SEM desafios, sem conflitos não há educação Teóricos críticos Muitos conceitos lutam para não...

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“SEM desafios, sem conflitos não há educação” Teóricos críticos

Muitos conceitos lutam para não serem capturados

O currículo é um projeto, cujo processo de construção e de desenvolvimento é interativo , abarcando várias dimensões e contextos – político, econômico, cultural, social, administrativo e acadêmico (Pacheco, 2005).

CurrículoÉ um lócus no qual há disputas,

embates, conflitos, contestações, negociações, consensos entre diferentes atores e/ou instituições com distintos interesses e influências de diferentes tradições e concepções sociais, ao redor de formas de poder específicas

Ele corporifica formas particulares de agir, sentir, falar e ver

É um campo de práticas e de construções sócio-históricas

O currículo é um território de produção de identidades e subjetividades sociais

Um processo de formação profissional ao selecionar e organizar certos conhecimentos num modelo curricular, ao eleger os pressupostos e princípios para dar base a esta formação, ao assumir objetivos e finalidades, entre outras atividades, propicia também contornos a uma identidade profissional.

O currículo pode ser compreendido como um processo que envolve uma rede de relações, de diferentes contextos que interagem

Psicologia – sujeito ativo, aprendizagem significativa, autonomia,

Sociologia – relações de poder, conhecimentosNova sociologia – vê o currículo como uma construção cultural; organização curricular e poder

Linguagem – discurso, sentidos, significados, capacidade de comunicação

História – contexto, sujeito sócio-histórico, problematização

Economia – competência, empregabilidade

3.Teorias do CurrículoQuais questões uma teoria do currículo

busca responder?

Quem? Que ser humano? Que profissional? Identidade profissional?

O que ensinar? Qual conhecimento é considerado válido? => seleção conteúdos

Por que esses conhecimentos? Saber e poder

TradicionalO currículo remete a uma questão de

desenvolvimento, de técnicoTeóricos: Bobbit, TylerQuais os objetivos educacionais? Quais as experiências educacionais? Como organiza-las de maneira eficiente?Como ter certeza de que os objetivos

foram alcançados?MensuraçãoComo?

CríticoTeóricos: Michael Young, Paulo Freire,

Henry Giroux, Marx, Gramsci, Michael Apple

Desenvolver conceitos que permitam compreender o que o currículo faz

Questionamentos, Problematizações, transformações na realidade

Questiona as relações de poder, de controle, a

construção de valores e significados

CríticoIdeologia, poder, resistência, conscientização, emancipação, classe social, hegemonia, reprodução social e cultural

Por que?

Teóricos: Tomaz Tadeu, Guacira Lopez, Derrida, Gattari, Foucault

Gênero, raça, etnia, identidade, diferença, subjetividade, significado, discurso, alteridade, saber, poder, linguagem

Pós-crítico

Teorias Críticas e Pós-críticas

Nenhuma teoria é neutra ou desinteressada – relações de poder

Interessadas nas conexões entre saber, poder e identidade

5.Modelos de CurrículoA. Currículo AcadêmicoElemento central é o conhecimento (visto

como uma construção) e está nas disciplinas acadêmicas (certas áreas do conhecimento são vistas como mais importantes que outras)

– ênfase na transmissão do conhecimento

Métodos: aula expositiva, pesquisa, trabalhar com problemas

-

B.Currículo Tecnológico- Tem uma ênfase comportamental ou

empírica. Especifica o processo de aprendizagem nas formas que podem ser observadas ou medidas.

- Ênfase nos materiais e nos objetivos => pode utilizar objetivos afetivos, psicomotores e cognitivos

Método – geralmente os alunos trabalham sozinhos – ensino baseado no computador; módulos auto-instrucionais, cassetes para vídeos e audios

Organização –relaciona-se com disciplinas; os objetivos são organizados num continuum ou hierarquia de habilidades

B.Currículo Tecnológico

Avaliação- O tecnólogo está mais preocupado

com a eficácia do processo- Acredita-se que se o material foi

bem planejado vai produzir as competências esperadas

Problemas – pode ter alto custo, pode ter maiores influências sobre os conteúdos

Traço dominante => realizar a crítica social, efetivar mudanças sociais; Compromisso para criar uma nova cultura

ALUNOPROBLEMAS

DA SOCIEDADE

ORGANIZAÇÃO

Questões: 1. a comunidade pode trabalhar coletivamente para resolver seus problemas (cooperação)? 2. As instituições políticas e econômicas podem ser reestruturadas para que as pessoas tenham acesso aos recursos materiais e humanos?

Questões: 1. a comunidade pode trabalhar coletivamente para resolver seus problemas (cooperação)? 2. As instituições políticas e econômicas podem ser reestruturadas para que as pessoas tenham acesso aos recursos materiais e humanos?

C- Currículo Reconstrucionista SocialAvaliação

- Os alunos ajudam a selecionar, administrar e avaliar os exames.

- Demanda interdependência e consenso social

- Interesse na qualidade de vida, poder político das classes trabalhadoras

- Processo de conscientização

PSICOLOGIA HUMANISTA COMO BASE PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA (MASLOW)

conteúdo

IndivíduoIndivíduo

Objetivos : aumento da conscientização pessoal e redução da auto-alienação e aquisição de conhecimentosO indivíduo responde como um todo ao processo de educação – sentimentos, idéias, emoções.Busca integridade, autonomia, crescimento auto realizador – abordagem holística

DESLOCAMENTO DO FOCO

Objetivos

CONTEXTO SOCIO-HISTORICO-CULTURALFatores Estruturais

conhecimento(s) - cultura

Fatores processuais

Avaliação Objetivos -identidade

6. Organização CurricularDisciplinas => Fragmentação,

compartimentalização dos conhecimentos

Módulos – possibilita a escolha de diferentes caminhos => Os componentes curriculares são agrupados segundo princípios de identidade, configurando unidades pedagógicas autônomas

Projetos – organizado através de temas de investigação ou de intervenção na realidade

Problemas – organizado através da formulação de casos, de problemas, de questionamentos

CriticidadeAutonomia

ComunicaçãoTrabalho em

Equipe

CriticidadeAutonomia

ComunicaçãoTrabalho em

Equipe

PROJETO CURRICULAR

• Diretrizes - Princípios Integralidade => múltiplas

dimensões do processo saúde-doença ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação que respeitem a integridade do ser humano; visão do sujeito em cuidado como um todo

Ampliação dos cenários de prática

Diretrizes - Princípios O trabalho em saúde apresenta

especificidades: é um trabalho reflexivo e as decisões a serem tomadas implicam a articulação de vários saberes que provêm de diversas instâncias de caráter - científico, técnico, advindo da experiência de trabalho social - que são mediados pela dimensão ético-política.

Formação tem como referência as diretrizes do SUS

Envolvimento do COLETIVO- Gestores ; - Corpo docente; - Representantes dos alunos; Egressos; - Profissionais que atuam na prática

Planejamento pedagógico inclui também as dimensões da organização do trabalho escolar, da gestão democrática, da eleição das lideranças, da autonomia da escola e da participação da comunidade.

MODELO CURRICULAR – Cursos Profissionalizantes em saúdeCOMPETÊNCIAS“Competência é a capacidade para

aplicar adequadamente conhecimentos e habilidades para alcançar um determinado resultado em um contexto concreto”(DCNETS,1999, p.14).

CompetênciaCompetência profissional - baseia-se no

princípioda humanização do cuidado em sua dimensão

ética, reconhecendo e valorizando a autonomia das pessoas para assumirem a própria saúde

Para Schwartz (1998) o agir competente inclui seis componentes:

seguir corretamente um protocolo experimental;

tomar decisões frente aos eventos; fundamentar essas decisões; transferir saberes para novas situações;formalizar saberes em novos protocolos; trabalhar em equipe.

Técnica => aprender a fazer

Humana=> aprender a ser - subjetividade

Social=> aprender a viver com os outros

Cognitiva=> aprender a conhecerComunicativasorganizacionais Política => aprender a problematizar, a questionar Cultural=> aprender a relacionar-se com as diferenças

Modelo de CompetênciasTende a dar importância às diferenças e

particularidades individuais

Centrada mais na aprendizagem – o aluno é o centro – autonomia do aluno

Construção significativa do conhecimento

Currículo ressalta as experiências concretas dos sujeitos – competência indissociável da ação

Dá importância para alguns princípios tais como globalização, integração e interdisciplinaridade

Integração Curricular - polissemia discurso

Presente diretrizes da UNESCO- Doc. Educação para o séc. XXI – Relatório Jacques Delors

Integração é relacionada mais com atitude diante do conhecimento do que uma concepção diversa desse mesmo conhecimento

-Aprender a conhecer: abertura a outras linguagens e outros conhecimentos , comunicar-se; cooperar.

=>Não garante os questionamentos acerca do poder e da ordem vigente

=>Não é problematizado quais os conhecimentos válidos para essa formação.

Ensino Fundamental Temas Transversais

Ensino médio Interdisciplinaridade

=> Interdisciplinaridade - Busca estabelecer uma intercomunicação e uma cooperação com enriquecimento e modificações mútua

Da Aprendizagem

Do Trabalho Pedagógico Do Projeto Político-Pedagógico –

Currículo - Curso

Institucional

AVALIAÇÃO

DIMENSÕES DA AVALIAÇÃO

Ética

Política

Psicológica

Pedagógica

AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIA

A apreensão das competências implica verificar a integração teoria / prática necessitando de condições de observação e contínuo acompanhamento e monitoramento de desempenho. Ou seja, se exige mais do que conhecer o perfil do profissional em termos de competências e padrões de desempenho desejados , as capacidades e saberes, saber fazer e saber ser .

(DEPRESBITERIS, 2001)

É importante planejar a avaliação considerando-se três de suas dimensões fundamentais

Diagnóstica inicial;Formativa;Recapitulativa.

(dimensão certificativa )

( RAMOS, 2001,p.26)

Diagnóstica inicial

Os instrumentos utilizados nesse tipo de avaliação, conjugados entre si ou não, podem ser:

Exercícios de simulação;Realização de um microprojeto

ou tarefa;Perguntas orais; Exame escrito.

Formativa

Permite identificar o nível de evolução dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

Recapitulativa

Reconhecer se os estudantes alcançaram os resultados esperados, adquiriram algumas das destrezas e habilidades propostas, em função das situações de ensino e aprendizagem planejadas

Princípios básicos para uma avaliação de competência profissional

Selecionar os métodos (perguntas; simulações; provas de habilidades; observação direta; evidências de aprendizagem prévia)

Utilizar uma mescla de métodos que permita a inferência da competência

Métodos holísticos ou integrados de avaliação (combinação de conhecimento, compreensão, resolução de problemas, habilidades técnicas, atitudes e ética na avaliação)

( HAGER, 1995, apud MERTENS, 1996)

Cultivar atividades que conectem o

conhecimento e a reflexão-na-ação dos

profissionais.Schön (2000)

Cultivar atividades que conectem o

conhecimento e a reflexão-na-ação dos

profissionais.Schön (2000)

Nas práticas avaliativas

O professor coleta, analisa e sintetiza, da forma mais objetiva possível, as manifestações das condutas cognitivas e afetivas dos educandos, produzindo uma configuração do efetivamente aprendido, atribui uma qualidade a essa configuração da aprendizagem e toma uma decisão sobre as condutas docentes e discentes com base nessas informações.

(RAMOS, 2001; LUCKESI: 1991).

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Para desenvolver uma prática pedagógica reflexiva é necessário criar condições de colaboração e trabalho em equipe entre professores e alunos (GARCIA ,1992).

E necessário ainda ressignificar as práticas pedagógicas em sala de aula, especialmente a práxis da avaliação ( SORDI, BAGNATO, 1998).

Para desenvolver um processo avaliativo na perspectiva – integradora, emancipatória é necessário:

considerar o nível de ensino, as características dos alunos, da disciplina, do curso e as especificidades da formação profissional.

Proporcionar o Diálogo

(professor/alunos, alunos-professor,

alunos-alunos) para adquirir ou

construir conhecimentos

Dar lugar a relações de respeito mútuo e

compartilhamento

Discutir com os alunos do plano da

disciplina, os elementos que o compõe e

especialmente o sistema de avaliação

Utilizar uma gama variada de

instrumentos e procedimentos para

avaliar a aprendizagem dos alunos,

compatíveis com as características e os

processos de aprendizagem do aluno

atentar principalmente para os processos e não só para os resultados

dar possibilidades aos protagonistas de se expressarem e de se avaliarem

intervir, com base nas informações obtidas via avaliação, em favor da superação das dificuldades detectadas

configurar a avaliação a serviço da aprendizagem, como estímulo aos avaliados e não como ameaça

• contextualizar e integrar a avaliação ao processo ensino – aprendizagem;

• definir as regras do jogo avaliativo desde o início do processo;

• difundir as informações e trabalhar os resultados, visando retroalimentar o processo;

• realizar meta – avaliação, paralela aos processos de avaliação propriamente ditos;

• considerar e respeitar as diferenças e as dificuldades manifestadas em sala de aula, suas idéias, seus questionamentos.

Levar em conta a razão, o raciocínio crítico, mas também a criatividade, a autonomia, considerando a complexidade do real e o inacabamento do ser humano;

Promover oportunidades para que os alunos se desenvolvam, amadureçam intelectualmente e moralmente.

BAGNATO, M.H.S.; Bassinelo, G. A. H.; Lacaz, C. P. da C.; Missio, L.

Ensino Médio e educação profissionalizante em enfermagem: algumas reflexões. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(2):279-86.

LOPES, A. C.; MACEDO, E. Disciplinas e integraçao curricular historia e politicas. R.J. DP&A, 2002.

PACHECO……………………….2005 RAMOS, Marise . Indicações teórico-metodológicas para a

laboração de currículos na educação profissional de nível técnico em saúde. Educação profissional em saúde e cidadania

SILVA, T. T. da Documentos de identidade – uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

VEIGA, I.P.A.; NAVES, M.L. de P. Currículo e avaliação na educação superior. Araraquara: Junqueira & Marin Edit, 2005.

ZARIFIAN, P. A Gestão da e pela competência. In: Seminário Internacional Educação Profissional, Trabalho e Competências. Rio de Janeiro, 28 a 29 de novembro de 1996. Rio de Janeiro: SENAI/DN, CIET, 1998.