Post on 10-Jul-2015
Profª.: Lidiane Rodrigues
Feudalismo
Momento Histórico – Idade MédiaIgreja $
Momento Literário
Acompanhamento musical
Poesias – Cantigas Trovador: homem, músico, nobre
Jogral / Menestrel
Segrel
LÍRICO-AMOROSACantigas de Amor
1. Origem: provençal
2. Eu-lírico: masculino
3. Ambiente: palácio
4. Tema: amor cortês
Coita: sofrimento amoroso
Mia dama
Mia senhor
Cantigas de Amigo
1. Origem: ibérica
2. Eu-lírico: feminino
3. Ambiente: popular
4. Tema: saudades do amigo (Namorado)
Refrão
Paralelismo
ParalelismoNon chegou, madre, o meu
amigo,e oje est o prazo saido!Ai, madre, moiro d’amor!
Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo saido!Por que mentiu o desmentido?Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo passado!Por que mentiu o perjurado?Ai, madre, moiro d’amor!
LINGUAGEM DAS CANTIGASFORMA CONTEÚDO
•Estrutura simples, de fácil memorização;
•Repetição de palavras e versos inteiros;
•Presença constante do refrão;
•Textos escritos em galego-português.
•Na produção lírica, temas como amor e saudade;
•Na produção satírica, crítica de costumes.
SATÍRICAS
Cantigas de Escárnio Cantigas de Maldizer
1. Crítica direta2. Pessoa satirizada –
geralmente – identificada3. Linguagem chula, vulgar4. Zombaria
1. Crítica indireta2. Pessoa satirizada não é
identificada3. Ambiguidades, trocadilhos4. Ironia
Ai dona fea! Foste-vos queixar
porque vos nunca louv’en meu trobar
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
NOVELAS DE CAVALARIA
cavaleiro – honra/ lealdade
Herói
Ideais cristãos
Ciclos: Carolíngeo, Bretão ou Arturiano.
-A demanda do Santo Graal
-Tristão e Isolda
PROSA MEDIEVALSÉCULO XIV
Autores desconhecidos
Novelas de cavalaria
Aventuras heroicas
Cavaleiros andantes
Temas
Aventuras fantásticas; Cavaleiros lendários e
destemidos; Batalhas sangrentas
travadas em nome de Deus ,
Ou pelo amor de uma donzela.
OS HERÓIS MODERNOS
O filme Indiana Jones e a última Cruzada, de Spielberg, e as revistas em quadrinhos são exemplos do interesse do homem contemporâneo pela cultura medieval.
DICAS DE FILMESTRISTÃO E ISOLDAAS BRUMAS DE AVALONO REI ARTURCORAÇÃO DE CAVALEIROO NOME DA ROSA LANCELOT – O PRIMEIRO CAVALEIROFEITIÇO DE ÁQUILA CORAÇÃO VALENTE
HUMANISMO: A SEGUNDA ÉPOCA MEDIEVALSÉCULO XV
Desaparecimento dos trovadores;
Reflorescimento cultural nas cortes portuguesas;
Transição entre o Trovadorismo e o Renascimento do século XVI;
Grandes navegações.
PRODUÇÃO LITERÁRIA
• Prosa: crônicas históricas de Fernão Lopes
• Poesia: poesia palaciana, recolhida no Cancioneiro Geral
• Teatro: dramaturgia de Gil Vicente
Cantiga, partindo-se
Senhora, partem tão tristesMeus olhos, por vós, meu bem,Que nunca tão tristes vistesOutros nenhuns por ninguém. Tão tristes, tão saudosos,Tão doentes da partida,Tão cansados, tão chorosos,Da morte mais desejososCem mil vezes que da vida.Partem tão tristes os tristes,Tão fora de esperar bem,Que nunca tão tristes vistesOutros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo Branco (século XV)
GIL VICENTE: RETRATO E CRÍTICA
MODALIDADES TEATRAIS:• Os mistérios: encenações de
episódios bíblicos.
• Os milagres: episódios da vida de santos.
• As sotties: peças cujas personagens, por serem loucas, tinham a liberdade de dizer verdades desagradáveis ao público.
CARACTERÍSTICAS
Retratar o homem em sociedade;
Criticar os costumes e reformá-los;
Obra moralizante;Nenhuma classe social escapa
à sátira de Gil Vicente: o rei, o papa, o clérigo, a mulher adúltera, etc.
CLASSICISMOSÉCULO XVI
No final do século XV, a ciência questionava dogmas religiosos, comprovara-se que a Terra era redonda, o comércio expandia-se.
Esse processo de mudanças, que se estendeu até o final do século XVI, é chamado de Renascimento que marca o fim da Idade Média e a transição para a Idade Moderna.
A LINGUAGEM DA POESIA CLÁSSICO-RENASCENTISTA
• Expressão das ideias e dos sentimentos do homem do século XVI;
• Busca pelos modelos greco-latinos e pelo espírito aventureiro reinante à época das navegações;
• Medida nova;• Soneto;• Oitava-rima;• Culto ao paganismo;• Idealização amorosa;• Racionalismo;• Universalismo;• Nacionalismo;• Formas de inspiração clássica: écloga, elegia, ode, epístola,
epitalâmio.
LUÍS DE CAMÕES
Traduziu os anseios do homem português renascentista;
Conciliou seus estudos de cultura clássica com as ricas experiências de suas viagens pelo Oriente;
Os lusíadas.
POESIA ÉPICAAs aventuras e os
feitos heróicos dos portugueses foram narrados na epopéia Os lusíadas.
Liderados por Vasco da Gama, os lusos lançaram-se ao mar numa época em que ainda se acreditava em monstros marinhos e abismos.
POESIA LÍRICA: A POÉTICA DO CONFLITO
Influenciado pela lírica medieval portuguesa e pela italiana dos séculos XIV a XVI, Camões produz uma obra identificada como medida velha (tradição medieval), e como medida nova (inspiração no Humanismo e Renascimento).
POESIA LÍRICAO amor e a mulher –
neoplatonismo (idealização do amor / emoção-razão)Amor sensual
A natureza confidente (jogo de cor, luz, relevo, som / locus amoenus)
A degradação dos costumes (hipocrisia, poder, contradições)
O ideal de aurea mediocritas (vida simples – imitação do poeta grego Horácio)
Camões morre em 1580,em total miséria.
Amor é um fogo que arde sem se ver, É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?