Post on 27-Jun-2015
MÓDULO 3 – GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS
TÓPICO I – GESTÃO DO CUSTO E FORMAÇÃO DE PREÇOS
VERSÃO 3
2
SUMÁRIO
UNIDADE 01
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09
2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS...................................................................... 10
2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL......................................... 10
2.2 CUSTOS DIRETOS.......................................................................................... 12
2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS.............................................................................. 12
2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS...................................................................... 13
2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS.............................................. 14
3. CUSTOS COMO INDICADORES....................................................................... 15
4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21
UNIDADE 02 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 24
2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS.................. 25
2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS......................................... 27
2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS................................................. 30
2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS......................................... 35
2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS........................................................ 37
2.5. CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS
IMPOSTOS...................................................................................................
39
2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL..................................................................... 41
2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL................................................. 42
2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO................................................................... 44
2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS......................................................... 45
2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS........................................... 46
3. OBJETOS DE CUSTOS................................................................................... 96
3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES................................................................... 97
3.2 MANIFESTOS DE CARGAS.......................................................................... 98
4. MODELO DE CÁLCULO.................................................................................. 98
5. FORMAÇÃO DO PREÇO................................................................................. 99
��������3. CONCLUSÃO..................................................................................................
��������50
��������4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................
��������56
3
5.1 Custeamento Padrão.............................................................................. 100
5.2 Método com base no custo pleno (custo por absorção)....... 101
6. CONCLUSÃO........................................................................................... 7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 57
UNIDADE 03
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 59
2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 60
3. CONTROLE DE CUSTOS.................................................................................. 61
3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR...................................... 61
3.2. CENTRO DE CUSTOS.................................................................................... 62
4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE....................................................................... 62
4.1 FORMULÁRIOS GERAIS E DE CADASTRO................................................... 62
4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES... 63
4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS................................................. 67
4.4 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS............................ 69
4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES......... 71
4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU
ADMINISTRATIVOS...............................................................................................
72
4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES.......................................................................... 73
5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 74
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 80
UNIDADE 04
1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 83
2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO.................................................................... 83
3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO................................................. 85
3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 86
4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 90
5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 93
ESTUDO DE CASO – TÓPICO I............................................................. 111
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4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 1. Características da Empresa e da Frota.................................................. 26
Tabela 2. Custos Diretos Variáveis........................................................................ 28
Tabela 3. Custos Diretos Fixos.............................................................................. 32
Tabela 4. Custos Diretos........................................................................................ 36
Tabela 5. Custos Indiretos..................................................................................... 38
Tabela 6. Custos Operacionais antes do lucro e dos impostos............................. 40
Tabela 7. Cálculo do preço mínimo de venda........................................................ 47
Tabela 8. Exemplo de Relatório de Custos por Veículo........................................ 84
Tabela 9. Exemplo de Relatório de Custos da Frota............................................ 85
Tabela 10. Custo por Absorção............................................................................. 103
Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido.............................................. 105
��������UNIDADE 05
5
ÍCONES
Atividade em grupo/
Verificação de
Aprendizagem
Comentários
Conceitos e
definições
Exemplo
Exercício de Fixação
Glossário
Importante
Momento do Vídeo
Para saber mais
Recapitulando
Reflexão
Curiosidades
6
TÓPICO I – GESTÃO DO CUSTO E FORMAÇÃO DE PREÇOS
O objetivo deste tópico é habilitar os profissionais a identificar, mensurar e controlar
os principais custos existentes em uma empresa de transporte de cargas. Neste
tópico os profissionais deverão ser capacitados a utilizar um modelo para cálculo e
definição do preço dos serviços de transporte de carga.
7
UNIDADE 01
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade você vai começar a entender os custos. Administrar custos é uma das
tarefas mais importantes que um dirigente desempenha ou supervisiona, pois dela
dependem os resultados financeiros da empresa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Aprender o que é custo;
• Aprender quais os tipos de custos;
• Compreender por que é importante conhecer e controlar os custos;
• Aprender a administrar os custos na atividade de transporte de cargas.
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09
2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS....................................................................... 10
2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL......................................... 10
2.2 CUSTOS DIRETOS.......................................................................................... 12
2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS.............................................................................. 12
2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS...................................................................... 13
2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS.............................................. 14
3. CUSTOS COMO INDICADORES....................................................................... 15
4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21
9
ATIVIDADE 011
VÍDEO 01 2
1. INTRODUÇÃO
Quando vivíamos em uma época de inflação alta, com mercados isolados e sem as
facilidades de informação que temos agora, conhecer e administrar custos não era
importante. Bastava ter uma idéia aproximada de custos, acrescentar uma boa
margem de ganho e, assim, formar o preço de venda de um produto ou serviço.
Naquela época isso era possível porque a inflação desorganizava o mercado. Os
preços mudavam a toda hora e, assim, era impossível memorizar os preços para
poder comparar com os da concorrência.
1 As instruções a respeito do desenvolvimento e aplicação desta atividade e das demais estarão
contidas no Manual do Orientador. 2 As instruções a respeito da utilização do Vídeo estarão contidas no Manual do Orientador.
��������A alguns anos atrás, q
��������tão
��������Deste modo, mesmo que você pagasse caro aos seus fornecedores, não administrasse corretamente seus custos e praticasse um preço exagerado, acabava encontrando compradores. Assim, apesar de adotarem práticas gerenciais inadequadas, grande parte das empresas conseguia manter seus clientes, em virtude da alta inflação e da concorrência não tão forte então existente. ¶
10
Hoje, não adianta formar seu preço com base em “custos mais margem”. Se a
concorrência tiver um preço menor com a mesma qualidade, você simplesmente não
vai vender. Ficará fora do mercado. Os preços estão mais estáveis e as
comunicações facilitam a comparação entre os preços para os consumidores, ao
mesmo tempo em que abrem o mercado para a participação de fornecedores cada
vez mais distantes do mercado consumidor. Além disso, a concorrência aumenta a
cada dia e, quanto maior é a concorrência, menores são as margens.
Resumindo: a) quem comanda o preço é o mercado;
b) o aumento da concorrência força a redução das margens de lucro.
Nessa situação, o que resta a você fazer para continuar no mercado?
Administrar eficientemente os custos, buscando reduzi-los constantemente para
garantir seu ganho sem comprometer a qualidade dos bens ou serviços oferecidos
aos clientes.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL
A contabilidade faz uma diferença muito precisa entre o que é gasto, despesa, custo
ou investimento. Esta diferença técnica diz respeito, principalmente, ao momento em
que a movimentação de dinheiro se realiza: se na compra, na produção ou na venda
do produto. Embora muito útil à contabilidade, especialmente nas indústrias, essa
distinção pode ser um pouco confusa e desnecessária para a gestão de custos.
Para gerenciar os custos de uma empresa a contento é preciso ter uma noção clara
do que é custo:
��������Esta situação mudou radicalmente a partir da estabilização econômica e do crescimento da concorrência em todos os setores produtivos, fatos que induziram o aumento de eficiência em toda a economia. Com isto, as empresas viram-se obrigadas, porém, a se tornarem mais eficientes. Para alcançar tal intento, a manutenção de um controle e de uma gestão eficaz dos custos é fundamental.
��������uma empresa
�������� de lucro
��������esta empresa
��������Estará
��������Assim, a formação do preço depende do mercado.
�������� de lucro
��������define
��������. Entretanto, a redução de custos deve ocorrer
��������o comprometimento da
��������indiferente
��������é necessário, inicialmente, que se tenha
11
Custo é todo o gasto realizado na compra de bens e serviços necessários
à realização das atividades da empresa.
Em outras palavras, custo é todo o gasto necessário à operação da empresa. Esses
custos são também chamados de custos operacionais. Diferem dos custos ou
despesas não operacionais, isto é, aqueles que não têm relação com a atividade da
empresa, como taxa de cadastro bancário, impostos sobre propriedade, imóvel etc.
Fica fácil notar que os custos não-operacionais não dependem, geralmente, da
vontade ou da ação do administrador: você deve concentrar a sua ação na
administração dos custos operacionais.
No caso de uma transportadora de cargas - ETC, que é um tipo de empresa
prestadora de serviços, cabe usar a seguinte definição de custo operacional:
Custo operacional de uma empresa transportadora de cargas é todo o
gasto realizado para comprar bens e contratar serviços necessários para a
realização do serviço de transporte de cargas.
Existem diferentes tipos de custos. Os custos operacionais que você irá administrar
dividem-se em custos diretos e custos indiretos. E ainda, em fixos e variáveis.
��������dos objetivos
12
VARIÁVEIS
DIRETOS
CUSTOS FIXOS
INDIRETOS
2.2 CUSTOS DIRETOS
Custos diretos são aqueles que se identificam, diretamente, com a
prestação do serviço, neste caso, o transporte de cargas. Por exemplo, a compra de
veículos, pneus, combustíveis, lubrificantes, os salários de motoristas e mecânicos,
etc.
2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS
Custos diretos fixos permanecem fixos apesar das variações normais no
nível de atividade. Por exemplo: as prestações dos veículos e os salários e encargos
dos motoristas contratados permanecem fixos, independentemente da empresa
estar com muita ou com pouca atividade.
É mais difícil saber quanto um determinado serviço consumiu de um recurso que tem
custo direto fixo, pois esse custo não depende da quilometragem percorrida ou da
quantidade de carga transportada. Para calcular quanto do custo direto fixo cada
serviço realizado consumiu, você precisará criar regras. Como os custos fixos não
correspondem especificamente a “este” ou “aquele” serviço realizado pela empresa,
o seu valor total deve ser distribuído proporcionalmente entre todos os serviços
executados. Um serviço de transporte a uma grande distância, por exemplo, deve
consumir uma parte maior do salário do motorista contratado que um serviço menor.
Para fazer esta distribuição de maneira correta e eficiente você poderá usar uma
ferramenta chamada rateio, que quer dizer distribuição. O rateio necessita de um
��������dentre outros
��������são aqueles que
�������� nas empresas
13
critério para ser aplicado. No caso da sua empresa, pode ser a quantidade de
quilômetros rodados para a realização dos serviços durante um mês de atividade.
Você verá como fazer o rateio na próxima unidade.
Por exemplo, manutenção preventiva, manutenção corretiva, depreciação
de veículo e salário do supervisor de frota, são considerados custos fixos por
contribuírem para a realização de mais de um serviço e não variarem conforme o
número de serviços ou quilômetros rodados.
2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Os custos diretos variáveis dependem do nível de atividade da empresa:
aumentam quando a atividade aumenta e diminuem quando a atividade diminui. Por
exemplo: os gastos com combustíveis, lubrificantes, peças e ferramentas.
É o tipo de custo mais simples de identificar. Geralmente corresponde a valores
gastos na compra de materiais usados na realização dos serviços e no pagamento
da mão-de-obra diretamente envolvida na sua execução que não é contratada da
empresa, como carregadores e motoristas terceirizados.
Observando os itens usados para a execução dos serviços realizados pela
sua empresa, você vai perceber que alguns deles dependem do volume
(quantidade) de serviços prestados em cada período (mês) para a atribuição de seus
valores. Por exemplo, combustível, pedágio, manutenção corretiva, seguro de carga
e material para embalagem terão seus valores alterados conforme o número de
serviços ou de quilômetros que a sua empresa realizar dentro de um determinado
período, pois são custos diretos variáveis.
��������aprenderá a executar
��������a
��������a
��������a
��������o
��������crescem
��������reduzem
14
2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS
Custos indiretos são aqueles que, embora não se identifiquem diretamente
com a atividade de transporte de cargas, são necessários ao funcionamento da
empresa, como os salários e encargos sociais da administração, os gastos com
telefone, com o aluguel de escritórios e armazéns, com publicidade e impostos.
Os custos indiretos também não dependem do nível de atividade da empresa. Por
isso, às vezes, por conveniência, podem ser agrupados aos custos diretos fixos.
Os custos da estrutura administrativa da empresa, por exemplo, são custos
indiretos: honorários contábeis, água / luz / telefone, pro labore + encargos, material
de expediente, aluguel, salário da administração + encargos, publicidade e
propaganda. Estes custos terão valores fixos, pois não dependem do volume de
atividades realizadas pela empresa em um determinado período: aluguel da sala em
que a administração da empresa está instalada não muda com a quantidade de
serviços que a empresa presta a cada mês.
Neste momento você deve estar se perguntando: Por que é importante saber tudo
isso?
É impossível administrar bem uma empresa sem conhecer corretamente
os seus custos, pois os custos são indicadores muito importantes. Os indicadores
servem para mostrar o desempenho da sua empresa. Por isso, são instrumentos
muito valiosos que ajudam você a administrá-la. REESCREVER. NÃO FICOU BOM
��������O conhecimento dos custos é tão importante que uma empresa dificilmente sobreviverá sem dominá-lo. O custo operacional é um importante indicador e, a partir dele, é possível construir outros indicadores. Os
��������os
��������mais
��������para a gestão estratégica,
�������� administrativa e financeira da sua empresa.
15
3. CUSTOS COMO INDICADORES
Um indicador é um valor que mostra o estado ou o nível de um
determinado item que precisa ser controlado. Por exemplo: o consumo de
combustível por quilômetro rodado é um indicador. Com ele, você pode comparar o
consumo de combustível da sua frota com o gasto de outras frotas parecidas (você
consegue essa informação nas publicações sobre transportes). Com esse indicador,
você pode avaliar se as medidas administrativas tomadas para economizar
combustível estão dando resultado, comparando o consumo antes e depois de
tomar essas medidas.
Os indicadores mostram como está a saúde da empresa. Eles informam a todos que
nela trabalham como estão se saindo no trabalho, ao longo do tempo e em relação à
concorrência. Com isto, permitem uma administração eficiente das receitas, dos
custos e, portanto, do lucro da empresa..
O conhecimento dos custos operacionais é indispensável para o
gerenciamento da função transporte. Praticamente, toda decisão ou estudo técnico
envolvendo transporte passa por uma avaliação de custos.
Veja a seguir algumas atividades na área de transporte, onde o conhecimento do
custo é indispensável:
• Programas de "Renovação de Frota”;
• Decisão entre o uso de "Frota Própria ou Contratada”;
• Escolha do veículo adequado (Especificação Técnica de Veículos);
• Definição entre "Manutenção Própria ou Terceirizada”;
VERIFICAR SE AS ATIVIDADES DESTACADOS EM VERMELHO SÃO
REALMENTE PROCESSOS. PARECE-ME QUE NA REALIDADE SÃO TOMADAS
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��������retrata
��������Ele permite
��������de uma empresa
��������transportadoras semelhantes
��������que pode ser obtida
��������Os indicadores permitem verificar, ainda
�������� Para isso, basta comparar o consumo de combustível por quilômetro rodado dos meses posteriores às ações de melhoria executadas com o obtido em meses anteriores a estas ações.
��������tornam possível analisar a
��������va
��������i
��������de uma
��������, garantindo sua sobrevivência.
��������sobre processos
��������A adoção de indicadores, por sua vez, é decisiva o acompanhamento e controle efetivo dos recursos, na identificação de perdas e na avaliação de melhorias dos processos na área de transporte.3 (DEFINIR PROCESSO)
��������Vale destacar os principais processos, dentre os existentes
��������.
��������São eles:
16
DE DECISÃO (EVENTUAS) QUE DEPENDEM DE DETERMINADOS
PROCESSOS. REVER ESTES EXEMPLOS.
• Estudos de "Dimensionamento de Frota”;
• Elaboração de orçamentos;
• Composição dos preços de fretes.
Segundo a Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade - FPNQ
(1995), os indicadores são fundamentais e possuem as seguintes características:
• Estão ligados ao conceito de qualidade centrada no cliente, devendo ser gerados a
partir de suas necessidades e expectativas;
• Possibilitam o desdobramento das metas do negócio, assegurando que as melhorias
em cada unidade contribuirão para o propósito global;
• Devem estar associados a áreas cujos desempenhos causem maior impacto no
negócio. Dão suporte à análise crítica dos resultados e à tomada de decisões;
• Viabilizam e encorajam a busca da melhoria contínua. Possibilitam a comparação
com referenciais de excelência, contribuindo para possibilidades mais amplas de
melhorias.
Os indicadores são usados para controlar e melhorar a qualidade e o desempenho de
produtos (bens / serviços) e processos. A apuração dos resultados através de
indicadores permite avaliar o desempenho em relação à meta e a outros referenciais,
possibilitando o controle e a tomada de decisão gerencial.4
4. CONCLUSÃO
A classificação de cada um dos componentes da relação de itens de custo é que vai
definir o verdadeiro custo operacional da sua empresa. Esse valor é o ponto de
partida para o sucesso do seu negócio.
Tem-se, a seguir, um Quadro-Resumo, contendo os principais conceitos vistos nesta
unidade:
4 BARRETO (1999).
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��� ����� ����������������������������� ������������-����������������� ������& ������������'(������)��� �"#����*�����+,�������������������+,��
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��������¶
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17
QUADRO-RESUMO
Indicador: recurso administrativo utilizado para medir desempenho.
Rateio: distribuição proporcional de valores ou itens.
Custo direto: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço.
Custo direto fixo: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço, mas não
se identifica com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de seguro total dos veículos da frota em
março de 2004.
Custo direto variável: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço que
se identifica totalmente com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de combustível do serviço de
transporte de 15 toneladas de laranja para o Porto de Paranaguá em 15 de março de 2004.
Custo indireto: o custo necessário à produção de um bem ou serviço que não está diretamente
relacionado com a sua produção. Por exemplo: salário e encargos da secretária da diretoria.
Custo operacional: custo necessário à operação ou funcionamento de uma empresa.
��������o
�������� de determinado processo
18
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO5
Em frases curtas, responda:
1. O que você entende por custo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Resposta: Custo é todo o gasto realizado na compra de bens e serviços necessários
à realização do objetivo da empresa.
2. De acordo com o que você estudou até agora, responda: qual é a
importância da identificação dos custos de uma atividade empresarial?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Resposta: Os custos são um indicador decisivo no controle dos recursos, na
identificação de perdas e na avaliação de melhorias dos processos na atividade
empresarial.
3. Você é o analista de custos de sua empresa. Como você classificaria os
custos? Explique a diferença entre os t ipos de custos.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Resposta: Os custos se dividem, inicialmente, em operacionais - que são
necessários à atividade da empresa - e não-operacionais - que não são necessários
à atividade que a empresa desenvolve. Os custos operacionais dividem-se em
diretos e indiretos. Os custos diretos têm relação direta com a atividade empresarial;
5 As respostas dos exercícios de fixação (em vermelho neste material) e as instruções para aplicação
das verificações de aprendizagem estarão contidas no Manual do Orientador.
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19
os indiretos são necessários ao funcionamento da empresa, mas não têm relação
direta com a sua atividade principal. Finalmente, os custos diretos se dividem em
fixos e variáveis. Os fixos não variam com o nível das atividades operacionais da
empresa e os variáveis aumentam quando as atividades aumentam e diminuem
quando elas diminuem.
4. Classif ique os itens abaixo relacionados em Custo Direto Fixo – CDF,
Custo Direto Variável – CDV e Custo Indireto – CI, em uma Empresa
Transportadora de Cargas:
( CI ) Água / Luz / Telefone
( CI ) Salários da Administração + Encargos
( CDV ) Caixas de Papelão
( CDV ) Pneus e Extintores de Incêndio
( CI ) Cartões de Visita
( CDV ) Combustível
( CDF ) Lona
( CDV ) Papel Bolha
( CDF ) Seguro de Frota
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20
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Você vai usar os dados a seguir para calcular o custo operacional e para formar o
preço de venda dos serviços da sua empresa na próxima unidade. Forme um grupo
com os seus colegas e, juntos, classifiquem esses custos usando os conceitos que
aprenderam:
Veículo (CDF)
Máquinas, instalações e equipamentos (CDF)
Combustível (CDV)
Lubrificante (CDV)
Pneu novo (CDV)
Recapagem (CDV)
Câmara nova (CDV)
Protetor de câmara novo (CDV)
Mão-de-obra de manutenção corretiva (terceirizada) (CDV)
Manutenção preventiva (própria) (CDF)
IPVA + Seguro Obrigatório (CDF)
Seguro total da frota (CDF)
Salário dos motoristas (CDF)
Encargos sociais dos motoristas (CDF)
Salário do Supervisor (CDF)
Encargos Sociais do Supervisor (CDF)
Salários do Pessoal Administrativo (CI)
Encargos Sociais do Pessoal Administrativo (CI)
Pró-labore da Diretoria (CI)
Juros (CI)
Depreciação da frota (CDF)
Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos (CDF)
Despesas Gerais (CI)
Pedágio (CDV)
21
5. BIBLIOGRAFIA
BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de utility:
um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção.
Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:
http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.
MARTINS, E.. Contabilidade de custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo: Pioneira,
1997.
FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de
desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.
RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do
transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por cooperativas.
Goiânia, UFG, 2001. Disponível em:
http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso em:
18/03/2004, 16:21h.
22
UNIDADE 02
DETALHAMENTO DOS CUSTOS, MODELO DE CÁLCULO E
FORMAÇÃO DE PREÇO
APRESENTAÇÃO
Na unidade anterior você conheceu os tipos de custos existentes. Nesta unidade,
você vai aprender a classificar os custos por tipo e a usar essa classificação para
ajudar a controlar os seus custos com eficiência. Controlando os custos de maneira
eficiente, você também pode controlar os seus ganhos para formar o seu Preço
Mínimo de Venda. O Preço Mínimo de Venda é um indicador importante que irá
ajudá-lo a estabelecer o preço dos seus serviços. Com ele, você terá mais
segurança para negociar preços com os seus clientes e para conquistar e manter o
seu espaço no mercado. (Mal escrito, confuso e repetit ivo. Refazer.)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer os principais custos e aprender a calculá-los;
• Aprender a calcular o custo operacional, o lucro líquido, e a
remuneração de capital;
• Aprender a calcular a depreciação;
• Aprender a calcular o preço mínimo de venda dos serviços;.
• Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado. ��� ������ �$��������������"#�
��������conhecemos
��������vamos aprender a efetuar a sua classificação. Isto é para que se possa controlar os custos
��������Quando se c
��������forma
�������� são garantidos
��������p
��������m
��������v
��������pode-se brigar
��������melhor por um
�������� Além disso, conhecendo os custos, a empresa pode formar melhor seu preço mínimo de venda, indispensável na hora de negociar preços com clientes.
23
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 24
2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS.................. 25
2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS......................................... 27
2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS................................................. 30
2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS......................................... 35
2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS........................................................ 37
2.5. CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS
IMPOSTOS...................................................................................................
39
2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL..................................................................... 41
2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL................................................. 42
2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO................................................................... 44
2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS......................................................... 45
2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS........................................... 46
3. OBJETOS DE CUSTOS...............................................................................
3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES................................................................
3.2 MANIFESTOS DE CARGAS........................................................................
4. MODELO DE CÁLCULO..................................................................................
5. FORMAÇÃO DO PREÇO.................................................................................
5.1 CUSTEAMENTO PADRÃO............................................................................
5.2 MÉTODO COM BASE NO CUSTO PLENO (CUSTO POR ABSORÇÃO)....
6. CONCLUSÃO...................................................................................................
7. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................
��������3. CONCLUSÃO..................................................................................................
��������50
��������4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................
��������56
��������4
��������5
24
ATIVIDADE 02
1. INTRODUÇÃO
Você irá aprender a identificar e detalhar os custos de uma empresa do setor de
transporte de cargas. Para facilitar a compreensão, vamos trabalhar com os dados
de uma empresa imaginária. O objetivo é calcular o custo operacional desta
empresa e, a partir dele, formar o seu preço mínimo de venda. Começaremos
levantando os itens que compõem a cesta de custos, atribuindo valores para cada
um dos itens levantados.
Para chegarmos ao custo operacional e, com ele, ao preço mínimo de venda, iremos
percorrer o seguinte caminho:
(não entendi o objetivo das marcas de revisão a seguir, uma vez que os termos
assinalados estão descritos na unidade anterior)
I - Calcular os custos diretos variáveis;
II - Fazer o rateio dos custos diretos fixos;
III - Calcular a depreciação;
IV - Calcular o total dos custos diretos;
V - Fazer o rateio dos custos indiretos;
VI - Calcular os custos operacionais, somando custos diretos e indiretos (custos
operacionais: custos diretos + custos indiretos);
VII - Calcular a remuneração do capital;
VIII - Calcular o lucro líquido;
IX - Calcular os descontos dos impostos federais e estaduais
X - Calcular o preço mínimo de venda dos serviços.
��������; e
25
2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS
Para calcular os custos operacionais, é necessário, primeiramente, fazer o
detalhamento de todos os custos de sua empresa.
Detalhar os custos é identificar cada item que provocou gastos da
empresa (por exemplo: combustível), descrever o item (por exemplo: óleo diesel), o
preço de compra de cada unidade do item (por exemplo: R$ 1,14/l), o número de
unidades compradas (por exemplo: 9.900 l) e o valor total da compra (R$ 11.286,00).
Após rigoroso levantamento na sua empresa, de revistas especializadas, dos dados
da concorrência e dos manuais de fabricantes de veículos e peças, você obtém os
dados da sua empresa e da frota. Vamos supor que você realizou o levantamento e
obteve os dados anotados na Tabela 1.
26
Tabela 1. Características da Empresa e da Frota
Características da empresa e da frota
Número de veículos da frota: 02
Tipo de veículo: Caminhão pesado
Preço do veículo novo: 140.000,00
Tara: 8.000 kg
Carga: 14.000 kg
Número de eixos por veículo: 03
Número de pneus por veículo: 10
Utilização média anual (km) 216.000
Utilização média anual (h) 4.320
Máquinas, instalações e equipamentos (R$) 40.000,00
Custo do combustível (óleo Diesel) (R$/l) 1,14
Custo do lubrificante (R$/l) 6,70
Custo do pneu novo (R$/u) 940,00
Custo da recapagem (R$/u) 240,00
Custo da câmara nova (R$/u) 46,00
Custo do protetor de câmara novo (R$/u) 23,00
Custo da mão-de-obra de manutenção corretiva (R$/h) 40,00
Manutenção preventiva (R$/ano) 6.000,00
IPVA + Seguro Obrigatório da frota (R$/ano) 1.500,00
Seguro total da frota (R$/ano) 2.800,00
Salário dos motoristas (R$/anox2) 28.608,00
Encargos sociais dos motoristas (% do salário) 68,42
Salário do Supervisor (R$/ano) 16.800,00
Encargos Sociais Supervisor (% do salário) 68,42
Salários do Pessoal Administrativo (R$/ano) 15.960,00
Encargos Sociais do Pessoal Administrativo (% sal.) 65,05
Pró-labore da Diretoria (R$/ano) 66.650,00
Taxa anual de juros (%) 24,0
Consumo de combustível (km/l) 1,8181
Consumo de lubrificantes (km/l) 300,0
Vida útil dos pneus com recapagens (km) 130.000
Número de recapagens (u) 3
27
Consumo de serviços de manutenção da frota (h/mês) 9,36
Consumo de peças de manutenção da frota (R$/mês) 840,00
Depreciação anual da frota (% do valor de aquisição) 20,0
Vida útil da frota (a) 5
Valor Residual da Frota (% do valor de aquisição) 20,0
Depreciação anual de Máquinas, Instalações e Equipamentos (% do
valor de aquisição).
10,0
Número de lavagens por veículo e por ano 60
Custo médio da lavagem do caminhão 30,00
Vida útil de Máquinas, Instalações e Equipamentos (a) 10
Valor residual de Máquinas, Instalações e Equipamentos 0,00
Despesas Gerais (R$/a) 5.200,00
Valor médio do pedágio (R$) 15,00
Média de quilômetros por cobrança de pedágio (km) 129
Os valores deverão ser organizados em tabelas, segundo a classificação dos custos
estudada na unidade anterior (custos diretos, custos indiretos etc) e analisando
cuidadosamente todos os gastos da empresa.
2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Primeiramente, temos que detalhar os Custos Diretos Variáveis (CDV), aqueles
relacionados diretamente com a operação (o uso) dos dois caminhões,. Para isso,
vamos transportar os dados da Tabela 1 para a Tabela 2.
Custo direto variável é o custo diretamente relacionado
com a produção de um bem ou serviço que se identifica totalmente
com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de combustível do serviço
de transporte de 15 toneladas de laranja para o Porto de Paranaguá
em 15 de março de 2004.
��������- CDV
�������� da empresa
�������� na Tabela 2
��������tanto
��������serão usados
��������obtidos no levantamento realizado anteriormente
28
Tabela 2. Custos Diretos Variáveis
CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Descrição Unidade QuantidadeValor
Unitário Valor TotalRateio
(R$/km)Rateio (R$/h)
Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83
29
O custo de mão-de-obra de manutenção corretiva foi lançado como custo
variável, porque foi considerado que o serviço será realizado por terceiros. Como a
necessidade de manutenção corretiva geralmente ocorre em viagens, dificilmente
será possível realizá-la em oficina própria. Quando realizados em oficina própria,
esses custos são fixos, pois os salários dos mecânicos são devidos,
independentemente de trabalharem ou não.
Nas duas últimas colunas, foi efetuado o cálculo unitário, dividindo o total dos custos
diretos variáveis pela estimativa da quilometragem percorrida, e, também, pelo
número de horas trabalhadas no mês, chegando ao valor de R$ 1,22 de custos
diretos variáveis por km rodado e a R$ 60,83 de custos diretos variáveis por hora
trabalhada. Esses são indicadores importantes, pois permitem que você calcule os
custos diretos variáveis de qualquer serviço, bastando apenas multiplicá-los pela
quilometragem percorrida ou pelo número de horas trabalhadas.
Para calcular o custo direto variável, que se relaciona diretamente com a operação
dos caminhões, você precisa, primeiro, fazer uma estimativa da quilometragem que
os seus veículos vão percorrer e do número de horas que vão trabalhar no mês.
Neste exemplo, a utilização média anual de dois caminhões (216.000 km e 4.320h),
obtida no levantamento efetuado, foi dividida por 12, para fazer uma estimativa
mensal (18.000 km e 360h). Esses são os principais parâmetros que você vai usar
para calcular os custos variáveis. Como você já calculou (na Tabela 2) os principais
custos e consumos por unidade, basta multiplicá-los pelo total de unidades.
Por exemplo: cálculo do custo de pedágio
Previsão do total de tarifas: ____quilometragem total___ = 18000 = 140
Quilometragem por cobrança 129
Custo do pedágio: total de tarifas x preço médio da tarifa = 140 x 15,00 = R$ 2.100
��������se
��������deve
��������usados
��������já foi feito o levantamento dos
��������quilômetro
��������quilômetros percorridos
�������� consumidas
30
Essas informações são úteis, mas, por enquanto, foram apurados
somente os custos diretos variáveis. Porém, você sabe que a atividade também
consome custos diretos fixos, aqueles que atendem a mais de um produto ou serviço
e independem do nível de atividade, como, por exemplo, o IPVA, o seguro
obrigatório ou o salário do Supervisor.
2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS
Na apuração dos Custos Diretos Fixos (CDF), o caminho é inverso do que foi feito
nos custos diretos variáveis. Aqui, você tem o total do custo por mês e basta dividir
esse total pela sua estimativa de quilometragem mensal para conseguir o custo por
quilômetro.
CDV: custo por quilômetro x quilometragem = custo total
CDF: custo total / quilometragem = custo por quilômetro
Assim, para lançar os custos diretos fixos mensais – CDF(m) é preciso realizar o
rateio6 do total dos custos diretos fixos anuais – CDF(a) Você fará isso dividindo
esses custos pela quilometragem total percorrida no ano – km (a) e multiplicando o
resultado pela quilometragem percorrida no mês – km (m).
CDF(m) = CDF(a) x km(m)
km(a)
6 Rateio: distribuição proporcional de valores ou itens.
��������- CDF
��������custos
��������diretos
��������fixos
��������deve
��������considerando, para tanto, a quilometragem percorrida em cada mês e a distância total percorrida ao longo do ano.
��������Isso é necessário para que se mantenha a base de cálculo mensal.
31
Neste exemplo, como se trata de uma projeção, vamos considerar que a
quilometragem mensal percorrida (18.000 km) é igual à quilometragem anual
(216.000 km) dividida por doze (meses), embora na prática a quilometragem mensal
possa variar de um mês para outro. Assim, o rateio dos custos diretos fixos anuais é
calculado assim:
CDF(m) = CDF(a) x 18000 , que podemos simplificar por 18000:
216000
CDF(m) = CDF(a) x 1
12
Dessa forma, vamos simplesmente dividir os custos diretos fixos anuais por 12
(meses) e os custos diretos fixos mensais ficam sendo, no nosso exemplo, 1/12 (um
doze avos) dos custos fixos anuais.
32
Tabela 3. Custos Diretos Fixos
CUSTOS DIRETOS FIXOS
Descrição Unidade Quantidade Valor AnualValor
MensalRateio
(R$/km)Rateio (R$/h)
Manutenção Preventiva R$/ano 1/12 6.000,00 500,00 0,03 1,39 IPVA+Seguro Obrigatório R$/ano 1/12 1.500,00 125,00 0,01 0,35 Seguro Total da Frota R$/ano 1/12 2.800,00 233,33 0,01 0,65 Salário dos Motoristas R$/ano 1/12 28.608,00 2.384,00 0,13 6,62 Encargos Sociais dos Motoristas R$/ano 1/12 19.573,59 1.631,13 0,09 4,53 Salário do Supervisor R$/ano 1/12 16.800,00 1.400,00 0,08 3,89 Encargos Sociais do Supervisor R$/ano 1/12 11.494,56 957,88 0,05 2,66 Depreciação dos veículos R$/ano 1/12 41.600,00 3.466,67 0,19 9,63 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01 0,59 29,72 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 10.698,01 0,59 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 10.698,01 29,72
Substituir por :
Valor Anual ok
Substituir por :
Valor Mensal ok
33
DEPRECIAÇÃO. CONCEITO E MÉTODOS DE CÁLCULO
Você observou que um dos componentes dos custos diretos fixos é a
depreciação dos veículos. Mas, o que é depreciação e como é calculada?
Os bens de uso da empresa – veículos, móveis, máquinas etc. – irão perder valor
pelo desgaste natural, resultante do seu uso diário. Como se trata de uma empresa
do setor de transporte de cargas, teremos como principais itens a serem
depreciados, os seus veículos. A depreciação é considerada um custo, porque
teremos que gastar este valor para repor os bens que forem sendo depreciados.
Mesmo com a reposição dos bens à medida que se depreciam totalmente, os gastos
com a reposição devem ser distribuídos ao longo do tempo para que não tenhamos
uma concentração de custos no mês em que acontecer a reposição, já que os bens
serão usados durante muito tempo.
O cálculo da depreciação pode ser feito por vários métodos. Alguns são
complicados, como o método exponencial e o método da soma dos dígitos dos anos.
No entanto, existe um método mais simples de calcular a depreciação: o método da
taxa média ou método linear, que não é tão exato, mas fornece resultados razoáveis
e é legalmente aceito pela Receita Federal.
MÉTODO LINEAR
Baseia–se na vida útil do bem. Assim, se um determinado bem tem vida útil de 5
anos, isso quer dizer que ele irá se depreciar totalmente nesse prazo, quando
deixará (teoricamente) de ser útil e poderá ser vendido pelo seu Valor Residual
(VR). Valor residual é, portanto, o valor pelo qual o bem pode ser vendido depois
que deixou de ser útil para a empresa, pelo desgaste normal. A diferença entre o
Valor de Compra (VC) e o Valor Residual (VR) é o Valor a Depreciar (VD):
��������A.
��������ocorrerá
��������ça
��������mais complexos
��������que apesar de não refletir o valor depreciado do bem com tanta precisão, conduz a bons resultados e é uma forma legalmente aceita de se calcular a depreciação.
��������usado para a finalidade para a qual foi adquirido
�������� decorrente do seu uso
34
VD = VC - VR
Para calcular a quota anual de depreciação (Qd), que é o resultado da distribuição
da depreciação ao longo da vida útil do bem, no método linear, você deve dividir o
valor a depreciar (VD) pela vida útil (n) do bem:
Qd = VD ou Qd = VC - VR
n n
Sabendo qual a vida útil do bem, você pode calcular facilmente a quota anual de
depreciação em porcentagem, ou taxa de depreciação.
Usando, por exemplo, a vida útil de 5 anos:
Qd = VD, o que é o mesmo que escrever Qd = VD x 1 ou, também:
5 5
Qd = VD x 0,20 ou, ainda: Qd = VD x 20%
Assim, você sabe que o produto deve depreciar 20 % (vinte por cento) do valor por
ano.
35
Existem, basicamente, dois conceitos de depreciação: a depreciação real
e a depreciação contábil. É fácil perceber que a depreciação contábil nem sempre
coincide com o valor da depreciação real do bem, que vai depender de vários
fatores, como as condições de utilização, que podem variar de empresa para
empresa, de fabricante para fabricante, etc. Assim, embora a Receita Federal
publique periodicamente o prazo de vida útil aceitável, em condições normais ou
médias, para cada espécie de bem, você, como contribuinte, tem o direito de
computar a quota mais adequada às condições de depreciação de seus bens, desde
que prove esta adequação quando adotar forma diferente, usando, por exemplo, os
outros métodos de depreciação.
As taxas mais comuns se depreciação são: 20% (5 anos de depreciação) para
veículos; 10% (10 anos de depreciação) para equipamentos, máquinas, móveis,
utensílios e instalações; 4% (25 anos de depreciação) para edifícios e construções.
No caso da sua empresa, você previu que os veículos poderão ser vendidos, após
cinco anos, pelo valor residual correspondente a 20% (vinte por cento) do valor de
compra. Assim, você calculou a quota anual de depreciação dos veículos dessa
maneira:
VR = 260.000,00 x 20% = 52.000,00
Qd = 260.000 – 52.000 = 41.600,00
5
2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS
Agora você pode calcular o total dos custos diretos, somando os custos diretos
variáveis com os fixos:
��������podemos
��������va
��������i
��������a partir da
��������d
��������e
36
Tabela 4. Custos Diretos
CUSTOS DIRETOS
DescriçãoUnidad
eQuan- tidade
Valor Unitário Valor Total
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01 0,59 29,72 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 32.598,34 1,81 90,55 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 32.598,34 1,81 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 32.598,34 90,55
37
2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS
Apurados os custos diretos da atividade da empresa, é preciso conhecer os custos
indiretos necessários à administração (inclusive o seu pró-labore7, se é você que vai
gerenciar a empresa).
Os custos indiretos também são custos fixos, pois ocorrem independente
da empresa estar ou não trabalhando. Assim, também serão rateados pela
quilometragem percorrida no mês.
Novamente, vamos imaginar que uma empresa percorre a mesma
quilometragem em todos os meses e vamos dividir os custos indiretos anuais por 12
para apurar os custos indiretos mensais (doze meses no ano, um doze avos por
mês, como fizemos no cálculo dos Custos Diretos Fixos).
7 Pró-labore: conta de despesa onde se registram os valores retirados pelos sócios de uma empresa
em pagamento de serviços, eventuais ou extraordinários, por eles prestados à firma, instituição ou
empresa.
38
Tabela 5. Custos Indiretos
CUSTOS INDIRETOS
Descrição UnidadeQuantida-
deValor
Unitário Valor TotalRateio
(R$/km)Rateio (R$/h)
Salários do Pessoal Administrativo R$/ano 1/12 15.960,00 1.330,00 0,07 3,69 Encargos Sociais do P. Administrativo R$/ano 1/12 10.381,98 865,17 0,05 2,40 Pro-Labore da Diretoria R$/ano 1/12 66.650,00 5.554,17 0,31 15,43 Despesas Gerais R$/ano 1/12 5.200,00 433,33 0,02 1,20 Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos R$/ano 1/12 4.000,00 333,33 0,02 0,93 TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00 0,47 23,66 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 8.516,00 0,47 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 8.516,00 23,66
39
Com o que já sabemos, e levando em conta que a Receita Federal admite a vida útil
de dez anos para máquinas e equipamentos, fica fácil calcular a quota anual de
depreciação desses bens (10% em cada ano). A depreciação total para máquinas e
equipamentos é igual ao seu valor de compra, já que, no exemplo, se considera que
o seu valor residual é igual zero. Assim, você terá, na linha da tabela correspondente
a Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos e a Quota de Depreciação
Anual desses bens:
Qd(a) = 40000 x 10% = R$ 4.000,00
Dividindo esse valor por 12, você obtém a Quota de Depreciação Mensal:
Qd(m) = 4.000 / 12 = R$ 333,33
2.5 CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS IMPOSTOS
Agora, somando os custos diretos e indiretos, teremos o total dos custos
operacionais antes do lucro e dos impostos:
��������um
40
Tabela 6. Custos Operacionais antes do lucro e dos impostos
Descrição UnidadeQuan- tidade
Valor Unitário Valor Total
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 32.598,34 1,81 90,55 TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00 0,47 23,66 TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS 41.114,34 2,28 114,21 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 41.114,34 2,28 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 41.114,34 114,21
41
Agora que já sabemos quais são os custos operacionais, é preciso calcular o lucro
mínimo e os impostos para formar o Preço Mínimo de Venda que pode ser praticado
pela empresa. Quando estamos lendo um relatório contábil, que reflete o que já
ocorreu, o Preço de Venda já é conhecido e dele são deduzidos os impostos e os
custos para calcular o lucro. Como estamos trabalhando em uma projeção para o
futuro, o Preço de Venda ainda não é conhecido, e é justamente este valor que
queremos descobrir. Assim, o lucro não pode ser calculado com base no resultado
das vendas.
É preciso que se projete o lucro que se deseja para, então, calcular o seu
Preço de Venda e os impostos. Se projetarmos o mínimo de lucro que esperamos
conseguir, teremos como resultado o menor preço de venda praticado, o Preço
Mínimo de Venda.
Mas, qual é o mínimo de lucro que a empresa gostaria de receber? Bem, a resposta
correta é: o lucro que remunere o capital investido na empresa.
2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL
Imagine que você consiga um emprego que pague o mesmo valor
recebido de pró-labore na sua empresa. Você poderia pensar da seguinte maneira:
- É bem melhor assim... Não preciso investir meu capital na compra de veículos,
máquinas, equipamentos ou instalações e fico com este capital disponível para usar
como bem entender! Posso aplicar no mercado financeiro e receber todo o mês um
rendimento, sem precisar me incomodar com a administração e os riscos da
empresa própria.
��������da
��������Veja a seguir como o lucro remunera o capital investido na empresa. ¶
42
Mas, o que faz você continuar com o capital investido na sua empresa? É a
esperança de ganhar mais investindo seu capital na empresa do que aplicando no
mercado financeiro.
Assim, se você consegue um emprego que garante o equivalente ao seu
pró-labore, e a melhor alternativa de aplicação do seu capital no mercado financeiro
remunera o seu capital a 12% ao ano, só faz sentido continuar investindo na
empresa se ela conseguir remunerar o seu capital com mais do que 12% ao ano.
2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL
Não aproveitar a oportunidade de aplicar o seu capital a 12% ao ano no mercado
financeiro representa um custo correspondente a essa remuneração. Por isso, esses
12% recebem o nome de custo de oportunidade. Como o capital é seu, o nome
completo é custo de oportunidade do capital próprio. O seu preço de venda tem que
cobrir, no mínimo, esse custo para que a empresa remunere o seu capital da mesma
forma que o mercado financeiro: com esse preço, a sua empresa e o mercado
financeiro empatam na remuneração do seu capital.
Imagine, agora, que o capital não fosse seu. Que você o tivesse
emprestado de um amigo, de investidores ou de outra empresa que cobrasse 10%
ao ano. Certamente esse amigo, esses investidores ou essa empresa têm outras
alternativas para aplicar o seu capital, também. Assim, a remuneração desse capital
representa o custo de oportunidade do capital de terceiros.
Lembre-se de que remunerar o capital investido é, também, um custo que deve ser
incluído no preço dos bens ou serviços prestados. É comum que o capital investido
em uma empresa seja uma soma de capital próprio com capital de terceiros. Nesse
caso, como calcularíamos a remuneração que cobre o custo desse capital?
��������obter um ganho maior
��������no lugar de aplicar
��������investindo
��������com
��������(oferecer um lucro) acima deste valor
��������e
43
O custo do capital deve ser uma média entre o custo de oportunidade do
capital próprio e o custo de oportunidade do capital de terceiros.
Como as quantidades de capital próprio e de terceiros geralmente são diferentes,
cada custo tem o peso da quantidade de capital que representa na média. Assim, o
cálculo dessa média é feito pela média aritmética ponderada, ou média aritmética
por pesos, e o custo do capital é chamado de Custo Médio Ponderado do Capital
(CMPC).
Chamando cada custo de capital pelas letras C1, C2, C3 e assim por diante, e os
valores investidos correspondentes de V1, V2, V3 etc., você deve multiplicar cada
custo pelo capital correspondente, somar esses produtos e dividir o resultado pelo
total do capital investido (que é a soma de todos os valores investidos) para obter o
CMPC(o que significa?ver parágrafo anterior). Assim:
C1 x V1 = ...............
C2 x V2 = ...............
C3 x V3 = ...............
............. = ...............
_______
SOMA : (V1 + V2 + V3 + ...) = CMPC
O Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC) é o custo para a sua empresa, em
percentagem, do capital investido nela. É quanto a sua empresa precisa pagar aos
donos desse capital para que eles continuem investindo na sua empresa.
Se você está acostumado com fórmulas matemáticas, o cálculo do CMPC(o que
significa CMPC?) pode ser representado assim:
CMPC = C1 x V1 + C2 x V2 + C3 x V3 + ...
V1 + V2 + V3 + ...
��������custo
��������médio
��������ponderado
��������capital
44
Some, agora o total do capital investido na sua empresa:
Veículos R$ 260.000,00
Máquinas, instalações e equipamentos R$ 40.000,00
Total investido R$ 300.000,00
Suponha que, do total, R$ 200.000,00 representem capital próprio e que os R$
100.000,00 restantes tenham sido investidos pelo seu amigo. Lembre-se de que
você pode investir o seu capital a 12% ao ano e que o seu amigo espera receber
10% ao ano. O custo do capital (CMPC) da sua empresa será:
12% x 200.000,00 = 24000
10% x 100.000,00 = 10000
34000 : (300.000,00) = 0,1133 = 11,33% (CMPC)
Ou, usando a fórmula,
CMPC = (200000 x 12%) + (100000 x 10%) = 0,1133 = 11,33%
(200000 + 100000)
Agora você sabe que o seu lucro líquido deve corresponder, no mínimo, a 11,33%
do capital investido na empresa, do contrário, após remunerar o capital de terceiros,
não vai sobrar o suficiente para remunerar o seu capital a 12% ao ano.
Assim, para calcular o seu Preço Mínimo de Venda, é necessário acrescentar um
Lucro Líquido suficiente para remunerar o capital investido na empresa a 11,33%.
Veja agora, como calcular esse Lucro Líquido.
2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO
��������Neste caso, seria mais interessante aceitar o emprego que lhe foi oferecido.¶
45
Como já foi visto no cálculo dos custos operacionais antes dos lucros e dos
impostos, você precisa projetar o seu Lucro Líquido para calcular o Preço Mínimo de
Venda.
Já vimos que o seu lucro líquido (LL) deve corresponder, no mínimo, a 11,33% do
capital investido na empresa. O cálculo é simples:
LL = 300.000 x 11,33% = 33.990,00
É importante lembrar que estamos trabalhando em uma base mensal. Assim, para
compor o nosso preço de venda, vamos dividir esse lucro por 12, representando a
parcela mensal de lucro líquido:
LL(m) = 33990 : 12 = 2.832,50
Quando conhecemos o Lucro Líquido e o Investimento Total realizado na empresa,
podemos calcular a porcentagem invertendo a fórmula. Essa porcentagem é um
indicador muito importante na Administração Financeira e é chamado de Retorno
Sobre o Investimento (ROI), que mede a remuneração do capital investido na
empresa:
ROI = LL = 33990 = 0,1133 = 11,33%
IT 300000
Finalmente, para formar o seu Preço Mínimo de Venda, é necessário que você
inclua a parte destinada a pagar os impostos que são calculados sobre esse preço.
2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS
Já temos o total dos custos da atividade (representado pelos custos diretos
variáveis, custos diretos fixos, custos indiretos e lucro). Falta agora calcular a parte
do governo, ou seja, os impostos.
46
Vamos considerar que a sua empresa está enquadrada no regime do Simples
Federal, com uma alíquota intermediária de imposto de 5,4% sobre o faturamento
total e que a tributação estadual (ICMS) é de 18%, também sobre o faturamento
total.
Porém, você ainda não sabe qual vai ser o seu faturamento total projetado. Como
calcular, então, esses impostos?
Bem, você sabe que tem que reservar 23,4% (5,4% + 18%) do faturamento total
para pagar os impostos federais e estaduais. Assim, sobram 76,6% (100% - 23,4%)
do faturamento total para pagar todos os custos e mais o lucro desejado.
Com base nesses dados, você já pode calcular o faturamento total mínimo (FT) que
a sua empresa deve ter por mês e, portanto, o seu preço mínimo para pagar todos
os custos, todos os impostos, remunerar o capital de terceiros e garantir a
remuneração mínima aceitável para o seu capital:
Custos Operacionais Antes de Lucro e Impostos: 41.114,34
Parcela mensal de Lucro Líquido: 2.832,50
Venda dos Serviços Antes de Impostos: 43.946,84
47
Aplicando uma regra de três simples:
43.946,84 = FT
76,6% 100,0%
76,6 x FT = 43.946,84 x 100
FT = 43946,84 x 100 = 57.371,85
76,6
O seu faturamento total mínimo por mês deve ser, então, de R$ 57.371,85. A partir
deste valor, você pode calcular os impostos:
SIMPLES: 57371,85 x 5,4% = 3.098,08
ICMS: 57371,85 x 18% = 10.326,93
TOTAL DE IMPOSTOS: 13.425,01
2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS
Os dados obtidos por meio dos cálculos efetuados até agora permitem-nos conhecer
outros indicadores importantes.
48
Tabela 7. Cálculo do preço mínimo de venda
CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA
Descrição UnidadeQuan- tidade
Participa-ção (%)
Valor Mensal
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69 LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37
49
Observe e analise com cuidado a tabela apresentada. Ela traz informações
indispensáveis para o sucesso da sua empresa.
- Na coluna “ Participação (%)” , temos a porcentagem que cada um desses
itens representa do faturamento total mínimo mensal (o mínimo para a
empresa remunerar o seu capital conforme o esperado). Calcula-se essas
porcentagens dividindo cada valor da coluna “Valor Mensal” pelo
Faturamento Total Mínimo e multiplicando o resultado por 100 (cem). Note
que, nessa situação, o Lucro Líquido corresponde a 4,94% do Faturamento
Total: de cada R$ 100,00 que você fatura, você tem R$ 4,94 de Lucro
Líquido.
Não entendi o motivo da marca de revisão
- Outra informação importante é o custo de cada item por quilômetro (coluna
“Rateio (R$/km)”) ou por hora (coluna “Rateio (R$/h)”) na situação de
faturamento mínimo.
Idem
A informação mais importante da tabela apresentada, no
entanto, é quanto você deve cobrar, ou seja:
- no mínimo, R$ 3,19 por quilômetro rodado ou;
- se preferir (para serviços em regiões de muito tráfego), R$ 159,37 por
hora de trabalho.
Com base nesses indicadores, você pode estabelecer o seu Preço
Mínimo de Venda de cada serviço, multiplicando R$ 3,19 pela
quilometragem percorrida ou R$ 159,37 por hora trabalhada. Faça os dois
cálculos e compare com os preços praticados pela concorrência.
Você tem, a seguir, um Quadro-Resumo contendo os principais conceitos
vistos até aqui: ��������nesta unidade
50
QUADRO-RESUMO
Depreciação: Perda de valor de um bem pelo desgaste decorrente de sua utilização normal.
Vida Útil: Prazo em que um bem se deprecia totalmente, perdendo sua utilidade para a
empresa. Geralmente é expresso em anos.
Quota de Depreciação: Valor que o bem deprecia por período, geralmente anual.
Depreciação Real: Perda real do valor de um bem pelo desgaste, em condições normais de
uso.
Depreciação Contábil: Perda do valor de um bem a ser lançada contabilmente, conforme
normas estabelecidas pela Receita Federal.
Remuneração do Capital: Parcela de juros que o aplicador espera receber pela utilização do
seu capital.
Custo de Oportunidade: Remuneração que se deixa de receber por não escolher
determinada alternativa de investimento.
Custo do Capital: A remuneração devida por uma empresa ao capital nela investido.
Retorno Sobre Investimento: Remuneração paga por uma empresa ao capital nela investido.
51
COM AS MODIFICAÇÕES REQUERIDAS PELO REVISOR ESTA UNIDADE, QUE RESULTA DA UNIÃO DAS UNIDADES 02 E 05, FICOU MUITO EXTENSA. ASSIM, RESOLVI DEIXAR OS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO E A VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO LOCAL ORIGINAL, PROPORCIONANDO UMA “PAUSA” NESSA UNIDADE. SE NECESSÁRIO, BASTA TRANSPORTÁ-LOS PARA O FINAL DA UNIDADE, ACRESCENTANDO-OS AOS LÁ EXISTENTES.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) Efetue o rateio dos custos diretos fixos anuais, usando os dados
da tabela a seguir:
CDF(a) km(a) km(m) CDF(m)25.000,00 200.000 18.000 2.250 4.500,00 180.000 17.250 431
18.600,00 210.000 16.500 1.461 35.000,00 150.000 25.000 5.833 80.000,00 90.000 9.000 8.000 60.600,00 120.000 15.000 7.575
120.000,00 84.000 10.000 14.286 100.000,00 100.000 10.000 10.000 84.000,00 95.000 8.500 7.516 18.000,00 80.000 10.000 2.250
Resposta: Em vermelho na coluna correspondente.
2) Calcule a depreciação mensal dos veículos listados, sabendo que a
Receita Federal estabelece sua vida útil em cinco anos:
a) Valor de Aquisição: R$ 130.000,00; Valor Residual: 10% do V.A.
b) Valor de Aquisição: R$ 275.000,00; Valor Residual: R$ 75.000,00
c) Valor de Aquisição: R$ 80.000,00; Valor Residual: R$ 0,00
d) Valor de Aquisição: R$ 40.500,00; Valor Residual: 11,11% do V.A.
e) Valor de Aquisição: R$ 142.780,00; Valor Residual: R$ 22.280,00
Respostas: a) R$ 1.950,00; b) R$ 3.333,33; c) R$ 1.333,33; d) R$ 600,01; e)
R$ 2.008,33
3) Com base nos dados da tabela a seguir, calcule o CMPC para cada
uma dessas empresas:
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��������3. CONCLUSÃO¶
��������Como você viu, da correta definição e apuração dos itens de custos depende a formação do preço dos seus serviços. Trabalhando com os seus custos fixos e variáveis e com a expectativa de remuneração do seu capital e do capital dos demais investidores é possível estabelecer o Preço Mínimo de Venda, que é um indicador importantíssimo para orientar a negociação dos seus contratos. Você pode até fechar contratos com preço inferior, pois eles ajudarão a cobrir os seus custos fixos, mas se fizer isso sempre, estará perdendo dinheiro ou, pior, comprometendo a saúde financeira da sua empresa.¶
�������� ��������������
52
EmpresaCapital do
investidor 1
Custo de oportunidade do capital do investidor 1
Capital do investidor 2
Custo de oportunidade do capital do investidor 2
Capital do investidor 3
Custo de oportunidade do capital do investidor 3
A 100.000,00 10,0% 80.000,00 12,0% 60.000,00 15,0%B 50.000,00 12,0% 50.000,00 12,0% 50.000,00 12,0%C 80.000,00 10,0% 60.000,00 10,0% 40.000,00 10,0%D 70.000,00 10,0% 70.000,00 12,0% 70.000,00 14,0%E 150.000,00 10,0% 100.000,00 15,0% - -F 200.000,00 12,0% - - - -G 120.000,00 8,0% 80.000,00 12,0% - -H 20.000,00 10,0% 30.000,00 12,0% 40.000,00 14,0%I 20.000,00 14,0% 30.000,00 12,0% 40.000,00 10,0%J 100.000,00 12,0% 10.000,00 24,0% - -
Respostas: Empresa A: 11,9%; Empresa B: 12,0%; Empresa C: 10,0%;
Empresa D: 12,0%; Empresa E: 12,0%; Empresa F: 12,0%; Empresa G:
9,6%; Empresa H: 12,4%; Empresa I: 11,3%; Empresa J: 13,1%
53
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Forme um pequeno grupo e discuta com seus colegas as seguintes
questões:
1) O que acontece com o Lucro Líquido quando o Faturamento Total de
um mês fica abaixo do Faturamento Total Mínimo projetado? O que fazer
para corrigir essa situação?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: O Lucro Líquido não é suficiente para remunerar o capital investido
na empresa. É necessário aumentar o número de cargas transportadas ou
reduzir custos fixos (diretos ou indiretos)
2) O que acontece com o Lucro Líquido quando o Faturamento Total de
um mês fica acima do Faturamento Total Mínimo projetado, sem que ocorra
alteração na carteira de custos? Nessa situação o que acontece com a
remuneração do Capital de Terceiros? E com a remuneração do Capital
Próprio?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: O Lucro Líquido aumenta e, com ele, aumenta a remuneração do
Capital de Terceiros e do Capital Próprio.
3) O que acontece com o valor dos Custos Variáveis/km quando a
empresa trabalha menos?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Os Custos Variáveis por quilômetro não se alteram.
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54
4) O que acontece com o valor dos Custos Fixos/km quando a empresa
trabalha menos?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Os Custos Fixos por quilômetro aumentam.
5) O que acontece com o valor dos Custos Indiretos/km quando a
empresa trabalha menos?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Os Custos Indiretos por quilômetro aumentam.
6) O que acontece com o valor dos Custos Variáveis/km quando a
empresa trabalha mais?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Os Custos Variáveis por quilômetro não se alteram.
7) O que acontece com o valor dos Custos Fixos/km quando a empresa
trabalha mais?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Os Custos Fixos por quilômetro diminuem.
8) O que acontece com o valor dos Custos Indiretos/km quando a
empresa trabalha mais?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
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55
Resposta: Os Custos Indiretos por quilômetro diminuem.
9) O que deve acontecer com o Lucro Líquido quando a empresa
trabalha mais sem alterar os custos fixos e os custos indiretos?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: O Lucro Líquido deve aumentar.
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56
3. OBJETOS DE CUSTOS
Os objetos de custos são as menores unidades de trabalho cujo custo se
deseja conhecer e controlar. Para uma empresa pequena, por exemplo, pode
ser suficiente conhecer e controlar o custo médio mensal de manutenção
corretiva de sua frota, englobando peças e mão-de-obra. Para essa empresa,
o custo médio mensal de manutenção corretiva é um objeto de custo. Para
outra empresa, de grande porte, pode ser necessário controlar o custo de
cada peça, cada unidade de material de consumo e o custo-hora de mão de
obra, pois o seu consumo desses itens é muito grande. Para essa empresa,
por exemplo, o custo do rolamento do eixo dianteiro pode ser um objeto de
custo.
Como você viu, o nível de detalhamento desejado depende do porte da
empresa e da precisão que a empresa quer do seu sistema de custos, o que
vai variar de empresa para empresa. Assim, atividades como a hora de mão-
de-obra para reparar pneus ou itens como a palheta do limpador de pára-
brisas podem ser objetos de custo para uma empresa, se for importante para
ela conhecer e controlar esses custos.
Os objetos de custos presentes em todos os sistemas são os bens e serviços
produzidos por uma empresa, pois é para conhecer o valor desses bens e
serviços que se constitui um sistema de custos.
(CONFUSO. EXPLICAR MELHOR. REESCREVER)ok
"Objeto de custo é qualquer cliente, produto, serviço, contrato,
projeto ou outra unidade de trabalho para os quais uma mensuração
��������
57
separada/isolada de custos é desejada”.8 Pq a mensuração isolada é
desejada ou necessária? Justificar.
Para controlar o custo de um objeto, é necessário medir esse custo, isolando-
o dos demais. Se a sua empresa tem um grande consumo de platôs de
embreagem, você vai precisar medir esse custo para controlá-lo. Para isso,
terá que isolar o custo do platô dos custos do sistema de embreagem
completo.
No caso das empresas de transporte de cargas, os objetos de custo mais
importantes são os serviços de transporte. O registro desses serviços é feito
em dois tipos de documentos:
• Os Conhecimentos de Fretes;
• Os Manifestos de Cargas.
Os Conhecimentos de Fretes equivalem às Notas Fiscais e registram o
custo de um serviço prestado a um determinado cliente. Já os Manifestos de
Cargas registram o custo de um serviço prestado por um determinado
veículo. Como um veículo pode transportar cargas para diversos clientes, o
Manifesto de Carga de um veículo pode englobar diversos Conhecimentos
de Fretes dos clientes para quem o veículo está transportando.
O funcionamento do segmento de transportes de cargas depende dos objetos
de custos definidos de forma direta e indireta, apresentados a seguir:
3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES
8 PLAYER et al. (1997, p.214).
��� �������$��������������"#�
58
Os documentos utilizados no segmento de transportes, para avaliar
a receita dos negócios efetuados e calcular os impostos gerados por essa
receita são os Conhecimentos de Fretes, que equivalem às Notas Fiscais.
A partir dos Conhecimentos de Fretes é possível conhecer:
• A Receita dos Fretes por Negócio / Cliente /Serviço;
• Os Impostos separados da Receita – ICMS, PIS / COFINS.
3.2 MANIFESTOS DE CARGAS
Para a formação dos custos diretos envolvidos na movimentação
das cargas, os documentos utilizados são os Manifestos de Cargas,
equivalentes à(s) Ordem(ns) de Serviço(s).
Na avaliação dos custos de transportes, estes dois conceitos são importantes
pelo seguinte:
Por exemplo, ao realizarmos a avaliação de um carregamento em
um caminhão, não devemos esquecer que, se ele transportar cargas
fracionadas, terá, em sua carreta/baú, produtos/mercadorias de vários
clientes, ou seja, terá vários Conhecimentos de Fretes. Para cada um dos
clientes foi emitido um Conhecimento que gerará uma receita individual. Em
contrapartida, a Ordem de Serviço para este caminhão trabalhar será
somente uma, respaldada no Manifesto de Carga. Então, o custo deste
veículo deverá ser apropriado a vários clientes se quisermos saber qual a
margem de contribuição de cada negócio/cliente.
��� �������$��������������"#�
59
4. MODELO DE CÁLCULO
Para aproveitar bem todos os dados encontrados no cálculo dos custos
operacionais e na formação do seu preço de venda, você precisa conhecer
alguns sistemas de custeio.
Sistemas de custeio são os diferentes métodos usados
para apropriar os custos a um determinado bem ou serviço. Você verá, a
seguir, os sistemas de custeio por absorção e padrão, usados na apuração e
cálculo de custos para a formação do preço de venda.
Vamos utilizar um modelo básico para o cálculo dos custos a fim de construir
indicadores adequados à realidade do mercado, que ajudem você a tomar
decisões corretas e seguras.
5. FORMAÇÃO DO PREÇO
São os valores envolvidos na formação do preço dos serviços que os tornam
competitivos ou não no mercado consumidor. Você já conhece os
componentes necessários para a formação dos preços da sua empresa,
vistos nas unidades anteriores, quando você elaborou a relação dos itens que
compõem os seus custos e quando classificou cada um deles em diretos
variáveis, diretos fixos e indiretos. (Isto não é um conceito. Ademais, o
texto está fraco). (Quem classificou o texto acima como conceito não fui
eu. Não cabe a mim a diagramação do conteúdo. Além disso, “ o texto
está fraco” é mais uma marca de revisão, como tantas, não explicativa
que carrega juízo de valor do revisor, sem que haja qualquer indicativo
competente de solução. O que seria um “ texto forte” para esse revisor?
A alteração da diagramação, sem separar o texto acima do parágrafo
seguinte deve ser suficiente para resolver o problema.
Você pode, agora, trabalhar com esses componentes e seus valores para
formar um preço para os seus serviços que atenda às necessidades da
��������
60
empresa e que seja competitivo no mercado. Para poder utilizar esses dados,
você vai conhecer alguns métodos que vão facilitar os seus cálculos.
São vários os métodos utilizados para determinar o preço de venda baseado
nos custos, por exemplo:
• Método com base no custo pleno (custo por absorção);
• Método com base no custo de transformação;
• Método com base no custo variável (direto);
• Método com base no rendimento sobre o capital empregado;
• Método com base no custo por atividade.
Estes métodos levarão em consideração os seguintes aspectos:
a) Atendimento a diversas faixas do mercado;
b) Concorrência e competição positivas;
c) Fixação do lucro compatível com o investimento e a remuneração do
capital investido.
A escolha por este ou aquele método vai depender de vários fatores, como o
porte, as características operacionais e a conveniência da sua empresa.
Na área de transportes de cargas, é importante conhecermos a aplicabilidade
de dois métodos básicos de custeamento ou custeio, pois são simples de
usar e bastante difundidos. São eles:
• Custeamento Padrão;
• Custeamento por Absorção.
5.1 CUSTEAMENTO PADRÃO
Neste método, você não apropria os custos pelo seu valor efetivo ou real,
mas sim por uma estimativa do valor que deveriam ter, chamada de Custo
Padrão. Você pode usar esses valores para comparação com os seus custos
ou para realizar estimativas de custo. No entanto, embora possa ajudá-lo a
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��������sistema
61
gerenciar os custos da sua empresa, para efeitos fiscais você terá que
declarar os seus custos reais com base em outro método, pois o Custo
Padrão não é aceito pela legislação do Imposto de Renda. O Custo Padrão é,
assim, uma ferramenta de controle gerencial simples e de fácil aplicação que
pode ser usada juntamente com outro método de custeio que a sua empresa
adotar.
Por exemplo, você pode tomar como base ou como padrão os
custos publicados nas revistas de transporte e comparar os custos da sua
empresa com aqueles padrões. Com isso, você já pode fazer um controle dos
seus custos. Você pode considerar como padrão, por exemplo, o consumo de
combustível por quilômetro em operação, especificado pelo fabricante do seu
caminhão. Comparando com o consumo real desse caminhão, você pode
saber se ele está consumindo acima do padrão e tomar as medidas que
julgar necessárias para corrigir isso.
5.2 MÉTODO COM BASE NO CUSTO PLENO (CUSTO POR ABSORÇÃO)
Este método considera, como custo dos serviços prestados todos
os gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e
Variáveis) ou Indiretos. Este método de cálculo e controle de custos é o único
aceito no Brasil pela legislação do Imposto de Renda. Para o
desenvolvimento e aplicação deste método, você deve apresentar os custos
na forma de mapa ou planilha.
Você lembra do exemplo da unidade anterior, onde efetuou o
cálculo de todos os custos incidentes na atividade, fazendo o rateio dos
custos diretos fixos e indiretos com base nos quilômetros rodados? Para isso
você utilizou este método.
62
Nele, o preço de venda é igual ao total dos custos de produção do serviço
(diretos variáveis), mais uma porcentagem para cobrir os custos diretos fixos
e indiretos e proporcionar uma margem desejada de lucro. Usando o exemplo
da Tabela 2 já apresentada:
Imagine, agora, que o mercado pratique um preço de venda médio de R$
3,50/km. Com esse preço, sua Margem de Contribuição por Quilômetro será:
MC(R$/km) = PV(R$/km) – CDV(R$/km)
PV(R$/km) = 3,50
CDV(R$/km) = 1,22 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 1)
MC(R$/km) = 3,50 – 1,22 = R$ 2,28/km
Este resultado significa que, de cada R$ 3,50 que você cobra por quilômetro
rodado, R$ 2,28 são destinados a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e
indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.
Se você preferir usar o indicador R$/h, praticando o preço de venda de R$
175,00 por hora trabalhada, sua Margem de Contribuição por Hora
Trabalhada, será:
MC(R$/h) = PV(R$/h) – CDV(R$/h)
CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Descrição Unidade QuantidadeValor
Unitário Valor TotalRateio
(R$/km)Rateio (R$/h)
Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83
63
PV(R$/h) = 175,00
CDV(R$/h) = 60,83 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 2)
MC(R$/km) = 175,00 – 60,83 = R$ 114,17/km (indicar na Tabela Rateio)
Este resultado significa que, de cada R$ 175,00 que você cobra por hora
trabalhada, R$ 60,83 são destinados para cobrir todos os custos fixos (diretos
fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.
Você pode organizar os dados na tabela a seguir:
Tabela 10. Custo por Absorção
CUSTO POR ABSORÇÃO
Descrição Unidade Quantida-
deValor
Unitário Valor Total Rateio
(R$/km) Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 41.099,67 2,28 114,17 PREÇO DE VENDA DOS SERVIÇOS 63.000,00 3,50 175,00 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 63.000,00 3,50 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 63.000,00 175,00
Para você saber qual é a porcentagem da sua Margem de Contribuição
sobre os Preços de Venda, basta dividir a Margem de Contribuição por
Quilômetro pelo Preço de Venda dos Serviços por Quilômetro e multiplicar o
resultado por 100 (cem):
MC(%) = MC(R$/km) – 1 = 2,28 x 100 = 0,65 x 100 = 65%
PVS(R$/km) 3,50
64
É claro que você consegue o mesmo resultado usando a Margem
de Contribuição por Hora Trabalhada e o Preço de Venda dos Serviços por
Hora Trabalhada. O resultado significa que cerca de 65% do seu preço de
venda é destinado a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e indiretos),
impostos e ainda formar o lucro que você terá.
Note que o Preço de Venda dos Serviços praticado pelo mercado é maior
que o Preço Mínimo de Venda, de R$ 3,19/km que você calculou na Tabela 7
da Unidade 2:
65
CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA
Descrição UnidadeQuan- tidade
Participa-ção (%)
Valor Mensal
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69
LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19
Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37
Você pode usar esse novo preço de venda para verificar o impacto nos
impostos e no seu Lucro Líquido, construindo a tabela:
66
Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido
CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO
Descrição UnidadeQuan- tidade
Participa-ção (%) Valor Mensal
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
FATURAMENTO TOTAL 100,0% 63.000,00 3,50 175,00 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 34,8% (21.900,33) (1,22) (60,83) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 65,2% 41.099,67 2,28 114,17 CUSTOS DIRETOS FIXOS 17,0% (10.698,01) (0,59) (29,72) CUSTOS INDIRETOS 13,5% (8.516,00) (0,47) (23,66) LUCRO LÍQUIDO 34,7% 21.885,66 1,22 60,79 IMPOSTOS 23,4% 14.742,00 0,82 40,95 SIMPLES 5,4% 3.402,00 0,19 9,45 ICMS 18,0% 11.340,00 0,63 31,50 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.885,66 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.885,66 60,79
67
Como você percebeu, seus lucros aumentaram! Você viu na unidade 2 que,
para remunerar adequadamente o capital investido na sua empresa, você
precisava gerar um Lucro Líquido de, no mínimo, R$ 2.832,50 por mês, o que
significava praticar um preço por km de R$ 3,19, com a estimativa de 18.000
km/mês.
Neste exemplo, você conseguiu praticar um preço por km de R$ 3,50,
mantendo a estimativa de 18.000 km/ mês, não alterando, assim, os custos
operacionais. Com isso, conseguiu um Lucro Líquido de R$ 21.885,66 no
mês! Se todos os meses fossem iguais, sua empresa teria um lucro de R$
262.627,92 no ano e o Retorno sobre o Investimento da Empresa, seria:
ROI = LL = 262.627,92 = 0,8754 = 87,54% ao ano
IT 300.000,00
68
6. CONCLUSÃO
Como você viu, da correta definição e apuração dos itens de custos depende
a formação do preço dos seus serviços. Trabalhando com os seus custos
fixos e variáveis e com a expectativa de remuneração do seu capital e do
capital dos demais investidores é possível estabelecer o Preço Mínimo de
Venda, que é um indicador importantíssimo para orientar a negociação dos
seus contratos. Você pode até fechar contratos com preço inferior, pois eles
ajudarão a cobrir os seus custos fixos, mas se fizer isso sempre, estará
perdendo dinheiro ou, pior, comprometendo a saúde financeira da sua
empresa.
Para calcular o Preço de Venda que atenda às suas necessidades, você
pode usar alguns métodos, como o método do Custo Pleno ou Por Absorção.
Além de aceito pela legislação, este método é muito útil para cálculos
rápidos. Por exemplo, se você sabe que com uma Margem de Contribuição
de cerca de 65% do Preço de Venda consegue cobrir todos os seus custos
fixos e ainda ter um Lucro Líquido de cerca de 35%, tem um grande aliado
em decisões de contratação de serviços com preços competitivos.
69
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Quais são os objetos de custo de maior interesse para o Transporte
de Cargas?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Resposta: Os Conhecimentos de Fretes e o Manifesto de Cargas.
2. O que é Custo Padrão?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Resposta: É o custo de um determinado item obtido da concorrência, nas
publicações especializadas ou das planilhas dos órgãos concedentes e que é
utilizado como padrão para comparar com os custos reais da empresa.
3. Como funciona o Sistema de Custos Por Absorção?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Resposta: Considera como custo dos serviços prestados todos os gastos
incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e Variáveis)
ou Indiretos.
70
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1. Para que serve o Preço Mínimo de Venda?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Como parâmetro para negociação de tarifas e para orientar a
participação em concorrências.
2. O que significa a Margem de Contribuição?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Resposta: É a parte do Preço de Venda destinada a cobrir os custos fixos
diretos e indiretos e a remunerar o capital investido (gerar lucro).
3. O que quer dizer ROI? O que significa?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
____________________________________________________________
Resposta: ROI é a sigla, em inglês, do Retorno Sobre o Investimento. O ROI
representa a rentabilidade do capital investido na empresa.
71
7. BIBLIOGRAFIA
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo, Atlas, 2003.
BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de
util ity: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da
Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:
http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.
CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do
sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso
do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão
Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA:
UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso
em: 19/03/2004, 14:30h.
FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de
desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.
GIENTORSKI, L. C. Modelo de Sistema de Custeio Para o Transporte
Rodoviário de Cargas in III Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de
Custos: a gestão estratégica de custos associados aos programas de
qualidade, produtividade e reengenharia. Curitiba, UFPR, 1996.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de
Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.
PLAYER, S. et al. ABM: lições do campo de batalha. São Paulo, Makron
Books, 1997.
RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do
transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por
cooperativas. Goiânia, UFG, 2001. Disponível em:
http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso
em: 18/03/2004, 16:21h.
UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:
Pioneira, 1997.
��������¶��������������
4. BIBLIOGRAFIA
��������ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo, Atlas, 2003. ¶BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de utility: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em: http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.¶CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA: UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso em: 19/03/2004, 14:30h.¶FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995. ¶MARTINS, E. Contabi lidade de custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.¶RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por cooperativas. Goiânia, UFG, 2001. Disponível em: http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso em: 18/03/2004, 16:21h.¶VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo: Pioneira, 1997.
72
ESTA SEGUNDA PARTE É A ANTIGA UNIDADE 05, QUE FOI JUNTADA
À UNIDADE 02, COMO SOLICITADO PELO REVISOR.
73
UNIDADE 03
CONTROLE DE CUSTOS
APRESENTAÇÃO
Na unidade anterior aprendemos a classificar e calcular custos para formar o
preço mínimo de venda dos serviços. Vimos como é importante controlar os
custos, para garantir o seu retorno ou o retorno dos acionistas. Nesta
unidade, você aprenderá a construir as ferramentas para controlar esses
custos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Elaborar um Sistema de Controle de Custos Operacionais.
74
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 59
2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 60
3. CONTROLE DE CUSTOS.................................................................................. 61
3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR...................................... 61
3.2. CENTRO DE CUSTOS.................................................................................... 62
4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE....................................................................... 62
4.1 FORMULÁRIOS GERAIS E DE CADASTRO................................................... 62
4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES... 63
4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS................................................. 67
4.4 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS............................ 69
4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES......... 71
4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU
ADMINISTRATIVOS...............................................................................................
72
4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES.......................................................................... 73
5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 74
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 80
75
ATIVIDADE 03
1. INTRODUÇÃO
O controle dos custos é essencial para manter a saúde financeira da
empresa. Você pode ter uma política comercial agressiva, um ótimo
atendimento ao cliente e funcionários atenciosos e competentes, mas nada
disso adiantará se você não controlar eficientemente os custos, pois, do
contrário, a sobrevivência da empresa estará ameaçada.
.
Você já sabe que conhecer os custos operacionais é indispensável para o
sucesso da sua empresa, pois permite:
• tomar decisões sobre alternativas de investimentos, como decidir
entre o aluguel ou a compra de veículos;
• determinar o momento de substituir um veículo ou equipamento;
• selecionar a categoria de veículo mais apropriada às condições
operacionais de sua empresa;
• escolher entre realizar ou terceirizar serviços;
• determinar indicadores de desempenho e produtividade, detectar
variações nesses padrões e reduzir custos;
• avaliar a situação financeira e de mercado da sua empresa e
determinar sua política de mercado, de preços e de financiamento aos
clientes.
O controle representa um custo adicional, mas facilmente
recuperado se a administração estiver bem preparada para analisar
corretamente os dados obtidos.
��� ��������������������������11����3�� ������!������/(�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����
��������O controle de custos envolve uma série de variáveis (quilometragem percorrida, condições de operação, manutenção do veículo, ambiente de trabalho, qualificação do motorista, etc.), o que torna impraticável calcular o custo operacional de uma empresa, ou a média do custo operacional de várias empresas, e considerá-lo como custo padrão. As condições de operação são muito diferentes de empresa para empresa
��������é
76
2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS
Com um Sistema de Controle de Custos eficiente implantado em sua
empresa, você consegue respostas para várias questões, como:
• qual é o padrão de consumo de combustível dos veículos em
determinada rota;
• qual é o padrão de consumo de óleo lubrificante de determinada
categoria de veículo;
• qual o nível de custos administrativos adequado ao tamanho da sua
frota;
• qual o pneu que apresenta o melhor desempenho operacional;
• por que certo tipo de veículo apresenta um custo de manutenção maior
que o de outros veículos da mesma categoria;
• qual o nível de utilização que justifica a terceirização ou instalação de
manutenção própria;
• como você deve compor seu estoque de peças de reposição;
• que modelo de veículo apresenta o menor custo operacional em certas
condições de operação.
Para implantar um Sistema de Controle de Custos Operacionais, você vai
precisar:
• fazer um levantamento completo e rigoroso dos custos operacionais da
sua empresa;
• criar e instalar uma estrutura administrativa adequada;
• contratar e treinar pessoal competente;
• decidir-se pela compra de um Sistema de Controle de Custos
informatizado ou pelo desenvolvimento de um sistema próprio,
informatizado ou manual.
2.1 REQUISITOS BÁSICOS DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS
Um Sistema de Controle de Custos não pode deixar de atender aos
seguintes requisitos:
��� ��������������������������+/�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����
��� ��������������������������+/�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����
��������<#>em qual filial compensaria implantar um sistema próprio de abastecimento em função do volume de combustível consumido mensalmente; ¶
��������índice
��������a
77
Confiabilidade: O sistema deve ser testado mensalmente, não sendo
admitidas dúvidas sobre a confiabilidade dos resultados apresentados.
Objetividade: Os relatórios gerados devem ser simples e objetivos, facilitando
sua leitura e interpretação pelos gestores.
Oportunidade: Os relatórios deverão estar disponíveis no exato momento em
que forem necessários.
Utilidade: O Sistema de Controle de Custos deverá gerar uma economia
anual maior que o orçamento anual do Centro de Controle de Custos.
3. CONTROLE DE CUSTOS
3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR
Na unidade anterior estudamos quais os principais itens que compõem os
custos operacionais e como eles se dividem:
Custos Diretos
Fixos: depreciação, salários, seguros, remuneração de capital,
licenciamento, etc.
Variáveis: combustível, lubrificantes, pneus, peças de reposição e
manutenção, materiais de consumo.
Custos Indiretos ou Administrativos
Salários do pessoal de armazém e escritório, honorários da diretoria,
encargos sociais, materiais auxiliares, correio, telefone-fax, gratificações,
prêmios e comissões, despesas com promoção, propaganda e
publicidade, impostos e taxas, despesas com reposição de móveis e
utensílios, despesas financeiras, serviços prestados por terceiros, aluguel
de armazém e escritórios.
78
3.2 CENTRO DE CUSTOS
O Centro de Custos é o setor de uma empresa responsável por
coletar, calcular, organizar e fornecer informações precisas e atualizadas
sobre todos os custos da empresa. A centralização do controle de custos
agiliza o fluxo de informações, permitindo que as decisões sejam tomadas de
forma eficiente.
4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE
Cada empresa pode desenvolver formulários próprios de Controle de Custos
que sejam mais convenientes às suas necessidades. A seguir, serão
apresentados alguns formulários que poderão servir de modelo para sua
empresa.
4.1 FORMULARIOS GERAIS E DE CADASTRO
ACRESCENTAR EM CADA FORMULÁRIO SEU OBJETIVO
(PARA O QUE SERVE?)
VHV - Histórico do Veículo
Conteúdo: dados técnicos e comerciais e referência do veículo.
Origem dos dados: Certificado e Nota Fiscal (Fornecedor)
Tratamento dos dados: Contabilidade
Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos Por Veículo
(Centro de Custos).
Atualização: na compra, na baixa e nas alterações no veículo.
Vida útil: vida útil do veículo.
Objetivo: cadastrar o veículo no sistema de controle.
��� ������6����� �������78�� ����&�!���!�������/��!9�������� �����3��!�:!����+�!� ���"����!�����������;
��������certificado e nota fiscal.
��������
79
VDV - Depreciação do Veículo
Conteúdo: valor de compra, depreciações e valor residual.
Origem dos dados: nota fiscal (Fornecedor).
Tratamento dos dados: Contabilidade
Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos Por Veículo
(Gerência/Diretoria).
FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria)Atualização: na compra, anual e na baixa do
veículo.
Vida útil: vida útil do veículo.
Objetivo: registrar os cálculos anuais de depreciação do veículo
RHS - Salários do Pessoal
Conteúdo: relação de pessoal, salários, encargos sociais, custo
/ hora da mão-de-obra.
Origem e tratamento dos dados:Setor de pessoal.
Destino dos dados: VQG - Quadro Geral de Custos por
Veículo.(Centro de Custos).
Atualização: mensal.
Vida útil: permanente.
Objetivo: registrar os salários e custos de mão-de-obra.
4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E
LUBRIFICANTES
É um conjunto de formulários que permite controlar o consumo de
combustíveis e lubrificantes e a construção de indicadores de consumo para
controle, como por exemplo, o consumo de combustível por quilômetro de um
determinado veículo.
��������e contabilidade
��������Centro de Custos.
��������¶
�������� setor
80
VAS - Autorização de Abastecimentos e Serviços do
Veículo
Conteúdo: referência do veículo, hodômetro, litros de
combustível, litros de lubrificante, lavagens, valor, borracharia e
outros serviços, identificação do posto próprio ou conveniado.
Origem dos dados: postos de combustível próprios e
conveniados.
Coleta dos dados: motorista
Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de
Combustível e de Óleo do Motor.(Manutenção)
VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial e do Óleo da
Caixa de Mudanças.(Manutenção)
Atualização: diária.
Vida útil: mensal.
Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços do veículo em
postos próprios e conveniados
SAL - Relatório do Posto de Abastecimento e Lubrif icação
Conteúdo: identificação do posto próprio ou conveniado,
referências dos veículos, combustível, lubrificante do motor,
lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças.
Origem dos dados: postos de combustível próprios e
conveniados.
Coleta dos dados: motorista
Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de
Combustível e de Óleo do Motor. (Manutenção)
VDM - Controle Diário do Óleo do
Diferencial e do Óleo da Caixa de Mudanças. (Manutenção)
Atualização: diária.
Vida útil: mensal.
Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços prestados pelo
posto próprio à frota
��������postos de combustível conveniados.
��������responsável pelo posto.
81
VRV - Relatório de Viagem do Veículo
Conteúdo: ocorrências em viagem: quilometragem,
abastecimentos, lavagens, lubrificações e manutenção, com os
respectivos valores e número da Nota Fiscal.
Origem dos dados: postos não conveniados.
Coleta dos dados: motorista.
Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de
Combustível e de Óleo do Motor. (Manutenção)
VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial
e do Óleo da Caixa de Mudanças. (Manutenção)
RCQ - Controle de Quilometragem dos
Semi-Reboques e dos Reboques. (Manutenção)
Atualização: permanente.
Vida útil: duração da viagem.
Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços do veículo em
postos não-conveniados
��������¶��������������
��������VAS - Autorização de Abastecimentos e Serviços do Veículo¶
Conteúdo: identificação do posto próprio ou conveniado, referência do veículo, combustível, lubrificante do motor, lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças, hodômetro.¶
Origem dos dados: motorista.¶
Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de Combustível e de Óleo do Motor.¶
Atualização: diária.¶
Vida útil: diária.¶
82
VCL - Controle Diário de Abastecimento de Combustível e
de Óleo do Motor
Conteúdo: identificação do posto, referência do veículo,
combustível, lubrificante do motor, hodômetro.
Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo
(motorista).
VAS - Autorização de Abastecimentos e
Serviços do Veículo (posto próprio ou conveniado).
SAL - Relatório do Posto de Abastecimento
e Lubrificação (posto próprio ou conveniado).
Tratamento dos dados: Manutenção
Destino dos dados: ACL - Análise Mensal de Consumo de
Combustível e de Óleo do Motor (Centro de Custos).
Atualização: diária.
Vida útil: diária.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de combustível e de
óleo do motor do veículo.
VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial e do Óleo da
Caixa de Mudanças
Conteúdo: identificação do posto, referência do veículo,
lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças,
hodômetro.
Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo
(motorista).
VAS - Autorização de Abastecimentos e
Serviços do Veículo (posto próprio ou conveniado).
SAL - Relatório do Posto de Abastecimento
e Lubrificação (posto próprio ou conveniado).
VRP - Requisição de Peças do Veículo
(oficina).
Tratamento dos dados: Manutenção
��������¶
83
Destino dos dados: ADM - Análise Mensal do Consumo de Óleo
do Diferencial e de Óleo da Caixa de Mudanças (Centro de
Custos).
Atualização: diária.Vida útil: diária.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de óleo do diferencial e
de óleo da caixa de mudanças do veículo.
A. LEVANTAMENTO DE DADOS DAS TROCAS DE ÓLEO
ACL – Análise Mensal de Consumo de Combustível e de Óleo do
Motor
Conteúdo: identificação dos postos, referências dos veículos,
combustível, lubrificante do motor.
Origem dos dados: VCL – Controle Diário de Abastecimento de
Combustível e de Óleo do Motor (Manutenção).
Tratamento dos dados: Centro de Custos
Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo
(Gerência/Diretoria).
FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria).
Atualização: mensal.
Vida útil: anual.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de combustível e de óleo do
motor da frota.
ADM – Análise Mensal do Consumo de Óleo do Diferencial e de
Óleo da Caixa de Mudanças
Conteúdo: identificação dos postos, referências dos veículos,
lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças.
Origem dos dados: VDM – Controle Diário do Óleo do Diferencial e do
Óleo da Caixa de Mudanças (Manutenção).
Tratamento dos dados: Centro de Custos
��������¶
84
Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo
(Gerência/Diretoria).
FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria).
Atualização: mensal.Vida útil: mensal.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de óleo do diferencial e de
óleo da caixa de mudanças da frota.
4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS
O conjunto de formulários apresentado a seguir permite estabelecer o
planejamento da compra, utilização e manutenção dos pneus e controlar sua
utilização.
��������¶
85
PCI - Controle Individual dos Pneus
Conteúdo: histórico do pneu, registro, dados de instalação, ,
valores, hodômetro.
Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor).
Coleta dos dados: Oficina.
Destino dos dados: PCE - Custo Estimado por Pneu e por
Quilômetro(Manutenção).
PLV - Localização dos Pneus por Veículo (Manutenção).
Atualização: na compra, por ocorrência e na baixa.
Vida útil: vida útil do pneu.
Objetivo: registrar o histórico do pneu.
PFT - Ficha de Troca do Pneu
Conteúdo: referência do pneu, movimentação e hodômetro.
Origem dos dados: borracharias.
Coleta dos dados: motorista
Destino dos dados: PCE - Custo Estimado por Pneu e por
Quilômetro (Manutenção). PLV - Localização
dos Pneus por Veículo (Manutenção).
Atualização: por movimentação.
Vida útil: vida útil do pneu.
Objetivo: registrar as movimentações do pneu.
PLV - Localização dos Pneus por Veículo
Conteúdo: referência do veículo, referências dos pneus,
localização dos pneus (inclusive estepe) no veículo.
Origem dos dados: PFT - Ficha de Troca do Pneu (Oficina).
PCI - Controle Individual dos Pneus (Oficina).
Tratamento dos dados: Manutenção
Destino dos dados: PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por
Veículo (Centro de Custos).
Atualização: por ocorrência.
Vida útil: vida útil do pneu.
Objetivo: registrar a localização dos pneus por veículo.
��������da vida útil
��������ocorrências
��������nota fiscal.
��������.
��������¶¶¶
��������motorista
�������� PCI - Controle Individual dos Pneus.
��������¶
86
87
PCE - Custo Estimado de Pneus por Quilômetro e por Pneu
Conteúdo: referência do pneu, ocorrências, custo, hodômetro.
Origem dos dados: PCI - Controle Individual dos Pneus (Oficina).
PFT - Ficha de Troca do Pneu.
Tratamento dos dados: Manutenção.
Destino dos dados: PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por
Veículo (Centro de Custos).
Atualização: mensal.
Vida útil: vida útil do pneu.
Objetivo: registrar e controlar a evolução do custo do pneu ao
longo de sua vida útil.
PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por Veículo
Conteúdo: referência do veículo, referências dos pneus,
ocorrência, custo, hodômetro.
Origem dos dados: PCE - Custo Estimado de Pneus, por
Quilômetro e por Tipo de Pneu (Manutenção).
PLV - Localização dos Pneus por Veículo
(Manutenção).
Tratamento dos dados: Centro de Custos.
Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo
(Gerência/Diretoria).
FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria).
Atualização: mensal.
Vida útil: vida útil do veículo.
Objetivo: registrar e controlar mensalmente a evolução do custo
dos pneus por veículo.
4.4 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS
88
Sobre manutenção em peças e oficinas, existem formulários apropriados que
permitem a análise de dados, tais como o tempo médio de parada em oficina,
dimensionamento da oficina em função da frota, custo-hora das oficinas
próprias e de terceiros, etc.
Os formulários para controle de peças e oficinas podem ser os seguintes:
VRP - Requisição de Peças do Veículo
Conteúdo: referência do veículo, referência da peça, data,
hodômetro.
Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor)
Coleta dos Dados: Oficina.
Destino dos dados: OOS - Ordem de Serviço
(Manutenção).Atualização: por ocorrência.
Vida útil: vida útil do veículo.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de peças de reposição
do veículo.
OOS - Ordem de Serviço
Conteúdo: referência do veículo, discriminação do serviço, data,
hodômetro, custo.
Origem dos dados: VRP - Requisição de Peças do Veículo
(Oficina).
OMC – Materiais de Consumo da Oficina (Oficina)
Tratamento dos dados: Manutenção
Destino dos dados: AMR - Análise do Total de Despesas com
Manutenção e Reparos (Centro de Custos).
Atualização: por ocorrência.
Vida útil: duração da ocorrência.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de serviços de
manutenção e reparos do veículo.
��������OFE - Ficha de Estoque.
��������¶
��������oficina.¶
��������OFE - Ficha de Estoque.
89
OMC - Materiais de Consumo
Conteúdo: especificação dos materiais de consumo da oficina.
Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor)
Coleta dos dados: Oficina.
Destino dos dados: OOS - Ordem de Serviço (Manutenção).
Atualização: mensal.
Vida útil: mensal.
Objetivo: registrar e controlar o consumo de materiais pela
oficina.
��������oficina
��������VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo.¶ FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota.
��������RQG - Quadro Geral de Custos do Reboque ou semi-reboque.
90
AMR - Análise do Total de Despesas com Manutenção e
Reparos
Conteúdo: registro dos veículos, discriminação dos serviços,
data, hodômetro, custo.
Origem dos dados: OOS - Ordem de Serviço (Manutenção).
Tratamento dos dados: Centro de CustosDestino dos dados:
VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo (Gerência/Diretoria).
FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria)
Atualização: mensal.
Vida útil: mensal.
Objetivo: registrar e controlar a evolução das despesas com
manutenção e reparos da frota.
4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES
Existem modelos de formulários para levantar informações sobre os custos e
a utilização de reboques e equipamentos, como por exemplo:
RCQ - Controle de Quilometragem dos Reboques e dos
Semi-Reboques
Conteúdo: referência do veículo, referência do reboque ou
semi-reboque, hodômetro, lavagens, lubrificações e
manutenção, com os respectivos valores.
Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo
(motorista).
Tratamento dos dados: Manutenção.
Destino dos dados: RQG - Quadro Geral de Custos do
Reboque ou semi-reboque (Centro de Custos).
Atualização: diária.
Vida útil: vida útil do reboque.
��������
��������¶
��������Centro de Custos.
91
Objetivo: registrar a utilização e manutenção de reboques e
semi-reboques por veículo.
92
A. LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A QUILOMETRAGEM DE
REBOQUES E SEMI-REBOQUES
RQG - Quadro Geral de Custos do Reboque ou Semi-
reboque
Conteúdo: registro dos veículos que operaram o reboque ou
semi-reboque, referência do reboque ou semi-reboque,
hodômetro dos veículos que operaram o reboque ou semi-
reboque, lavagens, lubrificações e manutenção, com os
respectivos valores.
Origem dos dados: RCQ - Controle de Quilometragem dos
Semi-Reboques e dos Reboques (Manutenção). Tratamento
dos dados: Centro de Custos.
Destino dos dados: VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo
(Gerência/Diretoria).
FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Gerência/Diretoria).
Atualização: mensal.
Vida útil: vida útil do reboque ou semi-reboque.
Objetivo: registrar e controlar a utilização e os custos mensais
de manutenção do reboque ou semi-reboque.
CRIAR UMA FIGURA QUE RETRATE O FLUXO DAS
INFORMAÇÕES COLETADAS POR MEIO DOS FORMULÁRIOS,
INCLUINDO SETORES ENVOLVIDOS NA COLETA, TRATAMENTO E USO
DAS INFORMAÇÕES. EXPLICAR A FIGURA.
Com esses formulários, você poderá estabelecer o fluxo de
informações do seu Sistema de Controle de Custos Operacionais da maneira
descrita na Figura X.
93
Setor de Pessoal
Fornecedor Posto não-conveniado
NF NF
Posto próprio ou
conveniado Oficina
Motorista
VRV
Manutenção
VRV SAL VAS
OMC PCI PFT VRP
OOS PCE PLV VCL VDM RCQ
Contabilidade Centro de custos
RHS VDV VHV
AMR ACL ADM PCV RQG
Supervisão Diretoria
VQG FCC
Figura X: Fluxo de Informações do Sistema de Controle de Custos
��������Gerência
94
4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU
ADMINISTRATIVOS
Os formulários vistos anteriormente servem para você controlar os custos
diretos variáveis e fixos. Você pode criar formulários para identificar os custos
indiretos ou administrativos e apropriar para cada veículo da frota, tratando-
os como custos diretos, mas é complicado, trabalhoso e inexato.
Imagine, por exemplo, como seria complicado identificar a
quantidade de trabalho da secretária da diretoria que deveria ser apropriada
ao custo do veículo X, ou quanto das despesas com energia elétrica
pertencem ao veículo Y.
Uma forma de resolver esse problema é calcular a porcentagem que o total
de custos indiretos representa dos custos diretos da frota e aplicar essa
porcentagem sobre os custos diretos de cada veículo, o que é muito mais
simples e dá o mesmo resultado.
Por exemplo: imagine que sua empresa gastou, em um
determinado período (vamos supor, nos últimos seis meses) R$ 1.000.000,00
com custos diretos e R$ 750.000,00 com custos indiretos. Pelo histórico da
sua empresa, os custos indiretos costumam representar 75% dos custos
diretos (750.000 é 75% de 1.000.000). Assim, se um determinado veículo
gasta R$ 40.000,00 por mês com custos diretos (que você apropria
diretamente ao veículo, pois é fácil saber quanto ele gasta de combustível,
lubrificantes etc.), basta acrescentar R$ 30.000,00 de custos indiretos
(30.000 é 75% de 40.000) para ter o custo operacional mensal do veículo:
40.000 + 30.000 = R$ 70.000,00.
��������¶
95
4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES
Você poderá utilizar os formulários a seguir para auxiliar a organização e o
Controle de Custos da empresa.
OFE - Ficha de Estoque: possibilita o controle de estoque,
peças e valores.
FRS - Relatório de Socorro: fornece dados sobre despesas e
tempo gasto com atendimento de veículos avariados fora da
oficina.
FFP - Ficha de Prateleira: fornece dados de movimentação de
peças do estoque.
96
A. FICHAS DE CADASTRO E HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO DE
COMPONENTES
CHM - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de
Motor.
CHB - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de
Bomba injetora.
CHC - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de
Caixa de mudanças.
CHD - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de
Diferencial.
5. CONCLUSÃO
Um Sistema de Controle de Custos reúne para você as informações sobre
cada veículo, sobre o seu desempenho econômico e da frota, ajudando-o a
tomar decisões ágeis e corretas. Conhecendo todos os custos e a receita
gerada por veículo, você pode medir a sua rentabilidade e, assim, decidir
quando substituí-lo.
Como elemento gerador de receita, o veículo é o centro das atenções nas
empresas de transporte. É claro, porém, que você precisa controlar também
os custos indiretos, como aluguel, água, energia, etc., que fazem parte da
administração de qualquer empresa.
��������¶
97
QUADRO-RESUMO Sistema de Controle de Custos: Conjunto de formulários, procedimentos e relatórios,
manuais ou eletrônicos, que têm o objetivo de coletar, armazenar, organizar e apresentar
informações atualizadas, claras e precisas sobre todos os custos da empresa.
Centro de Custos: Setor técnico-administrativo responsável pela gestão do Sistema de
Controle de Custos.
Formulário: Ficha manual ou eletrônica para registro de dados e informações organizadas.
Relatório: Documento de apresentação de informações consolidadas e de resultados gerais
organizados em tabelas, gráficos e índices.
98
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) Desenhe o layout (formato, dimensões e distribuição básica das
informações) dos formulários de controle de custos da sua empresa.
2) Com base no layout que você desenvolveu e nas informações obtidas
nessa unidade, desenhe o formulário PLV - Localização dos Pneus por
Veículo da sua empresa.
PROPOSTA DE SOLUÇÕES
1)NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
01/01ELABOR. APROV.
SIGLALOGO
TÍTULO
��������<#>Elabore um diagrama do fluxo de informações do Subsistema de Controle de Custos de Pneus da sua empresa (de onde vêm e para onde vão as informações, que setor alimenta o formulário e que formulário é usado).¶(MUITO PROVAVELMENTE OS ALUNOS NÃO TÊM A MÍNIMA IDÉIA DO QUE É UM DIAGRANA DE FLUXO. O AUTOR TEM DUAS OPÇÕES: APRESENTAR O TÓPICO EM QUESTÃO OU RETIRAR ESTE EXERCÍCIO)¶¶
99
2)
NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.
TRANSREFERÊNCIA DO VEÍCULO: ATUALIZAÇÃO:
LOCALIZAÇÃO
1DE 1DD
2EE 2EI 2DI 2DE3EE 3EI 3DI 3DE
1EE 1ED
PNEU_____/_____/_____
ESQUEMAREFERÊNCIA
TÍTULO
PLV - LOCALIZAÇÃO DE PNEUS POR VEÍCULO
FC-003 1DMC DCC
3) Subsistema de Controle de Custos de Pneus Fluxo de Informações
NF PCE
Nota Fiscal
Custo Estimado por Pneu e por Quilômetro
(Fornecedor) PCI (Manutenção) PCV FCC Controle
Individual dos Pneus
Custo Estimado Mensal de Pneus Por
Veículo Quadro Comparativo de Custos da Frota
(Oficina) (Centro de Custos) (Gerência/Diretoria) PFT PLV
Ficha de Troca de Pneu
Localização dos Pneus por Veículo
(Oficina) (Manutenção)
��������
3)Subsistema de Controle de Custos de PneusFluxo de Informações
NF
Nota Fiscal
(Fornecedor)
PFT
Ficha de Troca de Pneu
(Motorista)
100
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1) Organize a estrutura do Centro de Custos da sua empresa (recursos
humanos, equipamentos, instalações e software).
2) Faça um orçamento anual para o Centro de Custos da sua empresa.
3) Estabeleça os requisitos básicos (suas exigências mínimas sobre o
funcionamento) do Sistema de Controle de Custos Operacionais da sua
empresa.
PROPOSTA DE SOLUÇÕES
1)
ESTRUTURA DO CENTRO DE CUSTOSRecursos Humanos
1 Chefe de custos1 Assistente de custos2 Auxiliares de custos
Equipamentos4 Mesas4 Cadeiras4 Computadores on-line2 ImpressorasMaterial de escritório
Instalações1 Sala (40 m2)Rede compartilhada1 Linha telefônicaInstalações elétricasAcabamento
SoftwareSoftware de controle de redeWindowsOfficeSoftware específico
101
2)
ORÇAMENTO ANUAL DO CENTRO DE CUSTOSItem Unitário Quantidade Total
Recursos Humanos 156.294,25 Salário Chefe de custos 3.000,00 13,33 39.990,00 Encargos Chefe de custos 67,50% 26.993,25 Salário Assistente de custos 2.000,00 13,33 26.660,00 Encargos Assistente de custos 67,50% 17.995,50 Salário Auxiliar de custos 1.000,00 26,66 26.660,00 Encargos Auxiliar de custos 67,50% 17.995,50
Equipamentos (Depreciação anual) 2.300,00 Mesas 20,00 4 80,00 Cadeiras 5,00 4 20,00 Computadores 500,00 4 2.000,00 Impressoras 50,00 2 100,00 Material de escritório 100,00 (estimado) 100,00
Instalações 10.160,00 Sala - Valor locatício (m2) 120,00 40 4.800,00 Sala - Impostos (m2) 3,00 40 120,00 Rede compartilhada (ponto) 120,00 4 480,00 Linha telefônica (ramais) 300,00 2 600,00 Instalações elétricas (ponto) 250,00 16 4.000,00 Acabamento 160,00 (estimado) 160,00
Software (Custo anualizado do compartilhamento) 2.500,00 Software de controle de rede 300,00 1 300,00 Windows 500,00 1 500,00 Office 500,00 1 500,00 Software específico 1.200,00 1 1.200,00
SOMA 171.254,25
3)
Requisitos Básicos do Sistema de Controle de Custos:
Confiabilidade: O sistema deve ser testado mensalmente, não sendo
admitidas dúvidas sobre a confiabilidade dos resultados apresentados.
Objetividade: Os relatórios gerados devem ser simples e objetivos, facilitando
sua leitura e interpretação pelos gestores.
Oportunidade: Os relatórios deverão estar disponíveis no exato momento em
que forem necessários.
Utilidade: O Sistema de Controle de Custos deverá gerar uma economia
anual maior que o orçamento anual do Centro de Controle de Custos.
OK
��������(INSERIR ESTA RESPOSTA NO TEXTO)
102
103
6. BIBLIOGRAFIA
FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de
desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.
MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de
Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.
UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:
Pioneira, 1997.
104
UNIDADE 04
RELATÓRIOS DE DESEMPENHO E TECNOLOGIAS DE
APOIO AO EMPRESÁRIO
APRESENTAÇÃO
Na unidade anterior você viu um exemplo de como criar um sistema de
controle de custos operacionais. O objetivo desse sistema é fornecer a você
informações úteis e exatas, apresentadas em Relatórios de Desempenho.
Você precisará adaptar esses relatórios para o sistema de controle que
implantar na sua empresa. Na verdade, você deve começar o sistema de
controle pelo projeto dos relatórios. Escolha quais as informações que são
importantes para a sua empresa, e defina quais os relatórios desejados e
quais informações devem conter. Depois é que voc~e cria as fichas de
controle que vão coletar os dados para alimentar o sistema e gerar esses
relatórios.
Nesta unidade você verá alguns exemplos de relatórios. Você conhecerá,
também, alguns métodos de cálculo de custos operacionais mais sofisticados
usados pelas grandes empresas de transporte.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estruturar um relatório de desempenho, a partir de um Sistema
de Controle de Custos;
• Conhecer os tipos de tecnologias existentes para apoio às
atividades de transporte de cargas.
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��� ��������������������������21����3�� ������!�������+�����-����������������� �����& �����������+�/�����)��� �"#����*����(��(����������������(��(����)��� �"0�����#������(��(���
��������Identificando
��������você define
��������são necessários
��������são criadas
105
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 83
2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO.................................................................... 83
3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO................................................. 85
3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 86
4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 90
5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 93
ESTUDO DE CASO – TÓPICO I............................................................................
106
ATIVIDADE 04
1. INTRODUÇÃO
O grande desenvolvimento tecnológico das últimas décadas vem colocando à
disposição dos empresários diversas ferramentas úteis que facilitam o seu
trabalho, independente do setor em que atuam. Essas ferramentas ajudam
bastante a organizar os dados da sua empresa de maneira que você consiga
informações úteis para a administrá-la. Essas informações são organizadas
em Relatórios de Desempenho, Nesta unidade você verá como construir
Relatórios de Desempenho que atendam às necessidades da sua empresa.
Verá, também, quais são as tecnologias usadas para apoiar o seu trabalho
como empresário.(Esta parte do texto ficou fraca e sem conexão com a
frase inicial. Reescrever)
2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO
É importante conhecer os dados referentes ao desempenho das atividades
de uma empresa. Porém, não tem sentido implantar os formulários de
controle para coletar os dados, se eles não o ajudarem a tomar as decisões
necessárias para administrar a empresa. Para que sejam úteis, esses dados
devem ser tratados. Isso que quer dizer que devem ser organizados para
que se transformem em informações. Além disso, devem ser tratados de
uma maneira que permita a sua comparação com outros dados para você
poder avaliar o seu desempenho em relação a outras situações e ao longo
do tempo. Os dados organizados dessa maneira formam um Relatório de
Desempenho. Por exemplo: saber que o Veículo “A” consumiu 500 litros de
óleo diesel no mês passado é um dado. Saber que, nesse período o veículo
rodou 2.000 quilômetros é outro dado. Uma maneira simples de tratar esses
dados é dividir a quilometragem percorrida pela quantidade consumida de
��������,
��������que vêm contribuindo e facilitando
��������Nesta unidade vamos descrever a conceituação pertinente a este tema, visto que Relatórios de Desempenho devem atender a necessidades particulares de cada empresa. Portanto, a criação de Relatórios de Desempenho deve estar moldada às necessidades gerenciais de cada empresa.
��������No entanto, a análise isolada destes dados, sem um tratamento prévio, dificilmente trará subsídios para uma tomada de decisão adequada.
107
óleo diesel para saber que o veículo “A” consumiu, em média, um litro de óleo
diesel para cada quatro quilômetros percorridos. Essa é uma informação
importante. Se você tiver essa informação organizada em um relatório que
mostre o consumo do veículo “B”, do mesmo modelo, no mês passado, você
poderá comparar o desempenho do veículo “A” com o do veículo “ B” . Você
poderá ter no relatório, também, o consumo da sua frota nos últimos meses,
podendo comparar o desempenho do consumo desses veículos ao longo do
tempo. Conhecendo o preço do litro de óleo diesel, é fácil tratar os dados
calculando o custo de combustível, total e por quilômetro, desses veículos e
da frota. Essas informações organizadas formam um Relatório de
Desempenho que pode ajudá-lo a tomar decisões sobre a manutenção ou
substituição desses veículos, escolha de fornecedores de veículos e de
combustível, formação do preço de venda dos seus serviços, etc. É
importante que você tenha certeza de que os dados foram coletados
corretamente, para não ser conduzido a uma decisão errada. Assim, para
obter as informações realmente necessárias para administrar uma empresa,
é necessário que os dados coletados nos diferentes formulários de controle
sejam agrupados e organizados de maneira clara e eficiente, gerando
informações úteis, seguras e confiáveis.
Os Relatórios de Desempenho devem conter informações úteis e
fáceis de compreender que relacionem as informações operacionais com as
informações sobre o resultado financeiro da empresa. (CONFUSO.
REESCREVER.)ok
Nesses relatórios, você poderá ter indicadores de desempenho para cada
tipo de veículo ou para toda a frota, comparar esses indicadores com o
desempenho de cada veículo e identificar o perfil de operação e de
manutenção da sua frota, facilitando o seu gerenciamento.
��������As informações ficam mais fáceis de ser compreendidas, se forem relacionadas com os números correspondentes à parte operacional e com o resultado financeiro obtido.
108
Veja, a seguir, alguns exemplos de relatório que você pode
construir, a partir dos formulários estudados na unidade anterior:
Tabela 8. Exemplo de Relatório de Custos por Veículo
VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo
Conteúdo Características e histórico de custos do
veículo.
Origem dos dados Manutenção:
ACL - Análise Mensal de Consumo de
Combustível e de Óleo do Motor.
ADM - Análise Mensal do Consumo de
Óleo do Diferencial e de Óleo da Caixa de
Mudanças.
AMR - Análise do Total de Despesas com
Manutenção e Reparos
PCV – Custo Estimado Mensal de Pneus
Por Veículo
RQG - Quadro Geral de Custos do
Reboque ou semi-reboque.
Tratamento dos dados Centro de Custos
Destino dos dados FCC - Quadro Comparativo de Custos da
Frota.
Atualização Mensal
Vida útil Vida útil do veículo
��������OMC - Materiais de Consumo.¶
��������RHS - Salários do Pessoal.
��������mensal
109
Tabela 9. Exemplo de Relatório de Custos da Frota
FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota
Conteúdo Características e histórico de custos
da frota.
Origem dos dados Centro de Custos:
VQG - Quadro Geral de Custos por
Veículo.
Destino dos dados Gerência/Diretoria
Atualização Mensal.
Vida útil Indeterminada.
3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO
Os recursos tecnológicos disponíveis atualmente, aliados à coleta e
tratamento eficiente dos dados, facilitam as rotinas do empresário, pois
fornecem informações em tempo real, o que traz segurança e agilidade ao
processo de tomada de decisão. É importante que você se mantenha
atualizado, pois sempre estão surgindo novos recursos tecnológicos que
podem ser muito úteis para ajudá-lo a administrar a sua empresa e a
acompanhar o seu crescimento.
APRESENTAR EXEMPLO
Por exemplo, um computador pessoal e uma planilha eletrônica podem
ajudá-lo a conseguir em algumas horas informações que você demoraria dias
para calcular “na ponta do lápis”, perdendo um tempo precioso que poderia
ser ocupado em outras atividades importantes. Além disso, o que adiantaria
para você descobrir, hoje, qual foi o consumo, três meses atrás, de um
veículo que foi para a retífica no mês passado? Isso sem falar na
confiabilidade dos cálculos.
Os formulários de controle e os relatórios de desempenho apresentados
nesta unidade e na anterior podem ser montados em planilha eletrônica,
oferecendo um sistema simples e eficiente de controlar os custos
��������Centro de Custos.
��������Mesmo empresas que possuem frotas pequenas dependem, em grande parte, do conhecimento atualizado sobre os recursos tecnológicos disponíveis no mercado para expandir suas operações.
��������¶
110
operacionais da sua frota e produzir os relatórios de desempenho que você
desejar.
As revistas especializadas no transporte de cargas são excelentes fontes de
informações nessa área e apresentam, freqüentemente, matérias sobre
novos equipamentos e sistemas informatizados de gerenciamento
empresarial, rastreamento de veículos por satélite, sem falar no CTF –
Controle Total de Frota, que permite que valores gastos com combustíveis
durante as prestações dos serviços sejam pagos diretamente pela empresa,
reduzindo a circulação de dinheiro nas viagens.
��������Em empresas de grande porte, com frotas muito grandes, o cálculo dos custos operacionais pela apropriação direta a cada veículo pode se tornar impraticável ou excessivamente caro. (HEIN??? QUAL A RELAÇÃO COM PARÁGRAFO ANTERIOR??? EXPLICAR MELHOR E REESCREVER)¶
Imagine, por exemplo, o trabalho que daria coletar, calcular e apropriar os custos de combustível de uma frota de dois mil veículos distribuídos pelas regiões Sul e Sudeste. Existem, no entanto, alguns sistemas computadorizados que substituem a apropriação direta e que acabam sendo vantajosos para essas empresas, pois o custo de sua implantação e operação fica diluído pelo número de veículos da frota. Esses sistemas fazem todos os cálculos e geram automaticamente os Relatórios de Desempenho, baseados em Métodos de Análise de Custos Operacionais que veremos a seguir.¶¶3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS 9¶¶<sp>Os métodos mais utilizados para análise de custos operacionais de transportes são: o Método dos Custos Médios Desagregados, o Método do Comprimento Virtual e o Método HDM-VOC.10 ¶
A. MÉTODO DOS CUSTOS MÉDIOS DESAGREGADOS¶O Método dos Custos Médios Desagregados baseia-se na utilização de parâmetros médios de consumo divulgados por revistas especializadas no setor de transportes que podem ser substituídos por parâmetros específicos da frota estudada. ¶¶Em geral, este método é utilizado pelas empresas do setor de transporte rodoviário de cargas com o auxílio do aplicativo Trans System (TS), que incorpora um banco de dados, com os parâmetros médios utilizados pelo método, e organiza as entradas de dados e relatórios sem, no entanto, incorporar novas sistemáticas de cálculo ou <<<�=�>
111
QUAL É A REAL UTILIDADE DOS MÉTODOS APRESENTADOS NO ITEM
3.1? SERVEM DE ALGUMA FORMA PARA O DONO DE UMA EMPRESA
DE TRANSPORTE? DEVE-SE LEMBRAR QUE O TRABALHO DESTINA-
SE AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS PROPRIETÁRIOS DE
TRANSPORTADORAS DE CARGAS!!!
4. CONCLUSÃO
Os relatórios de desempenho servem para organizar as informações que
você precisa para tomar as decisões que vão afetar a vida da sua empresa.
Não é demais lembrar a importância da confiabilidade dos dados e
apresentados. Um relatório precisa ser claro, ter as informações necessárias
e estar disponível e atualizado no momento necessário.
(PÉSSIMO. REESCREVER.) REVISORES EFETIVAMENTE
QUALIFICADOS COSTUMAM EMITIR COMENTÁRIOS ÚTEIS E
EDUCADOS, AGINDO COM ELEGÃNCIA E COM RESPEITO
PROFISSIONAL)
Com os exemplos e informações apresentados você poderá criar os seus
próprios relatórios de desempenho.
��������fornecem
��������necessárias para
��������possa
��������São várias as tecnologias e sistemas computacionais que buscam auxiliar você na administração da sua empresa, para diversos tamanhos de empresa e com uma grande variação de preços. Conheça todos que puder, especialmente os que estão funcionando bem, depois escolha o que se adapta melhor às suas necessidades. Ou, então, desenvolva o seu próprio sistema com os conhecimentos que você já adquiriu.
112
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
MODIFICAR O TIPO DE EXERCÍCIOS USADO. (VARIAR) OK
1) Assinale, abaixo, com um “ D” o que for dado e com um “ I” o que for
informação
( ) Quantidade de litros de óleo lubrificante consumidos no mês;
( ) Toneladas de carga transportada;
( ) Quilometragem média percorrida por viagem;
( ) Quilometragem média percorrida por litro de combustível;
( ) Consumo médio de óleo lubrificante por tonelada-quilômetro;
( ) Número de pneus descartados no mês;
( ) Número de diárias de motorista pagas no mês;
( ) Total de salários e encargos mensais do pessoal administrativo;
( ) Quilometragem média de durabilidade do pneu do modelo “X”;
( ) Custo médio de salários e encargos do pessoal administrativo por
quilômetro;
Resposta: D;D;I;I;I;D;D;D;I;I. (observar que o que é informação para um setor
pode ser dado para outro)
2) De onde vêm as informações que aparecem em um Relatório de
Desempenho?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Dos dados sobre a frota preenchidos nas fichas de controle de
custos.
3) Relacione a coluna da esquerda com a da direita:
1 – Coleta dos dados ( ) Gerência/Diretoria
2 – Tratamento dos dados ( ) Área operacional
3 – Uso das informações ( ) Área técnica
��������Para que servem os Relatórios de Desempenho?
��������Para obter informações claras e precisas sobre a frota de forma a apoiar as decisões administrativas.
��������O que deve estar escrito em um Relatório de Desempenho?
113
Resposta: 3;1;2.��������Informações claras e precisas na forma de indicadores sobre o desempenho, a movimentação e os custos dos veículos da frota e dos seus componentes.
114
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1) Com base nos exercícios da unidade passada, use o mesmo layout para
construir os Relatórios de Desempenho da sua empresa.
2) Faça uma relação das decisões que você poderá tomar com base nesses
relatórios.
PROPOSTA DE SOLUÇÃO
NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.
TRANSREFERÊNCIA DO VEÍCULO: ATUALIZAÇÃO:
Custo no mês Mês anterior Variação (%) Média 12m Variação (%)
Óleo do Motor
1DCC DIR
_____/_____/_____
TÍTULO
VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo
QG-003
Item
Custo Estimado de PneusTOTAL DO VEÍCULO
Óleo de DiferencialOleo de Caixa de MudançasMateriais de Consumo
Combustível
NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.
TRANS______/___Custo no mês Mês anterior Variação (%) Média 12m Variação (%)
1DCC DIR
TÍTULO
FCC - Quadro Comparativo de Custos
da FrotaMÊS/ANO:
QC-003
TOTAL DA FROTANº VEÍCULOS NA FROTA
TOTAL POR VEÍCULO
_____/_____/_____ATUALIZAÇÃO:
Oleo de Caixa de MudançasMateriais de ConsumoCusto Estimado de Pneus
ItemCombustívelÓleo do MotorÓleo de Diferencial
115
5. BIBLIOGRAFIA
CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do
sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso
do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão
Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA:
UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso
em: 19/03/2004, 14:30h.
FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de
desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.
MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de
Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.
UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:
Pioneira, 1997.
116
ESTUDO DE CASO – TÓPICO I
Com os dados de custos da Unidade 02 considere que foram percorridos
24.000 km, consumidos 6.000 litros de combustível, que o preço de venda foi
de R$ 3,20/km e determine os novos custos variáveis, a margem de
contribuição em valor e em percentagem, o preço de venda da hora
trabalhada, e o Lucro Líquido gerado.
SOLUÇÃO:
CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Descrição Unidade Quantidade
Valor Unitário
Valor Total Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
Combustível litro 60
1,14
68,40 0,00285 0,01140
Lubrificantes litro 10 6,70
67,00 0,00279 0,01117
Lavagens un 10 23,00
230,00 0,00958 0,03833
Pneus un 2,77 6,70
18,56 0,00077 0,00309
Câmaras e protetores un 8,31 286,00
2.376,66 0,09903 0,39611
Recapagens un 8,31 940,00
7.811,40 0,32548 1,30190
Pedágio v.médio 140 15,00
2.100,00 0,08750 0,35000
Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado
840,00 0,03500 0,14000
Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00
374,40 0,01560 0,06240
Seguro de carga t 40 35,00
1.400,00 0,05833 0,23333
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 15.286,42 0,63693 2,54774
Estimativa de quilometragem mensal km 24000 15.286,42 0,63693
Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 15.286,42 2,54774
117
CUSTOS DIRETOS FIXOS
Descrição Unidade Quantidade Valor Anual Valor Mensal Rateio(*)
(R$/km)
Rateio(*)
(R$/h)
Manutenção Preventiva R$/ano
1/12
6.000,00
500,00
0,0208
0,0833
IPVA+Seguro Obrigatório R$/ano
1/12
1.500,00
125,00
0,0052
0,0208
Seguro Total da Frota R$/ano
1/12
2.800,00
233,33
0,0097
0,0389
Salário dos Motoristas R$/ano
1/12
28.608,00
2.384,00
0,0993
0,3973
Encargos Sociais dos Motoristas R$/ano
1/12
19.573,59
1.631,13
0,0680
0,2719
Salário do Supervisor R$/ano
1/12
16.800,00
1.400,00
0,0583
0,2333
Encargos Sociais do Supervisor R$/ano
1/12
11.494,56
957,88
0,0399
0,1596
Depreciação dos veículos R$/ano
1/12
41.600,00
3.466,67
0,1444
0,5778
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS
FIXOS
10.698,01
0,4458
1,7830
Estimativa de quilometragem mensal km 24000
10.698,01
0,4458
Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000
10.698,01
1,7830
(*) Os valores rateados foram calculados com 04 (quatro) casas de cimais porque alguns itens ficaram abaixo de
R$ 0,01 (um centavo) por quilômetro.
CUSTOS DIRETOS
Descrição Unida
de
Quan-
tidade
Valor
Unitário
Valor Total Rateio
(R$/km)
Rateio
(R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 15.286,42
0,64
2,55
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01
0,45
1,78
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 25.984,43
1,08
4,33
Estimativa de quilometragem mensal km 24000 25.984,43
1,08
Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 25.984,43
4,33
118
CUSTOS INDIRETOS
Descrição Unidade Quantida-
de
Valor Anual Valor
Mensal
Rateio
(R$/km)
Rateio
(R$/h)
Salários do Pessoal Administrativo
$/ano 1/12
15.960,00
1.330,00 0,06
0,22
Encargos Sociais do P. Administrativo
$/ano 1/12
10.381,98
865,17 0,04
0,14
Pro-Labore da Diretoria
$/ano 1/12
66.650,00
5.554,17 0,23
0,93
Despesas Gerais
$/ano 1/12
5.200,00
433,33 0,02
0,07
Depreciação de Máquinas, Instalações e
Equipamentos $/ano 1/12
4.000,00
333,33 0,01
0,06
TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS
8.516,00 0,35
1,42
Estimativa de quilometragem mensal km 24000
8.516,00 0,35
Estimativa de horas trabalhadas/mês 6000
8.516,00
1,42
CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS
Descrição Unidade Quan-
tidade
Valor
Unitário
Valor Total Rateio
(R$/km)
Rateio
(R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 25.984,43
1,08
4,33
TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00
0,35
1,42
TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS 34.500,43
1,44
5,75
Estimativa de quilometragem mensal km 24000 34.500,43
1,44
Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 34.500,43
5,75
119
CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO
Descrição Unidade Quan-
tidade
Participa-
ção (%)
Valor Mensal Rateio
(R$/km)
Rateio
(R$/h)
FATURAMENTO TOTAL 100,0%
76.800,00 3,20
12,80
CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 19,9%
(15.286,42) (0,64)
(2,55)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 80,1%
61.513,58 2,56
10,25
CUSTOS DIRETOS FIXOS 13,9%
(10.698,01) (0,45)
(1,78)
CUSTOS INDIRETOS 11,1%
(8.516,00) (0,35)
(1,42)
LUCRO LÍQUIDO 55,1%
42.299,57 1,76
7,05
IMPOSTOS 10,4%
7.987,20 0,33
1,33
SIMPLES 5,4%
4.147,20 0,17
0,69
ISS 5,0%
3.840,00 0,16
0,64
Estimativa de quilometragem mensal km 24000
42.299,57 1,76
Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000
42.299,57
7,05 ��������¶
120
��������¶¶ESTA UNIDADE É BASTANTE SEMELHANTE À SEGUNDA, INCLUSIVE COM VÁRIAS TÓPICOS COMUNS. DIANTE DESTA SITUAÇÃO, GOSTARIA QUE AS DUAS UNIDADES FOSSEM UNIDAS. O CONTEUDISTA DEVERÁ TER O CUIDADO DE PRESERVAR A SEQUÊNCIA LÓGICA DO TEXTO E APRESENTAR EXPLICAÇÕES MAIS COMPLETAS DOS CONCEITOS DA UNIDADE 05.
��������UNIDADE 05¶MODELO DE CÁLCULO E FORMAÇÃO DE PREÇO¶¶APRESENTAÇÃO¶De posse dos conhecimentos que você obteve nas unidades anteriores, você irá, agora, aprender a estabelecer o preço dos seus serviços de acordo com o mercado, utilizando um indicador importante - o Preço Mínimo de Venda que você já aprendeu a calcular na Unidade 2.¶¶¶OBJETIVOS ESPECÍFICOS¶Realizar os cálculos de custos da atividade de transportes de cargas;¶Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado.¶¶
��������������SUMÁRIO¶¶1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... <<<�=+>
�������������������� ���� ������ �!"�#"$��%�#�&��
Em empresas de grande porte, com frotas muito grandes, o cálculo dos
custos operacionais pela apropriação direta a cada veículo pode se tornar
impraticável ou excessivamente caro. (HEIN??? QUAL A RELAÇÃO COM
PARÁGRAFO ANTERIOR??? EXPLICAR MELHOR E REESCREVER)
Imagine, por exemplo, o trabalho que daria coletar, calcular e
apropriar os custos de combustível de uma frota de dois mil veículos
distribuídos pelas regiões Sul e Sudeste. Existem, no entanto, alguns
sistemas computadorizados que substituem a apropriação direta e que
acabam sendo vantajosos para essas empresas, pois o custo de sua
implantação e operação fica diluído pelo número de veículos da frota. Esses
sistemas fazem todos os cálculos e geram automaticamente os Relatórios de
Desempenho, baseados em Métodos de Análise de Custos Operacionais que
veremos a seguir.
3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS 1
Os métodos mais utilizados para análise de custos operacionais de
transportes são: o Método dos Custos Médios Desagregados, o Método do
Comprimento Virtual e o Método HDM-VOC.2
A. MÉTODO DOS CUSTOS MÉDIOS DESAGREGADOS
O Método dos Custos Médios Desagregados baseia-se na utilização de
parâmetros médios de consumo divulgados por revistas especializadas no
setor de transportes que podem ser substituídos por parâmetros específicos
da frota estudada.
1 CASTRO NETO. 2001, P. 25-28. 2 VALENTE et al (1997).
Em geral, este método é utilizado pelas empresas do setor de transporte
rodoviário de cargas com o auxílio do aplicativo Trans System (TS), que
incorpora um banco de dados, com os parâmetros médios utilizados pelo
método, e organiza as entradas de dados e relatórios sem, no entanto,
incorporar novas sistemáticas de cálculo ou modelos de análise.
(SUPERFICIAL. EXPLICAR MELHOR – INCLUIR APENAS NO MATERIAL
DO INSTRUTOR)
Este método possui a restrição de não levar em conta as
características dos trechos rodoviários utilizados, não registrando, assim, a
sensibilidade dos custos às alterações dessas características.
B. MÉTODO DO COMPRIMENTO VIRTUAL
Este método consiste no cálculo do parâmetro de Comprimento Virtual, que
corresponde à extensão de Rodovia Ideal equivalente, em custo operacional,
a um determinado trecho rodoviário, sujeito a certas características
condicionantes.
Rodovia Ideal é conceituada como sendo uma “rodovia em nível,
tangente e pavimentada, em boas condições de conservação”. 3
As características condicionantes utilizadas pelo modelo são:
3 VALENTE et al (p.89).
velocidade operacional no trecho;
rampas ou aclives;
contra-rampas ou declives;
tipo de superfície de rolamento (pavimentada, revestida ou de terra);
estado de conservação da pista de rolamento (bom, regular ou ruim);
curvas horizontais com raio = 100m;
lombadas e depressões;
resistência lateral (leve, média ou pesada);
pontes com largura inferior a 5m.
O modelo utiliza, também, fatores virtuais para custo operacional, traçado e
inclinação, os quais são fatores de correlação entre as condicionantes da
rodovia em estudo e a rodovia virtual.
Embora este modelo contemple o estudo da sensibilidade dos
custos operacionais às condições e características das rodovias, um outro
método, o HDM, mais completo e atual, o vem substituindo, sendo seu uso
bastante difundido em estudos de viabilidade econômica de projetos
rodoviários.4
C. MÉTODO HDM – VOC
O Método HDM é resultante da coleta de parâmetros rodoviários através de
uma ampla rede de pesquisadores financiada pelo Banco Mundial em
diversos países e durante um longo período.
Entre outras vantagens, este método resulta de pesquisas realizadas, em
grande parte, no Brasil, especialmente na sua versão III, que incorpora o
4 CASTRO NETO (p. 26).
módulo específico para cálculo de custos operacionais de transportes – VOC
- Vehicle Operating Costs (Custos Operacionais de Veículos).
Embora tenha havido o lançamento de uma versão mais recente em 1995, o
HDM-Q, esta versão agrega dados de outros países, reduzindo o peso das
características rodoviárias brasileiras no cálculo de seus parâmetros e inter-
relações. Além disso, a versão disponível de 1995 não apresenta o módulo
VOC, sendo, assim, inútil para este trabalho.
Já o módulo VOC utilizado para a análise, na sua versão IV, utiliza
parâmetros específicos da malha e da frota rodoviária brasileira. Os
parâmetros utilizados pelo modelo são os seguintes:
Características das rodovias:
- Tipo de superfície (pavimentada/não pavimentada)
- Irregularidade média (IRI) (m / km)
- Gradiente positivo médio (%)
- Gradiente negativo médio (%)
- Proporção de aclives (%)
- Curvatura horizontal média (graus / km)
- Superelevação média (fração)
- Altitude do terreno (m)
- Número efetivo de pistas (1-uma/0-mais de uma)
Características dos veículos:
- Preço do veículo novo (R$)
- Custo do combustível (R$/litro)
- Custo dos lubrificantes (R$/litro)
- Custo do pneu novo (R$/litro)
- Custo do tempo da equipe (R$/hora)
- Custo da demora do passageiro (R$/hora)
- Custo do trabalho de manutenção(R$/hora)
- Custo do atraso da carga (R$/hora)
- Taxa anual de juros (%)
- Margem bruta por veículo-km (R$)
- Velocidade média do veículo (km/h)
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UNIDADE 05
MODELO DE CÁLCULO E FORMAÇÃO DE PREÇO
APRESENTAÇÃO
De posse dos conhecimentos que você obteve nas unidades
anteriores, você irá, agora, aprender a estabelecer o preço dos seus serviços
de acordo com o mercado, utilizando um indicador importante - o Preço
Mínimo de Venda que você já aprendeu a calcular na Unidade 2.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Realizar os cálculos de custos da atividade de transportes de cargas;
Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado.
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 6
2. OBJETOS DE
CUSTOS..................................................................................... 6
2.1 CONHECIMENTOS DE
FRETES..................................................................... 7
2.2 MANIFESTOS DE
CARGAS............................................................................. 8
3. MODELO DE
CÁLCULO..................................................................................... 8
4. FORMAÇÃO DO
PREÇO................................................................................... 9
4.1 Custeamento
Padrão.............................................................................. 00
4.2 Método com base no custo pleno (custo por absorção).......
01
5.
CONCLUSÃO..................................................................................................... 07
6.
BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 10
ESTUDO DE CASO – TÓPICO
I............................................................................ 11
ATIVIDADE 05
1. INTRODUÇÃO
A correta definição dos preços de sua atividade é fundamental para a
competitividade e crescimento da sua empresa no mercado. Você verá, nesta
unidade, os principais conceitos e técnicas necessários à formação de
preços.
2. OBJETOS DE CUSTOS
Os objetos de custos são, geralmente, os bens e serviços produzidos
por uma empresa. Porém, certas atividades podem, eventualmente, se
constituir em objetos de custo. Da mesma forma, clientes, fornecedores,
contratos, projetos etc. podem ser considerados objetos de custo.
(CONFUSO. EXPLICAR MELHOR. REESCREVER)
"Objeto de custo é qualquer cliente, produto, serviço,
contrato, projeto ou outra unidade de trabalho para os quais uma mensuração
separada/isolada de custos é desejada”.5 Pq a mensuração isolada é
desejada ou necessária? Justificar.
No caso das empresas de transporte de cargas, os objetos de custo
são os serviços de transporte. Esses serviços exigem a utilização de dois
tipos de documentos, basicamente:
Conhecimentos de Fretes;
Manifestos de Cargas.
Os Conhecimentos de Fretes equivalem às Notas Fiscais e definem
os custos (registram o custo – o que define o custo são outros a fatores....) de
um serviço prestado a um determinado cliente. Já os Manifestos de Cargas
definem os custos (registram o custo – o que define o custo são outros a
fatores....) de um serviço prestado por um determinado veículo. Como um
veículo pode transportar cargas para diversos clientes, o Manifesto de Carga
de um veículo pode corresponder (englobar) diversos Conhecimentos de
Fretes dos clientes para quem o veículo está transportando.
O funcionamento do segmento de transportes de cargas depende
dos objetos de custos definidos de forma direta e indireta, apresentados a
seguir6:
2.1 CONHECIMENTOS DE FRETES
5 PLAYER et al. (1997, p.214). 6 GIENTORSKI, 1996.
No segmento de Transportes, para avaliação da Receita
dos negócios efetuados (Receita obtida e impostos gerados pela Receita),
trabalha-se, normalmente, com a emissão de documentos geradores desta
Receita, que se chamam Conhecimentos de Fretes, e são equivalentes a
Notas Fiscais. (CONFUSO, RUIM E REPETIDO).
Itens obtidos a partir dos Conhecimentos:
Receita dos Fretes por Negócio / Cliente /Serviço;
Impostos sem a Receita – ICMS, PIS / COFINS.
2.2 MANIFESTOS DE CARGAS
Já para a formação dos custos diretos envolvidos na
movimentação das cargas, os documentos utilizados são os Manifestos de
Cargas, equivalentes a Ordem(ns) de Serviço(s).
Na avaliação dos custos de transportes, estes dois conceitos são
importantes pelo seguinte:
Por exemplo, ao realizarmos a avaliação de um
carregamento em um caminhão, não devemos esquecer que, se ele
transportar cargas fracionadas, terá, em sua carreta/baú,
produtos/mercadorias de vários clientes, ou seja, terá vários Conhecimentos
de Fretes. Para cada um dos clientes foi emitido um Conhecimento que
gerará uma receita individual. Em contrapartida, a Ordem de Serviço para
este caminhão trabalhar será somente uma, respaldada no Manifesto de
Carga. Então, o custo deste veículo deverá ser apropriado a vários clientes
se quisermos saber qual a margem de contribuição de cada negócio/cliente.
3. Modelo de Cálculo
Para aproveitar bem todos os dados encontrados no cálculo dos
custos operacionais e na formação do seu preço de venda, você precisa
conhecer alguns sistemas de custeio.
Sistemas de custeio são os diferentes métodos usados
para apropriar os custos a um determinado bem ou serviço. Você verá, a
seguir, os sistemas de custeio por absorção e padrão, usados na apuração e
cálculo de custos para a formação do preço de venda e que já foram
mencionados na Unidade 03.
Vamos utilizar um modelo básico para o cálculo dos custos a fim de
construir indicadores adequados à realidade do mercado, que ajudem você a
tomar decisões corretas e seguras.
4. Formação do Preço
São os valores envolvidos na formação do preço dos
serviços que os tornam competitivos ou não no mercado consumidor. Você já
conhece os componentes necessários para a formação dos preços da sua
empresa, vistos nas unidades anteriores, quando você elaborou a relação
dos itens que compõem os seus custos e quando classificou cada um deles
em diretos variáveis, diretos fixos e indiretos. (Isto não é um conceito.
Ademais, o texto está fraco).
Você pode, agora, trabalhar com esses componentes e seus valores
para formar um preço para os seus serviços que atenda às necessidades da
empresa e que seja competitivo no mercado. Para poder utilizar esses dados,
você precisa conhecer algumas técnicas básicas (Que técnicas? Citar.) que
vão facilitar os seus cálculos. Estas técnicas levarão em consideração os
seguintes aspectos:
ATENDIMENTO A DIVERSAS FAIXAS DO MERCADO;
Concorrência e competição positivas;
Fixação do lucro compatível com o investimento e a remuneração do
capital investido.
São vários os métodos utilizados para determinar o preço de venda
baseado nos custos, por exemplo:
Método com base no custo pleno (custo por absorção);
Método com base no custo de transformação;
Método com base no custo variável (direto);
Método com base no rendimento sobre o capital empregado;
Método com base no custo por atividade.
A escolha por este ou aquele método vai depender de vários fatores,
como o porte, as características operacionais e a conveniência da sua
empresa.
Na área de transportes de cargas, é importante conhecermos a
aplicabilidade de dois sistemas básicos de custeamento, pois são simples de
usar e bastante difundidos. São eles:
Custeamento Padrão;
Custeamento por Absorção.
4.1 Custeamento Padrão
Neste sistema, você não apropria os custos pelo seu valor efetivo ou
real, mas sim por uma estimativa do valor que deveriam ter, chamada de
Custo Padrão. Esses valores podem ser usados independente do modelo de
custeio que a sua empresa adotar. Esta técnica, apesar de não ser aceita
pela legislação do Imposto de Renda, é uma ferramenta de controle gerencial
simples e de fácil aplicação. Ela pode ajudá-lo a gerenciar os custos da sua
empresa, mas, para efeitos fiscais, você terá que declarar os seus custos
reais.
Por exemplo, você pode tomar como base ou como padrão
os custos publicados nas revistas de transporte e comparar os custos da sua
empresa com aqueles padrões. Com isso, você já pode fazer um controle dos
seus custos. Você pode considerar como padrão, por exemplo, o consumo de
combustível por quilômetro em operação, especificado pelo fabricante do seu
caminhão. Comparando com o consumo real desse caminhão, você pode
saber se ele está consumindo acima do padrão e tomar as medidas que
julgar necessárias para corrigir isso.
Método com base no custo pleno (custo por absorção)
Este método considera, como custo dos serviços prestados
todos os gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos
(Fixos e Variáveis) ou Indiretos. Este método de cálculo e controle de custos
é o único aceito no Brasil pela legislação do Imposto de Renda. Para o
desenvolvimento e aplicação desta técnica, você deve apresentar os custos
na forma de mapa ou planilha.
Você lembra do exemplo da unidade anterior, onde
efetuou o cálculo de todos os custos incidentes na atividade, fazendo o rateio
dos custos diretos fixos e indiretos com base nos quilômetros rodados? Para
isso você utilizou este método.
Nele, o preço de venda é igual ao total dos custos de produção do
serviço (diretos variáveis), mais uma porcentagem para cobrir os custos
diretos fixos e indiretos e proporcionar uma margem desejada de lucro.
Usando o exemplo da Tabela 2 já apresentada:
Imagine, agora, que o mercado pratique um preço de venda médio de
R$ 3,50/km. Com esse preço, sua Margem de Contribuição por Quilômetro
será:
MC(R$/km) = PV(R$/km) – CDV(R$/km)
PV(R$/km) = 3,50
CDV(R$/km) = 1,22 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 1)
MC(R$/km) = 3,50 – 1,22 = R$ 2,28/km
Este resultado significa que, de cada R$ 3,50 que você cobra por
quilômetro rodado, R$ 2,28 são destinados a cobrir todos os custos fixos
(diretos fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.
Se você preferir usar o indicador R$/h, praticando o preço de venda
de R$ 175,00 por hora trabalhada, sua Margem de Contribuição por Hora
Trabalhada, será:
MC(R$/H) = PV(R$/H) – CDV(R$/H)
PV(R$/h) = 175,00
CDV(R$/h) = 60,83 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 2)
MC(R$/km) = 175,00 – 60,83 = R$ 114,17/km (indicar na Tabela
Rateio)
CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS
Descrição Unidade QuantidadeValor
Unitário Valor TotalRateio
(R$/km)Rateio (R$/h)
Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22
Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83
Este resultado significa que, de cada R$ 175,00 que você cobra por
hora trabalhada, R$ 60,83 são destinados para cobrir todos os custos fixos
(diretos fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.
VOCÊ PODE ORGANIZAR OS DADOS NA TABELA A SEGUIR:
Tabela 10. Custo por Absorção
CUSTO POR ABSORÇÃO
Descrição Unidade Quantida-
deValor
Unitário Valor Total Rateio
(R$/km) Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 41.099,67 2,28 114,17 PREÇO DE VENDA DOS SERVIÇOS 63.000,00 3,50 175,00 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 63.000,00 3,50 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 63.000,00 175,00
Para você saber qual é a porcentagem da sua Margem de
Contribuição sobre os Preços de Venda, basta dividir a Margem de
Contribuição por Quilômetro pelo Preço de Venda dos Serviços por
Quilômetro e multiplicar o resultado por 100 (cem):
MC(%) = MC(R$/km) – 1 = 2,28 x 100 = 0,65 x 100 = 65%
PVS(R$/km) 3,50
É claro que você consegue o mesmo resultado usando a
Margem de Contribuição por Hora Trabalhada e o Preço de Venda dos
Serviços por Hora Trabalhada. O resultado significa que cerca de 65% do seu
preço de venda é destinado a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e
indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.
Note que o Preço de Venda dos Serviços praticado pelo mercado é
maior que o Preço Mínimo de Venda, de R$ 3,19/km que você calculou na
Tabela 7 da Unidade 2:
CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA
Descrição UnidadeQuan- tidade
Participa-ção (%)
Valor Mensal
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69 LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19
Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37
Você pode usar esse novo preço de venda para verificar o impacto
nos impostos e no seu Lucro Líquido, construindo a tabela:
Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido
CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO
Descrição UnidadeQuan- tidade
Participa-ção (%) Valor Mensal
Rateio (R$/km)
Rateio (R$/h)
FATURAMENTO TOTAL 100,0% 63.000,00 3,50 175,00 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 34,8% (21.900,33) (1,22) (60,83) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 65,2% 41.099,67 2,28 114,17 CUSTOS DIRETOS FIXOS 17,0% (10.698,01) (0,59) (29,72) CUSTOS INDIRETOS 13,5% (8.516,00) (0,47) (23,66) LUCRO LÍQUIDO 34,7% 21.885,66 1,22 60,79 IMPOSTOS 23,4% 14.742,00 0,82 40,95 SIMPLES 5,4% 3.402,00 0,19 9,45 ICMS 18,0% 11.340,00 0,63 31,50 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.885,66 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.885,66 60,79
Como você percebeu, seus lucros aumentaram! Você viu na unidade 2
que, para remunerar adequadamente o capital investido na sua empresa, você
precisava gerar um Lucro Líquido de, no mínimo, R$ 2.832,50 por mês, o que
significava praticar um preço por km de R$ 3,19, com a estimativa de 18.000
km/mês.
Neste exemplo, você conseguiu praticar um preço por km de R$ 3,50,
mantendo a estimativa de 18.000 km/ mês, não alterando, assim, os custos
operacionais. Com isso, conseguiu um Lucro Líquido de R$ 21.885,66 no mês!
Se todos os meses fossem iguais, sua empresa teria um lucro de R$
262.627,92 no ano e o Retorno sobre o Investimento da Empresa, seria:
ROI = LL = 262.627,92 = 0,8754 = 87,54% ao ano
IT 300.000,00
5. CONCLUSÃO
Este método é muito utilizado para cálculos rápidos, pois, se você sabe
que com uma Margem de Contribuição de cerca de 65% do Preço de Venda
consegue cobrir todos os seus custos fixos e ainda ter um Lucro Líquido de
cerca de 35%, tem um grande aliado em decisões de contratação de serviços
com preços competitivos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Quais são os objetos de custo de maior interesse para o Transporte
de Cargas?
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Resposta: Os Conhecimentos de Fretes e o Manifesto de Cargas.
2. O que é Custo Padrão?
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Resposta: É o custo de um determinado item obtido da concorrência,
nas publicações especializadas ou das planilhas dos órgãos concedentes e
que é utilizado como padrão para comparar com os custos reais da empresa.
3. Como funciona o Sistema de Custos Por Absorção?
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_______________________________________________________________
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Resposta: Considera como custo dos serviços prestados todos os
gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e
Variáveis) ou Indiretos.
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
1. Para que serve o Preço Mínimo de Venda?
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Resposta: Como parâmetro para negociação de tarifas e para orientar
a participação em concorrências.
2. O que significa a Margem de Contribuição?
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Resposta: É a parte do Preço de Venda destinada a cobrir os custos
fixos diretos e indiretos e a remunerar o capital investido (gerar lucro).
3. O que quer dizer ROI? O que significa?
_________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_
Resposta: ROI é a sigla, em inglês, do Retorno Sobre o Investimento.
O ROI representa a rentabilidade do capital investido na empresa.
6. BIBLIOGRAFIA
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2003.
BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de
utility: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da
Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:
http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.
CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do
sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso do
Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão
Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA: UEx,
2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso em:
19/03/2004, 14:30h.
FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de
desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.
GIENTORSKI, L. C. Modelo de Sistema de Custeio Para o Transporte
Rodoviário de Cargas in III Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de
Custos: a gestão estratégica de custos associados aos programas de
qualidade, produtividade e reengenharia. Curitiba, UFPR, 1996.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle
de Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.
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Makron Books, 1997.
RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos
do transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por cooperativas.
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http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso
em: 18/03/2004, 16:21h.
UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.
VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São
Paulo: Pioneira, 1997.