Trauma buco dento-alveolar

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Trauma Buco-Dento-Alveolar

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Prof. Ms. Guilherme Terra

Urgência e Cirurgia BMF

Traumatismo Buco-Dento-Alveolar

Ocorrem com grande frequencia

Quedas, acidentes automobilísticos, esportes de contato, brigas, etc...

Dinâmica do Trauma Dentoalveolar

Podem ser causadas por forças diretas e indiretas

Comum injúria aos tecidos moles circunvizinhos

Deve ser considerado como uma urgência Odontológica

O sucesso do tratamento depende da atuação imediata.

História do trauma

Primeiro passo para o correto diagnóstico

Quando aconteceu o trauma?

O tempo pode influenciar no prognóstico

Onde aconteceu?

Possibilidade e o grau de contaminação

Utilização de medicamentos, vacinas, etc...

Como aconteceu

Investigar injúrias secundárias

Condição médica preexistente

História do trauma Qual procedimento foi realizado após o trauma?

Em avulsões, como o dente foi guardado no percurso ao consultório?

Quantos dentes, ou parte deles, foram trazidos ao consultório? Dentes ou fragmentos “perdidos” nos tecidos moles, vias

aéreas ou via gastrointestinal.

O paciente sente algo diferente ao fechar a boca? Pode indicar fratura do processo alveolar, mandibular ou

facial.

Exame clínico

Parte mais importante para se chegar a um diagnóstico

Examinar não somente as estruturas claramente danificadas

Examinar outras áreas em busca de outras injúrias

Rotina do exame clínico Injúria aos tecidos moles extra oral

Lacerações, abrasões e contusões são comuns no trauma dento alveolar

Estruturas nobres envolvidas

Caso exista, encaminhar ao especialista (Buco ou médico)

Injúria aos tecidos moles intra oral

Comumente associados ao trauma

Avaliar se há fragmentos ou corpos estranhos transfixando o tecido.

Rotina do exame clínico Fratura dentoalveolar ou maxilo facial Facilmente verificada com palpação e visual A dor pode ser um complicador

Fraturas coronárias Verificada visualmente e com instrumentos Avaliar profundidade biológica da fratura

Deslocamento de dentes Avulsão, intrusão, extrusão ou luxação.

Rotina do exame clínico

Mobilidade dentária

Pode indicar fratura radicular

Mobilidade considerável apenas do elemento

Pode indicar fratura do processo alveolar

Mobilidade dos dentes adjacentes, todos conjuntamente

Exame radiográfico Diversos tipos de exames podem ser realizados

Comumente utiliza-se as radiografias oclusais e periapicais

Pode ser necessário diversas tomadas radiográficas, variando as técnicas e angulações

O exame radiográfico pode fornecer diversas informações

Exame radiográfico

Principais injúrias verificáveis em radiografias:

Presença de fratura radicular e/ou dentoalveolares

Presença de fratura maxilo mandibular

Grau de intrusão e extrusão

Fragmentos de dentes e corpos estranhos alojados nos tecidos moles

Dente no pulmão

Dente na linha de fratura

Fratura radicular

Corpo estranho em tecido mole Filme radiográfico

Feixe de Rx

Classificação das Lesões Dentoalveolares

Fratura coronária

Fratura corono-radicular

Fratura radicular

Concussão

Mobilidade

Intrusão

Extrusão

Luxação lateral – Lateral, lingual ou palatina e vestibular

Avulsão

Fratura do processo alveolar

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Fratura coronária

Determinado pela profundidade do envolvimento

Fraturas sem exposição pulpar

Restauração e controle periódico

Fraturas com exposição pulpar

Pulpotomia, MIC e restauração provisória

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Fratura corono-radicular Depende da localização da fratura

Se o fragmento está em posição ele deve ser removido para

avaliar a profundidade da fratura

Fraturas acima da crista alveolar

Restaurar

Fraturas abaixo da crista alveolar – mais cervical

Cirurgia periodontal ou ortodontia e restauração

Fraturas muito abaixo da crista alveolar – mais apical

Exodontia

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Fratura corono-radicular

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Fratura radicular

O prognóstico depende da localização da fratura

Fratura horizontal no terço cervical

Bom prognóstico. Endodontia, núcleo e prótese

Fratura horizontal no terço médio

Com deslocamento dos fragmentos – Exodontia

Sem deslocamento dos fragmentos – Endo e prótese – prognóstico duvidoso

Fratura apical

Bom prognóstico. Cirurgia paraendodôntica

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Fratura radicular

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Concussão

Ajuste oclusal

“Tirar” o dente de oclusão

Acompanhamento clínico e radiográfico

Monitoramento da saúde pulpar e periodontal

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Mobilidade

Depende do grau de mobilidade

Ligeira mobilidade

Tratamento semelhante ao da concussão

Mobilidade mais acentuada

Realizar contenção por 2 a 3 meses

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Intrusão

Pior prognóstico dentre os deslocamentos dentários

Reposicionar o dente em sua posição original

Mecanicamente ou Ortodonticamente

Realizar contenção por 2 a 3 meses

Comprometimento pulpar muito provável

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Intrusão

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Extrusão

Reposicionar o dente em sua posição original

Mecanicamente

Realizar contenção por 3 a 4 semanas

Comprometimento pulpar muito provável

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Extrusão

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Luxação

Reposicionar o dente em sua posição original

Mecanicamente

Realizar contenção por 3 a 4 semanas

Controlar para avaliar a saúde pulpar e periodontal

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Avulsão

Situação mais complexa dos traumas dentários

O prognóstico irá variar dependendo do tempo fora do alvéolo

e o meio de manutenção do dento no trajeto ao serviço de urgência

Quanto mais rápido for realizado o reimplante, melhor o

prognóstico Até uma hora o prognóstico é bom Ainda pode ser reimplantado até 3 a 4 horas da avulsão Após este tempo o prognóstico é muito ruim, não sendo indicado o

reimplante

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Avulsão

Algumas orientações devem ser dadas ao paciente ou responsável

O dente deve ser apreendido pela coroa

Deve ser lavado cuidadosamente com soro fisiológico ou água filtrada.

Manter o dente em um meio de manutenção Leite – Ideal

Saliva – 2ª opção

Soro fisiológico – 3ª opção

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Avulsão

Técnica para reimplante

Irrigar cuidadosamente com soro fisiológico o dente e o alvéolo

Não raspar o dente nem curetar o alvéolo

Reposicionar o dente em sua posição original

Após o reimplante deve ser realizado contenção

Cerca de 10 dias

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Avulsão

Medidas a serem tomadas

Realizar ajuste oclusal

“Tirar” o dente de oclusão

Controlar a saúde periodontal e endodôntica

Medicação

Reforço de vacina para tétano

Antibioticoterapia por 7 dias

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Avulsão

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Contenção

Deve ser semi-rígida

Fio de Nylon e resina composta

Fio Ortodôntico “leve” e resina composta

Contenção rígida pode levar à anquilose

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Contenção

Tratamento do Traumatismo Dentoalveolar

Contenção

Trauma Dentoalveolar Duração da Imobilização

Mobilidade ou deslocamento 3-4 Semanas

Fratura radicular 2-3 meses

Reimplante 7-10 dias

Fraturas do Processo Alveolar Ocorre com certa

frequencia

Frequentemente os fragmentos contém diversos dentes

Pode vir acompanhado de lesões dentárias e de tecido mole

Fraturas do Processo Alveolar

Tratamento

Redução da fratura

Reposicionamento em sua posição original

Estabilização da fratura

Existem diversos dispositivos capazes de estabilizar os segmentos de uma fratura

Os dispositivos devem permanecer por cerca de 4 semanas

Fraturas do Processo Alveolar

Os dispositivos mais comumente utilizados são a barra de Erich e as goteiras

Lesão aos Tecidos Moles

Abrasão

Contusão

Laceração

Lesão aos Tecidos Moles

Abrasão

Características

Causada por fricção

Muito dolorosas

Sangramento inexistente ou muito pequeno

Tratamento

Limpeza e remoção de possíveis corpos estranhos

Pode ser empregado curativo

Lesão aos Tecidos Moles

Contusão

Frequentemente associadas a traumas

Equimose por hemorragia subcutânea ou submucosa

Não é necessário tratamento

Lesão aos Tecidos Moles

Laceração

Solução de continuidade nos tecidos epitelial e/ou mucoso (Corte)

Encontrada frequentemente no trauma

Tratamento

Existem 4 passos básicos

Limpeza, debridamento, hemostasia e síntese

Lesão aos Tecidos Moles Laceração

Limpeza da ferida

Remoção de corpos estranhos

Debridamento da ferida

Remoção dos tecidos desvitalizados Pouca quantidade na região Buco-Maxilo-Facial

Hemostasia da ferida

Deve-se conseguir uma correta hemostasia Sangramento contínuo pode comprometer o reparo e criar um

hematoma

Lesão aos Tecidos Moles

Laceração

Síntese

Pequenas lesões não necessitam ser suturadas

Lacerações de mucosa e tecido gengival são suturadas em um único plano.

Em lacerações mais profunda, como em língua e lábio, a sutura deve ser realizada por planos.

Devem ser utilizados fio absorvíveis nos planos internos.

Lesão aos Tecidos Moles

Sutura por planos

Prof. Guilherme Teixeira Coelho Terra

Especialista em Implantodontia e Dentística Mestrando em Odontologia – Universidade Ibirapuera

drguilhermeterra@yahoo.com.br