Pari, na cidade de São Paulo;
· Centro Islâmico de Campinas, no estado de São Paulo;
· Centro Islâmico e Mesquita de Jundiaí, no estado de São Paulo;
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· Sociedade Beneficente Muçulmana de Uruguaiana, Rio Grande do Sul;
· Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro, localizada no estado do Rio de
Janeiro.
BASÍLICA: SANTUÁRIOS CATÓLICOS
BASÍLICA DE SÃO PEDRO
A Basílica de São Pedro (em latim Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San
Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano, tratando-se da maior das igrejas do
cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados.[1][2][3] Cobre um área de 23000 m²
ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a
população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo
sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 340
estátuas de santos, mártires e anjos[4]. Situada na Praça de São Pedro, sua construção
recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais
como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.
Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro[5] (de onde provém o
nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o
primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas, começando com os
primeiros, têm sido enterrados neste local.[6] Sempre existiu um templo dedicado a São
Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os
devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do
atual edíficio sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de
novembro de 1626,[7] sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica
é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações
históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período
artístico.
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A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as
outras a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros.
Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a
sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que
fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com
a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais são realizadas na
Basílica de São Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a
localização privilegiada no Vaticano.
Túmulo de São Pedro
Depois da crucificação de Jesus, no segundo trimestre do primeiro século da era cristã,
está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos,
conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os
seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã.
O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Petros", em grego, decorrente de "Petra", que
significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta
anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi
executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado
de cabeça para baixo à seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.
Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano,
a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi
inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem
sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais
tarde. Quase trezentos anos depois, A antiga Basílica de São Pedro foi construída ao
longo deste sítio.
A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após
extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que
datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira
basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana
Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro,
inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego,
significa "Pedro está aqui".
22
Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e
idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se
acredita, com muita probabilidade, serem de São Pedro. A data real do martírio, de
acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64
d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São
Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante
a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.
Antiga Basílica de São Pedro
23
O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica
de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou
atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas
arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as
igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basílica cívica romana: um salão
retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante
para a congregação dos fiéis. As cerimônias no altar eram realizadas na abside ao
final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma abside na
extremidade ocidental, um grande átrio. Um afresco do século XVI na igreja de San
Martino ai Monti nos dá uma idéia aproximada da aparência interior, com seu teto em
madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas.
A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o
que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga
fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base
que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave
central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um
grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de
Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século
XVI.
Idade Média
Durante o exílio dos papas em Avignon, de 1309 a 1377, ficou muito deteriorada e perdeu-
se grande parte de sua magnificência. O desejo de uma igreja de grandiosidade
apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal
para o Vaticano, fez nascer planos de uma igreja nova. Sob o papado de Nicolau V
(pontificado de 1447 a 1455) os trabalhos tiveram início num coro novo e no transepto,
mas foram logo abandonados por falta de recursos.
Século XVI
24
No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18
de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos
eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de
uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da
Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade. Uma sucessão de papas e
arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício
atual. Iniciada por Júlio II, continuando nos pontificados do Papa Leão X (1513-1521),
Papa Adriano VI (1522-1523).
Papa Clemente VII (1523-1534), Papa Paulo III (1534-1549), Papa Júlio III (1550-1555) , Papa
Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Papa Pio IV (1559-1565), Papa Pio V (santo) (1565-
1572), Papa Gregório XIII (1572-1585), Papa Sisto V (1585-1590), Papa Urbano VII (1590),
Papa Gregório XIV (1590-1591), Papa Inocêncio IX (1591), Papa Clemente VIII (1592-1605),
Papa Leão XI (1605), Papa Paulo V (1605-1621), Papa Gregório XV (1621-1623), Papa
Urbano VIII (1623-1644) e Papa Inocêncio X (1644-1655).
Renascença
25
Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para
ajudar na reconstrução da Basílica de São Pedro.[8] O agressivo marketing de Johann
Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses
(Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além
ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa
ou da Igreja de conceder perdões e penitências,[9] exigia a correção de abusos na
prática.
Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam,
como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi,
Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a
direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela
cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes de
sua morte em 1564.
O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus e tem diâmetro de 42
m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto,
com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, seu sucessor, Giacomo della
Porta, foi capaz de terminá-la com ligeiras modificações. O modelo segue o da famosa
cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande
imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata
de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima
até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas,
deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da
arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os
trabalhos na basílica.
Conclusão das Obras
26
Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras
mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo
Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma
cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada.
Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as
torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais
tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de
Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.
Giacomo della Porta e Fontana concluiu a cúpula em 1590 durante o pontificado do Papa
Sisto V. O papa que o sucedeu financiou a colocação das inscrições em honra a Sisto V na
entrada da basílica. O Papa Clemente VIII liderou a colocação da cruz latina na cúpula,
evento acompanhado pelo soar dos sinos de toda a cidade de Roma. Segundo a tradição,
nesta cruz estão contidas partes da Vera Cruz e relíquias de Santo André.
Já em meados do século XVIII, rachaduras apareceram na cúpula e os arquitetos
empenhados na construção do restante da basílica tiveram de se concentrar no domo e
planejaram a colocação de anéis de ferro na obra prima de Michelangelo.
Na cúpula jaz a inscrição:
S. Petri pp sixtvs gloriae. V. A. m. d. xc. Pontif. V. (Para a glória de São Pedro; Sisto V,
Papa, no ano de 1590 e quinto ano do seu pontificado.)
Os trabalhos terminaram oficialmente quando se acrescentou uma sacristia, sob o
pontificado do Papa Pio VI (1775-1799).
Obras-primas
27
Algumas obras-primas da Basílica de São Pedro:
· O pórtico, a porta de bronze, século XV. A Porta Santa.
· A estátua em bronze de São Pedro por Arnolfo di Cambio.
· O túmulo do papa Urbano VIII por Bernini.
· O baldaquino e a cadeira de Pedro (Cathedra Petri) por Gian Lorenzo Bernini.
· A Capela do Sacramento,
· O túmulo do papa Inocêncio VIII, de 1498, por Antonio Pollaiuolo.
· A entrada do túmulo de São Pedro.
· A sacristia e a nova sacristia.
· Museu do Tesouro de São Pedro, ou Museo del Tesoro di S. Pietro
· A imagem de São Longuinho por Bernini.
· A Pietà, por Michelangelo.
· A Cúpula de São Pedro, projetada por Michelangelo, com 39.000 toneladas, 42
metros de diâmetro, e a mais elevada parte do Vaticano.
· Fonte dos Quatro Rios
28
Praça de São Pedro
Localizada a leste da Basílica de São Pedro, a Piazza di San Pietro foi construído pelo
próprio Bernini entre 1656 e 1667. Bernini concluiu a fachada atual da basílica que
situa-se diretamente a frente da praça. No centro da praça, Domenico Fontana ergueu o
Obelisco do Vaticano, como é chamado atualmente, anteriormente situado no Circo de
Nero e de 40 metros de altura. Fontana planejou a colocação do obelisco sob as ordens
do Papa Sisto V. O episódio da colocação teve lugar em 28 de setembro de 1586 e quase
terminou em tragédia devido ao peso do obelisco.
Referências
1. James Lees-Milne descreveu a Basílica de São Pedro como "a church with a unique
position in the Christian world" (a maior igreja com uma posição única no mundo do
cristianismo) em Lees-Milne 1967, p. 12.
2. Banister Fletcher, um renomado historiador arquitectónico chama-lhe de "…the
greatest of all churches of Christendom" (A maior de todas as igrejas da cristandade)
em Fletcher 1996, p. 719.
3. "The greatest church in Christendom", (a maior igreja do cristianismo) Roma 2000
4. Por Dentro Do Vaticano (título original: Inside the Vatican). Estados Unidos. 2002.
National Geographic Documentary.
5. Desde a Reforma, duvidou-se se São Pedro havia sido martirizado realmente em Roma
e seus restos mortais estavam nesta Basílica, porém atualmente os historiadores
concordam que São Pedro foi de fato martirizado em Roma e após uma minuciosa e
meticulosa investigação nos anos 1950, o Papa Pio XII na enciclícia "Domenico Cardinale
Tardini" (pág.:76), confirmou que haviam sido achados os ossos do mártir.
6. Reardon, Wendy J. 2004. The Deaths of the Popes. Macfarland & Company, Inc. Pág.: 23-
26. ISBN 0-7864-1527-4
7. Baumgarten 1913
8. Enrico dal Covolo: The Historical Origin of Indulgences
9. Certum est, nummo in cistam tinniente augeri questum et avariciam posse: suffragium
autem ecclesie est in arbitrio dei solius (Tese 28).
Fonte: Wikipedia
BASÍLICA DE SANTA MARIA MAIOR – ROMA
29
A Basílica de São João de Latrão (em italiano: San Giovanni in Laterano), localizada na
praça de mesmo nome em Romaé a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. Seu nome oficial é
Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é
considerada a "mãe" de todas as igrejas do mundo. É uma das quatro basílicas
patriarcais.
Como catedral da Diocese de Roma, contém o trono papal (Cathedra Romana), o que a
coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive da Basílica de São Pedro. Tem o
título honorífico de Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput (Mãe e Cabeça de
todas as Igrejas de Roma e do Mundo).
É uma das quatro basílicas patriarcais de Roma. As três outras, também
caracterizadas com uma Porta Santa e um Altar Papal, são:
· a Basílica Vaticana, que manifesta a igreja apostólica fundada sobre o apóstolo
Pedro;
· a Basílica Ostiense, que manifesta a igreja católica fundada sobre a missão de
Paulo;
· a Basílica Liberiana, ou Mariana que manifesta a igreja santa gerada com Cristo
de Maria.
História
30
O local onde se encontra a Basílica de São João de Latrão foi ocupado durante o Império
Romano pelos gens Lateranos. Os Lateranos serviram como administradores para
diversos imperadores; Sexto Laterano foi o primeiro plebeu a ser designado Cônsul. Um
dos Lateranos, também designado Cônsul, Pláucio Laterano, ficou famoso por ter sido
acusado por Nero de conspiração contra o imperador: acusação que resultou em
confisco e distribuição de suas propriedades por volta do ano 60 d.C.
Juvenal menciona o palácio, e fala que era dotado de alguma magnificência, regiæ
ædes Lateranorum. Algum resquício das construções originais ainda resistem nos muros
da cidade exteriormente à Porta de São João e um largo corredor, decorado com
pinturas, foram descobertos no século XVIII junto à Basílica, atrás da Capela
Lancellotti. Outros traços, menos significantes, apareceram durante escavações
feitas em 1880, quando obras de ampliação estavam em andamento.
No ano de 161, Marco Aurélio construiu ali um palácio. Em 226, Sétimo Severo devolveu
uma parte das propriedades dos Lateranos. Não se sabe se incluiu o palácio. Sabe-se que
o Palácio Laterano encontrava-se em posse do Imperador Constantino I enquanto casado
com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio. Ficou conhecido na época como "Domus
Faustae", ou "Casa de Fausta," e, posteriormente foi doado ao Bispo de Roma por
Constantino. A data precisa da doação é desconhecida, mas os estudiosos acreditam que
tenha sido durante o pontificado do Papa Melquíades, em tempo de hospedar um sínodo
dos bispos em 313, realizado com o intuito de combater o Donatismo.
História
O local onde se encontra a Basílica de São João de Latrão foi ocupado durante o Império
Romano pelos gens Lateranos. Os Lateranos serviram como administradores para
diversos imperadores; Sexto Laterano foi o primeiro plebeu a ser designado Cônsul. Um
dos Lateranos, também designado Cônsul, Pláucio Laterano, ficou famoso por ter sido
acusado por Nero de conspiração contra o imperador: acusação que resultou em
confisco e distribuição de suas propriedades por volta do ano 60 d.C.
Juvenal menciona o palácio, e fala que era dotado de alguma magnificência, regiæ
ædes Lateranorum. Algum resquício das construções originais ainda resistem nos muros
da cidade exteriormente à Porta de São João e um largo corredor, decorado com
pinturas, foram descobertos no século XVIII junto à Basílica, atrás da Capela
Lancellotti. Outros traços, menos significantes, apareceram durante escavações
feitas em 1880, quando obras de ampliação estavam em andamento.
No ano de 161, Marco Aurélio construiu ali um palácio. Em 226, Sétimo Severo devolveu
uma parte das propriedades dos Lateranos. Não se sabe se incluiu o palácio. Sabe-se que
o Palácio Laterano encontrava-se em posse do Imperador Constantino I enquanto casado
com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio. Ficou conhecido na época como "Domus
Faustae", ou "Casa de Fausta," e, posteriormente foi doado ao Bispo de Roma por
Constantino. A data precisa da doação é desconhecida, mas os estudiosos acreditam que
tenha sido durante o pontificado do Papa Melquíades, em tempo de hospedar um sínodo
dos bispos em 313, realizado com o intuito de combater o Donatismo.
Tempo de Constantino
31
A Basílica foi fundada por Constantino, o primeiro imperador cristão, para ser a
principal igreja de Roma, era a única dentre as três grandes basílicas construídas que
se encontrava no interior dos muros que cercavam a cidade e por isto serviu de
catedral. A Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo Extramuros situavam-se
sobre os túmulos dos apóstolos, do lado externo da muralha.
A dedicação oficial do Palácio Laterano e Basílica foi presidida pelo Papa Silvestre I em
324, declarando ambos Domus Dei ou "Casa de Deus". Inicialmente dedicada ao Salvador,
Basilica Salvatoris, posteriormente dedicada também a São João Batista e São João
Evangelista.
Da Idade Média ao início da Idade Moderna
Seu nome moderno data do século VII quando o Papa Gregório I, o Grande, (pontificado de
590 a 604), a colocou sob a proteção de São João Batista. Desta igreja medieval
subsistem o importante claustro, do século XIII, e algumas partes da igreja. Durante a
Idade Média, foram realizados cinco grandes concílios ecumênicos na Basílica de São
João de Latrão, conhecidos como os Concílios de Latrão.
Sua modificação mais importante data de 1650, quando o papa Inocêncio X (pontificado de
1644 a 1655) chamou Francesco Borromini, que transformou a basílica de quatro naves
laterais em uma igreja barroca. Entre 1733 e 1736, Alessandro Galilei acrescentou a
fachada monumental e em 1886 o papa Leão XIII (pontificado 1878-1903) mandou alargar
o coro.
A fachada de Galilei, acima do vestíbulo, marca o apogeu do barroco em Roma. Altas
pilastras e colunas dividem a parede em cinco seções, com uma central. Uma
balaustrada adorna o ático, com imagens dos santos. Atrás da fachada principal há um
segundo paredão, na forma de colunata com dois andares e projetando-se um pouco
para a frente acima da entrada principal de modo a criar um balcão para as bençãos
papais.
A Edificação do Complexo Laterano
32
A antiguidade da Basílica e do Complexo Laterano pode ser medida pelo antigo
Baptisterium; pelos restos do palácio medieval papal com a Scala Santa e a Capela
Sancta Santorum; pelo Triclínio de São Leão e pelo Obelisco Laterano.
A Basílica
Até 1309, ao lado da Basílica se situava a residência do Papa, cujo resquício ainda é
visível na Capela Sancta Sanctorum e na Scala Santa. Todos os papas foram nela
entronizados até o Século XIX. Ao seu lado situa-se o Palácio Laterano.
Na fachada norte se vê a chamada «loggia da bênção». O arquiteto Domenico Fontana já
construira um vestíbulo diante do transepto norte da Praça de São João de Latrão
(piazza di S. Giovanni in Laterano) em 1586-1598, encomendada pelo papa Sisto V. É uma
estrutura com dois andares e pinturas internas e dela o papa dava sua bênção
tradicional no dia da Ascensão. Dentro do vestíbulo, há uma estátua de bronze do rei
Henrique IV de França feita por Nicolas Cordier em 1608. Como o rei fez generosas
doações ao capítulo, todos os chefes de Estado da França desde então são cônegos
honorários da basílica.
O interior da antiga basílica — o imperador Constantino adornou a antiga basílica
monumental com ouro, prata, mosaicos. Tratava-se de uma basílica tradicional com
quatro naves com colunas, transeptos e ábside. Em toda a largura, havia uma espécie
de átrio (atrium) quase quadrado para servir como local de meditação e purificação.
Quinze colunas de mármore da Numídia separavam a ampla nave central das laterais, e
cada amplo arco tinha 4 m. de largura. Um arco triunfal em altas pilastras marcava o
limite entre a nave e o transepto com o altar no centro. Na ábside, atrás, ficava a
cadeira papal, elevada. As naves não eram abobadadas, e as traves de madeira do teto
ficavam expostas como se deduz ao ver o afresco em S. Martino ai Monti, que mostra o
interior da velha basílica.
Ao redesenhar a igreja em 1650, Borromini recebeu ordem do papa para criar uma
igreja moderna, mas manter-se tanto quanto possível fiel à antiga estrutura de
Constantino. Reduziu as 14 arcadas da nave central a cinco apenas, colocadas entre
altos pilares enquadrados por pilastras colossais, e inserindo janelas acima delas.
Nas paredes entre os pilares colocou nichos emoldurados por colunas, e enormes
estátuas dos Apóstolos foram ali colocadas entre 1703 e 1719 graças a doadores
generosos. Os nichos são coroados por relevos em estuque que mostram cenas do Antigo
e do Novo Testamento, e medalhões pintados com retratos dos profetas. Comparados com
as delicadas estruturas do apogeu do Barroco, quase todas em estuque branco, os
tetos em madeira executados durante o pontificado do papa Pio IV (1559-1565), mantidos
por ordem do papa Inocêncio X, dão impressão de pesados, maciços. Borromini também
acrescentou capelas às naves laterais, e ao contrário da velha basílica longitudinal,
a atual parece mais ampla, mais larga.
Um dos trabalhos mais importantes é o altar papal, no qual apenas o papa pode
celebrar a Eucaristia. Contém a ara em madeira do altar onde, segundo a tradição, os
primeiros bispos de Roma celebravam missa. Acima, ergue-se o tabernáculo, adornado
com afrescos e esculturas. Pode ter sido desenhado por Giovanni di Stefano, de Siena,
entre 1367 e 1370, mas foi muito restaurado em 1851. As flores-de-lis são referência ao
patrono, rei Carlos V de França. Na parte superior vêem-se bustos de S. Pedro e S. Paulo,
de prata dourada, os quais, na Idade Média, se acreditava conterem as próprias
33
cabeças dos Apóstolos. Na confessio, abaixo do altar, está o túmulo do papa Martinho V
(pontificado de 1417 a 1431) feito por Simone di Giovanni Ghini cerca do ano 1443. Nesta
igreja, em 1417, Martinho V deu por findo o Grande Cisma.
O Claustro
Entre a basílica e o Muralha Aureliana havia, em períodos anteriores, um grande
mosteiro, no qual habitava uma comunidade de monges da Ordem de São Bento que servia
à igreja. Este mosteiro era o maior de Roma, com seus 36 metros na lateral. A única
parte que restou desta edificação foi o claustro, circundado por graciosas colunas de
mármore marchetado. Estas são de um período intermediário entre o Romanesco e o
Gótico: obra do estilo cosmatesco dos Vassaletto, célebre família de marmoristas
romanos, datados do início do Século XIII.
O Palácio Laterano
Scala Santa
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A Scala Santa ou Escada Santa, significa na tradição católica a escada usada por
Jesus para entrar na sala de seu interrogatório com Poncio Pilatos antes da
crucificação. A Scala Santa di Roma, está em um celebre edifício vizinho a Basílica de
São João de Latrão ou San Giovani Latereno. Afirma-se que foi trazida a Roma por Santa
Helena, mãe de Constantino no ano de 326 d.C.
Obelisco Laterano
O Obelisco Laterano é o maior obelisco de Roma: tem 32,18 m de altura (com o
embasamento e a cruz, 45,70 m). Erigido, atualmente, na praça São João de Latrão, este
obelisco foi construído na época dos faraós Tutmósis III e Tutmósis IV (Século XV a.C.). É
proveniente do templo de Amon em Tebas (Egipto). Foi transportado para Roma pelo
imperador Constantino II em 357 e colocado no Circo Máximo, onde já se encontrava o
Obelisco Flamínio. Refundido em três partes, em 1587, com o obelisco Flamínio, foi erigido
novamente em sua atual posição, em 1588, sob a supervisão do arquiteto Domenico
Fontana, por solicitação do Papa Sisto V.
BASÍLICA DE NOSSA SENHORA APARECIDA - BRASIL
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecido como Santuário Nacional de
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, fica localizada na cidade de Aparecida, no
interior do Estado de São Paulo, Brasil. É o terceiro maior templo católico do mundo. Foi
inaugurada em 4 de julho de 1980, quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira
vez. Em outra de suas visitas, passando por Aparecida, abençoou o Santuário e, em 1984,
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário
Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que
liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas por romeiros.
35
O Baptisterium
O Batistério Octogonal de Latrão é, provavelmente, o mais antigo do cristianismo,
considerado o protótipo dos batistérios. Muitíssimo bem preservado, registra, como um
calendário, as intervenções ao longo dos séculos. Fica no lado meridional da basílica.
Foi construído com forma de rotunda, possivelmente sobre uma base mais antiga ou um
nympheum do antigo palácio, por volta de 313 ou 315 por Constantino, que teria sido ali
batizado. A forma octogonal com a fonte no centro foi criada em 432, quando o papa
Sisto III substituiu o edifício de Constantino pela nova estrutura. Apresenta ainda
restos de antigos mosaicos e colunatas de pórfiro egípcias.
Sua entrada é notável, e o rico entalhe dos capitéis, bases e entablamentos do período
Flaviano (Século I). A parte superior descansa sobre uma arquitrave sobre pilares de
pórfiro, com uma inscrição que louva o batismo. No século XVI, criou-se um círculo de
colunas menores na arquitrave o que fez levantar a galeria.
Um portal de bronze da época do Papa Hilário (Século V) é um dos últimos remanescentes
da antiguidade romana.
O interior se deve muito ao redesenho barroco feito por Andrea Sacchi e seus alunos no
século XVII, decorando as paredes com afrescos que mostram a vida de Constantino, e a
lanterna foi decorada com cenas da vida de São João Batista. A pia batismal, de
basalto verde, da antiguidade clássica, recebeu uma orla de bronze dourado por Ciro
Ferri em 1677. As capelas laterais, dedicadas a Santa Rufina, São Venâncio e dois São
João, datam dos séculos V a VII. A porta de bronze da Cappella del Battista é mesmo
proveniente da Antiguidade. Os tetos da capela de São João Batista são decorados com
mosaicos do século V, tendo no centro o Cordeiro de Deus e ao redor uma guirlanda que
mostra as estações do ano, com espigas de milho, rosas, lilases, azeitonas e folhas de
vinha e, ao redor, vasos de flor entre pares de pássaros.
36
SANTUÁRIOS DO JUDAÍSMO
Sinagoga (do grego συναγωγή, propriamente ―juntança‖; composto de σύν ―com, junto‖ e ἄγω
―conduzir‖) é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de imagens
religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da Torá. O
serviço religioso da sinagoga é feito todos os dias, sendo alguns envolvendo leituras da
Torá, a peça central da sinagoga, cujos rolos são retirados da Arca (Aaron haKodesh)
e transportados até o púlpito (Bimá).
Em língua hebraica a sinagoga recebe o nome de כנסת בית, transliterado para beit
knésset e traduzido para "casa de assembleia". Também é chamada תפילה בית, beit tefila,
ou seja, "casa de oração.
Origem histórica
Por volta de 750 a.C., o reino foi dividido em dois: Israel a norte e Judá a sul. Em 722 a.C, o
reino do norte foi devastado pelos Assírios e séculos depois, o reino do sul foi
conquistado pelos Babilónios (em 587 a.C.). Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua
terra natal passaram a ser, desde então, conhecidos como judeus (de Judá e Judeia).
Foi depois do regresso do exílio na Babilônia que o formato da religião que hoje
conhecemos começou a se desenvolver. O culto passou a centrar-se na sinagoga, um
hábito adquirido na Babilônia devido à inexistência de um templo. A sinagoga passou a
funcionar como um ponto de encontro dos judeus para as orações e para a leitura das
Escrituras.
Segundo descobertas arqueológicas recentes, a primeira sinagoga fundada nas
Américas foi a Sinagoga Kahal Zur Israel, construída no Brasil em 1637 e cujas antigas
ruínas encontram-se cuidadosamente preservadas na cidade de Recife, no mesmo local
onde foi posteriormente construído o Centro Cultural Judaico do Estado de Pernambuco.
37
Na atualidade
Apesar de difícil de calcular, o número de judeus é de aproximadamente 13 milhões de
pessoas (cerca de 0,15% da população mundial), sendo que cerca de 5,6 milhões destes
vivem em Israel, 5,3 milhões nos Estados Unidos, e meio milhão na França. Outras
comunidades importantes existem no Canadá, no Reino Unido, na Rússia, na Argentina, na
Alemanha, e na Austrália (mais de cem mil), assim como no Brasil, na Ucrânia, na África
do Sul e na Hungria (mais de cinquenta mil).
O judaísmo fundamenta-se no conceito de um D'us eterno e invisível, cuja vontade foi
revelada na Torá escrita, composta pelos primeiros cinco livros da Bíblia (o
Pentateuco) e oral preservada e transmitida por tradição de pai para filho ou de
rabino para aluno. O judaísmo acredita que a Torá foi escrita por Moisés, mas ditada
diretamente por Deus. Como vemos, a religião judaica não aceita o que se chama de Novo
Testamento, e que ainda esperam o Messias que os cristãos tomam como havendo sido
Jesus.
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MURO DAS LAMENTAÇÕES:
O Muro das Lamentações, ou Muro Ocidental, (Qotel HaMa'aravi המערבי הכותל em hebraico), é
o local mais sagrado do judaísmo.
Trata-se do único vestígio do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no
lugar do Templo de Jerusalém inicial. Foi destruído por Tito no ano de 70. Muitos fieis
judeus visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito.
Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local
servia de depósito para incineração de lixo.
Os restos que hoje existem datam da época de Herodes o Grande, que mandou construir
grandes muros de contenção em redor do Monte Moriá, ampliando a pequena esplanada
sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o
que hoje se designa como a Esplanada das Mesquitas.
História
O Primeiro Templo, ou Templo de Salomão, foi construído no século X a.C., e derrubado
pelos babilónios em 586 a.C.. O Segundo Templo, entretanto, foi construído por Esdras e
Neemias na época do Exílio da Babilónia, e voltou a ser destruído pelos romanos no ano
70 da nossa era, durante a Grande Revolta Judaica. Deste modo, cada templo esteve
erguido durante 400 anos.
Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior
ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de
que Roma vencera a Judeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém,
atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao
menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo
judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante os derradeiros dois milénios,
crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao
interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.
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A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem
vários séculos de antiguidade. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a
Deus para que regresse à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a
reconstrução do templo (o terceiro), e a chegada da era messiânica com a chegada do
Messias judeu.
O Muro das Lamentações é sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do muro
que rodeava o Templo pelos lados sul e leste. Alem disso, o Muro é o lugar mais próximo
do sancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três
secções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração
(daí o seu nome em hebraico, Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").
Na Esplanada das Mesquitas, rodeada pelo Muro, os muçulmanos construíram ao longo
dos séculos a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
40
TEMPLOS
TEMPLO GREGO:
O templo grego é uma das tipologias arquitetónicas de maior relevo na Grécia Antiga.
Tem origem no mégaron, um espaço existente nos anteriores palácios micénicos,
exercendo uma forte influência na posterior arquitectura da Roma Antiga e no seu
respectivo templo romano.
Áreas do templo:
· Pronaos: esta é a antecâmara que antecede o naos e que se transformará, mais tarde,
no nártex.
· Naos ou Cella: neste espaço, delimitado por 4 paredes sem janelas, é colocada a
estátua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas.
Em templos de grandes dimensões o naos pode funcionar como um pátio interior, sem
cobertura.
· Aditon ou Abaton: espaço só acessível a sacerdotes para o culto ou colocação de
oferendas. Esta área pode funcionar de diferentes maneiras; como uma sub-divisão do
naos, aberta para ele; como uma câmara isolada no centro do naos; ou como um nicho na
parede posterior do naos.
· Opistódomo: Câmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que também pode
funcionar, por vezes, como aditon.
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A maioria dos templos gregos clássicos eram hexastilos (fachada com seis colunas).
Alguns exemplos conhecidos são:
· O grupo de Paestum, incluindo o Templo de Hera (c. 550 AC), o Templo de Apolo (c. 450 AC),
o primeiro Templo de Ateneia («Basilica», c. 500 AC) e o segundo Templo de Hera (460-440
AC);
· O Templo de Afáia, más tarde dedicado a Atenea em Egina (c. 495 AC);
· O templo E em Selinunte (465-450 AC), dedicado a Hera;
· O Templo de Zeus em Olímpia, atualmente em ruínas;
· O templo F ou o chamado «Templo de a Concórdia» em Agrigento (c. 430 AC), um dos
templos clássicos gregos melhor conservados, mantendo quase todo o peristilo e o
entablamento;
· O «templo inacabado» de Segesta (c. 430 AC);
· O Templo de Hefesto baixo da Acrópole de Atenas, conhecido muito tempo como
«Templo de Teseu» (449-444 AC), o templo grego melhor conservado desde a antiguidade;
· O Templo de Posídon em o cabo Sunião (c. 449 AC);
· O Templo de Apolo Epicúrio em Basas (c. 450 AC).
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Templo grego
Espaços internos
aditon • naos • opistódomo • períbolo • peristilo • pronaos
Ordens
dórica • coríntia • jónica
Elementos
Ábaco • acrotério • antefixo • arquitrave • atlante • canelura • cariÁtide • capitel
• coluna • cornija • estereóbata • estilóbata • entablamento • entasis • equino •
friso • frontão • fuste • métopa • mútula • propileus • tríglifo • tímpano
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CONJUNTO DE TEMPLOS DE KHAJURAHO
Khajuraho (hindi: , Khajurāho) é uma pequena cidade no estado de Madhya Pradesh,
a cerca de 620 quilómetros a sudoeste de Deli, capital da Índia. Segundo o censo de 2001,
a população era de 7 665 habitantes. O termo Khajuraho poderá derivar da palavra
Hindi khajur que significa Tamareira.
Khajuraho seria apenas uma pequena vila indiana localizada em Madhya Pradesh, a 620
quilômetros de Déli, não fosse por um detalhe...
Khajuraho era a capital religiosa da dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, seguidores
do culto tântrico, que controlou esta região da Índia entre os séculos 10 e 12. O
conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos - de 950 a 1050 - e possui uma
área central protegida por uma muralha com oito portões.
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História
Khajuraho é hoje um dos mais populares destinos turísticos na Índia, provavelmente
pela presença do maior grupo de templos Hindus medievais, famosos pelas suas
esculturas eróticas, onde serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput dos
Chandelas, que controlou esta parte da Índia entre o século 10 e o século 12 os quais
seriam seguidores do culto tântrico.
O conjunto de templos foi construído ao longo de cem anos, desde o ano 950 até ao ano
1050, dotado de uma área central protegida por uma muralha com oito portões, cada um
dos quais com duas palmeiras de ouro. Na época áurea da cidade, contavam-se mais de 80
templos Hindus, dos quais apenas 22 se encontram em estado razoável de conservação,
espalhados numa área de cerca de 21 km².
São um exemplo da ligação entre a religião e o erotismo, sendo excelentes
demonstrações dos estilos arquitectónicos da Índia que ganharam popularidade devido
à representação lascíva de alguns aspectos da forma de vida tradicional durante a
época medieval naquela região. Viriam a ser redescobertos somente durante o século
20, tendo sofrido bastante com o crescimento das selvas circundantes que causaram
prejuízos a alguns dos monumentos. O declínio económico e financeiro dos Chandelas
Rajputs é tido como a razão principal para o abandono do local como centro de culto e
vida social, sendo por isso a principal causa da deterioração provocada pela acção dos
elementos da natureza aos monumentos.
O conjunto de monumentos foi classificado pela UNESCO como Património Mundial.
Arquitetura
Os templos de Khajuraho, construídos através de superestruturas em espiral,
enquadram-se no estilo Shikhara dos templos do norte da Índia e por vezes à planta ou
esquema Panchayatana.
Alguns templos são dedicados ao panteão Jain sendo os restantes dedicados a
divindades Hindus - destacando a trindade Brahma, Vishnu e Shiva, e a várias outras
formas Devas. Os templos Panchayatana eram dotados de quatro salas de culto nos
quatro cantos e uma sala principal no centro do podium que consistia a sua base. Os
templos eram agrupados em três divisões geográficas: oriental, ocidental e sul.
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MOSTEIROS:
Um mosteiro ou monastério é uma instituição e edifício de habitação, oração e trabalho
de uma comunidade de monges ou monjas. Os mosteiros budistas são chamados de Vihara
(embora no budismo tibetano possa ser usado o termo "gompa").
Os mosteiros cristãos ocidentais também são chamados de abadia, priorado, convento
cartuxo, convento de frades, e preceptoria, enquanto a habitação de freiras também
pode ser chamada de convento. A vida comum de um mosteiro cristão é chamada
cenobítica, ao contrário do anacorético (ou anacoreta) da vida de um anacoreta e da
vida
Alguns mosteiros ...
MOSTEIRO DE JOKHANG - LHASA - TIBETE
Mosteiro de Jokhang (Lhasa, Tibete)
O Templo de Jokhang, situado no centro de Lhasa, na Praça Barkhor, foi o primeiro
templo budista do Tibete e, para muitos tibetanos, é o templo mais sagrado do país. Os
telhados são revestidos a talha dourada, onde sobressaem dois veados ladeando uma
Chakra de orações. Tal como o Palácio da Potala, em 2000 foi classificado pela UNESCO
como Patrimônio da Humanidade.
O templo construído em 647, é a primeira estrutura de madeira e alvenaria, ainda
existente no Tibete. É o centro do budismo tibetano e da terra sagrada dos seguidores
budistas. Milhares de peregrinos vêm aqui para o culto diário. Muitos dos peregrinos
estavam rastejando no chão. Aparentemente, na sua peregrinação de suas casas, os
peregrinos se prostram no chão depois de caminhar dois passos e, em seguida, repita o
processo novamente e novamente. Muitos outros foram rodas de orações de giro.
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Praça em frente ao mosteiro. Enormes queimadores de incenso não param de ser
alimentados pelos peregrinos que circundam o templo.
Mosteiro Jokhang Templo Jokhang, ou é o famosos templos budistas de Lhasa, no Tibete. É
o centro espiritual da cidade e talvez a sua atracção
turísticos mais famosos. Ele é considerado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade,
com o Palácio de Potala e
Norbulingka Palace.
O templo foi construído pelo rei Songtsen Gampo,provavelmente em 642. Originalmente
seu nome era Rasa Tulnang Tsuklakang. Ambos Bhirututi como Wencheng, o Nepalês e
esposas do rei chinês, trazido como dote numerosas imagens budistas que foram
instalados nesta templo. Jochen, juntamente com o templo Ramoche é um dos o primeiro
construído na cidade e um dos mais reverenciados como ela abriga uma imagem de Jowo
jovem Buda disse ter sido esculpida na vida de Sidarta Gautama.
Este é um edifício de quatro andares, com telhados cobertas com telhas de bronze
dourado. Estilo projeto arquitetônico é baseado na vihara
Índia, que mais tarde tornou-se uma mistura de Nepaleses estilo e da Dinastia Tang. No
teto estão as estátuas de dois cervo dourado
acompanhamento de uma roda do Dharma.
O complexo do templo tem numerosos santuários e decorados. O salão principal do
edifícios do templo abriga a estátua de Jowo. Também
Há estátuas do rei Songtsan Gambo e seus dois esposas. Durante a revolução cultural
destruída muitas destas esculturas foram reconstruídos
utilizado em alguns casos pedaços das estátuas origina
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ALCOBAÇA: Mosteiro de Alcobaça
A Abadia de Alcobaça é um dos mais importantes mosteiros cistercienses medievais.
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa
Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra
plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de
Cister. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento
Nacional, desde 1910.
Em 7 de Julho de 2007. Foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. Em 1834 os
monges foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as
ordens religiosas de Portugal durante a administração de Joaquim António de Aguiar,
um primeiro ministro notório pela sua política anti-eclesiástica.
Ao estatuto de monumento emblemático da Ordem durante o século XIII, a nível europeu,
juntam-se os de primeira obra inteiramente gótica de Portugal e de segundo panteão da
monarquia nacional, depois dos enterramentos régios de D. Afonso I e de D. Sancho I em
Coimbra.
O mosteiro foi fundado em 1153 por doação do nosso primeiro monarca a Bernardo de
Claraval.
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TAKTSANG: Mosteiro budista:
Mosteiro de Taktsang ou Paro Taktsang (spa phro stag tshang) / (spa gro stag tshang)
é um dos mais afamados mosteiros do Butão. Ele foi construido em 1692 na boca da
caverna Taktsang Senge Samdup (stag tshang seng ge bsam grub) onde o santo budista
Guru Padmasambhava teria meditado lá pelos idos anos 800 da Era Comum.
Este mosteiro situado a 3 120 metros de altitude é uma dentre treze cavernas
taktsang(s) ou os chamados ninho(s) do tigre (tiger lair, em inglês)" espalhados pelo
Tibete e Butão onde o santo Padmasambhava teria meditado em sua época.
O nome Taktsang (stag tshang) significa o ninho do tigre. Sendo que, reza a antiga
lenda, o santo Padmasambhava (também conhecido como Gurú Rinpoche) milagrosamente
voou até lá montado nos lombos de um fabuloso tigre.
Dentre os vários mestres famosos que visitaram o local no passado consta o nome do
famoso poeta tibetano Jetsun Milarepa.
O monastério tem sete templos abertos ao público, tanto a fiéis como a turistas
curiosos. O edifício sofreu vários incêndios em diferentes épocas, e o que se vê hoje em
dia, naturalmente, é a mais recente restauração.
Existem duas opções de ascensão: alcança-se o topo simplesmente a pé ou,
alternativamente, montado em uma mula de serviço de aluguel.
STUPA
O Stupa (ou ainda Estupa) é um tipo de monumento ou parte de um templo, construído em
forma de torre, geralmente cónica, circundada por uma abóbada e, por vezes, com um ou
vários chanttras (toldos de lona). Originalmente era um monumento funerário de pedra,
semi-esférico, com cúpula, mirante e balaustradaCom o advento do Budismo, evoluiu para
uma representação arquitetônica do cosmo.
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CATEDRAIS:
NOTRE-DAME: Catedral de Paris
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em
estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus
Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena
ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro
das necessidades e aspirações da sociedade da altura, a uma nova abordagem da
catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual.
A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no
início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade
ressurge com uma extrema importância no campo político, no campo económico (espelho
das crescentes relações comerciais), ascendendo também, por seu lado, a burguesia
endinheirada e a influência do clero urbano. Resultado disto é uma substituição também
das necessidades de construção religiosa fora das cidades, nas comunidades monásticas
rurais, pelo novo símbolo da prosperidade citadina, a catedral gótica. E como reposta à
procura de uma nova dignidade crescente no seio de França, surge a Catedral de Notre-
Dame de Paris.
50
As turbulências da História
A catedral foi, nos finais do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, palco de
alterações substanciais principalmente na zona este, em que túmulos e vitrais foram
destruídos para substituir por elementos mais ao gosto do estilo artístico da época, o
Barroco.
Em 1793, no decorrer da Revolução francesa e sob o culto da razão, mais elementos da
catedral foram destruídos e muitos dos seus tesouros roubados, acabando o espaço em
si por servir de armazém para alimentos.
Com o florescer da época romântica, outros olhares são lançados à catedral e a
filosofia vira-se para o passado, enaltecendo e mistificando numa aura poética e
etérea a história de outras épocas e a sua expressão artística. Sob esta nova luz do
pensamento é iniciado um programa de restauro da catedral em 1844, liderado pelos
arquitetos Eugene Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste-Antoine Lassus, que se estendeu por
vinte e três anos.
Em 1871, com a curta ascensão da Comuna de Paris , a catedral torna-se novamente pano
de fundo a turbulências sociais, durante as quais se crê ter sido quase incendiada.
Em 1965, em consequência de escavações para a construção de um parque subterrâneo
na praça da catedral, foram descobertas catacumbas que revelaram ruínas romanas,
da catedral merovíngia do século VI e de habitações medievais.
Já mais próximo da actualidade, em 1991, foi iniciado outro projecto de restauro e
manutenção da catedral que, embora previsto para durar dez anos, se prolonga além
do prazo.
A literatura e a fama
durante o espírito do romantismo, victor hugo escreveu, em 1831, o romance ―notre-Dame
de paris‖, o corcunda de notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a
Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome
Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de
conhecimento da arquitectura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame
de Paris.
Momentos altos na catedral
· 1314 - Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, o último grão
mestre templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, juntamente com outros
templários, foram executados queimados vivos na fogueira. Foram condenados pela
igreja católica com ordem direta do Papa Clemente V, influenciado e pressionado pelo
rei Filipe IV de França, que acusaram os templários de serem hereges, culpados de
adoração ao demônio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros
comportamentos de blasfêmia.
51
· 1431 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra durante a Guerra dos cem anos.
· 1804 - Coroação a 2 de Dezembro de Napoleão Bonaparte a imperador de França e
sua mulher Josefina de Beauharnais a imperatriz, na presença do Papa Pio VII
· 1909 - Beatificação de Joana d'Arc.
MAGDEBURG:Catedral de Saint Maurice e Catherine
A Catedral de Magdeburg, chamada oficialmente Catedral de Saint Maurice e Catherine
(conhecido como Dom Magdeburger em alemão) foi uma das primeiras catedrais góticas
da Alemanha. Com a sua altura elevada de 99,25 e 100,98 m, respectivamente, é uma das
maiores catedrais da antiga República Democrática Alemã. A catedral está em
Magdeburg, capital da Saxônia-Anhalt, Alemanha, e é também o túmulo de Oto I da
Alemanha.
A primeira igreja construída em 937 sobre a localização da atual catedral foi a
Abadia de St. Maurice, dedicada a St. Moritz. A construção da catedral atual durou
cerca de 300 anos, desde o início em 1209 até o final da torre, em 1520. Apesar de ter sido
assaltado várias vezes, é rica em arte, desde a Idade Média, à arte contemporânea.
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COLONIA: Catedral Gótica da cidade de Colônia Alemanha
A Catedral de Colônia (alemão: Kölner Dom), localizada na cidade alemã de Colônia, é
uma igreja de estilo gótico, o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial.
A construção da igreja gótica começou no século XIII (1248) e levou, com as
interrupções, mais de 600 anos para ser completada. As duas torres possuem 157 metros
de altura, com a catedral possuindo comprimento de 144 metros e largura de 86 metros.
Quando foi concluída em 1880, era o prédio mais alto do mundo. A catedral é dedicada a
São Pedro e a Maria.
Foi construída no local de um templo romano do século IV, um edíficio quadrado conhecido
como a "mais velha catedral" e administrada por Maternus, o primeiro bispo cristão de
Colônia. Uma segunda igreja foi construída no local, a chamada "Velha Catedral", cuja
construção foi completada em 818, que acabou queimada em 30 de abril de 1248.
Com a Segunda Guerra Mundial, a catedral acabou recebendo 14 ataques por parte de
bombas aéreas e não caiu; a reconstrução foi completada em 1956. Na base da torre
noroeste, um reparo de emergência realizado com tijolos de má-qualidade retirados de
uma ruína próxima da guerra permaneceu visível até fim da década de 1990 como uma
lembrança da guerra, mas então foi decidido que a parte deveria ser reformada para
seguir a aparência original.
Segundo a tradição, no interior da catedral está guardado o relicário de ouro com os
restos mortais dos Três Reis Magos Baltazar, Melchior e Gaspar.
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ULM: A catedral mais alta do mundo
A Catedral de Ulm (Ulmer Münster, em alemão) é a mais alta igreja do mundo, com a
torre de 161,53m de altura e 768 degraus. E também um exemplo resistente da
arquitetura eclesiástica gótica. A Catedral de Ulm nunca foi sede de um Bispo. Assim
como a famosa Catedral de Colônia, a Catedral de Ulm permaneceu incompleta até o
século XIX.
História
No século 14, a paróquia de Ulm se localizava fora dos muros da cidade e os burgueses
decidiram unir forças para erguer uma nova igreja no centro da cidade e em 1377 foi
lançada a pedra fundamental. Para a igreja foram concebidas três naves principais de
mesma altura e uma unica torre.
Em 1392, Ulrich Ensingen (um dos autores da Catedral de Estrasburgo) foi nomeado
arquiteto chefe. Ulrich imediatamente desenvolveu planos para tornar a Catedral a
mais alta igreja da Europa.
A Catedral foi consagrada no ano de 1405, no entanto, danos estruturais começaram a
surgir devido principalmente a altura das naves e ao peso do pavimento. Para resolver
os problemas estruturais foram adicionadas uma centena de colunas nas naves
laterais.
Já em 1531 os cidadãos de Ulm, adeptos do Protestantismo, paralisaram as obras até o
fim do movimento Reformista e novamente em 1543 antes que o campanário atingisse a
altura de 100 metros.
As paralisações foram causadas por fatores políticos e religiosos como a Guerra dos
Trinta Anos em 1618 e a Guerra da Sucessão Espanhola em 1703. O resultado foi uma
estagnação econômica causando o corte de gastos públicos.
Em 1817 as obras foram retomadas e finalmente em Maio de 1890 a Catedral foi
concluída.
54
Problemas
Além das sucessivas paralisações na construção, a Catedral de Ulm também sofreu
danos durante a Segunda Guerra Mundial. Os constantes bombardeios danificaram
intensamente a igreja, mas o mais intenso deles ocorreu em 17 de dezembro de 1944 que
devastou toda a cidade e a Catedral e 80% do centro de Ulm foi destruído.
Arte
O Tímpano da Catedral de Ulm retrata passagens do Gênesis oriundo da Idade Média.
Em 1877, a congregação judaica de Ulm - incluindo Hermann Einstein, o pai de Albert
Einstein - doou fundos para a construção de uma estátua do profeta Jeremias.
Em 1763, Wolfgang Amadeus Mozart tocou na Catedral e o evento ficou conhecido como
uma das maiores apresentações de Órgão (instrumento) do mundo.
IGREJAS E CATEDRAIS MAIS ALTAS DO MUNDO
Altura (metros)
Nome
Término da construção
Cidade
País
Observações
161,5 m
Catedral de Ulm
1890
Ulm
Alemanha
Projetada para ser menor, mas o tamanho aumentou com o intuito de ultrapassar a
Catedral de Colônia; segunda maior igreja gótica (e maior igreja gótica protestante)
da Alemanha
159,7 m
Catedral de Lincoln
1311
Lincoln
55
Inglaterra
Hoje com 83 m - torre destruída em 1549; edifício mais alto do mundo de 1311 a 1549
158,4 m
Igreja de São Olavo
1519
Tallinn
Estônia
Hoje com 123 m - torre destruída por raio em 1625; edifício mais alto do mundo de 1549 a
1625
158 m
Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro
1989
Yamoussoukro
Costa do Marfim
Maior igreja do mundo; maior domo de igreja do mundo; igreja Católica mais alta do
mundo
157,4 m
Catedral de Colônia
1880
Colônia
Alemanha
Mais alto edifício do mundo de 1880 a 1884; maior igreja gótica da Alemanha; mais alta
catedral Católica do mundo
153 m
Catedral de Saint-Pierre de Beauvais
1569
Beauvais
França
Torre destruída em 1593
151 m
56
Catedral Notre-Dame de Rouen
1876
Rouen
França
Edifício mais alto do mundo de 1876 a 1880; maior igreja da França
150 m
Catedral de São Paulo
1240
Londres
Inglaterra
Torre destruída por raio em 1561; catedral totalmente destruída no Grande Incêndio de
Londres em 1666
147,3 m
St. Nikolai
1847
Hamburgo
Alemanha
Edifício mais alto do mundo de 1847 a 1876; o restante da igreja foi bombardeada em
1943 - restou apenas uma torre.
144.0m
Catedral de Estrasburgo
1439
Estrasburgo
França
Edifício mais alto do mundo de 1625 a 1847
137 m
Stephansdom
1570
Viena
57
Áustria
Mais alta igreja da Áustria
136 m
Igreja de São Pedro
Século XV
Riga
Letônia
Torre destruída em 1666 e novamente em 1721; torre e telhado destruídos na Segunda
Guerra Mundial
134,5 m
St Lambert e Notre Dame
1433
Liège
Bélgica
Destruída pelos Liegeois em 1793 após a Revolução Francesa
134,1 m
Nova Catedral de Linz
1924
Linz
Áustria
132,8 m
Igreja de St. Petri
1878
Hamburgo
Alemanha
132,5 m
58
Basílica de São Pedro
1626
Cidade do Vaticano
Vaticano
Maior igreja com o domo mais alto do mundo de 1626 a 1989
131,9 m
Igreja de St. Michaelis
1786
Hamburgo
Alemanha
131,3 m
Abadia de Malmesbury
Malmesbury
Inglaterra
Torre destruída no final do século XV ou no início do século XVI.
130,6 m
St. Martin
1500
Landshut
Alemanha
Estrutura de alvenaria mais alta do mundo
130 m
St. Elisabeth
1535
Wroclaw
Polônia
Hoje com 83 m, torre destruída em 1529 durante tempestade
128 m
59
Santuário de Nossa Senhora de Lichen
2000
Stary Licheń
Polônia
Maior igreja da Polônia, sétima maior da Europa e décima primeira maior do mundo
127 m
Martinikerk (torre chamada Martinitoren)
1482
Groninga
Países Baixos
Pináculo destruído por fogo em 1577, agora com 97 m de altura
125 m
Igreja de São Jacobi
1962
Hamburgo
Alemanha
125 m
Marienkirche
1350
Lübeck
Alemanha
124 m
Catedral de Maringá
1972
Maringá
Brasil
123 m
60
Onze-Lieve-Vrouwekathedraal
1521
Antuérpia
Bélgica
123 m
Catedral de Salisbury
1315
Salisbury
Inglaterra
Mais alta igreja do Reino Unido
123 m
Igreja de São Pedro
1973
Riga
Letônia
Já foi maior; mais alta igreja da Letônia
123 m
Catedral de Pedro e Paulo
1733
São Petersburgo
Rússia
122,3 m
Abbaye-aux-Hommes
Século XIII
Caen
França
Torre substituída por outra menor no século XVII
121 m
61
Igreja de San Gaudenzio (Novara)
1878
Novara
Itália
119,8 m
Catedral Basílica de São Tiago Apóstolo
1892
Szczecin
Polônia
Torre destruída durante bombardeio em 1944; hoje (2008) mede 110,16 m - segunda maior
igreja da Polonia.
119,8 m
Igreja de Riverside
1930
Nova Iorque
Estados Unidos
119,2m
Domkyrka
1435
Uppsala
Suécia
119 m
Reinoldikirche
1520
Dortmund
Alemanha
Construída em 1454 com 112m, destruída por terremoto em 1661, agora com 104 m (340 ft)
62
118,3 m
Catedral de Metz
1468
Metz
França
117,5 m
Catedral de Schwerin
1892
Schwerin
Alemanha
117 m
São Petrikirche
1577
Rostock
Alemanha
116,5 m
Münster
1330
Freiburg
Alemanha
116,5 m
Dom
1905
Berlim
Alemanha
Domo danificado na Segunda Guerra Mundial
63
115,9 m
Onze-Lieve-Vrouwekerk
1350
Bruges
Bélgica
115,3 m
St. Katharinen
1657
Hamburgo
Alemanha
115,3 m
Sagrada Família
em construção
Barcelona
Espanha
Prevista para ter 172 m (564 pés)
115 m
São Andreas
1389
Hildesheim
Alemanha
115 m
Duomo
1434
Florença
Itália
64
114,6 m
Catedral de Chartres
1514
Chartres
França
114 m
Basílica de Saint Michael
1492
Bordeaux
França
113 m
Igreja Memorial do Kaiser Guilherme
1895
Berlim
Alemanha
Espira danificada na Segunda Guerra Mundial, altura actual: 68 m
112,5 m
Domtoren
1382
Utrecht
Países Baixos
O domo da catedral foi destruído durante uma tempestade em 1674
112 m
Catedral de Schleswig
1894
Schleswig
Alemanha
65
112 m
CAtedral de Amiens
1549
Amiens
França
111,5 m
Catedral de São Paulo
1710
Londres
Inglaterra
Mais alto edifício de Londres até 1962
111 m
Johanniskirche
Século XIV
Lüneburg
Alemanha
110,4 m
Herz-Jesu-Kirche
1891
Graz
Áustria
110,1 m
Catedral Nova
1733
Salamanca
Espanha
66
109 m
Duomo di Milano
1858
Milão
Itália
108,8 m
Nieuwe Kerk
1496
Delft
Países Baixos
106 m
Santuário da Madonna Negra
1900
Czestochowa
Polônia
106 m
Igreja de Saint-Joseph
1957
Le Havre
França
105 m
Igreja de Niguliste
1230
Tallinn
Estônia
67
105 m
Catedral de Regensburg
1856
Regensburg
Alemanha
105 m
Catedral de Zagreb
1899
Zagreb
Croácia
105 m
Catedral de Lübeck
1341
Lübeck
Alemanha
105 m
Os Inválidos
1706
Paris
França
105 m
Sankta Klara
1888
Estocolmo
Suécia
68
105 m
St. Petri
1310
Malmö
Suécia
105 m
Catedral de São Patrick
1939
Melbourne
Austrália
105 m
Catedral de Cristo o Salvador
2000
Moscou
Rússia
Reconstrução; catedral original consagrada em 1883 e demolida pelos soviéticos em
1931; ainda a mais alta igraja Ortodoxa do mundo
105 m
Igreja de St. Catherine
1550
Hoogstraten
Bélgica
104 m
Catedral de Magdeburg
1520
Magdeburg
Alemanha
69
Mais alta igreja da antiga Alemanha Oriental
104 m
Reinoldikirche
1954
Dortmund
Alemanha
Tinha 119 m de 1520 até 1661
103,3 m
Catedral de St. Patrick
1878
Nova Iorque
Estados Unidos
103 m
Igreja de St. Stanislaw e St. Waclaw
1496
Swidnica
Polônia
103 m
Katharinenkirche
1430
Osnabrück
Alemanha
102,6 m
Igreja de Santa Maria
1854
Chojna
Polônia
70
102,3 m
Catedral de Ypres
Século XX
Ypres
Bélgica
Rélica quase perfeita da igreja medieval destruída na Primeira Guerra Mundial
102 m
Catedral de St. Bartolomeu
1600
Plzeň
República Tcheca
101,8 m
Catedral de Saint Isaac
1858
São Petersburgo
Rússia
Igreja Ortodoxa mais alta de 1858 a 1883 e 1937 a 2000
101,5 m
Catedral de São Stanislaw
1912
Lódz
Polônia
101 m
Catedral Anglicana de Liverpool
1978
Liverpool
Inglaterra
71
Maior catedral e igreja protestante da Europa e possivelmente a maior igreja
protestante do mundo
101 m
Catedral de St. Wenceslas
1892
Olomouc
República Tcheca
101 m
Catedral de Segóvia
1558
Segovia
Espanha
100 m
Gedächtniskirche
1904
Speyer
Alemanha
100 m
Münster
1893
Bern
Suíça
100 m
Basílica do National Shrine da Imaculada Conceição
1959
Washington, DC
72
Estados Unidos
Maior Igreja Católica Romana das Américas
100 m
Catedral da Sé
1954
São Paulo
Brasil
A Catedral da Sé é considerada um dos 5 maiores templos góticos do mundo. Seu órgão de
origem italiana é o maior da América do Sul.
100 m
Basílica de Nossa Senhora Aparecida
1980
Aparecida
Brasil
99,5 m
Igreja de São Vicente
1883
Eeklo
Bélgica
99,5 m
Catedral de São Vitus
1929
Praga
República Checa
99,5 m
Frauenkirche
1525
73
Munique
Alemanha
99 m
Igreja de São João
1892
Stargard Szczecinski
Polônia
99 m
Votivkirche
1879
Viena
Áustria
98 m
St.-Petri-Dom
1893
Bremen
Alemanha
98 m
Onze-Lieve-Vrouwentoren
Século XV
Amersfoort
Países Baixos
O restante da igreja explodiu acidentamente em 1797
98 m
Grote Kerk
74
Breda
Países Baixos
98 m
Basílica de St. Martin
1534
Amberg
Alemanha
97,8 m
Catedral de Nidaros
1300
Trondheim
Noruega
97,3 m
Marktkirche
Século XIV
Hannover
Alemanha
96,9 m
Martinikerk
1627
Groninga
Países Baixos
Já foi mais alta
96,9 m
Catedral de São Rumboldo
1520
75
Mechelen
Bélgica
A torre deveria ter aproximadamente 127 m (417 ft), mas o dinheiro acabou
96,9 m
Oratório de São José
1967
Montreal
Canadá
Mais alta igreja do Canadá
96,6 m
Igreja Agrícola
1935
Helsinki
Finlândia
Ainda a construção mais alta da Finlândia
96 m
Catedral de Norwich
1480
Norwich
Inglaterra
96 m
Catedral Ortodoxa de Timisoara
1946
Timisoara
Roménia
96 m
Domkirke
1500
76
Aarhus
Dinamarca
96 m
Kreuzkirche
1788
Dresden
Alemanha
96 m
Igreja de Saint Leopold (Donaufeld)
1914
Viena
Áustria
96 m
Basílica de St. Stephen
1905
Budapeste
Hungria
Ainda a mais alta construção de Budapeste
96 m
Catedral de São Paulo
1931
Melbourne
Austrália
95,7 m
Tyska Kyrkan
1884
77
Estocolmo
Suécia
95,4 m
Catedral de St. Colman's
1919
Cobh
República da Irlanda
Maior torre de igreja da Irlanda
95,1 m
Frauenkirche
1743
Dresden
Alemanha
Destruída em um bombardeio em 1945 e reedificada em 2005
95,1 m
Kaiserdom
1877
Frankfurt
Alemanha
94,1 m
Igreja de St Walburge
1866
Preston
Inglaterra
93,8 m
Kreuzkirche
1800
78
Dresden
Alemanha
93,8 m
Catedral de St. John
1861
Limerick
Irlanda
Segunda mais alta torre de igreja da Irlanda
93,8 m
Catedral de Paderborn
Século XIII
Paderborn
Alemanha
93,5 m
Igraja da Ressurreição de Cristo
1907
São Petersburgo
Rússia
93,5 m
St. Ulrich e Afra
1594
Augsburg
Alemanha
92,9 m
Eusebiuskerk
1965
79
Arnhem
Países Baixos
92,9 m
Catedral de St. James
1853
Toronto
Canadá
92,9 m
Catedral de Sevilla
1196
Sevilla
Espanha
92,6 m
Grote Kerk
1424
Haia
Países Baixos
92,6 m
Igreja Presbiteriana Coral Ridge
1973 (?)
Forte Lauderdale
Estados Unidos
92,3 m
Catedral de Múrcia
1792
80
Múrcia
Espanha
91,7 m
Catedral Nacional de Washington
1990
Washington, DC
Estados Unidos
91,1 m
Saint-Jacobuskerk
1878
Haia
Países Baixos
91,1 m
St. Andreas
Século XII
Braunschweig
Alemanha
90,5 m
Catedral de Canterbury
1077
Canterbury
Inglaterra
A torre foi reconstruída em 1494 com o tamanho atual
90 m
Notre-Dame de Paris
1345
81
Paris
França
90 m
Catedral Velha
1433
Coventry
Inglaterra
A torre foi a única parte que restou intacta da catedral quando bombardeada em 1940
90 m
Catedral de Santa Eulália
Século XV
Barcelona
Espanha
90 m
Catedral de Riga
1776
Riga
Letônia
90 m
Nova Igreja Evangélica Garnison
1897
Berlim
Alemanha
90 m
São Nikolajs
1829
82
Copenhague
Dinamarca
90 m
Catedral Episcopal de Santa Maria
1917
Edimburgo
Escócia
90 m
Igreja Paroquial de São Tiago
1515
Louth
Inglaterra
a maior igreja eclesiástica Anglicana do Reino Unido
90 m
Garnisonkirche St. Martin
1900
Dresden
Alemanha
90 m
Georgskirche
1501
Nördlingen
Alemanha
83
90 m
Mosteiro do Escorial
1584
San Lorenzo de El Escorial
Espanha
90 m
Catedral de Toledo
1440
Toledo
Espanha
90 m
Abbaye-aux-Hommes
Século XIII
Caen
França
Já foi bem mais alta
90 m
Saint-Eloi
Século XV
Dunkirk
França
90 m
Basílica do Sagrado Coração
1971
Bruxelas
Bélgica
84
89,9 m
Vor Frelsers Kirke
1696
Copenhaga
Dinamarca
89,3 m
Catedral de Saint Bavo
1538
Gante
Bélgica
89,3 m
St. Mary Redcliffe
1872
Bristol
Inglaterra
Segunda maior torre de igreja eclesiástica da Inglaterra; a antiga torre foi destruída
em uma tempestade na década de 1440
88,7 m
Catedral Metropolitana do Cristo Rei
1967
Liverpool
Inglaterra
88,3 m
Peterskirche
1885
Leipzig
Alemanha
85
88 m
Catedral de Burgos
1400
Burgos
Espanha
87,7 m
Dreikönigskirche
1857
Dresden
Alemanha
Completamente destruída no bombardeio de 1945 e agora reconstruída
87,1 m
Catedral
1787
Orléans
França
87,1 m
Saint-Epvre
1872
Nancy
França
86,8 m
Catedral de Westminster
1903
Londres
Inglaterra
86
86,5 m
Schlosskirche
1897
Chemnitz
Alemanha
Destruída em 1945 e reconstruída consideralmente menor
86,2 m
Liebfrauenkirche
1651
Bremen
Alemanha
86,2 m
Igreja de St. Wulfram's
1450
Grantham
Inglaterra
86,2 m
Aegidienkirche
1840
Lübeck
Alemanha
86,2 m
Catedral de São Tiago
1225
Riga
Letônia
87
86,2 m
Marienkirche
Século XIV
Mühlhausen
Alemanha
Segunda maior na Turíngia
86,2 m
Jakobskirche
Século XVI
Straubing
Alemanha
86,2 m
Igreja de Saint-Ouen
1851
Rouen
França
86 m
St. Georg
1904
Ulm
Alemanha
85,9 m
Hofkirche
1755
Dresden
Alemanha
88
Elevada ao status de catedral em 1980; maior igreja da Saxônia
85,9 m
Catedral de Turku
1834
Turku
Finlândia
85,9 m
Igreja de St. Elphin
Década de 1860
Warrington
Inglaterra
A igreja data de 1354
85,6 m
Basílica de Saint-Denis
1281
Saint-Denis
França
Agora consideravelmente menor
85,6 m
Dom
Berlim
Alemanha
Reconstruída após a Segunda Guerra Mundial; considerada maior antigamente
85,3 m
Westerkerk
1638
Amsterdão
Países Baixos
89
Maior igreja protestante dos Países Baixos
85,3 m
Johanneskirche
1881
Düsseldorf
Alemanha
85,3 m
Igreja de Saint-Esprit
1931
Paris
França
85 m
Igreja de St. Mary Abbot
1879
Londres
Inglaterra
Mais alta torre de igreja de Londres
85 m
Igreja de Saint-Nicolas
Século XIX
Nantes
França
83,5 m
Igreja de Santa Maria
1292
Stargard Szczecinski
Polônia
90
82,9 m
St. Botolph
1520
Boston
Inglaterra
Mais alta torre de igreja (em oposição ao domo) na Iglaterra; conhecida como "Boston
Stump"
91
CIDADES SAGRADAS:
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano:
Stato della Città del Vaticano), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estado
soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da
cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com
uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor Estado do mundo, tanto por
população quanto por área.
A Cidade do Vaticano é uma cidade-estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé,
que remonta ao Cristianismo primitivo e é a principal sé episcopal de 1,142 bilhão de
Católicos Romanos (Latinos e Orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do
Vaticano são publicados em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos
principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé,
como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço;
o estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes normais. Em ambos os casos, os
passaportes emitidos são muito poucos.
92
O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-estado do Vaticano, a descreve como
uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores
Estados Pontifícios (756-1870), que anteriormente abrangiam a Itália central. A maior
parte deste território foi absorvido pelo Reino da Itália em 1860 e a porção final, ou
seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dele, dez anos depois, em 1870.
A Cidade do Vaticano é um estado eclesiástico ou sacerdotal-monárquico, governado
pelo bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os
clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território
soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o
Palácio Apostólico.
Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se Cidade do Vaticano, desde o retorno de
Avignon em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Celio no lado
oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos
acordos que estabeleceram o novo estado teve lugar neste último edifício, dando
origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.
93
JERUSALÉM
erusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual
de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro
da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa, alguns
locais, como o Monte do Templo, tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias.
Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei David a proclamou como sua capital
no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é
mencionada na Bíblia 632 vezes.
Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo
Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos
santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente
construídas com o seu Aron Hakodesh voltado para Jerusalém, e as dentro de Jerusalém
voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mishná e codificado no Shulchan
Aruch, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo.
Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas
casas para indicar a direção da oração.
O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento
mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento,
Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando
limpou o Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de
Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro
lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o local da crucificação. O
Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalem, mas evidências
arqueológicas recentes sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro
da Cidade Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra
correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos
para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois
mil anos.
94
Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um
ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla (direção da
oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão,
entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os
muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente trasportado em uma noite de
Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para
encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão
notifica o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais distante), em
referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois
marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome
mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na
qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.
MECA:
Meca (pronunciado / mɛkə /, também chamado Makka(árabe: كة :Meca (na íntegra: árabe م
al كة كرمة Bahia م م Mukarrama [Maek tælmukær ː æ ː æmæ], turco: Mekke) é a terceira-ال
maior cidade da Arábia Saudita, considerada o local mais sagrado de reunião da
religião islâmica. Culturalmente, a cidade é moderna, cosmopolita e etnicamente
diversa.
A tradição islâmica atribui o início de Meca aos descendentes de Ismael. No século VII, o
profeta islâmico Maomé proclamou o Islamismo na cidade, então um importante centro
comercial, e a cidade desempenhou um papel importante na história inicial do Islã. Após
966, Meca foi liderada por sharifs locais, até 1924, quando ficou sob o domínio dos
sauditas. No seu período moderno, Meca viu uma grande expansão em tamanho e
infraestrutura.
95
A cidade moderna situa-se na Arábia Saudita e a capital da província Makkah, na
região histórica de Hejaz. Com uma população de 1,7 milhões (2008), a cidade está
localizada a 73 km adentro de Jeddah, em um vale estreito, e 277m acima do nível do mar.
Todos os anos, a cidade saudita de Meca recebe milhões de muçulmanos para um ritual
histórico e religioso de desapego, arrependimento e reflexão. O Hajj, que significa
"peregrinação" em árabe, é um dos cinco pilares da religião islâmica - junto com o
testemunho, a reza, a esmola e o ramadão.
A caminhada é antiga e foi realizada por todos os profetas a partir de Maomé - que, em
628, fez a primeira peregrinação, levando 1.400 fiéis à Meca.
A história do Hajj remota aos fundamentos do islamismo, à época de Abraão,
considerado pai de todos os profetas. Segundo a religião, Deus ordenou que Abraão -
junto com seu filho Ismael - reerguesse os pilares da Caaba (meteorito, que fica em
Meca, considerado sagrado pelos muçulmanos) e fizesse o chamamento para que o povo
viesse peregrinar. O ritual implica seguir os caminhos e reproduzir atos feitos por ele.
Contam os muçulmanos que Abraão viu no sonho que estava sacrificando seu filho e
levou Ismael para a morte. No caminho, foi tentado três vezes por Satanás e apedrejou-
o com sete pedras. No momento do sacrifício, a faca não cortou. Deus, então, enviou o
anjo Gabriel para dizer a Abraão que ele havia concluído sua prova e sido sincero.
Cordeiros foram sacrificados no lugar de Ismael.
Desapego
O Hajj é uma obrigação para todo o muçulmano que tem condições financeiras e físicas
de empreender a viagem. Mulheres estão inclusas - mas só devem ir se acompanhadas de
um grupo de outras mulheres ou de um homem. O peregrino deve vestir apenas uma túnica
branca, simbolizando o desapego a valores e bens.
"Naquele momento, todos são iguais", explica o xeque Jihad Hassan Hammadeh, vice-
presidente da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica (WAMY) no Brasil, em
entrevista ao G1, por telefone.
Hammadeh já realizou a peregrinação diversas vezes, a última delas em 2005. Segundo
ele, tudo muda na vida de quem faz a viagem. "Foram as melhores viagens da minha vida.
Sofri, mas é uma satisfação incrível, individual, de retorno ao espiritual."
O custo varia conforme o muçulmano quer viajar. Há hotéis e há barracas. "É possível
fazer a peregrinação com mil dólares e com sete mil", diz Hammadeh. Ele conta que sua
primeira ida lhe custou apenas US$ 100. "Dormi em papelões, no chão."
Segurança
A reunião de multidões em Meca já causou muitos acidentes. Em 2006, 363 pessoas
morreram num pisoteamento. Em 2004, o número foi de 244. No pior deles, ocorrido em 1990,
o número de mortes foi de 1.400, segundo o jornal "New York Times".
Nos últimos anos, o governo saudita fez obras para tentar evitar os acidentes,
construindo uma nova rede de estradas e de pontes para facilitar a viagem a um custo
de cerca de US$ 1 bilhão.
96
Além disso, vários hospitais móveis são instalados em diferentes partes da região para
atender aos peregrinos que possam sofrer algum percalço. Segundo Hammadeh, os
tumultos ocorrem pela quantidade de gente junta. "Não há assaltos nem criminalidade.
O que existe é às vezes um desespero por algum barulho ou movimento brusco de alguém."
LHASA:
Lassa ou Lhasa (em tibetano: , em chinês tradicional 拉薩, em chinês simplificado: 拉萨,
em transliteração pinyin Lāsà) é a capital administrativa da Região Autonoma do
Tibete, na República Popular da China. Está localizado no sopé do Monte Gephel.
Tradicionalmente, a cidade é a sede do Dalai Lama. Sua principal atração é o Palácio de
Potala, parte do Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO, e é o berço do budismo
tibetano. O Jokhang, em Lassa, é considerado como o centro mais sagrado do Tibete.
Lassa literalmente significa "lugar dos deuses", apesar de antigos documentos e
inscrições tibetanas demonstrarem que o local era chamado de Rasa, que significa
"lugar de cabra", até o século VII.
97
Com aproximadamente 200 mil habitantes, a cidade encontra-se a uma altitude de 3.490
metros acima do nível do mar, sendo uma das mais altas cidades do mundo. A cidade faz
parte de um município-prefeitura, a Prefeitura de Lassa, que consiste em oito condados
de pequeno porte: Lhünzhub, Damxung, Nyêmo, Qüxü, Doilungdêqên, Dagzê, Maizhokunggar
e Distrito de Chengguan.
A TERRA PURA DE AVALOKITESHVARA
"O TETO DO MUNDO", o Tibete sempre esteve separado do resto da Ásia. Localizado sobre
um planalto elevado (entre 3.660 e 4.750 metros de altura), ele é cercado por
montanhas que incluem o Monte Everest. Há séculos, o Tibete era um país guerreiro. Em
763, a capital da China foi conquistada pelo rei tibetano Khrisrong.
No mesmo ano, esse rei trouxe professores budistas da Índia e da China, e o Tibete
tornou-se um baluarte do budismo, o qual foi adotado como ideologia nacional. A 3.658
metros do nível do mar, Lhasa é considerada baixa para os padrões tibetanos. Até 1950,
quando o Tibete foi anexado pela China, Lhasa era o centro político e religioso do país,
bem como a residência do seu venerado líder espiritual, o Dalai Lama. Os budistas
tibetanos acreditam que o Dalai Lama é um deus vivo, a reencarnação de
Avalokiteshvara, o bodhisattva da compaixão.
Os bodhisattvas são budas que adiam a sua entrada no nirvana para permanecer junto
aos humanos e ajudá-los no seu progresso espiritual. O Palácio Potala, morada
tradicional do Dalai Lama, significa literalmente "A Terra Pura de Avalokiteshvara",
um lugar que equivale aproximadamente à idéia ocidental de paraíso.
OS TEMPLOS DO PALÁCIO
Quando os chineses invadiram e bombardearam Lhasa em 1959, o Dalai Lama abandonou a
capital para refugiar-se na Índia. Apesar disso, sua antiga residência permanece um
lugar de peregrinação para muitos budistas tibetanos. Sua importância é maior por
conter os espetaculares túmulos dos Dalai Lamas anteriores. O mais esplêndido dentre
eles é o
túmulo do 13Q Dalai Lama: a sua stupa dourada é tão alta que entra por um outro
andar e, sobre o altar, uma bela mandala tem mais de 20 mil pérolas incrustadas.
Restaram apenas dois aposentos do palácio original do rei Srongtsan-gampo,
construído no século 7. O primeiro deles é a Sala de Meditação do Rei, que possui imagens
do soberano e de suas duas esposas, ambas consideradas bodhísattvas; o outro recinto,
considerado o mais sagrado dos lugares do palácio, é uma capelinha dedicada a
Avalokiteshvara. Segundo se diz, também data do século 7 a imagem do bodhisattva que
pode ser vista no interior dessa capela. Os peregrinos
que visitam o templo prostram-se ao chão e procuram tocar com os dedos todos os
objetos ali contidos. Acredita-se que esse gesto atrai bênçãos e boa sorte.
98
O TEMPLO JOKHANG
O Templo Jokhang, o mais sagrado de Lhasa, não fica no Palácio Potala, e sim num bairro
da cidade chamado Barkhor. Segundo a crença budista, a doutrina de Buda chegou ao
Tibete na forma de um macaco. Este se acasalou com um demônio feminino dos rochedos,
dando origem aos diferentes clãs tibetanos. O rei Songsten era considerado uma
emanação de Avalokiteshvara, e suas duas esposas, uma nepalesa e a outra chinesa,
consideradas emanações das companheiras dele, os bodhísattvas femininos Bhrkuti e
Tara. Os templos budistas no Tibete são erguidos em pontos geomânticos importantes,
para poder captar as energias do demônio feminino que, segundo a crença, jaz
prostrado sob a superfície do Tibete.
Esse demônio feminino talvez represente as crenças nativas dos tibetanos,
demonizadas pelo budismo. Acredita-se ainda que o rei Songsten e suas esposas, à hora
da morte, foram absorvidos pela grande estátua de Avalokiteshvara situada no
Templo Jokhang. Parte do dote da esposa nepalesa do rei, essa estátua é a mais
reverenciada do Tibete. O templo tem uma orientação oeste-leste e, conta a lenda, foi
erigido no sítio do lago Wothang, que foi preenchido a pedido da rainha.
Monte Kailash:
O Monte Kailash — tibetano: , Kangrinboqê ou Gang Rinpoche; chinês: 冈仁波齐峰, Gāng
rén bō qí fēng; sânscrito: , Kailāśā Parvata — é uma montanha do Tibete,
considerada como um dos lugares mais sagrados para os hindus e budistas.
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Significação religiosahindus — O cume do Kailâsa é considerado a residência de Shiva e
de sua Shákti, Parvati — literalmente filha da montanha —, o que explica seu carácter
sagrado para os hindus, que vêm também a montanha como um lingan acompanhado da
yoni simbolizada pelo Lago Manasarovar.
budistas — A montanha é o centro do universo e cada budista aspira em dar-lhe a volta
Os jainistas e bönpos (religião tradicional do Tibete anterior ao budismo) também
consideram a montanha sagrada. As proximidades da montanha divina são lugares
santos onde "as pedras rezam".
Segundo uma lenda, durante uma disputa com um mongebön, o mestre Milarepa, para
mostrar sua superioridade, ter-se-ia transportado no cimo da serra sobre um raio de
sol.
Com suas quatro faces destacadas nas direções norte, sul, leste e oeste, o Monte Kailas
parece um enorme diamante, possui 3/4 de altura do Everest. Perto dele estão nascendo
os rios Indo, Sutlej e Bramaputra, a nascente do Ganjes não fica distante. Na face sul
um corte vertical fundo cruza camadas horizontais gerando a imagem de uma suástica.
A palavra deriva do sancristo suastika que significa bem estar e boa sorte. Os budistas
consideram a montanha uma MANDALA - o círculo sagrado do qual brotam os sagrados
rios, como os raios de uma roda eterna.
PALÁCIO DE POTALA:
O Palácio de Potala (em tibetano: = , Wylie: Po ta la; no chinês simplificado: 布达拉宫, no
chinês tradicional: 布達拉宮; pinyin: Bùdálā Gōng) está localizado em Lassa, no Tibete, na
região autónoma homonima da China. Foi a principal residência do Dalai Lama, até que o
14º Dalai Lama fugiu para Dharamsala, Índia, depois de uma revolta falhada, em 1959.
Actualmente o palácio é um museu estadual da China. Recebeu o nome em referência ao
Monte Potala, a morada de Cherenzig, ou Avalokiteshvara.
O Lugar foi usado para refúgio de meditação pelo Rei Songtsen Gampo, que construiu, em
637, o primeiro palácio como saudação à sua noiva, a Princesa Wen Cheng da Dinastia
Tang da China. A construção do actual palácio começou em 1645, durante o reinado do
quinto Dalai Lama, Lozang Gyatso. Em 1648, o "Potrang Karpo" (Palácio Branco) foi
concluido, e o Palácio de Potala passou a ser usado como palácio de Inverno pelo Dalai
Lama a partir dessa época. O "Potrang Marpo" (Palácio Encarnado) foi acrescentado
entre 1690 e 1694.
100
Construído a uma altitude de 3.700 m (12.100 pés), do lado da colina Marpo Ri, a Montanha
Encarnada, no centro do Vale de Lassa,[2] o Palácio de Potala, com as suas vastas
muralhas interiores apenas quebradas nas partes superiores por filas retas de muitas
janelas, e os seus telhados planos em vários níveis, não é diferente de uma fortaleza
na sua aparência. Na base Sul da rocha fica um grande espaço encerrado por muros e
portões, com grandes pórticos no lado interior. Uma série de escadarias relativamente
fáceis, quebradas por intervalos de subidas suaves, conduz ao topo da rocha. Toda a
largura desta é ocupada pelo palácio.
O Palácio Branco
O Palácio Branco é a parte do palácio onde se encontravam os aposentos de estar do
Dalai Lama. O primeiro Palácio Branco foi construído durante a vida do quinto Dalai
Lama, na década de 1650, sendo depois alargado para o seu tamanho atual pelo décimo
terceiro Dalai Lama no início do século XX. O palácio foi usado para uso secular e
continha os aposentos de estar, gabinetes, o seminário e a tipografia. Um pátio central
pintado de amarelo, conhecido como "Deyangshar", separa os aposentos de habitação do
Lama e dos seus monjes do Palácio Encarnado, o outro lado do Potala sagrado, o qual
era totalmente devotado ao estudo religioso e à oração. Este contém as stupas de ouro
— as tumbas de oito Dalai Lamas — a galeria de assembleia dos monjes, numerosas
capelas, e bibliotecas para as importantes escrituras Budista, o Kangyur em 108
volumes e o Tengyur com 225. O edifício amarelo, ao lado do Palácio Branco no pátio
entre os principais palácios, acolhe gigantescos estandartes adornados com símbolos
sagrados que se ostentam ao longo da face Sul do Potala durante os festivais de Ano
Novo.
O Palácio Encarnado
O Palácio Encarnado é uma parte do Palácio de Potala totalmente devotado ao estudo
religioso e oração budista. Consiste num esquema complicado com muitas galerias
diferentes, capelas e bibliotecas em muitos níveis com um complexo grupo de pequenas
galerias e passagens enroladas:
A Grande Galeria Oeste
A galeria central principal do Palácio Encarnado é a Grande Galeria Oeste, a qual
consiste em quatro grandes capelas que proclamam a glória e o poder do construtor do
Potala, o quinto Dalai Lama. A galeria é notável pelos seus refinados murais
reminiscentes das miniaturas persas, representando eventos da vida do quinto Dalai
Lama. A famosa cena da sua visita ao Imperador Shun Zhi em Pequim fica localizada na
parede Este, do lado de fora da entrada. Tecidos especiais do Butão cobrem as
numerosas colunas e pilastras da galeria.
101
A Capela do Santo
No lado Norte da Grande Galeria Oeste do Palácio Encarnado fica o santuário mais
sagrado do Potala. Uma grande inscrição em azul e ouro por cima da porta foi escrita
pelo Imperador Tongzhi da China, no século XIX, proclamando o Budismo como um
Abençoado Campo de Fruta Maravilhosa. Esta capela, tal como a caverna Dharma por
baixo dela, data do século XVII. Contém uma pequena estátua antiga, incrustada de
jóias, de Avalokiteshvara e dois dos seus servidores. No andar abaixo existe uma baixa
e escura passagem que conduz à Caverna Dharma, onde se acredita que Songsten Gampo
estudava o Budismo. Na caverna sagrada existem imagens de Songsten Gampo, das suas
esposas, do seu ministro chefe e de Sambhota, o estudante que desenvolveu a escrita
tibetana, em companhia das suas muitas divindades.
A Capela Norte
A Capela Norte está centrada num Buda Sakyamuni coroado à esquerda e no quinto
Dalai Lama à direita, sentados em magníficos tronos de ouro. As suas iguais alturas e
auras partilhadas implicam igual estatuto. No extremo esquerdo da capela fica a
sepultura stupa de ouro do décimo primeiro Dalai Lama, o qual morreu em criança, com
filas de benignos Budas Médicos, que foram os curadores celestes. À direita da capela
estão Avalokiteshvara e as suas encarnações históricas, incluindo Songsten Gampo e os
primeiros quatro Dalai Lamas. Escrituras cobertas de seda entre as tampas de
madeira, dão forma a uma biblioteca especializada numa sala que ramifica para fora
da capela.
A Capela Sul
A Capela Sul centra-se em Padmasambhava, o mágico e santo indiano do século VIII. A sua
consorte, Yeshe Tsogyal, um oferta do Rei, está ajoelhada à sua esquerda, e a sua
outra esposa, da sua terra nativa de Swat, está à sua direita. À sua esquerda,
encontram-se oito das suas manifestações meditativas envoltas em gaze. À sua direita
estão oito coléricas manifestações empunhamdo instrumentos de poderes mágicos para
subjugar os demónios da fé Bon.
A Capela Este
A Capela Este é dedicada a Tsong Khapa, fundador da tradição Gelug. A sua figura
central está rodeada por lamas do Mosteiro Sakya que governou por um breve período
o Tibete, e formou a sua própria tradição até ser convertido por Tsong Khapa. Outras
estátuas estão expostas, feitas de vários materiais e exibindo expressões nobres.
A Capela Oeste
Esta é a capela que contém as cinco stupas douradas. A enorme stupa central contém o
corpo mumificado do quinto Dalai Lama. Esta stupa foi construida em sândalo e está
solidamente revestida de 3.727 kg. (8.200 lb) de ouro maciço e guarnecida com jóias semi-
102
preciosas. Esta ergue-se ao longo de três andares, tendo quase 50 pés de altura. À
esquerda fica a stupa fúnebre do décimo segundo Dalai Lama e à direita fica a do décimo
Dalai Lama. As stupas de ambos os extremos contêm importantes escrituras.
A Primeira Galeria
A Primeira Galeria fica situada no piso acima da Capela Oeste, e possui várias janelas
largas que iluminam e ventilam a Grande Galeria Oeste e às suas capelas abaixo. Entre
as janelas, suberbos murais mostram a construção do Potala em detalhes refinados.
A Segunda Galeria
A Segunda Galeria dá acesso ao pavilhão central, o qual é usado pelos visitantes do
palácio se refrescarem e comprarem lembranças.
A Terceira Galeria
A Terceira Galeria, além de refinados murais tem vários quartos escuros, que
ramifivam para fora, contendo enormes colecções de estátuas de bronze e figuras em
miniatura feitas de cobre e ouro, valendo uma fortuna. A galeria do sétimo Dalai Lama
fica no lado Sul e, do lado Este, uma entrada liga a secção com a Capela do Santo e o
Deyangshar (pátio aberto) entre os dois palácios.
A Sepultura do Décimo Terceiro Dalai Lama
A sepultura do 13º Dalai Lama fica localizada a Oeste da Grande Galeria Oeste e só
pode ser alcançada a partir de um piso superior e com a companhia de um monge ou de um
guia do Potala. Construida em 1933, a gigantesca stupa contém jóias principescas e uma
tonelada de ouro maciço. Tem 14 metros (46 pés) de altura. Entre as ofertas devocionais
encontram-se presas de elefantes da Índia, leões e vasos de porcelana e um pagode
feito com mais de 200.000 pérolas. Murais elaborados em estilos tibetanos tradicionais
retratam eventos da vida do 13º Dalai Lama durante o início do século XX.
103
VARANASI:
Varanasi (em sânscrito: , Vārāṇasī, comumente conhecida como Benares (em hindi:
e em urdu: نارس :transl. Banāras, localmente, como Kashi (em hindi: , em urdu ,ب
شی ا .Kāśī, é uma cidade do estado de Uttar Pradesh, na Índia ,ک
Localizada às margens do Ganges, tem mais de 3 milhões de habitantes e é uma das
cidades mais antigas do mundo, considerada a cidade mais sagrada pela religião hindu.
História
A data exata da fundação de Varanasi é desconhecida, já que as únicas fontes de
informações partem das tradições hindus. Segunda os brâmanes, Varanasi foi fundada
por Shiva, há mais de 5 mil anos atrás, fazendo-a uma das sete cidades sagradas do
Hinduísmo. Contudo, estudiosos consideram a hipótese de que a cidade surgiu há cerca de
3000 anos.
Varanasi foi um grande centro comercial e industrial, tendo se destacado na produção
e distribuição de marfim, seda e perfumes. A cidade atingiu o posto mais respeitado entre
as cidades da Índia, durante os tempos de Siddhartha Gautama, quando foi a capital do
Reino de Kashi.
Kashi
Varanasi tornou-se um reino independente durante o século XVIII e, sobre a tutela do
Império Britânico, tornou-se também o centro econômico e religioso da região. Em 1910, os
britânicos definiram Varanasi como um estado da Índia Britânica, sendo Ramanagar a
nova capital.
104
Economia
Varanasi possui várias microempresas especializadas na produção de sáris, tapetes e
artesanato.A Seda baranasi e o leite Koha são considerados a marca registrada da
cidade e suas indústrias são responsáveis por grande parte dos assalariados da
região. Apesar da indústria desenvolvida e elogiada, Varanasi também têm sido o
centro das atenções quando o assunto é o trabalho infantil.
VIJAYANAGAR – HAMPI:
VIJAYANAGAR, esplendida cidade em ruínas situada numa paisagem estranha e bela, foi
outrora o centro de um império hindu e uma das maiores cidades do sul da ìndia. As ruínas
incluem Hampi, um dos maiores complexos templários do país.
O local está associado a muitas histórias narradas no poema épico Ramayana. Em
Viayanagar, Shiva teria feito penitência - precisamente na colina Hemakuta - antes de
desposar Parvati. Acredita-se que no mesmo lugar Shiva queimou o Deus da Luxúria. A
colina sagrada ficva ao sul de Virupakska.
Quando os muçulmanos iniciaram a conquista da Índia vindos do norte , no ano 1000 d.C.
Vijayanagar - "Cidade Vitória" - desafiou uma expansão maior dos invasores, tornando-
se importante centro de resistencia da cultura e da religião dos hindus.
Em 1565, a cidade finalmente caiu, sendo saqueada e finalmente abandonada.
105
SAMARCANDA:
Samarcanda (em uzbeque: Samarqand; em tadjique: Самарқанд; em persa: ند سمرق ; em russo:
Самарканд), cujo nome significa "Forte de Pedra" ou "Cidade de Pedra", em sogdiano, é a
segunda maior cidade do Uzbequistão e a capital da província de Samarcanda, situando-
se num fértil vale irrigado, conhecida como MARACANDA pelos antigos gregos.
A cidade é famosa pela sua localização estratégica no centro da Rota da Seda entre a
China e a Europa, e por ser um centro de estudos islâmicos de grande importância.
Fundada no primeiro milénio antes da era cristã, como paragem na Rota da Seda, foi
conquistada por Alexandre, o Grande e pelos Abássidas. Foi no século XIV a capital do
império de Tamerlão, que a dotou de magníficos edifícios dignos de uma capital
imperial.[1] Foi ainda capital do Uzbequistão entre 1925 e 1930.[2] Hoje é o centro
comercial e turístico do país e tem cerca de 550 milhares de habitantes.
A ocupação do local onde hoje se ergue a cidade de Samarcanda data do Paleolítico
Inferior e é um dos berços das civilizações desenvolvidas pelos povos da Ásia Central. O
museu de Samarcanda mostra vários exemplos de sílex talhado encontrados na área da
cidade, no sítio arqueológico denominado Afrasiab.
É uma das mais antigas cidades do mundo, tendo sido fundada, aproximadamente, em 700
a.C.. Foi conquistada por Alexandre, o Grande em 329 a.C., quando era conhecida sob o
nome de "Marakanda".[4] Alexandre iria mais longe, até ao subcontinente indiano, mas a
Sogdiana marcou o limite das suas conquistas na Ásia Central.
Foi conquistada pelos árabes em 712 e brilhou sob o império dos Samânidas. Samarcanda
foi provavelmente a capital da Sogdiana até à invasão chinesa da região então
conhecida como Transoxiana. Revoltados com o domínio chinês, uma coligação dos povos
árabes, iranianos e túrquicos derrotou os chineses na batalha de Talas em 751[5], e
capturou artesãos de papel chineses. Samarcanda tornar-se-ia em consequência o
primeiro centro de fabrico de papel do mundo islâmico.
106
O matemático, astrónomo e poeta persa Omar Khayyām (1048-1131) residiu na cidade de
1072 a 1074, antes de se instalar em Ispahan, no Irão, por convite do sultão seljúcida
Malik Shah I. Em Samarcanda escreveu um tratado de álgebra.[6]
O exército de Gengis Khan sitiou e destruiu a cidade em 1220[7][4]. Marco Polo não passou
em Samarcanda, pois o seu itinerário para a China seguia mais a sul, pelo Afeganistão,
mas o seu pai e tio foram até Bucara pela tradicional Rota da Seda cujo prolongamento
natural atravessava Samarcanda antes chegar às montanhas do Pamir. Marco Polo
escreveria o que lhe contaram:
“Samarcanda é uma muito nobre e enorme cidade, onde se encontram belos jardins e
todos os frutos que o homem possa desejar. as suas gentes são cristãs e sarracenas.‖ -
Marco Polo - Descobertas do Mundo, o Livro das Maravilhas (Tomo I)
Samarcanda foi depois o centro político do Império Timúrida e a capital mais opulenta da
Ásia Central. A cidade era dominada pela gigantesca cúpula de sua mesquita. Os
monumentos a Tamerlão eram cobertos de azulejos de ouro, lápis-lazúli e alabastro. O
seu mausoléu, o Gur-e Amir, é uma jóia da arte islâmica, com um sepulcro sobre uma
enorme pedra de jade. Pensa-se que nesse túmulo estejam depositados os restos mortais
do guerreiro Tamerlão, morto em 1405.
Alguns pontos de interesse da cidade histórica são a Praça do Registan, a Mesquita de
Bibi-Khanym, a Necrópole de Shakhi-Zinda, o Mausoléu de Gur-Emir, o Observatório de
Ulugbek e o Museu de Afrasiab.
Samarcanda foi inscrita na lista do patrimônio mundial da UNESCO .
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MONTES SAGRADOS:
HIMALAIA
O Himalaia, Himalaias ou Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia montanhosa do
mundo, localizada entre a planície indo-gangética, ao sul, e o planalto tibetano, ao
norte. A cordilheira abrange cinco países (Índia, China, Butão, Nepal, Paquistão) e
contém a montanha mais alta do planeta, o Monte Everest. O nome Himalaia vem do
sânscrito (pronunciada com um longo primeiro 'a' e um curto último 'a', como 'himaal-ya',
em vez de 'him-u-l-yu' ou 'him-u-layaa') e significa "morada da neve". Os Himalaias
espalham-se, de oeste para leste, do vale do rio Indo ao vale do rio Bramaputra,
formando um arco de cerca de 2500 km de extensão e com uma largura variando de 400
km no oeste, na região da Caxemira-Tibete, a 150 km no leste, na região do Tibete-
Arunachal Pradesh.
EMEISHAN
Monte Emei ( chinês : 峨嵋山; pinyin : Emei Shan; Wade-Giles : O 2-mei 2 Shan 1, pronunciado
[ mě ʂán] ) é uma montanha em Sichuan província de Western China . Monte Emei é muitas
vezes escrito como 峨眉山 e ocasionalmente 峩 嵋 山 ou 峩 眉山 mas todos os três são
traduzidas como o Monte Emei ou Emeishan Monte: o 峨 palavra pode significar alta ou
elevada, mas o nome da montanha é apenas um topónimo que não carrega nenhum
significado adicional.
As montanhas a oeste de que são conhecidos como Daxiangling . [1] Uma grande área em
torno do campo é geologicamente conhecida como a Emeishan Permiano Província Ígnea
Grande, uma grande província ígnea gerada pelo Traps Emeishan erupções vulcânicas
durante o período Permiano . At 3,099 metres (10,167 ft), Mt. Em 3099 metros (10167 pés),
Mt. Emei is the highest of the Four Sacred Buddhist Mountains of China . [ 2 ] Emei é a mais
elevada das Quatro Montanhas Sagradas budistas da China . [2]
Emei (Emeishan) está localizado perto da cidade do condado-nível da cidade do mesmo
nome ( Emeishan City ), que faz parte da cidade de prefeitura-nível de Leshan .
108
MAHENJO-DARO:
Em 1922, no vale do Rio Indo, na "Colina dos Mortos", escavadeiras descobriram as ruínas
de uma stupa budista, provavelmente erigida no século 3 a.C. escavações posteriores,
por baixo do morro artificial no centro, revelaram restos ainda mais antigos
pertencentes a uma rica civilização ainda desconhecida da idade do Bronze.
Mohenjo-daro, Mohenjodaro ou Moenjodaro foi uma cidade da Civilização do Vale do Indo,
localizado no Paquistão.
Mohenjo Daro é um sítio arqueológico com mais de 4.000 anos de antiguidade que
apresenta uma apaixonante interrogação. Antiga sede de uma civilização da qual se
ignoram as causas do repentino desaparecimento, foi o local onde se adotou uma forma
de escrita de tipo pictográfico, cujo significado nos é ainda desconhecido, e onde também
se usavam roupas de algodão, as mais antigas já descobertas. Mohenjo Daro é um local
onde não existem tumbas, mas é chamado de Colina dos Mortos e o lugar onde estão os
esqueletos é extremamente radioativo.
A maioria são esqueletos com traços de carbonização e calcinação de vítimas de morte
repentina e violenta. Não são corpos de guerreiros mortos nos campos de batalha, mas
sim restos de homens, mulheres e crianças. Não foram encontradas armas e nenhum
resto humano trazia feridas produzidas por armas de corte ou de guerra. As posições e
os locais onde foram descobertas as ossadas indicam que as mortes foram repentinas,
sem que houvesse tempo hábil para que as vítimas dessem conta do que estava
ocorrendo. As vidas das pessoas foram ceifadas enquanto realizavam suas atividades
diárias. Passaram do sono à morte junto a dezenas de elefantes, bois, cães, cavalos,
cabras e cervos.
Mohenjo Daro situa-se aproximadamente a 400 milhas de Harappa. Foi construida por
volta de 2600 a.C., e foi abandonada por volta de 1700 a.C., provavelmente devido a uma
mudança do curso do rio que suportava esta civilização.
109
MONTES DA CHINA:
A China possui cinco montes sagrados: a montanha oriental Taishan (a da Supremacia), a
montanha ocidental Huashan (a do Esplendor), e a montanha meridional Hengshan (a do
Equilíbrio), e a montanha setentrional Heengshan (a da Constância) e a montanha
central Songshan (a da Eminência).
Todas possuem mais de 2.000 metros de altura. Seus picos estranhos e rochas empinadas
as tornam majestosas e impressionantes. Suas vistas são maravilhosas e atraem muitos
turistas.
TAISHAN
Taishan, cuja altitude é de 1.524 metros, se situa na província de Shangdong, sendo
famoso por seu proeminente e grandioso pico. Os reis e imperadores ofereciam sacrifícios
ao céu nos templos antigos da montanha, enquanto muitos literatos de várias épocas
deixaram nas rochas e pedras manuscritos valiosos.
Taishan é, aliás, um lugar ideal para contemplar o raiar do sol. Exceto durante o
inverno, quando a cerração toma conta do local, as visitas não cessam durante todo o
ano.
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HENGSHAN
A montanha Hengshan (a do Equilíbrio), situada na província de Hunan, no centro da
China, é majestosa e se estende por centenas de quilômetros. Dizem que tem 72 picos.
Devido às condições climáticas mais favoráveis do que nas demais montanhas, possui
arbustos e bosques de bambu sempre esverdeados. As plantas e flores exalam fortes
aromas durante todo o ano.
HEENGSHAN
A montanha Heengshan (a da Constância), localizada na província de Shanxi no Norte do
País, se prolonga também por centenas de quilômetros. Lá há rochas raramente vistas e
árvores gigantes. O lugar mais conhecido é o Templo Pendente (Suspenso no Ar), o qual,
situado na ribanceira Jinlongkou, conta como um grupo de edifícios vermelhos e verdes
tão graciosos que parecem interligadas às rochas por fios invisíveis.
SONGSHAN
A montanha Songshan, localizada na província de Henan, na planície central da China,
também se chama montanha Central. Na realidade se compõe de dois montanhas - Taishi e
Shaoshi -, cada uma com 36 picos, dos quais o mais elevado se ergue a 1.492 metros.
Songshan é a mais conhecida entre as cinco montanhas afamadas da China por sua longa
história, cultura brilhante e muitos lugares de valor histórico.
O Templo Budista de Shaolin é considerado como origem de proliferação de budismo da
China e Kungfu de Shaolin.
111
HUASHAN
Monte Hua Hua Shan ou em chinês ( chinês simplificado : 华 å ± ± ; tradicional chinesa : 华 å
± ± ; pinyin : Hua Shan ) está localizado na província de Shaanxi , cerca de 120
quilômetros a leste da cidade de Xi'an , perto da cidade Huayin na China.
Também conhecido como Xiyue, Western Grande Montanha, é a montanha ocidental da
China Cinco Montanhas Sagradas taoísta , e tem uma longa história de significado
religioso. Originalmente classificados como tendo três picos, nos tempos modernos, a
montanha é classificado como cinco picos principais, dos quais o mais elevado é o Pico do
Sul em 2154.9m.
O caráter "华" ou "华" (hua) tem sido muito utilizado como sinônimo da literatura política
para a própria China
Huashan, situada na província e Shaanxi, é a mais rigorosa entre os cinco montes
mencionados.
Em Qianchichuang, a escada de pedra de 370 graus é tão angusta (Verticalizada) que
permite a passagem de apenas uma pessoa.
112
KUN LUN
O Kun Lun é uma das Montanhas Sagradas mais importantes da China. Não se sabe o
sentido do termo Kun Lun, que a julgar pelo ideograma é anterior à escrita chinesa.
Existe o Kun Lun no nível físico: trata-se de uma cadeia de montanhas na região leste da
China e que faz parte do conjunto montanhoso dos Himalaias.
o nome da montanha ―física‖ foi dado em homenagem à montanha sagrada. em relação e
esta última, conta a tradição taoísta que, quando as cinco forças criativas do universo
revelaram seus conhecimentos, criaram assim a ordem no Universo, e nesse momento
ergueu-se de um imenso oceano o monte kun lun, que foi assim descrito: ―era uma ilha
gigantesca e íngreme, cercada por fortíssimas ondas de nove quebras; sustentava um
grande tronco no alto do qual havia um continente (…).‖
O Monte Kun Lun inteiro é chamado de ―cidade inferior do rei de jade‖, pois representa o
mundo material que é governado por ele. O Rei de Jade simboliza a consciência universal.
ainda segundo a tradição, o kun lun é a morada de todos os deuses: ―todos os homens
sagrados, imortais do mundo sob o Céu, têm seu governo no alto do Monte Kun Lun, no
continente da coluna.‖ dizem que esta coluna seria feita de bronze polido, com um
diâmetro de cerca de três mil léguas e sua altura chegaria aos céus. O Monte Kun Lun
Sagrado é entendido como sendo uma escada que conduz ao Céu, já que se trata de uma
montanha feita de infinitas dimensões. Existe um Monte Kun Lun acima do outro: quando se
consegue entrar no primeiro nível da montanha ainda tem o segundo, terceiro, quarto
níveis, e assim sucessivamente. Seguindo o caminho do Monte Kun Lun chega-se à mais alta
hierarquia espiritual.
113
Por isso o Kun Lun é considerado pelo taoísmo como o símbolo da Montanha Sagrada que
conduz o praticante à realização da grande obra espiritual.
Antigamente havia uma fotografia em nosso templo, na Sociedade Taoísta do Brasil, do
Mestre Liu da Ordem da Espada, da Escola da Tradição dos Imortais Kun Lun (Escola Kun
Lun). Mestre Liu queria subir o Monte Kun Lun Sagrado, e para isso buscou uma entrada a
partir da montanha ―física‖. ele foi para lÁ e em estado de meditação profunda fez três
tentativas para entrar. Na primeira e na segunda não obteve sucesso, mas na terceira
conseguiu.
Ao entrar, viu-se em uma grande montanha, com uma grande floresta, diferente do
lugar em que estava. Lá encontrou seus mestres e o Patriarca de sua Escola lhe
esperando. De lá, ele e um dos mestres começaram a subida da montanha, que era muito
alta, e assim levaram dias, semanas para subir. Durante o caminho, o mestre ia
explicando a seu discípulo o que era, e o que significava cada lugar, cada planta,
animal, rocha, riacho e fonte que encontravam. Havia árvores, animais e toda uma
natureza desconhecida da humanidade.
Num dado momento, chegaram a um lugar em que havia uma árvore frondosa, gigantesca,
e sob ela, já envolvido pelo cipó, um velhinho sentado em estado meditativo. Sua barba e
cabelos longos cobriam o chão. Nesse momento o mestre de Liu disse-lhe: ―não fique aí
parado, feche os olhos, ajoelhe-se e reverencie‖.
O mestre depois explicou: ―aquele em meditação é o nosso patriarca, o primeiro corpo do
nosso patriarca, ou seja, ele saiu do mundo físico e entrou no mundo do Kun Lun
espiritual. De lá, meditou de novo, transcendeu de novo, criou outro corpo e foi para o
outro Monte Kun Lun, deixando o corpo parado lá, em meditação, há centenas de milhares
de anos. Ele não está mais naquele corpo, está em outro nível do Kun Lun, mas tem que
reverenciar, pois é o primeiro corpo ascencionado do patriarca da linhagem kun lun.‖
Portanto, o Patriraca já havia seguido para o segundo ou terceiro nível do Kun Lun, e o
Mestre Liu estava ligado ao primeiro nível.
Conta-se que aos 95 anos de idade, Mestre Liu reuniu algumas pessoas entre discípulos e
iniciados e falou: ―vou retornar ao kun lun‖. então ele se sentou e simplesmente
―desligou-se‖ - o espírito dele foi pelo menos para o primeiro nível e lá deve estar
continuando o seu trabalho espiritual para poder ascender aos outros níveis.
A Tradição Taoísta propicia ao praticante caminhos para a realização espiritual e o
Kun Lun representa o estágio mais elevado dessa realização. Sua grande altura, forma
íngreme e as fortes ondas, indicam que o acesso não é fácil, mas que, com trabalho,
torna-se uma condição possível e segura de se atingir, porém, é preciso ―dar a partida‖
com simplicidade, afetividade e humildade. Se o Caminho começa debaixo dos pés, como diz
lao tsé, então vamos começar, ou melhor, vamos ―retornar ao kun lun‖.
114
ORIENTE MÉDIO:
I - MONTES DE ISRAEL
1 - Montes de Judá
Os montes de Judá localizam-se ao Sul dos montes de Efraim. Constituem-se de uma série
de elevações, entre as quais há herbosos vales, por onde correm riachos que deságuam
nos mares Morto e Mediterrâneo. Eis os mais notórios montes de Judá: Sião, Moriá,
Oliveiras, e o da Tentação.
1.1 - Monte Sião
Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião ergue-se ali soberano e altivo.
Com aproximadamente 800 metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta
montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profeta Joel: "E vós sabereis que eu
sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém
será santidade; estranhos não passarão mais por ela" (Jl 3.17).
O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi, entretanto, ao assumir o controle
político-militar de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular
elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em virtude de sua posição
privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém.
Mais tarde, ordenou Davi fosse levada a arca da aliança a Sião. Por causa disso, o
monte passou a ser considerado santo pelos hebreus. Décadas mais tarde, com a
115
remoção da sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a designar, também, a área
compreendida pela Casa do Senhor. E, não foi muito difícil a própria Jerusalém ser
chamada por esse abençoado nome.
No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. Em uma das lombadas dessa
memorável área, localiza-se um cemitério protestante, onde está sepultado o
renomado arqueólogo Sir Flinders Petri.
Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a identificar-se, com mais intensidade, com
a mística Sião. Na luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome e
derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos, foi criado um movimento, visando à
criação do
Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa designação reflete bem o amor dos judeus
por sua terra.
A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial, repleta de justiça e habitada por
homens, mulheres e crianças comprados pelo sangue do Cordeiro.
1.2 - Monte Moriá
Moriá é sinônimo de sacrifício e abnegação. Nesse monte, o patriarca Abraão passou a
maior prova de sua carreira espiritual. Premido pelo Todo-poderoso, preparava-se para
sacrificar seu filho, seu único filho Isaque, quando ouviu este brado: "Abraão, Abraão! E
ele disse: Eis-me aqui. Então disse-lhe o anjo do Senhor: Não estendas a mão contra o
moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o
teu filho, o teu único" (Gn 22.11,12). Continua a narrativa: "Então levantou Abraão os
seus olhos; e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi
Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho" (Gn
22.13).
Localizado a leste de Sião, e Monte Moriá tem uma altitude média de 800 metros ao nível
do Mediterrâneo. De forma alongada, sua parte mais baixa era conhecida como Ofel. No
tempo de Abraão, Moriá não designava propriamente um monte, mas uma região.
Mil anos após a era patriarcal, Salomão construiu o Templo nessa elevação. A Casa do
Senhor, entretanto, foi destruída por Nabucodonozor, em 587 a.C. Reconstruída no tempo
de Esdras e Neemias, foi novamente destruída pelo general Tito, no ano 70 de nossa era.
Atualmente, sobre esse monte, encontra-se a Mesquita de Ornar, um dos lugares mais
sagrados para os muçulmanos.
O que significa Moriá? O professor Zev Vilnay, citado por Enéas Tognini, explica: "Os
sábios de Israel perguntaram: - 'Por que este monte se chama Moriá?' - Porque vem da
palavra 'Mora', que, em hebraico, significa temor. Desta montanha o temor de Deus
percorreu a terra toda. Outra versão diz que vem de 'ora', que quer dizer luz, pois
quando o Todo-poderoso ordenou: 'Haja luz', foi do Moriá que pela primeira vez brilhou a
luz sobre a humanidade."
Hoje, Moriá poderia ser chamado "Montanha das Lágrimas". Do Templo, restou apenas uma
muralha na qual judeus de todo o mundo choram seu exílio e suas amarguras। O Muro
das Lamentações é o último resquício da glória passada de Israel.
116
Monte das Oliveiras
O Monte das Oliveiras situa-se no setor oriental de Jerusalém. O Vale do Cedrom
separa-o do monte Moriá. Esse monte, denominado "Mons Viri Galilaei", compõe uma
cordilheira, sem muita expressão, com aproximadamente três quilômetros de
comprimento.
Na parte ocidental do Monte das Oliveiras, fica o Jardim do Getsêmani. Nos dias do Antigo
Testamento, essa sagrada elevação era coberta de oliveiras, vinhedos, figueiras e uma
série de outras árvores frutíferas e ornamentais. A fertilidade dessa região é
proverbial e secular, haja vista que, depois do exílio babilônico, a Festa dos
Tabernáculos foi realizada com os ramos das árvores do Olivete.
No Jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou um dos mais dolorosos momentos de seu
ministério. Envolto na sombra da noite, clamou. Pressionado pelos nossos pecados,
chorou. Ali, seu corpo foi esmagado por causa das nossas transgressões.
1.4 - Monte da Tentação
Logo após o seu batismo, foi Jesus levado a um monte, onde passou 40 dias. Em completo
jejum por 40 dias, foi tentado pelo Diabo; teve fome depois de terminar o jejum e sofreu a
solidão. Essa elevação, que serviu de claustro ao Salvador, é conhecida como o monte
da Tentação.
Distante 20 quilômetros a leste de Jerusalém, esse monte fica a quase 1000 metros
acima do nível do mar. Sua altura, contudo, não ultrapassa a 300 metros, por
encontrar-se no profundo terreno do vale do Jordão. Caracterizado por ingrata
aridez, possui inúmeras cavernas, onde os monges refugiam-se para meditar.
Na realidade, as Sagradas Escrituras não declinam o nome do monte onde o Senhor foi
tentado.
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2 - Montes de Efraim
A região montanhosa de Efraim abrange a área ocupada pelos efraimitas, pela metade
dos manassitas e por uma parcela dos benjamitas. Conhecemos essa área, também por
estes nomes: monte de Naftali. monte de Israel e monte de Samaria. Essa área é
classificada, geograficamente, como Planalto Central.
Eis os mais importantes montes de Efraim: Ebal e Gerizim। Sobre ambos os montes, foram
pronunciadas as maldições e as bênçãos sobre os filhos de Israel. Ambas as elevações,
testemunham os visitantes, formam um anfiteatro, com perfeita acústica.
2.1 - Monte Ebal
Do Ebal foram pronunciadas as maldições. Localizado no Norte de Nablus, seu solo é
aridificado e com muitas escarpas. Tem 300 metros de altura e fica a mais de mil metros
de altitude em relação ao Mar Mediterrâneo.
Jotão proclamou seu célebre apólogo do cume desse monte. E, dessa engenhosa maneira,
incitou Israel a lutar contra o usurpador Alimeleque.
Tanto o Ebal, como o Gerizim, ocupam posição estratégica। Para se alcançar qualquer
parte da Terra Santa, há de se passar, necessariamente, por ambos os montes "Ebal"
significa, em hebraico, pedra.
Entretanto, o Monte da tentação é o único que corresponde ao cenário onde Cristo
travou uma de suas mais decisivas batalhas.
2.2 - Monte Gerizim
Ao contrário do Ebal, o monte Gerizim é coberto por reconfortante vegetação. A
altura dessa elevação é de 230 metros. Com relação ao nível do Mediterrâneo, está
situado a 940 metros de altitude. Nesse monte, foram abertas muitas cisternas para
captar águas da chuva.
Após o exílio babilônico, os samaritanos, instigados por Sambalá, construíram um
templo sobre o Gerizim. Visavam tirar a glória do Templo reconstruído por Esdras e
Neemias. Em 129 a.C, o lugar de adoração dos samaritanos seria destruído por João
Hircano.
Recentemente, Salcy descobriu reminiscências desse espúrio santuário. Conforme
descreve esse laborioso arqueólogo, o templo dos samaritanos era rico e suntuoso.
O Monte (gerizim, atualmente é conhecido como Jebel et-Tor. E. continua sendo o lugar de
adoração dos samaritanos. Segundo dizem, foi nesse monte que Abraão pagou o dízimo a
Melquisedeque. Eles acreditam, também, que foi nesse lugar que Isaque seria
sacrificado pelo piedoso pai dos hebreus.
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3 - Montes de Naftali
Essa designação abarca todo o conjunto montanhoso do Norte da Terra Santa. Abrange
a região da Galiléia. Quando da conquista de Canaã, esse território foi destinado às
tribos de Aser, Zebulom, Issacar e Naftali. Os naftalitas ficaram com uma área mais
extensa. Em virtude disso, essas terras passaram a ser conhecidas como Naftali.
Eis os quatro mais importantes montes dessa região: Carmelo, Tabor, Gilboa e Hatim.
3.1 - Monte Carmelo
Travou-se no Carmelo um dos mais renhidos combates entre a fé e a idolatria. Cheio do
Espírito Santo, Elias desafiou várias centenas de profetas de Baal. A vitória, é claro,
coube ao profeta do Senhor. Esse monte, em virtude dessa confrontação, é símbolo de
prova e fogo.
O Carmelo não é propriamente um monte. Faz parte, na realidade, de uma cordilheira de
30 quilômetros de comprimento. Sua largura oscila entre 5 a 13 quilômetros, a começar
do Mediterrâneo em direção ao Sudeste do território israelita. O ponto mais elevado
dessa serra não atinge 600 metros. O duelo de Elias com os falsos profetas deu-se
exatamente no cume do monte Carmelo.
No lado Norte dessa cordilheira, passa o rio Quisom, onde os vassalos de Baal foram
exterminados। Oswaldo Ronis acrescenta-nos mais alguns detalhes acerca do Carmelo:
"Este é o único monte que se destaca do planalto central na direção oeste, formando um
promontório ao sul da planície do Acre (Accho ou Asher) e é a única parte do território
da palestina que avança mar Mediterrâneo adentro, formando, ao Norte, a baía do
Acre onde se localiza a cidade de Haifa. Note-se que este monte ou serra forma uma
barreira entre as planícies Esdraelom, ao norte e Sarom ao sul, apresentando em seus
flancos inúmeras cavernas que, pela sua conformação interna, parece (algumas)
terem sido habitadas. Uma delas é conhecida como a 'Gruta de Elias' , que hoje é um
santuário muçulmano."
3.2 - Monte Tabor
Localizado também na Galiléia, o Tabor tem 320 metros de altura. Trata-se de um monte
solitário, plantado na luxuriante Esdraelom. Visto do Sul, lembra-nos um semicírculo.
Dista a apenas 10 quilômetros de Nazaré e a 16 do mar da Galiléia. Situa-se a 615
metros acima do nível do Mar Mediterrâneo.
De seu cume podem-se avistar magníficas paisagens. A alma poética dos hebreus
embevecia-se com os maravilhosos quadros vislumbrados desse monte. O Tabor, por esse
motivo, era comparado ao monte Hermom.
O Tabor é muito importante no Antigo Testamento. Em suas cercanias, os exércitos de
Débora e Baraque combateram as forças de Sísera. Mais tarde, Gideão, nessa mesma
área, colocou em fuga os batalhões dos midianitas.
119
Nos dias de Oséias, foi construído um santuário pagão sobre o monte Tabor, contra o
qual clamou o santo profeta: "Ouvi isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e
escutai, ó casa do rei, porque a vós pertence este juízo, visto que fostes um laço para
Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor" (Os 5.1).
Tempos mais tarde, foi construída uma cidade no topo desse monte. Em 218 a.C., Antíoco a
conquistou e transformou-a em uma fortaleza. O Tabor seria cenário, ainda, de vários
conflitos entre romanos e judeus. O historiador Flávio Josefo, por exemplo, fortificou
uma determinada área desse monte. Dessas fortificações, sobraram, somente, trechos
de um muro.
A partir do Século III de nossa era, renomados teólogos começaram a ventilar esta
hipótese: A transfiguração do Cristo deu-se no Monte Tabor. Visando perenizar esse
importantíssimo momento da vida terrestre de Jesus, a mãe de Constantino Magno,
Helena, ordenou fossem construídos três santuários: um para Jesus, e os outros dois
para Moisés (representante da Lei) e Elias (representante dos profetas).
Hoje, todavia, acredita-se que a transfiguração ocorreu nas encostas sulinas do monte
Hermom.
O Tabor, atualmente, é chamado de Jabal al-Tur pelos árabes. Os israelenses
continuam a tratá-lo de Har Tãbhôr.
3.3 - Monte Gilboa
Com 13 quilômetros de comprimento e com uma largura que varia entre 5 a 8
quilômetros, o Monte Gilboa está localizado no Sudeste da planície de Jezreel. Sua
forma é alongada. Situa-se a 543 metros de altitude.
Em Gilboa, que significa fonte borbulhante em hebraico, morreram o rei Saul e seu filho
Jônatas, quando combatiam os incircuncisos filisteus. A fatalidade inspirou este cântico
davídico: "Vós, montes de Gilboa, nem orvalho, nem chuva caia sobre vós, nem sobre vós,
campos de ofertas alçadas, pois aí desprezivelmente foi profanado o escudo dos
valentes, o escudo de Saul, como se não fora ungido com óleo" (2 Sm 1.21).
As colinas do Gilboa são conhecidas, hodiernamente, como Jebel Fukua.
3.4 - Monte Hatim
Localizado nas proximidades do mar da Galiléia, o monte Hatim compõe o chamado Cornos
de Hatim. Sua altitude não ultrapassa os 180 metros. É um lugar bastante atrativo. De
seu topo, pode-se avistar o Mar da Galiléia. Seus dois picos principais têm a aparência de
chifres.
Acredita-se ter sido esse o monte, do qual Cristo pronunciou o célebre Sermão da
Montanha। O Hatim é conhecido, de igual modo, como o Monte das bem-aventuranças.
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II - MONTES TRANSJORDANIANOS
Os montes transjordanianos são conhecidos, também, como Montes do Planalto. Eis as
suas principais elevações: Gileade, Basam, Pisga e Peor.
1 - Monte de Gileade
Trata-se de um conjunto montanhoso. Vai do Sul do Rio Yarmuque ao mar Morto. Gileade é
dividido pelo Ribeiro de Jaboque, onde Jacó lutou com o Anjo do Senhor. Essa foi a
primeira região conquistada pelos israelitas e coube à tribo de Gade. O profeta Elias é
originário dessa terra. No tempo de Jesus, esse território era conhecido como Peréia.
O nome dessa localidade surgiu com o encontro entre Jacó e Labão. Designou-a, o
primeiro, assim: Jegar-Saaduta. E, o segundo, Galeed. Ambas as nomenclaturas
significam montão do testemunho.
Essa região, na antigüidade, era famosa pela sua fertilidade. De seu solo, explodiam o
trigo, cevada, oliveira e legume. O seu bálsamo era procuradíssimo. Hoje, esse
território está em poder da Jordânia. Para os judeus ortodoxos, entretanto, Gileade é
a eterna possessão dos filhos de Israel.
2 - Monte de Basam
Basam é um dilatado e fertilíssimo conjunto de montanhas. Ao norte, limita-se com o
monte Hermom. Ao leste, com a região desértica da Síria e da Arábia. A Oeste, com o
Jordão e o mar da Galiléia. E, ao sul, com o Vale do Yarmuque.
Assim refere-se Davi a esse monte: "O monte de Deus é como o monte de Basam, um monte
elevado como o monte de Basam" (Sl 68.15).
As terras do Basam, por causa de sua fertilidade, constituem-se um celeiro para Síria e
o Estado de Israel. Na era veterotestamentária, essa região estava coberta de cedros
e carvalhos. E, em suas viscejantes pastagens, eram apascentados numerosos
rebanhos.
Nos dias de Abraão, o monte de Basam era habitado pelos temidos refains, um povo
constituído de homens de elevada estatura. O último soberano dessa nação foi
executado pelos israelitas. Trata-se de Ogue, cuja cama media aproximadamente
quatro metros de comprimento e quase dois de largura.
Essa área foi destinada, por Moisés, aos manassitas.
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3 - Monte Fisga
Do cimo do monte Pisga, contemplou Moisés a Terra Prometida: "Então subiu Moisés das
campinas de Moabe ao Monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jerico; e o
Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã. Assim morreu ali Moisés, servo
do Senhor, na terra de Moabe, conforme o dito do Senhor" (Dt 34.1 e 6).
O Pisga está localizado na planície de Moabe. Dista 15 quilômetros do Leste da foz do rio
Jordão. Moisés vislumbrou o solo da promissão de uma altitude de 800 metros. O monte
Pisga é conhecido, também, como Nebo. Alguns autores, contudo, dizem haver, nessa
região, dois montes: o Pisga e o Nebo.
4 - Monte Peor
O monte Peor está localizado nas imediações do Nebo. Em hebraico, "Peor" significa
abertura. Nesse monte era adorado o imoral Baal-Peor.
Do monte Peor, tentou Balaão amaldiçoar os filhos de Israel. No entanto, seus esforços
foram em vão. Como último recurso para prejudicar a marcha dos israelitas, induziu-os
a participar das sensuais cerimônias de adoração de Baal-Peor. Não fosse a ação
pronta e enérgica de Moisés, os hebreus teriam se corrompido completamente. Desse
lamentável episódio, falaria mais tarde o grande legislador: "Os vossos olhos têm visto
o que Deus fez por causa de Baal-Peor: pois a todo o homem que seguiu a Baal-Peor o
Senhor teu Deus consumiu no meio de ti" (Dt 4.3).
III - MONTE SINAI
O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e
Acaba. Nessa região, Deus apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo
faraônico. Da sarça ardente, clamou o grande Jeová: "Eu sou o que sou". Em frente a esse
monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor
entregou a Lei aos filhos de Israel (Êx 19 e Nm 10).
122
Conhecido também como Horebe, o monte Sinai serviu de refúgio a Elias. Nele, o profeta,
o ardente profeta de Jeová, pôde esconder-se da perversa Jezabel. "Sinai", segundo os
exegetas, significa sarça ardente, fendido ou rachado. Dizem alguns ser esse nome uma
evocação a Sin, deusa da Lua. Nas Sagradas Escrituras, esse monte recebe três
diferentes designações: Monte Sinai. Horebe e Monte de Deus.
Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam
nos territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao
Ocidente, pelo Golfo de Suez. A área da Península do Sinai mede 35.000. Nessa região,
podemos encontrar três zonas geológicas: Cretácea, Arenística e Granítica.
Apesar de aridificado, esse território tem os seus encantos particulares. Os montes
erguem-se soberanos e altivos. Queimadas pelo Sol, as areias mostram-se
multicoloridas. A vegetação é sobremodo escassa, tornando a sobrevivência humana
praticamente impossível. Os oásis são uma raridade. Em alguns locais, contudo,
vislumbram-se verdes vales, em virtude da água, que provém da neve de alguns altos
picos. Nesses lugares, os anacoretas encontram repouso e silêncio para a sua
meditação.
O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou
toda essa região. Segundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos
israelitas.
Autor: Oséias de Lima Vieira
Professor de Geografia na rede Pública e particular de ensino. Professor de Geografia
geral e Geografia do Mundo Bíblico, História da Igreja e Arqueologia Biblica no
Instituto Bíblico de Teologia IBADETRIM.
123
MONTE FUJI:
Juntamente com os montes Tate (3.015 metros de altitude) e Haku (2.702,2 metros de
altitude), o monte fuji, com 3.776 metros de altitude, é uma das ―três montanhas
sagradas‖ do japão.
É a montanha mais alta do país. É um vulcão ativo, sendo que a última erupção ocorreu
entre 16 de dezembro de 1707 e terminou em 1 de janeiro de 1708. Desde então, não houve
qualquer sinal que possa indicar risco de uma nova erupção, assim o Monte Fuji é
classificado como um vulcão ativo de baixo risco. Fica entre as províncias de Shizuoka e
Yamanashi e a apenas alguns quilômetros da área urbana de Tóquio, a maior do mundo,
com aproximadamente 31,6 milhões de habitantes, de onde o Monte Fuji pode ser avistado
num dia claro.
Três pequenas cidades rodeiam a montanha: ao sul está Gotenba, com cerca de 85 mil
habitantes e cuja altitude varia de 250 a 650 metros; ao norte está Fujiyoshida, que com
aproximadamente 53 mil habitantes é a cidade mais alta do Japão, com cerca de 850
metros de altitude e a sudoeste está Fujinomiya com estimados 122 mil habitantes e é o
principal ponto de hospedagem para quem procura visitar a montanha. O Monte Fuji é
conhecido por seu formato parecido com o de um cone simétrico e por ser, provavelmente,
o símbolo mais conhecido de um dos países mais populosos do mundo.
O Monte Fuji é rodeado por cinco lagos e está próximo à cidade de Hakone, à Península
Izu e às Ilhas Izu.
124
Em 663, um monge foi o primeiro humano a escalar o Monte Fuji. Desde então, seu topo foi
considerado sagrado, restrito apenas a algumas pessoas, com cargos eclesiásticos. Só
na Era Meiji (1868-1912) é que as mulheres foram permitidas a escalarem a montanha. Os
samurais, guerreiros japoneses durante a organização feudal do país, mas que existem
até hoje, utilizaram o sopé da montanha para praticarem seus treinamentos, visto que
a área, mesmo próxima da maior região metropolitana do planeta, é bastante calma,
mesmo nos dias atuais. Hoje a escalada ao Monte Fuji é completamente livre. Estima-se
que cerca de 200 mil pessoas cheguem até um dos oito picos da montanha por ano.
CORDILHEIRA DOS ANDES
A Cordilheira dos Andes ou grande queniol (em língua quechua: Anti(s)) é uma vasta
cadeia montanhosa formada por um sistema contínuo de montanhas ao longo da costa
ocidental da América do Sul, sendo a formação geológica da mesma datada do período
Terciário. A cordilheira possui aproximadamente 8000 km de extensão.
É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento), e em seus trechos mais largos
chega a 160 km do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de 4000 m e
seu ponto culminante é o pico do Aconcágua com 6962 m de altitude.
A Cordilheira dos Andes se estende desde a Venezuela até à Patagônia, atravessando
todo o continente sul-americano, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru,
Bolívia, Equador e Colômbia, também conhecidos como países Andinos.
Nos territórios da Colômbia e da Venezuela a cordilheira se ramifica e se prolonga até
quase alcançar o Mar do Caribe. Em sua parte meridional serve de longa fronteira
natural entre Chile e Argentina. Na zona central, os Andes se alargam dando lugar a
um planalto elevado conhecido como Altiplano, partilhado pelo Peru, Bolívia e Chile. A
cordilheira volta a estreitar-se no norte do Peru e se alarga novamente na Colômbia
para estreitar-se e dividir-se ao entrar na Venezuela.
O norte do Chile e da Argentina compartilham os picos mais altos dos Andes, seguidos
pela Cordilheira Branca, localizada no Peru, a Cordilheira Real da Bolívia e os Andes
Equatorianos.
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Seu maior cume é o Aconcágua (na Argentina): com 6962 m de altitude, é o ponto mais alto
do continente americano. No sul do Peru, próximo de Cuzco, encontra-se o Nudo de
Vilcanota, que alcança seu ponto mais elevado no Monte Ausangate (6380 m).
Nesta cordilheira está localizado o glaciar de Quelccaya, um dos dois únicos glaciares
planos na zona tropical do planeta. Esta singularidade há permitido estudar em seus
gelos as mudanças climáticas ocorridas no trópico desde a última era glacial.
MACHU PICCHU
Machu Picchu (em Portugal também denominado de Machu Pichu)[1], em quíchua Machu
Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-
colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de
altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens
de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido
à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta
tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi
reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre
as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com
pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e
recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona
sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para
agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade.
No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira
organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica
inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
Localização:
Machu Picchu se encontra a 13º 9' 47" de latitude sul e 72º 32' 44" de longitude oeste. Faz
parte do distrito de mesmo nome, na província de Urubamba, no Departamento de Cusco,
no Peru. A cidade importante mais próxima é Cusco, atual capital regional e antiga
capital dos incas, a 130 quilômetros dali.
A 2400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada
por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que lhe proporciona uma
atmosfera única de segurança e beleza
As montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu são parte de uma grande formação
orográfica conhecida como Batolito de Vilcabamba, na Cordilheira Central dos Andes
peruanos. Encontram-se na margem esquerda do chamado Canyon do Urubamba,
conhecido antigamente como Quebrada de Picchu.[8] Ao pé dos montes e praticamente
rodeando-os, corre o rio Urubamba (Vilcanota). As ruínas incas encontram-se a meio
caminho entre os picos das duas montanha, a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438
metros acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de
comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana.
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As ruínas, propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de
Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), chamado Santuário Histórico de
Machu Picchu, que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, (80 535 acres ou
325,92 km²) da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos
incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de
extinção e vários estabelecimentos incas,entre os quais Machu Picchu é considerado o
principal.
Huayna Picchu
Huayna Picchu é uma montanha localizada no Peru, em torno da qual o rio Urubamba
segue seu curso. Ela é mais alta que Machu Picchu, a chamada "cidade perdida dos Incas"
e divide-a em seções. Os incas construíram uma trilha até o lado do Huayna Picchu,
templos e terraços em seu topo. O pico de Huayna Picchu é de cerca de 2.720 metros (8.900
pés) acima do nível do mar, ou cerca de 360 metros (1.200 pés) mais alto que Machu Picchu.
De acordo com guias locais, no topo da montanha era a residência do sumo sacerdote.
Todas as manhãs, antes do nascer do sol, o sumo sacerdote, com um pequeno grupo ia a
pé a Machu Picchu para assinalar a chegada do novo dia. O Templo da Lua, um dos três
templos principais na área de Machu Picchu, situado no lado da montanha, a uma
altitude inferior a Machu Picchu. Adjacente ao Templo da Lua é a grande caverna, outro
templo sagrado com alvenaria
127
GRUTAS E CAVERNAS SAGRADAS
AJANTA
128
ELLORA
129
OUTROS LUGARES SAGRADOS
CASA DE ADORAÇÃO BAHÁ'Í - DELI
Casas de Adoração Bahá'í em Árabe Mashriqu'l-Adhkár (Árabe: شرق é a ,( ار ا م
designação de um templo da Fé Bahá'í. Os ensinamentos da religião atribuem que estes
templos devem ser construídos próximos a dependências dedicados ao desenvolvimento
social, humanitário, educacional e científico, embora ainda nenhum desses templos
tenham sido construídos nesta extensão.
Concepção
As Casas de Adoração Bahá'í simbolizam, de acordo com os ensinamentos da Fé Bahá'í, a
unidade de Deus, unidade de todos os Seus Manifestantes, a unidade da humanidade. Visa
resgatar o aspecto transcedental dos seres humanos, através da celebração e
reverência ao Criador.
Os escritos da Fé Bahá'í, associam os templos Bahá'ís com a construção de um complexo
de edificações ao redor, que visam o benefício e progresso humano, tais como hospitais,
escolas, orfanatos, universidades, e outros. Os Bahá'ís afirmam, que futuramente, as
Casas de Adoração serão localizadas no centro de todas as cidades.
As cidades são estruturadas de modo a facilitar o transporte de mercadorias,
traduzindo uma melhor configuração de fluxo econômico, permitindo o desenvolvimento
sócio-econômico urbano. As consideradas "doenças modernas", são associadas ao stress
provocadas, em muitas, pela agitação de grandes centros urbanos. Esses aspectos do
desenvolvimento das cidades, na concepção apresentada, sufoca as relações humanas e
necessidades individuais, tais como o contato com a natureza ou a vida social. A unidade
mundial, como é o princípio da Fé Bahá'í, será dificilmente realizada se os aspectos da
socialização visarem primariamente a aquisição de mercadorias, como de certo modo
tem se tornado aparente nos centros urbanos. Os templos Bahá'ís e os complexos que
futuramente serão estabelecidos ao redor, representarão um progresso orgânico e
essencial do indivíduo e da sociedade. O valor evocativo é a de que todas as estruturas
das cidades serão edificadas visando a unidade da humanidade.[2]
130
Características Arquitetônicas
Os Escritos da Fé Bahá'i relativos à estrutura dos templos Bahá'ís, definem que estes
devem possuir duas características básicas: possuir nove entradas e um domo central
no topo.
Atualmente, todas os templos Bahá'ís, até então construídos, possuem apenas uma sala
sem divisão sob o domo, e os assentos do auditório são voltados para o Santuário de
Bahá'u'lláh em Akka, Israel. É comum que ao redor destes templos se cultivem plantas e
árvores.
Outras características da arquitetura, tais como o design e materiais, são de acordo
com a cultura local.
131
RIO GANGES – Índia
O rio Ganges (em hindi, e na maior parte das línguas indianas, ; IAST: Gaṅgā, transl.
Ganga), também conhecido como rio Benares, é um dos principais rios do subcontinente
Indiano. Suas águas se deslocam rumo ao leste através da planície do Ganges do norte
da Índia até ao Bangladesh. Com 2510 km de extensão, nasce no Himalaia ocidental, no
estado indiano de Uttarakhand, e desagua no delta do rio Sunderbans, na baía de
Bengala. Desde muito tempo é considerado um rio sagrado para os hindus, que o veneram
na forma da deusa Ganga, e também possui um grande valor histórico: diversas capitais
de províncias ou impérios, como Patliputra, Kannauj, Kara, Allahabad, Murshidabad e
Calcutá, localizam-se em suas margens. O Ganges e seus afluentess abrangem uma
bacia hidrográfica fértil de cerca de um milhão de quilômetros quadrados, nos quais
vive uma das mais altas densidades populacionais de seres humanos em todo o planeta. A
profundidade média do rio é de 16 m, e a máxima é de 30 m.
O ex-primeiro-ministro da Índia Jawaharlal Nehru, em seu livro Descoberta da Índia,
atribui ao rio diversos significados simbólicos:
"O Ganges, acima de tudo, é o rio da Índia, que manteve cativo o coração da Índia e atraiu
incontáveis milhões às suas margens desde a alvorada da história. A história do
Ganges, de sua fonte ao mar, dos tempos antigos aos modernos, é a história da
civilização e da cultura da Índia, da ascensão e queda de impérios, de cidades grandes e
orgulhosas, de aventuras do homem."
132
Situada às margens do rio Ganges, Varanasi é considerada por muitos fieis a cidade mais
sagrada do hinduísmo. O Ganga é mencionado no Rigveda, a mais antiga das escrituras
hindus. Consta do Nadistuti sukta (10.75), onde estão listados os rios de leste a oeste. É
um costume local espalhar as cinzas dos entes queridos que foram cremados no rio.
De acordo com a religião hindu um rei muito famoso, Bhagiratha, praticou por muitos
anos, a tapasya, para trazer à Terra Ganga de sua residência nos Céus, para que
encontrasse a salvação de seus ancestrais, amaldiçoados por um profeta. Ganga se
convence e, através de uma trança de cabelo (Jata) do deus Shiva, desce à Terra para
lavar os pecados dos humanos e torná-la pia e fértil. Para os hindus da Índia, o Ganges
não é apenas um rio, mas também uma divindade materna, um conjunto de tradições, e
muito mais.
Alguns hindus acreditam que uma vida não é completa sem um mergulho no Ganges pelo
menos uma vez na vida. Muitas famílias hindus conservam um frasco com água do rio em
suas casas, hábito que é considerado prestigioso, para que pessoas à beira da morte
possam beber de sua água; muitos hindus acreditam que o Ganges pode limpar uma pessoa
de todos os seus pecados, e poderia até mesmo curar a doença. As escrituras antigas
mencionam que a água do Ganges porta as bençãos dos pés do Senhor Vishnu; assim, a Mãe
Ganges também é conhecida como Vishnupadi, que significa "pés de Vishnu".
Algumas das congregações religiosas e festivais hindus mais importantes acontecem em
torno do rio. Estes eventos, como o Kumbh Mela, realizado a cada doze anos em
Allahabad, são realizados às margens do rio. Varanasi tem centenas de templos
situados à beira do Ganges, que frequentemente são alagados durante as estações
chuvosas. A cidade, além de ponto importante de peregrinação para hindus de todos os
locais, também é um tradicionalmente associada à prática da cremação.
Poluição
A poluição do Ganges tem afetado as 400 milhões de pessoas que vivem próximas de suas
águas.
Desde a última década de 90 e especialmente nos últimos anos, as condições da água do
rio e afluentes têm ficado abaixo das consideradas aceitáveis pela OMS, já que o
despejo irregular de esgoto tem aumentado, inclusive a partir de um hospital que
atende tuberculosos. Em trecho do rio localizado em Varanasi, o mais sagrado do país, o
nível de bactérias excede em 3 mil vezes o permitido. Outro problema é o ritual da
cremação dos mortos em sua orla. Dependendo da casta e da situação econômica da
família, muitas vezes os corpos não são cremados corretamente e/ou jogados inteiros
no rio, contaminando-o. O afluente Yamuna, cuja vida aquática desapareceu, teria
recebido US$ 500 milhões em ações de despoluição nos últimos dez anos, segundo o
Conselho de Controle de Poluição de Nova Délhi.
Entretanto, o rio oferece aos moradores de sua região suprimento de comida e água
fresca. Muitas criaturas nativas, incluindo o crocodilo gavial, vivem às suas margens.
133
História
Durante o início das Eras Védicas, os rios Indo e Sarasvati eram os principais rios da
região; os três Vedas posteriores, no entanto, parecem dar mais importância ao Ganges,
gradualmente mais citado nas obras.
Talvez o primeiro ocidental a mencionar o Ganges tenha sido Megástenes, por diversas
vezes no decorrer de sua obra, Indika: "A Índia (...) possui muitos rios grandes e
navegáveis que, depois de nascerem nas montanhas que se estendem ao longo da
fronteira setentrional, atravessam a terra plana; muitos destes, após unirem-se uns
aos outros, acabam desaguando no rio chamado Ganges. Este rio, que na sua nascente
tem 30 estádios de largura, flui no sentido norte-sul, e deságua no oceano que forma a
fronteira leste do Gangaridai, uma nação que possui uma tropa numerosa dos mais
enormes elefantes."
Uma representação ocidental do rio pode ser vista na Piazza Navona, de Roma, onde uma
escultura célebre - a Fontana dei Quattro Fiumi, "Fonte dos Quatro Rios", de autoria de
Gian Lorenzo Bernini, em 1651, simboliza os quatro grandes rios do mundo (o Ganges, o
Nilo, o Danúbio e o Rio da Prata).
134
PAGODES: TEMPLOS BUDISTAS
Pagode é um termo em português que se refere a vários tipos diferentes de torres
aparentemente sobrepostas com múltiplas beiradas, comuns na China, no Japão, nas
Coreias, no Nepal, e em outras partes da Ásia, embora em muitos contextos seja usado
como sinônimo de estupa. Muitos dos pagodes foram construídos para fins religiosos,
geralmente budistas, por isso localizavam-se dentro ou próximo a templos.
Em alguns países pode referir-se a outras construções religiosas. Por exemplo, no
Vietnã, pagode é um termo genérico significando "local de trabalho".[necessário
esclarecer]
Acredita-se que o desenho original dos pagodes nasceu entre os Newar do Vale de
Catmandu, no Nepal. A partir de então, a estrutura arquitetônica espalhou-se pela
Ásia, adquirindo diversas formas a medida que detalhes específicos de cada região iam
sendo incorporados ao modelo original.
Pagodes costumam atrair raios devido à altura. Essa tendência fez com que as pessoas
vissem os pagodes como lugares carregados espiritualmente. Muitos deles têm uma
antena no topo, conhecida como finial, que foi feita de modo a ter valor simbólico dentro
do Budismo: por exemplo, ela pode conter formas representando uma lótus. O finial
também funciona como um pára-raios, assim protegendo o pagode de danos que os raios
possam causar.
Função
Apesar de muitos dos pagodes terem sido construídos com propósitos religiosos, eles
podem também ser usados para embelezar vistas, para supervisão militar (por exemplo,
como uma atalaia), ou para ajuda na navegação de navios. Alguns pagodes, como os
Três Pagodes, na Cidade de Dali, também tornaram-se símbolo do local.
135
Etimologia
A procedência da palavra "pagode" é incerta, com diferentes fontes afirmando
diferentes derivações. A primeira aparição da palavra no inglês, de acordo com o
Dicionário Oxford, data de 1634.
De acordo com o Dictionnaire Historique de la Langue Française, de Alain Rey (edição
revisada de 1995), a palavra apareceu pela primeira vez no francês como "pagode", em
1545, significando "templo de uma religião oriental", sendo ela derivada de igual
palavra do português, datada de 1516. A derivação é hipotética. Possíveis raízes podem
ser do dravidiano pagodi ou pagavadi, de um dos nomes de Kali derivado do sânscrito
bhagavati ("deusa"), e do persa butkada ("templo").
De acordo com A Pictorial History of Chinese Architecture (MIT Press, 1984), de Liang Ssu-
Cheng, a palavra "pagode" deriva do chinês 八角塔 (em pinyin, bā jiǎo tǎ), significando
literalmente "torre de oito cantos". Pagodes com base octogonal eram muito populares
durante o final da Dinastia Ming e o início da Dinastia Qing, período em que os europeus
mantiveram contato com os chineses.
No século 18, o Chinoiserie, estilo baseado principalmente no chinês, tornou-se popular
na Europa, introduzido pelo comércio crescente e pelas novas rotas de viagem. Um
exemplo é o pagode dos Jardins de Kew, na Inglaterra, completado em 1762 como um
presente à Princesa Augusta, mãe de George III. Numa reviravolta repentina, "pagod"
virou a denominação no comércio de luxo para uma peça de porcelana de um deus chinês
sentado.
Pagodes famosos
· Pagode An Quang, local de encontro de vietnamitas budistas em Ho Chi Minh, e sede
do Institute for Dharma Propagation.
· Muitos dos pagodes com fins religiosos são stupas budistas. No entanto, alguns
pagodes servem como mesquitas ou como igrejas, ou etc. O Pagode Daqin, na China, é um
exemplo, sendo construído pelos primeiros cristãos.
· Pagode Jade Chop, na região de Three Gorges do Rio Chang Jiang (Yangtze), China.
· Pagode Templo Miruksa, em Iksan, província de Chollabuk-do, na República da
Coréia, um pagode paekche construído em meados do século quinto.
· Toji, a mais alta estrutura de madeira do Japão.
· Torre de Porcelana, uma maravilha do mundo medieval, localizada em Nanquim,
China.
136
ABADIA:
Abadia (do latim abbatia, que deriva do aramaico abba, "pai") é uma comunidade
monástica cristã, originalmente católica ("casa regular formada"), sob a tutela de um
abade ou de uma abadessa, que a dirige com a dignidade de pai (ou madre) espiritual da
comunidade. Deve apresentar no mínimo doze monges professos solenes em seus quadros,
e cuja erecção canónica tenha sido decretada formalmente pela Santa Sé. O termo é
ainda utilizado para se referir a igrejas que pertenceram a abadias hoje extintas,
caso da Abadia de Westminster ou da de São Galo. Em Portugal, também se designava
como abadia algumas freguesias cujo pároco era designado como abade, mas tal
designação não mais é utilizada.
Um priorado apenas difere de uma abadia pelo facto de o seu superior se intitular prior,
em vez de abade. Difere dos conventos ou mosteiros em geral, já que estes últimos podem
referir-se a comunidades monásticas não cristãs. Os priorados eram, originalmente,
casas subsidiárias de uma abadia principal, a cujo abade estavam subordinados. Tal
distinção desapareceu praticamente a partir do Renascimento.
As primeiras comunidades cristãs monásticas consistiam em grupos de celas ou cabanas
reunidas em torno de um centro, onde habitava um eremita ou anacoreta de reconhecida
virtude e de vida ascética exemplar, mas sem obedecer a qualquer ordem espácio-
funcional. Tais comunidades já existiam, nesses moldes, entre grupos religiosos não
cristãos, como os Essénios na Judeia e talvez entre os Therapeutae, no Egipto.
137
Abadias beneditinas:
Na Europa ocidental, os primeiros mosteiros aproveitaram em grande parte o traçado
das vilas romanas deixadas como marca do Império Romano, reutilizando-as ou copiando
a sua planta-tipo. Não há grande conhecimento quanto aos principais órgãos
constituintes das abadias antes da institucionalização da regra monástica de São
Bento de Núrsia, primeiramente aplicada em Monte Cassino e que depois se difundiu, com
uma rapidez quase miraculosa, por toda a Europa Ocidental. De início, e tal como se pode
verificar da leitura da Regra, os mosteiros eram compostos por um oratório de
pequenas dimensões, já que se destinava única e exclusivamente para uso dos monges; um
dormitório, onde pouco mais constava que uma enxerga, lençol, cobertor e travesseiro;
uma cozinha e despensa, um refeitório, uma sala de leitura e oficinas.
Depois de São Bento, foram erigidos mosteiros excedendo, em espaço e esplendor, tudo o
que antes se vira. Poucas foram as grandes cidades Italianas que não tivessem o seu
convento Beneditino - o mesmo acontecendo nos grandes centros populacionais de
Inglaterra, França e Espanha. O número de mosteiros fundados de 520 a 700 é espantoso.
Antes do Concílio de Constança, 1415, nada menos que 15 070 abadias, apenas desta
ordem religiosa. Em Portugal, a Casa Mãe da Ordem Beneditina foi o Mosteiro de São
Martinho de Tibães, que assumiu o papel de importante centro, não só religioso, mas
também cultural e estético.
Tais edifícios eram organizados uniformemente segundo uma planta-tipo que apenas era
modificada para se adaptar às circunstâncias próprias de cada local, como nas
abadias de Durham e de Worcester, onde os mosteiros foram erigidos junto a margens
escarpadas de um rio. Não existe actualmente qualquer exemplar preservado dos
mosteiros beneditinos primitivos. Mas tem-se acesso a uma planta para o grande
mosteiro suíço de São Galo, elaborada cerca do ano de 820 por um autor anónimo, e que,
apesar de possivelmente nunca ter sido implementada, permite tirar ilações quanto à
forma como seria um mosteiro carolíngio de primeira classe no final do século IX. Estes
planos foram investigados principalmente por Keller (Zurique, 1844) e pelo Professor
Robert Willis (Arch. Journal, 1848, vol. v. pp. 86-117). Devemos, ao último, as descrições
mais detalhadas e os esquemas mais reveladores, feitos a partir das transcrições que
efectuou dos originais, actualmente em arquivo neste convento.
A aparência geral do convento é a de uma cidade composta por casas isoladas e ruas
entre elas. Foi planeada, de forma evidente, segundo as disposições da regra de São
Bento, que aconselhava que o mosteiro fosse tanto quanto possível auto-suficiente,
contendo todas as infra-estruturas necessárias para as necessidades básicas dos
monges, bem como as construções consignadas às funções religiosas e sociais próprias
do convento. Devia conter, assim, um moinho, uma padaria, estábulos para equinos e
bovinos, bem como acomodações para a execução de todas as artes mecânicas
necessárias, de modo a reduzir ao máximo a dependência dos monges em relação ao
exterior. O claustro aparece já como um elemento agregador dos vários edifícios. Crê-
se que resulte da transfiguração do atrium das construções romanas, tendo-se usado o
seu espaço interior, depois do trabalho nos campos e das refeições, para a audição de
prelecções de algum mestre.
138
CONVENTO:
O termo convento, do latim conventus que significa "assembleia", advém originalmente da
assembleia romana onde os cidadãos se reuniam para fins administrativos ou de justiça
(convéntum jurídicum). Posteriormente passou-se a utilizar com sentido religioso,
relativamente ao monasticismo quando, para melhor servir e amar a Deus, os homens se
retiravam do mundo, primeiro sozinhos, depois em grupos de monges (comunidades
religiosas), para edifícios concebidos para o efeito, os conventos.
São Bento, no Ocidente, foi o primeiro a criar a estrutura de um convento. Depois, ao
trabalho da Igreja, juntou-se o das cruzadas desde o século XII nas Ordens militares, e
o dos apostolados nas Ordens mendicantes. Os conventos, fosse qual fosse o estilo
arquitectónico da sua construção, tiveram sempre um traçado fundamentalmente igual,
devido às exigências da vida religiosa em comunidade: a igreja conventual com o coro; o
claustro no rés-do-chão para onde abriam as salas em que se realizavam os outros
actos de vida em comum; a sala do capítulo para as reuniões solenes de instrução e
correcção donde normalmente também eram erguidos o refeitório e a biblioteca; em
cima, a toda a volta, corriam os dormitórios, com celas individuais; ao redor do edifício,
campo para recreio e cultivo.
Por vezes, o termo Convento é confundido, erradamente, com Mosteiro. Convento, é
quando o edifício, aquando da sua construção, se inseria na malha urbana, normalmente
delimitada por uma Muralha. A designação de Mosteiro aplica-se ao oposto, ou seja:
quando o edifício foi construído fora da Cidade.
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Hoje em dia, devido à expansão das malhas urbanas, muitos Mosteiros encontram-se já
em Zona Urbana. No entanto, na hora de os classificar, tem de se ter sempre em atenção
qual o entorno na data da sua construção.
Exemplo disso é o Mosteiro de Celas, Coimbra. No séc. XIII (data de fundação), estava a
alguns quilómetros da Cidade. Hoje em dia, encontra-se em pleno coração da malha
urbana.
TAJ MAHAL
O Taj Mahal (em hindi म , persa اج é um mausoléu situado em Agra, uma cidade (محل ت
da Índia e o mais conhecido[1] dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela
UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas
Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de
2007.
A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens,[2] trazidos de
várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco
que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita,
Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela
morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo,
junto ao rio Yamuna.
Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo
inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-
lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado
por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.
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Supõe-se que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal
original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início
das obras por um de seus filhos.
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O Santuário Nacional da Umbanda:
O Santuário Nacional da Umbanda, esta situado na cidade de Santo André, no bairro do
Montanhão, onde foi uma antiga pedreira. Acreditem, era pedra pura aquele local!
Conforme nos explicou Pai Ronaldo Linares, presidente da FUGABC e responsável pela
manutenção e preservação do Santuário, a cerca de 40 anos atrás a região onde se
localiza o Santuário da Umbanda era, nada mais nada menos, que uma grande pedreira,
que já vinha sendo explorada há muitos anos.
Quando começou a cuidar desta área, que era uma grande cratera, resultado da
exploração local, Pai Ronaldo conta que foi preciso plantar cada muda existente hoje
lá. Foi feito um verdadeiro REFLORESTAMENTO no local, pois não existiam plantas,
árvores e nem mesmo queda de água.
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Hoje as duas cachoeiras que estão livres para acesso são resultados do desvio de um
pequeno córguinho que corria atrás da montanha, e com a extração de pedras do local
acabou por tornar-se duas quedas d´agua, duas cachoeiras.
O Santuário da Umbanda, dispõe de estacionamento amplo, sanitários, lanchonete, loja
de artigos religiosos e áreas para realização de trabalhos espirituais, são tendas de
vários tamanhos, distribuídas em todo o Santuário, mais de 140 tendas, sendo algumas
delas para locação avulsa e outras são de locação fixa.
Pai Ronaldo Linares mantém no Santuário da Umbanda um laboratório botânico, onde são
preparadas mudas para plantio, e caso você passe por lá, vale dar uma atenção
especial às colunas onde estão os Orixás, ao redor e atrás de cada uma, foi plantada a
planta correspondente ao Orixá em questão, sendo algumas trazidas de longe, por não
serem nativas da região, como é o caso dos ―dendezeiros‖ que ficam ao redor do vale
onde estão localizadas as imagens dos Orixás. Ao redor de toda a propriedade existem
plantas todas em correspondência com o Orixá próximo à cerca.
São feitas restaurações e criação de imagens neste barracão, tudo mantido pelos
frequentadores e pela FUNGABC.
Por incrível que pareça, quando fomos fazer a visita no Santuário da Umbanda, Pai
Ronaldo enquanto descrevia com riqueza de detalhes, sobre como foi a construção do
Santuário, comentou em dado momento que mesmo fazendo reflorestamento local,
criando toda aquela área verde, sem a ajuda da prefeitura e de empresas privadas,
apenas com seus colaboradores, buscando em determinadas épocas mudas de plantas na
serra a caminho do mar, foi multado por solicitar a ajuda de um funcionário, para tirar
uma árvore que havia caído e estava obstruindo a passagem na estrada. O detalhe é
143
que o funcionário não derrubou a árvore, apenas desobstrui a passagem partindo uma
árvore que já estava tombada devido à chuva e vendaval.
Vale lembrar que o Santuário da Umbanda dispõe de seguranças uniformizados e
apaisana, sendo um local seguro e muito amplo para realização de trabalhos,
oferendas e etc
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Igreja do Nosso Senhor do Bonfim
A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim foi construída por escravos, entre 1750 e 1754. O
templo católico possui estilo colonial, paredes de taipa de pilão e piso de aroeira. A
arquitetura colonial e a arte sacra são os atrativos para os turistas.
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Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Situada na Colina Sagrada, da península de Itapagipe, está a Igreja de Nosso Senhor do
Bonfim. Os visitantes podem encontras as fitas de colocar no braço. Antes de amarrar
se faz necessário desejar algum desejo que é realizado no momento que a fitinha se
solta com o desgaste do passar dos tempos. Para o povo baiano a igreja representa a
maior representação da fé católica. As imagens de Nossa Senhora da Guia e do Nosso
Senhor do Bonfim chegaram de Portugal no dia 18 de abril de 1745, trazidos por Teodósio
Rodrigues de Faria, em um domingo de Páscoa. Interessante notar que o ato representou
promessa cumprida pelo capitão da marinha portuguesa. Após longas tempestades,
Teodósio prometeu que traria ao Brasil os símbolos como sinal de agradecimento e
devoção.
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Interessante notar que somente no ano de 1754 a parte interna da Igreja foi reformada
e as imagens trazidas ao tempo, momento no qual foi realizada missa solene. Neste
época a iluminação interna era feita com lampiões, sendo substituídos por luz pública
em 1892, feita por lâmpadas compostas de gás carbônico. Vale ressaltar que no ano de
1773 a lavagem da igreja aconteceu quando os escravos foram obrigado a lavar a
igreja no sentido de comemorar as festas para o Senhor do Bonfim. O tempo passou e os
adeptos da candomblé se identificaram com Bonfim que passou a ser considerado como
Oxalá nas representações religiosas no sentido de evitar a inquisição católica
atuante no Brasil. Após saber do ocorrido, a Arquidiocese de Salvador proibiu as
lavagens internas dentro da igreja, transferindo assim o ato religioso nas escadarias
e adro. Nas lavagens as baianas despejam água nos degraus ao som de cantos
africanos em homenagem para Oxalá representado pelo Nosso Senhor do Bonfim.
Artigo escrito por Renato Duarte Plantier
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Pelourinho
Representa nome de bairro situado no Centro Histórico de Salvadores. Possui amplo
conjunto arquitetônico colonial da época do período barroco, representante outra
organização do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura. Em termos gerais a palavra está referida à coluna de
pedra situada no centro da praça. Na época da colonização era usada no sentido de
castigar os escravos de maneira pública. O bairro soteropolitano está ligado de
maneira direta não somente com a história da cidade como também do Brasil desde o
momento em que o país foi descoberto pelos portugueses. Quem fundou a cidade foi
português Tomé de Souza, no ano de 1549, considerado como primeiro governador geral
de todo o Brasil, que de certa forma selecionou o pelourinho de maneira estratégica,
visto que a região está no alto e próximo da região portuária. Interessante notar que o
bairro era residencial e possui as melhores moradias até a chegada do século XX. A
partir dos anos de 1960 aconteceu alto nível de degradação sem controle por parte do
Estado. As atividades econômicas se mudaram junto com os moradores dos casarões,
começando assim a transformação do Centro Histórico como ponto de prostituição,
tráfico de drogas e alto nível de marginalidade.
EDIÇÃO: FERNANDO DE OGUM
EMAIL: CONTATO@GRUPOBOIADEIROREI.COM.BR
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Estudiosa descobriu iguarias mineiras nos santuários das Serras da Piedade e do
Caraça. Locais estão entre os maiores atrativos do Caminho Religioso da Estrada Real
Serra da Piedade será um dos pontos de partida do Caminho Religioso da Estrada Real –
segundo a especialista, iniciar o estudo pela serra piedade foi estratégico. ―lÁ é um
ponto de pesquisa muito rico. Tudo o que acontecia de bom ou ruim era levado para a
Serra da Piedade. Tudo o que se comia em Minas era levado para lá por meio dos
peregrinos e bandeirantes. Vi que lá tinham ficado essas marcas, esse histórico
registrado. comecei a aprofundar e fiquei muito surpresa‖, enaltece.
Outra descoberta importante foi a Rosca da Rainha, desenvolvida em uma época que não
havia farinha de trigo no país. ―dom pedro esteve na região e um fazendeiro importou a
farinha para fazer o pão e recebê-lo. Com isso, ele fez a Rosca da Rainha para receber
Dom Pedro. A receita levava óleo de mamona, farinha de trigo, doce de leite na massa,
goiabada e creme de manteiga‖, explica.
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Influência francesa
No Santuário do Caraça o estudo ainda está em andamento. De antemão, Vani Pedrosa
revela que encontrou novas receitas, curiosidades e especificidades da gastronomia
mineira relacionadas às influências francesas. ―não havia mais ouro e ingredientes. a
Serra do Caraça entrou com a parte iluminista, que ficou nesse lugar numa época de
falta de produtos e com novas técnicas, o que gerou linhas de quitandas e docerias de
convento‖, comenta.
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