Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos

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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social

Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

"CRACK e outras drogas - Trabalho integrado e

mediação conflitos" ”.

Catarina Medeiros Psicóloga Pós- graduada em DepedêncIa Química

Droga é qualquer substância que modifica o funcionamento dos organismos vivos, produzindo alterações fisiológicas, que resultam em mudanças das funções do corpo ou do comportamento. Drogas psicotrópicas ou substâncias psicoativas são as que causam modificações no funcionamento do Sistema Nervoso central (SNC), afetando o estado mental da pessoa.

Entendendo um pouco sobre as Drogas

O homem sempre se relacionou com as drogas, quer seja por razões culturais ou religiosas, por recreação ou como forma de enfrentar os problemas, como meio de socialização ... O homem sempre se relacionou com as drogas, quer seja por razões culturais ou religiosas, por recreação ou como forma de enfrentar os problemas, como meio de socialização ...

A sociedade sempre fez uso de drogas ?

Com relação ao status legal das substâncias

As drogas podem ser, do ponto de vista legal, consideradas lícitas ou ilícitas. As drogas lícitas possuem permissão do Estado para serem comercializadas e consumidas. As drogas ilícitas não podem ser consumidas e muito menos comercializadas, pelo menos com a anuência do Estado. Exemplos de Drogas lícitas e ilícitas no Brasil:

Drogas lícitas Drogas Ilícitas

Álcool; Tabaco; Cafeína Cocaína; Maconha; LSD;crack

Com relação a classificação das drogas...

•Álcool, •Tranqüilizantes ou ansiolíticos (benzodiazepínicos), •barbitúricos ou sedativos (ex: Gardenal), •narcóticos (ópio e seus derivados: heroína, morfina e codeína), •inalantes ou solventes.

DROGAS DEPRESSORAS DO SNC

Maconha, LSD, Êxtase, Cogumelos.

DROGAS DEPRESSORAS DO SNC

DROGAS ESTIMULANTES DO SNC

Cocaína, Crack, Nicotina, Anfetaminas (“rebite”, Desobesi).

QUAL O PERFIL DO USUÁRIO DE DROGAS?

-NÃO EXISTE um perfil único de usuários de drogas. As características pessoais e a história de vida dos usuários podem ser muito semelhantes às de qualquer indivíduo.

- Pessoas diferentes faixas etárias, de qualquer nível de escolaridade pertencentes a qualquer classe social, podem fazer uso e as causas são as mais diversas.

- Em cada uma destas situações a pessoa sofre efeitos da droga em prejuízo de saúde física, emocional e social, e pode desenvolver ou não, uma relação de dependência com ela.

QUAIS OS TIPOS DE USUÁRIOS DE DROGAS?

Usuário Experimentador

É o que experimenta uma ou mais drogas por curiosidade, por pressão do grupo de amigos, ou por qualquer outro motivo, sem dar continuidade ao uso..

Usuário Recreativo/Social

É o que usa uma ou mais drogas, quando disponíveis, em ambiente favorável, em situações específicas de lazer, sem qualquer efeito negativo nas suas relações sociais, afetivas ou profissionais.

Usuário:Problemático/Abusivo

É o que faz uso frequente de uma ou mais drogas, podendo ocorrer prejuízo nas relações sociais, familiares, profissionais e na vida em geral.

Usuário Dependente

É o que faz uso frequente, em padrão de dependência,com prejuízo da saúde física e mental, além de prejuízo nos papéis sociais.

“ESTRATÉGIAS PARA O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DROGAS”

• É tudo aquilo que possa ser feito para EVITAR, IMPEDIR, RETARDAR, REDUZIR e MINIMIZAR o uso, abuso ou dependência e os prejuízos relacionados ao padrão de consumo.

• Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é reduzir a incidência de problemas causados pelo uso indevido de drogas em uma pessoa e em um determinado ambiente.

A participação da família na prevenção às drogas

O que é a "FAMÍLIA"?

A família é a referência básica na formação de uma pessoa. Em seu interior, ocorrem as primeiras experiências de vínculos e ela tem sido objeto de estudo de várias áreas do conhecimento, portanto seu conceito pode ser amplo.

CONTEXTO ATUAL

A família brasileira tem passado por transformações e enfrentado vários desafios contemporâneos, As modificações, pelas quais passam as famílias, estão diretamente relacionadas às da sociedade. Essas mudanças provocaram muitos desafios: lidar com as ansiedades e temores frente à violência urbana, o desemprego, a sobrecarga de trabalho, a globalização, as doenças sexualmente transmissíveis, a violência doméstica e o abuso de drogas lícitas e ilícitas.

O QUE É PREVENÇÃO?

1. Inicialmente identificamos a negação e os desentendimentos;

2. Tentativa de controlar a droga, embora não reconheça ou fale sobre a questão;

3. Inversão de papéis e funções gerando uma maior desorganização familiar;

4. Exaustão emocional e distúrbios de comportamento de um ou mais membros, afetando ainda mais a dinâmica familiar.

OBS: Estes estágios sofrem variações e não necessariamente estarão , pois presentes dependerão da dinâmica de cada família , de sua maior ou menor condição interna e externa para lidar com a questão

Estágios do impacto do uso abusivo de drogas sobre a família:

Intersetorialidade?

Fácil?

Difícil?

Pediu ajuda ao colega?

!?!$**#?

O uso de substâncias psicoativas sempre pode produzir danos para o indivíduo e para aqueles que o cercam. No entanto, as drogas possuem historicamente uma função social, e as tentativas de excluí-las da sociedade, pela repressão, sempre se mostraram insuficientes e, muitas vezes, até mais danosas.

• As pessoas são diferentes entre si, e, portanto, não se deve propor

ações que exijam comportamento igual para todos em todas as situações.

Mediação de conflitos

Eu estou errado(a)?

EUUUUUUUUUU...

Os conflitos existem desde o início da humanidade e fazem parte do processo de evolução dos seres humanos.

O conflito pode ser definido como sendo uma incompatibilidade entre duas ou mais pessoas, grupos,países, etc.

O conflito não é ruim em si mesmo. Ele pode ser aproveitado como oportunidade para a solução de problemas que estavam sendo “varridos para debaixo da cama”.

O problema é que, quando as pessoas não estão preparadas para lidar com os conflitos, estes podem ser transformados em confronto, violência.

Daí porque, muitas vezes, é necessário contar com o apoio de uma terceira pessoa, um facilitador ou um mediador, para recuperar o diálogo e o entendimento.

• Mediação é um procedimento não adversarial em que duas ou mais pessoas, com o apoio de mediador devidamente capacitado e livremente aceito, expõem o problema, procuram identificar os interesses comuns e buscam alternativas para a solução do conflito.

• O papel do mediador é o de auxiliar as partes a se comunicarem de modo positivo e a identificarem seus interesses e necessidades comuns, para a construção de um acordo.

• É importante que os mediadores tenham uma comunicação positiva e relacionamento construtivo.

O que é mediação?

1º - Adote a Escuta Ativa, ou seja, aprenda que as pessoas precisam dizer o que sentem. A melhor comunicação é aquela que reconhece a necessidade de o outro se expressar. Em vez de conselhos e sermões, escute, sempre, com toda atenção o que está sendo falado e sentido pelo outro. Somente pessoas que se sentem verdadeiramente escutadas estarão dispostas a lhe escutar.

2º - Construa a empatia. Receba o outro gentilmente. Deixe-o à vontade. Para tanto, procure libertar-se dos preconceitos, dos estereótipos. Preconceitos e estereótipos são autoritários e geram antipatia. Pessoas que aprendem a respeitar as diferenças são capazes de se libertar dos preconceitos e estereótipos. O preconceituoso se apega às suas “verdades” e condena o que é diferente. A empatia se estabelece entre pessoas que se vêem, se aceitam e se respeitam como seres humanos, com todas a suas diferenças.

Para uma comunicação positiva:

3º - Aprenda a perguntar. Em vez de acusar, pergunte. Perguntar esclarece, sem ofender. A pergunta lhe protege contra a pressa em julgar o outro. Através da pergunta você ajuda a outra pessoa a entender melhor o seu próprio problema. As perguntas podem ser fechadas, quando se busca uma resposta do tipo sim ou não. Podem ser dirigidas, quando se quer o esclarecimento de um detalhe do problema. Ou podem ser abertas, para um esclarecimento pleno do assunto.

4º - Estabeleça a igualdade na comunicação. Fale claramente, mas respeite o igual direito do outro de falar. Após escutar ativamente o que o outro tem a dizer, estabeleça uma comunicação em que ambos respeitam o direito do outro de se expressar. Adote, pois, uma comunicação de mão dupla. Pessoas que falam e falam sem perceber que o outro não está mais a fim de ouvir comunicam-se negativamente.

Para uma comunicação positiva:

5º - Adote a Linguagem “Eu”. Quando fizer alguma crítica sobre o comportamento de alguém use a primeira pessoa: Exemplo: “em minha opinião isto poderia ter sido feito de outra forma. O que você acha?” Essa forma de comunicação evita que você fale pelo outro. Nunca se deve dizer “você não devia ter feito isso ou aquilo”. Fale por você, nunca pelo outro. Diga: “eu penso que isto deveria ter sido feito da seguinte forma...”. A linguagem eu evita que a outra pessoa se sinta invadida ou julgada por você.

6º - Seja claro no que diz. Ser claro é ser assertivo. Dizer sim ou dizer não com todas as letras. Com gentileza deve-se dizer não ao comportamento imoral, ilegal ou injusto. Quem não sabe dizer não também não sabe dizer sim. O “bonzinho” não é confiável. Ele quer ser agradável para levar vantagem em tudo. Comunicação positiva se baseia em princípios éticos e não no desejo de simplesmente agradar o outro.

Para uma comunicação positiva:

• 1º - Separe o problema pessoal do problema material. Quando o conflito for pessoal e,

ao mesmo tempo, material, aprenda a separar o problema pessoal do problema material.

Primeiro enfoque o problema pessoal (a relação propriamente dita). Somente após

restaurar a relação, as partes estarão aptas a cuidar do problema material (os bens e os

direitos envolvidos).

• 2º - Passe para o outro lado. Diante do conflito esteja consciente de que nós, humanos,

percebemos os fatos do mundo de modo incompleto e imperfeito. Isto porque a mente

humana tende a optar e fixar uma posição. Procure sair da sua posição e se coloque

no lugar do outro para perceber as razões pelo outro lado. Isto ajudará a descobrir o

interesse comum a ser protegido.

Para um relacionamento construtivo:

• 3º - Não reaja. Ao sofrer uma acusação injusta, não reaja. Dê um tempo e repita o que o

outro disse, pedindo para ele explicar melhor. Quem reage se escraviza ao

comportamento alheio. Quem reage cede, revida ou rompe, sempre em função do que o

outro fez ou disse. Proteja-se contra a reação reformulando. Quem reformula sai do jogo

da reação e recria a comunicação. Reformula-se parafraseando ou perguntando.

Parafrasear é repetir o que o outro disse com as suas próprias palavras. Exemplo: entendi

que você disse que eu era um mentiroso; foi isto mesmo o que você disse? Também se

reformula perguntando. Exemplo: “por que você acha que eu sou mentiroso?” ou “e se o

problema...” ou “você não acha que...”. Ao reformular você cria oportunidades para que a

outra parte volte a praticar uma comunicação mais adequada.

• 4º - Nunca ameace. A ameaça é um jogo de poder. Ao ameaçar você está obrigando a

outra parte a provar que é mais poderosa do que você. Em vez de uma solução de ganhos

mútuos (ganha-ganha), passa-se a um jogo de ganha-perde ou de perde-perde. Vai-se do

conflito ao confronto e, até mesmo, à violência. Às vezes cabe advertir a outra pessoa

para os riscos que ela está correndo, com base em dados de realidade. Mas nunca em

tom de ameaça.

Para um relacionamento construtivo:

• Primeira etapa: apresentação e recomendações.

Nesta primeira etapa o mediador acolhe as partes e se apresenta de modo descontraído; Agradece a presença das partes e destaca o acerto da opção;

• Segunda etapa: as partes expõem o problema:

Esta segunda etapa se inicia com a solicitação do mediador para que cada uma das partes narre o problema trazido à mediação.

Geralmente a parte solicitante narra primeiro, mas elas estão livres para combinar quem inicia.

• Terceira Etapa: resumo do acontecido:

A terceira etapa se inicia no momento em que o mediador expõe um resumo do que escutou. E pedirá às partes que corrijam, prontamente, alguma inexatidão ou omissão. O objetivo do resumo é juntar as duas exposições numa só. A partir do resumo elas podem despertar para outras particularidades do conflito.

Neste momento a etapa está concluída.

A mediação é feita em etapas?

• Quarta Etapa: Identificação dos reais interesses:

Concluído o resumo o solicitante e o solicitado estão mais receptivos ao problema da outra parte. Começam a se desapegar das posições rígidas do início da mediação.

• Quinta Etapa: opções com critérios objetivos:

Nesta quinta etapa são procuradas as opções, as alternativas para a solução do problema. O mediador pode até utilizar cartazes para que sejam anotadas alternativas (brain storm).

As opções válidas devem estar baseadas em dados de realidade. Os dados de realidade ou critérios objetivos devem ser devidamente examinados.Ao se chegar a um consenso sobre a solução do conflito conclui-se mais uma etapa.

A mediação é feita em etapas?

• Sexta etapa: acordo

Nesta etapa final redige-se e assina-se o acordo.

O acordo é assinado pelas partes, assessores presentes e, em determinados países, a exemplo doBrasil, também por duas testemunhas, para que tenha força de título executivo extrajudicial.

Nada impede que os advogados, em combinação com as partes, aditem ou mesmo redijam com palavras mais técnicas o acordo obtido;

Ao final, o mediador deve agradecer e parabenizar as partes pelo resultado alcançado.

A mediação é feita em etapas?

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC

(81) 3183-6956 / 3183-3258 / 3183-3259

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