Post on 06-Jun-2015
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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAUCENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOMESTRADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: TEORIA PEDAGÓGICAPROFª. Dra. RITA BUZZI RAUSCH
PROFª. Dra. MÁRCIA SELPA
Equipe:Edson Machado Sousa
Leonardo Pavanello JuniorLuís Carlos Rodrigues
Vilmar Rodrigues
BEHAVIORISMOO termo Behaviorismo ou comportamentalismo é uma área da psicologia que tem como objeto de estudo o comportamento Surgiu nos Estados Unidos em 1913,com John Broadus Watson considerado o pai do behaviorismo. (1878 – 1958).
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO De acordo com Watson, o estudo do meio que
envolve um indivíduo possibilita a previsão e o controle do comportamento humano. Behaviorismo metodológico” limita-se àquilo que pode ser publicamente observado; processos mentais podem até existir, mas eles são deixados de fora da ciência por sua natureza. Os “behavioristas” num sentido político e muitos positivistas lógicos na filosofia têm seguido uma linha similar. (p. 190 grifo acrescentado).
Behaviorismo na educação
No âmbito da educação, o behaviorismo remete para uma alteração do comportamento dos elementos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo que essa mudança nos professores e alunos poderia melhorar a aprendizagem. Para Watson, a educação é um importante elemento capaz de transformar a conduta de indivíduos.
Behaviorismo na educação "Dêem-me uma dúzia de crianças sadias,
bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-eí para se tornar um especialista que eu selecione: um médico, um comerciante, um advogado e, sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados.”
(WATSON)
IVAN PAVLOV FISIOLOGISTA
(1849 -1936)
BURRHUS FREDERIC SKINNER
PSICOLOGO (1904-1990 )
ALBERT BANDURA era
psicólogo canadense, autor
da teoria socia cognitiva .
Nesse sentido, o behaviorismo radical vai entender o comportamento do ser humano e dos
outros organismos como uma interação entre estímulos do ambiente e respostas do
organismo, sendo determinado por três tipos de seleção, a saber: filogenética, ontogenética e
cultural. O primeiro nível de seleção,
Para ele, o indivíduo é capaz de aprender também através de reforço vicário (ou
aprendizagem vicariante), ou seja, através da observação do comportamento dos outros e de
suas conseqüências, com contato indireto com o reforço.
Condicionamento Clássico (Tavares et al, 2007). O reforço consiste, assim, no emparelhamento
contínuo dos estímulos condicionados e incondicionados que, se não for efetuado ao
longo de um período de tempo, poderá conduzir ao decréscimo das respostas condicionadas
levando mesmo à sua extinção.
EMPIRISMO• Empirismo Precursor:
Aristóteles (384-322 a.C.)
"Os empiristas acreditavam que as informações se transformam em conhecimento quando passam a fazer parte do hábito de uma pessoa", explica Clenio Lago, profº (Unoesc), . "Até hoje, o conhecimento é visto por muitos como um produto que pertence ao professor", explica Becker.
INATISMO • Inatismo Precursor: Platão (427-
347 a.C.)• sustenta que as pessoas
carregam certas aptidões, habilidades, conceitos, conhecimentos e qualidades em sua bagagem hereditária. Tal concepção motivou um tipo de ensino que acredita que o educador deve interferir o mínimo possível, apenas trazendo o saber à consciência e organizando-o. "Em resumo, o estudante aprende por si mesmo", escreve Fernando Becker(UFRGS).
EMPIRISMO INATISMO• CONHECIMENTO• A fonte do
conhecimento está na experiência.
• O conhecimento vem de fora, através dos sentidos.
• O conhecimento evolui à medida que o sujeito adquire novas experiências.
• O CONHECIMENTO é pré-formado, e as estruturas mentais se atualizam na medida que o ser humano amadurece, vai reorganizando sua inteligência pelas percepções que tem da realidade, vai se tornando apto a realizar aprendizagens cada vez mais complexas.
EMPIRISMO INATISMO
• APRENDIZAGEM
• Mudança de comportamento, resultante do treino e da experiência.
• A APRENDIZAGEM consiste no armazenamento das informações prontas, acabadas, através da memória.
EMPIRISMO INATISMO• ENSINO
• Ensinar é modificar o ambiente, controlar as estratégias de trabalho para operar as mudanças desejadas nas respostas dos alunos.
• O ENSINO consiste na transmissão do conhecimento, através da exposição de conteúdos organizados de acordo com a lógica do professor, ainda que sem significado para os alunos.
EMPIRISMO INATISMO• AVALIAÇÃO
• Avaliar é:
• Medir a quantidade de respostas modificadas.
• Medir a quantidade da mudança operada no comportamento do aluno.
• Medir a quantidade de respostas aprendidas.
• A AVALIAÇÃO consiste em medir o quanto das informações passadas foram retidas na memória pelos alunos. O grau de aprendizagem mede-se pelo estoque de informações acumulada.
CONSTRUTIVISMO
• APRENDIZAGEM
• SER CONSTRUTIVISTA
• ESTIMULA A DESCOBERTA DO CONHECIMENTO PELO ALUNO
• RESTRIÇÕES AO LIVRO DIDÁTICO
JEAN PIAGET (1896 – 1980)
1896 – nasce Jean Piaget, na cidade suíça de Neochâtel;
1915 – Forma-se em Biologia pela Universidade de Neochâtel;
1919 – Foi a Paris para fazer um curso de Psicologia;
1921 – Obteve o grau de Doutor em Ciências;
1921 – Muda-se para Genebra e ocupa o posto de Chefe de trabalhos do Instituto Jean-Jacques Rousseau, oferecido por Claparèd, então diretor do instituto.
(GAUTHIER e TARDIF, 2013, P. 339)
Quatro grandes etapas marcaram a carreira de Piaget:PRIMEIRO PERÍODO (1920 – 1935) – Foi caracterizado por um conjunto de trabalhos sobre o pensamento infantil. Período no qual publicou várias obras sobre a linguagem e as fases do desenvolvimento infantil;
SEGUNDO PERÍODO (1935 – 1955) – Piaget concentrou os seus trabalhos na psicologia, na epistemologia genética e na lógica. Em 1950 publica os três volumes da obra “Introdução à Epistemologia Genética”.
TERCEIRO PERÍODO (1955 – 1965) – Época em que a Epistemologia Genética foi o centro das pesquisas conduzidas por Piaget;
QUARTO PERÍODO – Piaget cria o seu modelo construtivista, estabelecendo similaridades funcionais entre os mecanismos de adaptação biológica em jogo na evolução das formas vivas e os processos de adaptação cognitiva que intervêm na elaboração dos conhecimentos.
(GAUTHIER e TARDIF, 2013, P. 340)
A EPISTEMOLOGIA CONSTRUTIVISTA elaborada por Piaget é situada no racionalismo (que situa a origem dos conhecimentos nas estruturas a priori do sujeito) e no empirismo (que faz derivar o conhecimento de uma experiência). Desta forma, Piaget adota uma posição intermediária, considerando que os conhecimentos não são provenientes nem do sujeito apenas (ideia apriorista) e nem apenas do objeto (ideia empirista), mas resulta de sua interação construtiva.
A INTELIGÊNCIA segundo Piaget:
•Representa o conjunto de ferramentas de que nos servimos para conhecer e para aprender.
•São estruturas que se elaboram em certo número de estágios e de períodos de desenvolvimentos.
NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO:
• Sensóriomotores – 0 a 2 anos
• Pré-operatórioo 1º nível – 2 a 5 anoso 2º nível – 5 a 6 anos
• Operatório Concretoo 1º nível – 7 a 8 anoso 2º nível – 9 a 10 anos
• Operatório Formal – 11-12 anos
EMÍLIA FERREIRO
Emilia Beatriz María Ferreiro Schavi (ARGENTINA, 1936) é uma psicóloga e pedagogista, radicada no México, doutora pela Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética ela continuou, estudando e aprofundando-se em um assunto que Piaget não explorou: a escrita.
1970 – depois de se formar em psicologia pela Universidade de Buenos Aires, estuda na Universidade de Genebra, onde trabalha como pesquisadora-assistente de Piaget e obtém seu PhD sob a orientação do próprio Jean Piaget;
1971 – retorna a Buenos Aires e forma um grupo de pesquisa sobre alfabetização;
1974 – Ferreiro desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças, a qual expôs as conclusões do estudo na obra Psicogênese da Língua Escrita, juntamente com a pedagoga Ana Teberosky;
1977 – após o golpe de Estado na Argentina passa a viver em exílio na Suíça, lecionando na Universidade de Genebra;
1979 – passa a residir no México e inicia uma pesquisa com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, na cidade de Monterrey;
Hoje Emília é professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde vive. Além de professora – que exerce viajando pelo mundo – Ferreiro está à frente do site www.chicosyescritores.org, em que alunos escrevem em parceria com grandes autores e publicam os próprios textos.
A língua escrita é um sistema de relações, com dois processos: ler e escrever. Na aprendizagem destes processos, a criança percorre longo caminho, passando por estágios evolutivos de elaboração, descritos por FERREIRO e TEBEROSKY (1998)
Definição de Alfabetização segundo Ferreiro:
A alfabetização é um processo interno, que acontece de formas diferentes em cada indivíduo dependendo da forma com que é estimulado por seu meio ambiente.
Os processos psicológicos envolvidos eram de índole periférica: discriminação visual e auditiva, coordenações sensoriais e motoras, etc. Há poucos anos, a visão do processo de aquisição do sistema de escrita mudou de forma radical, considerando que existe um conhecimento linguístico prévio que o leitor traz para a tarefa.
O processo de aquisição do sistema alfabético de escrita tem sido considerado como a aprendizagem de um código de transcrição (de sons e grafemas).
Etapas da alfabetização de acordo com Ferreiro:
A informação oferecida é absorvida, mas deixa-se de lado parte dessa informação que no momento não pode ser assimilada, e introduz-se um elemento interpretativo próprio.
A criança estabelece a sua própria lógica na construção da leitura e da escrita, e busca respostas de acordo com o que tem como sua verdade. Cria a sua própria forma de ler e escrever, e vai assim conflito após conflito, dificuldade após dificuldade criando intrinsecamente as bases para a alfabetização nos modelos convencionais.
Etapa Pré-Silábica
Modos de representação alheios a qualquer busca de correspondência entre a emissão de um som e a escrita.
Etapa Silábica
Modo de representação silábicos, com ou sem valor sonoro convencional. Aqui cabe salientar a tematização (sob a ótica de Piaget), pois inicia-se um certo grau de tomada de consciência.
Etapa Silábico-AlfabéticoModos de representação silábico-alfabéticos que precedem a escrita regida pelos princípios alfabéticos. Período de reorganização da hipótese da criança. Ela já sabe que precisa olhar todas as letras. Apresenta a conservação de um significado atribuído ao longo de mudanças contextuais. A criança construiu sozinha uma hipótese silábica e começa a compreender a relação entre a totalidade e as partes, além de estar chegando a compreender a relação entre as letras e os sons da fala.
Etapa AlfabéticaDepois de passar por vários conflitos, a criança chega à conclusão de que não se pode adivinhar o que está escrito, mas precisam-se reconhecer os fonemas e as letras.Apesar da escrita ainda não ter um único sentido, acontecendo da direita pra esquerda, ou da esquerda pra direita, de baixo pra cima, ou de cima pra baixo, começa-se a escrever com princípios alfabéticos, sem resíduos silábicos, e usando as letras com seu valor fonético convencional.
Biografia
Influências
Lewin, Piaget e Vygotsky
A Ecologia do DesenvolvimentoHumano
Fatores de desenvolvimento
Atributos da pessoaProcessos proximais
Parâmetros do contexto
Urie Bronfenbrenner
Parâmetros do Contexto
MicrossistemaMesossistemaExossistema
Macrossistema
Elementos do Microssistema
DíadesAtividades moleculares ou molares
Relações interpessoais Papéis
Contextos
BIBLIOGRAFIA
• BRONFENBRENNER, Urie. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
• KREBS, Ruy Jornada. Novas Tendências para o desenvolvimento
Humano. Palestra proferida no V Encontro Internacional para Estudos da Criança, 1999. www.siid.ucdb.br/docentes/downloads.php?Dir=arquivos&File...pdf
DAVID PAUL AUSUBEL
Biografia
• Nasceu nos EUA em 1918 e faleceu em 2008.
• Estudou medicina e psicologia.
• Seus conceitos são compatíveis com outras teorias do século 20, como a do desenvolvimento cognitivo e a sociointeracionista.
O APRENDIZADO SEGUNDO AUSUBEL
Novas informações
Estrutura cognitiva
Influência do novo material
Um fenômeno
Aprendizagem significativa
Ancoragem
Subsunçor
Aprendizagem Mecânica
Daí a importância de se levar em conta aquilo que o aluno já sabe e de se buscar o que é significativo para o
aluno.
MAPA CONCEITUAL• Mapas Conceituais são ferramentas de trabalho que visam a organizar e representar a
inteligência.
• A teoria que está por trás do mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel.
• Trata-se de uma técnica desenvolvida em meados da década de setenta por Joseph Novak e seus colaboradores na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
• Ausubel nunca falou de mapas conceituais em sua teoria.
• Ele se realiza na interação do novo e o antigo conhecimento.
• Ambos os conhecimentos se modificam possibilitando assim a construção de algo novo.
• Importante o destacar o caráter idiossincrático. Cada pessoa formará o seu próprio mapa conceitual.
BIBLIOGRAFIA
• MALCOLM, C. F. Ensino de língua portuguesa: desafios e encantamentos. Porto Alegre, 2006.
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=526
• MOREIRA, Marco Antonio. Mapas. Conceituais e Aprendizagem Significativa. São Paulo: Centauro, 2010,
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice (orgs). A Pedagogia: Teorias e práticas da antiguidade aos nossos dias. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1996.
FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1999.MALCOLM, C. F. Ensino de língua portuguesa: desafios e encantamentos. Porto Alegre, 2006.http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=526MOREIRA, Marco Antonio. Mapas. Conceituais e Aprendizagem Significativa. São Paulo: Centauro, 2010, http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Trad. Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
PIAGET, Jean. A Linguagem e o pensamento da Criança. Trad. Manuel Campos. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Contrutivismo e Educação (Catherine Twomey Fosnot)
REFERÊNCIAS